Você está na página 1de 6

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO A MITOLOGIA CELTA

No início havia somente o mundo das névoas, Niflheim e o mundo de fogo, Musphelhein, e entre eles
havia o Ginungagap, "um grande vazio" no qual nada vivia. Em Ginungagap, o fogo e a névoa se
encontraram formando um enorme bloco de gelo. Como o fogo de Musphelhein era muito forte e eterno,
o gelo foi derretendo até surgir a forma de um gigante primordial, Ymir, que dormiu durante muitas eras.
O seu suor deu origem aos primeiros gigantes. E do gelo também surgiu uma vaca gigante, Audumbla, cujo
leite jorrava de suas tetas primordiais em forma de 4 grandes rios que alimentavam Ymir. A vaca lambeu o
gelo e libertou o primeiro deus, Buro, que foi pai de Borr, que por sua vez foi pai do primeiro Æsir, Odim, e
seus irmãos, Vili e Vé. Então, os filhos de Borr, Odim, Vili e Ve, destroçaram o corpo de Ymir e, a partir
deste, criaram o mundo. De seus ossos e dentes surgiram as rochas e as montanhas e de seu cérebro
surgiram as nuvens.

Os deuses regularam a passagem dos dias e noites, assim como das estações. Os primeiros seres humanos
eram Ask (carvalho) e Embla (olmo), que foram esculpidos em madeira e trazidos à vida pelos deuses
Odim, Honir/Vili e Lodur/Ve. Sol era a deusa do sol, filha de Mundilfari e esposa de Glen. Todo dia, ela
montava através do céu em sua carruagem puxada por dois cavalos nomeados Alsvid e Arvak. Esta
passagem é conhecida como Alfrodul, que significa "glória dos elfos", que se tornou um kenning comum
para o sol. Sol era perseguida durante o dia por Skoll, um lobo que queria devorá-la. Os eclipses solares
significavam que Skoll quase a capturava. Na mitologia, era fato que Skoll eventualmente conseguia
capturar Sol e a devorava; entretanto, a mesma era substituída por sua filha. O irmão de Sol, a lua, Máni,
era perseguido por Hati, um outro lobo. Na mitologia nórdica, a terra era protegida do calor do sol
por Svalin, que permanecia entre a terra e a estrela. Nas crenças nórdicas, o sol não fornecia luz, que
emanava da juba de Alsvid e Arvak.

A Sibila descreve a enorme árvore que sustenta os nove mundos, Yggdrasil e as três Nornas (símbolos


femininos da fé inexorável, conhecidas como Urðr (Urdar), Verðandi (Verdante) e Skuld, que indicam o
passado, a atualidade e futuro), as quais tecem as linhas do destino. Descreve também a guerra inicial
entre o Æsir e o Vanir e o assassinato de Balder. Então, o espírito gira sua atenção ao futuro.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO JUDAISMO E CRISTIANISMO

A história da criação é um mito de criação[nota 1] originado do judaísmo e do cristianismo, descrito nos


primeiros capítulos do livro do Gênesis, na Bíblia.

Consiste na ideia de que Deus criou o universo e os seres vivos de forma sobrenatural.[1][2] No entanto, o


termo é mais comumente usado para se referir à rejeição, por motivos religiosos, de certos processos
biológicos, particularmente a evolução.[3][4] Criacionistas, em geral, rejeitam a idade do universo e
da Terra estipulada pela ciência moderna e defendem que o universo surgiu em apenas seis dias há menos
de 10 mil anos e sua cosmologia é originária do literalismo bíblico.[5][6][7] Existem, no entanto, um
espectro contínuo de tipos de criacionismo, variando desde o criacionismo da Terra plana até a aceitação
das teorias científicas modernas sem conflito com a leitura da Bíblia.[1][8] Uma vertente do criacionismo
cristão é o criacionismo científico, que entraram em conflito com a teoria da evolução nas escolas e
tribunais dos Estados Unidos da América na primeira década do século XXI.[1]
Atualmente, para muitos cristãos e judeus, os sete dias da criação do mundo, de que fala a Bíblia, não
devem ser entendidos literalmente e representam apenas uma forma metafórica e alegórica de explicar a
criação do Universo.[9][10] Mas, mesmo assim, algumas correntes cristãs, denominadas fundamentalistas,
originárias em certas regiões dos Estados Unidos, ainda acreditam numa leitura literal da Bíblia.
Alguns judeus ortodoxos defendem pontos de vistas semelhantes a de cristãos fundamentalistas e rejeitam
a teoria da evolução por considerarem-na incompatível com os livros da Torá, porém os judeus são
consensualmente contrários ao criacionismo cristão. A principal razão disto é que consideram o
criacionismo cristão baseado na bíblia do Rei James e não em textos hebraicos originais, que incorporam
comentários adicionais ao texto bíblico.[11]

