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A ECONOMIA

AÇUCAREIRA
NO BRASIL
COLONIAL
Alunas: Elloah, Melri, Mª Clara Cardoso
Pressionados pela necessidade
Economia Açucareira de colonização do Brasil, os
corresponde ao período portugueses foram os pioneiros
colonial do Brasil em que o na instalação de sistemas
açúcar representava uma das produtores agrários em território
americano. Realmente, se seus
principais bases econômicas, esforços não tivessem sido
sociais e culturais do país. coroados de êxito, a defesa das
A Economia Açucareira foi terras brasileiras ter-se-ia
caracterizada pela formação transformado em ônus
extremamente pesado, e
de engenhos – unidades Portugal não teria perdurado
produtivas responsáveis pela como grande potência colonial
moenda da cana-de-açúcar. no Novo Mundo.
MONTAGEM DA EMPRESA AÇÚCAEIRA
A Coroa e o capital mercantilista
O funcionamento da economia
portugueses, após três décadas
açucareira nos engenhos brasileiros
de quase total desinteresse
estava, fundamentalmente, vinculado ao
pelas terras americanas,
trabalho escravo. O uso da mão de obra
depararam-se com a
escrava africana foi adotada
necessidade de colonizar o
principalmente em razão da
Brasil. Frustradas as primeiras
rentabilidade do tráfico internacional de
tentativas de descoberta de
escravos. Os traficantes portugueses
metais preciosos em território
compravam escravos capturados por
brasileiro, Portugal passou a
reinos africanos. Esses escravos eram
procurar uma forma original
desembarcados, em sua maioria, nos
para valorizar economicamente
portos da Bahia e de Pernambuco.
sua possessão americana.
As medidas então tomadas pelo Trono A exploração econômica do território
luso levaram ao início da exploração americano parecia, no início do século
agrícola do solo brasileiro, XVI, um empreendimento totalmente
irrealizável. Nessa época, nenhum gênero
acontecimento de extraordinária
agrícola conhecia ampla comercialização
importância para a história das dentro da Europa. O principal produto da
Américas. Deixando de ser o objeto de terra – o trigo – era abundante no interior
mera empresa extrativa e espoliativa do próprio continente, o que tornava sua
idêntica à que, na mesma época, estava importação desnecessária. Além disso, os
sendo levada a efeito na áfrica e na fretes eram tão elevados – em virtude dos
índia, o Novo Mundo passou a riscos que envolviam o transporte a longa
participar da economia produtora distância – que somente os produtos
manufaturados e as especiarias orientais
europeia, cuja tecnologia e capitais aqui
podiam comportá-los. E mais: nenhum
foram aplicados para que se criasse um empresário europeu desconhecia os
fluxo permanente de bens destinados enormes custos de um empreendimento
aos mercados do Velho Mundo. agrícola nas longínquas terras da América.
Contudo, a maior vantagem do
A colonização do Brasil, em seus momentos empreendimento açucareiro português ocorreu
iniciais, consistiu, basicamente, na montagem no campo comercial. Numa primeira fase, o
de um sistema produtor de açúcar. Os açúcar lusitano entrou nos tradicionais canais
portugueses, nessa época, já eram os maiores de troca, controlados pelos mercadores das
produtores mundiais dessa apreciada cidades italianas. Nas últimas décadas do
especiaria. Assim, aproveitando sua século XV, porém, o produto sofreu sensível
experiência açucareira nas ilhas atlânticas, baixa de preço, indicando que as redes
Portugal implantou em nosso país uma comerciais dominadas pela burguesia da orla
solução semelhante, o que, além de propiciar mediterrânea não se ampliaram na medida
a solução de inúmeros problemas técnicos requerida pela expansão da produção
relacionados com a produção de açúcar, açucareira. Por outro lado, houve também
fomentou o desenvolvimento em Portugal de nesse período uma crise de superprodução,
uma indústria de equipamentos para os pois dentro dos estreitos limites mercantis
engenhos. estabelecidos pelos negociantes da Península
Itálica, o açúcar não podia ser absorvido senão
em escala relativamente limitada.

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