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PM-PE

Soldado

História de Pernambuco

História de Pernambuco
Ocupação e colonização - Contatos iniciais do europeu com o nativo local, Capitanias
Hereditárias, Duarte Coelho.......................................................................................... 1
A importância do açúcar para a economia local............................................................ 1
Formação de Olinda e Recife....................................................................................... 1
A presença holandesa e o governo de Maurício de Nassau......................................... 2
Movimentos de resistência e emancipacionistas - Formação de Quilombos, Insur-
reição Pernambucana (1654), Guerra dos Mascates (1710), Revolução Pernambuca-
na (1817), Confederação do Equador (1824), Guerra dos Cabanos (1835), Revolução
Praieira (1848................................................................................................................ 3
Pernambuco e a República........................................................................................... 6
Manifestações da cultura popular pernambucana – Frevo, Maracatu, culinária, festas
populares....................................................................................................................... 6
Herança Afrodescente em Pernambuco....................................................................... 8
Exercícios...................................................................................................................... 9
Gabarito......................................................................................................................... 12

Apostila gerada especialmente para: Nicolas Rafael da Silva Barros 144.276.414-74


Ocupação e colonização - Contatos iniciais do europeu com o nativo local, Capitanias
Hereditárias, Duarte Coelho

Início
Há algumas teorias sobre quem foi o primeiro europeu a chegar nas terras que hoje formam o Brasil.
A mais aceita defende que foi o espanhol Vicente Yáñez Pinzon no dia 26 de janeiro de 1500, possivelmente
no Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco1.
O local avistado por Pinzon sempre foi cercado de controvérsias.
Para alguns pesquisadores portugueses, como Duarte Leite, os espanhóis teriam desembarcado ao norte do
Cabo Orange, na atual Guiana Francesa. Mas para seus rivais castelhanos, que se basearam no depoimento
do próprio Pinzon, o desembarque se deu no Cabo de Santo Agostinho, 86 dias antes da chegada de Pedro
Álvares Cabral a Porto Seguro.
Em 1501, quando a expedição do navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral da colônia portu-
guesa, na recém descoberta América, teve início o processo de colonização de Pernambuco, uma das primei-
ras áreas brasileiras a ter ativa colonização portuguesa.
Entre os anos de 1534 e 1536, Dom João III, então rei de Portugal, instalou o sistema de Capitanias Heredi-
tárias no Brasil, que consistia na doação de um lote de terras, chamado Capitania, a um Donatário (português),
a quem caberia explorar, colonizar as terras, fundar povoados, arrecadar impostos e estabelecer as regras do
local.
Dentre os primeiros 14 lotes distribuídos por D. João III estava a Capitania de Pernambuco, ou Capitania de
Nova Lusitânia, como seu Donatário, Duarte Coelho, a batizou.
Dessa forma, em 1535, Duarte Coelho se estabeleceu no local onde fundou a vila de Olinda e espalhou os
primeiros engenhos da região. Até então, os ocupantes do território eram os índios Tabajaras.

A importância do açúcar para a economia local

Colônia
No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante muitos anos é respon-
sável por mais de metade das exportações brasileiras.
Pernambuco torna-se a mais promissora das capitanias da Colônia Portuguesa na América.
Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob
o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que
por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se no Recife, fazendo-a capital do Brasil holandês.
Nassau traz para Pernambuco uma forma de administrar inovadora. Realiza inúmeras obras de urbanização,
amplia a lavoura da cana e assegura a liberdade de culto.
No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas.

Formação de Olinda e Recife

Recife, a cidade maurícia


Concluída a ocupação da maior parte da região nordeste da colônia portuguesa em 1637, a WIC (Compa-
nhia das índias Ocidentais) enviou para governa-la o conde João Maurício de Nassau. Militar de carreira, de
formação calvinista, Nassau trouxe para a região artistas como Frans Post e Albert Eckhout, e homens de ciên-
cia, como o médico e astrônomo Jorge Marcgrav, entre outros. Urbanizou o Recife (chamada então de cidade

