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História do Rio Grande do Norte

O Brasil Holandês

Economia e desenvolvimento
História do Rio Grande do Norte

Invasões Holandesas, 1633 - 1654

Fortaleza dos Reis Magos

“Era a residência do capitão-mor, sendo administrativa, comando militar, quartel e refúgio dos
raros moradores”.

Período de retrocesso da cidade de Natal

Destruição de Prédios e Documentos


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Supostos Governadores de Rio Grande

Lourenço Peixoto Cirne, Francisco Caldeira de Castelo Branco, Estevão Soares de Albergaria,
Ambrósio Machado de Carvalho.

André Pereira Temudo, que foi nomeado a 18 de março de 1621.

Pero Mendes de Gouveia, governador à época da Invasão Holandesa

1ª Tentativa Invasão, Bahia, 1624:

Filipe II, diante da repercussão negativa pela grande derrota, cuja consequência foi a perda da
Bahia, resolveu tomar uma decisão mais firme e, então, enviou ao Brasil a maior expedição
militar que atingiu o continente americano até aquele momento, com mais de 12.000 homens
e 70 navios, ficando conhecida na História como "Jornada dos Vassalos".

2ª Tentativa Invasão, Pernambuco, 1630

“O alvo, com mais de 130 engenhos, cuja safra ultrapassava as mil toneladas, fazendo de
Pernambuco "a principal e mais rica região produtora de açúcar do mundo”.

No dia 15 de fevereiro de 1630, uma poderosa esquadra holandesa, com mais de 50 navios
e 7.000 homens, sob a chefia de Hendrick Cornelizon Loncg, atacou Recife com toda sua
força.

Reação

“No dia 12 de janeiro de 1640, ocorreu o primeiro combate entre a esquadra do Conde da Torre
e a holandesa, comandada pelo almirante Corweliszoon Loos e, após alguns combates - sem
que houvesse uma batalha decisiva -, o Conde da Torre desembarcou em Touros, Rio Grande
do Norte, mais de mil homens "sob comando do Mestre de Campo Luís Barbalho Bezerra (...)”.

Fortaleza dos Reis Magos

1ª Tentativa, frustrada, 21 dezembro 1631

A Rendição e a tomada da Fortaleza, 1633

Importância estratégica e econômica

Abastecimento de carne Bovina


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"A operação foi pré-traçada, dentro do quadro militar rígido: uma operação combinada".No dia
5 de dezembro de 1633, partiu do Recife a esquadra sob o comando do almirante Jean Cornelis
Sem Lichtard.

Segunda-feira, dia 12 hasteada a bandeira branca pelos sitiados. O capitão-mor Gouveia estava
gravemente ferido. Por essa razão, não participou das negociações para a entrega da fortaleza
ao inimigo.

Sua beleza não está apenas na sua forma de estrela ( visto do alto tem a forma da estrela de
Belém) ou na localização privilegiada entre o rio Potengi e o Oceano Atlântico.

O Recife de Maurício de Nassau


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O Governo Holandês no Rio Grande

Marcado por Violência e Massacres em RN, PB e PE

Líder:
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Massacre de Cunhaú e Uruaçu, 1645

Capela de Cunhaú, 16 de Julho

69 mortos por intolerância Religiosa

Ordens de Execução de Portugueses

Comunidade de Uruaçu

80 mortos

3 de Outubro, feriado Estadual no RN

“Ao chegar em Uruaçu, a tropa formou um quadrado e, no interior desse quadrado, ficaram o
sacerdote mais os colonos”.

Fortaleza dos Reis = Castelo Ceulen ou Keulen

Jacob Rabbi é sem dúvida a figura mais sinistra , abominável e hedionda do domínio holandês
no Nordeste do Brasil . O seu nome está vinculado aos massacres de civis promovidos pelos
batavos entre os quais se sobressaem as chacinas de Cunhaú e Uruaçu no Rio Grande do
Norte.
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A Capitania de Pernambuco, XVII - XIX

Movimentos de resistência

A Insurreição Pernambucana, 1645

Guerra da Luz Divina

Ocorreu no contexto da segunda das Invasões holandesas ao Brasil, culminando com a


expulsão dos neerlandeses da região Nordeste.

Em 15 de maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, 18 líderes insurretos


pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania.

Líderes:

O movimento integrou forças lideradas por André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira,
Henrique Dias e Felipe Camarão.

No nordeste do Brasil, os engenhos de cana-de-açúcar viviam dificuldades num ano de


pragas e seca, pressionados pela Companhia das Índias Ocidentais, que sem considerar o
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testamento político de Nassau, passou a cobrar a liquidação das dívidas aos inadimplentes.
Essa conjuntura levou à eclosão da Insurreição Pernambucana, que culminou com a extinção
do domínio neerlandês (holandês) no Brasil.

