Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Agosto, 2004
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro Nacional de Pesquisa de Florestas
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Documentos 94
Propagação Vegetativa de
Espécies Florestais
Márcio Pinheiro Ferrari
Fernando Grossi
Ivar Wendling
Colombo, PR
2004
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
Embrapa Florestas
Estrada da Ribeira, km 111
Caixa Postal 319
Fone: 41 666-1313
Fax: 41 666-1276
Home page: http://www.cnpf.embrapa.br
E-mail (sac): sac@cnpf.embrapa.br
1a edição
1a impressão (2004): 500 exemplares
Fernando Grossi
Engenheiro Florestal, Doutor, Professor da
Universidade Federal do Paraná.
fgrossi@floresta.ufpr.br
Ivar Wendling
Engenheiro Florestal, Doutor, Pesquisador da Embrapa
Florestas.
ivar@cnpf.embrapa.br
Apresentação
Chefe Geral
Embrapa Florestas
Sumário
Introdução ............................................................................................. 9
1. Técnicas de propagação vegetativa de espécies florestais ...................... 11
1.1. Estaquia ................................................................................... 11
1.2. Micropropagação ...................................................................... 13
1.3. Microestaquia ........................................................................... 15
1.4. Miniestaquia ............................................................................. 16
1.5. Outras técnicas de propagação vegetativa de espécies florestais .... 18
2. Considerações Finais ......................................................................... 19
INTRODUÇÃO
A produtividade média das florestas de Eucalyptus spp para produção de
celulose e papel tem apresentado uma trajetória ascendente ao longo do
tempo. Em 1970 essa produtividade era de 15 st/ha/ano; em 1980, 30 st/ha/
ano; em 1990, 38 st/ha/ano e em 1998 atingiu 60 st/ha/ano (Leão, 2000). O
desafio a ser superado atualmente é a manutenção ou o aumento desse valor,
por meio da evolução.
1. Técnicas de propagação
vegetativa de espécies florestais
Embora a propagação vegetativa comercial de espécies florestais seja
relativamente recente, vários métodos têm sido desenvolvidos desde seu
início, principalmente para espécies do gênero Eucalyptus. Atualmente, os
principais métodos usados em nível comercial são: estaquia, micropropagação,
microestaquia e miniestaquia e enxertia. Além destas técnicas, existem
outras, como alporquia e borbulhia, que tem importância fundamental para
outros fins que não sejam a formação de mudas para plantios comerciais.
1.1. Estaquia
A estaquia é uma técnica que consiste em promover o enraizamento de partes
da planta, podendo ser ramos, raízes, folhas e até mesmo fascículos, no caso
de Pinus spp. Ainda é a técnica de maior viabilidade econômica para o
estabelecimento de plantios clonais de Eucalyptus spp. (Paiva & Gomes,
1995) e a mais difundida entre as empresas florestais (Gomes, 1987; Xavier
& Comério, 1996) embora, segundo Assis (1996a), sua utilização não seja
viável técnica e economicamente para todas as espécies florestais.
Quanto ao processo de estaquia, Paiva & Gomes (1995) relataram que, depois
de realizada a seleção da árvore-matriz, ela é cortada, visando a produção de
brotos que são enraizados em casa de vegetação. As brotações podem ser
colhidas no campo, no caso de árvores selecionadas em plantios comerciais,
ou no jardim clonal, que é a segunda etapa do processo. As estacas
permanecem na casa de vegetação por um período de 20 a 45 dias,
dependendo da região, da época do ano e da espécie envolvida. Quando
estiverem enraizadas, estas serão aclimatadas em casa de sombra e, em
seguida, transferidas para um local de pleno sol, onde completarão seu
desenvolvimento e receberão os tratamentos finais antes de serem levadas ao
campo. Normalmente, as mudas produzidas por enraizamento de estacas
estão aptas a serem plantadas quando atingem de 90 a 120 dias de idade.
1.2. Micropropagação
1.3. Microestaquia
1.4. Miniestaquia
Segundo Xavier & Wendling (1998), para alguns clones de fácil propagação
vegetativa os procedimentos mais simples e menos onerosos, como a
miniestaquia, podem ser eficientes para atender ao processo de produção
massal de mudas de Eucalyptus, em virtude de não haver a necessidade de
estruturas de laboratório de micropropagação, como no caso da
microestaquia. Em outras situações, segundo os autores, a miniestaquia
mostra-se como alternativa para certos clones que apresentam dificuldades no
cultivo “in vitro” (recalcitrância, necessidade de ajustes de meio de cultura, etc.).
Propagação Vegetativa de Espécies Florestais 17
A alporquia é uma técnica que permite o enraizamento de ramos sem que eles
tenham que ser separados da planta mãe, o que para algumas espécies
nativas é fundamental, visto que o ramo isolado não consegue sobreviver. É
uma técnica pouco usada, necessitando de maiores estudos. Porém, são
processos de grande importância para o resgate de material adulto, a fim de se
evitar perdas de material genético de alto valor, em função da impossibilidade
e/ou dificuldade de rebrota de algumas espécies/clones, das dificuldades de
enraizamento, ou devido à dificuldade de isolamento e introdução in vitro de
material proveniente diretamente do campo.
Propagação Vegetativa de Espécies Florestais 19
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do exposto, infere-se que as técnicas de propagação vegetativa são
ferramentas de grande potencial para a manutenção e continuidade dos
programas de melhoramento genético de espécies florestais, bem como para
o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas ao aumento da
produtividade do setor florestal.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSIS, T. F. Melhoramento genético do eucalipto. Informe Agropecuário, v.
18, n. 185, p. 32-51, 1996a.
ELDRIDGE, K.; DAVIDSON, J.; HARDWIID, C.; WYK, G. van. Mass vegetative
propagation. In: ELDRIDGE, K.; DAVIDSON, J.; HARDWIID, C.; WYK, G. van.
Eucalypt domestication and breeding. Oxford: Clarendon Press, 1994. p. 228-
246.
TCP 4/2003