1 Governo do Estado de Pernambuco. História de Pernambuco. http://www.pe.gov.br/conheca/historia/.

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maurícia) e providenciou a construção de pontes e de obras sanitárias. Dotou a cidade também de um jardim
botânico, de um jardim zoológico e de um observatório astronômico. Enfim, transformou o antigo povoado em
sede de seu governo.
Apaziguou os ânimos dos senhores de engenho e praticou uma política de tolerância religiosa, permitindo a
liberdade de culto a católicos e judeus.
Por tudo isso, Nassau conquistou a simpatia da população e da elite de senhores de engenho, que voltaram
a produzir açúcar, agora para os holandeses.
Ao mesmo tempo, Nassau conseguiu conquistar o Ceará e o Maranhão, estendendo o domínio holandês a
metade das capitanias da colônia portuguesa.
Em 1637, enviou à África uma expedição que ocupou o Castelo da Mina, importante entreposto português
de escravos. Quatro anos depois, em 1641, outra expedição conquistaria Angola, passando a dominar o tráfico
negreiro, principal fornecedor de mão-de-obra para a produção de açúcar.
Apesar de todos os feitos de Nassau, a WIC não concordava com sua política de conciliação entre holande-
ses e luso-brasileiros. Além disso, o conde opunha-se à pretensão da WIC de reduzir suas tropas de ocupação
no nordeste da colônia.
Essas divergências acabaram levando ao afastamento de Nassau, que voltou a Holanda em 1644.

A presença holandesa e o governo de Maurício de Nassau

Os holandeses estão chegando


Diante da resolução espanhola (a Espanha fechou definitivamente todos os portos da União Ibérica aos
barcos holandeses), os comerciantes holandeses, apoiados e instruídos por seu governo, resolveram reagir.
Para isso dispunham de recursos, armas e homens reunidos pela Companhia das Índias Ocidentais (WIC),
criada naquele mesmo ano de 1621.
A Companhia era uma empresa típica da época do mercantilismo. Formada por capitais privados, contava
com o apoio do Estado, que participava de sua administração. Além disso, detinha o monopólio holandês do
comércio com a América e estava encarregada de estabelecer colônias nesse continente. Em tudo era se-
melhante à Companhia das Índias Orientais, outra empresa holandesa, criada em 1602, mas voltada para o
comércio e a colonização do Oriente.
Com a interdição dos portos açucareiros pela Coroa espanhola, a Companhia das Índias Ocidentais reuniu
uma frota poderosa que incluía dezenas de navios de guerra, centenas de canhões e mais de 3 mil homens e
partiu para a invasão da Bahia, em 1624. Em poucas horas, Salvador foi ocupada sem opor resistência. Um ano
depois, uma esquadra luso-espanhola expulsou os holandeses da capitania.
A WIC passou então a planejar a ocupação de Pernambuco, maior produtor mundial de açúcar. Montou para
isso uma grande operação com 56 navios e mais de 7 mil homens.
Em fevereiro de 1630, depois de vários dias de intensos combates, Olinda, a capital, e alguns povoados
próximos, como o porto de Recife, foram tomados.
Para organizar a resistência local, o governador Matias de Albuquerque refugiou-se com seus homens no
interior da capitania, onde ergueu o arraial do Bom Jesus.
Seriam sete anos de guerra, até que, com a colaboração de um desertor do lado português, Domingos Fer-
nandes Calabar, a Holanda pôs fim ao confronto.
Profundo conhecedor da região e com informações valiosas sobre a tática empregada pelas tropas de Ma-
tias de Albuquerque, Calabar teve participação decisiva no sucesso da ofensiva holandesa. Capturado pelos
portugueses, foi executado por traição.
Durante o período do conflito, a produção do açúcar nos engenhos ficou comprometida. Só seria retomada
com a estabilização política promovida por Maurício de Nassau.

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A partir de 1637, os holandeses conseguiram estender seu domínio às capitanias de Pernambuco, Itamara-
cá, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Movimentos de resistência e emancipacionistas - Formação de Quilombos, Insurrei-


ção Pernambucana (1654), Guerra dos Mascates (1710), Revolução Pernambucana (1817),
Confederação do Equador (1824), Guerra dos Cabanos (1835), Revolução Praieira (1848

