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Impérios Coloniais – Parte 3

– Império Colonial Holandês


Marcelo Andrade

IMPÉRIOS COLONIAIS – PARTE 3

IMPÉRIO COLONIAL HOLANDÊS

1. INTRODUÇÃO

A República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos ou


somente “Províncias Unidas” foram os antepassados dos atuais
Países Baixos e da Bélgica. Eram formados pelas províncias de
Frísia, Groninger, Güeldres, Holanda, Overijssel, Utrecht e
Zelândia. Como a Holanda era a região mais importante, o local
era conhecido apenas com este nome e seus habitantes eram
denominados como: holandeses, batavos, flamengos ou
neerdelandeses. Usaremos neste trabalho apenas o nome
“Holanda”. Durante boa parte de sua existência, a Holanda
pertenceu ao Império Sacro Romano Germânico, depois passou a
ser controlada pela Espanha. Na “Guerra dos 80 anos”
(1568-1648) lutou pela sua independência e no decorrer deste
conflito já era quase independente e possuía governo próprio.
O local foi o destino de muitos judeus que se evadiram da
Península Ibérica e contava com muitos protestantes
calvinistas, já que a região aderiu à Reforma. Tinha a fama de
ser desorganizada e corrupta. O líder da República era
conhecido como “Stadtholder”. Supostamente havia liberdade
religiosa e de “expressão”. Menos para os católicos. Os
holandeses construíram seu Império Colonial a partir do começo
do século XVII lutando principalmente contra Portugal, Espanha
e Inglaterra. A guerra contra Portugal foi a Luso-Holandesa
(1595-1663) e se destacou entre as outras porque com o
resultado dela, a Holanda se apossou de vários entrepostos
lucrativos e de vários portos estratégicos que antes
pertenciam a Portugal. Jan Huygen van Linschoten e Cornelis de
Houtman, foram dois espiões holandeses que moraram em Portugal
e levaram informações e segredos para a Holanda, no final do
século XVI (LANDES, 1998, p.140). Com estas informações, a
Holanda passou a conhecer os segredos dos mares portugueses e
ficou pronta para a batalha e a rapinagem. A finalidade dos
holandeses nas suas colônias pode ser resumida pelas palavras
do poeta holandês Joost Van Den Vondel que, criticando seus
conterrâneos, disse: “para onde o lucro nos levar, para
qualquer mar ou oceano, pelo amor ao ganho, nós vamos explorar
os portos de todo o mundo” (LANDES, 1998, p.137). Os
holandeses fundaram duas companhias para gerir seu império
colonial: a Companhia das Índias Ocidentais (WIC) e a
Companhia das Índias Orientais (VOC). A primeira explorou
pontos da costa ocidental da África e partes da América. A
segunda explorou a África do Sul, pontos da África oriental e
vastas partes da Ásia. As duas companhias fizeram de tudo para
enriquecer a Holanda e o seus acionistas, valendo-se de
expedientes lícitos e ilícitos. Outra coisa unia as duas
companhias e a Holanda: o ódio ao Catolicismo. Podemos dividir
a colonização holandesa em dois períodos: um que vai grosso
modo de 1600 a 1800 e outro que vai de 1800 até meados do
século XX. O final do século XVIII e começo do século XIX são
marcados pelo fim das duas companhias majestáticas e por uma
guerra contra a Inglaterra que fez a Holanda perder muitas
colônias.

2. COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS (WIC)

2.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

A Companhia das Índias Ocidentais foi constituída


principalmente por calvinistas em 1621, com dois objetivos:
pirataria e produtividade (BOWN, 2009, p. 72). Os judeus
também eram acionistas. “Nas contas desta empresa de
pirataria havia um item oficialmente intitulado: ‘lucros e
perdas por flibustaria e pilhagem marítima’” (ATTALI, 2002,
p.324) Em 15 anos (entre os anos 1612-1627), os navios da
famigerada “Companhia das Índias Ocidentais”, holandesa,
capturaram 540 embarcações dos espanhóis. (ATTALI, 2002, p.
324) A WIC conquistou dos portugueses São Jorge da Mina, na
costa africana, e durante um tempo ocuparam Luanda, em
Angola, e o Nordeste brasileiro. A companhia fundou Nova
Amsterdã, a futura Nova York, mais tarde trocada pelo
Suriname (ver tópico da “Treze Colônias”) e conquistou
algumas ilhas do Caribe dos espanhóis, as futuras Antilhas
Holandesas. Um dos objetivos, também, da companhia era o
comércio de escravos. Durante um tempo tiveram o monopólio
deste tráfico, fornecendo com exclusividade para as colônias
da América Espanhola, o “asiento” (KOOT, 2011). Tornou-se
uma companhia riquíssima e a principal fonte de renda dos
judeus de Amsterdã provinha dela (ATTALI, 2002, p.324).

2.2. O NORDESTE DO BRASIL FLAMENGO (1630-1654)

O nordeste brasileiro, no século XVII, era bastante rico


(GRUZINSKI, 2006). Por isso, a WIC se interessou por ele.
Olinda, na descrição do Frei Manuel Calado: Era aquela
república antes da chegada dos holandeses a mais deliciosa,
próspera, abundante, e não sei se me adiantarei muito se
disser a mais rica de quantas ultramarinas o Reino de
Portugal tem debaixo de sua coroa e cetro. O ouro e a prata
eram sem número, e quase não se estimava: o açúcar tanto que
não havia embarcações para o carregar, que com entrarem cada
dia, e saírem de seu porto grandes frotas de naus, navios, e
caravelas.[1] O mesmo frade, condenado os abusos em
decorrência do fausto na cidade, disse que “de Olinda a
Olanda não há mais que a mudança de um i em a e esta vila de
Olinda se há de mudar em Olanda” Inicialmente, a Companhia
investiu contra Salvador, então capital da colônia, em 1624.
Após deterem o controle da cidade por um ano, foram expulsos
dela em 1625 por uma expedição luso-espanhola conhecida como
“Jornada dos Vassalos” Em 1630 atacaram Olinda e Recife. No
auge do poder chegaram até o Maranhão, dominando grosso
modo, desde o litoral norte da Bahia até o Ceará.
Estabeleceram sua capital onde é hoje a cidade de Recife.
Após a conquista, impuseram um regime de perseguições e
abusos contra a população local. Olinda foi incendiada. Os
proprietários que se recusaram a aceitar os invasores
tiveram seus bens confiscados e vendidos em hasta pública.
Assim, em 1637, na paróquia de Goiana, vários engenhos foram
confiscados e vendidos a holandeses (PEREIRA, 2004, p.59)
Mesmo para os que aceitaram os invasores, em muitos casos,
os holandeses confiscaram metade de sua colheita e carros de
bois e vacas leiteiras. A Companhia reorganizou a
administrativamente região. Cada município passou a ser
governado pelos “comendores”. A justiça era formada pelos
“escabinos” composto por holandeses e portugueses aliados.
Era completamente corrupta: A justiça era a que os flamengos
queriam e de quem mais dinheiro tinha para dar (PEREIRA,
2004, p. 60) e a função de polícia era exercida pelos
“escultetos” (skouts) que exploravam o povo. O próprio
Maurício de Nassau reconheceu, no seu testamento político:
“Não há nada que os portugueses odeiem mais que as extorsões
quotidianas praticadas pelos escultetos nas províncias sob a
cor de dinheiro e com as quais esfolam o povo, muito além da
contribuição devida por este” (CASTRO, 1943, p. 186). Em uma
feita, um esculteto multou uma mulher pobre por não ter sido
servido de água por ela (PEREIRA, 2004, p.62) Maurício de
Nassau foi feito governador pela WIC (1637-1644). Sua fama
de “bom administrador” não resiste aos fatos. Ele tinha, na
realidade, um contrato de comissão pelo qual recebia uma
porcentagem de toda a riqueza produzida (e roubada) no
Nordeste brasileiro (CASTRO, 1943). Não passava de um
mercenário a serviço da WIC. O famoso governante não coibiu
os abusos, perseguiu os católicos e estabeleceu um
“passaporte” interno para circulação de luso-brasileiros em
determinadas áreas. É verdade que construiu pontes e
promoveu as artes, mas nada de extraordinário. Foi acusado
de corrupção pela WIC e teve de voltar para a Holanda a fim
de ser processado. A WIC não trouxe somente protestantes,
mas também muitos judeus. Nos feriados judaicos não
funcionava o comércio de escravos. A religião católica foi
intensamente perseguida durante o domínio flamengo. Os
padres foram expulsos de Recife, não se podiam construir
igrejas e muitas delas foram saqueadas, profanadas e
queimadas. O Capitão André Pereira Temudo, por exemplo,
morreu no átrio da Igreja da Misericórdia, em Olinda,
defendendo a cidade da profanação e dos ultrajes perpetrados
pelos invasores criminosos[2]. Esta perseguição religiosa
culminou nos massacres de Uruaçu e Cunhaú, em 1645. Jacob
Rabbi, judeu alemão, contratado da Companhia das Índias,
praticava assaltos e morticínios no atual estado do Rio
Grande do Norte. Em Cunhaú (1645), ele liderou a chacina em
uma igreja durante a missa, na qual o padre André foi morto
a punhaladas. Em Uruaçu, três meses depois, Jacob Rabbi
liderou o massacre, no qual até crianças foram assassinadas.
Mateus Moreira, um dos mártires, teve o coração arrancado
pelas costas[3]. Os luso-brasileiros, cansados de tanta
exploração, rebelaram-se fazendo a “Guerra da Luz Divina”.
Destacaram-se nesta guerra, os heróis João Fernandes Vieira,
Vidal de Negreiros, Felipe Camarão, Henrique Dias e Dias
Cardoso. Em 1654, depois da capitulação do “Campo do
Taborda” os invasores holandeses, os judeus aliados e a WIC
foram embora para sempre.

