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Soja

Histórico, Morfologia, Ecofisiologia

Profª. Ma. Thalita C. Anastácio


thalitacanastacio@unochapeco.edu.br
Material de consulta
Reino: Plantae

Classe: Magnoliopsida

Sub classe: Dicotiledoneae

Ordem: Fabales Espécies:


Glycine max L., Merril.
Família: Fabaceae
Glycine soja
Subfamília: Faboideae Glycine gracilis

Gênero: Glycine Glycine ussuriensis


Samples of the legume seed collection at CWLGC

Nawaz A. A., et al, 2020


https://doi.org/10.3390/agronomy10020214
Origem
Origem e difusão geográfica da soja

Bonetti, 1970
Produção e mercado
Serie histórica
Área plantada – em mil hectares

https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/serie-historica-das-safras#gr%C3%A3os-2
Conab, 2022
Serie histórica
Produtividade– em kg/ha

Conab, 2022
Serie histórica
Produção– em mil toneladas

Conab, 2022
Aspectos nutricionais
Morfologia
Características

• Grande variabilidade genética;

• C3

• Influenciada pelo meio ambiente – LUZ (fotossensível), temperatura e

umidade;

• Planta de dia curto – luz em excesso atrasa o florescimento

• Ciclo de 80 a 160 dias;


Sistema radicular

• Axial ou pivotante,
• No hipocótilo podem surgir raízes adventícias,
• Agressividade depende do solo,
• Atinge 2 m profundidade e 2,5 m horizontalmente na superfície,
• 90% das raízes estão até 15 cm,
• + 99% a menos de 30 cm condições de lavoura,
• Apresenta nódulos para eficiente FBN (Fixação biológica de nitrogênio).
Primária

Laterais
• Variáveis;
Folhas e Hastes Composta • Trifólios, tetrafólios, pentafólios...

• Unifoliada;
• Simples e opostas;
• Oval e pecíolo curto 1~2 cm Simples • Germinação epígea;

• Diferenciação embrionária; • Permanecem por 2 semanas;

• 2º nó; • Nutrem a plântula.

• 1 a 4 semana de vida. Cotiledonar


Oval Rombóide

Ovoide Lanceolada

A cor dos folíolos varia do verde claro ao verde escuro.


• Herbáceo,

• Ereto e semi-prostrado

• Pubescentes – caule híspido,

• Ramificado – efeito plástico e cultivar

• Nós e entrenós

• Gemas – Dormentes e ativas (Vegetativas,

Mistas, Reprodutivas)
Estatura 30 a 150 cm
• Herbáceo,

• Ereto e semi-prostrado

• Pubescentes,
Marrom Cinza

• Ramificado – efeito plástico e cultivar

• Nós e entrenós

• Gemas – Dormentes e ativas

(Vegetativas, Mistas, Reprodutivas)


• Herbáceo,

• Ereto e semi-prostrado

• Pubescentes,

• Ramificado – efeito plástico e cultivar


Ramo secundário

• Nós e entrenós

• Gemas – Dormentes e ativas (Vegetativas,

Mistas, Reprodutivas)
Hábito de crescimento

• Afeta a estatura da planta,


• Afeta distribuição de hastes secundárias,
• Afeta distribuição das inflorescências,
• Afeta distribuição dos frutos.

Determinado Semideterminado Indeterminado


Determinado

• Fases vegetativa e reprodutiva bem definidas – transição abrupta;

• Transição de fase ocorre com 90% da estatura da planta;

• Florescimento de “cima para baixo”, iniciando no 8ª nó;

• Uso em regiões de alta altitude e boa fertilidade.


Semideterminado
Indeterminado

• Intermediário entre Determinado X Indeterminado;

• Lenta transição da fase vegetativa para reprodutiva;

• Produzem racemo terminal;

• Floração “de baixo para cima” – acrópeto;

• Transição de fase ocorre com 70% da estatura da planta.


Indeterminado

• Sobreposição da fase vegetativa e reprodutiva;

• Sem a presença de racemo terminal;

• Floração “de baixo para cima” iniciando no 4ª~5ª nó – acrópeto;

• Transição de fase ocorre com 50-60% da estatura da planta;

• Maior número de nós na haste – 14 a 25;

• Uso em regiões de baixa latitude e baixa fertilidade;

• Maior acamamento por indução a estiolamento.