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO CANDOMBLÉ

De acordo com a crença iorubá, o mundo começou no Ilê-Ifê quando o orixá Obatalá comunicou ao deus
supremo, Olodumaré, o seu desejo de criar a Terra, chamada de Ilê Aiyê.

Como na época o Ilê Aiyê era apenas água primordial, Olodumaré deu a Obatalá um punhado de areia, que
deveria ser jogado sobre a água, e uma galinha ficaria encarregada de espalhá-la sobre a superfície, dando
origem às porções de terra do planeta. Segundo a história, Obatalá perdeu a oportunidade de ser o criador
do mundo ao embriagar-se com um vinho de palmeira chamado emo, restando-lhe a tarefa de criar a
humanidade a partir do barro, enquanto Olodumaré daria o sopro da vida aos indivíduos.

Por essa razão, os filhos de Obatála que se espalharam pelo mundo, foram proibidos de consumir bebidas
alcoólicas, tradição que se mantém até hoje entre seus seguidores.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO O BUDISMO

No Budismo, o Universo é eterno, sem começo ou fim. Existem apenas ciclos de criação e destruição,
chamados mahākalpa. Cada mahākalpa tem quatro subdivisões temporais, os kalpas. No primeiro kalpa, o
mundo nasce, e semideuses reluzentes com 80 mil anos de vida cruzam os céus. O segundo kalpa, em que
nós vivemos, é imperfeito, com decadência, guerra e miséria. O terceiro estágio é a dissolução do cosmos
em fogo. E o quarto é o vazio absoluto – um interlúdio. É então que o vento primordial planta a semente
do próximo mahākalpa. Trata-se de uma cosmologia cíclica, típica das religiões do subcontinente indiano.
Ela é bem diferente da criação na concepção judaico-cristã, em que Deus faz o mundo, vê que ele é bom e
deixa o reality show rolar – sem data de validade. Todas as etnias têm uma cosmologia, que se apresenta
em um desses dois tipos: ou o Universo é eterno e cíclico, ou emergiu em um instante único.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO HINDUISMO

Segundo os primeiros mitos hindus, Brahma criou o universo. Depois disso, ele corta uma parte do próprio
corpo para conseguir criar uma mulher. Sawaswati, também chamada de Saturpa, acabou se tornando a
sua esposa. Para poder vigiar a esposa, o deus Brahma acabou criando mais três cabeças para si. Juntos,
Brahma e Saraswati tiveram o filho Suayambhuva Manu. O deus é conhecido como o pai dos humanos e
responsável por unir o divino e o terreno.

O calendário da criação do mundo de Brahma não corresponde ao mesmo dos humanos. A criação do
mundo, por exemplo, tomou apenas um dia no calendário normal, mas durou cerca de 4 bilhões de anos
para os deuses.
Depois da criação, Brahma dorme, para descansar. No entanto, quando acorda, vê o mundo destruído
por Shiva. Sendo assim, ele senta sobre uma flor de lótus e recria o universo mais uma vez.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO MITOLOGIA MAIA

Na mitologia maia, Tepeu e Gucumatz (o Quetzalcoatl dos astecas) são referidos como os criadores, os


fabricantes, e os antepassados. Eram dois dos primeiros seres a existir e se diz que foram tão sábios como
antigos. Huracán, ou o ‘coração do céu', também existiu e se lhe dá menos personificação. Ele atua mais
como uma tempestade, da qual ele é o deus.

