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HISTÓRIA

BRASIL COLONIAL

O Brasil colonial foi dos anos de (1530-1822). Este período começou quando o governo
português enviou ao Brasil a primeira expedição colonizadora, chefiada por (MARTIM
AFONSO DE SOUZA).
Em 1532 ele fundou o primeiro núcleo de povoamento (A VILA DE SÃO VICENTE) no litoral
do atual Estado de (SÃO PAULO).
É importante relembrar que antes do período colonial existiu o período (PRÉ-COLONIAL) que
foi de (1500-1530) nesse período o (PAU-BRASIL) foi explorado e havia uma grande
quantidade de (PAU-BRASIL) na costa principalmente no nordeste do país.

Esse período ficou conhecido como (CICLO DO BRASIL ou PRÉ-COLONIAL). A exploração do


pau brasil foi meramente extrativista e não deu origem a uma ocupação efetiva.
O Brasil começou a ser explorado a partir de (1530) iniciando o período de colonização e
claro de povoamento, e a partir de (1530) várias expedições foram enviadas por Portugal
visando reconhecer toda costa Brasileira e combater a pirataria, os mais importantes foram
as comandadas por (CRISTÓVÃO JACQUES) que combateu os franceses, também (MARTIM
AFONSO DE SOUZA EM 1532) que também combateu a pirataria francesa.
Da mesma forma ele instalou em são Vicente a primeira povoação dotada de um engenho
para produção de açúcar, para colonizar o Brasil e garantir a posse de terra em (1534) a
coroa dividiu o Território em (15 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS) essas eram imensos lotes de
terras que se estendiam do litoral até o limite estabelecido pelo tratado de (TORDESILHAS).
Esses lotes de terras foram doados a (CAPITÃES-DONATÁRIOS) pertencentes a pequena
nobreza lusitana e por sua conta promover a defesa local e a colonização, a produção de
açúcar foi escolhida porque era um produto bastante procurado na Europa. Foi no nordeste
do país que a atividade açucareira atingiu seu maior grau de desenvolvimento,
principalmente nas capitanias de (PERNAMBUCO E DA BAHIA), nos (SÉCULOS 16-17) essas
regiões tornaram centro dinâmico da vida social política e econômica do Brasil.

GOVERNO GERAL
O governo geral foi criado em (1548) e tinha como objetivo organizar a administração
Colonial, o primeiro governador foi (TOMÉ DE SOUZA 1549-1553) que recebeu do governo
português um conjunto de leis a serem aplicadas na colônia, essas determinavam as funções
administrativas, judiciais, militar e tributária do governo geral.

O segundo governador geral foi (DUARTE DA COSTA 1553-1558)


O terceiro governador geral foi (MEM DE SÁ 1558-1572) em (1572) depois da morte de
(MEM DE SÁ) e de seu sucessor (DOM LUIZ DE VANSCONCELOS) o governo português dividiu
o Brasil em dois governos cuja unificação só voltou em 1578.

No governo do norte com sede em salvador, governo do sul com sede no rio de janeiro, em
(1580) Portugal e todas as suas colônias inclusive o Brasil ficaram sob domínio da Espanha
situação que perdurou até 1640 este período é conhecido como unificação ibérica.
Em 1621 ainda sob domínio espanhol o Brasil foi novamente dividido em dois estados

(ESTADO DO MARANHÂO E ESTADO DO BRASIL) essa divisão durou até (1774) quando
(MARQUES DE POMBAL) decretou a unificação.
Nos primeiros anos logo depois da descoberta a presença de piratas e comerciantes
franceses no litoral Brasileiro foi constante, a invasão francesa se deu em (1555) quando
conquistaram o Rio de janeiro, fundando ali a (FRANÇA ANTÁRTICA) sendo expulsos em
(1577) em (1612) os Franceses invadiram o Maranhão, ali fundaram a (FRANÇA
EQUINOCIAL) e a povoação de São Luiz onde permaneceram até (1615) quando foram
novamente expulsos.
Os ataques ingleses no Brasil se limitaram a assaltos de pirataria e corsários que saquearam
outros portos e invadiram a cidade (SANTOS, RECIFE e o LITORAL DO ESPIRTO SANTO) as
duas invasões holandesas no Brasil se deram durante o período em que Portugal e Brasil
estava sob domínio Espanhol. A Bahia sede do governo geral foi invadida, mas a presença
holandesa durou pouco tempo de (1624-1625).