Movimentos de Resistência, Revolucionários e Emancipacionistas


Insurreição em Pernambuco
Com a Restauração em Portugal, a Holanda logo se voltou contra a mesma, ocupando Angola, colônia por-
tuguesa na África, em 1641.
Três anos depois, acabou tomando outras medidas que causaram insatisfação geral entre os pernambuca-
nos: o afastamento de Maurício de Nassau do governo da colônia holandesa e a cobrança de dívidas atrasadas
que haviam sido contraídas por senhores de engenho na Companhia das Índias Ocidentais. Tudo isso levou à
revolta da população de Pernambuco que, sob a liderança de João Fernandes Vieira, comerciante e senhor de
engenho, se lançou à luta armada contra o domínio holandês.
A luta, conhecida como Insurreição Pernambucana, teve início em 1645 e se estendeu por nove anos.
Quase toda a população luso-brasileira da região foi mobilizada: grupos de índios comandados por Filipe
Camarão, batalhões de escravos sob a liderança de Henrique Dias e colonos de origem europeia, chefiados por
Vidal de Negreiros e outros líderes.
Pela primeira vez na história da colônia, índios, escravos e colonos, unidos por um forte sentimento nativista
– de apego à terra natal -, formaram um só grupo de resistência para defender um objetivo comum: expulsar o
invasor holandês.
As armas luso-brasileiras venceram vários confrontos, sendo os mais importantes as batalhas de Guarara-
pes de 1648 e de 1649.
Somente em 1651 Portugal tomou a decisão de enviar ajuda aos combatentes luso-brasileiros em Pernam-
buco. Enquanto isso, a Holanda se envolvia em um conflito com a Inglaterra pela hegemonia do comércio ma-
rítimo internacional, o que dificultou seu apoio às autoridades holandesas em terras americanas.
Com a conjuntura internacional a seu favor, os combatentes luso-brasileiros sitiaram Recife.
Em janeiro de 1654, os holandeses assinaram sua rendição e se retiraram de Pernambuco.
Sete anos depois, a título de compensação, Portugal entregou à Holanda o Ceilão e as ilhas Molucas, além
de pagar uma indenização de 4 milhões de cruzados.
Guerra dos Mascates
Entre 1710 e 1711, nova crise eclodiu entre os colonos, dessa vez em Pernambuco (após Revolta no Mara-
nhão).
A causa imediata do conflito, que ficou conhecido como Guerra dos Mascates, foi o descontentamento dos
senhores de engenho residentes em Olinda com a elevação do Recife à condição de vila.
O Recife era uma freguesia (espécie de bairro) subordinada a Olinda. Desde a ocupação holandesa, conhe-
cia rápido desenvolvimento, graças sobretudo ao movimento de seu porto.
Em Olinda, principal vila da capitania pernambucana, residiam muitos senhores de engenho na região. No
Recife, em contrapartida, moravam os comerciantes, geralmente portugueses.
A relação entre comerciantes e senhores de engenho era conflituosa. Embora fossem homens ricos, os
donos de engenho precisavam, com certa frequência, contrair empréstimos junto aos comerciantes do Recife,
pois estes movimentavam grandes somas de dinheiro em suas atividades. Os donos de terras, em geral, con-
sideravam-se nobres e desprezavam as pessoas que viviam do comércio. Por isso, apelidaram os recifenses
de mascates.