Tepeu e Gucumatz levam a cabo uma conferência e decidem que, para preservar sua herança, devem criar
uma raça de seres que possam adorá-los. Huracán realiza o processo de criação enquanto que Tepeu e
Gucumatz dirigem o processo. A Terra é criada, junto com os animais. O homem é criado primeiro de lama
mas este se desfaz. Convocam a outros deuses e criam o homem a partir da madeira, mas este não possui
nenhuma alma. Finalmente o homem é criado a partir do milho por uma quantidade maior de deuses e seu
trabalho é completo.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO A MITOLOGIA GREGA

Na mitologia grega o mundo foi feito pelo Caos. Ele vivia num ambiente de trevas, vazio, sem nada, então
resolveu criar Gaia, a Mãe Terra, Eros (o amor), Nyx (a noite), e o Tártaro (profundezas da terra).

Gaia, por sua vez, criou Urano, que representava o céu. Eles foram amantes e tiveram 18 filhos (titãs,
ciclopes e hecatônquiros). O deus céu não queria que seus filhos tomassem seu lugar, uma vez que eles
eram fortes e vorazes. Por causa disso, prendeu todos de volta no ventre de Gaia, que sentia  muitas dores,
mas não podia libertar seus filhos sem derrotar Urano. Então, ela fez o seu filho mais novo derrotar o pai:
Cronos cortou os testículos de Urano, deixando-o sem poder.

O sangue que Urano derramou criou três outros filhos: Tisífone, Megera e Alecto, que significavam castigo,
rancor e ódio. Cronos agora tinha poder, mas assim como seu pai, não queria que lhe tirassem o trono,
então deixou seus irmãos presos também em Gaia.

Mais tarde, Cronos se casou com uma de suas irmãs, Reia, porém para não correr o risco de ninguém lhe
tomar o lugar, devorou todos os filhos. Entretanto, ele não contava com a vingança de sua mãe, que não se
conformava com o fato de Cronos ter esquecido dela, que padecia em dores. 

Reia evitou que seu último filho fosse devorado. Para isso, escondeu Zeus para que ele pudesse derrotar o
pai. E assim foi feito. Com a ajuda dos seus tios, titãs, ciclopes e hecatônquiros, Zeus derrotou Cronos em
uma luta de 10 anos, que lhe tirou trono e fez com que ele vomitasse todos os filhos. Como eram deuses,
não morreram após serem devorados.
Assim Zeus recuperou o equilíbrio da Terra trazendo Caos de volta e dividiu os poderes entre outros
deuses: Poseidon ficou com os mares, Hades com o Tártaro e ele com os céus e a humanidade.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO A MITOLOGIA JAPONÊSA

Os deuses convocaram dois seres divinos à existência, o masculino Izanagi e o feminino Izanami, e


ordenou-lhes para criarem seus primeiros lares. Para ajudá-los a fazer isso, os deuses deram ao Izanagi e
Izanami uma lança decorada com jóias, chamado Amenonuhoko (lança do céu). As duas divindades eram a
ponte entre o Céu e a Terra (Amenoukihashi) e agitaram o mar com a lança do céu. Quando as gotas de
água caíram da ponta da lança, a ilha Onogoro-Shima foi formada. Eles desceram à ilha a partir de uma
ponte do céu. Eles tiveram dois filhos, Hiruko e Awashima, mas eram imperfeitos e não eram considerados
como deuses. Em seguida, eles colocaram as duas crianças num barco que foi arrastado pela correnteza de
Onogoro-Shima. Então eles perguntaram aos deuses o que eles fizeram de errado. Após receberem a
resposta, Izanagi e Izanami decidiram se casar novamente e seu casamento foi um sucesso.

Desta união nasceram o Ohoyashima, ou as oito principais ilhas do Japão. Eles criaram muitas ilhas, muitas
divindades e culturas.

