Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


MBA GESTÃO ESTRATÉGICA

Disciplina: Fundamentos da Economia Internacional Nota da atividade:


Professor: Marcos Wagner da Fonseca
Atividade: Modulo 2 – Unidade 2
Estudante: Raphael Adryano Araujo de Oliveira

ATIVIDADE N.2.1 (10 pontos)

Leia o texto do capítulo 2, desenvolva as seguintes atividades,


disponibilizando-as na plataforma.
1. Escreva um resumo do capítulo, contendo uma síntese com
as principais conclusões para cada um dos modelos
apresentados. (obs.: procure dedicar no máximo 5 linhas a
cada tópico listado abaixo)
1.1 Mercantilismo

Mercantilismo ainda era um primeiro esboço de relação internacional


baseado fundamentalmente na riqueza que cada país (ou Estado) acumulava.
Assim classificava-os em graus de “riqueza”. Como as comparações de moedas
ainda eram rudimentares, os valores aplicados a cada bem (mineral, agrícola,
produtivo) eram da mesma forma bastante prejudicados. Assim, quanto mais
bens acumulados e estocados pelo Estado, mais inconteste era sua riqueza.

1.2 David Hume e a Teoria Quantitativa da Moeda

Baseado nas primeiras consequências da aplicação do mercantilismo e


da necessidade da criação de moedas para definir os valores das trocas entre
Estados, David Hume estabeleceu uma relação entre o valor dela e sua
velocidade de circulação. A ideia era criar uma dinâmica para equacionar as
balanças comerciais, fazendo que, países com superávit tivessem aumento de
preço (valor) e consequentemente queda nas vendas, dando a oportunidade dos
estados em déficit de alcançar os países com superávit, num círculo de busca
de equilíbrio.

1.3 A Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith

Smith, diferentemente dos mercantilistas ou fisiocratas que colocavam


respectivamente o comercio e os bens de produção agrícolas como medidores
das riquezas dos Estados, colocava o trabalho como principal responsável por
este papel. Sua teoria de Vantagens Absolutas fundamenta-se em países
buscando conjuntamente e melhor eficiência na aplicação de seu trabalho,
focando em seus principais produtos e comercializando-os livremente,
buscando em outros países o complemento na produção de produtos que não
são seu foco principal e trazendo assim vantagens para ambos.

1.4 Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo

David Ricardo complementou e acrescentou ao estudo de Smith uma


análise mais ampla, comprovando que, mesmo em situações em que um dos
países produza consideravelmente menos que o outro, o livre comércio ainda é
vantajoso para o grupo, pois através de uma melhor eficiência e alocação de
recursos, ambos podem melhorar seu nível de bem estar econômico.

1.5 O modelo de Heckscher-Ohlin

O modelo Hecksher-Ohlin tem como base a especialização dos países


nos bens que possuem maior abundância. Assim, cada país desenvolve-se
fundamentado em seus pontos fortes de produção (o que os torna mais
competitivos no mercado internacional). Esta especialização traz uma
tendência de equalização de preços relativos dos bens comercializados.

1.6 Economias de Escala e concorrência imperfeita

Aprofundando os modelos estudados anteriormente, percebe-se que


existem outros níveis de complexidade na análise econômica para decisão e
implantação de enfoques produtivos em um país. Neste item, foi dado como
exemplo, uma fábrica que, para viabilizar sua instalação em sua máxima
eficiência, acaba produzindo em escala uma quantidade maior que o país pode
absorver, sendo forçada a ampliar seus limites para outros países e criando
uma concorrência imperfeita, com um foco quase que exclusivo de exportação.

1.7 Crítica ao argumento das vantagens comparativas

Pudemos verificar neste item, que, apesar de mútuas as vantagens entre


países nas relações comerciais, evidentemente, as vantagens concentram-se
em países que comercializam bens de maior valor, com maior elasticidade em
relação à demanda (como por exemplo, países cujos maiores bens estão em
capacitação técnica. Isto porque recursos naturais tem um limite de
esgotamento, além do que o mesmo recurso pode ser encontrado ou produzido
em outro país, de acordo com a necessidade. Já a capacitação tecnológica é
parte de um desenvolvimento e condições específicas do país.

2. Com base no capítulo II, responda as seguintes questões: Por que


os países comercializam entre si?
O comércio internacional proporciona vantagens mútuas aos países
que dele participam? Explique.

