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O Comércio Internacional e seus

porquês

 O porquê da especialização das nações

 Porque os países mantêm relações


comerciais entre si?

 Porque o comércio internacional afeta a


distribuição de renda e o nível de bem
estar das nações?
As teorias “puras” do comércio
internacional
 O Mercantilismo
 Teoria das Vantagens Absolutas de
Adam Smith
 Teoria das Vantagens Comparativas
de David Ricardo
 Teoria dos Valores Internacionais de
Stuart Mill
 Teoria de Heckscher-Ohlin-Samuelson
 Teorema de Stolper-Samuelson
Mercantilismo
 Na visão mercantilista uma nação seria
tanto mais rica quanto maior fosse sua
população e seu estoque de metais
preciosos

 Poder militar para o Estado

 Acúmulo de riquezas (ouro e prata) para a


burguesia (em contraposição à posse de
terras pela Igreja e pela nobreza).
Mercantilismo
 O mercantilismo era mais um doutrina política do
que uma teoria econômica stritu senso, com
objetivos não só econômicos como também
político-estratégicos.

 Em resumo advogava:

 Intenso protecionismo estatal


 Ampla intervenção do Estado na economia
Teoria das Vantagens
Absolutas
 Adam Smith (1723-1790) em Riqueza das
Nações (1776) estabeleceu as bases do
moderno pensamento econômico a
respeito das vantagens do comércio.

 Para ele, “a riqueza não consiste em


dinheiro, ou ouro e prata, mas naquilo que
o dinheiro pode comprar” (teoria do
valor-trabalho).
Teoria das Vantagens
Absolutas
 Para Adam Smith , a falha dos mercantilistas foi
não perceber que uma troca deve beneficiar as
duas partes envolvidas no negócio, sem que se
registre necessariamente, um déficit para uma
das nações envolvidas.

 Sua teoria das vantagens absolutas atestava que


o comércio seria vantajoso sempre que houvesse
diferenças de custos de produção de bens entre
países.

 O comércio se justificaria apenas quando fosse


mais barato adquirir itens produzidos em outra
economia.
Teoria das Vantagens
Absolutas
 Diz-se que um país tem vantagem absoluta na
produção de um determinado bem ou serviço se
ele for capaz de produzi-lo e oferece-lo a um
preço de custo inferior aos dos concorrentes.

 Na visão de Adam Smith esta vantagem absoluta


decorreria da produtividade do trabalho, que está
relacionada com a especialização.

 No caso de produtos agrícolas, a condição


climática favorável é fundamental.
Teoria das Vantagens
Absolutas
 Problemas não resolvidos por Smith:

a proporção em que seriam feitas as trocas


entre os dois países, ou seja, quais seriam os
termos de troca ou relações de troca entre as
mercadorias.

O que aconteceria se um país não produzisse


nenhuma mercadoria a custos menores que
seus possíveis parceiros comerciais? Estaria
essa nação condenada a ficar excluída dos
benefícios da especialização e das trocas?
Teoria das Vantagens
Comparativas
 A partir da crítica à teoria de Smith, David
Ricardo (1772-1823), em Princípios de Economia
Política e Tributação (1817) formulou a teoria das
vantagens comparativas

 Ricardo notou que a idéia de vantagens absolutas


determina o padrão de trocas internas em um país com
perfeita mobilidade de fatores de produção, levando, no
limite, à uniformização dos preços dos fatores.

 No mercado internacional, contudo, a lógica é distinta,


dada a baixa (ou inexistente) mobilidade de fatores
entre os países. Há a necessidade de considerar a
estrutura produtiva de cada país.
Teoria das Vantagens Comparativas
 A contribuição fundamental de Ricardo à teoria do
comércio internacional é o princípio das vantagens
comparativas: o importante, no interior de uma mesma
nação, são as diferenças relativas entre as condições de
produção dos bens que podem ser definidas a partir do
custo de oportunidade.

 Sacrificando-se uma unidade de um bem, as duas


nações aumentam em proporções diferentes a produção
de outro bem.

 Existe, então, a vantagem comparativa que leva cada


nação a especializar-se na produção do bem que ela
pode produzir relativamente de maneira mais eficaz que
a outra.