Izanagi e Izanami geraram todos os outros kamis(deuses) do mundo, mas Izanami morreu ao dar à luz ao
Kagutsuchi (encarnação de fogo). Perdido em raiva, Izanagi matou Kagutsuchi. Sua morte também criou
dezenas de divindades. Izanagi inconformado com a morte de Izanami empreendeu uma viagem a Yomi ou
"a terra sombria dos mortos." As saídas de Yomi são guardadas por criaturas terríveis e é onde os mortos
vão para, aparentemente, apodrecer por tempo indefinido. Uma vez caída lá, a alma nunca mais poderá
voltar para a terra dos vivos. Ela, prometendo retornar, diz que vai para o Submundo e que lá ele não
poderia ir, tendo de esperar. Izanagi espera, mas depois de muito tempo resolve quebrar a promessa e vai
atrás de Izanami. Izanagi procura Izanami e rapidamente a encontrou. Inicialmente Izanagi não poderia vê-
la porque as sombras a escondiam, mas ele pediu a Izanami para ela voltar com ele. Izanami disse que era
tarde demais pois já tinha comido o alimento do submundo e pertencia agora à terra dos mortos. Ela não
poderia voltar à vida. Izanagi ficou chocado com a notícia mas concordou em retornar ao mundo superior,
mas antes pediu para deixá-lo dormir na entrada do submundo. Enquanto ele dormia ao lado dela, Izanagi
pega uma pente que prendia o cabelo de izanami acendendo fogo para usar como uma tocha. Sob a luz da
tocha, ele observa a forma horrível de Izanami outrora bela e graciosa. Agora era uma forma de carne em
decomposição que dava luz a vários demônios, com vermes e criaturas demoníacas deslizando sobre seu
corpo. Ela, percebendo a audácia de seu marido, manda os demônios o perseguirem. Fugindo das criaturas
demoníacas, Izanagi pega a pente e o quebra, jogando seus pedaços no chão. Os demônios, famintos,
devoram os brotos de bambu que surgiram da pente. Izanagi foge dos demônios, e rolando uma pedra
enorme, os prende no Yomi. Izanagi furioso por Izanami lhe trair, usa os poderes do sol e destrói todos os
demônios. E assim começou a existência da morte, causada pelo orgulho de Izanami.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO A MITOLOGIA NORDICA

No início havia somente o mundo das névoas, Niflheim e o mundo de fogo, Musphelhein, e entre eles
havia o Ginungagap, "um grande vazio" no qual nada vivia. Em Ginungagap, o fogo e a névoa se
encontraram formando um enorme bloco de gelo. Como o fogo de Musphelhein era muito forte e eterno,
o gelo foi derretendo até surgir a forma de um gigante primordial, Ymir, que dormiu durante muitas eras.
O seu suor deu origem aos primeiros gigantes. E do gelo também surgiu uma vaca gigante, Audumbla, cujo
leite jorrava de suas tetas primordiais em forma de 4 grandes rios que alimentavam Ymir. A vaca lambeu o
gelo e libertou o primeiro deus, Buro, que foi pai de Borr, que por sua vez foi pai do primeiro Æsir, Odim, e
seus irmãos, Vili e Vé. Então, os filhos de Borr, Odim, Vili e Ve, destroçaram o corpo de Ymir e, a partir
deste, criaram o mundo. De seus ossos e dentes surgiram as rochas e as montanhas e de seu cérebro
surgiram as nuvens.

Os deuses regularam a passagem dos dias e noites, assim como das estações. Os primeiros seres humanos
eram Ask (carvalho) e Embla (olmo), que foram esculpidos em madeira e trazidos à vida pelos deuses
Odim, Honir/Vili e Lodur/Ve. Sol era a deusa do sol, filha de Mundilfari e esposa de Glen. Todo dia, ela
montava através do céu em sua carruagem puxada por dois cavalos nomeados Alsvid e Arvak. Esta
passagem é conhecida como Alfrodul, que significa "glória dos elfos", que se tornou um kenning comum
para o sol. Sol era perseguida durante o dia por Skoll, um lobo que queria devorá-la. Os eclipses solares
significavam que Skoll quase a capturava. Na mitologia, era fato que Skoll eventualmente conseguia
capturar Sol e a devorava; entretanto, a mesma era substituída por sua filha. O irmão de Sol, a lua, Máni,
era perseguido por Hati, um outro lobo. Na mitologia nórdica, a terra era protegida do calor do sol
por Svalin, que permanecia entre a terra e a estrela. Nas crenças nórdicas, o sol não fornecia luz, que
emanava da juba de Alsvid e Arvak.

