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Antes dos tempos dos anjos, antes do tempo dos diabos, uma grande

guerra foi travada. A ira dos Primordiais, os próprios seres que forjaram a
matéria e os elementos, essa guerra travada contra os Deuses – que criaram a
consciência, a vida e os primeiros seres – foi chamada da guerra da Alvorada
(Dawn War). Os Primordiais eram entidades poderosíssimas que ameaçavam a
criação do multiverso, assim, os Deuses acreditavam que deveriam acabar
com os Primordiais antes que toda vida fosse extinguida. E desta guerra,
causou o nascimento da Dama da Dor. A Lady of Pain uma entidade poderosa
e imortal, contudo, essa entidade ainda que, tenha nascido da fúria da guerra,
continha o alinhamento da ordem, ela prezava por isso e lutaria contra qualquer
um que tentasse desequilibrar a ordem. Nenhum outro ser possuía poder sob a
Senhora da Dor, os Primordiais temiam o poder cósmico da entidade por serem
indivíduos que pertenciam ao alinhamento caótico e maligno, enquanto que, os
Deuses não temiam a Lady of Pain por serem bons e leais. A essência da Dor
por ter o alinhamento neutro que honrava a ordem decidiu por ficar do lado dos
Deuses já que essa guerra durou milênios e os Primordiais já haviam feito
muito mal para todo o multiverso.
Ela a Senhora da Dor foi a criadora da grande maioria dos planos
existentes e tomou para si uma cidade que foi chamada de Sigil ou cidade das
portas. Os Deuses conseguiram criar os planos superiores e tomaram para si o
Monte Célestia que possuíam sete céus e no seu topo viviam alguns dos
deuses. Contudo, da guerra da Alvorada, os Primordiais foram presos abaixo
da terra e juravam vingança aos Deuses e a Dama da Dor. Enquanto isso,
ambos os seres começaram a viver em seus respectivos mundos, contudo, os
seres nunca se encontravam e não tinham um bom relacionamento.
O Caos sempre tentava vencer a Ordem e com isso criou os demônios,
seres amargurados que semeiam a discórdia, a tirania e a morte. Os Deuses
representavam a Ordem, diante disso, os Deuses e demônios começaram a
batalhar entre si, uma guerra sangrenta que durou anos, quanto mais demônios
morriam mais o Caos decidia por criar mais demônios, diferente deles, os
Deuses não podiam morrer, pelo menos, não para os demônios, contudo, eles
se repartiam e assim, iam gerando outros Deuses. Após muitas batalhas, os
Deuses se reuniram no Monte Celestia e decidiram por conceber seres fortes e
poderosos para lutarem contra os Demônios, eles estavam cansados e
queriam construir o Plano Material, ao invés de ficarem somente batalhando.
Assim, foi formado os anjos, desde os solares, planetares e devas, com o
propósito de aniquilar os demônios.
O anjo mais poderoso e corajoso foi denominado como Asmodeus, ele
era o general de uma legião de anjos solares e teve a ideia de atacar o Abismo,
para ter uma vantagem contra os demônios que seriam pegos de surpresa.
Unidos eles tinham uma força imensa que poderia até mesmo dominar todo o
multiverso, contudo, os anjos eram seres benevolentes que promoviam as
ordens do seu deus. Ao chegarem no Abismo, Asmodeus e sua legião
começaram a batalhar contra os demônios, foi uma luta muito árdua.
Entretanto, o Abismo é um plano que corrompe os seres que possuem um bom
coração, os anjos foram criando características físicas para conseguirem
derrotar os demônios, para serem mais efetivos, contudo, conforme ficaram
mais eficientes também ficavam mais deformados, estranhos e bizarros em
conformidade de irem aniquilando mais demônios.
Nessa guerra, os anjos conseguiram destruir muitas hordas de demônios
e conseguiram voltar para o Monte Celestia, no entanto, o que seria motivo
para comemoração, na realidade possuía um clima muito tenso. Naquele
mesmo dia, completava-se cem anos que os anjos saíram para matar os
demônios, como também era o dia em que todos os Deuses se reuniram no
Monte Celestia para discutir planos futuros, se encontrarem e contarem as
coisas boas que fizeram ao longo desse tempo. O grande salão onde estavam
os Deuses, foi aberto por Asmodeus e sua legião de anjos que se dirigiram aos
Deuses e jogaram cabeças de demônios aos pés, para mostrar quantos eles
conseguiram matar e que poderia ter um tempo de paz, ainda que fosse pouco.
Olhem todos, matamos diversos demônios, as escórias criadas pelo Caos,
foram destruídas pelos representantes da Ordem, vejam esse trabalho
magnífico que nós, seus guerreiros celestiais fizemos. Os Deuses não
pareciam completamente felizes, na verdade, eles pareciam inconformados
com alguma atitude que Asmodeus não conseguia entender o que poderia ser.
O supremo deus Ao over god, criador de todos os outros deuses, questionou
Asmodeus. General Asmodeus que aparência horrível é essa, o que são esses
chifres em sua cabeça, sua cor de pele não é a mesma, e essas garras. O
deus Ao, olhou para todos os anjos que haviam voltado vitoriosos e perguntou.
O que aconteceu com vocês, com a minha criação divina, que fisionomia
horripilante vocês ganharam. Os anjos se sentiram rejeitados, eles esperavam
glórias por acabarem com as hordas de demônios, contudo, receberam elogios
referente a suas aparências. Os Deuses, balançavam a cabeça e cochichavam
entre si como uma atrocidade daquelas poderia ter acontecido a aquelas
criaturas belíssimas em seu esplendor. O Deus Bahamut com toda glória de
um dragão, chegou perto do Deus Ao e lhe disse. Soberano overgod essas
criaturas se tornaram horrendas, na realidade nem sabemos do que chamar
esses indivíduos que se transformaram em monstros. Eles não são mais
dignos de viver conosco deuses. Asmodeus irritado lhe respondeu Majestade
Ao, com todo o respeito, se ficamos com esse aspecto indigno da presença
dos deuses e apenas porque cumprimos com honra nosso serviço, ninguém
mais matou demônios como nós seus servos, nosso lugar no céu está
garantido e vocês deuses prometeram isso a sua legião. O Deus Ao, olhou
para todos presentes no grande salão e concluiu que não havia nada a ser
feito. A legião de anjos continuaria com aquela fisionomia horrível.
