Você está na página 1de 4

Curso Profissional: Técnico Auxiliar de Saúde/Técnico De Multimédia Disciplina: Área de Integração Ano letivo: 2021/2022

Tema: 7.1 – Cultura Global ou Globalização das Culturas

BARBIE E A GLOBALIZAÇÃO

1 - Analisa e explica o seguinte esquema sobre o processo de fabrico da boneca Barbie que se vende em
qualquer loja de brinquedos dos EUA ou Europa.
Curso Profissional: Técnico Auxiliar de Saúde/Técnico De Multimédia Disciplina: Área de Integração Ano letivo: 2021/2022

2 - No mapa seguinte, situa os países que participam neste processo produtivo. Marca com setas o percurso
seguido pelos diferentes componentes da boneca, até esta chegar ao seu ponto de venda.

3 - Por que razão intervêm tantos países no fabrico da Barbie?

4 - Que factos económicos e sociais permitem esta situação?

5 - Que efeitos económicos provoca esta situação?


Curso Profissional: Técnico Auxiliar de Saúde/Técnico De Multimédia Disciplina: Área de Integração Ano letivo: 2021/2022

6 - Lê o artigo seguinte, publicado no Los Angeles Times e responde às questões:

BARBIE E A ECONOMIA MUNDIAL


O artigo seguinte mostra que o valor das exportações de um bem não equivale necessariamente ao valor
acrescentado do país exportador. Se o país importa parte dos inputs, então o valor acrescentado é inferior
ao valor da exportação.

Na Toys R Us de Anaheim (Califórnia) vende-se uma boneca Barbie embalada numa brilhante caixa de
cartão e celofane em cuja etiqueta está escrito “Made in China”. O seu preço é de 9,99 dólares. Ora bem,
quanto ganhará a China pela venda desta elegante boneca, que a Mattel, Inc, com sede em El Segundo,
Califórnia, vende ao mundo inteiro?

Cerca de 35 cêntimos, segundo os responsáveis pelo sector dos brinquedos, na Ásia e Estados Unidos, que
correspondem principalmente aos salários pagos às 11.000 jovens camponesas que trabalham nas fábricas
instaladas junto à fronteira com Hong Kong, na província chinesa de Guangdong. “Aquilo que a China mais
exporta é a sua mão de obra barata”, afirma David A. Miller, presidente da Toys Manufacturer of América,
com sede em Nova Iorque…

A China obtém com a Barbie “1º Chá da Barbie”, vendida em Anaheim, a parte correspondente a impostos
mínimos e comissões e a salários. Acontece que, devido às complicadas regras do comércio internacional,
que definem o lugar de origem de um produto, no momento em que a boneca chega aos EUA, a China
registou um valor de exportações de dois dólares. Posteriormente, após o transporte marítimo, terrestre,
publicidade e outras funções que empregam milhares de trabalhadores nos EUA, a Barbie de Anaheim
atingirá o seu preço final, do qual pelo menos um dólar por boneca será lucro para a Mattel.

Segundo dados dos serviços alfandegários dos Estados Unidos, em 1995 importaram-se brinquedos da China no
valor de 5400 milhões de dólares um sexto do deficit total americano. Outros países contribuem tanto ou
mais do que a China para o fabrico da Barbie de Anaheim. Da Arábia Saudita vem o petróleo que, após ser
refinado, se transforma em etileno. Taiwan utiliza o etileno no fabrico do material de vinyl que forma o corpo
da Barbie. Do Japão chega o cabelo de nylon e dos Estados Unidos o cartão da embalagem. Tudo isto é
gerido a partir de Hong Kong.

Durante este processo, cada um dos países recebeu a sua parte do valor da exportação, cerca de dois
dólares por boneca, valor utilizado nas estatísticas comerciais (uma quinta parte do preço final). No entanto,
é a China que contabiliza a factura total. Nos livros contabilísticos, a Barbie é uma das suas exportações.
Este facto assume maior relevância à medida que a vantagem comercial da China em relação aos EUA
continua a aumentar, o que preocupa os políticos e está a causar perturbação nas relações dos dois países.
O Departamento de Comércio dos EUA anunciou que, pela primeira vez na história, a China ultrapassou o
Japão como país com o maior desequilíbrio comercial com os EUA. Como já aconteceu no passado, a China
protestou fortemente, argumentando que os valores apontados pelos EUA não tinham em conta o valor
acrescentado em Hong Kong e outros países intermédios. Descrevendo a posição de Pequim: “as
transacções comerciais são muito complexas: o processo de produção acontece em dois ou três lugares
distintos”, afirmou recentemente Ma Xiaoye, do Ministério do Comércio e Cooperação Económica da China.
“Por isso, o valor acrescentado é gerado em mais do que dois locais, ao qual se soma o valor do
transporte. Isto faz com que seja muito difícil determinar a procedência dos produtos, e o considerável
volume do comércio de produtos intermédios provoca uma grave distorção das estatísticas comerciais”.

Fonte: Extraído do artigo de Rone Tempest “Barbie and the world economy”, Los Angeles Times, 22 de Setembro de 1996.
Curso Profissional: Técnico Auxiliar de Saúde/Técnico De Multimédia Disciplina: Área de Integração Ano letivo: 2021/2022

6.1 - Fonte de informação: autor; ano, local e forma de publicação?

6.2 - Qual é o preço de venda de uma boneca Barbie nas lojas dos EUA?

6.3 Que relação existe com os custos de produção?

6.4 Quais as vantagens obtidas pela empresa Mattel Inc., com sede na Califórnia?

Você também pode gostar