A Sibila descreve a enorme árvore que sustenta os nove mundos, Yggdrasil e as três Nornas (símbolos


femininos da fé inexorável, conhecidas como Urðr (Urdar), Verðandi (Verdante) e Skuld, que indicam o
passado, a atualidade e futuro), as quais tecem as linhas do destino. Descreve também a guerra inicial
entre o Æsir e o Vanir e o assassinato de Balder. Então, o espírito gira sua atenção ao futuro.

ORIGEM DO MUNDO SEGUNDO A MITOLOGIA EGIPCIA

A crença egípcia conta que no início existia apenas o oceano, e Ré, o deus do Sol, tendo nascido de uma
flor de lótus ou de um ovo, surgiu à superfície da água, trazendo consigo quatro crianças: os
deuses Shu e Geb e as deusas Tefnut e Nut. Shu e Tefnut tornaram-se na atmosfera, pairando sobre Geb,
que se tornou a terra e criou Nut, que se transformou no céu. Ré reinava acima de todos. Da união de Geb
com Nut nasceram quatro crianças : dois filhos, Osíris e Seth, e duas filhas, Ísis e Néftis. Osíris sucedeu
a Ré como rei da terra, com o apoio de sua irmã e esposa, Ísis. Seth, que odiava o seu irmão, Osíris, matou-
o e conquistou o poder sobre a terra. Ísis, tendo embalsamado o corpo do marido com a ajuda do
deus Anúbis, ressuscitou Osíris, recorrendo à magia, que se tornou senhor do submundo. Hórus, filho
de Ísis e Osíris, derrotou, mais tarde, Seth numa grande batalha e tornou-se senhor da terra. Partindo
deste mito da criação, surgiu a conceção da Enéade, composta por um grupo de nove deuses, e da Tríade,
composta por um pai divino, uma mãe e um filho. Todos os templos egípcios possuíam a sua Enéade e
Tríade. Contudo, a Enéade mais conhecida era aquela composta por Ré, seus filhos e netos, que era
adorada em Heliópolis, o centro do culto solar. A origem das divindades locais é obscura. Pensa-se que
umas tenham sido adotadas e adaptadas de religiões estrangeiras e outras a herança das religiões
da África pré-histórica, que gradualmente sofreram um processo de fusão e se transformaram numa
estrutura religiosa complexa. Algumas destas divindades locais tornaram-se em deuses de culto nacional,
como Ré. Para além das divindades já referidas, os deuses Amon, Tot, Ptah, Khnum, Hapi, Hator, Mut, Neit
e Sekhmet eram também relevantes. A sua importância teria aumentado com a ascendência política das
suas cidades de origem. Em Mênfis a Enéade era liderada pela Tríade composta pelo pai  Ptah, pela
mãe Sekhmet e pelo filho Imhotep, que adquiriram uma grande importância no período das Dinastias
Mênfitas, no Império Antigo. Do mesmo modo, quando as dinastias de Tebas governaram o Egito, a Enéade
desta cidade tornou-se muito importante, sendo liderada pelo pai Amon, pela mãe Mut e pelo filho
Khonsu. Durante a 5.ª Dinastia os faraós reclamaram a sua ascendência divina e foram, a partir de então,
adorados como filhos de Ré, assistindo-se, progressivamente, a uma fusão entre os deuses ditos
verdadeiros e seres humanos que haviam sido glorificados. Os deuses egípcios eram, geralmente,
representados com corpo humano e cabeça humana ou animal. Por vezes, os animais estavam associados
e expressavam características dos deuses. Ré, por exemplo, era representado com cabeça de falcão, sendo
este animal sagrado pelo seu voo cortante. Hator, a deusa do amor e da alegria, era representada com a
cabeça de uma vaca, Anúbis fazia-se representar com cabeça de chacal, Mut possuía cabeça de abutre
e Ptah era representado com cabeça humana ou, por vezes, sob a forma de um boi, chamado Apis. Estes
animais eram venerados, por estarem associados a determinados deuses, mas só foram adorados durante
a 26.ª Dinastia. Alguns deuses eram representados por símbolos, como o disco solar ou as asas de falcão,
que o faraó usava na sua coroa.

Você também pode gostar