2.3. ANTILHAS HOLANDESAS E SURINAME (SÉC XVII e XVIII)

Curaçao foi tomada dos espanhóis em 1634. Os índios aliados


dos espanhóis foram expulsos da ilha e dirigiram-se para a
Venezuela. Curaçao foi um importante centro de tráfico de
escravos e de pirataria. Para explorar o Suriname, foi
formada uma companhia de nome “Society of Suriname” composta
pela WIC, pela cidade de Amsterdã e pela família Van Aerssen
van Sommelsdijck. O objetivo era formar uma “plantation” de
açúcar. Muitos judeus foram para lá e tornaram-se uma casta
de privilegiados (VINK, 2010) A cor de pele, como era regra
em muitos locais, determinava o status social (VINK, 2010,
p.18) e havia até relatórios coloniais classificadores de
cor de pele. (VINK, 2010, p.142).

2.4. COSTA OCIDENTAL DA ÁFRICA (SÉC XVII)

Para garantir o tráfico de escravos, a WIC tomou alguns


portos portugueses na costa ocidental africana. São Jorge da
Mina foi tomada em 1637, Shama em 1640, São Tomé, Benguela e
Luanda caíram em 1641 e Axim em 1642. Luanda, Benguela e São
Tomé foram reconquistados por Salvador de Sá e Benevides que
partiu do Brasil.

3. COMPANHIA DAS ÍNDIAS ORIENTAIS (VOC)

3.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

A Companhia das Índias Orientais (VOC) foi fundada em 1602,


era uma megacorporação monopolista com poderes de declarar
guerra, negociar contratos com outras nações, cunhar moedas,
estabelecer colônias e poderes de polícia e do Judiciário.
Contava com um exército de mercenários para manter seu
poder. Foi a Companhia mais poderosa do mundo no século
XVII, mais que muitas nações. Empreendeu luta contra
Portugal, dentro do contexto da Guerra Luso-holandesa,
buscando roubar de Portugal os entrepostos lucrativos no
Oriente. A Companhia era mais um sindicato de pirataria que
uma empresa capitalista (BOWN, 2009, p.28). A VOC chegou a
ser conhecida como “Vergaan onder Corrupitie”, que significa
“perecida pela corrupção” ( LANDES, 1998, p. 146). Na ânsia
de lucros, empobreceu várias sociedades, queimou plantações
para elevar os preços das especiarias e realocou populações
inteiras (BOWN, 2009, p. 52). No final do século XVIII, a
Companhia se tornou mais corrupta e ineficiente ainda e
terminou por falir em 1799 (BOWN, 2009, p.53). Jan Coen foi
o primeiro presidente e era um homem cruel, que detestava
competição (BOWN, 2009, p. 2) A VOC também estabeleceu um
comércio lucrativo de escravos no Oceano Índico que iam e
vinham da África e da Ásia.
3.2. ÍNDIA E SRI LANKA (SÉC XVII a SÉC XIX)

