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A origem de tudo é Anu, o Uno.

Anu era um ser único e o único ser. Ele era uma entidade, uma divindade solitária
vagando por uma dimensão conhecida como Pérola. Em Anu estavam todas as dualidades.
Tanto o que era bom quanto o que era mau, a luz e as trevas, o material e o espiritual, alegria e
tristeza. Todas as naturezas dúbias, os princípios opostos, a essência de toda a contrariedades
que seriam possíveis de existir. Anu era um ser completo. Completo, mas não perfeito, segundo
sua própria percepção de si mesmo.

Almejando alcançar o que considerava ser um estado perfeito, Anu desprendeu-se de


tudo o que não considerava útil ter em si mesmo. A tudo o que o solitário ser excluiu de si
chamou-se Mal.

Por muito tempo, se é possível chamar dessa maneira, já que o próprio conceito de
tempo talvez ainda não houvera se formado ainda, o Mal vagou espalhado por Pérola sem que
tivesse um recipiente para contê-lo. Em um fatídico momento tudo o que fora expelido por Anu
se aglomerou em uma única essência. Criara-se, então, o segundo ser existente, que recebeu o
nome de Tathamet, o Dragão de Sete Cabeças, o Mal Primordial.

Presos, agora, dentro de um único local, os núcleos do Bem e do Mal digladiavam entre
si sem cessar, em um incomensurável choque de forças discordantes e perfeitamente
equilibradas. Após dias infindáveis de batalhas épicas e uma quantidade insana de energia
desprendida, finalmente ambos os seres resolveram atacar com o ápice de seu potencial. A fúria
desmedida ocasionou um violento choque pujante que desencadeou uma explosão de luz e
matéria tão absurda que deu origem ao próprio Universo.

Tanto o Primeiro Ser quanto o Dragão foram destroçados pelo embate de seus poderes.
Anu transcendeu a um lugar além do Universo, uma espécie de dimensão de bondade da qual
mais nada se sabe. Enquanto isso o Mal Primordial espiralou para as camadas mais baixas da
realidade. Porém um legado de ambos os seres primordiais permaneceu no Universo.

De Anu sobraram o olho, que posteriormente ficou conhecido como Pedra do Mundo e
alojou-se no centro do universo dando suporte de todos os lugares e do próprio tempo, e a
coluna, que com o passar das eras deu origem ao Arco Cristalino, em torno da qual o Paraíso
Celestial viria a se formar. É, também, a partir desse Arco que se dá o nascimento dos Anjos e
dos Arcanjos. Há lendas que contam que os cinco arcanjos que formam o Conselho Angiris, o
mais alto escalão do Paraíso Celestial, são a personificação das maiores virtudes de Anu. A saber:

Imperius, Arcanjo da Bravura. O atual líder do conselho, que comanda os Salões da


Bravura. Tem em sua mão direita Solarion, a lança da bravura;
Tyrael, Arcanjo da Justiça. Passa a ser também o Arcanjo da Sabedoria depois da queda
de Malthael. Criador da Ordem dos Horadrim, comanda o Tribunais da Justiça e
empunha a espada El’druin;
Auriel, Arcanjo da Esperança. O mais racional entre todos os Arcanjos. Usa uma longa
fita como arma, o Cordão da Esperança, também conhecido como Al’maiesh e domina
sobre os Jardins da Esperança;
Itherael, o Arcanjo do Destino. É o mais solitário dos Arcanjos e utiliza-se do pergaminho
Talus’ar para olhar os eventos futuros. Toma conta da Biblioteca do Destino;
Malthael, o Arcanjo da Sabedoria. Após sua queda perde o título para Tyrael tornando-
se o Arcanjo da Morte. O ex-líder do Conselho usa o cálice Chalad’ar para observar a
conectividade das coisas. Seus domínios são as Piscinas da Sabedoria.
Já a casca enegrecida que sobrou do corpo de Tathamet formou a base dos Infernos
Ardentes. A partir do seu corpo putrefato, como larvas que devoram a carne, surgiram os
demônios menores e de cada uma de suas sete cabeças nasceu um dos Grandes Males. A saber:

Os Três Males Principais:

Diablo, o Senhor do Terror. O caçula dos três irmãos, é considerado o pior deles;
Baal, o Senhor da Destruição. É o irmão do meio, indiretamente responsável pela
destruição da Pedra do Mundo;
Mephisto, o Senhor do Ódio. O mais velho deles, dito por alguns ser o terceiro ser da
Criação.