 Se a especialização se faz segundo este princípio, e se


as nações entram na troca, elas podem então
simultaneamente ganhar nas trocas em um sentido
preciso: obtêm uma maior quantidade de bens do que a
quantidade que seria disponível em autarquia.
A Teoria dos Valores Internacionais de
Stuart Mill
 Enquanto David Ricardo preocupou-se em
demonstrar os ganhos de comércio decorrentes
do comércio internacional, John Stuart Mill
(1806-1873), em sua obra Princípios de
Economia Política (1873), procurou discutir a
questão da divisão dos ganhos entre os países.

 Para J.S.Mill a questão da demanda internacional


do produtos é determinante.
A Teoria dos Valores Internacionais de
Stuart Mill
 Se um país oferece, no mercado internacional,
produtos pouco demandados no mercado
mundial, ele obterá um preço pouco elevado e o
país se beneficiará pouco do ganho de comércio
mundial ou até mesmo terá um ganho nulo.

 Esse país deverá, então, diversificar sua


produção, mesmo que ela não tenha uma
vantagem comparativa máxima ou uma
desvantagem comparativa mínima na sua
produção.
Questionamentos ao modelo
clássico
 Se o comércio existe em função das diferenças
em custos comparativos, então o que explica
essas diferenças?

 Por que as funções de produção diferem entre


países?

 Por que supor custos constantes?

 Por que considerar apenas um fator de


produção, quando os processos produtivos eram
crescentemente dependentes do capital?
Teorema de Heckscher-Ohlin

 Origem: artigo de 1919, publicado em sueco por


Eli Filip Heckscher, só traduzido paro o inglês em
1949

 Em 1933, as idéias de Heckscher foram


divulgadas com a tradução para o inglês da tese
de doutoramento de Bertil Ohlin, seu aluno.
Teorema de Heckscher-
Ohlin
“Cada país se especializa e
exporta o bem que requer
utilização mais intensiva de
seu fator de produção mais
abundante”
Teorema da Equalização do
Preço dos Fatores de
Produção
 As nações trocam mercadorias
porque não podem trocar
fatores de produção
 O comércio de bens é uma
forma indireta de comerciar os
fatores de produção contidos
nas mercadorias
Teorema da Equalização do Preço
dos Fatores de Produção

O teorema da equalização dos


preços demonstra que o
comércio de mercadorias tem o
mesmo efeito sobre as taxas de
salário e retorno sobre o capital
físico que a mobilidade desses
fatores
Teorema de Stolper-Samuelson

O comércio beneficia o fator


de produção abundante em
detrimento do fator de
produção escasso de cada
país.
A Nova Teoria do
Comércio Internacional
A Nova Teoria do
Comércio Internacional

 Limitesda abordagem
tradicional
 Economias de escala
diferenciação dos produtos
 Comércio intra-setorial
 Comércio intra-firma
Limites da abordagem tradicional
O questionamento das vantagens
comparativas

As tentativas de verificação empírica


das teorias tradicionais são geralmente
decepcionantes: os fluxos comerciais
registrados não podem ser explicados
pelas vantagens comparativas das
nações.

O “Paradoxo de Leontief” (1953)


Limites da abordagem tradicional

 Contrariamente aos ensinamentos da teoria


tradicional, o comércio internacional se
desenvolve mais entre as nações mais
desenvolvidas cujas dotações fatoriais têm
poucas diferenças.

 Trata-se,então de um comércio entre


nações muito pouco diferenciadas umas das
outras, ao passo que a teoria tradicional
coloca como essencial o papel das
diferentes características das nações para
explicar a troca internacional.
Limites da abordagem tradicional
 O questionamento das vantagens
comparativas

 Novas análises foram desenvolvidas, sobretudo nos


anos sessenta, cujo ponto comum é a proposta de
uma explicação das trocas internacionais que não
se baseia nas vantagens comparativas.

 Entre as linhas de pesquisa exploradas, as mais


importantes são relativas ao papel desempenhado
pela tecnologia, a diferenciação dos produtos e os
rendimentos de escala.
Economias de Escala
 As economias de escala podem ser:

 Internas à firma: quando cada firma pode obter custos


médios mais baixos se produz em escala crescente.