A Insurreição Pernambucana, 1645

Líderes:

João Fernandes Vieira –

Senhor de engenho de origem portuguesa, que em 1645 foi o primeiro signatário do pacto
então selado no qual figura o vocábulo pátria pela primeira vez utilizada em terras brasileiras.
Na função de Mestre-de-Campo, comandou o mais poderoso terço do Exército Patriota nas
duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649). Por seus feitos, foi aclamado Chefe Supremo da
Revolução e Governador da Guerra da Liberdade e da Restauração de Pernambuco.

André Vidal de Negreiros –

Brasileiro que mobilizou recursos e gentes do sertão nordestino para lutar ao lado das tropas
luso-brasileiras, um dos melhores soldados de seu tempo, tomou parte com grande bravura
em quase todos os combates contra os holandeses.

Felipe Camarão –

Indígena brasileiro da tribo potiguar, à frente dos guerreiros de sua tribo organizou ações de
guerrilha que se revelaram essenciais para conter o avanço dos invasores.

Henrique Dias –

Brasileiro filho de escravos, conhecido como governador da gente preta, recrutou ex-
escravos afro-brasileiros oriundos dos engenhos assolados pelo conflito e dominados pelos
invasores

Antônio Dias Cardoso –

Foi um dos principais líderes da Insurreição Pernambucana e comandou um pequeno efetivo


que venceu a batalha dos Montes das Tabocas contra uma tropa muito maior liderada
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diretamente por Maurício de Nassau e posteriormente também em menor número venceu


em Casa Forte a tropa neerlandesa comandada pelo coronel Van Hans, Comandante-Geral
holandês no Nordeste do Brasil.

Também participou ativamente nas duas batalhas dos Guararapes quando na primeira foi
subcomandante do maior dos quatro terços do Exército Patriota, tendo-lhe sido passada a
investida da principal frente de batalha por João Fernandes Vieira, na segunda batalha
comandou a chamada Tropa Especial do Exército Patriota, desbaratando toda a ala direita
dos holandeses.

 Surge pelo apoio de 18 líderes Insurretos

 1ª vitória: Monte das Tabocas, 1645

 Destaque para o Mestre das Emboscadas, Antônio dias Cardoso

Batalha de Tejucupapo, 1646

Destaque para a participação da mulher

Batalha dos Guararapes, 1648-49

Marca a origem do Exército Brasileiro

Batalha dos Guararapes, marco da Insurreição Pernambucana que agregou senhores de terra,
indígenas e até escravos contra invasores neerlandeses.
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O Brasil Pós-Holandês

Movimentos de resistência
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Consequências:

 Contexto da Guerra Luso-Holandesa

 Travada de 1595 a 1663, caracterizou-se principalmente pelas invasões das companhias


majestáticas holandesas aos territórios do império português nas Américas, África, Índia e
extremo oriente.

 A guerra resultou na perda do domínio português no oriente e na fundação do império


colonial holandês nos territórios conquistados.

 As ambições holandesas noutros teatros de competição económica, como o Brasil e


Angola, foram em grande parte invertidas pelos esforços Portugueses.
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Vias diplomáticas:

A partir de 1661, com a assinatura do Tratado de Haia, pelo qual Nova Holanda -
denominação da colônia da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) que
abrangia a porção leste da Capitania de Pernambuco - foi "vendida" a Portugal por quatro
milhões de cruzados (ou oito milhões de florins), quantia equivalente a cerca de 4,5 toneladas
de ouro.

 Em razão da demora no pagamento da indenização, um outro acordo - o Tratado de Paz,


Aliança e Comércio, firmado em Haia, no dia 30 de julho de 1669 - determinaria a cessão
da posse de Cochim e Cananor à Companhia Holandesa das Índias Orientais (V.O.C.), como
garantia da penhora das prestações prometidas e não desembolsadas desde 1661, sendo a
indenização restante avaliada em 2.500.000 cruzados, a serem pagos em prestações.

 Em troca, os Países Baixos reconheciam a total soberania portuguesa sobre o Brasil e


Angola.

Capitania do Rio Grande do Norte,

Criação da Comarca Potiguar, 1818

Fundação da Câmara Municipal, 1824

Pelourinho

“Símbolo de sua autonomia e jurisdição municipal, atesta a presença da justiça permanente


e os direitos da população governar-se por intermédio de seus eleitos”.

Conflitos:

 Decorrente dos ciclos econômicos

1. Pau-Brasil

2. Açúcar –

3. Gado –

Marcas da individualidade produtiva:

4. Agricultura – Pasto, XVIII

5. Mandioca – Carne Seca


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Variáveis:

Seca e construção de açudes

XVII, 1600, afeta a Pecuária

XVIII, 1723 – 1727, 21 secas

Um dos mais importantes movimentos de Independência foi deflagrado pela Revolução em


1817, na cidade de Recife.