Como pudemos ver no capítulo 2, os países comercializam entre si por


uma necessidade humana e histórica de quantificar valores de trocas entre
bens. Desta necessidade de se colocar valores, iniciou-se uma categorização
de nações mais ricas e mais pobres, onde, como em qualquer nicho da
natureza, define-se o mais forte e o mais fraco.
Com esta definição, dá-se um início de conflito e busca (também nascido
na condição humana) de melhorar a própria condição, transferindo-se isto para
cidades, estados e países. Aparecem então, leis compensatórias de como um
país, entendido como mais pobre (ou mais fraco) pode desenvolver-se e usufruir
de uma condição melhor entre seus vizinhos. Como: investimentos em técnicas
de produção, estoques (e mais no futuro – de não-estoque), uso otimizado dos
recursos, enfim, toda sorte de tecnologias para buscar melhorias em seus
pontos fortes. Ser mais competitivo e poder comercializar mais com outros
países, tirando uma fatia maior do bolo de negócios do planeta.
De certa forma, isto responde a segunda pergunta. Sim, o comércio
internacional traz vantagens mútuas aos países, pois a troca de bens
produtivos (pontos fortes de cada lado) faz com que suas populações possam
usufruir melhor dos bens disponíveis no mundo.
Percebemos mais adiante que há de fato uma realidade nisso (é só
perceber como hoje, com uma economia aberta no Brasil por exemplo, apesar
de termos uma distância de capacitação e tecnologia muito grande para países
desenvolvidos, podemos usufruir de seus bens sem uma defasagem tão grande
de tempo, como já foi, mesmo num curto período de 10 anos atrás.
Mas, nem tudo é tão global e justo como gostaríamos que fosse. As
relações internacionais também trouxeram uma interdependência muito forte
dos países subdesenvolvidos em relação aos países desenvolvidos.
De uma forma geral, entendo que o desenvolvimento está de fato
ocorrendo de forma global, mas que as antigas práticas de trocas, sempre
deixando o país mais fraco em um estado de dependência, ainda são
mandatórias nas relações internacionais.

ATIVIDADE N.2.2 (10 pontos)

Com base no capítulo 2, analise a pauta de exportações da


economia brasileira e responda às seguintes questões,
disponibilizando na plataforma:
1. Quais os dez principais produtos da pauta de exportação da
economia brasileira?
a) Soja
b) Minérios de ferro
c) Óleos brutos de petróleo
d) Açúcar de cana, bruto
e) Automóveis de passageiros
f) Farelos e resíduos da extração de óleo de soja
g) Carne de frango
h) Celulose
i) Aviões
j) Produtos semimanufaturados de ferro e aços

2. Quais os dez principais produtos da pauta de importação da


economia brasileira?
a) Produtos manufaturados
b) Medicamentos para medicina humana e veterinária
c) Demais produtos básicos
d) Aparelhos transmissores ou receptores e componentes
e) Partes e peças de veículos automóveis e tratores
f) Óleos combustíveis (óleo diesel, fuel-oil, etc)
g) Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos
h) Automóveis de passageiros
i) Óleos brutos de petróleo
j) Compostos heterocíclicos, seus sais e sulfoamidas

3. Quais os países com os quais o Brasil mantém um maior


fluxo comercial?

Abaixo, os 10 países com quem o Brasil mantém maior fluxo


comercial, com destaque para China, Estados Unidos, Argentina,
Japão, Chile, Alemanha e México.

EXPORTAÇÂO IMPORTAÇÃO
China Estados Unidos
Estados Unidos China
Argentina Argentina
Países Baixos
Alemanha
(Holanda)
Japão Coreia do Sul
Chile México
Alemanha Itália
Índia Chile
México Japão
Espanha França

4. Com base no capítulo II explique como os modelos


apresentados podem contribuir na explicação do fluxo
comercial brasileiro.

Entendo que, a partir dos modelos estudados, podemos


entender um pouco do desenvolvimento econômico do país a partir
de sua História e relações internacionais.
Primeiramente, com os países que hoje dividem o planeta:
China e Estados Unidos. Aqui, pode-se notar claramente a crítica à
argumentação das vantagens comparativas. Isto é: é possível ver,
dentro do país uma forte influência dos grupos chineses e
americanos, tanto nas importações quanto exportações. Em
contrapartida, como se pode ver no capítulo 1, verifica-se uma
influência muito discreta do Brasil em relação ao volume de negócios
do mundo. Ou seja: para o Brasil, é crucial manter as boas relações
com os grandes países, mas na contramão desta relação, não há tão
grande diferença, o que coloca o Brasil sempre em posição de
desvantagem.
Em segundo lugar, pode-se observar que a influência de países
da América do Sul, entre si, não forma um grupo forte de relações,
pois as mesmas nunca foram favorecidas em suas histórias, devido
aos interesses políticos de suas metrópoles colonizadoras,
posteriormente do domínio europeu e hoje Chinês-americano (como
descrito no primeiro parágrafo).
Interessante notar que, mesmo após tantos anos de um mesmo
modelo em que o país passa de uma mão para outra, como uma
marionete, não conseguirmos fortalecer nossas alianças de
desenvolvimento na América do Sul (onde somos notavelmente mais
fortes), motivo pelo qual entendo que seja pela questão do
desenvolvimento tecnológico, abordado também no capítulo sobre a
crítica do argumento das vantagens competitivas.
Infelizmente, ainda seguimos com uma exploração
basicamente de nossos bens naturais, sem força nem técnica para
formar um grupo econômico forte e auto sustentável, mesmo com
nossos vizinhos, igualmente ricos em recursos, mas talvez ainda mais
pobres em tecnologia.

Obs.: faça a análise com base nos dados de 2016 (jan-dez de 2016). Para
ter acesso aos dados referentes ao fluxo de comércio da economia
brasileira, acesse a sítio do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e
do Comércio Exterior (www.mdic.gov.br). Clique em: “Comércio Exterior”,
na sequência, clique em “Estatísticas do Comércio Exterior – DEAEX” e por
fim, clique em “Balança Comercial Brasileira – acumulada no ano”.
Link: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-
comercio-exterior/balanca-comercial-brasileira-acumulado-do-ano?
layout=edit&id=2205

Você também pode gostar