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''Homem e mulher
Deus os criou''
(Gen. 1 ,27)
As relações homossexuais
à luz da do utrina c·atólic·a,
da Lei natural e da ciência médica
Artpress
2a edição - São Paulo, 20 12
STAT CRUX DUM VOLVITUR ORBIS
A cruz pennanece inabahível enquanto o rnundo gira
Impressão
Artpress Indústria Gráfica e Editora Ltda.
ISBN 978-85-7206-208-4
ÍNDICE
In Jesu et Maria,
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Arcebispo Metropolitano da Paraíba
Cúria Metropolitana
Palácio do Carmo. Praça Dom Adauto s/n
C. P. 13 /1 58.100-970 João Pessoa - PB
Fone: (55) 83. 3133.1000: fax: (55) 83.3133.1029
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INTRODUÇAO
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tólicos, embora sabendo que se trata de uma ação antinatural
condenável, desconhecem a enorme gravidade do pecado que
assim se comete, sempre classificado pela Igreja como peca
do que brada aos céus.
Este opúsculo é um estudo destinado a relembrar aos fiéis
católicos a doutrina e as normas da Igreja sobre o pecado con
tra a natureza denominado homossexualismo. Fundamentado
no Supremo Magistério da Igreja, nos escritos de santos e de
teólogos universalmente aceitos pela Igreja como fidedignos,
utiliza também informações contidas em conceituadas publi
cações.
Moveu-nos a redigi-lo e publicá-lo o zelo pela salvação
das almas, pois os fiéis católicos têm hoje dificuldade em
obter orientação segura para os problemas morais com que
se defrontam diariamente. Seja para a orientação pessoal, seja
visando a educação e formação dos filhos, seja ainda na ação
de esclarecer os parentes e amigos, nada melhor do que base
ar-se no que a Santa Igreja ensina desde todo o sempre. A
desorientação atual é grande, e devemos aderir em tudo à
palavra do Divino Mestre, pois stat crux dum volvitur orbis
- enquanto o mundo gira, a cruz permanece inabalável.
Lamentavelmente, o governo e o poder judiciário de di
versos países, como o nosso, vêm facilitando e colaborando
com a aceitação do homossexualismo. Conivências inimagi
náveis e apoios inaceitáveis, inclusive apoio financeiro pro
porcionado com o dinheiro dos contribuintes, conseguiram
introduzir graves alterações no ordenamento jurídico do País.
Além de ser injusto e imoral em si mesmo, contraria frontal
mente o nosso sentir religioso, que é invariayelmente expresso
pela população quando consultada em estatísticas e levanta
mentos de opinião pública.
Mais censuráveis ainda são as não poucas manifestações
de alguns sacerdotes e escritores católicos de índole esquer-
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dista ou progressista, que reinterpretam e deturpam a própria
Sagrada Escritura, alegando encontrar atenuantes para a gra
vidade do pecado contra a natureza, de fato inexistentes.
Abrem com isso caminho, mesmo quando não seja esta sua
intenção, para justificar esse tenivel pecado. Enfraquecem
também nos fiéis a noção da ameaça da punição divina con
tida nas Sagradas Escrituras, fazendo com que muitos sejam
levados a cometer esses pecados ou aceitá-los como práticas
normais. É de se recear que alguns autores dessas deturpa
ções acabem mesmo sentindo-se livres para cometer essa
abominação, representando funesto exemplo tão contrário
aos votos assumidos por eles diante de Deus.
* * *
9
uma vez convencidos de seus erros, que os rejeitem sincera
mente, convertendo-se a Deus e juntando-se a nós. De acor
do com a famosa expressão atribuída a Santo Agostinho, "nós
odiamos o pecado, mas amamos o pecador". Amar o peca
dor consiste em desejar para ele o melhor que podemos de
sejar para nós mesmos, ou seja, que abandone o pecado e
"ame a Deus com amor perfeito".
Queremos ainda ressaltar que a divulgação do presente
trabalho não tem como objetivo difamar ou injuriar ninguém.
Não nos move o ódio pessoal contra quem quer que seja.
Nossa oposição às pessoas e organizações promotoras do
movimento homossexual visa defender o matrimônio, a fa
mília e as preciosas instituições e normas da civilização cris
tã na sociedade.
* * *
10
I
ou má?
Sim, pois de outro modo ele não saberia como agir, e
11
estaria em situação inferior à dos animais, que são guiados
pelos instintos. Pelo uso da sua razão, o homem conhece a
finalidade das coisas e a necessidade de se guiar por essa
finalidade. Quando age de acordo com a finalidade que lhe é
indicada pela razão (por exemplo, alimentar-se para manter
as forças), sua ação é boa. Quando age de modo contrário a
essa finalidade (por exemplo, comer exageradamente só para
usufruir o excesso de comida), sua ação é má. O testemunho
comum de todos os povos confirma a existência desse conhe
cimento, pois a História atesta que todos são unânimes em
distinguir o bem do mal.
Tudo seria permitido se Deus não existisse, pois neste
cast> não haveria padrão moral objetivo baseado em verda
des imutáveis e eternas. Sem a ordem de Deus estabelecida
no universo, ou se ela não pudesse ser entendida, o homem
flutuaria num mar de insensatez. Suas ações seriam privadas
de racionalidade, portanto não teriam dimensão moral.
Estando impressa nos corações de todos os homens, a
Lei natural é perceptível e conhecível por todos os homens
que atingiram o uso da razão. Ela é a mesma para todos, em
todo tempo e lugar, portanto é universal. É também imutá
vel, pois o tempo não a modifica. E ninguém está dispensado
da Lei natural, todos os homens devem obedecê-la.
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4 - O que têm a ver as relações sexuais com a Lei natural?
A tal ponto se apagou a noção do pecado em geral, e do
pecado contra a castidade em particular, que é adequado lem
brar aqui alguns princípios da Lei natural e do ensinamento
católico a respeito.
Os animais irracionais foram dotados por Deus de instin
tos, por meio dos quais se alimentam, caminham, se defen
dem contra agressões, etc. Desta forma eles vivem e desempe
nham na Terra o plano de Deus. Criando porém o homem
como ser racional - dotado de inteligência e vontade -
Deus lhe deu capacidade para compreender o que é bom ou
mau para a sua natureza, e em consequência praticar as ações
adequadas e evitar as contrárias ao seu fim. Ele precisa usar a
inteligência para entender, e a vontade para decidir. Devido a
tudo isso, a própria razão orienta o homem a dar vazão a seus
instintos dentro dos limites do que é bom para sua natureza;
ou seja, dentro dos limites da honestidade. Isso também vale
para o instinto sexual.
O ser humano compreende facilmente que a perpetuação
da sua espécie depende do ato sexual entre um homem e
uma mulher. Mas compreende também que manter e educar
a prole representa um ônus muito pesado, o que o levaria
facilmente a recusar-se a colaborar na propagação da espé
cie, caso não houvesse para isso um incentivo possante. Daí
ter Deus criado o instinto sexual, com a atração por pessoas
do sexo oposto e o prazer no seu relacionamento sexual. Por
tanto, essa atração e esse prazer representam um estímulo
para se chegar ao fim próprio do ato sexual, que é a propaga
ção da espécie. A procriação é a fmalidade principal, a atra
ção e o prazer são apenas fmalidades secundárias.
Para compreender melhor essa realidade, façamos uma
comparação. Os alimentos que tomamos destinam-se a man
ter as forças, mas isso é ajudado e facilitado pelo prazer que
13
sentimos ao ingerir algum alimento saboroso. Se ignorar
mos a finalidade da alimentação (manter as forças) e passar
mos a comer apenas pelo prazer, e sem medida, estaremos
cometendo um ato de gula e prejudicaremos nossa saúde. Do
mesmo modo, quando alguém transforma em objetivo prin
cipal o prazer das relações sexuais, comete desvio semelhan
te ao do guloso, embora com consequências mais graves.