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Em 1710, o rei de Portugal elevou o Recife à categoria de vila. Em novembro do mesmo ano, os olindenses
invadiram a antiga freguesia, destruíram o pelourinho recém-construído e nomearam um novo governador.
Lançaram, então, um manifesto no qual faziam uma série de exigências, como a anulação do ato que criava
a vila do Recife, a não-fixação de novos tributos e a extinção das dívidas dos senhores de engenho junto aos
comerciantes.
Um dos líderes da revolta, Bernardo Vieira de Melo, chegou a sugerir que Pernambuco se separasse de
Portugal e adotasse a república como regime de governo.
A proposta era muito avançada para a época: pela primeira vez alguém formulava a ideia de emancipar parte
da colônia dos laços que a prendiam a Portugal.
A reação dos mascates veio em junho de 1711. Seguiu-se um período de intensos combates, com vitórias
de ambos os lados.
As hostilidades só tiveram fim com a nomeação, pelo rei de Portugal, de um novo governador.
Bernardo Vieira de Melo e outros líderes de Olinda foram presos e tiveram seus bens confiscados.
Confirmado na condição de vila, o Recife acabaria conquistando a supremacia sobre sua irmã e rival.
Revolução em Pernambuco (1817)
Em 6 de março de 1817 eclodiu no Recife uma revolta de grandes proporções. Senhores de terra, padres,
diversos militares de prestígio e comerciantes participavam do movimento, que se propagou rapidamente pela
cidade e pôs em fuga o governador de Pernambuco.
O rápido êxito da revolta decorreu de um conjunto de fatores, como a difusão das ideias iluministas, liberais
e republicanas entre as classes dominantes da região e a insatisfação popular com o aumento dos impostos
estabelecido pelo governo para custear as invasões da Guiana Francesa e da Banda Oriental do Rio da Prata.
No dia 8 de março, os revolucionários formaram um governo provisório, republicano, integrado por cinco
membros – representando a agricultura, o comércio, o clero, a magistratura e os militares – e assessorado por
um Conselho de Estado. Prontamente, emissários do governo recém-criado foram em busca de apoio à sua
causa em outras províncias e em alguns países, como Estados Unidos, Argentina e Inglaterra. Na Paraíba,
formou-se um governo revolucionário que também se declarou independente de Portugal.
Enquanto isso, no Recife, os rebeldes adotavam uma Lei Orgânica, destinada a regulamentar os poderes
da República de Pernambuco. Inspirada na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Revolução
Francesa, a Lei Orgânica deveria vigorar até a convocação de uma Assembleia Constituinte, que desse ao novo
país uma Constituição definitiva. Até lá, ficavam estabelecidos como princípios básicos a forma republicana de
governo e a liberdade de consciência, de opinião e de imprensa. O trabalho escravo, entretanto, foi mantido.
O movimento rebelde contou com o apoio incondicional da população do Recife, mas durou apenas 74 dias.
Em 19 de maio de 1817, tropas reais enviadas por mar e por terra pelo governo do Rio de Janeiro ocuparam a
capital de Pernambuco, desencadeando intensa repressão. Os principais líderes do movimento foram presos
e sumariamente executados. Seguiram-se nove meses de prisões, julgamentos e execuções. Em 1820, com a
eclosão da Revolução do Porto, alguns presos remanescentes foram anistiados. Entre eles estavam frei Joa-
quim do Amor Divino Caneca e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada – irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva
-, que logo seria eleito um dos representantes do Brasil nas Cortes de Lisboa.
Pernambuco, 1824
A dissolução da Constituinte e a imposição de uma Carta constitucional sem consulta à nação desencadea-
ram uma onda de protestos entre as elites e as camadas médias urbanas de diversas províncias. Em Pernam-
buco, onde ainda não tinham se apagado inteiramente as chamas da insurreição de 1817, a insatisfação assu-
miu a forma de rebelião. No dia 2 de julho de 1824, líderes liberais de diversos setores da sociedade uniram-se
para proclamar uma República na região. Entre os revoltosos estavam o frei Joaquim do Amor Divino Rabelo
e Caneca, que havia participado do levante de 1817, o jornalista Cipriano Barata, participante da Conjuração
Baiana de 1798, e membros da aristocracia agrária, como Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Logo depois,
a província obteve o apoio da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará, com os quais constituiu a Confe-
deração do Equador.