Os Deuses geraram o Plano Material, os universos, planetas,
continentes, povos e raças. Alguns deuses formaram raças as suas imagens,
como foi o exemplo de Corellon Larethian deus da arte e da magia criou a raça
élfica a sua imagem e semelhança. Corellon era casado com a deusa Lolth é
deu a ela o domínio dos elfos negros, contudo, Lolth era ambiciosa e invejosa,
diante disso, ela tentou assumir a liderança do Seldarine e falhou. Por esse
crime, ela foi condenada ao banimento. Ela se transformou num monstro
aranha e atacou Corellon que infelizmente não poderia matá-la visto que ele a
amou muito, com isso, Lolth fugiu e virou a deusa das aranhas com
alinhamento caótico e maligno. Após esse triste acontecimento ele se afastou
de seu filho Vhaeraun que seguiu o lado maligno de sua mãe e tinha um
relacionamento conturbado com sua filha Eilistraee. Assim, passado muito
tempo, Corellon se apaixonou pela deusa tripla da sabedoria e proteção
chamada Angharradath, eles se casaram e governaram o reino de Arvandor
que fica na primeira camada de Arborea.
O Monte Celestia é dividido em sete céus e na quarta camada chamada
Solania é comandada pelo deus da criação Moradin, lá ele usa a forja das
almas para criar armas, objetos e até mesmo pedras. Não só de objetos é feito
na Forja das Almas, Moradin, deu fisionomia a criaturas bem semelhantes à
sua imagem e soprou vida a esses seres e diante dessa, benevolência foram
gerados a raça anã, que assim como, seu Deus, adquiriram as habilidades de
ferreiros, pedreiros e artesãos. No reino de Arcádia, existem os anões
celestiais, uma sub-raça feita por Moradin que de primeiro momento deixou-os
para viver próximo do deus, no entanto, ele gerou outras raças que moram no
Plano Material. Moradin é casado com a deusa do coração e do lar Berronar
Prata Verdadeira, juntos eles prezam pela bondade e família.
Com a criação dos seres vivos no Plano Material protegida por uma
barreira mística, os Deuses estavam felizes por sua criação e deram a eles o
livre arbítrio para escolherem seu próprio destino, sabendo que bondade sem
liberdade é escravidão. Entretanto, os humanoides começaram a guerrear uns
contra os outros em busca de terras, dinheiro e poder. Não eram
misericordiosos como os Deuses, eles roubavam, matavam e estupravam.
Aliaram-se a clãs para dizimar reinos e ganharem poderes capazes de abrir os
portais para os outros planos do cosmo. A barreira protegia o plano material
contra os demônios, porém, os humanoides começaram a mexer com magia
profana e eram capazes de criar elos para o abismo é isso era muito perigoso.
Os demônios poderiam entrar naquele plano e destruir tudo pelo qual os
deuses criaram.
Mais um século havia se passado e novamente chegou o dia no qual
todos os deuses se reuniram no grande salão do castelo no Monte Celestia,
conversa sendo jogada fora aqui e ali, eles discutiam os últimos feitos dos
humanos, apesar de serem uma boa raça, existiam poderosos seres capazes
de acordarem uma força maligna capaz de destruir todos no Plano Material. No
grande salão não haviam apenas deuses, como também, alguns anjos, é um
dos anjos que estava no grande salão era Asmodeus, que se tornou um anjo
ambicioso que almejava conquistar um grande poder, ele observava tudo em
silêncio e planejava alguma coisa em sua mente. Bahamut o deus dragão
perguntou ao deus da justiça Tyr se não havia algum lugar no multiverso que
pudesse ser levado esses pecadores, enquanto que, o deus da terra e da
morte Urogalan que fazia parte do panteão halfling, tomou a palavra e disse
Bahamut já existem deuses da morte e da justiça, e mesmo que houvesse um
lugar para levar essas almas, já que é um trabalho que eu faria por ser o deus
da morte, quem tomaria conta desse ínfimo lugar. A discussão se perpetuou
por mais alguns minutos, até que Asmodeus foi à frente do Deus Ao e pediu
que todos o ouvissem. Meus soberanos, eu acompanho suas majestades
desde a milênios, e de todas as raças, a humana foi a que menos me chamou
a atenção, para mim, sempre foi a raça mais fraca perante os dragões de meu
Lorde Bahamut, dos gigantes do deus Annam, dos magníficos elfos do Lorde
Corellon e até mesmo os gnomos da majestosa deusa Nebelun, no entanto,
vejo que, os humanos estão se tornando poderosos, de todas as raças foram
os únicos que conseguiram procriar com raças distintas, é esse é um poder
grande demais nas mãos erradas, eles são ambiciosos demais, acreditam que
não somente o seu plano existe e estão certos, porém, é algo perigoso para
todos. Eu sei, do escárnio que alguns de vocês tem para mim, eu não almejei
ter essa fisionomia, na realidade, eu como um ótimo servo da vontade dos
deuses, juntamente de meus compatriotas fomos para o Abismo e dizimamos
as forças dos demônios, infelizmente fomos atingidos pela mudança de nossa
forma. Me permitam que eu Asmodeus, seu leal servo, ajude vocês. Bom,
existe um planeta distante daqui, chamado Batoor, e vejamos, não existe
ninguém comandando aquele planeta, eu poderia muito bem, comandar aquele
local, em nomes de vossas majestades e fazer a vontade dos deuses. Esses
humanóides que não foram bons em vida, que fizeram atrocidades, serão
mandadas para Baator e eu mesmo as punirei e castigarei, assim, tudo ficara
magnífico. O que vocês acham? Eu tenho em minhas mãos um contrato,
assinem aqui e eu cuidarei de Baator e punirei os pecadores.
E assim, foi assinado o Primeiro Pacto, onde nas entrelinhas, Asmodeus
ganhava o direito de se alimentar dessas almas, com essas almas ele se
tornaria mais forte, pois, no ponto de vista dele, era necessário para a
manutenção do planeta Baator, das punições e também da luta contra os
demônios.
