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HISTÓRIA MILITAR

INTRODUÇÃO
SUMARIO

PARTICIPAÇÃO DE DUQUE DE CAXIAS APÓS A INDEPENDENCIA DE 1822

AS TRANSFORMAÇÕES DO EXÉRCITO EM 1822 ATÉ A GUERRA DO PARAGUAI

ENSINAMENTOS DE DUQUE DE CAXIAS PARA OS MILITARES



Luís Alves de Lima e Silva nasceu na fazenda São Paulo, no
Taquaraçu, próximo da Vila Estrela, hoje "município de Duque
de Caxias", Rio de Janeiro, no dia 25 de agosto de 1803. Filho
de Francisco de Lima e Silva e de Cândida de Oliveira Belo,
cresceu em meio a uma família de militares


Seu avô, José Joaquim de Lima e Silva, um militar português,
imigrou para o Brasil em 1767, e se instalou no Rio de Janeiro,
então capital do país. Seu pai foi brigadeiro do Exército
Imperial e membro da Regência-Trina durante a menoridade
de Dom Pedro II.

No dia 22 de novembro de 1808, o 1.º Regimento de
Infantaria de Linha, comandado por seu avô, recebia o novo
soldado, com com cinco anos, apenas para homenagear seu
avô, então Ministro da Guerra. Entre 1809 e 1817, Luís Alves
estudou no Seminário São Joaquim (hoje Colégio Pedro II).

Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na
Academia Real Militar, de onde foi promovido a Tenente, em
1821, para servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, Unidade de elite
do Exército do Rei.
1º BATALHA

Em 1822, o Brasil tornou-se independente e Luís Alves
ingressou no “Batalhão do Imperador” comandado por seu
tio José Joaquim de Lima e Silva.

Em 1823, participou da luta no combate aos soldados
portugueses na Bahia, que relutavam a aceitar a
Independência do país. Com a vitória do Batalhão, Luís
Alves foi promovido a Capitão e, com 21 anos, recebeu a
“Imperial Ordem do Cruzeiro” das mãos de D. Pedro I.

Caxias na Cisplatina

Em 1825, iniciou-se a Campanha da Cisplatina e o então
Capitão Luiz Alves desloca-se para os pampas, junto com o
Batalhão do Imperador.
Caxias contra a Balaiada

Em 1837, com 34 anos, Luís Alves foi promovido a Tenente-Coronel, Em 1839, foi
nomeado "comandante-geral das forças militares do Maranhão" e "presidente da
Província". Sua missão: sufocar a revolta dos que se opunham ao governo provincial e
ocupavam a cidade de Caxias.

A balaiada foi uma rebelião provincial que aconteceu no Maranhão entre os anos de
1838 e 1841. Essa foi uma rebelião popular, motivada pela insatisfação popular com a
pobreza e desigualdade social da província.

Em 1841, ao voltar ao Rio de Janeiro, Luís Alves foi promovido a General-Brigadeiro e
recebeu seu primeiro título de nobreza, “Barão de Caxias”, uma referência à cidade
que conseguiu pacificar.

O título de Caxias significava, portanto: – disciplina, administração, vitória, justiça,
igualdade e glória",
O "Pacificador"


Em 1842, o Barão de Caxias foi nomeado "Comandante
das Armas da Corte", cargo já ocupado por seu pai.
Nessa época, eclodiu a revolução liberal em São Paulo
e Minas Gerais, que Caxias reprimiu com facilidade e,
entrou em Sorocaba, onde enfrentou seu antigo chefe, o
Padre Feijó.

Em Minas Gerais, destacou-se no "combate de Santa
Luzia", decisivo para a vitória. Ao voltar, reassumiu o
comando das armas, como o “Pacificador”.
Farrapos


Após pacificar três províncias, faltava só o Rio Grande
do Sul onde a “Guerra dos Farrapos” entrava no seu
sétimo ano. Foi nomeado "presidente da província do
Rio Grande do Sul" e "Comandante das Armas".
Reorganizou as forças imperiais e depois de dois anos
saiu vitorioso.