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Assim como em 1817, a jovem República despertou o entusiasmo da população. Mas também como em
1817, os revolucionários não chegaram a abolir o trabalho escravo e a repressão do governo central logo se fez
sentir. Em setembro de 1824, tropas comandadas pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva, com o apoio da
esquadra do almirante inglês Cochrane, sufocaram a insurreição. Vários líderes do movimento foram condena-
dos à morte, entre eles frei Caneca, o mais popular dos revolucionários.
A Cabanagem (1835 – 1840)
Com uma população de cerca de 100 mil habitantes, o Pará era um foco de tensões desde o período da
independência. Em 1834, o governador Bernardo Lobo de Sousa tentou esmagar a oposição prendendo alguns
de seus líderes. A resposta dos oposicionistas foi dada entre 6 e 7 de janeiro de 1835, quando um grupo de
rebeldes ocupou Belém, depois de uma noite de tiroteios. O governador foi executado e o poder passou para as
mãos dos cabanos, assim chamados porque a maioria dos revoltosos eram trabalhadores rurais que moravam
em cabanas, às margens dos rios.
O chefe do governo cabano, Félix Antônio Malcher, representava os proprietários rurais e queria manter o
Pará como província do Império. Outros líderes, como Eduardo Angelim e Antônio Vinagre, porém, mais ligados
às camadas populares, pregavam a ruptura de todos os laços com o poder central.
Esses líderes depuseram Malcher e, depois de algumas lutas com forças da Regência, foram obrigados a
abandonar Belém em julho de 1835.
No mês seguinte, à frente de 3 mil cabanos, eles retomaram a capital e proclamaram a República, desligan-
do-se do Império.
Nove meses depois, em maio de 1836, a Regência conseguiu esmagar a rebelião. Alguns grupos de revol-
tosos esconderam-se no interior da província e conseguiram resistir até 1840, quando foram definitivamente
derrotados. Durante todo o conflito, morreram cerca de 40 mil pessoas.
Revolução Praieira (1848)
Entre as províncias do Nordeste, Pernambuco se destacava por sua forte economia açucareira e por longa
tradição de revoltas políticas, que começaram com a luta contra os holandeses, em meados do século XVII.
Em 1848, uma nova revolta eclodiu na região. De caráter liberal e federalista, o movimento ficaria conhecido
como Revolução Praieira. Os líderes dos revoltosos pertenciam à facção mais radical dos liberais.
Como seu ponto mais frequente de reunião era a sede do Diário Novo, localizada na Rua da Praia, no Recife,
o grupo passou a ser chamado de Partido da Praia, nome do qual derivaria o da própria revolução.
No Recife, uma das fontes de descontentamento popular era o domínio que os portugueses ainda exerciam
sobre o comércio local, para muitos a causa do alto custo de vida e do desemprego urbano. A situação levava
os pernambucanos a exigir a nacionalização do comércio. Além disso, a insatisfação também era crescente
em relação à crise da economia açucareira, o que criva um clima de críticas generalizadas à política imperial.
A partir de 1844, os liberais estiveram no governo da província durante quatro anos. Em 1848, os conserva-
dores subiram ao poder no Rio de Janeiro, formando um novo gabinete. Como era praxe, nomearam conser-
vadores para presidir as províncias. Em Pernambuco, o presidente liberal Chichorro da Gama foi destituído e o
conservador mineiro Herculano Ferreira Pena assumiu o cargo.
A resposta do Partido da Praia foi pegar em armas para derrubar o governo. Começava a Revolução Praieira.
Do Recife, o movimento se propagou para a Zona da Mata (região em que se concentravam os engenhos
de açúcar), onde um líder popular, Pedro Ivo, mobilizou boiadeiros, pequenos arrendatários, escravos libertos,
caboclos e índios, ao lado de soldados profissionais. Com eles, passou a fustigar as forças do governo. Os re-
beldes chegaram a ocupar parte do Recife, mas não conseguiram depor o governo conservador. Para divulgar
suas ideias, no dia 1º de janeiro de 1849 lançaram o Manifesto ao mundo, no qual reivindicavam o sufrágio
universal, a nacionalização do comércio varejista, a autonomia provincial, a liberdade de imprensa e a extinção
do poder Moderador. Não propunham, contudo, a formação de uma República e, assim como nas rebeliões de
1817 e 1824, silenciaram sobre a questão do trabalho escravo.
No início de 1850, o governo central conseguiu sufocar a revolta, empregando tropas regulares apoiadas
nas forças da Guarda Nacional. Depois de um ano e alguns meses de combate em toda a província, Pedro Ivo
e outros líderes praieiros foram presos e a “paz imperial” voltou a reinar em Pernambuco.

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Pernambuco e a República

A República
Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas continua marcado pela
tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas relações trabalhistas e lidera movimentos para o
desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene2.
A partir de meados da década de 60, Pernambuco começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede
rodoviária até o sertão e investindo em polos de investimento no interior do Estado.
Na última década, consolidam-se os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles
atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de
modernização da administração pública.

Manifestações da cultura popular pernambucana – Frevo, Maracatu, culinária, festas


populares

Explorar a cultura popular de Pernambuco é mergulhar num universo onde o passado e o presente se en-
contram e dançam ao som de ritmos vibrantes. Ao estudar suas manifestações, como o Frevo, o Maracatu, a
culinária e as festas populares, não apenas preservamos um legado cultural rico, mas também compreende-
mos como as tradições moldam e são moldadas pelas pessoas que as vivem e as celebram.

— Maracatu: O Eco dos Tambores


No Maracatu, encontramos duas expressões distintas: o Nação e o Rural. O Maracatu Nação ou Baque Vi-
rado, é um espetáculo de cortejos reais que reverbera as tradições afro-brasileiras, com seu ápice nos desfiles
carnavalescos. Em contrapartida, o Maracatu Rural, identificado pelo Baque Solto, destaca os “caboclos de lan-
ça” em apresentações que são uma herança secular carregada de orgulho e tradição. Ambos são espetáculos
ricos em simbolismo e expressões artísticas, fundamentais na tapeçaria cultural de Pernambuco.
Maracatu Nação (Baque Virado)
– Origem e História: primeiro ritmo afro-brasileiro, com registros datando de 1711.
– Características: conjuntos musicais percussivos acompanham cortejos reais.
2 Governo do Estado de Pernambuco. História de Pernambuco. http://www.pe.gov.br/conheca/historia/.

