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INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA

1. PERÍODO HOLANDÊS
A relação entre holandeses e portugueses, a Holanda foi seu grande parceiro durante
o início da colônia, onde a principal fonte de renda era o cultivo da cana de açúcar e a
Holanda tinha o conhecimento do refinamento do açúcar, também de grupos na
Europa que poderia ser vendido o açúcar com facilidade.

PORTUGAL ---- CULTIVAVA A CANA;


HOLANDA ----- REFINAVA E COMERCIALIZAVA O AÇÚCAR.

Durou essa parceria até a União Ibérica.

2. UNIÃO IBÉRICA (1580 - 1640)


Se deu na união dos dois países pertencentes a península Ibérica, que era a Espanha e
Portugal, após a morte do Rei não tinha descendente direto e quem assumiu o reino
foi um primo distante o Felipe II (que era Rei da Espanha), fazendo assim durante esse
período um Rei governou dois países.

Mas porquê o parceria entre a Holanda e Portugal foi conturbada?


- Bom a Holanda era um tempo atrás uma colônia da Espanha, que tinha conseguido
sua independência, sendo assim as duas não tinha uma boa relação e quando o Rei
Felipe II assume o trono Português ele imediatamente corta os laços de Portugal com a
Holanda no comércio da cana de açúcar, que na época era uma especiaria muito
requisitada e valorizada na Europa, gerando altos lucros, a Holanda não querendo
perder os lucros com a comercialização tenta invadir o “Brasil”, criando companhias
privadas, veio primeiro a Companhia das índias Orientais (1602) e depois a Companhia
das Índias Ocidentais (1621) com essa é que a Holanda invade o “Brasil” invadindo
primeiro a Bahia (1624) mas não conseguiu durar por muito tempo pois a Espanha
mandou uma equipe militar muito forte para defender a Bahia, ato esse chamado de
Jornada dos Vassalos, após isso invadiu Pernambuco (1630 – 1654).

3. PERÍODO HOLANDÊS (1630 – 1654)

DIVIDIDO EM 3 PARTES:

1 – RESISTÊNCIA (1630 – 1637)


2 – NASSOVIANO (1637 – 1644)
3 – INSURREIÇÃO (1645 – 1654)

1. RESISTÊNCIA:
Em 1630 a chegada da esquadra Holandesa, e Matias de Albuquerque nomeado
“superintendente da guerra e fortificador da capitania” a mando do Rei Felipe III não
conseguiu proteger as terras dessa invasão.
A primeira resistência foi a estratégica escolha de Olinda, por se tratar de uma cidade
criada em cima de uma montanha, tinha vantagem de visualização do mar e pessoas
na costa, chegaram em Recife que era apenas um povoamento o que facilitou a
entrada dos Holandeses na Provincia, mesmo com essa forte resistência de Olinda, a
mesma foi fortemente destruída pelos Holandeses, os Senhores de engenho e Matias
de Albuquerque fogem para o interior em outra cidade chamada de Arraial do Bom
Jesus (foi a principal resistência a ocupação Holandesa em Pernambuco) local que hoje
é o sitio da trindade na estrada do arraial, reunido com soldados de linha como civis
incluindo negros e índios dentre eles Henrique Dias (líder dos Negros) e Felipe
Camarão (líder indígena), utilizaram da táctica de Guerrilha para resistir a ocupação,
mas com o tempo e também com a aproximação dos Holandeses a outros grupos
indígenas que também os ensinaram as tácticas de Guerrilha para utilizar em batalhas
contra o Arraial do Bom Jesus, temos dentro desse tema um personagem chamado de
Domingos Fernando Calabar é tido por muito como um grande traidor, pois o mesmo
fazia parte da resistência e resolver ir para o lado Holandês entrega as fraquezas do
sistema defensivo dos Portugueses, e a grande batalha que acaba com a destruição do
Arraial do bom Jesus aconteceu no ano de 1635, os que faziam parte da resistência
fogem para a Bahia, Calabar é capturado por tropas Portuguesas, é levado até a Bahia
e morto pelo crime de traição, acabando assim a fase de grande resistência dentro de
Pernambuco.
- Pontuando:
 Imensa esquadra Holandesa;
 Resistência Olinda (Matias de Albuquerque);
 “Campanha de emboscadas” – Guerrilhas;
 Arraial do Bom Jesus (1635);
 Domingos Fernandes Calabar (o traidor).

