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Estádio fenológico do feijoeiro: ciclo de

desenvolvimento
O estádio fenológico de uma cultura é desenvolvido principalmente para auxiliar no
manejo nutricional e fitossanitário de uma lavoura. Desta forma, visando altas
produtividades é preciso saber quais as principais etapas do ciclo da cultura podem mais
ser afetadas por agentes bióticos e abióticos e quais requerem maior atenção.

O ciclo de desenvolvimento do feijoeiro é dividido em dois momentos: estádio


vegetativo (V) e reprodutivo (R). 

Estádio fenológico Vegetativo:

V0 – Germinação, após a semeadura do feijão e com umidade no solo, as sementes irão


embeber (inchar) e será desencadeado processos metabólicos, sendo observado a
germinação. Nesta fase os cotilédones atingem a superfície do solo;

Fonte: EMBRAPA 

V1 – Emergência. Este estádio é conhecido como “cotilédone ajoelhado”, onde os


cotilédones se encontram visíveis acima da superfície do solo e começam a se separar,
neste momento também pode ser observado a presença de folhas primárias. A partir
deste estádio, até o V3 deve-se redobrar atenção com a presença de pragas de solo e
desfolhadoras. Nesse estádio é possível observar o ataque de patógenos de solo como:
Rhizoctonia solani e Fusarium solani, para esses patógenos é necessário fazer um bom
tratamento de sementes.

Fonte: EMBRAPA 

V2 – Folhas primárias. Esta fase tem início pela abertura completa das folhas primárias
(unifolioladas) e termina com a abertura da primeira folha trifoliolada;

Fonte: EMBRAPA 

V3 – Inicia-se com a primeira folha composta (trifoliolada) totalmente expandida e


termina quando a segunda folha trifoliolada já se encontra também expandida e a
terceira folha começa a se abrir;
Fonte: EMBRAPA 

V4 – Inicia-se quando a terceira folha trifoliolada se encontra totalmente aberta. Este


estádio é também caracterizado pelo início do desenvolvimento dos primeiros ramos
secundários (engalhamento) e termina com o surgimento dos botões florais. 

É o estádio mais longo do desenvolvimento do feijoeiro, podendo variar de cultivar para


cultivar. Entre os estádios V3 e V4 recomenda-se fazer controle preventivo com
fungicidas e aplicação de herbicidas para controle de folhas largas, bem como, adubação
de cobertura e aplicação de Cobalto e Molibdênio foliar. 

Estresses causados em V4 por déficit hídrico, competição com plantas daninhas,


deficiência nutricional, fitotoxicidade de produtos podem afetar diretamente o
crescimento do feijoeiro e consequentemente reduzir a produtividade;

Fonte: EMBRAPA 

Estádio fenológico Reprodutivo:

R5 – Período pré-floração. Neste estádio fenológico ocorre o desenvolvimento dos


ramos secundários e dos botões florais e termina a partir da abertura da primeira flor.
Nesta fase, déficit hídrico e temperaturas elevadas poderão reduzir a formação de flores,
que irão  refletir em quebra de produtividade;

Fonte: EMBRAPA 

R6 – Floração. Este estádio inicia-se quando 50% das plantas apresentam flores abertas
e termina quando 100% das flores estão abertas. O período compreendido entre o meio
e o final do florescimento é mais sujeito ao abortamento de flores;

Fonte: EMBRAPA 

R7 – Formação das vagens. Neste momento, as flores que já estiverem fecundadas


perdem suas pétalas e começa a formação das primeiras vagens, conhecidas como
“canivetes”. 

O final deste estádio fenológico ocorre quando as vagens atingirem seu comprimento
máximo. Estresses hídricos neste período podem levar a formação de grãos chochos.
Deve-se atentar à presença de lagartas desfolhadoras e percevejos e nesta fase faz-se
aplicação preventiva de fungicidas;
Fonte: EMBRAPA 

R8 – Enchimento das vagens. Neste período ocorre o aumento do volume das vagens
em decorrência do enchimento dos grãos. O final deste estádio é marcado pela perda da
coloração verde dos grãos, os quais passam a adquirir coloração característica da
cultivar, bem como, pela perda das folhas. 

Em R8 ainda deve-se fazer o monitoramento de lagartas e percevejos, pois atacam


diretamente os grãos em formação. A dessecação pode ser realizada ao final deste
estádio, com objetivo de uniformizar a maturação das vagens;

Fonte: EMBRAPA 
R9 – Maturação. Neste momento, as vagens começam a secar e perder sua coloração e
as sementes passam a ter brilho e cor específica da cultivar. Em R9 pode-se fazer a
dessecação com produtos de contato, quando não tiver sido realizada ao final de R8.

