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MODERNIZAÇÃO, MÃO DE

OBRA E GUERRA NO
SEGUNDO REINADO
ALUNOS; PEDRO HENRIQUE, LYNKON, FELIPE E IGOR
O GOLPE DA MAIORIDADE

• O objetivo do Golpe da Maioridade era restabelecer a estabilidade política ao Brasil. O País


estava marcado por confrontos políticos e sociais no Primeiro Reinado (1822-1831) e que se
mantinham no Período Regencial (1831-1840).
• Durante o Primeiro Reinado, que teve início em 1822, D. Pedro I foi um imperador centralizador,
desagradando muito dos seus apoiadores. Com a morte de Dom João VI, em Portugal, Dom
Pedro I assumiu como rei deste país, e se encontrava dividido entre o Brasil e Portugal. Desta
maneira, D. Pedro I viu-se obrigado a abdicar do trono brasileiro.
• Seu sucessor, D. Pedro II, tinha apenas 5 anos. Por esse motivo, o País passou a ser governado
por regentes, os quais eram representados por grupos políticos (liberais e conservadores) que
defendiam princípios diferentes.
ELEICÕES: VIOLÊNCIA E FRAUDE

• No poder, os liberais praticaram todo tipo de fraude para garantir a vitória nas eleições
para a Câmara dos Deputados: pagaram valentões para surrar eleitores, roubaram urnas e
qualificaram crianças, escravizados e defuntos que, por incluírem a violência, ficaram
conhecidos como eleições do cacete.
• Derrotados, os conservadores pressionaram o imperador para que anulasse as eleições.
Ele o fez e, a seguir, inaugurou o rodízio entre os partidos, nomeando, em 1841, um novo
ministério de perfil conservador que deu continuidade á centralização política,
aumentando a força do Estado sobre a Justiça e a polícia nas províncias.
AS REVOLTAS LIBERAIS DE 1842

• Revoltas liberais de 1842 foram movimentos sediciosos e emancipacionistas que agitaram o 


Império do Brasil, promovidos e organizados pelo Partido Liberal, que contestava a elevação do 
Partido Conservador ao poder. A queda do Gabinete Liberal e a ascensão do Gabinete Conservador
(e suas consequentes reformas) são os principais fatores que provocaram a rebelião de 1842, em 
São Paulo e Minas Gerais. A revolta dos Liberais pretendia abalar a posição dos Conservadores,
agora no poder, quando estes Liberais se viram afastados do comando político do país.
• O levante teve início sob a liderança do Padre Feijó, em Sorocaba, e de Teófilo Benedito Ottoni, na
cidade mineira de Barbacena. Os revoltosos nomearam seus próprios presidentes para as províncias
de São Paulo e Minas Gerais.
• Para combater os rebeldes, o governo imperial nomeou Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de
Caxias, que conseguiu reprimir a revolta. Mais tarde, em 1844, com a nomeação de outro Ministério
Liberal, os líderes do movimento foram anistiados.
A REBELIÃO PRAIEIRA

• Em Pernambuco, durante boa parte da história do império, o poder esteve nas mãos das
famílias tradicionais. duas dessas famílias, os Rego Barros e os Cavalcanti, Unidas por
laços de parentesco, governaram a Província de 1837 a 1844 durante esse período,
usaram poder público em favor de seus interesses, além de colocar seus familiares nos
principais cargos públicos, gerando assim grande descontentamento Popular.
• Outro fator de insatisfação entre os pernambucanos era o controle que os portugueses
exerciam sobre o comércio varejista em: 1844, da 77 casas comerciais, apenas 23 eram
brasileiros. Além disso, os Comerciantes portugueses empregavam quase sempre os seus
patrícios, o que também era causa de muitos ressentimentos.
O PODER DO MONARCA NO IMPÉRIO
BRASILEIRO
• A constituição do império, outorgada em 1824, possibilitavam o Imperador a concentração de
uma enorme soma de poder em suas mãos. O Imperador podia dissolver a câmara e convocar
eleições para renová-la; nomear presidentes de províncias; com convocar as forças armadas;
aprovar ou vetar as decisões da câmara e do Senado, e perdoar sentenças dadas pelo Judiciário.
• Era o Imperador também que indicavam o presidente do conselho de ministros. e este por sua
vez escolha o ministério ou gabinete e o apresentava a câmara dos deputados. Se o Ministério
fosse aprovado pela câmara passava a exercer o poder executivo. se fosse reprovado a decisão
caberia a Dom Pedro Segundo que geralmente, dissolvia a câmara e o marcava novas eleições,s
conseguindo, assim, por sua vontade.
OS PARTIDOS DO IMPÉRIO: DIFERENÇAS E
SEMELHANÇAS
• Os dois grandes partidos do reinado de dom Pedro segundo - o liberal e o conservador –
representavam as elites do império e tinham, entre si, muitos pontos em comum, a saber:
o interesse na manutenção da ordem, do escravismo, da unidade territorial e das
autoridades constituídas. Tanto uns quanto outros tinham interesse na estabilidade do
regime, que mantinha seus privilégios e excluía a maioria da vida política nacional.
• Havia também algumas diferenças entre eles: os liberais eram favoráveis á
descentralização e á maior autonomia das províncias. Já os conservadores defendiam a
centralização politica como condição para impor a ordem.
ECONOMIA DO SEGUNDO REINADO

