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RESUMO: HISTÓRIA MILITAR

ASSUNTOS

- Teoria Geral do Estado;

- Guararapes;
- A ação pacificadora de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias

- A Guerra da Tríplice Aliança.

POVO, TERRITÓTIO, PÁTRIA, NAÇÃO

• Povo: é a parcela da população do Estado considerada sob o aspecto jurídico, é o


grupo humano integrado numa ordem estatal determinada. É o conjunto de indivíduos
submetidos às mesmas leis
• Território: O território é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a
validade da sua ordem jurídica
•  Pátria: país em que se nasce e ao qual se pertence como cidadão, terra.
• Nação: nação refere-se ao conjunto de pessoas que se sentem unidas pela origem
comum, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. Se o povo é uma
entidade jurídica, a nação é uma entidade moral
• Governo: é uma delegação de soberania nacional, é o conjunto das funções
necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública;
• Estado: ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado
em determinado território
• Soberania: soberania é o "poder absoluto e perpétuo de uma República“;
• Poder: o poder do Estado seria poder político, incondicionado e preocupado em
assegurar sua eficácia, sem qualquer limitação, associado à soberania.
• Estado Democrático de Direito: O Estado de Direito, de cunho liberal, portanto, é
caracterizado, em suma, pela presença de dois elementos: a limitação do poder estatal
e o respeito aos direitos fundamentais do homem
GUARARAPES

A Batalha dos Guararapes foi um evento muito importante no processo de expulsão das
tropas holandesas que ocuparam a região de Pernambuco entre 1630 e 1654. Mesmo
inferiorizadas numericamente, as tropas locais, compostas por unidades de brancos,
negros e índios, e recorrendo a táticas de guerra irregular (ou de guerrilhas), derrotaram
um inimigo superior em número e mais bem equipado

Em Guararapes teriam nascido ao mesmo tempo a nacionalidade e o Exército brasileiros. A


força simbólica do evento é reforçada pela presença conjunta das três raças vistas como
constitutivas do povo brasileiro — o branco, o negro e o índio.

Tendo em vista que a gênese da nacionalidade brasileira brotava em Guararapes, quando,


em 1645, as três raças formadoras de nossa gente firmaram um pacto de honra, assinando
célebre proclamação, em que aparece, pela primeira vez, o vocábulo PÁTRIA, razão pela
qual foi constituída, militarmente, uma tropa que passou a ser chamada de Exército
Libertador ou Patriota, e que tal fato consagrou-se com a 1a Batalha de Guararapes,
travada em 19 de abril de 1648, constituindo importante fator para a formação do Exército
Brasileiro.

OBJETIVOS HOLANDESES

Por volta de 1580, quando o Brasil e todas as colônias portuguesas passaram a ser
governadas pela Espanha, os holandeses foram proibidos de comercializar o açúcar
brasileiro, pois a Espanha e a Holanda eram países inimigos. O primeiro pais a ser invadido
foi o Brasil

CONSEQUÊNCIAS GERADAS

Em conseqüência das invasões ao nordeste do Brasil, o capital neerlandês passou a


dominar todas as etapas da produção de açúcar, do plantio da cana-de-açúcar ao refino e
distribuição. Com o controle do mercado fornecedor de escravos africanos, passou a
investir na região das Antilhas.

INVASÕES HOLANDESAS
Em linhas gerais, as invasões holandesas do Brasil podem ser recortadas em dois grandes
períodos:

1624-1625 - Invasão de Salvador, na Bahia.

1630-1654 - Invasão de Olinda e Recife, em Pernambuco. 1630-1637 - Fase de resistência


ao invasor. 1637-1644 - Administração de Maurício de Nassau. 1644-1654 - Insurreição
Pernambucana.

1ª INVASÃO HOLANDESA

A primeira expedição invasora ocorreu em 1624 contra Salvador (capital do Brasil na


época). Comandados por Jacob Willekens, mais de 1500 homens conquistaram Salvador e
estabeleceram um governo na capital brasileira. Os holandeses foram expulsos no ano
seguinte quando chegaram reforços da Espanha.

2ª INVASÃO HOLANDESA

Em 1630, houve uma segunda expedição militar holandesa, desta vez contra a cidade de
Olinda (Pernambuco). Após uma resistência luso-brasileira, os holandeses dominaram a
região, estabeleceram um governo e retomaram o comércio de açúcar com a região
nordestina brasileira.

  Em 1637, a Holanda enviou o conde Maurício de Nassau para administrar as terras


conquistadas e estabelecer uma colônia holandesa no Brasil. Até 1654, os holandeses
dominaram grande parte do território nordestino

Expulsão dos holandeses

Em 1654, após muitas guerras e conflitos, finalmente os colonos portugueses


(apoiados por militares de Portugal e Inglaterra) conseguiram expulsar definitivamente os
holandeses do território brasileiro e retomar o controle do Nordeste Brasileiro.

O açúcar produzido nessa região tinha um menor custo de produção devido, dentre
outros motivos, à isenção de impostos sobre a mão-de-obra (tributada pela Coroa
portuguesa) e ao menor custo de transporte. Sem capital para investir, com dificuldades
para aquisição de mão-de-obra e sem dominar o processo de refino e distribuição, o
açúcar português não consegue concorrer no mercado internacional.