Asmodeus é um ganancioso anjo, que percebeu que podia mexer as peças ao
seu favor, ele ordenou aos diabos que tentassem ainda em vida os
humanoides a fazerem coisas ruins que tornaram esses seres ruins e fariam
com que suas almas automaticamente fossem condenadas ao Inferno de
Baator, assim os poderes de Asmodeus aumentariam. Entretanto, os Deuses
começaram a perceber que havia poucas almas indo para os planos superiores
e começaram achar que havia algo estranho nisso, desde que, eles
terceirizaram o planeta para o anjo Asmodeus as almas diminuíram. Eles, por
fim, decidiram que iria até o Plano Material, como humanos e descobriram o
que estava acontecendo. Savras o deus do destino descobriu que Asmodeus,
estava tentando para que os humanoides fizessem coisas ruins e com isso, as
almas iam com maior quantidade para os domínios de Baator. Eles chamaram
Asmodeus ao Monte Celestia e perguntaram a ele o que estava acontecendo.
Nosso acordo não foi esse Asmodeus, era para você punir os pecadores e não
tentarem eles a fazerem coisas ruins, está brincando conosco seus deuses.
Disse o deus Moradin. Oh muita calma nessa hora, acho que vocês não leram
meu contrato muito bem, veja aqui nas entrelinhas. Eu não estou forçando
ninguém a se tornar maligno, apenas, oferecendo oportunidades. Se a pessoa
cai na minha lábia e por que ela já estava tentada a ir para o lado negro, vocês
deuses quem fizeram errados suas criaturas. Além disso, os diabos vão até
eles e oferecem oportunidades, contudo, se eles se negaram eu os deixo em
paz. Pode ver que são justamente as almas que se negam que sobem para cá,
para os planos superiores. Os anjos ficaram com muita raiva de Asmodeus,
eles os cercaram e começaram uma luta e assim, Asmodeus foi chutado do
Monte Celestia e com isso, caiu em Baator, no que, acabou por cair as nove
camadas de Baator, indo parar na última camada que é Nessus, resultando em
crateras de sua queda e ferimentos que perpetuam durante toda sua longa
vida. Do sangue que caía por causa da sua expulsão do céu eram concebidos
Pir Fiend senhores das profundezas e diabos. Houveram outros anjos caídos
que se tornaram diabos, porém, Asmodeus foi o primeiro diabo.
Os Deuses queriam rasgar o contrato feito por Asmodeus, no entanto,
eles sabiam que somente uma entidade de fora poderia ler e fazer uma
audiência para sentenciar esse contrato ser rasgado, eles resolveram chamar
Primus, uma entidade do plano Mechanus, um imortal juiz conhecedor de tudo.
O julgamento de Asmodeus, que foi colocado do lado esquerdo, os anjos do
lado direito e Primus no centro do julgamento. Ele leu o contrato e deixou que
ambos os lados se defendessem. Bom, Primus, em minha defesa, digo que as
almas que vieram a mim, eram almas gananciosas, as que se negaram cair em
tentação eu as deixei em paz, e ademais, essas almas servem como poderio
para que eu possa dizimar os demônios. Para isso que fui criado. Os anjos
estavam muito raivosos, não sabiam como mostrar a Primus que Asmodeus
era um manipulador e mentiroso. Primus decidiu que apenas um dos anjos
poderia ter a palavra e assim foi feito uma fila de anjos que iriam falar, contudo,
o anjo Zariel cortou a fila e tomou a frente para falar poucas e boas para
Asmodeus, entretanto, os anjos não permitiram e começaram a brigar entre si.
Asmodeus estava dando uma risada e parecia contente com a situação de
seus patéticos irmãos. Primus ficou muito irritado e decidiu por cancelar o
julgamento, manteve a situação como estava, no entanto, Primus garantiu que
Asmodeus manteria sua palavra de acabar com os demônios e deu a ele um
cetro com um rubi, disso fornece mais poder a Asmodeus, mas, ele obrigava
Asmodeus, assim que ele fizesse um contrato com qualquer pessoa a seguir à
risca esse contrato.
A Dama da Dor comanda a cidade das portas em Sigil, ela almeja que
todos os planos sigam a ordem e com o tempo foi perdendo a vontade de viajar
pelos outros planos, não possuía contato com nenhuma entidade cósmica,
apenas alguns humanóides que iam até a cidade das portas atrás de itens
raros, armas mágicas e chaves para os portais que levariam a outros planos.
Ela conseguia ler os pensamentos de todos os seres que iam até Sigil e se
percebesse que algum ali, queria desequilibrar para que o caos vencesse a
ordem ou ordem vencesse o caos, ela imediatamente pegaria esse indivíduo é
lhe aplicaria dor. Corriam rumores por Sigil que um anjo caído estava tomando
conta do planeta Baator, ele se chamava Asmodeus. A Senhora da Dor sentiu
curiosidade por esse ser que teria ganhado a chance de comandar um planeta
para castigar os pecadores, ela, sabia bem como aplicar a dor e gostaria de ver
com seus próprios olhos seu semelhante.
No continente de Faerun, algum acontecimento catastrófico resultou na
morte da deusa da magia Mystra, diante disso, todos os deuses que faziam
parte do panteão da magia se espalharam pelo cosmo e um deles chamado
Azuth, caiu e foi parar em Baator, imediatamente Asmodeus tendo seu pedido
caído dos céus, visto que, ele almejava ser um Deus, vendo a oportunidade em
suas mãos, abocanhou o deus Azuth e o engoliu, com isso, ele absorveu seus
poderes e se tornou um Deus Maior. Quando Asmodeus se tornou uma
divindade maior, ele tomou para si, todos os tieflings no mundo para si, todos
pertenceriam a Asmodeus e tiveram sua fisionomia alterada. Com o passar do
tempo, descobriu que Azuth não estava morto, ele continuava vivo na barriga
de Asmodeus e ambos travavam uma luta para quem teria controle sob o
corpo. Um dos cultistas de Asmodeus começou a pensar em um plano para
tirar Azuth dali, porém, mantendo os poderes divinos de Azuth em Asmodeus.
Ele começou a procurar por um outro deus que poderia o ajudar, ele conseguiu
entrar em contato com outra entidade que ajudaria a separar Azuth e manter
seus poderes em Asmodeus. Eles tiveram a ideia de ir atrás de um deus muito
antigo chamado Nanasin, ressuscitar essa divindade e assim Asmodeus
poderia pegar todo o poder divino de Nanasin para si e libertar Azuth. E foi
assim que aconteceu, Nanasin foi ressuscitado pelos cultistas e Asmodeus o
devorou, consumiu seu poder divino e libertou o deus Azuth, isso resultou na
perda de poderes de Asmodeus que acabou se tornando uma divindade
menor.
