Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Assim, quando os portugueses decidem plantar cana-de-açúcar no “Brasil” conhecem todas as suas técnicas de
produção inclusive sabem que o terreno na nova colônia é propício para o plantio.
Como conhecimento técnico para a produção do açúcar, Portugal só estava preocupado com a N.
Como não havia imigração portuguesa para o trabalho no campo, o que encareceria o custo de produção por ser
um trabalhador assalariado, a coroa viabiliza a utilização da mão de obra escravizada.
Antes de utilizar mão de obra totalmente escravizada, utiliza-se da mão de obra indígena pagando com as mesmas
quinquilharias. Entretanto, em pouco tempo o indígena apresenta desinteresse pelos produtos com os quais eram
pagos o que passa a comprometer a margem de lucro do produtor de açúcar. Além do que, havia forte conflito da
estrutura social indígena com as exigências de uma atividade agrícola organizada.
A escravização de africanos foi facilitada quando portugueses residentes no “Brasil” foram transferidos para
Angola com o intuito de caçar e vender a população escravizada destas regiões.
Gilberto Freyre
1900-87
Para o senhor de engenho o escravo negro apresenta
melhor disposição para o trabalho brasileiro além de
serem mais espertos. Gilberto Freyre
∑
Assim o conjunto de fatores:
Técnicas de produção
Criação de mercado Êxito da empresa
Financiamento agrícola
N escravizada
Economia Açucareira - produção e distribuição (auge a partir de 1646)
Os engenhos representavam grandes plantações, uma vez que a coroa portuguesa evitava o estabelecimento da
população, apenas incentiva a produção para X.
Imagem Internet
Economia Açucareira (+ 1530 – auge 1646-54)
A atividade do açúcar foi a mais complexa e mecanizada conhecida pelos europeus, e toda a necessidade
da produção em larga escala acabou por organizar a divisão do trabalho.
Engenho de Itamaracá
(Frans Post, 1647).
Todos os fatores de produção também criavam novos meios econômicos, uma vez que os senhores de
engenho preferiam não mobilizar todo o sistema. Portanto, as cidades e vilas se formam próximos ao próprio
sistema econômico.
O rápido desenvolvimento da economia açucareira se deve ao esforço da coroa portuguesa ao criar subsídios
(deduções, isenções, títulos,...) para a construção de novos engenhos - protecionismo do mercantilismo.
No início do século 17, houve a produção de tabaco que teve aceitação na Europa e, além de ser produzido
para X, era utilizado como escambo na África para a compra de escravizados.
No fim do século 16, a produção de açúcar superava em 20 vezes a cota de produção que o governo português
havia estabelecido ao instalar e optar pela economia açucareira.
O P D P
O Produto exportado pela colônia era vendido pela coroa com 285% “preço FOB”.
A renda gerada pela produção açucareira fortemente concentrada nas mãos dos
senhores de engenho, era invertida em :
• M de N
• M de equipamentos
• M da maior parte de bens de consumo (vinho, alimentos, vestuário)
Funcionário a passeio com sua família
Esse consumo de luxo se deve à necessidade da nobreza portuguesa (que (Jean-Baptiste Debret, 1831)
No fim do século 16 e na primeira metade do século 17, há elevação do P do açúcar o que ampliou
significativamente a capacidade produtiva.
Ao mesmo tempo em que há elevação dos preços, auxiliando ao enriquecimento dos engenhos, há uma
fragilização do sistema pois, esta economia cresce conforme o mercado externo absorva quantidades maiores
de açúcar.
A economia açucareira depende assim da procura externa.
Ainda que os engenhos e a população nas cidades conseguissem de certa maneira prover sua subsistência,
havia falta de alimentos, necessitando de medidas obrigando aos proprietários a plantarem mandioca e outros
alimentos para evitar a escassez de alimentos.
A chegada na Europa dos militares das colônias espanholas fez com que houvesse
uma revolução nos preços possibilitada pela grande circulação de moedas
incentivando a compra de produtos caros como açúcar.
Durante sua permanência no “Brasil” os holandeses dominaram metade da produção açucareira “brasileira”, além
de adquirirem aspectos organizacionais da indústria açucareira. Esses conhecimentos técnicos adquiridos pelos
holandeses, e o significativo financiamento próprio para compra de equipamentos, escravizados e terras; se
constituem a base para implantação e desenvolvimento de uma indústria concorrente.
A partir deste momento se perde o monopólio dos produtos portugueses.
Imagem internet
com novos equipamentos que se beneficia de sua ótima posição
geográfica.
Quando Portugal passou pela restauração já estava com sua economia
desestruturada e, por isso, foi necessário se alinhar com a principal potência,
realizando vários acordos comerciais com a Inglaterra.
A partir deste momento se perde o monopólio dos produtos portugueses.
Esses acordos beneficiaram principalmente os ingleses:
• proteção para as colônias portuguesas;
Coroação de D. João IV
Veloso Salgado (1908) • liberdade de comércio com as colônias;
• controle de tarifas que Inglaterra deveria pagar pela M de produtos
portugueses.
Entretanto Portugal ainda tinha problemas na sua “balança de pagamentos” e por isso manteve por cerca de 2
decênios uma estrutura econômica fechada reduzindo suas M.
O golpe final para a economia da Coroa Portuguesa ocorreu a partir da superprodução do açúcar; resultado
principalmente da produção holandesa nas Antilhas.