CONSEQUÊNCIAS

• Desenvolvimento dos engenhos de açúcar.


• Domínio da produção de açúcar.
• Criação de um mercado exportador de açúcar, que trouxe sérios prejuízos à coroa
portuguesa, pois o mesmo competia diretamente com ela.
• Formação do primeiro exército de identidade nacional na guerra dos Guararapes.

SENTIMENTO NACIONALISTA

No período colonial, o rei D. Manuel I mandou organizar expedições militares com a


finalidade de proteger os domínios portugueses na América, então recém-descobertos. À
medida que a colonização avançou em Pernambuco e São Vicente, as autoridades militares
nativas e bases da organização defensiva da colônia começaram a ser construídas para
fazer frente às ambições dos franceses, ingleses e holandeses.

Primeiras intervenções de vulto ocorridas foram a expulsão dos franceses do Rio de


Janeiro, no século XVI, e do Maranhão, em 1615. À medida que avançou a interiorização
através do amplo movimento de expansão territorial no século XVII e do início do século
XVIII, as Entradas e Bandeiras forçaram a organização da defesa do território recém-
conquistado. As forças expedicionárias de caráter eminentemente militar iniciaram a
utilização da população local, particularmente de São Paulo, pelos capitães-mor, em busca
de riquezas ou da escravização dos índios.

As Batalhas dos Guararapes, episódios decisivos na Insurreição Pernambucana, são


consideradas a origem do Exército Brasileiro. A guerra contra os holandeses, no século
XVII, pela primeira vez mobilizou grandes efetivos no país, e particularmente começou a
haver um sentimento de defesa nacional, independentemente da influência da coroa.

DUQUE DE CAXIAS

Duque de Caxias teve seu “batismo de fogo” ainda como jovem tenente quando participou
da Guerra da Independência em 1823 na Bahia, já que esta Província não tinha aceitado a
emancipação política e administrativa do Brasil em relação ao jugo lusitano, o que obrigou
Dom Pedro I empregar o recém criado Exército Brasileiro para restaurar a paz social, a
autoridade governamental, a lei e a ordem, bem como assegurar a unidade nacional.

Dentre as inúmeras revoltas sociais ocorridas no período regencial e no início do Segundo


Império (1840-1889), Caxias liderou a campanha de pacificação de quatro províncias, no
período de 1839 a 1845, restabelecendo a garantia da lei e da ordem no Maranhão, São
Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Caxias em quarenta e quatro dias chegava ao Maranhão assumindo os cargos de


Presidente da Província e Comandante das Armas, o que permitiu concentrar os poderes
militar e político necessários para a pacificação. No dia 7 de fevereiro de 1840, Caxias
lançou um manifesto, que demonstrou sua neutralidade em relação aos partidos políticos
liberal (bem-te-vis) e conservador (cabano), que brigavam pela luta do poder.

Com isso, Luiz Alves conquistou o apoio do povo maranhense, com o emprego 15
adequado das técnicas de Comunicação Social e Operações de Apoio à Informação (OAI),
as quais são largamente utilizadas atualmente nas Operações de GLO, já que o sucesso
deste tipo de Operação depende do apoio popular.

GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA

Período: Ocorreu entre dezembro de 1864 a março de 1870

Local: América do Sul

Combatentes: Paraguai;

Aliados: Império do Brasil, Argentina e Uruguai

CONTEXTO

A Guerra do Paraguai foi um conflito militar que ocorreu na América do Sul, entre os anos
de 1864 e 1870. Nesta guerra o Paraguai lutou contra a Tríplice Aliança formada por Brasil,
Argentina e Uruguai.

CAUSAS
As causas da Guerra do Paraguai encontram-se nas rivalidades entre a Argentina, Brasil,
Uruguai e Paraguai, causadas pelos desentendimentos quanto às fronteiras entre os
países, a liberdade de navegação dos rios platinos, as disputas pelo poder por parte das
facções locais (federalistas e unitaristas na Argentina, e blancos e coloradosno Uruguai) e
rivalidades históricas de mais de três séculos.O motivo para o começo da guerra foi a
intervenção do Brasil na política uruguaia entre agosto de 1864 e fevereiro de 1865.

Para atender ao pedido do governador dos blancos de Aguirre, López tentou servir de
intermediário entre o Império do Brasil e a República Oriental do Uruguai, mas, como o
governo brasileiro não aceitou sua pretensão, deu início às inimizades. Assim começa o
maior conflito armado ocorrido na América do Sul, a guerra do Paraguai (1864-1870), que
serve como fim das lutas durante quase dois séculos entre Portugal e Espanha e, depois,
entre Brasil e as repúblicas hispano-americanas pela hegemonia na região do rio da Prata.

CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA

• Mortalidade: Todos os países envolvidos na guerra tiveram grandes perdas


populacionais;
• Paraguai teve uma perda de aproximadamente 75% de sua população;
• Doenças se alastraram pelas regiões de conflito

CONSEGUÊNCIAS AOS PAÍSES

BRASIL

• Saiu vitorioso militarmente e fortaleceu sua hegemonia até 1875;


• Reflexos internos: desequilíbrio orçamentário e no Tesouro brasileiro;
• Forte dissociação entre Exército e monarquia;
• Questão da escravatura;
• Perdas na guerra: 50 mil homens, devido a doenças e ao rigor do clima.

ARGENTINA

• Passou por inúmeras rebeliões federalistas contra o governo nacional;


• Economicamente beneficiada;
• A guerra contribuiu para a consolidação do Estado nacional argentino;
• Dinamismo econômico;

URUGUAI

• Impactos pouco siginificativos.


• Perda de 5.000 homens.

PARAGUAI (DERROTADO)

• Destruição do Estado existente;


• Perda de territórios vizinhos;
• Ruína econômica;
•  Perdas na guerra: até 69% da população.

PATRONOS DO EXÉRCITO BARSILEIRO

BRIGADEIRO SAMPAIO - INFANTARIA

Cedo revelou interesse pela carreira militar, galgando postos por merecimento graças
a inúmeras demonstrações de bravura, tenacidade e inteligência. Foi Praça em 1830;
Alferes em 1839; Tenente em 1839; Capitão em 1843; Major em 1852; Tenente-
Coronel em 1855; Coronel em 1861 e Brigadeiro em 1865.

Sampaio teve atuação destacada na maioria das campanhas de manutenção


da integridade territorial brasileira e das que revidaram as agressões externas na fase
do Império: Icó (CE), 1832; Cabanagem (PA), 1836; Balaiada (MA), 1838; Guerra dos
Farrapos (RS), 1844-45; Praieira (PE), 1849-50; Combate à Oribe (Uruguai), 1851;
Combate à Monte Caseros (Argentina), 1852; Tomada do Paissandu (Uruguai), 1864; e
Guerra da Tríplice Aliança (Paraguai), 1866. Foi condecorado por seis vezes, no período
de 1852 a 1865, por Dom Pedro II, então Imperador do Brasil. Recebeu três
ferimentos na data do seu aniversário, 24 de maio, na Batalha de Tuiuti, em 1866. O
primeiro, por granada, gangrenou-lhe a coxa direita; os outros dois foram nas costas.
Faleceu a bordo do vapor hospital Eponina, em 06 de julho de 1866, quando do seu
transporte para Buenos Aires.

MARECHAL OSÓRIO – CAVALARIA


10 de maio de 1808. Nasce na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio,
atual Município de Osório (RS), o menino Manuel Luis Osorio

Comandante de esquadrões, regimentos e exércitos, em período conturbado


de nossa história, participa com brilhantismo das Campanhas da Independência,
Cisplatina, de Monte Caseros e da Guerra da Tríplice Aliança.

De seus vários atos de bravura, astúcia e heroísmo destaca-se a atuação como


tenente-coronel em Monte Caseros, quando, à frente do 2º Regimento de Cavalaria,
na vanguarda das tropas brasileiras, inflige ao inimigo o rompimento do seu dispositivo
de defesa e comanda decisivas operações de aproveitamento do êxito e perseguição.

Marechal e marquês, em seu brasão há três estrelas douradas que


representam os ferimentos sofridos no rosto durante a cruenta Batalha de Avaí, em
dezembro de 1868.

A despeito do reconhecimento que lhe fora dispensado até mesmo pelos


inimigos de então e da popularidade que o transformara em mito nos campos de
batalha, Osorio expirou em 4 de outubro de 1879 com a mesma simplicidade que o
acompanhara durante toda a vida..

MARECHAL MALLET – ARTILHARIA

Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho de 1801, em Dunquerque, França. Veio


para o Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro.

Mallet recebeu do Imperador D. Pedro I – que o conhecia e lhe reconheceu a


vocação para a carreira das Armas – convite para ingressar nas fileiras do Exército
nacional, que se estava reorganizando após a recém-proclamada Independência.
Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando praça como 1° cadete. Iniciou,
assim, uma vida militar dedicada inteiramente ao Exército e ao Brasil.

Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho de 1801, em Dunquerque, França. Veio


para o Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro.

Mallet recebeu do Imperador D. Pedro I – que o conhecia e lhe reconheceu a


vocação para a carreira das Armas – convite para ingressar nas fileiras do Exército
nacional, que se estava reorganizando após a recém-proclamada Independência.
Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando praça como 1° cadete. Iniciou,
assim, uma vida militar dedicada inteiramente ao Exército e ao Brasil.

Em 1823 matriculou-se na Academia Militar do Império. Como já possuía os


cursos de Humanidade e Matemática, foi-lhe dado acesso ao de Artilharia. Nesse
mesmo ano, jurou a Constituição do Império, adquirindo nacionalidade brasileira.

Comandava Mallet a 1ª Bateria do 1º Corpo de Artilharia Montada quando


seguiu para a Campanha Cisplatina. Recebeu seu batismo de fogo e assumiu o
comando de quatro baterias. Revelou-se soldado de sangue frio, valente, astuto. Fez-
se respeitado por sua tropa, pelos

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