Agir contrariamente à Lei natural significa que não agimos
de acordo com as fmalidades corretas que a razão nos indica.
apetências?
· Não são as "apetências" ou as "opções" que tornam um
14
- fazer algo ou o seu contrário, escolher entre uma ação e
outra. Mas somos também moralmente livres em relação a
todas essas ações? É certo para mim, em todas as ocasiões,
fazer tudo quanto minha inclinação me impele a fazer? Mi
nha razão responde claramente: Não! É evidente até para uma
criança que algumas ações são boas em si mesmas, moral
mente boas, e outras más em si mesmas, moralmente más.
Os atos bons, a nossa razão endossa e aprova; a estes nós
chamamos certos. Atos maus, ao contrário, nossa razão de
saprova e condena; a estes nós chamamos errados".
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O pecado original produziu no homem uma grande de
sordem em suas paixões. Essa desordem, chamada habitual
mente de concupiscência, exige dele uma luta contínua para
observar os Dez Mandamentos. Nosso Senhor Jesus Cristo
redimiu a humanidade pela efusão do seu preciosíssimo San
gue, e o batismo apaga a mancha do pecado original nas nos
sas almas, mas as consequências desse pecado permanecem:
a fraqueza da carne e a revolta das paixões desordenadas.
Diz São Paulo: "Eu vejo nos meus membros outra lei a lutar
contra a lei da minha razão e me fazendo escravo da lei do
pecado que se encontra nos meus membros" (Rom. 7, 23).
Essas más tendências podem ser vencidas com o auxílio da
graça de Deus, como o mesmo São Paulo proclama: ''Tudo
posso naquele que me dá forças" (Fil. 4, 13).
Os teólogos morais sempre recomendaram extremo cui
dado para evitarmos ser dominados pelos desejos carnais,
devido à fraqueza que o pecado original deixou em nós. Em
seu tratado_ de moral, Santo Afonso de Ligório afirma que
"mais almas caem no inferno" por causa do vício da impure
za. E acrescenta: "Não hesito em dizer que todos os réprobos
são condenados devido a ele, ou pelo menos com ele". O
pecado cometido pelo Rei Davi mostra como é importante a
vigilância. Por falta dela, deixou-se cativar pela beleza de
Betsabé, acabou cometendo adultério e provocando a morte
do marido dela, Urias. O Divino Salvador adverte: "Vigiai e
orai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto,
mas a carne é fraca" (Me. 14, 38).
dade ?
A luxúria- palavra que designa tudo quanto se refere a
esse tipo de pecado - é contada entre os sete vícios capitais.
No plano individual, ela destrói a paz da alma, a nobreza do
16
caráter, o desejo do Céu, e provoca cegueira espiritual. Quanto
mais alguém satisfaz a luxúria, mais ela se toma veemente,
provocando nervosismo, excitação e impaciência, conduzin
do com frequência a outros pecados e até ao crime. Ela ali
menta o egoísmo, a negligência, a impulsividade e a instabi
lidade. Por meio dela se contraem e se disseminam doenças
extremamente dolorosa", sendo fatais algumas delas, como
a AIDS. Em relação à sociedade, a luxúria facilita a corrupção,
fomenta a prostituição e a pornografia toma instáveis as fa
mílias. prejudica a formação infantil, incentiva a contracepção
e o aborto.
Explica Santo Tomás: ''Quando a� potências inferiores
são fortemente excitadas em relação aos seus fms, o resulta
do é que os atos das potências superiores são dificultados,
tornando desordenados os atos humanos. O efeito do vício
da luxúria é que os apetites inferiores, concupiscíveis, vol
tam-se com veemência para seu objeto, o prazer. Dessa for
ma as potências superiores- inteligência e vontade- são
gravemente desordenadas pela luxúria''_
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atenuado nas relações matrimoniais. É o que explica Santo
Afonso de Ligório sobre a fornicação (termo que se aplica à
união carnal quando nenhuma das partes é casada): "A
fornicação é sempre má, mesmo quando, por vezes e aciden
talmente, um fornicador possa educar bem seus filhos. Com
efeito, é contra a Lei natural sujeitar a razão à carne através da
desordem do prazer, como acontece na fornicação. Mas no
matrimônio, embora estando presente o mesmo prazer, por
especial desígnio da Providência tal desordem não acontece".
matrimônio?
Afirma Santo Tomás de Aquino que, pela sua racio
nalidade, o amor conjugal é próprio somente à criatura hu
mana, ordenado não apenas para a procriação, mas também
para a educação da prole e provisão do lar. O canonista Javier
Hervada explica com clareza: "É evidente que o ato conjugal
se ordena à procriação. Sua estrutura natural é a do ato de
fecundação da mulher pelo varão, pondo em exercício o apa
relho reprodutor dos cônjuges". E o Concílio Vaticano 11 as
sim confirmou: "O matrimônio e o amor conjugal são, pela
sua natureza, ordenados para a procriação e educação da pro
le" (Gaudium et Spes, no 50).
Gerar uma vida nova traz consigo a obrigação de educar
uma criança e cuidar das suas necessidades materiais, mais
especialmente da sua educação e formação do seu caráter.
Não se trata de responsabilidade pequena, e ela requer sacri
fício e dedicação. Entre os pais e seus filhos existe um víncu
lo permanente de afeto, responsabilidade e respeito, destina
do a permanecer durante toda a vida, e até mesmo depois.
Nem a morte apaga dos corações as lembranças afetivas de
fanu1ia.
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12 - O amor mútuo dos cônjuges é importante?
É importante, sem dúvida nenhuma. pois sem o amor
mútuo as relações matrimoniais se tornariam árduas e diff-·
ceis. Além do que. sendo o ato de procriação um ato huma
no. ele envolve toda a personalidade humana. não somente a
razão. mas também os sentimentos.
O amor pode ser considerado como amor de desejo (amor
sensível). em que predommam o� sentidos. e amor de ami
zade. que resulta de uma afinidade entre seres humanos e é
guiado pela inteligência e a vontade. Esse amor tende a dese-·
jar o bem do outro. amando-o como se fosse ·'um outro eu".
e não por puro egoísmo e interesse próprio. No dizer de San
to Tomás.. "um amigo é um outro eu mesmo'". e "quem ama,
age em relação ao objeto do seu amor como se fosse ele mes
mo ou parte dele mesmo''.
É esse amor de amizade que constitui o amor conjugaL.
Nele se funda o matrimônio. que normalmente resulta na
geração. proteção e educação da prole. O amor conjugal sa
tisfaz a natural propensão do instinto humano, mas o homem
não deve deixar-se subjugar cegamente por ele. O substrato
mais profundo do amor conjugal deve ser um amor de ami
zade desinteressado e elevado, embora ao ato da procriação
esteja anexo um deleite. Deus assim o quis, para que os ho
mens não se furtassem ao seu dever de propagação da espé
cie humana. A consciência deste dever eleva o homem acima
de sua animalidade.
Quando os esposos são virtuosos, o amor conjugal passa
a existir em vista de um bem superior e toma-se fundamen-·
talmente virtuoso, o que confere solidez ao casamento. Se a
virtude não existe nos cônjuges. ou decai e murcha, frequen
temente o casamento se desfaz.
19
13 A heterossexualidade, ou relação apenas entre pes
-
20
to ou sem dar ao ato pleno consentimento- suas ações cons
tituem uma revolta contra a ordem sábia e maravilhosa que
Deus estabeleceu no universo. Muitos abafam a voz da cons
ciência, rejeitam a Lei natural e agem deliberadamente con
tra o plano estabelecido por Deus. Contrariando assim a von
tade do Criador, ofendem a sua divina Sabedoria. Essa é uma
forma de ateísmo prático, que pode conduzir à negação da
própria existência de Deus (ateísmo teórico), pois somente
assim o homem pode justificar para si mesmo suas normas
erradas de conduta.