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– Significado Cultural: espetáculo repleto de simbolismo e riqueza estética.
– Presença no Carnaval: desfiles e apresentações que celebram a herança cultural afro-brasileira.
Maracatu Rural (Baque Solto)
– Diferenciação: organização, personagens e ritmo distintos do Maracatu Nação.
– Elemento Central: “Caboclos de lança” com suas vestimentas e coreografias únicas.
– Valor para a Comunidade: herança secular e fonte de orgulho.
— Frevo: A Dança da Identidade
O Frevo é mais do que uma dança; é a identidade do Carnaval pernambucano, reconhecido como Patrimô-
nio Cultural Imaterial da Humanidade. Suas raízes na capoeira transparecem em cada movimento dos dan-
çarinos, enquanto a música acelera o pulso das festividades, criando uma atmosfera única em cidades como
Recife e Olinda.
– Reconhecimento: patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
– Expressão: dança vibrante com influências da capoeira.
– Carnaval: ponto alto do Carnaval Recife-Olinda, com sua música eletrizante e coreografias elaboradas.
— Culinária: A Arte do Paladar
A culinária pernambucana é um diálogo entre os ingredientes e as tradições indígenas, africanas e euro-
peias. Pratos como a Carne de Sol, o Baião de Dois e a Buchada de Bode são exemplos de receitas que com-
binam sabores intensos e métodos tradicionais de preparo, refletindo a riqueza do paladar local e a abundância
dos recursos naturais da região.
– Influências: uma mistura de tradições indígenas, africanas e europeias.
Pratos Emblemáticos
– Carne de Sol: carne bovina seca e salgada, acompanhada de mandioca e queijo coalho.
– Baião de Dois: arroz, feijão verde, carne seca e queijo coalho.
– Buchada de Bode: miúdos de bode temperados e cozidos.
– Carne de Bode: preparada de várias formas, marcante pelo sabor e suculência.
— Festas Populares: A Celebração da Comunidade
As festas populares, como o Carnaval de Bezerros com seus enigmáticos “papangus” e o São João de Ca-
ruaru, são o coração pulsante das tradições pernambucanas. Estes eventos são mais do que simples celebra-
ções; são momentos em que a comunidade se reúne para reafirmar e vivenciar sua cultura, história e identidade
coletiva.
– Carnaval: a maior expressão festiva, com o frevo e maracatu elevando o espírito dos foliões.
– Carnaval de Bezerros: tradição dos “papangus”, mascarados que remontam ao século XIX.
– São João de Caruaru: a celebração junina mais tradicional, com raízes nos costumes portugueses.
Ao estudar essas manifestações culturais, revela-se a essência de um povo que não apenas mantém vivas
suas tradições, mas as celebra com fervor e criatividade. É um convite aberto a todos para entender e experi-
mentar a diversidade e a riqueza da cultura pernambucana.

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Herança Afrodescente em Pernambuco

Pernambuco é um estado brasileiro conhecido por sua vibrante herança africana, uma presença que se
entrelaça profundamente na tapeçaria de sua identidade cultural. Desde a época colonial, quando pessoas
africanas foram forçadas a cruzar o Atlântico para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar, até os dias de
hoje, as influências afrodescendentes estão presentes em diversos aspectos da vida pernambucana.

Essa herança é mais visivelmente expressa no Maracatu, uma forma de expressão cultural que combina
música, dança e teatro ritual. O Maracatu Nação, por exemplo, com seus baques virados e cortejos que emulam
reinos africanos, é uma poderosa lembrança das raízes africanas do estado. Os trajes coloridos e as coroas
majestosas dos reis e rainhas de Maracatu não são apenas vestimentas de performance, mas símbolos de
resistência e celebração da identidade negra.
A capoeira, que é tanto uma dança quanto uma luta, é outra expressão da cultura afrodescendente que
floresceu em Pernambuco. Esta arte marcial disfarçada de dança foi criada por escravizados como uma forma
de defesa e preservação de suas práticas culturais. Hoje, a capoeira é uma prática reconhecida mundialmente,
celebrando a força e a resiliência do povo africano e seus descendentes.
A culinária pernambucana também carrega a marca da África, com pratos que utilizam ingredientes e técni-
cas de cozinha trazidos pelo povo africano. O uso de coco, dendê e frutos do mar em receitas tradicionais não
é apenas um testemunho do sabor, mas também da história e da mistura de culturas.
Além disso, as religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, são praticadas por muitos
pernambucanos, evidenciando a influência espiritual e filosófica que sobreviveu ao longo dos séculos.
Ao abraçar e celebrar sua herança africana, Pernambuco reconhece não apenas o passado doloroso do
tráfico transatlântico de escravizados, mas também a riqueza e a vitalidade que a cultura afrodescendente
continua a trazer para o tecido de sua sociedade. A herança africana de Pernambuco é uma narrativa de resis-
tência, criação e alegria incessante que ressoa nas ruas, nas praças e na consciência do povo pernambucano.