Os Quatro Males Menores:

Andariel, a Donzela da Angústia. Irmã gêmea de Duriel, também chamada de Rainha


Demônio por ser a primeira demônio feminina;
Duriel, o Senhor da Dor. É o mais rápido entre os Grandes Males;
Belial, o Senhor das Mentiras. Foi um dos líderes da rebelião contra os Males Principais;
Azmodan, o Senhor do Pecado. Liderou, junto com Belial, a rebelião contra os Males
Principais. É dito ser o maior estrategista do Inferno Ardente.

A interminável batalha entre Anu e Tathamet está fadada a continuar através das eras.
O legado de ambos os Primais, os Anjos do lado do Paraíso Celestial e os Males do lado dos
Infernos Ardentes, estavam, no fim das contas, destinados a perpetuarem a luta de seus
criadores. O embate entre as duas forças iniciou o que ficou conhecido como Conflito Eterno.

O troféu desse conflito não era nada mais nada menos do que o centro de todo o
Universo, a Pedra do Mundo. Dizem que quem a controlava tinha a capacidade de moldar a
realidade e criar vida e mundos quase sem restrições. Os anjos usaram a pedra para criar
mundos de perfeita ordem, de acordo com seus ideais. Os demônios a usaram para criar
mecanismos de aniquilação e mundos de destruição, terror e ódio. No entanto, nenhum dos
mundos, independentemente de seu criador, jamais floresceu e estava condenado a murchar e
morrer devido à guerra. Do lado celeste o Conselho Angiris criou o Exército da Luz, em
contrapartida os Grandes Males fundaram as Hordas Infernais.

Visando predominar sobre o conflito o Arcanjo Tyrael construiu uma fortaleza ao redor
da Pedra do Mundo enquanto a balança do Conflito pendia para o lado angelical. Essa fortaleza
ficou conhecida como Pandemônio. Ela passou a ser o local de embate entre as duas forças,
tornando-se a sede de uma energia primordial que continuou formando e destruindo terras ao
redor. As batalhas do Conflito Eterno estenderam-se no tempo e espaço alterando
frequentemente a própria estrutura da realidade. Desde o Arco Cristalino, no próprio coração
dos espaços celestiais, até as Forjas Infernais, do submundo. Os guerreiros desta batalha
viajavam para onde quer que a guerra os levasse.

É normal que após incontáveis batalhas por um tempo imensurável guerreiros de ambos
os lados estivessem cansados do Conflito. Uma das figuras mais importantes nesse meio foi o
Conselheiro do Conselho Angiris, Inárius. Depois de séculos de guerra e de testemunhar
incontáveis atos de brutalidade, Inárius chegou à conclusão de que o conflito era injusto e que
tinha que chegar a um fim. Ele tentou fazer Tyrael ver seu ponto de vista, mas o arcanjo não se
deixou influenciar. Inárius, imerso em seus mais profundos pensamentos, considerou que ele
não poderia ser o único, tinha que haver anjos e demônios que também buscavam escapar do
destino que tinha sido imposto a eles. Ele resolveu encontrar essas pessoas e levá-los a um novo
começo.

Em sua busca Inárius acabou forçado a lutar uma batalha na Fortaleza Pandemônio,
onde foi capturado pelas Hordas Infernais. Durante o período que Inárius permaneceu preso,
ele vociferou sobre seus desejos de ser livre do Conflito Eterno, com o intuito de buscar
simpatizantes para a sua causa. Com o tempo a filha de Mephisto, a demoniza chama Lilith,
libertou Inárius, e disse ao anjo que eles se encontrariam novamente. Ele foi imediatamente
cativado por ela. Lilith tinha sofrido com o ódio de seu pai e, como Inárius, tinha esperado muito
tempo uma oportunidade de se rebelar. Os dois uniram forças e até mesmo vieram a se
apaixonar. Eles fizeram um pacto que escapariam do Conflito Eterno. Com o tempo conseguiram
reunir muitos seguidores de ambos os lados. Juntos, eles rejeitam o Céu e o Inferno e buscaram
um novo lar para viver.

Ambos, anjo e demônio, renegados, acabaram por ter acesso a Pedra do Mundo e
conseguiram alterar a sua frequência e o alinhamento dimensional, usando seu poder para se
esconder dos anjos e demônios que ainda lutavam. A Pedra do Mundo foi deslocada para uma
nova dimensão. Lá, Inárius e seus seguidores criaram um mundo em torno dela. Um mundo de
refúgio que eles chamariam de Santuário. As forças do Céu e do Inferno tomaram ciência do
desaparecimento da Pedra do Mundo, mas não tinham ideia de onde estava ou quem a tinha
tomado.