• A partir de 1834 – quando superou o açúcar como principal


produto de exportação brasileiro -, o café uniu o centro político
ao centro econômico, contribuindo, assim, para a consolidação
do Estado imperial
O CAFÉ ASSUME A LIDERANÇA

• Introduzindo no brasil via Belém, no pará, por volta de 1727, o cafeeiro nos primeiros
tempos era considerado planta de quintal e servia apenas ao consumo doméstico, No final do
século XVII, os cafezais ocupavam as encostas próximas ao rio de janeiro e, em seguida,
avançaram pelas terras do vale do paraíba fluminense e paulista, o berço da cafeicultura
comercial brasileiro.
• Na década de 1820, o café tornou-se o terceiro produto da pauta das exportações brasileiras
(18,4%), só perdendo para o açúcar (30,1%) e para o algodão (20,6%). Na década de 1830,
passou a ser o principal produto brasileiro de exportação (43%) e, na segunda metade do
século XIX, chegou a responder por mais de 60% das exportações brasileiras.
AÇÚCAR, ALGODÃO E BORRACHA

• O açúcar ocupou o segundo lugar na pauta das exportações brasileiras durante boa parte
do século XIX (entre 1861 – 1870 ele foi ultrapassado pelo algodão). Na época, o açúcar
brasileiro passou a sofrer a concorrência do açúcar extraindo da beterraba, produzido na
Europa, e também do açúcar de cana, fabricado nas ilhas do caribe, especialmente em
cuba.
• Desde os tempos coloniais, o algodão era cultivado sobretudo no maranhão, em
Pernambuco, em Alagoas e na paraíba. No século XIX, a guerra civil estadunidense
(1861-1865) desorganizou a produção algodoeira do sul.
BORRACHA

• Produzida na Amazônia e vendida para o exterior, a borracha


servia, principalmente, de matéria-prima na fabricação de pneus
para a nascente indústria automobilística.
CAFÉ E FERROVIAS

• Já no centro-Sul, quase toda a malha ferroviária foi construída visando ao escoamento do


café. Pensamento em agilizar o transporte desse produto, o barão de Mauá planejou a
construção de uma ferrovia ligando Jundiaí a Santos, passando pela cidade de são Paulo. O
plano de Mauá se concretizou em 1868, com a inauguração da São Paulo Railway. Os
capitais, os técnicos e os matérias usados na construção dessa importante ferrovia eram, no
entanto, predominantemente ingleses.
• A partir de Jundiaí, o avanço dos trilhos foi inteiramente financiado por capitais brasileiros,
principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que pensavam como empresários:
compravam terras, importavam máquinas e investiam na expansão das ferrovias.
A TARIFA ALVES BRANCO E A LEI EUSÉBIO DE
QUEIRÓS
• A tarifa Alves branco aumentou os impostos sobre cerca de 3 mil produtos importados. Esses produtos,
que antes pagavam 15%, passaram a pagar de 30% a 60% de imposto nas alfândegas brasileiras. Com
isso, aumentaram as rendas do governo.
• A lei Eusébio de Queirós, por sua vez, proibiu a importação de escravizados, liberando capitais antes
usados na sua reposição.
• Os capitais oriundos do café e parte capital gasto anteriormente na compra de escravizados passaram a
ser aplicados no setor industrial, financeiro e de transportes, dinamizando, com isso, a economia. Foram
inauguradas, então, dezenas de industrias (de tecidos, chapéus, cervejas), várias companhias de seguros,
navegação a vapor, estradas de ferro, bancos, empresas de mineração, de transportes urbanos e de gás.
A QUESTÃO DA MÃO DE OBRA NO IMPÉRIO

• A Inglaterra acumulou enormes lucros com o comércio de africanos pelo Atlântico


durante os séculos XVII e XVIII, mas no século XIX passou a combater duramente o
tráfico e a escravidão. O que teria levado o governo inglês a essa mudança de atitude?
• Primeiramente, os interesses da Inglaterra – país líder da Revolução industrial – em
ampliar os mercados consumidores de seus produtos. Com o fim da escravidão, o
dinheiro gasto na compra de escravizados poderia ser utilizado na aquisição de
manufaturas.
A LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS E A LEI DE TERRAS

