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Tema Problema 7.

2 – Um desafio global: o desenvolvimento


sustentável

BARBIE E A GLOBALIZAÇÃO

1. Analise e explique o seguinte esquema sobre o processo de fabrico da boneca Barbie que se vende em
qualquer loja de brinquedos dos EUA ou Europa.

1.1.

No mapa seguinte, indique os países que participam neste processo produtivo. Marque com setas o percurso
seguido pelos diferentes componentes da boneca, até esta chegar ao seu ponto de venda.
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sustentável

1.2. Por que razão intervêm tantos países no fabrico da Barbie? Que factos económicos e sociais permitem esta
situação? Que efeitos económicos provoca esta situação?
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sustentável

2. Leia o artigo seguinte, publicado no Los Angeles Times e responda às questões:

Barbie e a economia mundial


O artigo seguinte mostra que o valor das exportações de um bem não equivale necessariamente ao valor acrescentado do país
exportador. Se o país importa parte dos inputs, então o valor acrescentado é inferior ao
valor da exportação.

Na Toys R Us de Anaheim (Califórnia) vende-se uma boneca Barbie embalada numa brilhante caixa de cartão e celofane em cuja
etiqueta está escrito “Made in China”. O seu preço é de 9,99 dólares. Ora bem, quanto ganhará a China pela venda desta elegante boneca,
que a Mattel, Inc, com sede em El Segundo, Califórnia,
vende ao mundo inteiro?

Cerca de 35 cêntimos, segundo os responsáveis pelo sector dos brinquedos, na Ásia e Estados Unidos, que correspondem principalmente
aos salários pagos às 11.000 jovens camponesas que trabalham nas fábricas instaladas junto à fronteira com Hong Kong, na província
chinesa de Guangdong. “Aquilo que a China mais
exporta é a sua mão de obra barata”, afirma David A. Miller, presidente da Toys Manufacturer of América, com
sede em Nova Iorque…

A China obtém com a Barbie “1º Chá da Barbie”, vendida em Anaheim, a parte correspondente a impostos mínimos e comissões e a
salários. Acontece que, devido às complicadas regras do comércio internacional, que definem o lugar de origem de um produto, no
momento em que a boneca chega aos EUA, a China registou um valor de exportações de dois dólares. Posteriormente, após o transporte
marítimo, terrestre, publicidade e outras funções que empregam milhares de trabalhadores nos EUA, a Barbie de Anaheim atingirá o seu
preço final, do
qual pelo menos um dólar por boneca será lucro para a Mattel.

Segundo dados dos serviços alfandegários dos Estados Unidos, em 1995 importaram-se brinquedos da China no valor de 5400 milhões
de dólares um sexto do deficit total americano. Outros países contribuem tanto ou mais
do que a China para o fabrico da Barbie de Anaheim. Da Arábia Saudita vem o petróleo que, após ser refinado, se transforma em
etileno. Taiwan utiliza o etileno no fabrico do material de vinyl que forma o corpo da Barbie. Do Japão chega o cabelo de nylon e dos
Estados Unidos o cartão da embalagem. Tudo isto é gerido a
partir de Hong Kong.

Durante este processo, cada um dos países recebeu a sua parte do valor da exportação, cerca de dois dólares por boneca, valor utilizado
nas estatísticas comerciais (uma quinta parte do preço final). No entanto, é a China que contabiliza a fatura total. Nos livros
contabilísticos, a Barbie é uma das suas exportações. Este facto
assume maior relevância à medida que a vantagem comercial da China em relação aos EUA continua a aumentar, o que preocupa os
políticos e está a causar perturbação nas relações dos dois países. O Departamento de Comércio dos EUA anunciou que, pela primeira
vez na história, a China ultrapassou o Japão como país com o maior desequilíbrio comercial com os EUA. Como já aconteceu no
passado, a China protestou fortemente, argumentando que os valores apontados pelos EUA não tinham em conta o valor acrescentado em
Hong Kong e outros países intermédios. Descrevendo a posição de Pequim: “as transacções
comerciais são muito complexas: o processo de produção acontece em dois ou três lugares distintos”, afirmou recentemente Ma Xiaoye,
do Ministério do Comércio e Cooperação Económica da China. “Por isso, o valor
acrescentado é gerado em mais do que dois locais, ao qual se soma o valor do transporte. Isto faz com que seja muito difícil determinar a
procedência dos produtos, e o considerável volume do comércio de produtos
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intermédios provoca uma grave distorção das estatísticas comerciais”.

Fonte: Extraído do artigo de Rone Tempest “Barbie and the world economy”, Los Angeles Times, 22 de setembro de 1996.

2.1. Fonte de informação: autor; ano, local e forma de publicação.


2.2. Qual é o preço de venda de uma boneca Barbie nas lojas dos EUA?
2.3. Que relação existe com os custos de produção?
2.4. Quais as vantagens obtidas pela empresa Mattel Inc., com sede na Califórnia?

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