Em 1855, foi nomeado para a “Pasta da Guerra” e, em
1862, para "Presidente do Conselho". Nesse mesmo
ano, foi promovido a “Marechal Graduado do
Exército”. Caxias combateu em vários conflitos de
fronteira no Sul do Brasil e voltou vitorioso ao Rio de
Janeiro, quando, recebeu o título de "Marquês".
Guerra do Paraguai (1864-1870)

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado ocorrido na América do Sul, na bacia do rio da Prata, que
envolveu Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil.

O Paraguai era o país que havia alcançado um certo progresso econômico autônomo e seu presidente
Solano López resolveu ampliar o território paraguaio e, criar o “Paraguai Maior”, anexando regiões da
Argentina, do Uruguai e do Brasil (Rio Grande do Sul e Mato Grosso), com o objetivo de conquistar o
acesso ao Atlântico.

Em 1864, o Paraguai ordenou o aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda, no rio Paraguai. A
resposta brasileira foi a imediata declaração de guerra ao Paraguai.

Em 1866, Caxias é nomeado Comandante-Chefe das Forças do Império em operações contra o Paraguai,
mesma época em que é efetivado Marechal do Exército. Cabe destacar que, comprovando o seu elevado
descortínio de chefe militar, Caxias utiliza, pela primeira vez no continente americano, a aeroestação
(balão) em operações militares, para fazer a vigilância e obter informações sobre a área de operações.

Após a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, Caxias, com 66 anos, recebe o título de “Duque”, com
medalhas e condecorações.

Em 1875, o “Duque de Caxias” foi nomeado, por Dom Pedro II, para a "presidência do Conselho de
Ministros", e, assumiu também o "Ministério da Guerra". Era um Gabinete que serviria à princesa Isabel na
ausência do Imperador.
Primeiras formas de constituição do exército


D. Pedro I procurou desde logo melhorar as tropas da guarnição do Rio de Janeiro. Transferiu para a
capital forças de São Paulo e de Minas Gerais. Por decreto de 23 de setembro de 1822, criou a
Guarda Cívica, que compreendia "gente limpa da cidade do Rio de Janeiro", com quatro batalhões
de infantaria de quatro companhias cada um, e dois esquadrões de cavalaria com duas companhias.
Por decreto de 1º de dezembro de 1822 criou a Imperial Guarda de Honra, unidade de elite de
cavalaria ligada diretamente ao Imperador e que gozava de vários privilégios especiais, como por
exemplo o de prestar honras militares apenas ao Imperador e à família imperial.


Em 1823 instituiu-se o Batalhão do Imperador, destinado a operar na Bahia contra as forças
portuguesas do Brigadeiro Madeira. Com pretos libertos organizou-se um batalhão de artilharia de
posição.
Primeiras formas de constituição do exército


O Quartel-General da Corte foi reorganizado no início de 1824. Esse importante órgão que
tinha funções de comando geral e de estado-maior para a Força Terrestre, representava a
instituição central da administração militar. Serviu de modelo aos quartéis-generais nas
Províncias.

No setor de administração militar foi relevante o trabalho de D. Pedro I para dotar a nascente
organização de elementos indispensáveis. Criaram-se o Comissariado Geral do Exército, o
Depósito Geral de Recrutas, fábricas de material bélico e munições e arsenais. Melhoraram-se
alguns estabelecimentos do período colonial, como o Trem Real e a Fábrica da Casa de Armas
da Conceição.

Tudo isso representou notável esforço do primeiro governo imperial a fim de dar ao Exército
organização, disciplina e eficiência, colocando-o à altura das responsabilidades na defesa da
soberania da nação, cujo reconhecimento Portugal só admitiu em agosto de 1825.
Histórico que deu início a guerra da Cisplatina

Cisplatina, historicamente, foi uma região que motivou tensões e foi fortemente disputada,
primeiro por portugueses e espanhóis e, depois, pelas nações que se tornaram independentes. A
tensão a respeito dessa região remonta ao período colonial, quando Portugal oficializou a
criação da Colônia de Sacramento, em 1680.