Longe das brigas de seus antigos aliados e inimigos, Inárius cria o Monte Arreat como
uma espécie de escudo protetor ao redor da Pedra do Mundo. A partir daí o resto do mundo
seria formado. Inárius secretamente enganou todos os outros renegados tomando o poder da
Pedra do Mundo para si, dando a ele poderes inimagináveis o que fez dele o ser mais forte de
Santuário e governante de fato. Por fim eles haviam feito o impossível, unir anjos e demônios e
criar um mundo no qual eles poderiam coexistir.

Em seu novo mundo, Lilith e Inárius viviam como um casal, e com o tempo tiveram um
filho chamado Rathma. Ele foi o primeiro, mas não o último. Logo, uma raça inteira tinha tomado
forma. Inicialmente eles foram chamados de “Os Antigos” porem, com o tempo, ficaram
conhecidos como Nefaléns. Esta raça era formada por seres perfeitos que possuíam habilidades
mágicas impressionantes. De fato, eles tinham tanto potencial que poderiam rivalizar os poderes
do Céu e do Inferno. Algo jamais presenciado no Universo.

Diante do nascimento destes incríveis seres, uma discórdia surgiu entre Inárius e Lilith
com relação ao destino dos Nefaléns. Lilith queria criar e ajudar a desenvolver os poderes dos
Nefaléns para, assim, construir um exército poderoso o bastante para conquistar ambas as
forças do Céu e do Inferno. Entretanto, Inárius os via como uma ameaça ao seu poder absoluto
dentro de Santuário e almejava destruí-los. Enfurecida pela ameaça de extinção de seus filhos,
Lilith iniciou e deflagrou um plano para perseguir e aniquilar todo e qualquer anjo e demônio
que habitava Santuário. No final de sua caótica perseguição, não havia mais nenhuma criatura
viva em Santuário além dela, Inárius e os Nefaléns. Conhecendo a natureza de Inárius e sabendo
que ele não suportaria uma existência de solidão eterna, Lilith conclui que aquela atitude, apesar
de extrema, iria impedir Inárius de destruir os Nefaléns, forçando-o a mudar de ideia.

Quando Inárius descobriu a carnificina que Lilith tinha causado, ele a enfrentou e a
subjugou, exterminando grande parte dos Nefaléns no processo. Muitos dos primogênitos
foram destruídos por Inárius durante a batalha contra Lilith. Isso levou Rathma a fingir sua morte
e fugir para o misterioso reino Inferior, onde mais tarde descobriria a fonte de uma poderosa
arte oculta, porém, ele foi incapaz de matar Lilith, exilando-a no Vazio, um reino misterioso onde
os seres ou entidades podem ser enviados por forças poderosas para serem presas por toda a
eternidade - uma outra dimensão paralela.

Inárius, sendo o último de sua espécie em Santuário e vendo que não conseguiria
eliminar todos os Nefaléns, alterou a Pedra do Mundo para fazer com que os poderes dos
Nefaléns diminuíssem ao longo do tempo dando origem aos humanos. Em seguida, vendo que
as sucessivas gerações de Nefaléns diminuíram, tornando-se homens comuns, ele desapareceu.

No reino inferior Rathma conhece Trag'Oul, um dragão que age como o Protetor de
Santuário. Pouco se sabe sobre a origem de Trag'Oul, porém há antigos escritos que mencionam
protetores como ele em outros mundos. Rathma se tornou o primeiro discípulo de Trag'Oul, que
lhe ensinou a preservar o que ele chamava de Equilíbrio. Com o tempo os seguidores de Rathma
deram origem aos Necromantes.

Outros dos primeiros Nefaléns, que também não haviam sido afetados pelas mudanças
que Inárius fizera na Pedra do Mundo, começaram a espalhar sua sabedoria e conhecimento por
Santuário, criando vários clãs. Com o passar das eras a humanidade se espalhou por Santuário,
construiu cidades, desenvolveu sua cultura e etnias distintas. Este foi um período de relativa
paz. As culturas humanas eram divididas sobre dois pontos de vista. O primeiro deles é o
misticismo, o estudo da ciência e da magia, e o desejo de se tornar o mestre de seu próprio
destino. O outro ponto de vista é a fé, a visão de que a humanidade deve colocar sua confiança
nos poderes além da compreensão mortal, para determinar seu destino e estabelecer diretrizes
éticas e morais para viver. Centenas de anos se passaram e as forças do Céu e Inferno
permaneciam inconscientes à existência de Santuário, pelo menos até então.