A Senhora da Dor viajou até as nove camadas de Baator e mudou sua
fisionomia, ela usurpou a identidade de outra diaba e sumiu com o corpo,
começou a andar livremente por Avernuss a primeira camada, e descobriu que
o arquidiabo Asmodeus ficava na última camada, em Nessus, ela se direcionou
até lá, e percebeu que só os melhores diabos podiam entrar em contato com o
arquiduque, ela fez a mesma coisa com o segundo corpo e pegou sua
fisionomia e marcou uma reunião com Asmodeus. Nessa reunião, Asmodeus
percebeu que aquele ser na sua frente não era seu diabo de confiança, ele
identificou que aquela entidade era a lady of pain e teve a ideia de manter essa
farsa para ver o que ela queria, ele também percebeu que aquela entidade
almejava por ser amada. A Dama da Dor, não conseguiu usar sua magia de ler
pensamentos em Asmodeus e isso acontecia justamente por ele ser um ser
celestial, ela gostou da ideia de ela mesma descobrir as intenções daquele
diabo. Aos poucos eles foram se aproximando, Asmodeus gostava da
companhia daquela diaba e sempre pedia para vê-la durante a noite. Ele
começou a corteja-la e enviava joias para ela, era sempre romântico nos limites
de um diabo, ele propôs a ela que ambos se casassem pois ele estava
perdidamente apaixonado por ela. A Dama da Dor vendo que também
começou a amar esse ser, revelou ali mesmo, que na verdade não era quem
ele pensava, mostrou sua verdadeira forma para Asmodeus que de primeiro
momento ficou surpreso, ainda assim, ele pediu a sua amada que ela deixasse
seu reino para morar ali com ele e ser tornar sua regente. Eles fizeram amor ali
mesmo. Ela, disse a Asmodeus que tinha dois segredos que queria contar a
ele, e que não poderia ser contado a mais ninguém, ela finalmente falou seu
verdadeiro nome pois confiava sua vida a Asmodeus, também contou que ela
era o ser mais antigo na terra, que viveu durante muito tempo sozinha e que
almejava amar alguém, e que o segundo segredo é que seu sangue era
poderoso, que com ele era possível criar um elixir que seria capaz de
enfraquecer qualquer entidade cósmica no multiverso. E desse ato de amor, a
Dama da Dor concebeu uma criança. No dia do seu parto, ela sofreu muito, na
realidade, ela achava que qualquer dor que ela já havia sentido antes não se
igualava a dor do parto, Asmodeus estava ao seu lado e parecia feliz por ter
seu primeiro primogênito, sangue do seu sangue, ela deu a luz a uma linda
criança, que ainda não tinha chifres, rabo ou asas, tinha a cor de cobre e os
cabelos castanhos, puxou a beleza da mãe. Entretanto, o parto foi muito difícil
e a dama desmaiou de tanta dor e ficou inconsciente por alguns minutos. Em
seu sonho, ela conseguiu identificar as intenções de Asmodeus, ela passou por
cada momento que passou ao lado dele e conseguiu perceber atitudes
maquiavélicas, ele sabia desde o dia da primeira reunião quem ela era, e o
tamanho do seu poder, se aproximou de propósito e fez ela se apaixonar por
saber que era essa sua fraqueza, alguém que a amasse verdadeiramente, ela
viu que as intenções dele sempre foram ser forte o suficiente e com ela do lado
ele poderia matar qualquer deus. Asmodeus acreditava num mundo
conturbado, ele queria acabar com ele e fazer outro que fosse da sua vontade
e nada disso era o que a Dama da Dor queria, ela era uma entidade que
prezava pela Ordem, e Asmodeus representava o Caos, que estava se
sobressaindo sob a Ordem. Ela lembrou-se de seus dias de glória, não poderia
abaixar a cabeça para um ser tão inferior como Asmodeus, ela tinha o papel de
manter a Ordem e tomou uma decisão. Ela tomou novamente a consciência e
pegou sua filha nos braços, ela chorou de tristeza por sua filha, pediu que
todos a deixassem a sós com sua bebê e chorou a noite toda. No outro dia,
após o nascimento da sua filha, a dama já havia recuperado todos os seus
poderes e sentia-se plena novamente, ela teve a ideia de fazer uma festa para
chamar todos os arquidiabos e comemorar o nascimento da herdeira. Ela
estava magnífica com um vestido vermelho decotado e estava lado a lado com
Asmodeus que se vangloriava pelo nascimento da sua primeira filha, esbanjava
a todos os diabos o quanto ele era poderoso. A dama, pediu a atenção de
todos e propôs um brinde. Em comemoração a vida da minha primeira filha que
se tornará uma entidade poderosa assim como a mãe ordeno que todos
bebam, é uma pena que ela crescerá aos cuidados do pai, talvez ela se torne
uma criatura ludibriosa como ele. Todos no salão riam, porém, ao ouvirem o
que a próxima rainha disse ficaram surpresos e boquiabertos. Provavelmente
vocês não entendem o que um ser cósmico como eu, estou pensando, afinal
vocês são meros diabos, bom, o que eu estou dizendo é que para a
infelicidade de Asmodeus eu não serei sua rainha. Você não terá meus
poderes em suas mãos asquerosas, eu sou a Senhora da Dor, a entidade
cósmica mais antiga, que nasceu da guerra dos deuses contra os primordiais e
não abaixarem minha cabeça a um mero anjo caído. Ela levanta sua mão e
arremessa seus soldados diabos para longe, faz um sinal de aperto com as
mãos e eles explodem, os arquidiabos ficam em alerta e Asmodeus se levanta
do trono enfurecido. A Senhora simplesmente estrala seus dedos e Asmodeus
é levado para o Abismo e lá começa a lutar com vários demônios que foram
para cima dele. Já no Castelo de Nessus, a dama, arremessa todos os
arquidiabos e causa neles ferimentos graves. Ela se aproxima de sua filha e
pronuncia na sua língua Minha querida, eu sempre vou lhe amar, contudo,
receio que você deve se manter aqui com seu pai, caso você não venha ser
um ser caótico e maligno como ele, eu permito que de vez em quando você
venha me visitar em Sigil, lhe dou esse poder, sempre que desejar ver sua
mãe, tendo um bom alinhamento, poderá se teletransportar para meu reino e
ficará um tempo comigo. Adeus Glacia. Ela olha para os súditos de Asmodeus
e diz que o nome da herdeira é Glacia, que eles, seres asquerosos podem
tentar tomar o trono de Asmodeus a vontade, contudo, se eles tentarem fazer
qualquer coisa contra sua filha, ela voltará e torturou pessoalmente quem ousar
encostar nela.
