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Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo

Ana Beatriz D.
Gabriel M. Santos
Giovanni C. Fuzeta

A origem da cana-de-açúcar, quando e como a cana-de-açúcar foi


introduzida no Brasil, onde foi instalado o primeiro engenho no Brasil,
qual a mão de obra utilizada na produção de açúcar e como eram as
condições de trabalho no engenho.

Sertãozinho/SP
2024
A origem da cana

A origem da cana de açúcar, começou cedo, dando início a plantação por volta de
500 a.c, tendo sida descoberta para consumo a partir de 327 a.c, a partir deste ano começou-
se também se expandir, sendo levada para Alexandre, o grande rei, na macedônia. Podemos
considerar o início do famoso comércio que conhecemos hoje nos anos 700, que foi
reconhecido o enriquecimento da cana.

Desenvolvimento
A cana se encontrou no Brasil, sendo facilmente cultivada aqui, por consequência
do solo, causando riquezas para o país através das exportações.
“Oficialmente, foi Martim Affonso Souza que em 1532 trouxe a primeira muda de cana ao
Brasil e iniciou seu cultivo na Capitania de São Vicente. ” A cana-de-açúcar (Saccharum
spp.) foi introduzida no Brasil inicialmente na região do Nordeste, local em que a cultura se
adaptou e vem sendo cultivada desde então. Os canaviais começaram a ser implantados,
primeiramente, nas porções litorâneas da costa brasileira e, posteriormente, também nas
áreas interioranas. Os escravos, primeiramente indígenas e, posteriormente, africanos,
cultivavam-na, cortavam-na e a levavam ao engenho, onde a cana era moída, o caldo
aferventado até formar uma garapa, para então ser cristalizado e dar origem aos torrões de
açúcar exportados para a Europa.

A mão de obra na produção do açúcar e condições de trabalho no engenho

"A implantação da agromanufatura açucareira no


Brasil se enquadra perfeitamente nos objetivos da
ocupação do espaço agrário no período colonial.
A ocupação econômica das terras portuguesas na
América parecia, num primeiro momento,
inviável, pois só se justificaria a ocupação com a
exploração de um produto que tivesse altos preços
no mercado europeu, gerando lucros para que
Portugal conseguisse manter o seu império
colonial. É nesse contexto que se insere o açúcar."
(Economia colonial, p.189)

Com isso, podemos perceber que a nossa terra foi ideal para as colônias escravistas,
que através do controle dos corpos minoritários poderiam usá-los para produzir riqueza sem
humanidade alguma.
O engenho no Brasil
Um espaço produtivo para a cana de açúcar, eram locais denominados
engenhos, representando a união dos equipamentos que poderiam transformar a cana
em açúcar.
Nessas instalações haviam vários tipos de construções: a casa grande, a moradia do
senhor, a senzala, a capela e a casa do engenho.

"A grande propriedade produtora de açúcar, era constituída,


basicamente, por dois grandes setores: o agrícola – formado pelos
canaviais – e o de beneficiamento – a casa do engenho, onde a
cana-de-açúcar era transformada em açúcar e aguardente."

Havendo dois tipos: o real = movido pela força da água, e o trapiche =


impulsionado por animais.
Nesses locais, havia dois tipos de grupos que realizavam a força de trabalho na indústria
açucareira, os escravos e os senhores de engenho.
As formas de trabalho, vindo da escravidão, podemos considerar que sejam de forma
precária e vemos resquícios dessas condições de trabalho, nos dias de hoje, mesmo com
direitos trabalhistas podemos ver grandes complicações nesses meios, havendo
desumanização do indivíduo.

"O negro foi utilizado como a mão-de obra escrava no


Brasil, desde as primeiras décadas do nosso processo de
colonização, implantado pelos portugueses por voltado
século (XVI), se tornando importante atividade econômica
o tráfico de escravos vindos da África, para as Américas e
para o Brasil, em especial para o Nordeste brasileiro onde
surgiram as primeiras fazendas e os primeiros engenhos."

A escravidão abriu portas para o processo da comercialização da cana.

"Em Mato grosso o açúcar produzido naquela época era o


açúcar mascavo de cor escuro e a aguardente era de boa
qualidade, nas fazendas de cana de açúcar o trabalho escravo
passou por vários estágios e por momentos distintos.
Primeiramente, esse processo e a inserção do trabalho escravo
se deram nos engenhos, que mais tarde foram transformadas em
pequenas e grandes usinas que se espalharam pelas margens do
rio Cuiabá, Chapada dos Guimarães e se expandiu, para a região
da fronteira sudoeste do estado, às margens do rio Paraguai,
mais precisamente até a cidade de Cáceres."
Conclusão

Dessa forma, podemos perceber os processos de extrema importância para a


produção da cana-de-açúcar, desde a colheita, à moagem até a produção do álcool e do
açúcar, compreendendo muitas problemáticas, envolvendo racismo e exploração de corpos
vulnerabilizados e há resquícios dessas questões que observamos até hoje, um problema que
ainda sim que não foi totalmente solucionado, tendo poucos direitos trabalhistas, um ótimo
exemplo do passado obscuro seriam as bóias frias, trabalhadores/as que sofreram as
consequências de um passado escravista.

Bibliografia
S. D’Agostini, M.M. Rebouças, A. Batista Filho, N. Vitiello. A cana de açúcar, permeando
pelo centro de memória do instituto biológico. Instituto Biológico. Disponível em:
http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/uploads/docs/pag/v5_1/dagostini.html#:~:text=A
%
20cana%2Dde%2Da%C3%A7%C3%BAcar%20era,povos%20a%20utilizar%20esse%20pro
duto.

Siumar. Pedro Tironi, RC de SOUZA. *Desafios, Avanços e Soluções no Manejo de Plantas


Daninhas*. 21, 2013.
Machado de fulvio, B.M Fúlvio. *Brasil, a doce terra* 2003.

Rodrigues Gelze Serrat de Souza Campo; *Ross* Jurandyr Luciano Sanches. *A trajetória
da cana-de-açúcar no Brasil: perspectivas geográfica, histórica e ambiental* Edufu, 2020.

Rodrigues GSSC *Economia colonial* Ufs. p.189 e 190.

A sociedade açucareira. 2021. Disponível em:


https://portalsesiproducao.blob.core.windows.net/portalsesi/conteudos/arquivos/kfkqs92sbtjd
.pdf

O engenho colonial Disponível em:


https://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/historia-do-brasil/america-portuguesa/8733-o-
engenho colonial.

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