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SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
"vultos", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/vultos [consultado em 19-12-2020].
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Legado
Pedro Teixeira
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Pedro Teixeira (1575-1641)
Pedro Teixeira foi um militar português que, em 1637, tornou-se o primeiro europeu a percorrer o Rio Amazonas em
toda a sua extensão.
Em 1636, alguns padres e soldados espanhóis chegaram a Belém, vindos do Equador, de onde, atacados pelos índios
Encabelados, fugiram descendo o Rio Amazonas. Pediram auxílio ao Governador do Grão-Pará Jacomé Raimundo de Noronha, que
decidiu enviar uma expedição rio acima. Confiou o comando da empreitada a Pedro Teixeira que, desde a campanha do Maranhão
(1616), destacara-se no combate a invasores holandeses, franceses, irlandeses e ingleses na região da foz do Amazonas.
O governador era um homem de visão e vislumbrava no episódio uma oportunidade para alargar o domínio português.
Por iniciativa própria, deu ordens a Pedro Teixeira para colocar marcos em nome da Coroa portuguesa na região a ser explorada.
São feitos como esse que, mais tarde, delinearão as fronteiras do Brasil. No século seguinte, o diplomata Alexandre de
Gusmão, um brasileiro a serviço da Corte portuguesa, lideraria as negociações que levariam à assinatura do Tratado de Madri
(1750) o qual teria como base o princípio do uti possidetis que, em síntese, estabelece que a terra deve pertencer a quem de fato a
ocupa. Foram as estações de apoio e fortificações implantadas pelos exploradores portugueses e os pontos assinalados por marcos
como os deixados por Pedro Teixeira ao longo de sua expedição fluvial pelo rio-mar, que serviram como referência para a aplicação
deste princípio no Continente. O Tratado de Madri teve vida curta, mas constituiu o precedente que serviria como referência para
as negociações subsequentes entre Portugal e Espanha.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante Alexander Thomas Cochrane
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante Alexander Thomas Cochrane (1775-1860)
Lorde Cochrane nasceu a 14 de dezembro de 1775, na Escócia. Em 1823, foi contratado para o serviço do Brasil
com a patente de Primeiro Almirante da Armada Nacional e Imperial. Neste mesmo ano, apresenta-se no Rio de Janeiro e
organiza, com outros oficiais ingleses igualmente contratados, a Marinha do Brasil, constituída de navios deixados pelos
portugueses e outros que foram adquiridos. Sua contratação pelo Governo brasileiro foi sugerida pelo plenipotenciário em
Londres Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira Horta, o Marquês de Barbacena, que consciente das habilidades
marinheiras de Cochrane, o indicara a José Bonifácio de Andrada e Silva, então na chefia do Primeiro Gabinete do Brasil
independente.
Comandou a Esquadra da Independência, entrando em combate com a Esquadra portuguesa, que se encontrava
na Bahia.
Destacou-se na integração das províncias do Norte do Império, notadamente das províncias da Bahia, do
Maranhão e do Pará.
Foi o consolidador da nossa independência política, o que fez com o maior devotamento, assegurando a
integridade do nosso território, o que lhe valeu o título de Marquês do Maranhão.
Cochrane veio a falecer em Londres, em 31 de outubro de 1860. Foi sepultado na Abadia de Westminster, tendo
no túmulo os escudos do Chile, da Grécia e do Brasil, países pelo qual combateu.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante John Pascoe Grenfell
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante John Pascoe Grenfell (1800-1869)
John Pascoe Grenfell nasceu na Inglaterra, em 30 de setembro de 1800.
Veio do Chile, acompanhando o Almirante Cochrane, em 1823, ingressando na Marinha do Brasil.
Destacou-se na Guerra da Independência, especialmente na adesão do Pará à Independência e ao
Império. No comando do Brigue Caboclo, durante a Guerra Cisplatina, perdeu o braço em decorrência de ferimento
em combate.