Dos acontecimentos no salão do Castelo de Nessus, diversos
arquidiabos tentaram se autodestruir para subirem ao trono. Sempre se
lembrando do que a Dama da Dor disse sobre sua filha Glacia. No entanto, o
arquiduque Mefistófeles tomou Glacia para si e a protegeu, esperando que
Asmodeus aparecesse logo para tomar seu lugar no trono, Mefistófeles
almejava sentar no trono dos noves infernos de Baator mas sabia que dessa
forma, ele somente levaria a ira de Asmodeus para ele, além disso, era óbvio
que Asmodeus só poderia sair do seu trono quando o próprio Primus
ordenasse, ele precisaria provar perante o tribunal de Mechanus que
Asmodeus não cumpria com os contratos feitos, contudo, era muito difícil burlar
a magia que o cetro de rubi tinha. Asmodeus não demorou muito para dizimar
vários demônios que tentaram lhe matar, pouco a pouco os demônios foram
vendo que ele era poderoso demais e pararam de atacar ele, dessa forma,
Asmodeus pode finalmente abrir um portal para voltar ao seu Castelo em
Nessus. Ele percebeu o caos instalado em seu salão, diabos que na primeira
oportunidade, tentaram usurpar seu trono e colocou todos em seus devidos
lugares. Do salão ele não notava sua filha e por um momento ficou assustado,
até que Mefistófeles surgiu com sua bebê no colo e entregou a Asmodeus.
Meu Senhor, aqui esta sua filha, ela se chama Glacia foi o nome que a Dama
da Dor deu a ela. Apesar da traição, ela jurou a todos nesse salão que
qualquer um que tentasse matar sua filha, ela voltaria e castigaria esse ser.
Asmodeus pegou sua filha no colo e com muita relutância permaneceu com o
nome dado por sua traiçoeira esposa. Ele deu a Mefistófeles um alto posto
como arquidiabo na oitava camada, por ter sido o único que não tentou lhe trair
naquela noite e o restante dos traidores ele castigou severamente.
Himo Lathalas é um poderoso guerreiro humano, ele vagava pelas terras
distantes sem um objetivo de vida, estava anoitecendo e ele sabia que devia ir
para um lugar para se proteger da noite escura. Ali, próximo dele, havia uma
estalagem e ele resolveu ir até lá para descansar e comer. Ele se acomodou na
estalagem e pediu uma refeição completa e uma cerveja artesanal, tomando
um gole da cerveja ele aventurou seus olhos pelo salão e percebeu que
próximo da sua mesa, haviam alguns seres estranhos, com chifres e pelagem
vermelho escuro. Himo se lembrou que em um dos diários de seu avô falava de
seres com chifres, altos, normalmente com pelagem vermelha, essa raça era
uma mistura de demônios com humanos e costumavam ter um coração
malévolo e caóticos, como eram todos os demônios. Himo se questionou o
porquê de haver seres como aqueles naquele recinto, mas, continuou comendo
sua refeição. Após a acabar sua comida, Himo deu o último gole na cerveja.
Com um estrondo a porta da entrada explodiu em pequenos pedaços e da
entrada surgiu uma aura luminosa, praticamente impossível de distinguir o que
era aquele ser, contudo, seus olhos foram se adaptando a imensa luz e da
porta se adentrou uma mulher alta, uma guerreira com uma armadura pesada e
dourada, com cabelos brancos e compridos, ela era robusta e sua cor de pele
era morena, ela tinha nas suas mãos uma espada pesada e jamais vista por
ele, nessa espada estava cravejada de joias raras e era feito do aço mais forte
por aquelas redondezas, no seu rosto também havia um elmo dourado que
protegia seu rosto, sua beleza era tão imensurável que ele nem percebeu que
nas costas daquela mulher haviam um par de asas grandes e felpudas. A
mulher se aproximou da mesa do demônio e lhe disse Valar drakareis apt sor
fith ed Asmodeus. Era muito lógico que Himo só entenderia a última palavra
pronunciada, Asmodeus era o nome do diabo mais poderoso do multiverso. Ele
sentiu um arrepio na espinha e consequentemente sua visão ficou escura. Ele
se lembrou da morte de seus pais, dois bons guerreiros que foram torturados e
mortos por demônios que proclamavam a vitória a Asmodeus. Quando sua
visão voltou a ficar clara novamente , ele viu a mulher atacar o demônio, com
sua espada ela tentou acertar a cabeça do demônio e ele se defendeu,
empunhou uma espada flamejante e contra atacou a guerreira, ambos
começaram uma luta com suas respectivas espadas e era muito claro que
quem se colocasse no meio daquela luta teria facilmente seus membros
cortados tamanho era a habilidade dos dois guerreiros. Em um ato rápido, a
mulher conseguiu retirar a espada do demônio e lhe cortou a cabeça, o sangue
espirrou na armadura reluzente. Ela respirou fundo e cravou seus olhos em
mim, seus olhos se demoraram até que da entrada surgiram mais demônios,
na realidade aquilo eram diabos – automaticamente Lathalas se lembrou que
diabos e demônios eram seres opostos, que inclusive se odiavam, vagando na
mente pelo diário de seu avô, ele lembrou de uma lenda que contava que
Asmodeus quando engoliu vivo o Deus Azuth ele conseguiu fazer um feitiço
que fizesse que todos os tieflings, ainda que, não fossem seus filhos de
sangue, eram agora sua propriedade. Ele então deduziu que os primeiros seres
que aquela guerreira lutou eram tieflings e os que surgiram depois sim, eram
diabos – o desgarrado decapitado no chão era minúsculo perto dos demônios
que estavam na porta. Omno quis sergos, heuhudb gueirioe a then deade
ropidu. A mulher cravou os dentes e mesmo sendo do tamanho dos diabos, o
número era grande demais para lutar sozinha, contudo, como uma grande
guerreira não perdeu a oportunidade, ela abriu suas lindas asas e voou para
cima do diabo destruindo o restante da porta. Com o buraco enorme feito na
porta era possível ver que ela lutava bravamente, ela empunhava duas
espadas em suas duas mãos e ainda assim, conseguia lutar graciosamente,
parecia que ela comandava as peças de xadrez, suas asas pareciam ter vida
própria, enquanto, ela lutava com os diabos, suas asas derrubavam outros dois
diabos, no entanto, quanto mais ela matava mais surgiam diabos. Ela respirava
ofegante e por um deslize o diabo maior lhe deu um soco forte que lhe
arrancou sangue. A mulher cuspiu o sangue e gritou. Lathalas sentiu o gosto
amargo do ódio em sua boca, aqueles diabos eram lacaios de Asmodeus, e
ele, o grande guerreiro prateado, teria prazer em matar alguns diabos daquele
ser desprezível. Ele empunhou sua espada e foi correndo até o diabo maior.