• ATUALMENTE O MAIS UTILIZADO, depois o semi-determinado


Determinado X Indeterminado

Racemo terminal
Flores

• Autógama cleistogâmica (fecundação antes da flor se abrir) 99%;

• Flor completa - asa, quilha e estandarte

• Pétalas coloridas;

• Flores em racemo;
Frutos
• Legume e deiscente;
• Duas metades de um único carpelo único = pericarpo;
• Suturas: ventral e dorsal;
• Coloração: preta, marrom, amarela ...
• Tamanho: 2-7 cm;
• Número de sementes por fruto é de 1-4 por fruto ~ 2-3 mais comuns;
• 40-400 frutos por planta;
• Média de 30 g /100 sementes.
Semente

Plúmula
Cotilédone
Hilo

Hipocótilo
Tegumento

Radícula

Syngenta, 2017 REGISTRO: Serviço Nacional de Proteção de Cultivares


Ecofisiologia
Fehr e Caviness (1977), adaptado por Costa e Marchezan (1981)
Vegetativa (V) e reprodutiva (R)
V – Emergência

Cotilédones rompem a superfície do solo;


• Cotilédones com ângulo superior a 90ª com o hipocótilo;
• Emissão da radícula e sua transformação em raiz primária;
• Sensibilidade a falta e/ou excesso de água;
• Sensibilidade a doenças e pragas que causam tombamento;
• Redução de 70% do peso seco do cotilédones ate o final da fase
V – Cotiledonar

Abertura dos cotilédones e expansão das folhas


primárias/simples

• Quando as margens dos folíolos não mais estiver se tocando;

O nó cotiledonar não é contado, pois não é uma “folha verdadeira”, mas é


possível ver a cicatriz de inserção.
V – folha unifoliadas totalmente abertas
Folha unifoliadas totalmente abertas e os bordos
do 1º trifólio não estão se tocando
Para a determinação dos estádios V1
em diante, os nós cotiledonares não
são considerados, pois não possuem
(ou possuíam) folhas verdadeiras.

V – Primeiro trifólio totalmente aberto

1º trifólio totalmente aberto e os bordos do 2º trifólio


não estão se tocando
Fixação de N de maneira ativa V2 – V3 até R5
V – segundo trifólio totalmente aberto

Segundo trifólio totalmente aberto e os bordos


do 3º trifólio não estão se tocando

E assim por diante.... V - Enésimo trifólio ....

V3 a V5 ...
• Gemas axilares permite a planta se recuperar injuria
• Planta possui habilidade de produzir novos ramos e folhas
Neumaier et al. 2000
Resumo:

R1 e R2 – florescimento
R3 e R4 – Desenvolvimento da vagem
R5 e R6 – Desenvolvimento do grão
R7 e R8 - Maturação
R – início do florescimento

Aparecimento da primeira flor aberta em


qualquer nó da haste principal

• 50% da população nesse estádio;


• Induzida com temperaturas acima de 13 C
• Elevadas temperaturas causa florescimento precoce e
redução da altura da planta
R – fim do florescimento e Início da formação das
vagens/legumes (primórdios)

Uma flor aberta em um dos dois últimos nós do


caule com folha completamente desenvolvida
25 a 40 dias de florescimento ~ ambiente influente
Máximo crescimento radicular (R2~R3)

Coleta de folhas para análise nutricional 8 a 10 nós – coleta


no 3º triófolio expandido “de cima para baixo” - (R2~R3)
R – Início da formação de vagens e enchimento de
grãos

Vagem de 0,5 cm a 2,0 cm em um dos quatro


nós superiores na haste principal
R – formação das vagens/legumes

Vagem completamente desenvolvida (> 2,0 cm)


em um dos quatro nós superiores na haste principal
R – início do enchimento de grãos

R5.1 - grãos perceptíveis ao tato (o equivalente a 10% da granação);


R5.2 – 11% a 25% da granação;
R5.3 – 26% a 50% da granação;
R5.4 – 51% a 75% da granação;
R5.5 – 76% a 100% da granação ~ 6 cm da vagem
R – início do enchimento de grãos
R – máximo volume de grãos – “semente cheia”

Legume contendo ao menos um grão verde que


ocupa toda a cavidade em um dos quatro
últimos nós do caule com folha desenvolvida
R – maturidade fisiológica

Um legume normal que atingiu a cor de legume


maduro, na haste principal
R – maturidade

95% dos legumes atingiram a cor de legume


maduro

Temperatura baixa associada a período chuvoso


/umidade do ar elevada = haste verde e retenção foliar
R e – maturidade/maturação plena