Embora estejamos tratando especificamente de homos
sexualismo, que é o qualificativo para atos sexuais entre pes
soas do mesmo sexo, devemos lembrar que são também con
denáveis pelo mesmo motivo a masturbação e as inúmeras
formas de aberrações e perversões sexuais, mesmo quando
praticadas dentro do matrimônio, pois também não condu
zem à procriação.
Em resumo: a atividade sexual só está de acordo com a
vontade de Deus e as regras por Ele postas na natureza quan
do realizada dentro do casamento monogâmico e indissolúvel,
visando a geração e educação de filhos.
21
li
MORAL CATÓLICA
E MANDAMENTOS
16 De onde vem a autoridm:le da Igreja para falar sobre
-
.., .,
Deus destrni Sodoma
e Camorra. Lot foge
com duas filhas,
enquanto sua mulher é
cw·tigada por Deus pelo
.fáto de olhar para trás
(cfr. Gen. J 9. 24 a 26).
Gravura de Gustavo Doré
ISéC. XIX).
sexualismo?
Em sua segunda Epístola. São Pedro mostra que a puni
ção de Sodoma e Gomorra permanece como advertência aos
que praticam o mal, e afirma que Deus '"condenou à destrui
ção e reduziu a cinza� as cidades de Sodoma e Gomorra para
servir de exemplo para os ímpios do porvir'' (Il Pe. 2, 6).
O Apóstolo São Paulo não deixa margem a ambiguidade.
Define especificamente como desonra para os próprios cor
pos a prática do homossexualismo, e acentua o seu caráter
antinatural: "Por isso Deus os entregou a paixões vergonho
sas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em rela
ções contra a natureza. Do mesmo modo também os homens,
deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns
para com os outros, cometendo homens com homens a tor
peza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu des
vario'' (Rom. 1, 26-27).
Ver também: I Cor. 6, 10: I Tim. 1, 10: Rom. 9, 29: Mt.
I O, 15: Judas, 7.
26
coração do homem miserável o caos ferve como Tártaro fin
femo]. De fato, depois que essa serpente venenosa introduz
sua� presas na infeliz alma, o senso é retirado. a memória se
desgarra, a clareza da mente é obscurecida. Ele não se lembra
mais de Deus, e até se esquece de si mesmo. Essa praga solapa
os fundamentos da fé, enfraquece a força da esperança, destrói
o laço da caridade; afasta a justiça, subverte a fortaleza. expul
sa a temperança, entorpece a perspicácia da prudência".
Santo Tomás de Aquino ( 1225-1274 ) : "Todos os pecados
da carne merecem condenação, pois através deles o homem se
deixa dominar pelo que tem da natureza animal. Muito mais
merecem condenação os pecados contra a natureza. pelos quais
o homem degrada sua própria natureza animal".
Santa Catarina de Siena ( 1 347 1 380). Jesus diz a ela em
-
")7
acordo com Deus. Nenhum pecado no mundo prende tanto a
alma. Agitada por uma ânsia insaciável de prazer, a pessoa
não obedece à razão, e sim ao delírio, pois a paixão desviada
é próxima à loucura. Esse vício transtorna o intelecto, destrói
a elevação e generosidade da alma, rebaixa a mente dos gran
des pensamentos para os mais baixos, toma a pessoa pregui
çosa, irascível, obstinada e endurecida, servil e relaxada, in
capaz de qualquer coisa. Seus adeptos tomam-se cegos, e
enquanto seus pensamentos deveriam elevar-se para coisas
altas e grandes, são despedaçados e reduzidos a coisas vis,
. inúteis e pútridas, que nunca podem tomá-los felizes . Da
mesma forma que as pessoas virtuosas participam na glória
de Deus em diversos graus, também no inferno alguns so
frem mais que outros. Quem viveu com esse vício da sodomia
sofre mais do que outros, pois este é o maior pecado".
7R
do na prática do homossexualismo seja suspenso de ordens
ou obrigado a fazer penitência em um mosteiro.
Papa São Pio V ( 1566): ' 'Tendo posto nossa atenção na
remoção de tudo quanto possa de alguma maneira ofender a
divina majestade, resolvemos punir acima de tudo, e sem
leniênci� aquelas coisas que, com base na autoridade da Sa
grada Escritura ou nos mais graves exemplos, são conhecidas
por desagradar a Deus e provocar sua ira mais do que outras,
isto é: negligência no culto divino, simonia ruinosa, o crime de
blasfêmia e o vício libidinoso execrável contra a natureza;
por essas faltas, povos e nações são punidos por Deus com
catástrofes, guerras, fome e peste. Quem cometer o nefando
crime contra a natureza, que levou a cólera de Deus a cair
sobre os filhos da iniquidade, será entregue ao braço secular
para ser punido; se for clérigo, será sujeito à mesma pena, de
pois de despojado do seu ofício" (Bula Cum Primum).
Papa São Pio V ( 1 568): "Aquele horrendo crime, pelo
qual as cidades corruptas e obscenas [Sodoma e Gomorra]
foram queimadas por condenação divina, nos enche de amarga
dor e nos estimula veementemente a reprimi-lo com o maior
zelo possível. Com toda a razão o 5° Concílio de Latrão ( 1 5 1 2-
1 5 1 7) estabelece que todo membro do clero apanhado na
prática do vício contra a natureza, pelo qual a cólera divina
caiu sobre os filhos da iniquidade, seja despojado das ordens
clericais ou obrigado a fazer penitência em um mosteiro (c.4,
X, V, 3 1 ) . Para que o contágio de tão grande flagelo não se
propague com maior audácia valendo-se da impunidade, que
é o maior incentivo ao pecado, e a fim de castigar mais seve
ramente os clérigos culpados desse nefando crime que não
estejam aterrorizados com a morte da alma, decidimos que
eles sejam castigados pela autoridade secular, que faz cum
prir a lei. Portanto, com o desejo de adotar com maior vigor
29
o que decretamos desde o início do Nosso Pontificado (Bula
Cum Primum ). estabelecemos que todo sacerdote ou mem
bro do clero. seja secular ou regular. de qualquer grau ou
dignidade. que cometa esse horrível crime. por força da pre
sente lei seja privado de todo privilégio clerical, ofício. dig
nidade e benefício eclesiástico; e que, uma vez degradado
pelo juiz eclesiástico, seja entregue à autoridade civil para
aos leigos que se
receber a mesma punição que a lei reserva
lançaram nesse abismo" (Bula Horrendum illud scelus).
Catecismo Maior. promul�ado pelo Papa São Pio X
(1 � HO): A sodomia está classificada em gravidade logo de-
. pois do homicídio voluntário. entre os pecados que clamam
a Deus por vingança. "Desses pecados se diz que clamam a
31
ções homossexuais, como também a fecundação artificial. A
encíclica contrapõe a esses erros esta afirmação: "Ao ensinar
a existência de atos intrinsecamente maus, a Igreja cinge-se à
doutrina da Sagrada Escritura. O apóstolo Paulo afirma cate
goricamente: 'Não vos enganeis: nem imorais, nem idóla
tras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões. nem avarentos. nem maldizentes. nem os que se dão
à embriaguez, nem salteadores possuirão o Reino de Deus' (I
Cor. 6. 9- 1 0)". Portanto essa encíc lica constitui uma
reafmnação da Lei natural e da perene condenação do homos
sexualismo.
sobre o homossexualismo?
Em 1 993, a Santa Sé publicou o Catecismo da Igreja
Católica, que reafirma a doutrina expressa em documentos
anteriores. Ensina claramente que o homossexualismo é con
trário à natureza. e que os atos homossexuais estão entre os
·'pecados gravemente contrários à castidade" (CIC. n° 2396).
Ensina também que os atos homossexuais são "intrinseca
mente desordenados", "contrários à Lei natural", e "em ne
nhuma circunstância podem ser aprovados" (CIC. no 2357).