A conquista foi consolidada em (1637) com a chegada do governo Holandês, o (CONDE


MAURÍCIO DE NASSAU) ele conseguiu firmar o domínio Holandês em Pernambuco e
estendê-lo por quase todo Nordeste do Brasil, a cidade do Recife o centro Administrativo foi
urbanizada, saneada, pavimentada foram construídos pontes, palácios e jardins. O governo
de Maurício de Nassau chegou ao fim (1644) mas os Holandeses foram expulsos em (1654).

SÉCULO DO OURO E DOS DIAMANTES


A procura de metais preciosos sempre constituiu o sonho dos colonizadores, as descobertas
começaram na década de (1690) na Região de (MINAS GERAIS), o ciclo do ouro e diamante
foram responsáveis por profundas mudanças na vida do Brasil colônia, com crescimento
urbano e do comércio.

CRISE DO SISTEMA COLONIAL


Em (1640) as rendas do Brasil do comércio Brasileiro eram essenciais para Portugal por isso
passou a exercer um controle mais rígido sobre essas regiões, chegando a proibir o
comercio com estrangeiros. O descontentamento com a política econômica da metrópole
fez surgir algumas revoltas entre elas
A REVOLTA DE BECKMAN-1684 (MARANHÃO)
GUERRA DOS EMBOABAS-1708 (MINAS GERAIS)
GUERRA DOS MASCATES-1710 (PERNAMBUCO)

Em fins do século (18) teve início movimentos que tinha como objetivo libertar a colônia do
domínio português entre elas
CONJURAÇÃO MINEIRA

CONJURAÇÃO BAIANA

No início do século (19) a conjuntura criada pelas guerras napoleônicas provocou a mudança
no reino do Brasil, em (1815) com a elevação do Brasil a categoria de reino o território deixa
de ser colônia e mais tarde a independência Brasil em (1822) encerrando o período colonial.
BRASIL IMPÉRIO
Brasil império é como chamamos o período do país que teve início em (1822-1889) e com
fim na Proclamação da República. Estes 67 anos de história foram recheados de mudanças
políticas e sociais.

Podemos dividir este período em 3 fases:


1. PRIMEIRO REINADO

2. PERÍODO REGENCIAL

3. SEGUNDO REINADO

PRIMEIRO REINADO
(1822-1831)
Em dezembro de (1822) D. PEDRO foi coroado imperador do Brasil iniciando assim o período
imperial. Mas a situação não foi aceita facilmente, e em alguns lugares do país houve
revoltas e lutas armadas de pessoas que não reconheceram seu governo.
Terminadas as batalhas, em (1823) o imperador do Brasil convocou uma Assembleia
constituinte para elabora a primeira constituição do Brasil, que foi oficialmente feita apenas
em (MARÇO DE 1824). Na nova carta Magna estava o poder moderador, que seria exercido
pelo imperador em caso de conflito entre os 3 poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
O período do primeiro reinado foi muito conturbado, com conflitos internos, como a
(CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR-1824) e uma guerra externa, (GUERRA DA CISPLATINA-
1825).
Pra ajudar em (1826), morreu em Portugal D. JÕAO VI. e como D. PEDRO I não havia
renunciado aos seus direitos de herdeiro do trono, ele foi nomeado D. PEDRO IV, rei de
Portugal. Seu irmão Miguel não gostou nada disso, então começou a disputa pelo trono.
Miguel deu um golpe em Portugal, e se tornou o rei.
Por aqui as coisas não estavam muito bem para D. PEDRO I, a violência nas ruas por causa
da insatisfação com seu governo aumentou demais, e como a constituição proibia o
imperador de ser ao mesmo tempo Rei do Brasil e Rei de Portugal, ele precisou escolher um
lado. Com medo da sua reputação ir abaixo em Portugal, D. PEDRO decidiu abdicar o trono
em favor do seu filho e herdeiro, D. PEDRO II, de apenas 5 ANOS de idade! Sim 5 anos...
como uma criança poderia governar o país?
Para solucionar isso, foi criada uma Regência, que governaria até sua maioridade.
E assim entramos no segundo período do Brasil Império, O Período Regencial.
PERÍODO REGENCIAL
(1831-1840)
Este período teve 4 fases:
1. Regência trina provisória (1831)

