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História de Pernambuco
História de Pernambuco
Ocupação e colonização - Contatos iniciais do europeu com o nativo local, Capitanias
Hereditárias, Duarte Coelho.......................................................................................... 1
A importância do açúcar para a economia local............................................................ 1
Formação de Olinda e Recife....................................................................................... 1
A presença holandesa e o governo de Maurício de Nassau......................................... 2
Movimentos de resistência e emancipacionistas - Formação de Quilombos, Insur-
reição Pernambucana (1654), Guerra dos Mascates (1710), Revolução Pernambuca-
na (1817), Confederação do Equador (1824), Guerra dos Cabanos (1835), Revolução
Praieira (1848................................................................................................................ 3
Pernambuco e a República........................................................................................... 6
Manifestações da cultura popular pernambucana – Frevo, Maracatu, culinária, festas
populares....................................................................................................................... 6
Herança Afrodescente em Pernambuco....................................................................... 8
Exercícios...................................................................................................................... 9
Gabarito......................................................................................................................... 12
Início
Há algumas teorias sobre quem foi o primeiro europeu a chegar nas terras que hoje formam o Brasil.
A mais aceita defende que foi o espanhol Vicente Yáñez Pinzon no dia 26 de janeiro de 1500, possivelmente
no Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco1.
O local avistado por Pinzon sempre foi cercado de controvérsias.
Para alguns pesquisadores portugueses, como Duarte Leite, os espanhóis teriam desembarcado ao norte do
Cabo Orange, na atual Guiana Francesa. Mas para seus rivais castelhanos, que se basearam no depoimento
do próprio Pinzon, o desembarque se deu no Cabo de Santo Agostinho, 86 dias antes da chegada de Pedro
Álvares Cabral a Porto Seguro.
Em 1501, quando a expedição do navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral da colônia portu-
guesa, na recém descoberta América, teve início o processo de colonização de Pernambuco, uma das primei-
ras áreas brasileiras a ter ativa colonização portuguesa.
Entre os anos de 1534 e 1536, Dom João III, então rei de Portugal, instalou o sistema de Capitanias Heredi-
tárias no Brasil, que consistia na doação de um lote de terras, chamado Capitania, a um Donatário (português),
a quem caberia explorar, colonizar as terras, fundar povoados, arrecadar impostos e estabelecer as regras do
local.
Dentre os primeiros 14 lotes distribuídos por D. João III estava a Capitania de Pernambuco, ou Capitania de
Nova Lusitânia, como seu Donatário, Duarte Coelho, a batizou.
Dessa forma, em 1535, Duarte Coelho se estabeleceu no local onde fundou a vila de Olinda e espalhou os
primeiros engenhos da região. Até então, os ocupantes do território eram os índios Tabajaras.
Colônia
No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante muitos anos é respon-
sável por mais de metade das exportações brasileiras.
Pernambuco torna-se a mais promissora das capitanias da Colônia Portuguesa na América.
Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob
o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que
por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se no Recife, fazendo-a capital do Brasil holandês.
Nassau traz para Pernambuco uma forma de administrar inovadora. Realiza inúmeras obras de urbanização,
amplia a lavoura da cana e assegura a liberdade de culto.
No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas.
A República
Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas continua marcado pela
tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas relações trabalhistas e lidera movimentos para o
desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene2.
A partir de meados da década de 60, Pernambuco começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede
rodoviária até o sertão e investindo em polos de investimento no interior do Estado.
Na última década, consolidam-se os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles
atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de
modernização da administração pública.
Explorar a cultura popular de Pernambuco é mergulhar num universo onde o passado e o presente se en-
contram e dançam ao som de ritmos vibrantes. Ao estudar suas manifestações, como o Frevo, o Maracatu, a
culinária e as festas populares, não apenas preservamos um legado cultural rico, mas também compreende-
mos como as tradições moldam e são moldadas pelas pessoas que as vivem e as celebram.
Pernambuco é um estado brasileiro conhecido por sua vibrante herança africana, uma presença que se
entrelaça profundamente na tapeçaria de sua identidade cultural. Desde a época colonial, quando pessoas
africanas foram forçadas a cruzar o Atlântico para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar, até os dias de
hoje, as influências afrodescendentes estão presentes em diversos aspectos da vida pernambucana.