33
desordenada" (doc. cit., no 3). Assim, os que sofrem de atração
pelo mesmo sexo e querem resistir a ela encontrarão solução
para a sua penosa situação na Cruz de Nosso Senhor Jesus
Cristo: "Fundamenta.lrnente, eles são chamados a praticar o
desígnio de Deus em suas vidas associando ao sacrifício da
Cruz do Senhor todos os sofrimentos e dificuldades que te
nham, decorrentes da sua condição" (doc. cit., no 12).
homossexualismo?
A palavra discriminação adquiriu indevidamente uma
conotação de injustiça. Essa conotação é contrária ao sentido
próprio da palavra, pois em si mesma ela significa um
discernimento, um modo diferente de tratar as pessoas de
acordo com as suas caracteristicas. Nesse sentido próprio e
correto, é justo discriminar aqueles que praticam qualquer
forma de mal, na medida em que aderiram a esse mal. As
sim, nós nos afastamos das pessoas que habitualmente men
tem ou caluniam. É o que acontece com os libertinos, ho
mossexuais ou heterossexuais, que procuram impor a sua con
duta à sociedade. Assim sendo, os homossexuais praticantes
e militantes podem ser legitimamente discriminados, e tem
se mesmo o dever de discriminá-los nos casos em que o fun
damento da discriminação seja o modo de vida homossexual
que eles ostentam e procuram difundir.
Por exemplo, pode-se recusar a contratar como empre
gado doméstico, como babá ou como professor dos filhos
quem assume essa posição militante a favor do homos
sexualismo. A tolerância de hoje para com a imoralidade abriu
caminho para todo tipo de doutrinas erradas e maus procedi
mentos, mas cabe especialmente ao católico fiel proteger
contra tais influências as pessoas que estão sob sua responsa
bilidade. Evitando essas influências perniciosas, estará agin
do exatamente como quem se recusa a contratar um crimino
so, fazendo uma justa discriminação.
ção do homossexualismo?
O pensamento da Igreja nesta matéria está bem expresso
no documento Considerações sobre os Projetos de Reconhe
cimento Legal das Uniões entre Pessoas Homossexuais, pu
blicado em 2003 pela Congregação da Doutrina da Fé. Assi
nado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento
XVI, o documento reafmna a doutrina católica sobre moral
sexual. Além de condenar a prática homossexual, convoca
os católicos a se oporem à legalização de uniões homossexu
ais e "desmascarar o uso instrumental ou ideológico" que o
movimento homossexual faz da tolerância legal assumida
pelo Estado em face de tais formas de vida. Afirma que tais
dispositivos legais contribuem "para difundir o próprio fe
nômeno", colocando em risco especialmente as ')ovens ge
rações" (cf. Considerações, no 5).
40
111
CONCEITOS RELACIONADOS
COM O TEMA
DESTE TRABALHO
36 - O que é homossexualismo?
Homossexualismo é a prática de relação amorosa e/ou
sexual entre indivíduos do mesmo sexo. Resulta de um dese
jo sexual desordenado, que se orienta para o mesmo sexo ao
invés de orientar-se para o sexo oposto.
Em sua luta pela aceitação pública, os ativistas favorá
veis ao homossexualismo evitam a palavra homossexual e
seus derivados, por estar associada a comportamento moral
mente condenável. Não obtiveram êxito os esforços para subs
tituí-la por homófilo, o que os levou a identificar-se como
gays, palavra hoje universalmente divulgada. Gay, como si
nônimo de homossexual, não significa meramente uma pes
soa com orientação homossexual. Vai muito além, e identifi
ca quem adota publicamente um estilo de vida homossexual
e se empenha em que ele seja aceito pela sociedade como
plenamente legítimo.
Deliberadamente não usamos a palavra gay como sinô
nimo de homossexual (exceto quando incluída em citações),
porque esse uso constitui de fato uma propaganda a favor do
movimento homossexual. Na língua inglesa, gay significa
alegre, divertido, jovial, festeiro, etc., conceitos estes de ca
ráter elogioso, que de forma alguma julgamos apropriado
atribuir a esse gênero de pessoas.
41
37 Há alguma diferença entre homossexualismo e ten
-
dêncÜl homossexuo:l?
O uso indiscriminado da palavra lwmossexual, como tam
bém dos seus derivados e sinônimos, gerou alguma confu
são no público. Muitas vezes não fica claro se ela está se
referindo a alguém que apenas tem atração por pessoa do
mesmo sexo ou se designa quem pratica atos homossexuais.
Essa confusão beneficia a propaganda homossexual, pois não
se podem equiparar pessoas que adotam o comportamento
homossexual com outras que, embora tendo atração pelo mes
mo sexo, resistem a essa tendência e são castas. Trata-se de
realidades morais distintas e essencialmente diferentes. As
pessoas que têm essa tendência, mas a ela resistem, são dig
nas de elogio e podem mesmo ser consideradas virtuosas.
Neste estudo, aplicaremos a palavra lwmossexual ape
nas àqueles que praticam atos homossexuais, e que por cau
sa disso merecem reprovação moral.
39 - O que é pedojilia?
Pedofilia significa atração sexual de adulto por crianças
de qualquer sexo. Identifica também o pecado ou crime de
um adulto praticar ato sexual com criança.
40 - O que é hermafroditismo?
O hermafroditismo é um fenômeno biológico pelo qual
um mesmo indivíduo possui morfologicamente os dois se
xos. No estado natural, é frequente no mundo botânico e exis
tem casos no mundo animal. No gênero humano é muito
raro, constituindo uma patologia, isto é, um desvio da nor
malidade, do ponto de vista anatômico ou fisiológico. Não é
do que tratamos neste obra, embora seja importante apenas
mencionar para distinguir os conceitos.
41 - O que é androginia?
Androginia designa um ser humano cuja aparência ou
comportamento não permite reconhecer de imediato a que
sexo pertence.
.. .,
de mental e da igualdade de oportunidades, foi permitido às
mulheres comportar-se um pouco como homens, enquanto
os homens foram incentivados a comportar-se um pouco
como as mulheres. Isso foi denominado androginia, termo
que se refere a uma combinação, no mesmo indivíduo, de
características típicas e atípicas do seu gênero".
Essa tendência andrógina impregna o mundo da moda
hoje. Manifesta-se no traje dos homens e das mulheres, nos
seus cortes de cabelo e nos perfumes que usam, influencian
do profundamente a sociedade e favorecendo os costumes
homossexuais e sua propaganda . Nessa linha atua o
costureiro austríaco Helmut Lang, que incorporou uma apa
rência andrógina às suas criações, nas quais aplica uma teo
ria abstrusa: "Nós sabemos que as mulheres são ao mesmo
tempo femininas e masculinas, e que os homens são também
femininos e masculinos. Tudo depende do grau em que cada
um assumiu isso".
A.4
.
primiti vo Parece portanto que, quando o movimento homos
sexual fala de androginia, refere-se mais a algo e�piritual do
que físico. U sa a an drog i nia como metáfora para sugerir essa
pseudo-realidade místico-gnóstica, que incorpora todos os
44 - O que é homofobia ?
Homofobia é um termo i n ve n tado pelo psicólogo ameri
cano George. Weinberg para desacreditar os opo sitores do
homossexualismo . No seu sentido etimol ógico, a palavra
homofobia deveria significar a aversão irracional a pessoa�
do mesmo sexo , por paralelismo com homoafeti vidade. N·o
entant o � o movímento homossexual emprega a palavra para
rotular de modo depreciatívo as pes soas que se manifestam
contrárias às práti c as homossexuais� que desse modo pas· ·
45
não-homossexual, mas amigo de nossa comunidade, com
parecia regularmente aos encontros da GAA. Observando
fascinado a nossa energia e excitação e as respostas da
mídia, ele apareceu com a palavra que nos empenháva
mos em conseguir: homofobia, que significa o temor irra
cional de amar alguém do mesmo sexo". George Weinberg
classificou então a oposição moral ao homossexualismo
como uma anormalidade, uma fobia. Ele vai além: "Eu
nunca consideraria um paciente saudável se ele não tives
se superado seu preconceito contra o homossexualismo".