A existência de uma colônia portuguesa na região acendeu uma grande disputa entre
portugueses e espanhóis. A solução encontrada foi redesenhar os limites territoriais das duas
nações na América a partir de diversos tratados, como o Tratado de Madrid (1750) e o Tratado
de Santo Ildefonso (1777).

A questão, no entanto, nunca foi resolvida de maneira plena e, no século XIX, a disputa pela
região retornou com força. Em 1807, D. João era o regente de Portugal e no exercício da função,
decidiu transferir a Corte portuguesa para o Brasil com o objetivo de fugir das tropas francesas
que tinham invadido o território português.

Uma vez instalado aqui no Brasil, em 1808, o príncipe regente realizou profundas mudanças no
Brasil, inclusive nas relações internacionais. Uma das medidas tomadas por D. João VI foi
ordenar a invasão de Sacramento em represália ao fato de os espanhóis terem autorizado os
franceses a cruzarem seu território para invadir Portugal.

A Guerra da Cisplatina foi um conflito travado pelo Império
do Brasil contra as Províncias Unidas do Rio da Prata
(atual Argentina) pelo controle da Cisplatina, região que
atualmente conhecemos como Uruguai. Essa foi a
primeira guerra de que o Brasil participou como nação
independente e estendeu-se de 1825 a 1828.

A região da Cisplatina (atual Uruguai) era um local de
tensão e atrito desde o período colonial. A disputa pela
Cisplatina teve como marco estipulado pelos historiadores
o ano de 1680, quando a Coroa Portuguesa autorizou a
construção de um forte na margem oriental do Rio da
Prata. Surgia nesse momento a Colônia de Sacramento.

A Colônia de Sacramento foi alvo de intensa disputa entre
portugueses e espanhóis. Foram assinados diversos
tratados territoriais entre as duas nações, tais como o
Tratado de Madrid (1750), o Tratado de El Pardo (1761) e
o Tratado de Santo Ildefonso (1777). No entanto, apesar
dos tratados, a disputa e a indefinição acerca do controle
de Sacramento permaneceram durante o século XIX.

Em 1808 quando D. João VI transferiu a coroa portuguesa para o Brasil, por conta da invasão
de Napoleão em Portugal, em represália ação dos espanhóis, em permitir a passagem dos
franceses, decidiu invadir a região de sacramento e nomeou a região de Cisplatina.

Em 1822, o Brasil declarou a sua independência sob a liderança de Dom Pedro I, e a anexação
da Cisplatina ao território brasileiro foi confirmada.

Por causa da tensão permanente na Cisplatina, iniciou-se uma rebelião, em 1825, organizada
por Juan Antonio Lavalleja. Nessa rebelião, Lavalleja e seus aliados, declararam a separação da
Cisplatina do Brasil e a sua vinculação com as Províncias Unidas. Essa atitude de Lavalleja
aconteceu porque ele e seus aliados estavam sendo apoiados material e financeiramente pelos
portenhos.
Objetivos de cada país

Brasil: colocar fim à rebelião na Cisplatina e retomar o controle da região.

Uruguai: do movimento liderado por Lavalleja, o objetivo principal era anexar-se às
Províncias Unidas, mas havia uruguaios que defendiam a independência.

Províncias Unidas: garantir a anexação da Cisplatina ao seu território.

Batalhas travadas

Batalha do Rincão das Galinhas: foi travada em setembro de 1825

Batalha de Juncal: batalha naval de fevereiro de 1827

Batalha de Ituzaingó: batalha travada em 20 de fevereiro de 1827
Conclusão da guerra


A derrota sofrida na Batalha de Ituzaingó foi duríssima para as tropas brasileiras, uma vez que
cerca de 1.200 brasileiros morreram nela. Logo após, o Brasil concordou em iniciar negociações
para tratar da cessão definitiva da Cisplatina para os uruguaios. O resultado dessa negociação
foi a assinatura da Convenção Preliminar de Paz em 27 de agosto de 1828. Nesse momento, o
Brasil assinou o fim das suas pretensões territoriais sobre a Cisplatina e aceitou a derrota
militar. Há, no entanto, que se considerar que os argentinos também não alcançaram os seus
objetivos
Revolução Farroupilha


A Guerra dos Farrapos, também conhecida como Revolta dos Farrapos ou Revolução
Farroupilha, foi uma das revoltas provinciais que aconteceram no território brasileiro durante o
Período Regencial. Os termos da rendição ficaram conhecidos como Tratado do Poncho Verde.