A Resistência Indígena e as Invasões Estrangeiras

No infográfico acima é possível visualizar as áreas de intensa caça aos índios e os principais
conflitos entre os nativos e os colonos.
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A exemplo dos Cariri, estes foram aliados dos holandeses e incumbidos de defender o
território ocupado por este povo europeu.
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Guerra dos Bárbaros, 1683 - 1715

“Essa forma de expansão sem respeito aos bens dos índios, que ainda eram preados para o eito
escravo, concorreu para os primeiros atritos, o correr de sangue de uma guerra que, por espaço
de cinqüenta anos, chamada "Guerra dos Bárbaros“, o Rio Grande, mal nascido, só conheceu
violências, extorsões, vilipêndio e rapinagem“.

Fim do conflito

 1695, Bernardo Vieira de Melo assumiu o governo da capitania

 Funda o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, em 24 de abril de 1696

 Anexação da Capitania a Pernambuco, 11 de Janeiro de 1701

Tratava-se muito mais der uma reação contra as perseguições dos brancos que, inclusive,
tinham interesse em manter acesso o fogo da revolta: com a manutenção do conflito, aos
poucos, os naturais da terra seriam exterminados

 É o conjunto de conflitos entre Colonizadores Portugueses e Indígenas Tapuias.

 Justificadas pelas Guerras Justas


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 Decorrentes da Expansão Econômica dos Engenhos

Liderados por Bandeirantes, Governadores e Exércitos

 1687, 3 mil soldados foram comandados por Antônio Albuquerque

 1715, povos foram aniquilados a mando do governador de Pernambuco

As Guerras dos Bárbaros, antecedentes em 1651

Os índios que se levantaram contra aqueles que tomavam suas terras eram considerados,
pelos homens da Coroa portuguesa, como “gentios bravos”. Com base nas informações
obtidas por aliados Tupi, muitos conquistadores, cronistas e escritores do período colonial
construíram um imaginário sobre os grupos que habitavam o sertão. A denominação
generalista que surgiu dessa construção foi “Tapuia”, sinônimo de bárbaro, inimigo,
indomável.

Esta designação não poderia ser compreendida como um etnômio, mas sim como noção
historicamente construída.

Estopim, 1687: início da Guerra do Açu

Para evitar que uma guerra fosse declarada, várias tentativas de acordos foram feitas. No
entanto, a rainha regente D. Luísa de Gusmão, ordenou que o governo do Rio Grande,
auxiliado por Pernambuco e Bahia, iniciasse uma guerra contra o gentio levantado,
extinguindo-o e evitando um prejuízo maior.

Em uma confusão no Açu, o filho de um dos principais foi morto, o que causou a ira dos
indígenas e endossou o levante contra os moradores. No dia 15 de janeiro de 1687, os Janduí
mataram cerca de 46 vaqueiros e os gados das fazendas que tomavam conta. O mesmo
acontecia na Paraíba e no Ceará. Como resposta, o capitão-mor do Rio Grande, Pascoal
Gonçalves de Carvalho, enviou algumas tropas ao sertão, que lutaram contra os indígenas,
resultando na morte de muitos deles.

Havia começado a Guerra do Açu. Em fevereiro de 1687, os oficiais da câmara de Natal


solicitaram ajuda ao governador de Pernambuco, João da Cunha Souto Maior, e ao capitão-
mor da Paraíba, Antônio da Silva Barbosa. Em resposta a estas súplicas, uma tropa foi enviada
ao sertão sob o comando de Manuel de Abreu Soares com principal objetivo de combater os
indígenas. O saldo do primeiro ano da guerra: mais de cem pessoas e mais de 30 mil cabeças
de gado mortas.
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A câmara do Natal enviou à Bahia um representante com as súplicas de ajuda. Matias da


Cunha, então governador geral, resolveu despachar duas companhias do terço dos Henriques
e dos Camarões, mais de 300 homens comandados pelo coronel Antônio de Albuquerque da
Câmara. Lutaram contra aproximadamente 3000 arcos e fracassaram.

Liderados por Bandeirantes, Governadores e Exércitos

 1687, 3 mil soldados foram comandados por Antônio Albuquerque

 1715, povos foram aniquilados a mando do governador de Pernambuco

Dessa forma, o governador geral viu-se pressionado a encontrar uma nova saída.
Primeiramente, considerou os confrontos como guerra justa, o que permitia o aprisionamento
de índios sobreviventes dos combates por parte dos soldados. Reorganizou a estratégia de
guerra, na qual objetivava encurralar os indígenas com as tropas de pernambucanos ao norte,
comandadas por Antônio de Albuquerque Câmara e Manuel de Abreu Soares, e pelo sul com
as duas tropas paulistas que já estavam prontas para seguir para Palmares, comandadas por
Domingos Jorge Velho e Matias da Cunha, que vinha do São Francisco.
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