Fica assim claro o caráter ideológico e propagandístico
da palavra, que poderíamos qualificar de anna semântica.
Aplicando aos opositores o rótulo de homófobos, os homos
sexuais procuram intimidá-los e desqualificá-los, descartan
do como "temores irracionais" os seus argumentos. Porém,
pelo contrário, tais argumentos são baseados na reta razão,
como explicitaremos neste volume.
homofobia?
Como expusemos acima, a palavra homofobia foi artifi
cialmente criada e divulgada para facilitar a aceitação social
e legal do modo de vida homossexual, e tem como objetivo
colocar em posição desconfortável e odiosa todos os que a
ele se opõem, e mesmo criminalizá-los. Os que defendem a
Lei natural e os Dez Mandamentos devem denunciar e des
montar essa tática desonesta, pois os que fazem esse uso de
magógico do rótulo homófobo nunca conseguem apresentar
provas científicas dessa supostafobia, que só existe no arse
nal de qualificativos com que a propaganda homossexual
procura desmerecer os opositores. Corresponde à mesma tá
tica empregada outrora pelos comunistas, que acusavam de
fascista quem se opusesse aos seus desígnios e ideologia.
46
IV
47
Esse longo e persistente movimento de liberação sexual
simplesmente destruiu o senso do pudor, que protege a casti
dade, e erodiu seriamente tanto o matrimônio quanto a famí
lia. Quando se proclama que "é proibido proibir", como acon
teceu na revolução estudantil anarquista de maio de 1968,
,
49
grupos de pressão intelectuais en gaj ados e ati v i stas radicais
,
mossexual?
A ofensiva homossexual é a ponta-de-lança da revolução
sexual em nossos dias, preparando a sociedade para aceitar e
adotar formas de comportamento cada vez mais promíscuas
e anormais. O militante homossexual americano Paul Vamell
deixa isso inteiramente claro ao afirmar que "o movimento
homossexual não é um movimento de direitos civis, nem um
movimento de liberação sexual, mas uma revolução moral",
com o objetivo de mudar a percepção das pessoas sobre o
homossexualismo. Avalia que os homossexuai� podem con
quistar leis de não-discriminação, de "crimes de ódio", bene
fícios sobre parceria doméstica, mas isso não seria suficiente
sem a mudança da moral social, que de fato eles desejam.
No mesmo sentido, Paul Rondeau afirma que o papel da
persuasão é vital na guerra cultural para mudar a posição da
sociedade sobre o homossexualismo: "Entre as guerras cul
turais nos Estados Unidos, uma das controvérsias atuais mais
intensas gira em tomo de um assunto designado como nor
malizar a homossexualidade ou como aceitar o homos
sexualismo. Embora a ciência e a lei sejam as annas preferi
das, na verdade o debate transcende os campos científico e
legal. A munição dessas annas é a persu�ão".
Na sua subversiva "revolução moral", os ativistas homos
sexuais não podem simplesmente descartar toda moralidade.
Por isso devem procurar convencer primeiro a si mesmos
(pois também eles, querendo ou não, são influenciados pela
moral do Decálogo) de que a prática homossexual está de
acordo com a moral . Em seguida difundir sua contra
moralidade para toda .a sociedade, substituindo a moral tra
dicional por uma ''nova moral" . A vitória final nessa enorme
guerra de propaganda seria a aceitação do homossexualismo,
se não diretamente com o "bom", pelo menos como uma va
nante tolerável da normalidade.
converter�
3 - Simpatizantes do movimento homossexual : mobili
zar .
Segundo os ati v i stas homossexuais, o ataque psicológi
co do movimento deve desenvo1ver-se simultaneamente nas
três frentes� pois os resultados em cada uma delas são acres
cidos pelo esforço combinado. Os mentores do movímento
especificam, para cada caso as medidas a tomar.
..
54 - Como o movimento homossexual combate os que são
contrários ao homossexualismo?
53
condená-los, pois assim estariam lutando para defender es
sas pobres vítimas das circunstâncias. Diante dessa "contra
dição", as pessoas ficam psicologicamente dilaceradas sobre
o modo de agir com os homossexuais. Pensam erroneamen
te que a culpa não é deles, portanto acham que não se deve
censurá-los. Porém, como veremos adiante, ninguém nasce
homossexual, e eles não podem ser incluídos na categoria de
vítimas dos próprios instintos cegos.
O script homossexual recomenda não mostrar em pro
gramas de TV mulheres masculinizadas, travestis e pessoas
com degenerações de outros tipos. Pelo contrário, mostrar
outras com aparência mais comum, que sejam pais e amigos
de homossexuais . . Não chocar o público com a apresentação
prematura de comportamento homossexual. Nos estágios
iniciais, usar lésbicas e não homossexuais masculinos, pois o
público será mais receptivo à imagem feminina.
Nas relações sociais, conversar sobre o homossexualismo
em tom neutro, em qualquer lugar, a qualquer hora. Quando
o público estiver saturado, deixará de prestar atenção, tor
nando-se insensível e entorpecido para o assunto, e aí se ven
ce pelo cansaço. Utilizar sempre palavras e conceitos como
armas, para mudar as pessoas e a sociedade. Compaixão, por
exemplo, destina-se a gerar aceitação, enquanto homofobia
visa inibir e mesmo paralisar reações. Igrejas moderadas e
liberais devem ser lançadas contra as conservadoras, para
enfraquecer a oposição religiosa ao homossexualismo. A or
dem é dividir para conquistar.
Outro recurso é apresentar grandes personagens históri
cos como homossexuais. Figuras históricas falecidas não
podem mover processos por danos à sua reputação, e a idéia
de homossexuais que foram grandes realizadores abala em
muitas pessoas os preconceitos. Usar também celebridades
vivas em apoio ao estilo de vida homossexual. Elas próprias
54
não precisam ser homossexuais, o que se deve obter delas é a
sua chancela e aprovação ao homossexualismo.
As passeatas homossexuais devem procurar comunicar
se com o público, ao invés de aparecer como atos públicos de
auto-afirmação. Não devem ser como paradas militares. e
sim como desfiles. Não devem transmitir que têm em vi sta
i mpor o homossexualismo ao público, e sim procurar aj udar
o público a aceitar os homossexuais. "Educar" o povo é mais
Importante do que conquistar vitórias rápidas com a ajuda de
elites liberais no governo. A menos que o público seja persua
dido. ou entorpecido pela indiferença, todas as vitória.., são
efêmeras .
Os homossexuais devem ser apresentados sempre como
bonzinhos. vítimas ou coitadinhos.
55
de rrúdia que visem exigir direitos civis para os homossexu
ais, bem como medidas contra a discriminação e a homofobia.
Sobre a epidemia de AIDS, no início ela pareceu desfa
vorável ao avanço homossexual, mas foi por eles revertida
no sentido de provocar a compaixão em relação aos
infectados. De acordo com essa estratégia, eles jamais eram
questionados sobre o modo como adquiriram o vírus. Insis
tiu-se muito em reivindicar verbas e outros recursos gover
namentais (ou seja, dos contribuintes) para o tratamento das
vítimas. Assim, num passe de mágica, a vergonha que sem
pre cercou os portadores de doenças sexualmente
transmissíveis deixou de atingir os homossexuais vitimados
pela AIDS.
Também em relação a este terceiro grupo, a mesma reco
mendação de nunca esquecer que os homossexuais devem
parecer bonzinhos e coitadinhos, nunca reivindicadores vio
lentos de direitos inexistentes.
60
v
FALÁCIAS DO
"AMOR" HOMOSSEXUAL
Terra?