Promovido a Capitão de Mar e Guerra, recebeu o comando da Fragata Izabel e foi designado para a
importante missão de assegurar o trono de Portugal à D. Maria, filha de D. Pedro I.
Comandou as Forças Navais do Império contra os rebeldes da Revolução Farroupilha e na Guerra contra
Oribe e Rosas. Era o Comandante em Chefe da Esquadra quando o notável feito da Passagem do Tonelero, a 17 de
dezembro de 1851, naquela campanha.
Foi o oficial inglês que mais combateu pelo Brasil. Faleceu em Liverpool, em 20 de março de 1869.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante John Taylor
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante John Taylor (1789-1855)
O Almirante John Taylor nasceu na Inglaterra, em 22 de dezembro de 1789. Era primeiro-tenente na Marinha Real
britânica quando foi contratado, em 1823, no posto de capitão de fragata.
No comando da Fragata Niterói, participou do combate contra os portugueses, em 4 de maio de 1823 e, de modo
brilhante, do famoso cruzeiro realizado por aquele navio em perseguição à Esquadra lusitana até o Tejo, aprisionando vários navios
portugueses.
Era casado com uma brasileira, Maria Thereza da Fonseca e Costa.
Por pressão da Inglaterra, Taylor foi exonerado do serviço da Armada Imperial brasileira. Entretanto, decreto do Imperador de 1825
reconduziu-o à Marinha, no posto de chefe de divisão e o colocou na situação de súdito naturalizado.
Como oficial-general comandou as Forças Navais brasileiras em várias lutas internas. Chefiou a Divisão Naval
incumbida de dar combate à Revolta dos Cabanos, no Pará. Combateu a Confederação do Equador e, durante o período da
Regência, como comandante dos navios estacionados no Rio de Janeiro e ajudante do Quartel-General, atuou nos diversos
movimentos que agitavam a capital do País.
No posto de vice-almirante, exerceu o cargo de chefe do Estado-Maior da Armada.
Dos oficiais estrangeiros que ingressaram na Marinha brasileira por ocasião da Independência, Taylor foi um dos que
mais se destacaram. Faleceu em 26 de novembro de 1855. Foi sepultado no Cemitério dos Ingleses, no bairro da Gamboa, na
cidade do Rio de Janeiro.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante João Francisco de Oliveira Botas
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante João Francisco de Oliveira Botas (1776-1833)
O Almirante João Francisco de Oliveira Botas nasceu em Portugal em 24 de junho de 1776.
Foi um dos pioneiros da consolidação da Independência, tendo papel relevante junto aos patriotas
baianos do Recôncavo e da Ilha de Itaparica, na reação contra o General Inácio Luís Madeira de Melo,
assim contribuindo para a expulsão das tropas portuguesas da Bahia. Para tal, contou com uma
pequena Esquadra composta por canhoneiras, uma escuna e baleeiras, guarnecidas por cerca de 700
homens.
Participou ainda, com o mesmo ardor patriótico, da Guerra Cisplatina, tomando parte nos
combates de Santiago, Lara Quilmes e Arregui.
Atingiu o posto de chefe de divisão da Armada Nacional e Imperial.
João das Botas veio a falecer na Bahia no dia 18 de dezembro de 1833.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
O Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, nascido em Lisboa, ingressou na Academia Real dos Guardas-
Marinha, já então com sede no Brasil, em 1821.
Embarcou em vários navios da Esquadra e realizou longas viagens de instrução com turmas de guardas-marinha.
Enquanto esteve no serviço ativo da Marinha, combateu nos vários conflitos internos e externos em que se envolveu o Império.
Em 1865, foi nomeado Chefe do Estado-Maior da Divisão comandada pelo Almirante Tamandaré e comandante da
Segunda Divisão Naval.
Herói da Guerra da Tríplice Aliança, foi o vencedor da Batalha Naval do Riachuelo, travada em 11 de junho de 1865,
quando, investindo com a proa de sua capitânia – a Fragata Amazonas – contra os navios inimigos que lhe estavam mais
próximos, e pondo-os a pique, assim decidiu a sorte da luta.