95% dos legumes atingiram a cor de legume maduro


São necessários de 5 a 10 dias de clima seco após R8 para que a
soja atinja menos de 15% de umidade
Neumaier et al. 2000
Exigências climáticas
Hídrica

450 a 800 mm

Emergência → 50% do peso em água

Solo → 50-85% da capacidade de campo (CC)


• Cultivares adaptadas
• Irrigação
Floração → apresenta máxima exigência • Época de semeadura
BRS 8383IPRO

https://www.embrapa.br/en/busca-de-noticias/-/noticia/71133974/embrapa-cerrados-e-fundacao-bahia-fazem-pre-lancamento-de-cultivar-de-soja-tolerante-a-estresse-hidrico-durante-o-
bahia-farm-show?p_auth=JKyOGbSp
Berlato e Bergamaschi, 1992
Desenvolvimento vegetativo

• Estresse hídrico nos estádios vegetativos podem ser altamente prejudiciais, pois restringem
o desenvolvimento da parte aérea;
• Pode recuperar, depende da duração do estresse, variedades tardias são mais eficientes;
• Fixação biológica de nitrogênio (FBN) é afetada diretamente e indiretamente por menor
aporte de fotossimilados;
• Menor produção de folhas;
• Menor crescimento em estatura;
• Menor emissão de ramos;
• Variedades precoces e de hábito de crescimento determinado são mais afetadas;
• Semeaduras no final da época preferencial agravam os efeitos do estresse.
Desenvolvimento reprodutivo

• Floração e início de formação de vagens: reduz quantidade de flores e vagens;


• Longo período de florescimento torna a cultura com certa elasticidade e tolerância ao estresse hídrico
nesta fase, desde que por curto período de tempo;
• Mais tolerante que milho, arroz, feijão (sistema radicular mais agressivo e maior período de florescimento,
maior ciclo);
• Pode recuperar, depende da duração do estresse;
• Efeitos mais severos são durante a última semana de desenvolvimento das vagens e durante o enchimento
de grãos (R4-R6), menor número de vagens, menor número de grãos e menor massa de grãos;
• Mais crítico dentro do estádio reprodutivo é R6, por que restringe área foliar, induz aborto de vagens e
grãos e acelera senescência foliar;
• Sul do Brasil estiagem é problema entre fevereiro e março;
• Excesso hídrico na maturidade, deterioração de grãos e retenção foliar (litoral), acamamento.
Temperatura

Temperatura do ar

• Temperaturas ótimas 25-30 oC,


• Temperatura máxima 30 oC
Inferiores a 15 oC causa paralisia de crescimento

Temperatura do solo
• Quando planta com solo a 17 °C demora 12 dias para emergir
• Quando planta com solo a 25 °C demora 5-8 dias para emergir
• Para florescimento (R1 e R2) temperatura de 23-25 °C, se menor que 20 °C provoca
insuficiência térmica -- regiões pouco favoráveis ao cultivo

• Maturação é acelerada em altas temperaturas


• Alta UR → redução da qualidade de sementes e grãos
• Baixa UR → danos mecânicos na colheita
• Baixa temperatura na colheita e Alta UR → atrasos, retenção foliar a haste verde
• As áreas mais produtivas do mundo estão situadas a temperaturas de 23-25 °C.
Temperatura afeta no desenvolvimento vegetativo
• Estresse hídrico nos estádios vegetativos podem ser altamente prejudiciais, pois
restringem o desenvolvimento da parte aérea
• Pode recuperar, mas depende da duração do estresse, variedades tardias são mais
eficientes,
• Fixação biológica de nitrogênio (FBN) é afetada diretamente e indiretamente por menor
aporte de fotossimilados,
• Menor produção de folhas,
• Menor crescimento em estatura,
• Menor emissão de ramos,
• Variedades precoces e de hábito de crescimento determinado são mais afetadas.
• Semeaduras no final da época preferencial agravam os efeitos do estresse.
Temperatura afeta no desenvolvimento reprodutivo

• Floração e início de formação de vagens: reduz quantidade de flores e vagens


• Longo período de florescimento torna a cultura com certa elasticidade e tolerância ao
estresse hídrico nesta fase, desde que por curto período de tempo,
• Mais tolerante que milho, arroz, feijão (sistema radicular mais agressivo e maior período
de florescimento, maior ciclo)
• Pode recuperar, depende da duração do estresse,
• Efeitos mais severos são durante a última semana de desenvolvimento das vagens e
durante o enchimento de grãos (R4-R6), menor número de vagens, menor número de
grãos e menor massa de grãos.
• Sul do Brasil estiagem é problema entre fevereiro e março o Excesso hídrico na
maturidade, deterioração de grãos e retenção foliar
Fotoperiodismo
Indução da floração da planta devido a período de luminosidade ou ausência dela.