Os seres humanos não são puros espíritos como os anjos:
nem como Deus, que é Espírito perfeitíssimo. Sendo o ho
mem composto de corpo e alma, matéria e espírito, o amor
humano, por mais espiritual que seja, ainda assim afeta a
sensibilidade, provocando uma emoção ou sentimento. Mas
este componente sensível não pode ser a essência do amor,
embora seja legítimo e importante. A emoção ou o sentimen-
61
to não podem dominar a natureza propriamente espiritual do
amor verdadeiro, que tende ao infinito. Mais do que QJ1l
Mandamento, o ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo
no Evangelho - amar a Deus sobre todas as coisas, e ao
próximo corno a si mesmo - é o máximo objetivo da vida,
único que pode trazer-nos a verdadeira felicidade.
A natureza racional do homem o compele a procurar sig
nificado e objetivo para sua vida. Ele pode tentar esquivar-se
às questões filosóficas e teológicas profundas sobre a vida,
mas a sua racionalidade força-o sempre a defrontar-se com
elas, e todo indivíduo, qualquer que seja sua formação, acaba
por adotar ou estabelecer para si mesmo alguma explicação de
caráter filosófico ou teológico. Essa explicação pcx:le ser rudi
mentar ou mesmo embrionária, mas a implacável natureza ra
cional do homem não descansa enquanto não a consegue. A
natureza humana almeja o seu fim verdadeiro, que é Deus, e
somente o divino, o infinito e o eterno podem trazer-lhe a feli
cidade, satisfazendo plenamente sua alma espiritual.
Na procura do significado da existência, o comportamento
e as idéias do homem se influenciam mutuamente de modo
profundo, e a razão pede que ambos sejam coerentes. Corno
observa Paul Bourget em Le dénwn du midi (O demônio da
meia-idade), "cumpre viver corno se pensa, sob pena de, mais
cedo ou mais tarde, acabar por pensar corno se viveu".
68
72 Pode-se porlanto afirmar que a promiscuidade ho
-
mossexual é generalizada?
Quem o afinna, entre muitos outros. é Thomas E. Schmidt,
diretor do Instituto Westminster em Santa Barbara: "A pro
miscuidade entre homens homossexuais não é um simples
estereótipo. nem é simplesmente a experiência da maioria -
69
VI
A CIENCI A DESMEN TE
70
ca norte-americana ass im resume os resultados dessas pes
quisas no estudo Homosexuality and Hope ( Homossex uali
dade e Esperança) ·
·'Alguns pesqmsadores procuraram encontrar uma -�ausa
biológica para a atração homossexual. e a mídia promoveu a
1déia de que um gene homossexual já havia ·ado descoherto.
Mas. apesar de vánas tentativas. nenhum dos mais di vulga
dos estudos pôde ser cien t ifi camente repet1do. Algu ns auto
res reviram cmdadosarnente esses estudos � concluíram que
eles não �omprovam uma base genética para a atração ho
mossexual . e nem mesmo contêm tais alegações. �e a atra
ção pelo mesmo 'lexo fosse determinada geneticamente, de-·
ver-se-ta esperar que gêmeos Idênticos fossem também Idên
ticos nas 'luas atrações sexuais. No entanto existem numero
sos relatónos de gêmeos Jdênucos que não .;;ão 1dênucos nas
suas atrações sexurus"
71
homossexuais ou heterossexuais; ou então se elas surgiram
na vida adulta, talvez como resultado do comportamento se
xual que tiveram". A insistência do Dr. LeVay em que se
façam observações mais extensas mostra que a alegação de
uma origem genética para as tendências homossexuais está
longe de ser comprovada.
Falando sobre a pesquisa de um professor de neurociência
na Universidade da Califórnia em Berkeley, o Dr. A. Dean
Byrd esclarece: "O Prof. Breedlove concluiu que o cérebro
não é um órgão estático. Ele muda e se ajusta ao comporta
mento, e no caso deste estudo ajusta-se especificamente ao
comportamento sexual. Quando alguém se envolve num ato
específico repetidamente, certos caminhos neurais no cére
bro são fortificados. Como o cérebro é um órgão físico, esses
caminhos neurais fortificados se refletem na química do cé
rebro. Por exemplo, se alguém joga basquete com frequência,
terá um cérebro diferente de quem estuda a ciência dos fo
guetes. Da mesma forma, o comportamento de uma pessoa
homossexual parece provocar como resultado uma estrutura
cerebral diferente. Estudos como o do Dr. Le Vay, ainda que
fossem conclusivos, mostrariam apenas o que a ciência já
sabe sobre o cérebro".
72
xual é observável em animais; portanto, a homossexualidade
está de acordo com a natureza animal; como o homem é tam
bém animal, a homossexualidade está de acordo com a natu
reza humana.
Essa linha de raciocínio é insustentável, pois o homem
não é um simples animal, e sim um animal racional, de tal
forma que a sua animalidade não pode ser separada de sua
racionalidade, que nele predomina. No homem não existe
instinto puramente animal. Todo instinto do homem - mes
mo o mais possante deles, que é o de conservação - pode
ser controlado pela inteligência e pela vontade. Por exemplo,
no soldado que vai à guerra. Quando alguém se refere a
homossexualismo animal, está de fato aplicando aos animais
uma característica exclusiva de seres humanos, da mesma
forma como acontece quando dizemos que um animal é co
rajoso, bondoso, perspicaz.
Os cientistas explicam que algumas formas observáveis
e excepcionais do comportamento animal não resultam dos
instintos animais, e sim de outros fatores. Como os animais
não são dotados de inteligência e vontade, quando dois im
pulsos instintivos se chocam - por exemplo, os instintos de
conservação, domínio, reprodução - prevalece o que é mais
favorecido pelas circunstâncias, e isto pode resultar em
"filicídio", "canibalismo", e também num aparente "homos
sexualismo".
Explica o Dr. Antonio Pardo, professor de Bioética na
Universidade da Navarra, Espanha: "Propriamente falando,
a homossexualidade não existe entre os animais. Por razões
de sobrevivência, o instinto reprodutivo entre os animais é
sempre orientado para um indivíduo do sexo oposto. Por
tanto um animal nunca pode ser propriamente homos
sexual. A interação com outros instintos, particularmente o
de dominação, pode resultar em comportamento que pare-
73
ce ser homossexual, mas não pode ser avaliado como
homossexualismo antmal. Significa apenas que. o comporta
mento sexual ammaJ. abrange. também outros aspectos além
da reprodução" Em outros termo�. como os arumai!' não têm
recurso� humano� como a entonação da voz e a expre..�são
fis10nônuca, para transnutir certas expressões de carinho,
medo, domímo ou submissão. ele..� podem se servir de atos
denvado� do mstmtP sexual para mostrar Isso Certas tentati··
vas de acasalamentl• entre. machos ou entre fêmeas tem essa
significação, escapando do campo propriamente sexual.
76
tos que identificam o casamento como uma união estável
entre homem e mulher, socialmente reconhecida. em princí
pio aberta à geração. Só com estas caracteristicas o casamen
to desempenha a sua função social específica. De acordo com
o teólogo Angel Rodriguez Luiio, admitir o casamento entre
pessoas do mesmo sexo significa a "ruptura completa com
tradições tão antigas como o gênero humano, violentando
rasgos e diferenças antropológicas de caráter pré-político
sobre as quais o legislador não tem qualquer poder".
A fanu1ia evoluiu ao longo do tempo, mudaram as suas
formas, mas não a sua caracteristica heterossexual. Mesmo
as culturas que aceitavam práticas homossexuais, nunca re
conheceram a união homossexual como uma instituição
equiparável à união entre homem e mulher através do casa
mento. Em nenhum momento o Direito Romano, por exem
plo, atribuiu o estatuto conjugal às uniões homossexuais, não
obstante a comprovada existência e aceitação social de tais
uniões. Isto só pode ser explicado pelo fato de os juristas
romanos e a própria sociedade entenderem o matrimônio
como uma realidade social diferente de uma união qualquer
entre pessoas do mesmo sexo. Não obstante a decadência
dos costumes, entendia-se o matrimônio como uma realida
de essencialmente diferente de uma união homossexual.
