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A Profanação caiu sob os Deuses; deturpados pelo toque mortal sua centelha escorreu

pelos céus e os Fragmentos da Realidade tocaram seus filhos, agraciados com seu poder
e também com sua doença, o Caos fulminou a todos liberto em cada um de nós através da
Degeneração. Para salvar os filhos de Narda, A Trindade foram os primeiros a riscarem
seus nomes do Livro Um, descendo em carne e sangue, levando esperança e luz ao que se
conhece até hoje como Igreja da Trindade.

Não demorou para que os outros viessem. Com eles vieram a guerra, a sedenta procura
pela Cura. Abandonando seus nomes sagrados aqueles sagrados evocaram o pecado,
moldando sua própria forma e pensamento em algo novo, cruel e abissal. Sem seus deuses
inscritos, o grande livro da criação se desfez, largando de vez Narda, os Deuses e os
Mortais.

Vagando por estas terras, em sua batalha, os agora Nãodeuses temiam pelo Fim. Tornou-se
necessário recolher o poder perdido, espalhado entre seus filhos; ou sucumbir a outras
formas de sobrevivência, corrompendo não somente a si, mas a própria terra que agora era
de todos.

POVOS DE NARDA
Também chamados de Linhagens, esses grupos foram oriundos da própria vontade dos
deuses expressada em pedaços das páginas do próprio Livro Um. “E eles tomaram para si
uma página retirada do próprio livro primordial, repartido pelas mãos de Azef, o Velho. Cada
deus sentou-se em círculo, recreando em sua primeira era de vida, crianças na escola.
Como exercício de sua própria imaginação, Azef deu-lhes os Pigmentos Maravilhosos,
feitos do seu próprio sangue. Eles então desenharam, escreveram, rasuraram e pintaram,
imediatamente no Reino Vivo, nós surgimos e Narda povoou-se. Azef pendurou cada
pedaço de papel, com as obras finais, em meio ao cosmos, carregados por estrelas,
viajando para sempre expostos e livres, sob a benção do Tudo, os mortais estavam vivos e
sem amarras”.

Sob a instrução de Azef, os deuses (ainda muito jovens) não imaginavam que estariam
criando outras entidades inteligentes. Talvez o próprio Velho tenha se surpreendido com o
resultado do experimento, tendo que jogar as telas ao cosmos e rogar ao Tudo que os
tomasse - e essa atitude fez com que as linhagens em Narda tivessem vidas breves e
corpos maculados, assim como lhes conferiu a liberdade de escolha e o desprendimento
dos conceitos mitológicos e fundamentais da realidade que sempre aprisionaram os deuses.
Talvez por essa própria “falta” de intenção poucos dos deuses tomaram as linhagens para
si, mesmo que alguns tenham feito mais de uma ou colaborado meio “sem querer” na
criação de um irmão.

É claro que existem exceções, mas o criador pouco importa para a criatura, afinal ele pouco
poder tem sobre ela - e este talvez tenha sido um dos maiores problemas dos deuses com
os mortais no passado. Essa proposição de responsabilidade entre ambas as partes se
tornou ainda mais irrelevante depois da A Profanação, pois agora era cada um por si em
busca de sobreviver.

Obviamente, com a Era do Caos afogando cada canto de Narda a Fé nos deuses e na
reestruturação da realidade vem diminuindo. Os séculos de desordem tiram as esperanças
dos poucos que a mantinham, fazendo-os sucumbirem à guerra e à própria Degeneração.
Mesmo assim alguns focos resistem, como a própria Trindade que eleva em seu fanatismo
a restituição do Livro Um e o fim dos Nãodeuses; e a Última Cidade (ou Temária)
construída sob Nina, a Senhora dos Céus o ser que comanda um bando de Tartovoarugas
- o local é um emaranhado de prédios, zonas, bairros, castelos e lotes erguidas nos cascos
das filhas e da própria Nina, um recanto de diferentes povos, unidos sob a bandeira de
Remo, o Último Rei.

O EGO E A DEGENERAÇÃO
A Centelha, ou energia divina da criação, que era a Força Vital dos deuses e que percorria
suas veias como o sangue dos mortais, hoje é escassa e perseguida como água em meio
ao deserto. Tal poder é tão primordial que após a Profanação (e consequentemente a perda
de controle e o “vazamento” dos seus corpos) ele derramou-se sob Narda, espalhando-se
por tudo que se imagina.