o Plantas de dias curtos (PDC): florescem em fotoperíodos menores do que


o máximo crítico – ou seja, se superou o tempo crítico de escuro, ela
floresce. Ex. Soja

o Plantas de dias longos (PDL): florescem em fotoperíodos maiores do que um mínimo


crítico – ou seja, superou mais que o período crítico de luz, floresce. Ex. Espinafre

o Plantas de dias neutros ou fotoneutras (PDN): florescem em uma ampla faixa de


variação do fotoperíodo.
Exemplo:
Supondo um dia qualquer do ano em SC, onde o sol nasce as 7h e se põe as 18h (ou
seja, 11 h de luz, e 13 h de escuro.

Soja
Espinafre
Dia curto
Dia longo
Fotoperíodo crítico 13h
Fotoperíodo crítico (FC) 12h

A luz durante o dia tem que ultrapassar o FC de 12h, A luz durante o dia tem ser inferior ao FC de 13h, temos
temos apenas 11h de luz, então ele não floresce. apenas 11h de luz, então ele floresce.
Fotoperiodismo x adaptabilidade

Quanto maior o período juvenil de uma cultivar, maior a adaptabilidade a


diferentes regiões

Para a maioria das cultivares de RS e SC, este valor é de 13-14 horas

No entanto, atualmente já ha cultivares adaptadas para cultivo


independente da variação do fotoperíodo da região.
Linha do Equador Chapecó
Solstício verão

Equinócio

Solstício inverno
Linha do Equador Chapecó
Solstício verão

Luz < FC
12h < 12,5h
Floresce

Equinócio 12 h de luz

FC 12,5h
Solstício inverno
Linha do Equador Chapecó
Solstício verão

Luz < FC
13h > 12,5h
Não Floresce

13 h de luz
Equinócio

FC 12,5h
Solstício inverno
Linha do Equador Chapecó
Solstício verão

Luz < FC
14h > 12,5h
Não Floresce

14 h de luz

Equinócio

FC 12,5h
Solstício inverno
Linha do Equador Chapecó
Solstício verão

Luz < FC
13,5h > 12,5h
Não Floresce

13,5 h de luz

FC 12,5h
Solstício inverno
Linha do Equador Chapecó
Solstício verão

Luz < FC
12,5h ≤ 12,5h
Floresce

12,5 h de luz

FC 12,5h
Solstício inverno
Linha do Equador Chapecó
Solstício verão

O período juvenil grande de uma cultivar, confere maior


Luz < FC
adaptabilidade dela a diferentes regiões.
12,5h ≤ 12,5h
Floresce

Isso porque a planta continuará crescendo (vegetando)

mesmo
12,5quando
h de luz ainda não atingir o fotoperíodo critico,

aguardando a chegada o FC adequado.


FC 12,5h
Solstício inverno
Para cada 0,1 na
escala, varia-se 1,5
HC det.
a 2 dias de ciclo

• GM 8 = 160 dias de ciclo


• GM 5 = 100 dias de ciclo

HC indet.

• Precoce: abaixo de 115 dias Abaixo de 5


• Média: de 115 a 125 dias
• Tardia: acima de 125 dias 000, 00, 0, I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X
Imaginemos uma cultivar do
grupo 5-6, do Rio Grande do Sul,
onde tem 15h de luz no verão e a
cultivar floresce apenas com 13h
(Fotoperíodo crítico dela)
Se essa é plantada na mesma
época em MG (com 12h de luz), o
que acontecerá com ela?

Ela nascerá sendo exposta a


Agora se eu coloco uma cultivar de
duração da luz do dia inferior ao
MG, com FC de 12h plantada na
FC, então florescerá precocemente.
mesma época no RS, que terá 15h de
luz, ela proporcionará alongamento
https://www.youtube.com/watch?v=fuQ1NWn_VR8
de ciclo, não floresce...
Grupo de maturidade relativa da soja - GMR
A classificação das cultivares de soja eram divididas, quanto ao ciclo, em
seis grupos: superprecoce, precoce, semiprecoce, médio, semitardio e
tardio.
No entanto, apenas com base nessa classificação, era comum a ocorrência
de situações em que uma mesma variedade se comportava de maneira
diferente caso fosse plantada em uma ou outra região, alongando ou
adiantando o ciclo, dependendo em qual região do pais (latitude) ela fosse
plantada.