77
de direitos e deveres específicos às pessoas casadas. Esse
reconhecimento social e jurídico vincula-se à função social
do casamento e da farru1ia como célula-base da sociedade, e
daí decorrem também os privilégios e deveres específicos.
As uniões ou parcerias homossexuais não merecem reco
nhecimento da sociedade. Só o merece a família, porque ela é
o fundamento da sociedade, e o matrimônio a condição para
que swja uma família nonnal. "As uniões homossexuais não
desempenham, nem mesmo em sentido analógico remoto,
as funções pelas quais o matrimônio e a família merecem do
Estado um reconhecimento específico e qualificado. Pelo con
trário, há razões válidas para afirmar que tais uniões são no
civas a um reto progresso da sociedade humana, sobretudo
se aumentasse a sua efetiva incidência sobre o tecido social"
(Considerações, no 8). Por isso "é um dever opor-se a elas de
modo claro e incisivo" (Considerações, no 5).
78
para tomar-se uma perversão dela" (Suma Teológica, 11-1, q.
95, a. 2).
O documento emitido pela Santa Sé em 2003 não deixa
margem a dúvidas: "Convém refletir, antes de mais, na dife
rença que existe entre o comportamento homossexual como
fenômeno privado e o mesmo comportamento como relação
social legalmente prevista e aprovada, a ponto de se tomar
uma das instituições do ordenamento jurídico. O segundo
fenômeno não só é mais grave, mas assume uma relevância
ainda mais vasta e profunda, e acabaria por introduzir altera
ções na inteira organização social, que se tomariam contrári
as ao bem comum. As leis civis são princípios que estruturam
a vida do homem no seio da sociedade, para o bem ou para o
mal. Desempenham uma função muito importante, e por ve
zes determinante, na promoção de uma mentalidade e de um
costume. As formas de vida e os modelos que nela se expri
mem não só configuram externamente a vida social, mas ao
mesmo tempo tendem a modificar, nas novas gerações, a com
preensão e avaliação dos comportamentos. A legalização das
uniões homossexuais acabaria, portanto, por ofuscar a percep
ção de alguns valores morais fundamentais e desvalorizar a
instituição matrimonial" (Considerações, n° 6).
79
que diferença haveria entre o matrimônio e uma sociedade
de amigos ou associações filantrópicas?
80
ciedade. Aceitar essa situação seria o mesmo que admitir a
circulação de moedas falsas ao lado de moedas legítimas, o
que evidentemente enfraquece o valor da moeda legítima. É
por isso que o Estado não tem o direito de aceitar tais moe
das; e além disso tem o dever de proibi-las.
Quando os indivíduos podem encontrar incentivos legais
e recompensas mais facilmente em contrafações do casamen
to, o casamento verdadeiro está a caminho da extinção. Por
isso a autoridade pública e a sociedade devem reconhecer
exclusivamente ao casamento verdadeiro sua natureza
insubstituível para o bem c-omum.
81
primário, e vice-versa A Constituição Pastoral Gaudium et
Spes, do Concílio Vaticano TI, cita nada menos de cinco ve
zes a encíclica Casti Connubi� de Pio XI, que é o documen
to fundamental do matrimônio cristão. Falando sobre os
'vários fins' do matrimônio, a Gaudium et Spes cita Santo
Agostinho, Santo Tomás de Aquino e a encíclica Casti
Connubii, que explicitamente afirma a subordinação dos fins".
82
além de comportar graves faltas de respeito à dignidade hu
mana, não alteraria minimamente essa sua inadequação"
(Considerações, no 7).
Deve-se lembrar que, mesmo dentro do próprio casamento
entre homem e mulher, o ato sexual é condenável quando é
tomado estéril artificialmente.
83
ção alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o
casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos
iguais".
Não se consegue saber de onde os homossexuais saca
ram o pretenso "direito" de se casarem entre si, tendo em
vista que até a Declaração Universal dos Direitos do Homem
garante esse direito apenas para o homem e a mulher se
casarem e constituírem família. No entanto é essa aberração
que pretendem, conforme a associação homossexual Lambda
Legal, que publicou no seu website esta "resolução": ''Tendo
em vista que o casamento é um direito básico e uma decisão
pessoal, RESOLVE que o Estado não deve interferir em pa
res do mesmo sexo que decidem casar-se e partilhar comple
ta e igualmente os direitos, responsabilidades e compromis
sos do casamento civil".
Esta afirmação resume os argumentos dos homossexuais
em favor do "casamento" homossexual. Contudo, está base
ada numa falsa analogia, tirando uma conclusão a partir de
mera semelhança acidental entre fatos ou situações que são
essencialmente diferentes. Desdobrando o raciocínio, o enun
ciado seria:
a) O casamento é um direito humano básico;
b) O casamento é uma decisão pessoal;
c) Portanto, pares do mesmo sexo podem casar e parti
lhar completa e igualmente os direitos, responsabilidades e
compromissos do casamento civil;
d) O Estado não deve interferir na sua decisão.
Todos reconhecem que o casamento é um "direito huma
no básico" e uma "escolha pessoal". A maioria reconhece
que ele merece a proteção do Estado. Contudo, é falsa a ana
logia que se faz na terceira sentença, entre um par do mesmo
sexo e um par constituído por homem e mulher. Mesmo
embrulhada em papel sedutor, essa analogia é inteiramente
falsa. Além do mais, convém lembrar que o Estado proíbe
também o casamento entre doentes mentais, entre consan
guíneos, etc., e tem o direito de fazê-lo.
Como "direito humano básico", o direito ao casamento
deriva da natureza humana, portanto sua existência precede
tanto a Igreja quanto o Estado. No entanto, a mesma nature
za humana que dá origem a esse "direito humano básico"
exige também que o casamento seja a união entre homem e
mulher, tendo em vista que a cooperação de ambos é neces
sária para cumprir a finalidade primária do matrimônio, que
é a procriação e educação da prole. O "casamento" de duas
pessoas do mesmo sexo não tem nenhuma base na natureza
humana. Portanto não é casamento, e consequentemente não
existe um direito humano ao "casamento" entre pessoas do
mesmo sexo . Usurpando os direitos do matrimônio, o
homossexualismo o debilita, pois relações conjugais só são
possíveis entre homem e mulher.
RS
Quanto às parcerias domésticas ou uniões civis, elas são
apenas uma imitação ilegítima do casamento. Nomes como
esses são uma forma de iludir o público, pois o movimento
homossexual sabe muito bem que a opinião pública se opõe
à legalização do "casamento" homossexual, e procura dis
farçar suas intenções usando como artifício expressões apa
rentemente neutras como essas, ou ainda outras variantes,
todas elas conduzindo claramente ao mesmo objetivo. De
acordo com Rafael Navarro Valls , catedrático de Direito Ci
vil da Universidade Complutense de Madrid, afirmar que
um par homossexual constitui um casamento é tão contradi
tório como pretender que formam uma holding, um leasing
ou uma fundação. São instituições jurídicas que se movem
em órbitas diferentes. O matrimônio não é uma simples par
ceria de negócios, em que a duração e a natureza do contrato
dependem inteiramente do desejo das partes.
A Santa Sé não deixa margem a dúvidas : "Uma coisa é
todo cidadão poder realizar livremente atividades do seu in
teresse, entrando essas atividades genericamente nos comuns
direitos civis de liberdade; e outra muito diferente é que ati
vidades que não representam uma significativa e positiva
contribuição para o desenvolvimento da pessoa e da socie
dade possam receber do Estado um reconhecimento legal
específico e qualificado" (Considerações, n° 8).