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Exercícios

01. (AL/PB – Assistente Legislativo – FCC/2013) Um projeto de extensão da Universidade Estadual da Pa-
raíba (UEPB) resgatará a memória (...) [de] um movimento contra o absolutismo português e a crise econômica
que atingia o Nordeste na época. O levante começou em Pernambuco, mas foi expandido para outros estados
da região, inclusive a Paraíba. Cinco lideranças paraibanas que se destacaram na revolução acabaram sendo
perseguidas e mortas pelas tropas imperiais. Ao todo, segundo o projeto, 117 paraibanos foram presos.
(http://www.interjornal.com.br/noticia.kmf?cod=18893772)
O texto descreve um acontecimento associado à participação da Paraíba na
(A) Insurreição Pernambucana, em 1645.
(B) Guerra dos Mascates, em 1710
(C) Conjuração dos Alfaiates, em 1798.
(D) Revolução Pernambucana de 1817.
(E) Confederação do Equador de 1824.
02. (AL/PB – Assessor Técnico Legislativo – FCC/2013) Considere as seguintes afirmações sobre a Re-
volução de 1817, também chamada de “Revolução Pernambucana”, da qual a Paraíba participou:
I. Essa revolução, influenciada pelos ideais da Revolução Francesa, buscava a criação de uma república
independente, sediada em Pernambuco.
II. A maioria de seus integrantes, dentre os quais havia muitos proprietários rurais, defendia a manutenção
da escravidão, que garantia o status econômico da elite agrária.
III. A revolução foi reprimida meses após sua eclosão, sem conseguir mobilizar a população ou tomar o poder
local, uma vez que as oligarquias locais permaneceram leais à Coroa Portuguesa.
IV. Após essa Revolução, Rio Grande e Alagoas tornaram-se comarcas independentes de Pernambuco.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) I, II e IV.
(E) II, III e IV.
03. (AL/PB – Assessor Técnico Legislativo – FCC/2013) As principais motivações para a proclamação da
Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
(A) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu, e a popula-
ridade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão popular e pela absolvição
desse clérigo após o fim da Confederação.
(B) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica exercida pelo Su-
deste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou a centralização política.
(C) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de dominação
política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação do Nordeste brasileiro,
defendendo a instauração de outra monarquia.
(D) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e a tentativa
de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente: Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte e Ceará.

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(E) influência direta do processo de independência vivido pelo Equador, o qual inspirou o nome do movi-
mento, e a busca por autonomia política, administrativa e econômica por parte das províncias que eram as
maiores produtoras de gado e cana- de-açúcar.
04. (AL/PB – Analista Legislativo – FCC/2013) Após invadirem o nordeste brasileiro, os holandeses con-
quistaram o apoio de alguns importantes senhores de engenho e proprietários de terras. Esse apoio foi obtido
com a ajuda de várias medidas empregadas pelo governo de Maurício de Nassau, dentre as quais podemos
destacar.
(A) a introdução de novas técnicas de cultivo da cana e a organização de um governo democrático.
(B) o estimulo à produção de diversas culturas, sem ênfase na exportação do açúcar, e ao desenvolvimento
do mercado interno.
(C) a tolerância religiosa e a distribuição dos lucros da Companhia das Índias Ocidentais entre a elite local.
(D) a concessão de empréstimos e a taxação de impostos mais baixos que os cobrados por Portugal.
(E) a urbanização das regiões dominadas e a igualdade de tratamento aplicada a holandeses, portugueses,
judeus e negros.
05. (Adaptada) A prosperidade da produção açucareira no Brasil chamou a atenção dos holandeses que,
em 1630, invadiram Pernambuco, maior produtor de açúcar da época. Os flamengos passaram então a tra-
balhar no local, adquirindo a experiência necessária do cultivo da cana-de-açúcar para, após sua expulsão,
poderem utilizar este aprendizado, e foi o que aconteceu.
Após a expulsão, foram para as Antilhas, onde prosseguiram com a cultura do açúcar, passando a ser du-
rante os séculos XVII e XVIII, concorrentes do Brasil no abastecimento do mercado europeu.
Quando o açúcar brasileiro perdeu força no mercado internacional, uma nova etapa da economia brasileira
vem a se consolidar.
Essa etapa é marcada, especialmente, pela expansão rumo
(A) ao Centro-Oeste, em busca de campos férteis, o que constituiu o ciclo do café.
(B) ao litoral do Sul, em busca de ouro e pérolas, o que constituiu o ciclo do ouro.
(C) ao Centro-Norte do país, em busca de pasto, o que constituiu o ciclo do gado.
(D) à região Nordeste, em busca de plantas para extrativismo, o que constituiu o ciclo do pau-brasil.
(E) às áreas interioranas, em busca de ouro e pedras preciosas, o que constituiu o ciclo da mineração
06. (Adaptada) “Eis que uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da sujeição
à corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817.É um assunto para o nosso ânimo tão
pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos
propusemos tratar.”
F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.
O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar
que os insurgentes
(A) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses
desse território.
(B) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na
região.
(C) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-
-Pará e Maranhão.
(D) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das
camadas populares.
(E) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração
da terra.