2. Regência trina permanente (1831-1835)

3. Regência una liberal (1835-1837)

4. Regência Una conservadora (1837-1840)

Se o reinado foi conturbado, esperem para ver como foi o período governador por
regências, afinal esta foi uma época de grandes disputas de poder e instabilidade política.
Houve vários conflitos, em diversas regiões, podemos destacar:
1. CABANAGEM (1835-1840) na província do Grão-Pará

2. GUERRA DOS FARRAPOS (1835-1845) na província de São Pedro do Rio Grande do

Sul

3. A REVOLTA DOS MALÊS (1835) na Província da Bahia

4. SABINADA (1837-1838) na Província da Bahia

5. BALAIADA (1838-1841) na Província do Maranhão

Estes conflitos tinham reivindicações diferentes, porém havia algo em comum:

A insatisfação com o governo imperial.

então para trazer a ordem e evitar a desintegração do território brasileiro, o partido liberal
propôs a antecipação da maioridade de D. PEDRO II. Mas a proposta não foi aprovada pela
câmara. Sendo assim, em (1840) políticos tramam o golpe da maioridade e declaram D.
PEDRO II, maior de idade aos 14 anos. Um ano depois ele começa a governar o Brasil, dando
início ao Segundo reinado.
SEGUNDO REINADO
(1840-1889)
Foi um período mais pacífico (só um pouco). E também um período com acontecimentos
definidores da história do Brasil.
Primeiro o Brasil se consolida como nação. em 1847 D. PEDRO II implantou o
parlamentarismo, que diferente daquele praticado na Inglaterra, era o imperador que
escolhia o Presidente Conselho, que funcionava como um primeiro-ministro. Por isso ficou
conhecido como parlamentarismo às avessas.
No plano econômico o café se tornou o produto mais exportado pelo Brasil e com isso
chegaram as primeiras ferrovias e barcos a vapor para auxiliar na circulação do produto.
Porém, em meio a prosperidade cafeeira, o Brasil se encontrava num dilema: o trabalho
escravo.
Desde Dom João VI havia a promessa de acabar com a escravidão, mas a elite cafeeira não
queria isso. Mesmo assim havia na sociedade um movimento forte contra essa prática.
como os donos de fazendas perderiam investimentos libertando os escravizados, eles
reivindicaram ao governo o pagamento de uma indenização por cada escravo liberto. mas
indenizar os fazendeiros estava fora de cogitação, por isso o governo promulgou leis que
visaram abolir o trabalho escravo de forma gradual, sendo elas:
1. A LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS (1850)

2. LEI DO VENTRE LIVRE (1871)

3. LEI DO SEXAGENÀRIOS (1885)

4. LEI ÁUREA (1888)

O segundo reinado também ficou marcado pelo conflito mais sangrento da história da
américa do sul: A Guerra do Paraguai (1864-1870), que aconteceu depois da invasão do
ditador Paraguaio Solano López na província do Rio Grande do Sul, contando com a
participação da Argentina e do Uruguai.