Não gritou ou proferiu palavras, ele contava com o fator surpresa. Ele deslizou
pelas pernas abertas do diabo e rasgou-lhe a barriga. Cortou a cabeça de outro
diabo que estava próximo e começou uma luta de espadas com outros dois
diabos. A mulher que agora Himo conseguia perceber melhor era um anjo
solar, os generais da raça angelical e poderosos anjos. – Cassandra sua mãe
ficaria imensamente orgulhosa de ver seu filho lutando lado a lado de um ser
superior como um anjo solar e com esse pensamento Himo sorriu de lado. –
Ela chutou outro diabo e cortou os braços de outro que estava atrás de Himo.
Ambos ficaram lado a lado dando suas costas uns aos outros. Logo que
Lathalas adentrou na briga ao lado da guerreira, o número de diabos foi
diminuindo e por fim, os diabos cessaram. Ambos cambalearam para lados
opostos e despencaram no chão. Seus rostos estavam cheios de sangue,
assim como, suas armaduras. Lathalas fechou os olhos e sorriu, seus dentes
cheios de sangue, o sangue de diabo era horrível, mas ele estava feliz de ter
matado esses seres horrendos. Finalmente a mulher falou num idioma que ele
entendia. Não costumo agradecer a seres inferiores como vocês humanos,
contudo, agradeço pela sua ajuda, devo ser justa, afinal, não teria conseguido
destruir essa horda de seres medíocres. Himo gargalhou e engasgou. Achei
que não agradeceria ser superior. Devo ressaltar, que fiz isso por motivos
pessoais. Himo Lathalas. A mulher se sobressaltou e mudou a direção os olhos
para o céu. Lathalas, conheço a história de sua família, perdi grandes
guerreiros protegendo seus familiares, e sinto muitíssimo, o poder celestial dos
anjos não foi suficiente para impedir aquela tragédia. Eu me chamo Annora
Vess e sou a general da legião solar, perdi muitos soldados nessa guerra e
estou em busca de recompensar sua família. Eu viajei por várias terras em
busca de você Lathalas. Annora se levantou e se aproximou de mim, meu
semblante estava sério e carrancudo. Eu procuro pelo arquidiabo Asmodeus e
foi ele o diabo supremo responsável pela morte de seus pais.
Durante anos Annora Vess a general das forças solares foi recuperando
seu poder e conseguindo soldados e aliados para a guerra que estava cada
vez mais próxima, Himo Lathalas estava lado a lado no que era possível para
um humano ter contato com anjos. Eles sabiam que Asmodeus tinha alguma
franqueza que os pais de Lathalas sabiam a única pista era um livro perdido da
dinastia Lathalas que diziam os rumores conter um feitiço capaz de
enfraquecer um deus. Infelizmente eles também sabiam que Asmodeus estava
durante todos esses séculos, consumindo poder e armando um plano para
acabar com os deuses e seres celestiais. Himo e Annora lutaram juntos
durante anos, e a partir disso, foi criando uma afeição reciproca entre ambos.
Lamentavelmente Himo vivia muito pouco, afinal, Annora era imortal. Já haviam
se passados 20 anos de sua vida mortal e ambos sabiam que a luta contra
Asmodeus provavelmente duraria milênios, eles enfim, pensaram em si
mesmos e aproveitaram para viver um amor proibido.
A partir do relacionamento de Annora com Himo nasceu a raça Aasimar,
que carregam dentro de suas almas a luz dos céus. Eles descendem de
humanos tocados pelo poder do Monte Celestia, o reino divino de muitos
deuses leais e bons. Uma raça de humanos com anjos, eles possuíam a força
dos anjos, porém viviam em torno de 160 anos, quase o dobro que os
humanos. Do ato de amor de Annora e Himo, conceberam duas crianças
gêmeas. E novamente gêmeos. Outros anjos também se apaixonaram por
humanos e mais crianças nasceram do envolvimento dessas raças.
Tristemente, Himo morreu com 70 anos, contudo, ele teve a oportunidade ver
seus quatro filhos nascerem, crescerem e lhe ensinarem a lutarem como um
grande guerreiro. Annora sofreu muito a perda de seu amado e também sabia
que infelizmente seus filhos também poderiam morrer. O tempo passou e seus
filhos lutaram bravamente contra dos diabos e demônios, eles destruíram
hordas e hordas de diabos. E como os primeiros da sua raça eles se tornaram
lendários.
Aasimar são colocados no mundo para servir como guardiões da lei e do
bem. Seus patronos esperam que eles combatam o mal, liderem pelo exemplo
e promovam a causa da justiça. Desde a infância, um aasimar recebe visões e
orientações de entidades celestiais através dos sonhos. Esses sonhos ajudam
a formar um aasimar, concedendo um sentido de destino e um desejo de
justiça.
Os anjos solares normalmente eram os generais, entretanto, havia também
outras raça de anjos, como os devas e os planetares, e quando a general solar
Annora teve seus filhos, os deuses decidiram que os anjos devas deveriam ser
os anjos protetores e mensageiros da raça Aasimar, cada aasimar devia
responder as ordens de um deva e eles deviam ser devotos a algum deus.
Como prova de sua devoção, os aasimar seriam considerados os campeões
dos deuses.
Ao viajar, os aasimares preferem usar capuzes, elmo fechado ou outros
equipamentos que lhes permitam esconder suas identidades. Eles, no entanto,
não hesitarão combater o mal abertamente. O desejo secreto é nunca pôr em
risco os inocentes.
Conforme o tempo passou, Annora sentiu a perda de seus filhos por ser
imortal, ela acabou morrendo por tristeza, mas, felizmente conseguiu
acompanhar seus netos, bisnetos, tataranetos e uma grande geração de seus
filhos.
