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CASA POM A R
GRANDE
CURRAL CAPELA
SENZALA
PASTAGENS
OO GADO
DE QUINTAL
MOENDA
(CASA DO ENGENHO) COLONIA DOS TRA-
BALHADORESLIVRES
"Aprendeu-se a liberdade
Combatendo em Guararapes
Entre flechas e tacapes, facas, fuzis e canhões
Rrasileirosirmanados, sem senhor e sem senzala".
-1
Se a liberdade foi aprendida e a fraternidade entre os brasileiros perdu-
rou, é discutível, mas os holandeses acabaram sendo expulsos. Lideradas por João
Fernandes Vieira, antigo amigo dos flamengos, tropas formadas por escravos, índios
e brancos forçam os holandeses a assinar a Rendição da Campina da Taborda, em
1654. I surreição Pernambucana stava vitoriosa.
Este fato so tem conseqüênciasdiplomáticasem 1641, com a assinatura da
Paz de Haia: através dela, a República das Províncias Unidas aceita o domínio por-
tuguês sobre o Nordeste e sobre Angola, mantendo em seu poder as colónias orien-
tais e recebendo uma indenização de 4 milhões de cruzados.
Agindo como mediadora, a Inglaterra obteve grandes vantagens em relação a
Portugal, a quem passava a dominar. A aliança entre os Stuart e os Bragança,
celebrada no Tratado de Paz e Casamento, determinava que Portugal entregaria
Tânger e Bombaim à Inglaterra, além de permitir que quatro mercadores britâ-
nicos residissemem praças portuguesas da Índia. A princesa Catarina, casando
com o rei Carlos II, levava um dote de 2 milhões de cruzados, e a Inglaterra se
comprometia a agir de acordo com as conveniências de Portugal e seus domínios.
Após a saída dos holandeses,o Brasil é confirmado como a mais importante
colônia portuguesa. Isso vai implicar o arrocho do sistema colonial. Dom João
IV, o rei da Restauração,já tinha dito que éramos a "vaca de leite" da monar-
guia
Para melhor estruturar as práticas do pacto colonial, fora criado, em 1642
Conselho Ultramann . Dom João justificava a medida "pelo estado em que se
acham as coisas da dia, do Brasil, de Angola e demais conquistas do reino, e
pelo muito que importa conservar e dilatar o que neles possuo e recuperar o que se
perdeu, antes que os danos que ali tem padecido esta Coroa passem adiante" ugL
o conselho proíbe embarcações não-portuguesas de comerciarem nas colónias e
as naus saídas daqui de pararem em portos de outros países
Na segunda metade do século XVII, a produção açucareira vai sofrer o seu
primeiro grande abalo: os holandeses, valendo-se da experiência adquirida aqui,
montam áreas concorrentes na Guiana e nas Antilhas francesas e inglesas, onde
Vejamos como a cultura brasileira —no sentido erudito do termo deu seus
primeiros passos. Acontece que, como tudo o mais que aconteceu na "terra bra-
sflica" nos séculos XVI e XVII da era cristã, o interesse predominante neste setor
era o da metrópole. Interessava à Coroa portuguesa que tudo o que aqui se fizesse
resultasse apenas em benefício dela mesma e de seus prepostos. Os espanhois (que,
como já vimos, tomaram conta de Portugal e de todas as suas posses durante 60
História e vida
BRINCADEIRA DE ANGOLA
(Sérgio Ricardo)
Trabalhador FUGITIVOS
é descoberto A denúncia chegou à a pagar por tudo —refei-
escravizado DRT porque seis menores, ções, agasalhos e esteiras de
com idades entre 15 e 17 palha para dormir -- e im-
anos, conseguiram fugir pedidos de deixar a área
Curitiba No Municí- uma noite da área de re- por jagunços armados.
pio de Bocaiúva do Sul, florestamento e procura-
a 101 km desta capital, ram a Polícia Rodoviária. As farnflias retiradas da
numa área de refloresta- Os trabalhadores, segundo árca foram distribuídas por
mento da Rebrasa S.A., a dois albergues nesta Capi-
seus depoimentos, foram
Delegacia Regional do Tra- tal. Os 16 menores em
balho descobriu trabalha- recrutados no norte do Pa-
raná e na própria região alguns foram comprovados
dores (16 menores, entre sinais de tortura
de Curitiba, sob a promes- serão
eles) mantidos em semi-es- reencaminhados às famf-
cravidão. A polícia pren-
sa de receberem Cr$30,00
por dia, livres dc qualquer lias,
deu em flagrante três dos
despesa.
responsáveis: Albari Ferrei-
ra, Ananias Esidio e Sebas- No local do trabalho,
tião Russo. entretanto, eram obrigados (Jornal do Brasil, 26/5/79)
2 —PARTE COLONIA