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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.
alongamento da folha continua até que ocorra o aparecimento da lígula. Dessa forma, a presença da
lígula representa o final do crescimento foliar e indica que essa folha já é madura.
3. Duração de vida da folha (DVF): é o período em que há acúmulo de folhas no perfilho sem
que haja perda por senescência, sendo o ponto de equilíbrio entre os processos de crescimento e
envelhecimento foliar.
Essas características são importantes porque têm influência direta sobre os aspectos estruturais do
pasto. O comprimento final da folha é determinado pela taxa de aparecimento, que está diretamente
associada a ele, e de alongamento de folhas. Elevadas taxas de aparecimento são associadas à
produção de folhas de menores tamanhos.
No caso de gramíneas forrageiras tropicais, a taxa de alongamento de colmo também é
considerada uma variável morfogênica importante, uma vez que pode ocorrer alongamento do colmo
na fase vegetativa de crescimento, se o período de rebrotação for muito longo.
Características Estruturais do posto
As Características Estruturais segundo ( Pereira et al., 2016), são:
1. Tamanho da folha, que é determinada pela relação entre TApF e TALF, pois a duração do
período de expansão de uma folha é uma fração constante do intervalo de aparecimento, ou seja, do
filocrono.
2. Densidade de perfilhos, característica que é relacionada com TApF, uma vez que cada folha
possui uma gema axilar e, dessa forma, o aparecimento de uma nova folha determina o número
potencial de sítios para o surgimento de novos perfilhos. Desta forma, genótipos com alta TApF
apresentam alto potencial de perfilhamento e assim determinam uma pastagem com uma densidadede
perfilhos mais elevada do que aquelas com baixa TApF.
3. Número de folhas vivas por perfilho (NFV), que é o produto da TApF pela duração de vida
das folhas(DVF). a Adaptações fisiológicas, morfogênicas e estruturais podem ocorrer em função do
maneio dado à forrageira e, dessa forma, os ajustes que ocorrem determinarão a velocidade de
recuperação da nova área foliar e, portanto, afetarão o potencial de rebrotação da planta.
Índice de área foliar.
É a relação entre a área de folhas e a superfície de solo que elas cobrem (m2 de folha/m2 de
solo), expressando o potencial de rendimento de forragem, relacionado com a utilização da energia
solar, através da fotossíntese. Permite observada A eficiência de utilização da energia solar . Com o
aumento da interceptação da luz solar ocorrem, simultaneamente, incrementos no rendimento de
forragem, até ser atingido um platô, quando as folhas mais velhas entram em senescência e são
sombreadas pelas mais novas, acarretando a diminuição da eficiência fotossintética com menores
taxas de crescimento.
Considera-se que o índice foliar é ótimo quando o número de folhas é suficiente para captar
90% da luz incidida sobre aplanta e que ele é crítico quando 95% da luz é desviada. As gramíneas,
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por possuírem folhas semieretas, têm menor capacidade para o aproveitamento dessa luz do que as
leguminosas que apresentam folhas horizontais.
Senescência
Senescência de forragem – É o processo de morte de células, tecidos e órgãos de plantas
forrageiras, ao final da sua vida útil. Nas lâminas foliares, o processo de senescência inicia-se do
ápice em direção à base, pois as células mais velhas são as do ápice foliar.
A ideia principal que neste ponto se deve ter presente é de que, na generalidade das gramíneas e
leguminosas que são utilizadas para a produção de forragens e pastagens, a vida das folhas
individuais é curta. De facto, em gramíneas pratenses a vida da folha pode não ultrapassar as três
semanas, sendo maior a sua longevidade nas leguminosas. Para além deste facto realça-se a
tendência para as plantas em povoamentos atingirem um nível de folhas por caule constante, em que
a cada folha nova que nasce corresponde a senescência da folha mais velha.
