da União Ibérica (1580-1640) -> Espanha inimiga da Holanda
• Disputas internacionais, inclusive pelo tráfico
negreiro
• Ataque a Salvador em 1624-1625.
• Ataque a Pernambuco em 1630 (conquista da
região até 1654). Para Boris Fausto, a presença dos holandeses no Brasil podem ser divididas em 3 momentos:
- 1630 a 1637 -> travou-se uma guerra de resistência,
que terminou com a afirmação do poder holandês sobre toda a região compreendida entre o Ceará e o Rio São Francisco. Nesse período, destacou-se de forma negativa (na visão luso-brasileira), a figura de Domingos Fernandes Calabar, nascido em Porto Calvo. Calabar passou das forças luso-brasileiras para as holandesas, tornando- se um eficaz colaborador destas, até ser preso e executado. - 1637 a 1644 -> caracteriza-se por relativa paz, relacionada com o príncipe holandês Maurício de Nassau, que foi o responsável por uma série de importantes iniciativas políticas e realizações administrativas. Visando pôr fim à paralisação da economia e estabelecer vínculos com a sociedade local. Nassau mandou vender a crédito os engenhos abandonados pelos donos que haviam fugido para a Bahia. Preocupou-se em enfrentar as crises de abastecimento, obrigando os proprietários rurais a plantar na proporção do número de seus escravos o “pão do país”, ou seja, a mandioca. Nassau, que era calvinista, foi tolerante com os católicos e, ao que tudo indica, apesar de controvérsias a esse respeito, com os judeus. Outro aspecto importante foi a vinda de artistas, naturalistas e letrados para Pernambuco. Entre esses artistas estavam Frans Post, pintor das primeiras paisagens e cenas da vida brasileira. O nome de Nassau ainda estava ligado aos melhoramentos feitos no Recife, elevado pelos holandeses à categoria de capital da capitania, no lugar de Olinda. Construiu ao lado do velho Recife a Cidade Maurícia, com traçado geométrico e canais. Por causa de divergências com a Companhia das Índias Ocidentais regressou à Europa em 1644. - 1645 a 1654 -> período de guerra, pela reconquista do território. É preciso lembrar que a União Ibérica terminou em 1640, com a ascensão de João IV. O principal centro da revolta contra a presença holandesa localizou-se em Pernambuco, onde se destacaram as figuras de André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, além de Henrique Dias e o índio Filipe Camarão. A Batalha de Guararapes foi um momento que o impasse da guerra começa a mudar. Além disso, a Companhia das Índias Ocidentais entrou em crise e ninguém mais queria investir nela. Também teve o contexto da guerra da Holanda contra a Inglaterra (1652) que tornou escassos os recursos para operações militares no Brasil. Em 1654, chegava ao fim a presença holandesa em Pernambuco. Boris Fausto (e outros autores) analisam que a expulsão dos holandeses impulsionou o nativismo pernambucano. Ao longo de duzentos anos, Pernambuco foi um centro de manifestações de autonomia, independência e de revolta (a última dessas revoltas foi a Praieira, em 1848, no início do Segundo Reinado). Além de Pernambuco, houve, no século XVII, a presença dos franceses no Maranhão, fundando São Luís. Foi muito importante a presença dos jesuítas nas regiões em que havia exploração indígena. Ler texto extra sobre Marquês de Pombal!!!