2. NASSOVIANO

O principal personagem é Maurício de Nassau que não era holandês, mas sim Alemão
e foi contratado pela Companhia das Índias Ocidentais para administrar a província de
Pernambuco, quem governava realmente era a Companhia.
Veio com o intuito de restabelecer o comercio de açúcar que era o principal motivo
da invasão Holandesa, primeiramente fez alianças: Sr. De Engenho fazendo
empréstimos para reerguer os engenhos de cana-de-açúcar, com juros baixos e muitas
parcelas; Aliança com os Judeus que eram perseguidos pelos Portugueses (católicos)
ele vai instaurar a liberdade de credo, dando aos Judeus a liberdade de crer na sua
religião, trazendo-os para perto, tendo em vista que os mesmo tinham muito dinheiro
e eram excelentes comerciantes/negociadores, Nassau ainda construiu a primeira
Sinagoga das Américas aqui para os Judeus cultuarem;
Os Holandeses expandiram seus locais indo do Maranhão ao Sergipe, Recife foi o
local principal durante esse período, deixando de lado Olinda, em Recife ele vai trazer
diversas melhorias/embelezamento como: saneamento básico, palácios, pontes,
teatros, jardim botânico, iluminação, drenagem, calçamento, zoológico. Financiou
diversos artistas como Albert Eckhout que gostava de pintar o cotidiano, também teve
o Fran Post que tinha mais interesse em pintar paisagens.

 João Maurício de Nassau;


 Expansão Militar, organização administrativa;
 Alianças locais e reorganização da produção açucareira;
 Concessão de empréstimos aos Sr. De Engenhos;
 Liberdade de credo (Judeus);
 Priest Post: Projetou a Cidade Maurícia, sem vir a Pernambuco;
 Exportou a imagem da colônia.

Mapa dos territórios ocupados pelos Holandeses:

Cidade construída por Nassau


3. INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1645 – 1654)
A partir da década de 40 ocorreu uma desvalorização do açúcar, diversas pragas atingiram
os engenhos Pernambucanos, diminuindo significativamente as produções dificultando até o
pagamento dos empréstimos concedidos por começo do governo de Nassau, ao mesmo tempo
que ocorria essa crise a Companhia das Índias ocidentais exigia que Nassau cobrasse os
empréstimos concedidos, pois queriam ainda sim ter lucros expressivos durante o período de
crise, mas Nassau sabia que esses empréstimos que eram a aliança dos holandeses com as
elites locais, sugeriu que não fossem cobradas pois sabia que isso poderia causar uma forte
repressão da Elite Açucareira contra o governo dele, e foi exatamente o que aconteceu, em
1944 não satisfeito com as mudanças das relações politicas da Companhia das Índias
Ocidentais, Nassau sai do posto de governador, essas mudanças sendo muito rígidas,
começando a ter conflitos entre e os Senhores de Engenhos e os Holandeses.
O Movimento encabeçado pelas elites locais, além da insatisfação foi a única forma dos
mesmo não precisarem pagar os empréstimos aos Holandeses, era expulsando os mesmo de
Pernambuco.
No mesmo período Portugal estava lutando pela sua autonomia contra a Espanha,
terminando o período da União Ibérica.
Outra coisa que com a saída dos Holandeses muda é a volta da antiga repressão católica
aos Judeus e todos outros que tinham outra religião diferente da católica.

- Personagens importantes:
→ Henrique Dias (Lider dos Escravos);
→ Felipe Camarão (Lider dos Indígenas);
→ João Fernandes Vieira; Dois Senhores de Engenho.
→ André Vidal de Negreiros.

- Batalhas da Insurreição:
1ª – Monte das Tabocas “Vitoria de Santo Antão” (1645)
2ª – Batalhas dos Guararapes (1646 e 1647);
3ª – Batalha do Monte da Taborda (1654). → onde foi a expulsão dos Holandeses de fato.

- Apesar da Expulsão os Holandeses permaneceram atacando até o acordo “Paz de Haia” em


1661 com uma indenização paga pelos Portugueses aos Holandeses.

- Consequências da Expulsão dos Holandeses:


1º - Após a saída e a concretização do acordo de paz, os holandeses foram para uma região
chamada de Antilhas um pouco mais ao norte, onde começaram a produzir e comercializar o
açúcar o que trouxe uma séria crise do açúcar em Pernambuco, pois eles tinham melhorado
todo o sistema de produção e estavam mais próximos da Europa, sendo mais vantajoso a
compra aos Holandeses do que aqui na colônia.

- Pontuando:
- Declínio:

 Cobrança de impostos / preço crescente do açúcar no mercado / incêndios e pragas /


juros;
 Saída de Nassau;
 Maior intolerância Religiosa;

- Insurreição Pernambucana (1645-1654)


 Retorno à tática de guerrilhas;
 Movimento liderado por forças nativas (brancos, africanos e indígenas).

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