5 - SAZONALIDADES NA PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PASTAGENS E FORRAGENS
A sazonalidades/estacionalidade da produção do pasto é a Resposta da produção de forragem a
pasto em função da variação climatica numa determina região. Geralmente a produção de pasto é
mais elevada em termo de quantidade e qualidade quando tem muitos chuva, calor luminosidade, e
quando chove memnos a produção cai em termo de qualidade e da quantidade. É Necessário entender
que a estacionalidade da produção das pastagens influencia na elaboração do planejamento das
propriedades que se dedicam a atividade pecuária(Costa et al., 2004).
Os fatores climáticos exercem grande impacto sobre as variações do ritmo de crescimento das
plantas, impedindo a pastagem de crescer uniformemente durante o ano. Assim, no período das
“águas”, as temperaturas estão elevadas, ocorre precipitação regular, há alta luminosidade,
crescimento vigoroso da planta, altas taxas de acúmulo de forragem, alta velocidade de
desenvolvimento vegetativo e no final da estação, normalmente ocorre a floração. Nessa época, a
planta produz a maior quantidade de sua produção anuala total de matéria seca. No período da
“seca” as temperaturas são mais baixas, a precipitação é reduzida, há baixa luminosidade, ocorre
drástica redução no ritmo de crescimento, e por consequência, as taxas de lotação da fazenda são
menores. A análise de série histórica e o acompanhamento das variáveis agroclimáticas são, portanto,
uma ferramenta preciosa para orientar técnicos de produção e planejamento das fazendas, já que a
duração do período de déficit no crescimento varia com a espécie forrageira.
Estratégias para minimizar os efeitos da estacionalidade
a. Adubação nitrogenada estratégica
A adubação nitrogenada reconhecidamente aumenta a produção de forragem. Contudo, a utilização
de altas doses de adubação na época das águas não resulta necessáriamente em maior produção na
época seca e possui um efeito de aumentar a diferença entre a quantidade total produzida entre esses
períodos. Por sua vez, a adubação na época seca não possui efeito sobre a produção, pois como não
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há água no solo a planta não consegue utilizar o N do fertilizante. Dessa forma, a adubação em
períodos estratégicos, como no final da época das águas, quando ainda há chuvas que possam auxiliar
a absorção de N e no início das chuvas (outubro/novembro) pode diminuir o período de baixa
produção.
b) Irrigação A aplicação de água minimiza os efeitos do estresse hídrico sobre a planta,
aumentando a produtividade do pasto, principalmente em situações em que a produção seja limitada
pela deficiência hídrica. O desenvolvimento das plantas forrageiras no período de entressafra é
limitado também (ou principalmente) pela temperatura e por outros fatores como luminosidade e
fotoperíodo.
c. Diferimento O diferimento da pastagem, também denominado de pastejo protelado, pastejo
diferido, “vedação” da pastagem e “produção de feno em pé”, pode ser entendido como o adiamento
do uso do pasto pelo animal, ou seja, é uma estratégia de maneio que consiste em selecionar
determinadas áreas da propriedade e excluí-las do pastejo, garantindo acúmulo de forragem para ser
pastejada durante o período de escassez. Geralmente, os piquetes para diferimento são vedados no
fim do “período das águas”, como forma de garantir produção de forragem para ser pastejada durante
o “período de seca”.
Bibliografia
Costa, N. d., Magalhães, J. A., Townsend, C. R., & Paulino, V. T. (2004). Fisiologia e manejo de
plantas forrageiras. Porto Velho: Embrapa Rondonia.
Freixial, R. M., & Barros, J. F. (2012). PASTAGENS; Texto de apoio para as Unidades Curriculares
de Sistemas e Tecnologias Agropecuários, Noções Básicas de Agricultura e Tecnologia do Solo e das
Culturas. ÉVORA.
Pereira, L. E., & Bueno, I. C. ( 2016). A DINÂMICA DO CRESCIMENTO DE PLANTAS
FORRAGEIRAS E O MANEJO DAS PASTAGENS. Pirassununga : GEFEP.
Aquino, A. A. (2017). Agrostologia e forragicultura. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional
S.A.
Moreira, N. ( 2002). Agronomia das forragens e pastag. Vila Real: UTAD.