Embora houvessem vários clãs de magos, eles não formavam uma única organização.
Na verdade, os Clãs de Magos estavam constantemente brigando uns contra os outros, olhando
para seus companheiros magos com desconfiança e ciúme. A aliança dos vários clãs era uma
farsa. Os clãs eram constantemente sondados uns pelos outros, por sinais de fraqueza, que eles
esperavam para explorar, a fim de obter influência e prestígio à custa dos outros clãs. Com
tempo os Magos tornavam-se cada vez mais poderosos. Entre eles havia um jovem chamado
Harash, membro do Clã Vizjerei, que tinha descoberto o poder de comandar os espíritos dos
mortos. Este mago aperfeiçoou esta técnica fazendo com que ele virasse uma lenda e elevasse
o Clã Vizjerei a um dos três maiores Clã Magos de Santuário, passando a ser conhecido como o
Clã Espírito. Mais tarde, os Vizjerei descobriram que os espíritos que eles invocavam eram, de
fato, os demônios dos Infernos Ardentes.

Após algum tempo, os Males Supremos souberam de boatos que falavam de demônios
que haviam sido convocados em um novo reino, por uma nova raça até então desconhecida.
Eles sentiram a humanidade e o poder latente dos Nefaléns e perceberam o seu valor
estratégico. O controle sobre Santuário, e sua população mortal, poderia dar uma vantagem
decisiva no Conflito Eterno.

Para não alertar o Paraíso Celestial, as forças do Inferno optaram por uma abordagem
sutil. Eles criaram um tipo de religião chamado O Culto, que iria gradualmente atrair seus
seguidores mais fundo na escuridão. A princípio parecia um culto pacífico e inofensivo, por fim
tornou-se uma seita maligna, profana, dedicada aos três Males Principais. Na cabeça desse culto
estava o Primus, o Pontífice Máximo. No entanto, o Primus era nada além de uma fachada, um
disfarce usado pelo demônio Lucion, filho de Mephisto, irmão de Lilith. O Culto logo cresceu e
se tornou uma das religiões dominantes de Santuário.

O espantoso crescimento do Culto chamou a atenção de Inárius, que logo descobriu que
não passava de uma armação criada pelos Males Principais. Ele ficou com medo, não apenas por
sua própria segurança, mas também de que seus filhos adotivos fossem descobertos pelo
Paraíso Celestial. Para combater o Culto, ele assumiu o manto de "O Profeta" e formou seu
próprio evangelho, disseminando a sua própria religião denominada Catedral da Luz.

Com a criação do Culto e da Catedral da Luz, a guerra secreta pelas almas da humanidade
tinha começado - uma luta que viria a ser conhecida como a Guerra do Pecado, uma espécie de
Guerra Fria entre o Paraíso Celestial e os Infernos Ardentes usando os humanos como escudo.
As batalhas violentas da Guerra do Pecado ocorreram muitas vezes, mas raramente foram
testemunhadas pelos olhos curiosos do homem. Apenas uns poucos "iluminados" eram
conscientes dos seres sobrenaturais que caminhavam entre as grandes massas da humanidade.

Poderosos mortais surgiram e aceitaram o desafio da Guerra do Pecado, aliando-se com


ambos os lados no grande conflito. Em meio a esta guerra, a demoniza Lilith consegue se libertar
de sua prisão e retornar a Santuário. Ela foi a primeira a ver o potencial dos Nefaléns para formar
um exército e enfrentar o Paraíso Celestial e os Infernos Ardentes. Lilith, então, alterou o poder
da Pedra do Mundo com um feitiço, permitindo que os Nefaléns pudessem desenvolver seus
poderes novamente. Para iniciar seu exército ela escolhe um humano com grande poder
chamado Uldyssian.

