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A HISTÓRIA DE SADERAMON

Capítulo I: A criação do globo

No início dos tempos, havia somente os cinco deuses comandantes do universo.


Perceberam que a infinitude de suas vidas deveria servir para algum propósito. Durante
milênios, debateram sobre o que seria este propósito. Criaram, então, o mundo e toda a
vida que nele habita. Foram milhões e milhões de anos para chegar a um ser ideal. Mesmo
assim, todas as vezes em que criavam vida, os seres se autodestruíam; matando uns aos
outros com guerra após guerra. Este fato perdurou durante milhares de criações e milhares
de tentativas. Através destas diversas falhas, os deuses incineravam o mundo e
continuavam com os debates. Numa certa tentativa de criação, perceberam que deveriam
criar algo chamado de spiritus – uma espécie de identidade de cada ser presente no globo
da vida. Apesar da continuidade das guerras, os deuses viram nascer algo chamado
spontanea fides, onde os seres veneravam e agradeciam pela vida e sentiam a presença dos
deuses. Diante disso, fizeram o trato de Sarademon, onde constava que cada deus tinha
direito a governar uma parte desse globo. Dividiram, então, o mundo em 5 partes.
Nasceram, então, os reinos de Hrot Oštepu – reino cercado por um rio imenso chamado de
Old snake; Terras Brancas de Sneg – reino onde a cultura de adoração ao deus Vasily é
grande; Floresta densa de Chuangdan – reino de montanhas cercadas por uma floresta
sombria e perigosa para os intrusos; Deserto desenvolvido de imekọ ihe ọnụ - Povo
inteligente que conseguiu, literalmente, tirar água de pedra; e, por último, as praias
sorrateiras de Taeawun – aqui só sobrevivem os mais espertos.
Depois de feitos os cinco reinos, os deuses designaram 5 anjos para organizarem os reinos,
escolherem as famílias reais e separarem os limites das terras. As leis de cada reino
ficavam por conta do próprio reinado.
Por cinco mil anos, os deuses estiveram contentes com o mundo, mas algo começou a
enfraquece-los – era a spontanea fides se acabando no spiritus dos seres criados –
conhecidos como humonewen. Precisavam intervir de algum modo. Primeiramente,
criaram um modo de punição – jogando fome e pragas por todo o globo. Só que ao invés
de recuperar os seres de volta à fé, a ira foi criada. Muitos dos humonewen agora odiavam
os deuses e se uniram aos seres Kahudrus – demônios inimigos dos deuses. Neste
momento o globo de Saderamon se separou. Os cinco povos agora eram inimigos. Três
desses veneravam os Kahudrus e apenas dois veneravam os cinco deuses.
Vasily – deus das lutas e da força –, decidiu destruir o trato de Saderamon sem consultar os
outros deuses. Ashia, deusa da cura e da misericórdia, não concordou com a atitude e levou
consigo o trato de Saderamon para o centro onde ocorriam as reuniões com os outros
deuses. Sentindo a presença da deusa Ashia, Klaus, deus da vingança e da esperteza, logo
apareceu, seguido de Chun Li, deusa da segurança e da floresta. Ambos ficaram do lado de
Ashia para proteção do Trato de Saderamon. Vasily conseguiu convencer Ciel’zbran, o
deus das armas e da pontaria. Diante daquela mesa, não houve luta, mas nenhum deus
conseguia dizer o que queria, com o barulho ensurdecedor. Até que Ashia pede silêncio.
– Não estão vendo que destruir o Trato de Saderamon não nos levará a nada? Tudo o que
construímos durante todos esses milhares de anos perecerá só por conta de um problema?
Eu sei que estamos enfraquecidos com a união de parte do mundo com os Kahudrus, mas
nós, unidos, poderemos muito bem reverter isto. Disse Ashia.
Vasily, coberto pela raiva, após se sentir traído pela humanidade, retruca.
– Se deixarmos como está, os Kahudrus ficarão mais fortes e, diferente da ultima guerra,
conseguirão nos ganhar. Lembrem-se que depositamos quase toda a nossa força nesses
seres e hoje a maioria está contra nós.
Chun Li corta Vasily durante sua fala e diz:
– Não é verdade. Os monges das montanhas são nossos devotos há milhares de anos. Seria
injusto da nossa parte fazê-los perecer por conta de falhas de outros humonewen.
Nesse momento, até Ciel’zbran se convence de que destruir o trato de Saderamon não é a
melhor opção.
Depois de algum tempo, os deuses decidiram criar um ser com o restante de suas forças.
Este ser ganharia a melhor das características de cada deus e seria responsável por restaurar
a fé no mundo. Seria chamado de divina perfectio. Seguidos dessa ideia, cada deus criou
um orbe, onde deveria inserir sua melhor característica.
Vasily transfere para o seu orbe toda a sua força e sua resistência, criando o orbe das
rochas; Chin Li transfere para o seu orbe o poder de controlar toda a vida nas florestas,
chamou-o de orbe das raízes; Ciel’zbran move sua pontaria e senso de perigo para o orbe,
batizou-o, então de orbe das lanças; Ashia estende suas mãos no orbe e transfere o poder
de cura e ressureição, chamando-o de orbe da saúde; Klaus, estende a mão sobre o orbe e
transfere a sua velocidade e, sem perceberem, coloca no orbe a sua maldade, batizou-o de
orbe negro.
Feitos todos os orbes, chegou a hora da criação daquele ser celestial. No momento em que
os deuses levavam os orbes, Klaus, rapidamente, toma das mãos dos outros deuses e tenta
fugir do centro das reuniões carregando consigo os orbes. Vasily usa sua força e derruba
Klaus do centro. Os orbes caem na terra junto ao deus. Cada orbe cai em um território
diferente. O orbe da saúde cai no reino de hrot oštepu; o orbe negro cai em Taeawun; o
orbe das rochas cai em imekọ ihe ọnụ; o orbe das raízes cai em Chuangdan e, por último, o
orbe das lanças cai no reino de Sneg.
Vasily e os outros deuses decidem se transformar em humanos para recuperarem os orbes e
salvarem a terra de uma catástrofe eminente se Klaus pôr as mãos nos cinco orbes.

Capítulo II: Terras seguras de Chuangdan

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