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ORIENTAÇÕES GERAIS

LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO

Descritor

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

É comum, sobretudo em textos dissertativos que, a respeito de determinados


fatos, algumas opiniões sejam emitidas. Ser capaz de localizar a referência aos fatos,
distinguindo-a das opiniões relacionadas a eles, representa uma condição de leitura
eficaz.
Um item que avalie essa habilidade deve apoiar-se em um material que
contenha um fato e uma opinião sobre ele, a fim de poder estimar a capacidade do
aluno para fazer tal distinção.

Há, neste item, a intenção de que o aluno identifique uma opinião sobre um
fato apresentado. É importante que ele tenha uma visão global do texto e do que
está sendo solicitado no enunciado do item.

Brasil. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil:


ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008. p. 65.

Professor, as atividades aqui propostas têm por objetivo auxiliá-lo na


implementação de ações pedagógicas voltadas ao desenvolvimento da habilidade
D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

Para o desenvolvimento dessa habilidade, é necessário que o aluno tenha a


compreensão global do texto, e, assim, consiga distinguir as informações contidas
nele entre opinião e fato.

Desse modo, sugere-se que se desenvolvam em sala de aula estratégias de


leitura de textos que utilizem gêneros textuais diversificados, para familiarizar os
alunos com a diferenciação entre opinião e fato. Textos narrativos e argumentativos
são boas opções para trabalhar essa habilidade. É importante fomentar as discussões
entre os alunos, mediadas pelo professor, sobre as diferenças de construções
gramaticais usadas para a opinião e para o fato.
ORIENTAÇÕES GERAIS

A seguir há propostas de atividades com níveis de dificuldade diferentes. A


primeira tem nível de dificuldade fácil/médio e a segunda é um desafio de nível difícil.

Esse formato permite que a sistematização das habilidades seja feita de modo
progressivo e, ao mesmo tempo, pode apoiá-lo na condução do processo de ensino-
aprendizagem considerando a heterogeneidade da sala de aula.

Cabe destacar que as atividades complementares são modelos para possíveis


estratégias de intervenção didática, podendo ser ampliadas ou adaptadas a partir das
especificidades de sua turma. Aproveite a seção “Para saber mais” para ampliar seus
estudos sobre o tema abordado.

PARA SABER MAIS


BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais -
Língua Portuguesa. Brasília: 1997.

FÁVERO, Leonor Lopes; KOCH, Ingedore Villaça. Linguística Textual: introdução. 5a


ed. São Paulo: Cortez, 2000.

COLOMER, Teresa. Andar entre Livros: A leitura literária na escola. Trad. Laura
Sandroni. São Paulo: Global, 2007.
GABARITO

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1) Leia o texto a seguir.

As enchentes

As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro,


inundações desastrosas.

Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das


comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam
desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.

De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do


dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita,
como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.

[…]

Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema
não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros
municipais, procrastinando a solução da questão.

O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou


completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. […]

BARRETO, Lima. As enchentes. Domínio Público. Disponível em:


<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000173.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2019.

a) Sobre as enchentes, o cronista acha que:


a) o poder público age muito rápido.
b) os engenheiros municipais são eficientes.
c) a prefeitura já deveria ter resolvido o problema.
d) elas causam poucos estragos.

b) A opinião dos “entendidos” sobre as enchentes é que:


a) elas sempre ocorrerão.
b) pode ser simples solucioná-las.
c) sairia muito caro evitá-las.
d) a prefeitura age corretamente.
GABARITO

DESAFIO

2) Leia o texto a seguir.

O Abolicionismo

[…] O nosso esforço consiste, pois, em estimular a opinião, em apelar para a ação
que deve exercer, entre todas as classes, a crença de que a escravidão não avilta
somente o nosso país: arruína-o materialmente. O agente está aí, é conhecido, é o
Poder. O meio de produzi-lo é, também, conhecido: é a opinião pública. O que resta
é inspirar a esta energia precisa, tirá-la do torpor que a inutiliza, mostrar-lhe como
a inércia prolongada é o suicídio.