Na Índia, a VOC investiu contra a costa Malabar e tomou


Cochin dos portugueses (1663). Deixaram apenas uma igreja de
pé, destruíram todas as outras. Um dos objetivos da
companhia era o monopólio da pimenta. O principal local da
VOC era a região de Bengala, que ficou conhecida como
“Bengala Holandesa”. Tomou Calcutá e Chinsura, onde houve um
assentamento português. A região foi dilapidada e a
companhia estabeleceu um comércio de ópio. O Sri Lanka, a
antiga Taprobana, como era conhecida pelos romanos, foi
explorada pelos portugueses, que estabeleceram uma missão lá
com grande sucesso e muitas conversões. A VOC conquistou o
local (1656) e destruiu a missão portuguesa impondo um
regime de terror contra os católicos. A religião católica
foi proibida e muitos padres foram expulsos (MOFFETT, 2005,
p.223-224). Aconteceram vários massacres. São José Vaz[4]
vindo de Goa, mesmo sob o risco de morte, assistiu aos
perseguidos. Milagres foram relatados. No final do século
XVIII e começo do XIX, a Holanda perdeu todas as suas
posições na Índia e no Sri Lanka para a Inglaterra.

3.3. MÁLACA (1641 a 1824)

Em 1641, Málaca caiu nas mãos da VOC, houve perseguição


religiosa, o catolicismo foi proibido e todos os padres e o
bispo tiveram de fugir. Igrejas foram destruídas, alguns
católicos passaram a seguir a fé secretamente e outros
fugiram para o interior da península: O fanatismo
calvinista, intollerante e cruel, destruiu quasi todas as
igrejas e apossou-se das que lhe convinha para uso dos seus
sectarios, vendo-se os christãos, habitantes da cidade, no
extremo de se refugiarem nas florestas para alli poderem
exercitar as praticas da sua religião! (op.cit. 141)[5]
Somente no século XVIII voltou a haver alguma liberdade para
os católicos. Em 1824, a cidade foi cedida para os ingleses.

3.4. INDONÉSIA E AS “ILHAS DAS ESPECIARIAS” (SÉC. XVII a SÉC


XIX)

A Indonésia é um arquipélago de mais de treze mil ilhas. Era


um grande centro de especiarias. Os portugueses haviam
estabelecido missões e entrepostos comerciais em várias
partes : Ilhas Banda, Amboina, Celebes, Molucas, Ternate,
Timor etc. Em Amboina, os portugueses haviam construído um
forte, algumas igrejas e uma Santa Casa de Misericórdia. A
missão, sob os cuidados dos jesuítas prosperava. A VOC
conquistou o local. Num primeiro momento tolerou os
católicos, mas numa segunda etapa passou a persegui-los e
finalmente expulsou os portugueses, os missionários e muitos
convertidos da ilha (ARITONANG e STEEBRINK, 2008, p. 35). A
ilha era rica em cravo-da-índia, daí o interesse da VOC.
Para manter o monopólio e o preço elevado ela fazia o “hongi
tochten”, a destruição sistemática de árvores de cravo por
onde encontrasse, fora de Amboina. Isto causava pânico em
várias ilhas. Em 1623, a Companhia das Índias inglesa se
interessou pela ilha, gerando um confronto contra os
holandeses. No conflito, os holandeses mataram todos os
ingleses com requintes de crueldade. Nas Ilhas Banda, a VOC
fez vários massacres de indígenas e deportou vários para
trabalharem como escravos na Indonésia. O objetivo era
retirar toda a população da ilha e trazer novos colonos e
escravos. (BOWN, 2009, p. 46). A VOC diminui a produção
local de noz-moscada para aumentar o preço. Amboina, durante
muito tempo foi o “quartel general” da VOC na região. A
companhia, por onde estabeleceu seus portos e feitorias,
mantinha os indígenas na inferioridade. Os holandeses que
foram para lá viviam apartados da população local, sem
miscigenação. Não havia nenhum interesse em levar os
autóctones a um nível melhor de civilização.