Duas frases de Barroso naquela batalha deixaram claros sua fibra, sua capacidade de decisão e o seu patriotismo:
“Atacar e destruir o inimigo o mais perto que puder” e “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”.
A importância de sua atuação na Batalha Naval do Riachuelo foi reconhecida pelo Governo Imperial que lhe
concedeu a Ordem Imperial do Cruzeiro e o título honorífico de Barão do Amazonas.
Barroso faleceu em Montevidéu, em 8 de agosto de 1882.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
O Capitão de Fragata Manuel Vital de Oliveira era natural de Recife, onde nasceu a 28 de
setembro de 1825.
Ingressou na Academia de Marinha em 1843.
Navegador apaixonado, em 1845, começou o levantamento hidrográfico de Pitimbu, na
Paraíba, a São Bento, na costa de Pernambuco, sendo logo após recomendado pelo Futuro Barão de
Amazonas para executar o levantamento das Rosas e seus baixos, situada a 120 milhas da costa
brasileira.
Fez explorações hidrográficas na Província de Alagoas, levantando várias cartas. Considerado
por muitos o “Hidrógrafo padrão brasileiro”, executou trabalhos que possibilitaram a hidrográfica no
Brasil avanços relevante, antecipando o notável desenvolvimento da ciência cartográfica brasileira,
considerado, nos tempos atuais, uma das mais avançadas do mundo.
Faleceu em 2 de fevereiro de 1867, em consequência de ferimentos recebidos em combate
contra a fortaleza paraguaia de Curupaiti.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante Arthur Silveira da Motta
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Almirante Arthur Silveira da Motta (1843-1914) – Pag.344
O Almirante Arthur Silveira da Motta nasceu a 26 de maio de 1843 em São Paulo. Oficial preparado técnica e
intelectualmente, foi cedo investido das funções de professor de Hidrografia e História Naval na Escola de Marinha, como então era
denominada a atual Escola Naval.
Herói de Guerra da Tríplice Aliança, comandou o Encouraçado Barroso, primeiro navio brasileiro a vencer as defesas da
poderosa Fortaleza de Humaitá, em 19 de fevereiro de 1868. Destacou-se em vários outros combates. A atuação de Jaceguai no conflito
com o Paraguai ficou registrada nas palavras de um de seus biógrafos: “O seu papel na Guerra do Paraguai foi de um grande herói e toda
a sua carreira de marinheiro constitui uma longa série de serviços meritórios prestados com a maior dedicação e proficiência”.
Em notáveis viagens de instrução de longo curso, comandou a Fragata Amazonas e as Corvetas Niterói e Vital de Oliveira.
Promovido sucessivamente por serviços de guerra, atingiu o posto de capitão de mar e guerra aos 26 anos de idade, caso
único na Marinha do Brasil. Aos 35, era oficial-general.
Foi Comandante em Chefe da Esquadra de Evoluções, ministro plenipotenciário em missão especial na China, Diretor da
Escola Naval e da Repartição da Carta Marítima.
Recebeu o título de Barão de Jaceguai, em 1882, por ocasião de sua promoção ao posto de chefe de Esquadra.
Oficial de grande cultura, notável escritor, foi o único representante da Marinha, até hoje, a ter seu nome inscrito na
Academia Brasileira de Letras.
O Barão de Jaceguai faleceu em 6 de junho de 1914, no Rio de Janeiro.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Guarda – Marinha João Guilherme Greenhalgh
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
Guarda – Marinha João Guilherme Greenhalgh – (1845-1865)
O Guarda – Marinha João Guilherme Greenhalgh era natural do Rio de Janeiro, onde nasceu a
28 de junho de 1845.
Foi herói da Guerra da Tríplice Aliança. Durante a Memorável Batalha Naval do Riachuelo, em
11 de junho de 1865, o seu navio, a Corveta Parnaíba, foi abordada a um só tempo por três navios
paraguaios e teve sua tolda a ré ocupada pela turbina inimiga. Defendendo com todas as suas forças o
Pavilhão Nacional, que um oficial paraguaio tentava arriar, viu-se Greenhalgh acutilado por todos os
lados, e tombou no convés de seu navio, no mesmo dia 11 de junho.