Fonte: EMBRAPA 

REFERÊNCIAS

EMBRAPA – Conhecendo a fenologia do feijoeiro e seus aspectos fitotécnicos. 2018

GUIMARÃES, R. A. M. Estádios fenológicos e doses de nitrogênio na cultura do feijão no cultivo das


águas. 2015

Estádio fenológico do feijoeiro: ciclo de


desenvolvimento
10 meses atrás
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O estádio fenológico de uma cultura é desenvolvido principalmente para auxiliar no


manejo nutricional e fitossanitário de uma lavoura. Desta forma, visando altas
produtividades é preciso saber quais as principais etapas do ciclo da cultura podem mais
ser afetadas por agentes bióticos e abióticos e quais requerem maior atenção.

O ciclo de desenvolvimento do feijoeiro é dividido em dois momentos: estádio


vegetativo (V) e reprodutivo (R). 

Estádio fenológico Vegetativo:


V0 – Germinação, após a semeadura do feijão e com umidade no solo, as sementes irão
embeber (inchar) e será desencadeado processos metabólicos, sendo observado a
germinação. Nesta fase os cotilédones atingem a superfície do solo;

Fonte: EMBRAPA 

V1 – Emergência. Este estádio é conhecido como “cotilédone ajoelhado”, onde os


cotilédones se encontram visíveis acima da superfície do solo e começam a se separar,
neste momento também pode ser observado a presença de folhas primárias. A partir
deste estádio, até o V3 deve-se redobrar atenção com a presença de pragas de solo e
desfolhadoras. Nesse estádio é possível observar o ataque de patógenos de solo como:
Rhizoctonia solani e Fusarium solani, para esses patógenos é necessário fazer um bom
tratamento de sementes.

Fonte: EMBRAPA 

V2 – Folhas primárias. Esta fase tem início pela abertura completa das folhas primárias
(unifolioladas) e termina com a abertura da primeira folha trifoliolada;
Fonte: EMBRAPA 

V3 – Inicia-se com a primeira folha composta (trifoliolada) totalmente expandida e


termina quando a segunda folha trifoliolada já se encontra também expandida e a
terceira folha começa a se abrir;

Fonte: EMBRAPA 

V4 – Inicia-se quando a terceira folha trifoliolada se encontra totalmente aberta. Este


estádio é também caracterizado pelo início do desenvolvimento dos primeiros ramos
secundários (engalhamento) e termina com o surgimento dos botões florais. 

É o estádio mais longo do desenvolvimento do feijoeiro, podendo variar de cultivar para


cultivar. Entre os estádios V3 e V4 recomenda-se fazer controle preventivo com
fungicidas e aplicação de herbicidas para controle de folhas largas, bem como, adubação
de cobertura e aplicação de Cobalto e Molibdênio foliar. 
Estresses causados em V4 por déficit hídrico, competição com plantas daninhas,
deficiência nutricional, fitotoxicidade de produtos podem afetar diretamente o
crescimento do feijoeiro e consequentemente reduzir a produtividade;

Fonte: EMBRAPA 

Estádio fenológico Reprodutivo:

R5 – Período pré-floração. Neste estádio fenológico ocorre o desenvolvimento dos


ramos secundários e dos botões florais e termina a partir da abertura da primeira flor.
Nesta fase, déficit hídrico e temperaturas elevadas poderão reduzir a formação de flores,
que irão  refletir em quebra de produtividade;

Fonte: EMBRAPA 

R6 – Floração. Este estádio inicia-se quando 50% das plantas apresentam flores abertas
e termina quando 100% das flores estão abertas. O período compreendido entre o meio
e o final do florescimento é mais sujeito ao abortamento de flores;
Fonte: EMBRAPA 

R7 – Formação das vagens. Neste momento, as flores que já estiverem fecundadas


perdem suas pétalas e começa a formação das primeiras vagens, conhecidas como
“canivetes”. 

O final deste estádio fenológico ocorre quando as vagens atingirem seu comprimento
máximo. Estresses hídricos neste período podem levar a formação de grãos chochos.
Deve-se atentar à presença de lagartas desfolhadoras e percevejos e nesta fase faz-se
aplicação preventiva de fungicidas;

Fonte: EMBRAPA 
R8 – Enchimento das vagens. Neste período ocorre o aumento do volume das vagens
em decorrência do enchimento dos grãos. O final deste estádio é marcado pela perda da
coloração verde dos grãos, os quais passam a adquirir coloração característica da
cultivar, bem como, pela perda das folhas. 

Em R8 ainda deve-se fazer o monitoramento de lagartas e percevejos, pois atacam


diretamente os grãos em formação. A dessecação pode ser realizada ao final deste
estádio, com objetivo de uniformizar a maturação das vagens;

Fonte: EMBRAPA 

R9 – Maturação. Neste momento, as vagens começam a secar e perder sua coloração e


as sementes passam a ter brilho e cor específica da cultivar. Em R9 pode-se fazer a
dessecação com produtos de contato, quando não tiver sido realizada ao final de R8.

Fonte: EMBRAPA 

REFERÊNCIAS

EMBRAPA – Conhecendo a fenologia do feijoeiro e seus aspectos fitotécnicos. 2018


GUIMARÃES, R. A. M. Estádios fenológicos e doses de nitrogênio na cultura do feijão no cultivo das
águas. 2015

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