Uldyssian levava uma vida difícil como agricultor e, após sua família ter sido dizimada
por uma praga, o que lhe sobrou foi apenas seu irmão mais novo, Mendeln. O irmão mais velho
nutria um ódio sobre as duas maiores religiões em Santuário que, apesar de suas promessas,
não puderam fazer nada por sua família. Enquanto essa raiva crescia em seu peito, Uldyssian
conheceu uma bela jovem nobre chamada Lylia. Aos poucos o rapaz foi descortinando um
grande amor por ela, sem saber que, na verdade, tratava-se de um disfarce de Lilith. Ainda
disfarçada Lilith forja alguns assassinatos para incriminar Uldyssian. O plano dá certo e ele é
preso. Na prisão seus poderes Nefaléns começam a despertar.

Durante o julgamento de Uldyssian, quando estava prestes a ser condenado, um raio


atinge seu inquisidor. Em meio ao caos ele foge com Lylia e durante a fuga mais de seus poderes
se manifestam fazendo com que os habitantes da cidade onde estava creditassem
verdadeiramente os assassinatos ao jovem. Impossível de continuar na cidade, Uldyssian foge
para Partha com seu irmão mais novo, Lylia e dois amigos, Serenthia e Achilios, que ainda
confiavam nele.

Em Partha Uldyssian revela aos habitantes locais os poderes latentes dentro do ser
humano. Isso chama atenção de Lucion, ainda disfarçado de Pontífice do Culto. O filho de
Mephisto envia seu tenente de confiança, o sacerdote Málico, para capturar o rapaz, sem saber
que sua irmã estava com eles. O exército é prontamente destruído por Lilith, sobrando apenas
Málico, que retorna e conta o ocorrido. Percebendo que sua irmã poderia ter voltado a Santuário
Lucion entrega a Málico um chifre mágico capaz de revelar a identidade real de Lylia.

Málico então os ataca novamente com um exército de mortos-vivos, sendo novamente


derrotado e agora morto por Lilith, mas não antes de usar o feitiço do chifre mágico. Lilith foi
lentamente sendo revelada deixando Uldyssian horrorizado. Atordoado pelo fato Lilith o derrota
facilmente deixando-o física e espiritualmente em frangalhos, revelando toda a verdade a ele,
deixando-o para morrer.

Uldyssian não morre e consegue reunir forçar para fugir com seu irmão e amigos dali.
No caminho Lucion intervém pessoalmente, disfarçado como um cavalo branco. O demônio
tentou atrair Uldyssian, porém Mendeln percebe que há algo de errado com o cavalo e avisa seu
irmão. Tentando uma abordagem diferente, já que seu disfarce havia sido descoberto, Lucion,
tomando a forma do Primus (o sumo-sacerdote do Culto), procura mais uma vez convencer o
agricultor a se juntar a ele. Depois de ambas as tentativas falharem, Lucion mudou de tática e
atacou Uldyssian e seu grupo causando a morte de Achilios por uma de suas próprias flechas
encantadas.

Depois de ver seu companheiro morrer seu verdadeiro poder desperta em uma explosão
de raiva. Lucion finalmente revelou sua verdadeira forma. Mas mesmo como um poderoso
demônio acabou por ser dominado pela força e habilidades do Nefelém. Como último ato
desesperado o demônio ofereceu sua obediência e subserviência ao agricultor, mas tudo em
vão e acaba sendo morto.

Nesse meio os irmãos conhecem Rathma. Eles desconfiavam do necromante e eram


muito céticos em relação a ele. No entanto, depois de algum tempo, Rathma decidiu selecionar
Mendeln como seu primeiro discípulo. Ele e Trag'Oul sentiram que Mendeln tinha um grande
potencial para ajudá-los a manter o Equilíbrio, e ele começou a examinar e assistir a Mendeln
sem que Mendeln estivesse ciente. Rathma finalmente enfrentou Mendeln diretamente, e
embora o jovem tenha duvidado a princípio, uniu forças a Rathma e Trag'Oul, tornando-se o
segundo necromante da história. Mesmo depois que Mendeln se tornou seu aluno, Uldyssian
achou difícil fazer amizade ou até confiar em Rathma depois do que aconteceu entre ele e a mãe
de Rathma, Lilith.

Uldyssian e seus seguidores continuaram a viagem para a cidade de Toraja, onde


pretendiam levantar um exército, a fim de derrubar tanto o Culto quanto a Catedral da Luz. Ele
começou a converter pessoas, despertando seus poderes latentes e criando uma nova geração
de Nefaléns. Estes seguidores ficaram conhecidos por Edyrem. Com o seu exército de Nefaléns,
Uldyssian começou uma campanha sistemática para pôr em prática sua vontade. No início, este
movimento trouxe uma vantagem para Inárius, pois o Culto foi o primeiro a sentir a ira dos
Edyrens, sendo destruído.