 Externas à firma: quando o custo médio de cada firma


depende do tamanho da indústria a que pertence.
Economias de Escala
Internas
 Quando as técnicas de produção e de organização
das empresas é tal que existem economias
internas às empresas, várias estruturas de
mercado além da concorrência podem prevalecer,
dependendo do fato destas economias serem
contínuas ou limitadas num nível particular de
produção.

 No primeiro caso o mercado torna-se um


monopólio.

 No segundo caso o mercado torna-se um


oligopólio.
Economias de Escala Externas
 O tamanho do mercado interno de uma nação,
diante de economias de escala externas, pode ser
um fator explicativo do comércio internacional.

 As especializações internacionais que resultam das


economias de escala externas são estáveis,
mesmo que as vantagens comparativas se
modifiquem.

 “acidentes históricos”, que originam uma produção


num dado país específico, podem ser decisivos na
criação dos fluxos comerciais internacionais.
Economias de Escala
Externas
 O comércio internacional, fonte de deterioração do
bem estar

 Desde Ricardo, o essencial da teoria do comércio


internacional demonstra que a passagem de uma
situação de autarquia a uma situação de troca com o
resto do mundo melhora a posição de uma economia:
maior número de bens estão disponíveis a um preço
mais baixo.

 Esse resultado pode ser questionado a partir do


momento em que existem economias de escala externas.
Economias de Escala
Externas
Diferenciação de Produtos
 A existência de produtos semelhantes, mas que
possuem características específicas que os
diferenciam segundo algum desses critérios abre –
do ponto de vista do comércio internacional – a
possibilidade de intercâmbios entre dois países,
com exportações e importações simultâneas de
produtos normalmente classificados como
idênticos.

 Dois tipos de diferenciação são considerados:


vertical e horizontal
Diferenciação de Produtos
 Diferenciação Vertical: está relacionada com a
qualidade do produto (Exemplo: automóvel com
air-bag e freio ABS).

 Diferenciação Horizontal: se baseia na


especificação do produto (odor de um perfume,
sabor de queijo, características de um vinho).

 Nos dois casos, o efeito é o mesmo: o vendedor


dispõe de um monopólio relativo sobre o seu
produto, limitado pela existência de substitutos
imperfeitos.
Comércio Intra-setorial
 A existência do comércio intra-setorial está associada
a diversos fatores:

 Diferenciação de produtos

 Flutuações sazonais na oferta

 Estruturas de demanda por faixa de renda


Comércio Intra-firma
 A incorporação de elementos como rendimentos de
escala, concorrência imperfeita e diferenciação de
produtos permite conceber a especialização no
comércio em produtos que não correspondem à
dotação relativa de fatores produtivos, bem como dá
margem a processos produtivos complementares,
entre plantas produtivas situadas em países distintos,
levando à intensificação de transações intrafirma.
Teoria da Proteção
34

 Tarifas

 Subsídios

 Outras formas de proteção

 Medidas de grau de proteção


Teoria da Proteção
35

 O livre comércio é mais exceção do que regra.

 Os governos intervêm para proteger o produtor nacional.

 Ao conjunto de mecanismos de proteção se denomina


política comercial.
Tarifas 36

 O imposto sobre importações – denominado


tarifa – é cobrado quando a mercadoria entra
no país.
 Pode ser:
 Específico
 Ad valorem
 Misto
Tarifas (Exemplos)
37

 A tarifa de US$ 450,00 cobrada por tonelada de suco de


laranja brasileiro importada pelos EUA , independente do
preço do produto é um imposto específico

 A tarifa de importação de US$ 0,54 litro/galão de álcool


importado pelos EUA também é um imposto específico.

 A Tarifa Externa Comum de 14% acordada entre os


membros do Mercosul é um imposto ad valorem.

 Uma cobrança de US$ 50 por unidade importada + 20%


sobre o preço é um imposto misto.
Tarifas
38
 A tarifa média fixada pelas economias desenvolvidas
situa-se em torno de 5%, mas os picos tarifários são
elevados.

 O Brasil tem um teto tarifário de 35%, mas aplica uma


média geral, para produtos industrializados ou não, de
10,7%.

 A maior parte dos produtos está com 14%, a Tarifa


Externa Comum (TEC) do Mercosul.

 Em 1990, o valor médio da tarifa era de 43%.


Tarifas
39
 A idéia de que a economia do Brasil segue muito fechada
cai ao compará-la à de outros países.