A Guerra dos Farrapos aconteceu, principalmente, por causa da insatisfação dos estancieiros
gaúchos com a política fiscal.

O charque era produzido pelos charqueadores, que compravam a carne bovina dos
estancieiros, os criadores de gado do Rio Grande do Sul. A grande insatisfação destes estava
relacionada com a cobrança de impostos realizada pelo governo sobre a produção de charque
da região. O charque gaúcho recebia uma pesada taxa de cobrança, enquanto o que era
produzido pelos uruguaios e argentinos tinha uma taxação diminuta.
No entanto, outras razões ajudam a entender o início dessa revolta:


Insatisfação com a taxação sobre o gado na fronteira Brasil–Uruguai;

Insatisfação com a criação da Guarda Nacional;

Insatisfação com a negativa do governo em assumir os prejuízos causados por uma praga de
carrapatos que atacou o gado na região em 1834;

Insatisfação com a centralização do governo e a falta de autonomia da província;

Circulação dos ideais federalistas e republicanos na região.

Revolta realizada pelos farrapos iniciou-se em 20 de setembro de 1835 e espalhou-se por parte
considerável do território do Rio Grande do Sul. Entretanto, o anúncio da separação da
província só aconteceu em setembro de 1836, dando origem à República Rio-Grandense,
também conhecida como República de Piratini.

A Guerra dos Farrapos teve como líder o estancieiro Bento Gonçalves, que, inclusive, foi o
presidente da República Rio-Grandense por algum tempo. Outros nomes importantes foram o
do italiano Giuseppe Garibaldi e o do militar brasileiro David Canabarro. Ambos foram
responsáveis por levar a guerra contra o império para a província de Santa Catarina, fundando
a República Juliana, em julho de 1839.

Os combates concentraram-se em confrontos de cavalaria, dos quais pode-se destacar a vitória
dos farrapos na Batalha de Seival. No entanto, à medida que a reação imperial consolidava-se,
os farrapos perderam força e partiram para a guerra de guerrilha.

Para conter a revolta na província do Rio Grande do Sul, o governo brasileiro nomeou Luís
Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias (futuro Duque de Caxias). A ação de Caxias à frente
de 12 mil homens foi muito eficiente, pois conseguiu sufocar os farrapos com ações militares
estratégicas e, com a diplomacia, levá-los à negociação.
Tratado do Poncho Verde


A paz foi assinada no Tratado de Poncho Verde, em que os farrapos colocaram fim na
revolta e, na condição de derrotados, aceitaram os termos propostos pelo governo

Taxação em 25% sobre o charque estrangeiro;

Anistia para os envolvidos com a revolta;

Incorporação dos militares dos farrapos ao exército imperial, mantendo sua patente;

Os provincianos teriam direito de escolher o próprio presidente de província (entretanto,
isso não foi cumprido);

Os escravos que lutaram do lado dos farrapos seriam alforriados (item também não
cumprido).
Ensinamentos de Duque de Caxias para os militares


Luís Alves de Lima e Silva, mais conhecido como o Duque de Caxias, é frequentemente
lembrado por seus ensinamentos militares e políticos. Ele desempenhou um papel
fundamental na história do país como líder militar e político, e suas contribuições incluem os
seguintes ensinamentos:

Patriotismo

Disciplina Militar

Coragem

Devotamento

Abnegação

Amor a profissão
Ensinamentos de Duque de Caxias para os militares


Frases de Duque de Caxias “Mais militar que políticos eu quero até ignorar os
nomes dos partidos que por desgraça entre vós existem”

“Sigam-me os brasileiros”
CONCLUSÃO

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