3.5. ÁFRICA DO SUL HOLANDESA (1652-1815)

Os primeiros europeus a explorarem o litoral da África do


Sul foram os portugueses. Porém, os primeiros colonos
europeus vieram com a Holanda. A maioria deles eram
calvinistas e uma pequena parte era de huguenotes franceses.
A VOC se instalou na região da Cidade do Cabo. Iniciou uma
colonização (1652) no local e estabeleceu uma economia
escravocrata e de exclusão social que varreria por séculos a
região. Em 1659 houve violentos conflitos com os nativos,
muitos foram expulsos de suas regiões, outros foram
escravizados. Havia intensa escravidão negra quer com os
locais quer com escravos vindos de Madagascar e da
Indonésia. No século XVIII, criou-se a “lei do passe”, a
qual inicialmente era aplicada somente aos escravos, que só
podiam se locomover de posse de um documento permissivo.
Posteriormente, a “lei do passe” se estendeu para todos os
“Khoikhoi “ (nome dado aos indígenas locais). Isto foi o
embrião do futuro “apartheid”. Os contatos com os africanos
livres eram desestimulados. A religião católica era proibida
no local (ELPHICK e DAVENPORT, 1998, p. 195). Em 1815, o
controle da região passou para a Inglaterra.

4. O IMPÉRIO COLONIAL HOLANDÊS DEPOIS DE 1800

Após o começo do século XIX, as colônias holandesas se


reduziram à Indonésia, às Antilhas holandesas, ao Suriname e
alguns portos na costa da África que iriam ser perdidas ao
longo do século XIX. A VOC e a WIC foram extintas. Na
Indonésia, a Coroa Holandesa assumiu a administração, com uso
de escravidão e de um sistema legal com duas classes de
cidadãos: os europeus e os indígenas. O país nunca foi
homogêneo nem geograficamente nem populacionalmente. Possuía
várias etnias, religiões, línguas diferentes e muitos governos
locais. Bali, por exemplo, tinha 250 governantes (MOFFETT,
2005, p. 367). A Holanda unificou todas as ilhas do
arquipélago sob um mesmo governo colonial, tarefa esta
terminada em 1906 (MOFFETT, 2005, p. 367).

5. CONCLUSÃO – HOLANDA

A colonização da Holanda até 1800 foi eminentemente predatória


e exploratória. Fizeram perseguição sistemática contra a
Igreja Católica. Dentre os colonizadores analisados, eles
foram os piores. Abusaram tanto da crueldade, poder e
massacres que até os ingleses ficaram chocados. “Para os
ingleses, os holandeses formavam uma nação perversa e viciosa
que tinha feito tudo dentro do seu poder, durante os três
séculos que esteve lá, mantendo os povos sob medo e
escravidão” (WITT, 2007, p.3 ). Depois de 1800, essa
colonização melhorou um pouco. A Igreja Católica pôde se
instalar na Indonésia, houve investimentos lá e pelo contato
transmitiram alguma civilização e conseguiram organizar uma
nação com unidade, que antes era completamente inexistente.

São Paulo, abril de 2015.

_______

[1] http://livros01.livrosgratis.com.br/cp137308.pdf
[2] Há uma placa junto da Igreja em Olinda fazendo menção ao
fato.
[3]Massacres de Cunhaú e Uruaçu
[4]São José Vaz: sacerdote “mendigo” entre os católicos
perseguidos pelos calvinistas no Ceilão
[5]
http://www.revista.brasil-europa.eu/127/Portugueses-em-Singapu
ra.html

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