 As tarifas alfandegárias do Brasil recuaram do patamar


médio de 50% observado na década de 80 para o nível
atual em torno de 10%.

 Corrobora ainda essa tese, a existência de um regime


tarifário sem cotas e com alíquota máxima de 35%.

 Outras economias, tanto desenvolvidas quanto emergentes,


apesar de terem tarifas médias mais baixas que a brasileira,
aplicam "picos tarifários" e outras barreiras não tarifárias.
Efeito das tarifas sobre a 40

concorrência
 Se a proteção é oferecida a um bem num mercado
concorrencial, mesmo que as importações venham a
ser excluídas, ainda haverá alguma concorrência
entre os produtores domésticos.

 Se o mercado é caracterizado por oligopólio ou


monopólio, a exclusão dos concorrentes estrangeiros
resulta em pouca disputa no mercado e
conseqüente desestímulo para redução de preços e
melhoria da qualidade.
Efeito das tarifas sobre a 41

renda
 A argumentação clássica acerca da
liberdade de comércio parte do
pressuposto do pleno emprego dos
recursos.

 Se a economia passa por um período de


recessão, a tarifa pode ser utilizada para
estimular a renda e o emprego.
SUBSÍDIOS 42

 Consiste em pagamentos, diretos ou indiretos,


feitos pelo governo, para encorajar exportações
ou desencorajar importações.
 Equivale a um imposto negativo e representa
uma redução de custo para o produtor
SUBSÍDIOS 43

 A concessão de subsídios se dá por meio de:

 Pagamentos em dinheiro

 Redução de impostos

 Financiamentos a taxas de juros inferiores às do mercado

 Compra direta do governo para posterior revenda a preço


mais baixo aos consumidores
Outras formas de 44

proteção
 Quotas de importação
 Controles cambiais
 Proibição de importação
 Monopólio estatal
 Leis de compras de produtos nacionais
 Depósitos prévios à importação
 Barreiras não tarifárias
 Acordos voluntários de restrições de exportações
(AVRE)
A política comercial na 45

prática
 Argumentos a favor do protecionismo
 Proteção á indústria nascente
 Estímulo à Substituição de importações
 Redução do diferencial de salários
 Impedimento ao comércio desleal
 Promoção da segurança nacional
 Melhoria da balança de pagamento
 Favorecimento das barganhas
internacionais
Argumentos a favor do 46

protecionismo
 Proteção da “indústria nascente”

O termo “indústria nascente” refere-se à etapa


do desenvolvimento em que a indústria ainda
não alcançou um nível de produção que lhe
permita beneficiar-se das economias de escala.

A idéia e garantir uma reserva de mercado


temporária
Indústria nascente e economias de
escala
Argumentos a favor do protecionismo
48
 Proteção da “indústria nascente”

 Cabe lembrar que os Estados Unidos, Alemanha e Japão se


industrializaram protegendo suas indústrias com base nesse
argumento, desenvolvido inicialmente pelo economista e político
alemão Friedrich List.

 A esse respeito ler:

 LIST, Friedrich. Sistema Nacional de Economia Política. São Paulo: Abril


Cultural, 1983.

 HAMILTON, A. Relatório sobre manufaturas. Rio de Janeiro,


Solidariedade Ibero-americana, 1995.

 CHANG, Ha-Joon, A Estratégia do desenvolvimento em perspectiva


histórica. São Paulo: Editora Unesp, 2004
Friedrich List e o Protecionismo na Alemanha
e nos Estados Unidos 49

 Escola histórica alemã (1840): abordagem relativista – “Uma


doutrina econômica adequada para um país em determinado
momento pode não ser para outro em outra época”.

 List contestou a doutrina do laissez-faire e a liberdade de


comércio, argumentando que eram políticas econômicas
apropriadas para países com elevado desenvolvimento
industrial, mas inconveniente para países menos desenvolvidos.

 Defendia que o protecionismo era política econômica lógica e


recomendável para os EUA e a Alemanha, que naquele
momento encontravam-se no estágio agrícola-manufatureiro.
Alexander Hamilton e a escola americana
de economia política 50

 A escola americana de economia política,


também conhecida como "sistema nacional",
é uma doutrina macroeconômica que
dominou a política econômica dos Estados
Unidos desde a Guerra de Secessão até a
metade do século XX.