Na medida que os Fragmentos da Realidade tornaram-se comuns o próprio mundo foi


mudado, alterado, as leis e fundamentos já afetados pela Profanação aos deuses se
afetaram ainda mais e coisas “incomuns” se tornaram cotidianas. Criaturas fantásticas,
poderes inimagináveis, portais místicos e eventos singulares (como rios que correm para o
céu ou tempestades que ao invés de destruir recriam a vida) são aceitáveis e o que, até
então, era verdade precisou ser repensado, admitido. Podemos mencionar o Mei-dia, que é
o paralelo entre Dia e Noite, com o Sol e as duas Luas em oposição através do planeta que
levam períodos intocáveis de um lado e do outro (o Leste é sempre Dia e o Oeste sempre
Noite) - tanto que Temária é a única cidade que os habitantes tem o dia e noite, ainda que
demore cerca de 96h para Nina completar um ciclo e atravessar a fronteira do Mei-dia com
seu bando; excepcionalmente as tribos de Candiru que assentaram-se bem no meio do
evento astronômico também podem acessar os dois períodos, mesmo que precisem andar
entre um e outro.

É aqui que chegamos nas linhagens. Tocadas pelos Fragmentos da Realidade, seu corpo
criado através do poder o Livro Um absorveu muito mais energia da criação do que
qualquer outra coisa em Narda. Imediatamente, graças a sua própria forma e essência, a
energia se manifestou em bênçãos únicas - chamado de Ego, pois mesmo que partilhada
entre o povo é referência à própria potência e vontade de seu possuidor. Da mesma forma
que os Deuses manifestavam os Conceitos da realidade, através do Ego as Linhagens
manifestam seus próprios conceitos, minúsculos, mas ainda muito válidos. Essa relação
com os Egos moldou muito parte da cultura, costumes e até política das linhagens, assim
como foi o estopim para inúmeros conflitos e o interesse principal dos Nãodeuses nos
mortais: elas agora eram baterias ambulantes da Centelha.

Mesmo que tudo pareça milagrosamente incrível, o Ego veio com um preço. A Profanação
disseminou o Caos, como uma doença divina, uma bactéria cruel e desenfreada. A centelha
que escorreu em Narda era, ainda que poderosa, corrompida. Foi impossível ignorar seus
efeitos, que via-se no próprio mundo como também nas profundezas do corpo, da mente e
do espírito das linhagens. Muitos povos tiveram mudanças profundas, corrompendo seus
paradigmas, sua própria estrutura e sentimentos até. Dessa maneira a Degeneração é algo
que caminha em paralelo ao Ego, habita tudo que é conhecido (em quantidades diferentes)
e nas linhagens tende a crescer, se espalhar e tentar dominar… assim como fez com os
Nãodeuses.

ALGUMAS LINHAGENS:
>>>>>>>>>>>
OS MAGONS:
Magon são errantes, transitando por diferentes
locais e fundamentando suas jornadas através
do interesse pelos aspectos fundamentais dos
Fragmentos da Realidade e a própria essência
do Livro Um. Os Magon foram desenhados por
Marana, A Magia, antes que ela se
transformasse após a degeneração em
Naodeus - agora conhecida como Marambalar,
a Traída.

Antes dos Fragmentos da Realidade os


Magons eram estudiosos e sábios de um
grande império global, pacíficos e altamente
populosos. Porém, após as mudanças
pós-profanação eles foram ruindo, tornando-se
escassos e hoje são raros.

Ego: A Magia é, e sempre foi, uma dos Tabus


existentes entre os mortais, tal qual a
Imortalidade, Submissão, o Futuro e a Criação.
Porém, depois que Marana entregou acesso A
Palavra ao Homem-Sem-Nome (que
acredita-se ser o Imperador do Caos) os
próprios Tabus foram deturpados, reescritos no
próprio Livro Um. Ainda assim, são raros
aqueles que conseguem utilizá-la ou conhecem
seus fundamentos - exceto aos Magons. Eles tornaram-se naturalmente aptos a usar a
magia e evocar o poder da A Palavra. Assim como muitos os chamam de
Filhos-do-Sem-Nome.

Degeneração: Os Magons perderam seus corpos, sua fisionomia e distinção. Eles são
figuras sombrias, com destaque somente para esferas luminosas que deveriam ser seus
olhos. Seus corpos tornaram-se frágeis, limitados. Magons não conseguem melhorar seus
atributos físicos, eles não podem aprimorar nada além da sua mente. Seus corpos não se
curam ou recuperam naturalmente.

Com o tempo, essa falta de “identidade” ou abnegação ao seu “eu” faz com que o magon
deixe de se reconhecer ou mesmo focar em seus sentimentos. Eles param de agir
emocionalmente e pouco se abalam com os problemas alheios, até o ponto onde nada mais
faz sentido exceto sua busca pela magia.
OS PLURIS:
Espíritos de grandes conquistadores e guerreiros
valorosos encarnados em armaduras seculares, os
Pluris foram desenhados por Audrax, a Conquista;
antes que ele se transformasse em Naodeus, como
Ardurax. o Rei Caído.