Passaram 500 anos, e cada dia mais Asmodeus ficava mais forte, ele
parecia se alimentar de anjos que possuíam a aura divina dos deuses e isso o
deixava muito poderoso, nessa época o mal começou a prevalecer sob o bem.
Asmodeus começou a dividir para multiplicar seu poder, ele conheceu um
ambicioso elfo do sol, que seria coroado rei em pouco tempo. O arquidiabo via
muito potencial nesse elfo, mas, sabia que ele era apaixonado por uma elfa e
tratou de acelerar as coisas, ele tramou para que aquele elfo se separasse da
elfa que amava, colocasse ele contra ela e também ordenou que matassem
seu pai o rei dos elfos do sol para que o príncipe fosse logo coroado. Seus
planos seguiram como planejado. Ele deu grande parte de seu poder para esse
Rei elfo, contudo, como ele previu, esse ser inferior possui um grande talento,
ele conseguiu multiplicar o poder dado, e o poder multiplicado do Rei elfo era
de Asmodeus, ele querendo ou não. Asmodeus deixou ele viver a vida dele
após ter separado ele de sua amada e ter amaldiçoado a vida da primogênita
da rainha, Asmodeus nunca cobrou os serviços por ter dado tamanho poder,
pois ele, tramava que, aquele rei elfo seria o seu ÀS na manga, seu coringa na
guerra cósmica que viria. Asmodeus tinha o plano de destruir toda a terra e
vida dada pelos deuses. E para isso eles mesmo devoraria sua criação, no
entanto, o que mais lhe saciava era devorar a alma dos seres celestiais.
Aragorn Vess era um grande guerreiro anjo solar que se apaixonou por
Bastet Valaris uma aasimar – raça formada a partir de uma relação de um anjo
com um humano – que descobriu ser apta a magia e para tal ato ela escolheu
um patrono celestial da entidade cósmica ki-rin, ela era uma brilhante bruxa e
possuía um enorme poder. Juntos eles formaram poderosos campeões dos
deuses. Seus irmãos aasimar começaram a seguir para o lado de bruxos e
clérigos além de guerreiros e paladinos. Bastet e Aragorn se casaram e
viveram tempos felizes, eles tiveram filhos e a filha mais nova, era uma linda
menina de cabelos ruivos e pele clara. De seus irmãos ela era a mais astuta e
observadora, podia ser pequena perto de seus irmãos, porém, ela observava
tão bem que conseguia saber a hora de atacar e seu ponto fraco. Com 20 anos
de vida Liliana Vess, era uma excelente combatente e já tinha o maior posto
para a sua idade a de tenente-coronel da legião de aasimar.
Numa noite fria e chuvosa, Liliana dormia em sua cama, normalmente os
aasimar dormem e tem visões do passado ou futuro, contudo, naquele
momento seu sonho era bem diferente do normal. Um ser luminoso andava por
um lugar imenso e escuro, apesar do dom de enxergar no escuro, não era
possível enxergar nada, apenas, aquele ser grande e que imanava muita luz. O
cenário escuro foi mudando e conforme aquele poderoso ser caminhava era
possível ver uma floresta com grandes árvores, flores e plantas, porém, o som
dos ventos, animais não havia ou melhor, não existia nenhum. Conforme o ser
ia chegando perto de Liliana ela consegue distinguir que seus traços
correspondiam ao Deus Moradin. Moradin sorriu para Liliana e deu a mão a
ela. Ele acariciou seus cabelos e beijou suas mãos. Liliana estava lisonjeada e
queria ficar de joelhos perante o deus, quem era ela para ficar cara a cara com
o deus da criação, entretanto, Moradin lhe disse para não fazer essa bobeira,
ele estava ali como uma igual. Liliana Vess eu acompanhei seus pais, os juntei
e acompanhei o nascimento e a vida de seus irmãos, contudo, você Liliana, foi
a criatura que mais me chamou atenção da raça aasimar, meus irmãos e eu
acreditamos que você pode ser uma das chaves para enfraquecer Asmodeus.
Há muito tempo, Corellon o deus da magia nós disse que existe um tipo de
feiticeiro que pode ter sua alma favorecida por nós deuses, e um tipo de
feiticeiro jamais visto pela terra antes, e queremos que você carregue esse
poder. Liliana parecia confusa, mas se sentia honrada. Sua majestade Moradin
é uma honra, contudo, um poder tão grande para uma única aasimar, e além
disso feiticeiros são seres que nascem com a magia e eu não nasci com
magia. Moradin sorriu e arrumou as mechas dos cabelos de Liliana. Querida, a
magia de feiticeiro também pode surgir a partir de um evento catalisador ou de
uma dádiva e daremos essa dádiva. No entanto, devo ressaltar que esse
caminho será difícil e ardiloso. Asmodeus está ficando mais forte e logo não
haverá nada mais que o impeça. A única solução e matando um dos lacaios
mais poderosos de Asmodeus, o rei elfo do sol, ele é um poderoso bruxo e é
da dinastia Holimion, sua família está marcada por sangue e guerra. Com
Adran Holimion não foi diferente. Você deve mata-lo e assim conseguirá
reduzir significativamente os poderes de Asmodeus e se vocês tiverem sorte,
conseguiram reduzi-lo o suficiente para mantê-lo nas rédeas. Savras o deus da
adivinhação e do destino, obteve o presságio de um poderoso livro de uma
antiga dinastia de guerreiros, os Lathalas, e neste livro, contém a receita para
fazer um elixir muito poderoso feito a partir do sangue da Dama da Dor que
seria forte o suficiente para enfraquecer qualquer deus, com sorte esse elixir
poderá enfraquecer até mesmo Asmodeus, o deus também previu uma
profecia e acreditamos que você juntamente de outros guerreiros serão os
destinados. Minha querida, eu o Deus da criação Moradin lhe encarrego de um
pouco do meu poder celestial. Corellon o deus da magia lhe concede sua
faísca divina. Savras o deus do destino lhe concede um pouco do seu poder. E
a partir de hoje, Liliana Vess você se torna uma feiticeira de alma favorecida
por nós os três Deuses de diferentes panteões e que se juntaram para lhe
conceber tamanha honra.