Ao longo do seu governo, D. PEDRO II se contrapôs com a igreja, com os militares e com a
elite rural. Tudo isso foi retirando o apoio das figuras importantes do país ao trono, e
criando questões que definiram o fim do segundo reinado.
A questão militar, foi quando os militares queriam mais reconhecimento e aumento de
salário, e por isso, alguns oficiais aderiram aos ideais republicanos.
A questão religiosa, que se deu porque o imperador não queria que a igreja aceitasse as
ordens papais sem sua aprovação.
E a questão latifundiária, porque os fazendeiros não suportavam as ideias abolicionistas e
por isso romperam com o imperador.
Sendo assim no dia 15 de novembro de 1889 Marechal Deodoro da Fonseca dá o golpe
militar, instituindo a República no Brasil.
BRASIL REPÚBLICA
PROCLAMAÇÂO DA REPÚBLICA
Este acontecimento deu início a república no Brasil, e a primeira fase deste período é
chamada de: REPÚBLICA VELHA ou PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930). Como se trata de 41
anos, podemos dividir este período em 2 momentos:
1. REPÚBLICA DA ESPADA (1889-1894)

2. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1894-1930)

REPÚBLICA DA ESPADA
(1889-1894)
recebeu este nome porque os primeiros presidentes do país foram militares.
❖ DEODORO DA FONSECA
❖ FLORIANO PEIXOTO
No dia 15 de novembro de 1889 aconteceu o golpe militar, e no dia seguinte foi organizado
um governo provisório chefiado por Deodoro, que ficou encarregado de dirigir o país até
uma nova constituição ser elaborada.
A constituição repúblicana foi promulgada em fevereiro de 1891, e o congresso elegeu
marechal Deodoro da Fonseca como o primeiro presidente do Brasil, e seu vice, Floriano
Peixoto.
Mas então começou a disputa acirrada: havia muitas divergências entre civis e militares. E
também uma forte oposição ao governo. E vejam só, em novembro, Deodoro dissolveu o
congresso, que rapidamente deu um contragolpe nele, por isso, Deodoro renunciou ao
poder.
Mesmo a constituição exigindo que em casos de renúncia deveria haver novas eleições,
Floriano decidiu por si só assumir o poder e se tornou presidente. Durante essas disputas
aconteceram diversas revoltas no país, inclusive em uma delas, a “REVOLTA DA ARMADA”,
morreram mais de (10.000) pessoas.
É pelo jeito, foi um período bem complicado, e por causa da força utilizada, Floriano
recebeu seu apelido de Marechal de Ferro, mas como ele não era considerado um
presidente eleito de forma legítima, não teve apoio suficiente e terminou o seu mandato
pondo um fim à república da espada.
Com isso começamos o segundo período da República velha, conhecido como :
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
(1894-1930)
A palavra oligarquia significa “governo de poucos”, e justamente este foi um período
governado por uma minoria, a aristocracia dos fazendeiros, ou seja, os donos da grana
naquela época.
A maioria dos Presidentes desse período eram paulistas do (PARTIDO REPÚBLICANO
PAULISTA) -(PRP) ou mineiros do (PARTIDO REPUBLICANO MINEIRO) -(PRM).
Este domínio ficou conhecido como política do café com leite, fazendo uma alusão às
maiores riquezas geradas nestes dois estados: o Café e o leite.
O primeiro Presidente civíl eleito, depois do governo de Marechal Floriano Peixoto, foi
Prudente de Morais que recebeu apoio da oligarquia cafeeira paulista, ele governou de
(1894-1898). Depois foi substituído por Campos Salles, e este período teve características
bem marcantes e polêmicas!
Os presidentes eleitos usavam sua influência política para beneficiar os cafeicultores e
garantir a sua permanência no poder, então era importante criar alianças estaduais, como
foi a política dos Governadores, uma espécie de acordo entre governo Federal e governo
dos Estados, com troca de favores para as elites locais, quem por sua vez era dominada por
famílias nobres e muitas vezes comandadas por cornéis. por isso, esse movimento ficou
conhecido como CORONELISMO.
Em troca, essa elite local assegurava o resultado eleitoral através de fraudes e abusos
eleitorais, como foi o voto de cabresto, que procurava garantir votos por meio do uso da
força e do clientelismo, uma prática de troca de favores por votos.
Com este cenário de relações políticas, digamos, “complicadas” era de se esperar que este
período não fosse tranquilo e surgissem muitas revoltas.
Dentre as revoltas mais marcantes deste período, podemos citar:
➢ GUERRA DOS CANUDOS (1896) BAHIA
Considerado o maior movimento de resistência à opressão dos grandes proprietários rurais.
➢ REVOLTA DA VACINA (1904) RIO DE JANEIRO
Onde o combate a varíola e o projeto de reurbanização deixou muitas pessoas
desabrigadas.
➢ REVOLTA DA CHIBATA (1910) MARINHA
Que aconteceu dentro da marinha contra castigos, baixos salários e péssimas condições de
trabalho.
➢ GUERRA DO CONSTESTADO (1912-1916) SUL DO PAÍS
Que lutava contra a construção de uma estrada de ferro que causou grandes problemas
sociais.
No período da república oligárquica, de 1894 até 1930, tivemos 13 presidentes.
Durante este período, além dos acontecimentos locais, tivemos momentos históricos de
tirar o fôlego no mundo, como a primeira guerra mundial (1914-1918) o maior período de
imigração no Brasil, com a vinda de mais de 3 milhões de estrangeiros de diversos países, e
também a crise de 1929 nos Estados unidos que afetou a economia global.
No governo de Epitácio (1918-1922) pessoa a insatisfação com a política do café com leite
aumentou bastante, e aconteceu a REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA, considerada a
primeira revolta do movimento tenentista.
Este movimento resulto na morte de militares e civis e fez com que o presidente sucessor
Arthur Bernardes, governasse o país em estado de sítio, crise econômica, inflação e queda
das importações.
Então chegou o presidente Washington Luíz (1926-1930) que lidou com estas questões, mas
ao fim do seu governo, ao invés de apoiar um candidato mineiro nas eleições, apoiou um
paulista – Júlio Prestes.
Irritado, o governador de minas colocou nas eleições Getúlio Vargas, que perdeu. em
resposta, a Aliança liberal e o governo mineiro alegaram que houve fraudes nas eleições, e o
caos se instaurou. no fim desta história, vargas, através de um golpe de estado, conquistou
o cargo, pondo um fim na política do café com leito.
Com isso chegou o fim a da primeira república, e o cenário político do brasil sofreu uma
grande mudança através do governo de Getúlio Vargas.
ERA VARGAS