Antes dos Fragmentos da Realidade, os Pluris


eram um povo expansionista, senhores de guerra e
mestres das armas e do militarismo. Sua história
carregava lendas de grandes guerreiros, figuras
heróicas e de semideuses imbatíveis. Hoje eles são
reconhecidos como mercenários solitários, vagando
por Narda como espíritos aprisionados em
armaduras esquecidas pelo tempo.

Ego: Os Pluris retém seu desejo insaciável pela


conquista, agora muito mais presente na servidão e
dedicação a uma causa ou senhor. Eles não
possuem corpo físico, apesar de serem tangíveis
através das armaduras que suas armas estão
encarnadas. Eles não envelhecem (contando que a
armadura que é seu corpo esteja em condições ou
inteira ele permanece) pela ação do tempo, não
sentem dor, sede, fome e sua força física é
determinada pela própria força do espírito que esteja habitando a armadura. Os Pluris
também conseguem materializar seus espíritos em espectros animalescos, auras de
energia ou rajadas de poder que são aplicados dentro e fora de combate.

Degeneração: Um selo físico prende o espírito na armadura, um selo criado pela própria
força da criação. Existem lendas de Magons que conseguiram transferir a consciência da
alma de uma armadura para outra, mas ainda assim o que poderia parecer um inimigo
indestrutível tem uma fraqueza muito clara - se o selo for destruído, o Pluris nunca mais
pode retornar a armadura e perde-se no Tudo universal.

Além disso, aqueles com acesso às palavras no selo de um Pluris tem poder sobre ele,
podendo controlar suas ações ao proferi-las. Quanto mais tempo de existência tem um
Pluris mais obcecado e fanático ele se torna.
OS TOCHANS:
Tochans são bárbaros populosos que vagam
por todas as Terras Caídas de Narda, sendo
perseguidos pela Igreja da Trindade e
reconhecidos pelo seu envolvimento e
servidão aos Nãodeuses. Os Tochan foram
desenhados por Oshun, a Chama, antes
que fosse morto e sua essência, sorvida por
Zsstan, o Luzcuridão - o senhor da vida e
da morte de Narda, corrompido e um dos
líderes dos Nãodeuses.

Antes dos Fragmentos da Realidade os


Tochan eram monges samaritanos, pacíficos
e aliados das outras linhagens, prezavam
pela vida e abnegação a materialidade.

Ego: o próprio corpo dos Tochan queima


constantemente em um fogo interminável,
quanto mais forte for a chama mais
poderoso, rápido e furioso é o Tochan. Eles
conseguem estender suas chamas místicas
as suas armas e armaduras, assim como
manipulá-la tal qual outras fontes de fogo.

Degeneração: quanto menor estiver a


chama (ainda que água não a apague, mas controla) mais calmo e fraco torna-se o Tochan.
Se sua chama for totalmente apagada ele morrerá. O fogo não pode queimá-lo, mas sua
existência se alimenta dele, aumentando seu calor, seu poder e também tornando-o mais
agressivo, sem controle e um destruidor terrível. Assim eles abandonam os costumes mais
civilizados, vivendo em uma sociedade marcada pela violência e força.
ALGUMAS LINHAGENS:
A Centelha, ou energia divina da criação, que era a
Força Vital dos deuses e que percorria suas veias
como o sangue dos mortais, hoje é escassa e
perseguida como água em meio ao desert
ALGUMAS LINHAGENS:
A Centelha, ou energia divina da criação, que
era a Força Vital dos deuses e que percorria
suas veias como o sangue dos mortais, hoje é
escassa e perseguida como água em meio ao
desert
ALGUMAS LINHAGENS:
A Centelha, ou energia divina da criação, que
era a Força Vital dos deuses e que percorria
suas veias como o sangue dos mortais, hoje é
escassa e perseguida como água em meio ao
desert
ALGUMAS LINHAGENS:
A Centelha, ou energia divina da criação, que
era a Força Vital dos deuses e que percorria
suas veias como o sangue dos mortais, hoje é
escassa e perseguida como água em meio ao
desert
ALGUMAS LINHAGENS:
A Centelha, ou energia divina da criação, que
era a Força Vital dos deuses e que percorria
suas veias como o sangue dos mortais, hoje é
escassa e perseguida como água em meio ao
desert
ALGUMAS LINHAGENS:
A Centelha, ou energia divina da criação, que
era a Força Vital dos deuses e que percorria
suas veias como o sangue dos mortais, hoje
é escassa e perseguida como água em meio
ao desert
ALGUMAS LINHAGENS:
A Centelha, ou energia divina da criação, que
era a Força Vital dos deuses e que percorria
suas veias como o sangue dos mortais, hoje é
escassa e perseguida como água em meio ao
desert

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