Inárius, sabendo do retorno de Lilith, iniciou uma caçada a sua antiga companheira,
localizando-a e banindo-a para o Vazio novamente. Porém desta vez tomou providências para
garantir que ela não pudesse retornar, colocando um selo trino sobre ela. Com a destruição do
Culto, a Catedral da Luz passou a ser o alvo de Uldyssian e seus seguidores. Uldyssian e os
Edyrens partiram então para a sede da religião de Inárius. Ao mesmo tempo Rathma também
tentou negociar com seu pai para cessar as hostilidades com Uldyssian e, em vez disso,
concentrar sua atenção no Céu e no Inferno, mas o anjo usou todo seu exército de Inquisidores
para confrontar Uldyssian, apesar de ter sido totalmente em vão.

No embate que ficou conhecido como Batalha do Caminho Dourado. Com a morte dos
Inquisidores da Catedral da Luz, Inárius finalmente desceu de sua torre e confrontou Uldyssian
e seu exército, usando, pela primeira vez, sua presença avassaladora como um anjo em uma
tentativa de converter os Edyrens para o seu lado. Uldyssian rapidamente usou seu vínculo com
seus seguidores e impediu a conversão. Inárius e Uldyssian entraram em confronto no que se
tornou um duelo épico, destruindo o Grande Templo da Catedral da Luz no processo.
A batalha entre Uldyssian e Inárius foi tão grandiosa que acabou chamando a atenção
do Paraíso Celestial. Vendo o movimento angelical os demônios do Inferno Ardente resolveram
agir também. Tanto os seres celestiais quanto e as legiões infernais chegaram a Santuário
prendendo os seres humanos entre as forças de colisão. Os Edyrens fizeram uma oposição
corajosa, lutando contra Anjos e Demônios como iguais, porém Serenthia, o último dos amigos
que haviam fugido no começo com Uldyssian, é morto em batalha com os anjos.

Inárius, que ainda possuía o poder da Pedra do Mundo, sendo exponencialmente mais
poderoso do que um anjo normal, combate diretamente contra Uldyssian, que conseguiu se
igualar em poder. Isso fez com que Inárius perdesse a confiança e, em sua loucura, apenas
preocupou-se em destruir o Nefalém, não importando o custo e ignorando os exércitos dos
anjos e demônios. Uldyssian, entretanto, estava distraído pelos exércitos e Inárius aproveitou a
oportunidade agarrando o humano para dar o golpe final. Todo o corpo de Uldyssian então
infundiu-se em energia.

Enquanto isso Rathma teleporta-se para a Pedra do Mundo e ajuda Uldyssian a alterar
a essência da Pedra, destruindo o vínculo da pedra com os anjos. Sem o seu vínculo com a Pedra
do Mundo, Inárius ficou drasticamente mais fraco e foi derrotado facilmente, mas não antes de
enviar seu filho Rathma para o Vazio, onde havia também selado sua amada. Somente pelos
esforços combinados de Trag'Oul e Mendeln Rathma pode ser resgatado posteriormente.

Com mais uma exibição de incrível força, Uldyssian conseguiu rechaçar ambos os
exércitos para seus respectivos reinos. Os poderes que ele possuía vinham crescendo cada vez
mais e acabaram ficando fora de controle. Algo que só foi percebido quando o mundo inteiro
começou a se desintegrar. Enquanto ele tentava, em vão, impedir que isso acontecesse,
percebeu que era o seu próprio poder que estava destruindo Santuário. Em uma última tentativa
desesperada para conter a destruição tentou absorver toda a energia que voava violentamente
ao redor do mundo.

A energia foi enfim contida, porém por pouco tempo. O antigo agricultor procurou,
então, por um lugar para lançar esta grande energia. Neste momento Trag’Oul falou com ele,
dizendo-lhe de um lugar. Uldyssian revive Achillios e Serenthia, seus dois melhores amigos,
antes de se teleportar para o local sugerido e liberar seu poder em uma explosão deslumbrante
de pura energia. Naquele momento ele se torna algo mais, aparentemente bem próximo de um
deus e transcende para algo ainda maior antes de morrer, no sentido físico.

No final, a batalha terminou em um tipo de vitória, ou pelo menos empate, entre os


Edyrens, os anjos e as forças dos Infernos Ardentes. Rathma então reencontra Mendeln e explica
a ele que seu tempo no mundo chegaria ao fim, instruindo-o a treinar discípulos adicionais para
que o Equilíbrio sempre tivesse guardiões dedicados.

