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Última aula. Argumento liberal otimista. O comércio promovia a pacificação das relações
interncionais.
Stuart Mill disse que o comércio estava a tornar rapidamente obsoleta a guerra.
Stuart Mill diz que esta pacificação é uma vantagem maior que as económicas do livre-
cambismo.
Apesar disto, Alexander Hamilton, um dos fundadores dos EUA, defende que o
comércio dá origem a guerra, mencionando algumas guerras da Holanda, Veneza e Cartago.
Ainda assim, a ideia é de que o comércio leva à paz. Vejamos o caso da Europa – Na
declaração de Schumann de 1950, a cooperação entre a França e a Alemanha era para evitar
uma nova guerra.
Antes. Teoria absoluta de Adam Smith; Teoria das vantagens comparativas de David Riccardo
1919.
Por exemplo, um carro existe mais capital por trabalhador do que uma peça de roupa.
É natural que no seu fabrico, o capital (tecnologia, ferramentas, locais, etc.) seja mais
importante que o fator de produção de trabalho.
Por exemplo, o México e os Estados Unidos. Os EUA têm 3x mais trabalhadores que o
México, mas os EUA são ricos em capital e o México em trabalho. Como a diferença de capital
é superior à diferença dos trabalhadores, os EUA são abundantes em capital e o México em
trabalhadores.
Face à teoria clássica (que tinha dois países, dois produtos e UM fator de produção),
Nesta situação, temos dois países, dois produtos e DOIS fatores de produção, capital e
trabalho. Isto permite ter em conta os efeitos do comércio sobre a distribuição do rendimento.
Ex do nosso país: Quando entrou a OMC, entrou também um acordo de troca têxtil,
que levou à falência de várias empresas portuguesas. Apenas as empresas que apostaram na
tecnologia sobreviveram, o que levou a preços mais baixos para a população, e aqueles que
apostaram em salários baixos faliram. AS EMPRESAS QUE APOSTARAM NO CAPITAL
EXPANDIRAM-SE, AS QUE APOSTARAM NO TRABALHO FALIRAM.
Se tivessemos apenas um fator de produção, não seria possível fazer este racicínio.
Qual a principal implicação – Por razões históricas ou geográficas, um país tem maior
abundância de um fator de produção do que outro, logo cada país vai exportar os bens cuja
produção é MAIS intensiva no fator de produção relativamente mais abundante no país, e
importar os bens cuja produção é mais intensiva no fator de produção relativamente MENOS
abundante no país.
Um país que tenha muita mão-de-obra pouco qualificada pode ter uma vantagem
comparativa na indústria têxtil, e a abundânvcia de mão-de-obra qualificada pode criar uma
vantagem comparativa na criação aero-espacial.
As vantagens do comércio internacional, quer no modelo de David Riccardo quer no
modelo de Olin têm a mesma natureza.
Trata-se dos benefícios da especialização que aparecem nas diferentas entre os países.
A razão de ser da vantagem comparativa é que é diferente. David: Níveis de produtividade do
trbalho; Olin – Quantidade relativa de um fator de produção.
Os EUA seriam afinal um país abundante em trabalho, e não tanto em capital como
inicialmente se julgava.
NOTA: Leontief atendeu apenas a dois fatores. É importante ter em conta outros fatores, pois
apesar de muito relevantes, estes dois fatores sozinhos não conseguem explicar a produção
(outro fator seria a presença de recursos naturais).
Comparando as exportações dos países ricos com a dos países pobres, é possível
concluir que o chamado padrão norte-sul encaixa muito bem no modelo de Hecksher-Ohlin. As
exportações dos países ricos são compostas por bens tecnológicamente mais evoluídos.
4 tigres asiáticos: Tiwan, Hong-Kong, Singapura e Coreia do Sul. Exportavam antes bens
de trabalho intensivo, mas hoje em dia têm muita mão-de-obra qualificada. Hoje em dia são
bens intensivos em trabalho qualificado.
O modelo H. – Ohlin explica vários acontecimentos, mas não todos. O comércio inter-
ramo e o comércio intra-ramo. O intra-ramo é o comércio de produtos similares entre países
com o mesmo nível de tecnologia (ex: A França exporta para a Alemanha carros, e a Alemanha
exporta carros para a França) – Predomina entre os países ricos.
O comércio inter-ramo é entre dois países, um pobre e um rico (como foi entre
Portugal e Inglaterra com os têxteis e o vinho) – conhecido como comércio norte-sul.
Este comércio dá origem à Nova Teoria do Comércio, que tem como principal figura
Paul Krugman.
A nova teoria assenta em modelos que têm como pressuposto a chamada concorrência
imperfeita.
Surge nos anos ’80, e deve ser vista como complementar e não substituinte das
abordagens tradicionais que continuam a desempenhar o papel importante na explicação de
muitos dos atuais fluxos comerciais.
Na União Europeia, predomina o comércio intra-ramo. Esta nova teoria tem como
fator as economias de escala. Graças a estas, mesmo nas regiões dotadas de fatores de
produção idênticos, podem participar no comércio e experimentar os ganhos daí resultantes
(os consumidores passam a ter acesso a uma maior variedade de bens e serviços a preços mais
reduzidos).
Implicações: Quanto mais reduzida for a cota de mercado de uma empresa (maior a
variedade de produtos), mais reduzido será o preço que uma empresa pode cobrar.