São divididas em 3 partes:


1. GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)

2. GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937)

3. ESTADO NOVO (1937-1945)

GOVERNO PROVISÓRIO
O governo provisório é o período inicial, quando Getúlio Vargas assume o poder logo depois
da revolução de (1930), em que sai de cena política a Oligarquia cafeeira paulista. É nesse
momento que Vargas suspende a constituiçaõ de 1891, inciando um processo de
centralização política.
E é por isso que o nome dessa primeira fase se chama governo provisório. É nesse primeiro
momento que ele cria os ministérios, como os da Educação e do Trabalho.
Passa a nomear tenentes como interventores, começa a formular algumas leis trabalhistas e
cria o código Eleitoral, tornando o voto secreto e dando direito de escolha de
representantes para as mulheres também.
O Conselho Nacional do Café também foi criado com o objetivo de valorizar o preço do
produto no mercado internacional e centralizar a política cafeicultora brasileira.
Mas a situação de governar sem instituição já estava incomodando a galera por ai, e, no
caso, os paulistas mesmo.
A oposição ao Vargas se concentrou em São Paulo, onde as Oligarquias locais convocaram o
restante da população paulista para irem às ruas, exigindo uma assembleia constituinte.
isso tudo aconteceu bem no início do governo, lá em 1932, e ficou marcado como
(A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA PAULISTA.)
Mesmo Vargas tendo reprimido fortemente esse conflito, ele promulga uma constituição
em 1934, e dá início à segunda fase desse período de poder.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
(1934-1937)
Agora com uma nova constituição temos aí o governo constitucional da Era Vargas, como o
próprio nome diz. Isso significa que oficialmente temos:
1. o voto secreto