Liliana se sobressaltou e respirou fundo, ela queria imaginar que aquilo
havia sido apenas um sonho, porém, ela sabia no fundo do seu peito que
aquilo era real. No outro dia, como era de costume Liliana estava treinando
com seu irmão Abbadon. Sua espada flamejante de sua ancestral Annora Vess
foi dada de presente para Liliana por seu reconhecimento como líder inata,
enquanto Abbadon o filho mais velho tinha a espada de seu ancestral Quarion
Vess, eles lutavam ferozmente, Liliana nunca conseguiu ganhar de seu irmão
Abbadon em uma luta de espadas, apesar da sua maestria com elas. Liliana se
protegeu da investida de seu irmão e contra-atacou, porém, os reflexos de
Abbadon eram mais rápidos e ele se defendeu, numa reviravolta, Abbadon
usou sua mão esquerda para dar um soco em sua irmã e lhe deixa-la sem seus
sentidos. Liliana sentiu o soco e cambaleou para trás, seu nariz estava cheio
de sangue e possivelmente estava quebrado. Uma tremenda raiva dominou
seu corpo e dessa raiva ela lançou sua mão até ele, e dê seus dedos uma
magia poderosa e ardente atingiu Abbadon em cheio o deixando nocauteado.
Liliana correu até seu irmão e usou seu poder de curar pelas mãos.
Após esse acontecimento Liliana foi chamada pelo conselho de anjos
devas, e ela lhe contou a história do deus Moradin, eles conversaram muito e
chegaram à conclusão que Liliana devia ser mandada para longe para
embarcar em uma aventura. A luta contra o enfraquecimento de Asmodeus
seria longa e para isso era necessário adquirir tamanho poder que ela não
conseguiria nessas terras, ela também precisaria de aliados. Os anjos devas
lhe deram um pergaminho e deixou explicito que ela só poderia abrir aquele
pergaminho quando se encontrasse com a criança que o rei elfo do sol
amaldiçoou. Liliana se despediu de seus pais e irmãos e agradeceu todo amor
e ensinamentos concedidos de seus familiares. Liliana estou orgulhoso de
você, muitíssimo e você minha irmã deve acreditar no seu potencial, assim
como, eu acredito, você é capaz dessa missão, e oras, se você foi capaz de
finalmente derrotar seu irmão mais velho e poderoso ninguém mais pode parar
você. Eles deram gargalharam e se abraçaram. E assim começa a aventura da
protagonista Liliana Vess uma poderosa aasimar que foi destinada a
enfraquecer um Deus, e que por seu caminho precisará de aliados fortes e
corajosos para derrotar Asmodeus.
Na época que Liliana vivia nas terras dos anjos aasimar, ela usava um
vestido longo verde, seu vestido possuía uma fenda nas pernas para colocar
adagas ou objetos pequenos, decotado no peito com braceletes em seus
braços, botas altas nas pernas com um couro capaz de sustentar chutes em
um guerreiro, seus cabelos eram compridos e ruivos, seus olhos azuis.
Passado o tempo de descobrimento de ser uma feiticeira e como qualquer
aasimar que embarcava em aventuras, Liliana usava uma capa branca com
detalhes em dourado com capuz para esconder seu rosto e sua aura angelical,
usava braceletes dourados nas mãos e uma armadura que protegia somente
seu peito, por baixo da sua capa ela usava um vestido que era capaz de ficar
confortável em qualquer tipo de cenário, foi feito por uma incrível artesã de
Dragonlance chamada Samantha, eram vermelhos cobre assim como seu
cabelo, que já não são mais tão comprido como antes. Ela mede 1,75 de altura
e pesa 65 kg. Atualmente possui 23 anos e quando completou 20 anos atingiu
o posto mais alto para a sua idade, o posto de tenente-coronel da legião
aasimar. Sua tendência é neutra e boa, pois faz o melhor que pode para ajudar
os outros, sem distinção de sexo, raça ou classe. Liliana fala os idiomas
comum dos humanos e herdou o idioma de sua língua natal, o celestial falado
por seres celestiais. Em uma de suas viagens, ela descobriu gostar de um
líquido espumante feito por anões, ela brinca consigo mesmo que Abbadon
teria gostado muito dessa bebida e sempre que tem a oportunidade bebe esse
líquido chamado cerveja para lembrar de sua casa que há muito tempo ela não
vê e sente saudades.
Liliana não sabe que seu pai na verdade, era um anjo solar, ninguém da
sua raça sabe, apenas os anjos devas, como qualquer outro aasimar, seu pai
Aragorn Vess morreu em uma batalha, isso é o que Liliana acredita, contudo,
anjos solares são imortais e seu pai, esta servindo no Monte Celestia, já que foi
castigado pelos deuses por ter se apaixonado por uma aasimar, que já entra
em contrapartida, visto que, anjos não deveriam se apaixonar, já foi um pecado
Annora Vess ter se apaixonado por um humano, daquela vez, eles permitiram,
e ademais, os anjos que tiveram permissão de se relacionar com humanos por
terem se apaixonado eram anjos de alto escalão, ainda faltava muito para
Aragorn Vess chegar ao posto de General de uma legião, e somente quando
alcançasse esse posto ele poderia finalmente reencontrar seus filhos.
PROFECIA DAS CRIANÇAS
Haverá um tempo que o mal prevalecerá
sob o bem. Deuses e anjos serão mortos em
batalhas e o inimigo terá seu exército
multiplicado...
Da junção de um anjo solar e um humano
dará a vida uma raça de meio anjos, e dessa raça,
uma poderosa criança nascerá, ela que pode ter
sua sina tecida a partir da teia do destino, para
salvar o mundo, deve se tornar uma conjuradora
da magia celestial...
Uma elfa que sofreu amargamente por se
apaixonar pelo elfo errado, conhecerá o amor
verdadeiro, e desse amor eles geraram uma
criança. Contudo, essa criança sofrerá uma
maldição pelo homem que sua mãe se apaixonou
no passado. E dessa maldição, essa criança
passará por várias provações para se tornar uma
poderosa conjuradora...
Com a junção dessas duas crianças o
mundo terá uma chance de finalmente conseguir
enfraquecer o mal, entretanto, esse caminho será
árduo. As crianças precisarão da ajuda de
aliados com algum passado com o mal e o bem e
que elas tenham sabedoria para discernir que
mesmo alguém aparentemente mal pode ser o
seu maior aliado nessa guerra.
Do sangue de Lady of Pain é possível
fazer um elixir vermelho, um poderoso feitiço.

Savras, deus do
destino

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