A nova classificação por GMR é muito mais preciso na estimativa de


duração do ciclo de desenvolvimento da soja e considera mais fatores para
ser definido, como temperatura e latitude da área a ser plantada no país
(mais próximo ou mais distante da linha do equador).
Interações
Latitude X época de semeadura X fotoperíodo

Ex: Uma cultivar hipotética com fotoperíodo crítico indutivo de 14 h Semeada a latitudes
de 30, 20 e 10º S, Carazinho RS, SP e Sorriso MT, na mesma data de semeadura.

• A 30 º S induzida a florescer em fevereiro


• A 20º S induzida a florescer em 20 de dezembro
• A 10º S induzida a florescer logo após vencer o período juvenil após o 3 trifólio, desde o
início ~ 30 dias pós emergência
Interações
Latitude X época de semeadura X fotoperíodo

Ex: Mesma cultivar hipotética com fotoperíodo crítico indutivo de 14 h, semeada no Rio
Grande do Sul, mas em épocas diferentes: 15/10, 15/11 e 15/12

• Independente da época de semeadura, a 30º S, será induzida a florescer em fevereiro,


• Duração do período emergência-florescimento será menor quanto mais tardio for a
semeadura.
• Quanto mais tardia a semeadura, terá comportamento similar à semeaduras a baixas
latitudes.
Consequências da semeadura em baixas latitudes e ou em semeaduras
tardias para a mesma latitude

• Encurtamento do sub-período emergência-florescimento

• Menor estatura da planta,


• Menor número de nós e entrenós da planta,
• Menor número de ramos laterais,
• Menor altura de inserção do primeiro fruto

Redução do potencial produtivo, devido a: Perdas potenciais:


• Perdas estão relacionadas com altura de inserção dos
Número de legumes/planta é o principal componente do legumes
rendimento • Plantas baixas, perde-se mais na colheita + doenças.
Épocas de semeadura pelo ZARC

https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/riscos-seguro/programa-nacional-de-zoneamento-agricola-de-risco-
climatico/portarias/safra-vigente/santa-catarina/word/PORTN262SOJASC.pdf
5 Macrorregiões e
20 regiões edafoclimáticas (REC)

Macrorregiões edafoclimáticas:
REC 1: 101, 102, 103, 104
REC 2: 201, 202, 203, 204
REC 3: 301, 302, 303, 304
REC 4: 401, 402, 403, 404, 405
REC 5: 501, 502, 503
Épocas de semeadura pelo ZARC
Épocas de semeadura pelo ZARC

Planta de porte alto e ciclo longo, requer população baixa


Planta de porte baixo e ciclo curto, requer população alta
Consideraram-se os solos Tipos 1, 2 e 3, com capacidade de armazenamento de água de 35, 55 e 75 mm,
respectivamente.

NOTA: Para culturas anuais, o ZARC faz avaliações de risco para períodos decendiais (10 dias) de semeadura e
assume que a emergência ocorra, majoritariamente, em até 10 dias após a semeadura. Para os casos excepcionais
em que a emergência ocorrer com 11 ou mais dias de atraso em relação a semeadura, deve-se considerar como
referência o risco do decêndio em que ocorreu a emergência.
https://www.youtube.com/watch?v=fuQ1NWn_VR8
Atividade A2
Baseado no tempo para o florescimento e para a maturação da soja, foi desenvolvido uma
classificação da soja em 13 grupos de maturação relativa (GMR), que vão do 000, 00 e 0, I,
II, III, IV, V, VI, VII, VII, IX e X. Os cultivares do grupo 000 são cultivados nas regiões mais
próximas aos polos e os cultivares X próximos à linha do equador (latitude 0°). Essa
classificação que tem sido adotada no Brasil é a mesma utilizada nos Estados Unidos, China
e Argentina. Entretanto, no Brasil usamos com mais frequência números arábicos (1,2,3 ...
etc.) do que os números romanos (I, II, III... etc.). Dependendo do grupo de maturação, a
soja pode ser ter um ciclo mais longo ou mais precoce, devido à influência do ambiente em
cada latitude.
Baseado no tema, explique se os trechos abaixo estão corretos ou errados, e detalhe os
porquês.

• 1-Uma cultivar do grupo 5-6 caso seja plantada na localidade dos grupos 8-9 terão o
comportamento de adiantar o florescimento.
• 2- Dentro de cada GMR ainda temos a classificação das cultivares quanto a sua
precocidade, podendo ser, por exemplo: precoce e tardia

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