Diante do sacrifício de Uldyssian o Conselho Angiris reúne-se para decidir o destino dos
Nefaléns.

• Imperius vota pelo extermínio dos Nefaléns;


• Mathael se abstêm de votar, o que foi considerado como um voto contra os Nefaléns;
• Auriel e Itherael votaram a favor dos Nefaléns.
• Tyrael, que no início, achava que os Nefaléns deveriam ser mortos, muda o seu ponto
de vista após o sacrifício de Uldyssian e vota a favor deles.
Com apenas um voto de diferença o Conselho Angiris decide que os Nefaléns deveriam
ser poupados. Os Males Supremos e o Conselho Angiris concordaram por um armistício entre o
Paraíso Celestial e Infernos Ardentes, permitindo que os Nefaléns pudessem amadurecer e
decidir por si mesmos de que lado eles iriam ajudar. Neste acordo, Inárius foi levado em custódia
por Mephisto, presumivelmente para ser torturado por toda a eternidade, e todos os Edryens
sobreviventes tiveram suas memórias apagadas pelo Conselho Angiris com a notável exceção de
Mendeln. Tyrael diz aos Edyrens que Uldyssian "será lembrado" como aquele que terminou a
Batalha do Caminho Dourado, e o salvador de seu mundo e de seu povo.

O Sacrifício de Uldyssian criou um fenômeno que só pode ser visto por aqueles em
meditação profunda. Entre estes estava Akarat um asceta que alegou ter sido visitado pelo anjo
Yaerius, que lhe revelou os ensinamentos do que viria a formar a base da ordem religiosa
conhecida como a Ordem dos Zakarum, também conhecido como o Igreja Zakarum e Religião
da Luz. Ao longo dos anos seguintes, os ideais de Akarat foram se espalhado pelas ruas das
cidades de Kehjistan por alguns devotos.

Tempos mais tarde surgiria a Era dos Magos. Magos que retêm suas memórias da
Guerra do Pecado declaram que nenhum mago deve convocar novamente um demônio para o
mundo, que a humanidade deve permanecer livre de influência angelical e demoníaca.

Enquanto isso, nos Infernos Ardentes os quatro Males Menores começariam uma guerra
civil contra os Males Principais. Em sua ignorância, os males menores acreditaram que os três
estavam com receio de continuar o confronto contra o céu. Azmodan e Belial viram a situação
como uma oportunidade para enfrente, derrotar e banir os males principais e assumir o controle
do inferno. Os dois senhores do mal fizeram um pacto com Andariel e Duriel (irmãos gêmeos,
filhos puros de Lilith), em um plano para acabar com o impasse, e alcançar a vitória na guerra
do pecado e finalmente dar fim ao grande conflito. Uma grande revolução aconteceu e quase
todo o inferno foi à guerra contra os três irmãos.

Os irmãos lutaram com selvageria que aniquilou um terço dos exércitos do inferno,
porém, mesmo os três com tamanho poder não puderam conter a leva de demônios, e com seus
corpos enfraquecidos, foram banidos para o Santuário junto a uma leva de demônios que ainda
jurava lealdade aos três irmãos. Azmodan e Belial acreditavam que com tal evento, os céus
voltariam seus olhos para o santuário e teriam uma brecha para acabar com o Grande Conflito.
Porém, o acordo feito entre Belial e Azmodan logo se desfez na disputa para decidir quem
governaria os infernos, que acabou em uma guerra entre eles que perdurou durante eras...

O arcanjo Tyrael, diante disso, e contrariando as ordens do Conselho Angiris de jamais


influenciar os mortais, decidiu intervir em prol da humanidade criando uma ordem secreta de
Magos Mortais, conhecida como Os Sete Magníficos. Esses poderosos humanos deveriam caçar
os três irmãos e pôr fim aquelas malignas entidades. A irmandade ficou conhecida como A
Ordem dos Horadrim e era constituída por feiticeiros procedentes dos diversos e inúmeros clãs
de magos do oriente.