Vejamos, agora, os receios que a reforma inspira. Teme-se que a abolição seja a
morte da lavoura, mas a verdade é que não há outro modo de aviventá-la.[…]

[…]

A esse respeito, a prova mais completa possível é a transformação material e


econômica da lavoura nos estados do Sul, depois da guerra: a agricultura é hoje
muitas vezes mais rica, próspera e florescente, do que no tempo em que a colheita
do algodão representava os salários sonegados à raça negra, e as lágrimas e
misérias do regime bárbaro que se dizia necessário àquele produto.[…]
NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. Domínio Público. Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000127.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2019.

a) Sobre a escravidão, o autor acha que:

a) a inércia levará ao fim dela.


b) o Estado nada pode fazer para acabar com ela.
c) ela deveria acabar no país.
d) a opinião pública é muito ativa na luta contra ela.

b) A opinião do autor sobre a relação entre a agricultura do país e a abolição do


trabalho escravo é:

a) a agricultura ficará prejudicada com a abolição.


b) a abolição trará ganhos para a agricultura.
c) não há relação alguma entre agricultura e abolição.
d) a agricultura não depende da abolição.
ESCOLA_________________________________________________________
DATA: ______________________________________TURMA:_____________
NOME: _________________________________________________________

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1) 1) Leia o texto a seguir.

As enchentes

As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro,


inundações desastrosas.

Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das


comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam
desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.

De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do


dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita,
como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.

[…]

Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema
não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros
municipais, procrastinando a solução da questão.

O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou


completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. […]

BARRETO, Lima. As enchentes. Domínio Público. Disponível em:


<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000173.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2019.

a) Sobre as enchentes, o cronista acha que:

a) o poder público age muito rápido.


b) os engenheiros municipais são eficientes.
c) a prefeitura já deveria ter resolvido o problema.
d) elas causam poucos estragos.

b) A opinião dos “entendidos” sobre as enchentes é que:

a) elas sempre ocorrerão.


b) pode ser simples solucioná-las.
c) sairia muito caro evitá-las.
d) a prefeitura age corretamente.
ESCOLA_________________________________________________________
DATA: ______________________________________TURMA:_____________
NOME: _________________________________________________________

DESAFIO
2) Leia o texto a seguir.

O Abolicionismo

[…] O nosso esforço consiste, pois, em estimular a opinião, em apelar para a ação
que deve exercer, entre todas as classes, a crença de que a escravidão não avilta
somente o nosso país: arruína-o materialmente. O agente está aí, é conhecido, é o
Poder. O meio de produzi-lo é, também, conhecido: é a opinião pública. O que resta
é inspirar a esta energia precisa, tirá-la do torpor que a inutiliza, mostrar-lhe como
a inércia prolongada é o suicídio.

Vejamos, agora, os receios que a reforma inspira. Teme-se que a abolição seja a
morte da lavoura, mas a verdade é que não há outro modo de aviventá-la.[…]

[…]

A esse respeito, a prova mais completa possível é a transformação material e


econômica da lavoura nos estados do Sul, depois da guerra: a agricultura é hoje
muitas vezes mais rica, próspera e florescente, do que no tempo em que a colheita
do algodão representava os salários sonegados à raça negra, e as lágrimas e
misérias do regime bárbaro que se dizia necessário àquele produto.[…]

NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. Domínio Público. Disponível em:


<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000127.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2019.

a) Sobre a escravidão, o autor acha que:

a) a inércia levará ao fim dela.


b) o Estado nada pode fazer para acabar com ela.
c) ela deveria acabar no país.
d) a opinião pública é muito ativa na luta contra ela.

b) A opinião do autor sobre a relação entre a agricultura do país e a abolição do


trabalho escravo é:

a) a agricultura ficará prejudicada com a abolição.


b) a abolição trará ganhos para a agricultura.
c) não há relação alguma entre agricultura e abolição.
d) a agricultura não depende da abolição.

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