 Usada na retórica política norte-americana


desde 1824 até hoje, foi aplicada como
política governamental por muitas décadas
durante esse período.
Alexander Hamilton e a escola americana
de economia política 51

 Os elementos fundamentais da escola americana


foram promovidos por John Quincy Adams e seu
Partido Republicano Nacional, Henry Clay e o Partido
Whig, e Abraham Lincoln mediante o primitivo Partido
Republicano, os quais abraçaram, implementaram e
defenderam este sistema de política econômica.

 Durante o período em que foi aplicado o sistema


americano, os Estados Unidos tornaram-se a maior
economia do mundo, com o mais alto padrão de
vida, ultrapassando o Império Britânico por volta de
1880.
Alexander Hamilton e a escola americana
de economia política 52

 É uma escola econômica baseada no programa econômico de


Hamilton e foi proposta com o objetivo de possibilitar aos Estados
Unidos a independência econômica e a auto-suficiência
nacional.

 Consistia nestas três políticas centrais:

 proteção da indústria mediante tarifas alfandegárias elevadas e


seletivas (especialmente entre 1861 e 1932) e, também mediante
subsídios (especialmente entre 1932 e 1970)

 investimentos estatais na infra-estrutura criando melhoramentos


internos planejados (especialmente no setor de transportes)

 um banco nacional com políticas que promovem o crescimento


dos empreendimentos produtivos.
Argumentos a favor do
protecionismo
53

 Proteção da “indústria nascente”

O Brasil, o processo de industrialização baseado


na “política de substituição de importações”
entre 1940 e 1970 (Getúlio Vargas, Juscelino
Kubistchek (Plano de Metas), Geisel (II PND),
baseou-se nesse estratégia.
Argumentos a favor do protecionismo
54

 Redução do desemprego

“Política externa significa empregos”

Madeleine Albright
Secretária de Estado dos EUA no governo Clinton
(1997-2001)
Estímulo à Substituição de Importações
55

 Argumento desenvolvido por economistas


da Comissão para América Latina (Cepal),
da ONU, sob inspiração de Raul Prebish.

 Argumento central: relações desiguais de


troca condenavam os países latino-
americanos ao subdesenvolvimento.
Estímulo à Substituição de Importações
56

 Por relações de troca entende-se a razão


entre o preço das exportações de um país
e o preço de suas importações.
 RT= Preço das exportações/Preço das
importações

 Uma redução nas relações de troca


significa que, com a mesma quantidade
física exportada, o país passa a importar
menos que antes.
Estímulo à Substituição de Importações
57

 Segundo Prebisch, exportando produtos


primários, os países da América Latina
perdiam capacidade de importar bens
industrializados, considerados essenciais
para o crescimento.

 Para superar esse estrangulamento,


propunha que o Estado adotasse uma
política de substituir os produtos antes
importados.
Estímulo à Substituição de Importações
58

 A agregação das idéias das:

 perdas nas relações de troca


 indústria nascente
 distribuição da renda entre países

resultou no argumento da “Substituição


das Importações”, base dos programas de
industrialização da América Latina após a
Segunda Guerra Mundial.
Redução do diferencial de salários
59

 Em uma economia dualista, caracterizada


pela coexistência de uma agricultura de
subsistência e de um setor industrial
dinâmico, no qual os salários são mais
elevados, uma política protecionista em
favor da indústria, que deslocasse os
trabalhadores para o setor paga mais
aumentaria o bem-estar nacional.

 Exemplo: China
Impedimento do comércio desleal
60

 O comércio “desleal” distorce a estrutura


das vantagens comparativas e,
consequentemente, as relações de troca
entre os países.

 Desse ponto de vista, se justificaria a


pratica de políticas defensivas contra a
prática de dumping e subsídios, por meio
de medidas anti-dumping e salvaguardas.
Promoção da segurança nacional
61

 O princípio desse argumento é proteger a


indústria considerada essencial para os
esquemas de defesa do país, se a
exposição à concorrência externa
inviabilizar seu desenvolvimento.

 Ex: material bélico, petróleo, segurança


alimentar, etc.
Outros argumentos
62

 Melhoria da balança de pagamentos

 Favorecimento das barganhas


internacionais

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