2. O voto feminino

3. E as leis trabalhistas

Mas isso não quer dizer que os conflitos políticos acabaram. é nesse período que acontece
uma radicalização ideológica, uma polarização mesmo, com a fundação da Ação integralista
Brasileira, chamada AIB, em 1932, que tinha preceitos fascistas e era liderada por Plínio
Salgado.
E depois já em 1935, foi criada a Aliança Nacional Libertadora, conhecida como ANL, que
teve a participação de diversos setores de centro e de esquerda, incluindo o Partido
Comunista Brasileiro, liderado por Luís Carlos Prestes. Neste meio tempo, a gente tem
também uma tentativa de golpe comunista, chamada de Intentona Comunista, de 1935.
Mas o levante foi facilmente controlado pelo governo, não tendo sucesso.
E ai, quando o mandato de Getúlio Vargas estava prestes a acabar e novas eleições deviam
ser convocada, surge um suposto ataque comunista, assinado por um espião soviético,
chamado Cohen. só que tudo isso não passou de um golpe do próprio Vargas, para
concentrar mais o poder. Depois descobriram que a carta foi escrita, na verdade por
Olímpio Mourão, com consentimento do Presidente. Isso tudo aconteceu em 1937, e ficou
conhecido como o Plano Cohen.

ESTADO NOVO
(1937-1945)
Agora mais do que nunca Vargas está consolidado no poder, concentrando cada vez mais
tudo em suas mãos. nessa altura do campeonato, utilizando-se da falsa ameaça comunista,
ele fecha o congresso e nomeia interventores em todos os Estados com o apoio do Exército
Nacional. E é desse modo, num golpe de Estado, com apoio popular, que ele se manterá no
poder por mais oito anos, dando início, então, ao Governo Ditatorial conhecido como
Estado Novo.
Podemos dizer que essa é uma Ditadura Personalista. Isso quer dizer que a legitimidade do
seu governo é por meio da personalidade “Getúlio Vargas" a pessoa em si, uma vez que
todos os partidos políticos estavam na ilegalidade.
E no caso do Vargas, ele consegue a legitimação da sua figura por meio da criação do DIP, o
Departamento de Imprensa e Propaganda, decretando de vez a censura no país, e
assumindo o controle dos meios de comunicação, fazendo também forte propaganda do
seu Governo.
Já em relação à economia, Vargas promove a Industrialização Brasileira, criando empresas
estatais como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN. Essa é a
primeira vez que vemos a industrialização como uma política de Estado no Brasil.
E para esse projeto dar certo, era necessário Vargas mediar os conflitos entre os
trabalhadores e os empresários. Inclusive, esse vai ser um dos motivos para que ele crie a
consolidação das Leis do Trabalho, a famosa CLT, que na verdade já era uma reivindicação
bem antiga da classe operária, antes mesmo da ascensão de Vargas. a partir daí, ele passa a
ser conhecido como o Pai dos Pobres. No entanto, com a entrada do Brasil na Segunda
Guerra Mundial, do lado dos Estados Unidos, a ideia de democracia ganha força por aqui.
Os próprios militares que apoiaram o presidente se voltam contra ele, era muita contradição
um regime autoritário lutando contra ditaduras fascista na Europa. Com a pressão de alguns
setores da sociedade, a criação de partidos e até mesmo o retorno de outros, a oposição de
Vargas chega ao seu auge. Apesar de rolar todo um movimento feito pelos trabalhadores
para Vargas ficar, o queremismo, ele sofre um golpe militar em 1945, para garantir a
realização de eleições. E Eurico Gaspar Dutra, que ameaçou contar para toda a população
sobre o plano de Cohen, é eleito Presidente do Brasil.
E é assim que chega ao fim a Era Vargas, ou pelo menos a primeira parte dela, mas não
exatamente o fim de Getúlio Vargas.

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