Naquele episódio, brandou-se o inimigo: “Larga esse Trapo!”. Porém Greenhalgh não
conseguiu que se consumasse a afronta à Pátria; empunhou sua arma e descarregou sobre o
adversário. Os paraguaios, em onda, avançaram sobre Greenhalgh, que teve a cabeça decepada.
Em reconhecimento, A Marinha lhe tem dedicado, em vários épocas, um navio de guerra com
seu nome, para que este sempre seja lembrado como exemplo de extremo sacrifício na defesa da
Pátria.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
O Almirante Júlio César de Noronha nasceu no Rio de Janeiro em 25 de Janeiro de 1845. Filho e neto de tradicionais
famílias brasileiras, foi um dos mais brilhantes chefes da Marinha no passado. Foi o Almirante Júlio de Noronha, no justo conceito
de seus contemporâneos, um dos homens da Armada do Brasil que, pelo seu valor, sua competência e seu prestígio, conseguiu, em
decorrência de seu preparo profissional e de sua sólida cultura, a liderança que o projetou para a prosperidade.
O seu heroísmo na guerra mereceu citação especial, por se haver empenhado com valor nas ações de Riachuelo,
Cuevas e Mercedes. Foi também citado por Inhaúma por sua bravura nos combates da Lagoa Vera, ao lado de Saldanha da Gama.
Em 1879, como comandante da Corveta Vital de Oliveira, realizou a primeira viagem de circum-navegação da Marinha Imperial
brasileira com guardas-marinha, ocasião em que também transportou, da Europa para a China, a comissão Diplomática chefiada
pelo Almirante Barão de Jaceguai que estabeleceu as primeiras relações do Brasil com aquele país.
Como ministro da Marinha no Governo de Rodrigues Alves, Noronha voltou as atenções governamentais e
parlamentares para a armada. A 14 de novembro de 1904, era sancionada lei autorizando a construção de novas unidades do
Programa Naval Júlio de Noronha, que compreendia vasta renovação do material flutuante da Marinha, bem como a implantação
de uma estrutura de manutenção adequada.
O programa não chegou a ser implementado nos moldes que propunha. Entretanto, reformulado, torou-se realidade
na gestão de seu sucessor, Alexandrino de Alencar. O Almirante Júlio de Noronha faleceu no Rio de Janeiro em 11 de setembro de
1923.
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Almirante Alexandrino Faria de Alencar
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA
O almirante Alexandrino faria de Alencar era natural do Rio Grande do Sul, onde nasceu em 12 de outubro de
1848.
o jovem Alexandrino cedo entra para a Marinha. Aprovado nos preparatórios da então Escola de Marinha, é
matriculado no primeiro ano e tem praça de aspirante a guarda-marinha em fevereiro de 1865.
Tranca matrícula na Escola de Marinha e obtém licença para servir na Esquadra em operações no Rio da Prata,
participando da recém-iniciada Guerra da Tríplice Aliança. Cerca de três quartos de sua longa existência foram de atividade
contínua na prestação de serviços relevantes aos altos interesses da Pátria.
Foi ministro da Marinha de cinco presidentes da República. Foi o reorganizador das nossas Forças Navais
quando à nova Esquadra incorporam-se os mais poderosos navios da época, os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo, os
Cruzadores Rio Grande do Sul, Bahia e dez contratorpedeiros.
Foi criador e inspirador de vários institutos de ensino, como a Escola de Aviação Naval, em 1916, e de reformas
administrativas tendentes a colocar a Marinha ao nível dos conhecimentos bélicos da época.
Em 1925, completou 60 anos de bons serviços à Marinha e à Pátria. O Almirante Alexandrino faleceu em 18 de
abril de 1926 no Rio de Janeiro.
SEÇÃO DE ADESTRAMENTO DO COMCA