Essa herança é mais visivelmente expressa no Maracatu, uma forma de expressão cultural que combina
música, dança e teatro ritual. O Maracatu Nação, por exemplo, com seus baques virados e cortejos que emulam
reinos africanos, é uma poderosa lembrança das raízes africanas do estado. Os trajes coloridos e as coroas
majestosas dos reis e rainhas de Maracatu não são apenas vestimentas de performance, mas símbolos de
resistência e celebração da identidade negra.
A capoeira, que é tanto uma dança quanto uma luta, é outra expressão da cultura afrodescendente que
floresceu em Pernambuco. Esta arte marcial disfarçada de dança foi criada por escravizados como uma forma
de defesa e preservação de suas práticas culturais. Hoje, a capoeira é uma prática reconhecida mundialmente,
celebrando a força e a resiliência do povo africano e seus descendentes.
A culinária pernambucana também carrega a marca da África, com pratos que utilizam ingredientes e técni-
cas de cozinha trazidos pelo povo africano. O uso de coco, dendê e frutos do mar em receitas tradicionais não
é apenas um testemunho do sabor, mas também da história e da mistura de culturas.
Além disso, as religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, são praticadas por muitos
pernambucanos, evidenciando a influência espiritual e filosófica que sobreviveu ao longo dos séculos.
Ao abraçar e celebrar sua herança africana, Pernambuco reconhece não apenas o passado doloroso do
tráfico transatlântico de escravizados, mas também a riqueza e a vitalidade que a cultura afrodescendente
continua a trazer para o tecido de sua sociedade. A herança africana de Pernambuco é uma narrativa de resis-
tência, criação e alegria incessante que ressoa nas ruas, nas praças e na consciência do povo pernambucano.
01. (AL/PB – Assistente Legislativo – FCC/2013) Um projeto de extensão da Universidade Estadual da Pa-
raíba (UEPB) resgatará a memória (...) [de] um movimento contra o absolutismo português e a crise econômica
que atingia o Nordeste na época. O levante começou em Pernambuco, mas foi expandido para outros estados
da região, inclusive a Paraíba. Cinco lideranças paraibanas que se destacaram na revolução acabaram sendo
perseguidas e mortas pelas tropas imperiais. Ao todo, segundo o projeto, 117 paraibanos foram presos.
(http://www.interjornal.com.br/noticia.kmf?cod=18893772)
O texto descreve um acontecimento associado à participação da Paraíba na
(A) Insurreição Pernambucana, em 1645.
(B) Guerra dos Mascates, em 1710
(C) Conjuração dos Alfaiates, em 1798.
(D) Revolução Pernambucana de 1817.
(E) Confederação do Equador de 1824.
02. (AL/PB – Assessor Técnico Legislativo – FCC/2013) Considere as seguintes afirmações sobre a Re-
volução de 1817, também chamada de “Revolução Pernambucana”, da qual a Paraíba participou:
I. Essa revolução, influenciada pelos ideais da Revolução Francesa, buscava a criação de uma república
independente, sediada em Pernambuco.
II. A maioria de seus integrantes, dentre os quais havia muitos proprietários rurais, defendia a manutenção
da escravidão, que garantia o status econômico da elite agrária.
III. A revolução foi reprimida meses após sua eclosão, sem conseguir mobilizar a população ou tomar o poder
local, uma vez que as oligarquias locais permaneceram leais à Coroa Portuguesa.
IV. Após essa Revolução, Rio Grande e Alagoas tornaram-se comarcas independentes de Pernambuco.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) I, II e IV.
(E) II, III e IV.
03. (AL/PB – Assessor Técnico Legislativo – FCC/2013) As principais motivações para a proclamação da
Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
(A) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu, e a popula-
ridade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão popular e pela absolvição
desse clérigo após o fim da Confederação.
(B) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica exercida pelo Su-
deste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou a centralização política.
(C) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de dominação
política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação do Nordeste brasileiro,
defendendo a instauração de outra monarquia.
(D) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e a tentativa
de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente: Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte e Ceará.
Gabarito
1 D
2 D
3 D
4 C
5 E
6 A
7 A
8 B
9 A
10 B
11 C