O plano arquitetado por Tyrael constituía apresentar aos magos o poder das misteriosas
Pedras da Alma, poderosos artefatos que continham o poder de aprisionar a essência de um
poderoso demônio dentro dela. Os artefatos foram entregues a Tal-Rasha, líder da Ordem dos
Horadrim e o mais poderoso mago do Santuário. Tal-Rasha e Jered Cain, outro formidável mago
e segundo em comando, reuniram os membros da ordem e iniciaram uma perseguição aos
Males Principais.
Mephisto foi o primeiro a ser caçado e aprisionado dentro de uma Pedra da Alma. O
Senhor do Ódio foi capturado próximo as florestas de Kehjistan – atual Kurast – e encarcerado
debaixo de um templo de luz, onde deveria ser eternamente vigiado pelo conselho superior da
Zakarum.

Um ano depois, o Senhor da Destruição – Baal – foi finalmente encurralado nos desertos
de Aranoch, entretanto, seu aprisionamento se tornou complicado quando a Pedra da Alma que
fora destinado a ele foi estilhaçada em meio à batalha. Apesar de estilhaçada ela ainda poderia
aprisionar o demônio, porém não era suficiente. Foi então que Tal-Rasha se ofereceu para atuar
como extensão do artefato e conter a fúria do Senhor da Destruição em seu próprio corpo.

Após a morte de Tal-Rasha, Jered Cain assumiu o comando da Ordem dos Horadrin e
iniciou a busca para combater e aprisionar o ultimo e mais poderoso irmão: Diablo, o Senhor do
Terror. Após a captura dos seus irmãos, Diablo derrotou e escapou dos Horadrim em diversas
batalhas, mantendo-se oculto no mundo por nove anos. Os Horadrim seguiram o rastro de terror
e anarquia que se estendia pelas terras do ocidente e uma épica batalha que custou a vida de
inúmeras almas corajosas, o Senhor do Terror foi finalmente capturado e aprisionado dentro da
última Pedra da Alma, por um grupo de monges Horadrim liderados por Jered Cain.

OS Horadrim levaram a pedra amaldiçoada para as terras de Khanduras e a enterraram


dentro de uma extensa caverna isolada próxima ao rio Talsande. Sobre essa caverna, foi erguida
um mosteiro – Mosteiro Horádrico – para que pudessem continuar vigiando a Pedra da Alma.
Com o passar das décadas, os Horadrim construíram uma vasta rede de catacumbas abaixo do
mosteiro para abrigar os restos mortais dos mártires de sua ordem secreta. A Ameaça havia
passado com os três irmãos aprisionados, assim os Horadrim acreditavam que a sagrada missão
de sua ordem havia sido concluída.

Embora apenas trancafiados dentro de suas prisões, a Batalha havia apenas começado
para os males principais, concentrando sua força corruptora sobre as Pedra da Alma os irmãos
constantemente testavam os limites de suas prisões e lentamente começaram a distorcê-las as
suas necessidades. Mephisto foi o primeiro a corromper seu artefato aprisionador semeando o
círculo de ódio no coração de seus guardiões – O Conselho superior de Zakarum. A partir de
então espalhou toda sua corrupção nas terras do leste e ao redor das florestas de Kurast.

Foi então que Leoric, um grande senhor do norte, chegou às terras de Khanduras e a
conquistou em nome da Zakarum, declarando-se rei. O rei Leoric e seu conselheiro de maior
confiança, o Arcebispo Lazarus, fizeram seu caminho até a cidade de Tristam e a tornaram a
capital de Khanduras. Com o objetivo de disseminar a religião em Khanduras – Desconhecendo
o iminente perigo – Leoric ordenou a construção de uma catedral em Tristam, sobre um terreno
acima de onde a antiga ordem dos Horadrim guardara a Pedra da Alma de Diablo. O arcebispo
Lazarus foi nomeado como o encarregado superior da catedral.

Não muito tempo depois de Leoric apoderar-se de Khanduras, uma forçam a muito
adormecida despertou nos sombrios recessos abaixo do mosteiro. Sentindo que a liberdade
estava a seu alcance, Diablo entrou nos mais obscuros pesadelos do arcebispo Lazarus e o atraiu
para as profundezas do tenebroso labirinto subterrâneo. Influenciado pelo terror, Lazarus
caminhou por entre as abandonas passagens das catacumbas, até finalmente chegar à câmara
da ardente Pedra da Alma. Não mais no comando de seu corpo ou espírito, o arcebispo levantou
o artefato sobre sua cabeça e pronunciou palavras há muito esquecidas nos reinos dos mortais.
Com sua vontade destruída, Lazarus partiu a Pedra da Alma sobre o chão, permitindo com que
Diablo uma vez mais adentrasse o mundo dos homens. Aqui inicia-se a história de Diablo 1...

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