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07. (Adaptada) A Guerra dos Mascates, nos primórdios do século XVIII, marcou o processo de decadência
política de Olinda dentro da conjuntura do Pernambuco colonial. Esse evento se insere dentro do contexto de:
(A) afirmação política do Recife após os benefícios econômicos e estruturais, advindos da presença holan-
desa durante o século XVII.
(B) migração em massa da nobreza açucareira olindense para o Recife nassoviano.
(C) colapso da indústria açucareira no fim do século XVII, provocado pelo fim do financiamento batavo após
a Restauração Pernambucana.
(D) perda de prestígio político de Olinda frente à coroa portuguesa, em consequência do apoio prestado aos
holandeses durante a guerra de Restauração.
(E) desestruturação da nobreza açucareira olindense, provocada pelo desgaste militar das sucessivas der-
rotas para os holandeses.
08. (Adaptada) Sobre a Confederação do Equador, considere as afirmativas abaixo.
I. A Confederação do Equador foi um importante movimento de oposição à Constituição Outorgada por D.Pe-
dro I e às práticas absolutistas.
II. A manutenção da escravidão significava que a Confederação não buscava a igualdade para todos, ape-
nas, para os proprietários.
III. Era pretensão dos confederados convidar príncipes europeus para governar a província emancipada de
Pernambuco.
IV. Era objetivo do movimento proclamar a república em Pernambuco.
Estão CORRETAS
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II, III e IV.
(E) I, II, III e IV.
09. (Adaptada) A chamada Revolução de 1817, em Pernambuco, causou abalos na dominação portuguesa.
Em relação aos rebeldes pernambucanos, é CORRETO afirmar que
(A) receberam apoio expressivo das províncias vizinhas.
(B) combatiam a escravidão e o comércio monopolista.
(C) contaram com a participação pouco significativa do clero.
(D) conseguiram tornar Pernambuco independente antes de 1822.
(E) foram ajudados por forças militares inglesas e norte-americanas
10. (UFMG/Adaptada) Leia o texto.
“Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca do administrador. Seu período é o mais bri-
lhante de presença estrangeira. Nassau renovou a administração (...) Foi relativamente tolerante com os cató-
licos, permitindo-lhes o livre exercício do culto. Como também com os judeus (depois dele não houve a mesma
tolerância, nem com os católicos e nem com os judeus - fato estranhável, pois a Companhia das Índias contava
muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes). Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando
as condições do porto e do núcleo urbano (...), fazendo museus de arte, parques botânicos e zoológicos, ob-
servatórios astronômicos”.
(Francisco Iglésias)
Esse texto refere-se:
(A) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova Inglaterra, em busca de liberdade religiosa.

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(B) à invasão holandesa no Brasil, no período de União Ibérica, e à fundação da Nova Holanda no nordeste
açucareiro.
(C) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de uma sociedade cosmopolita no Rio de Ja-
neiro.
(D) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma sociedade moderna, influenciada pelo Renasci-
mento.
(E) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na Guerra da Reconquista Ibérica, nos Países Baixos, e à
fundação da Companhia das Índias Ocidentais.
11. (Upe/2015) A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à
capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão foi motivada por
vários fatores, dos quais podemos destacar
(A) o sucesso da colonização holandesa no sul da América, especialmente nas possessões espanholas, e a
vontade da Holanda em expandir seus domínios no Novo Mundo.
(B) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco, desde o século
XVI, por parte das indústrias têxteis holandesas.
(C) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio do açúcar produzido em Pernambu-
co, durante a União Ibérica.
(D) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625.
(E) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os holandeses, em
detrimento dos portugueses.

Gabarito

1 D
2 D
3 D
4 C
5 E
6 A
7 A
8 B
9 A
10 B
11 C

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