• Externamente, a marinha inglesa reagia afundando navios suspeitos de contrabandear


escravizados. Internamente, o aumento da entrada de africanos no Brasil atemorizava a
elite, e o temor da africanização fazia com que ela acabasse por preferir o fim do tráfico.
• Pressionado interna e externamente, o governo de dom Pedro segundo aprovou em 4 de
setembro de 1850 a lei Eusébio de Queirós, que extinguiu o trafico negreiro para o brasil.
Este passava a ser considerado crime, ato de pirataria, e como tal seria julgado.
O TRÁFICO INTERNO E O DEBATE SOBRE O
TRABALHADOR NACIONAL
• Com o fim do trafico atlântico, aumentou a exigência de braços para as lavouras do
sudeste. Essa região passou então a comprar escravizados do norte e nordeste, onde a
oferta de cativos era maior, além do tráfico interprovincial, utilizou-se também do tráfico
intraprovincial, ou seja, da transferência de cativos das áreas mais pobres para a mais
ricas. Durante a vigência desses tipos de tráfico, negociaram-se cerca de 400 mil
escrevizados.
IMIGRANTES NO BRASIL

• A opção pelo imigrante como solução para o problema de mão de obra estimulou a vinda
de milhares de europeus para o brasil. O que os impulsionou a virem para cá no tempo do
império foi a busca de trabalho e o desejo de ter uma terra própria. Eram, em sua maioria,
pessoas pobres, que fugiam das guerras e da carência de terras agricultáveis e vinham
para um país jovem, que a propaganda apresentava como um “paraíso’’, com muitas
terras e clima saudável.
O SISTEMA DE PARCERIA IDEALIZADO PELO
SENADOR VERGUEIRO
• O cafeicultor e político paulista Nicolau Campos Vergueiro foi um pioneiro na introdução
de mão de obra imigrante no Brasil: em 1847, ele custeou a vinda de 80 famílias de
colonos alemães e suíços para sua Fazenda Ibicaba, em Cordeirópolis, no interior de São
Paul0: eles vieram para trabalhar no sistema de parceria: ficou combinado que os
imigrantes cuidariam de certo numero de pés de café e de uma roça onde cultivariam
legumes e verduras para a sua subsistência, e o lucro obtido com a venda do café seria
repartido entre os imigrantes e o dono da fazenda.
COLONOS NAS FAZENDAS DE CAFÉ

Em 1871, o governo paulista começou a pagar as passagens dos imigrantes que vinham
trabalhar para os cafeicultores, estes, por sua vez, adotaram um novo regime de trabalho: o
colonato. Os colonos recebiam um salário anual, podiam plantar gêneros alimentícios e
criar animais para consumo próprio e para venda. Com isso, a imigração, principalmente a
italiana, intensificou-se na província de São Paulo.
ALEMÃES, ITALIANOS E POLONESES NO SUL

• No sul, desde cedo, o império escolheu áreas despovoadas para a criação de colônias,
com o objetivo de povoamento, branqueamento da população e consolidação das
fronteiras.
• Uma das primeiras foi a colônia alemã de São Leopoldo, criada em 1824, próxima de
porto alegre. A colonização alemã também se estendeu a santa Catarina, onde o pioneiro
Hermann Bruno Otto Blumenau fundou a colônia Blumenau. Ele se empenhou em trazer
da Alemanha pessoas das mais variadas profissões.
UM COMEÇO DIFÍCIL

• Alemães, italianos ou poloneses, os imigrantes tiveram um começo difícil no brasil –


lotes reservados a eles ficavam distantes da cidade, as terras nem sempre eram boas para
o cultivo dos produtos agrícolas a que estavam acostumados e o isolamento dificultava a
adaptação e o progresso.
GUERRAS ENTRE OS SUL AMERICANOS

• No segundo reinado, o império brasileiro envolveu-se também em conflitos na região


platina. Cortada por vários rios navegáveis, como o Paraguai, o paraná e o Uruguai, a
região é rica e estratégica, e foi palco de constantes conflitos entre os países sul-
americanos.
UM BALANÇO NA GUERRA

• Para o Paraguai, a guerra foi um desastre. Segundo o historiador Ricardo Salles, a guerra
vitimou 95% da população masculina do país. Além das mortes em combate, muitos
civis e militares morriam por causa de epidemias, como o cólera, das más condições de
higiene e de habitação, e o da fome. O Paraguai perdeu 140 mil quilômetros quadrados de
seu território, parte para o brasil e parte para a argentina. Economicamente, saiu
fragilizado, o que teve implicações que se estenderam até os dias atuais.

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