86
humano a certeza de que só existe matrimônio entre duas
pessoas de sexos diferentes" (Considerações, no 2).
"Não existe nenhum fundamento para equiparar ou esta
belecer analogias, mesmo remotas, entre as uniões homosse
xuais e o plano de Deus sobre o matrimônio e a família. O
matrimônio é santo, ao passo que as relações homossexuais
estão em contraste com a lei moral natural. Os atos homos
sexuais, de fato, fecham o ato sexual ao dom da vida. Não
são fruto de uma verdadeira complementaridade afetiva e
sexual, e de maneira nenhuma podem ser aprovados" ( Con
siderações, n° 4).
87
90 - Quais as consequências de se aprovar parcerias e
·-
umoes.?
89
A decisão pessoal para o casamento é exercida tanto na
opção pelo estado matrimonial quanto na escolha do cônju
ge. Contudo, os futuros esposos não são livres para alterar a
fmalidade essencial ou as propriedades do casamento. Estas
não dependem da vontade das partes contratantes, têm sua
raiz na Lei natural e são imutáveis. Quem detennina o obje
tivo do casamento, bem como o número das partes contra
tantes e o sexo delas, é a Lei natural, e não a decisão dos
esposos. É falsa a idéia de que, por sua escolha pessoal, pela
lei positiva ou por decisão j udicial, os homossexuais podem
realizar um "casamento".
IYl
mossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homosse
xuais" (Considerações, n° 1 1 ).
mossexual?
O movimento homossexual alega que manter ilegais a<;
uniões homossexuais é discriminação e uma violação da jus
tiça, pois também os homossexuais têm igual direito ao ca
samento e seus benefíci.os. Este sofisma é devidamente des
mascarado pela Santa Sé, afmnando que não é contra a justi
ça negar o estatuto social e jurídico de matrimônio a formas
de vida que não são nem podem ser matrimoniais. Pelo con
trário, essa negativa é uma exigência da justiça (cf. Conside
rações, n° 8).
93
falsa e absurda, poi s constitui uma subversão da verdadeira
.
compru xao .
-
vam O VlClO.
to : 'Voltar-se-ão eles para Vós, e não Vós para eles ' (Jer 1 5 �
.
07
VIII
AGINDO CONTRA AS
PRETENSÕES HOMOSSEXUAIS
99
105 Pode-se alegar "objeção de consciência" contra o
-
homofobia?
Estão em andamento no Congresso Nacional projetos de
lei - uns mais radicais e agressivos, outros menos - pre
vendo a proibição e até mesmo a punição para qualquer ma
nifestação contra a forma de vida homossexual. Isto signifi
ca, por exemplo, que um sacerdote ou um professor que en
sinar aos seus fiéis ou alunos a doutrina católica sobre o
homossexualismo poderá ser acusado, julgado e punido por
"agressão homofóbica". Um desses projetos é o PLC 1 22,
que tem sido objeto de protestos generalizados; outro, mais
abrangente, é o abominável Terceiro Programa Nacional de
Direitos Humanos (PNDH-3). Mais recentemente, setores
da OAB projetaram o "Estatuto da Diversidade Sexual", que
em breve tramitará na Câmara dos Deputados. Além disso, o
movimento homossexual tenta a aprovação de um Projeto
de Emenda Constitucional (PEC), para implantação do "ca
samento" homossexual.
Os protestos e a generalizada oposição a essas tentativas
de instrumentalização legal em favor do homossexualismo
são inteiramente justos, e mesmo necessários, pois a popula
ção se sente ameaçada de futuras agressões e represálias arti
culadas por ativistas homossexuais. A Carta aos Bispos da
Igreja Católica sobre o Cuidado Pastoral de Pessoas Ho
mossexuais condena as expressões malévolas e ações vio
lentas que se cometem contra os homossexuais, mas contes
ta que esses procedimentos condenáveis possam servir de
pretexto parajustificar o homossexualismo, muito menos para
criar legislação especial a fim de proteger os homossexuais e
seu comportamento condenável (cf. doc. cit., no 9- I O).Tanto
mais que a legislação penal atual já pune agressões, i njú
rias, etc feitas contra quaisquer cidadãos. Não há necessi
dade de uma lei especial de proteção dos homossexuais.
Como pessoas eles já estão protegidos pela legislação atual.
102
outras para as quais não se conhece a cura (HIV, vírus da
hepatite A, B ou C, vírus do papiloma, etc.)".
Em 8/2/2008, durante a 20U Conferência Nacional sobre
LGBT nos Estados Unidos, Matt Foreman declarou: "Como
70% das pessoas infectadas por HIV neste país são gays ou
bissexuais, não podemos negar que a AIDS é uma doença
de homossexuais. Temos de reconhecer isso e enfrentar o
problema".
Numa entrevista em 20 1 1 , foi perguntado a Darrel
Cummings, líder ativista homossexual de 25 anos, dirigente
do Los Angeles Gay and Lesbian Center: ''Em 2006, muito
se falou sobre o provocativo conceito que vocês divulgaram
na campanha "Own it End it" [algo como assuma, e acabe
com ele], que se referia à AIDS como doença gay. Qual o
pensamento que os moveu a fazer isso?". A resposta de Darrel
Cummings não deixa margem a dúvidas: "Dois dos nossos
objetivos eram: Conseguir que as pessoas voltassem a falar
do HIV; e reconhecer as altíssimas e desproporcionais taxas
de infectados na nossa comunidade. Durante muito tempo
divulgamos que a AIDS é uma doença com a probabilidade
de atingir as pessoas em proporções iguais, mas as provas
atuais são esmagadoras no sentido de afirmar que isso não é
verdade. Embora seja evidente que o vírus não faz discrinú
nação de pessoas, a cara dessa epidemia é a de homens ho
mossexuais ou bissexuais, especialmente em Los Angeles,
onde o chocante percentual de 83% dos contaminados pelo
HIV são gays ou bissexuais. Nosso grupo de risco é o único
em que o índice de infecção está crescendo. E o que di vuiga
mos na campanha é que devemos reconhecer isso e extinguir
a doença".
103
109 - Se as relações homossexuais masculinas são a prin
cipal causa da AIDS e sua disseminação, pode-se esperar
que os homossexuais se abstenham dessas relações
antinaturais ?
,
E pouquíssim.o provável.
Em 15 de outubro de 2003, reuniu-se em Seattle e King
County (E stado de Washington) uma coali zão de líderes de
comunidades e provedores de serviços, a fim de discutir os
problemas de saúde dos homossexuai s e bissexuais masculi
nos. Ao finat foi public ado A Community Manifesto: A Ne1rr
Response to HIV and STDs (Um manifesto da comunidade:
Nova resposta ao HIV e às doenças sexualmente transmis
sívei s)� no qual se afi rma :
"Hoje. um de cada sete homossexuais., bissexuais e ou
tros homens que têm relações com homens estão infectados
com HIV. Entre homossexuais masculinos em ·King Cou nty,
os índices de sífilis são cem vezes maiores do que na popula
ção heterossexual em geraL e estima-se que são mi l vezes
maiores entre homens homossexuai s com HIV posi tivo do
que na popul ação heterossexual em geral. D i an te do alar-·
mante cresc imento das intecções p or HIV e doenças sexual
mente transmissíveis entre homossexuais� bi s sex uai s e ou
tros homen s que mantêm rel ações sexuais com homens. nós
ra Força Tarefa de Prevenção ao MSM HIV/DST] lançamos
este manifesto .. apelando para a neces s i dade de urgentes nor
mas e ações da comunidade . Homossexuais. bissexuai s e
outros homens que têm relações sexuais com homens devem
reagir contra comportamentos e atitudes que são responsá
veis pelo aumento e di fu são dessas doenças".
Mas a epidemia de AIDS não interrompeu a pro mi scu i
dade homossexual, muito pelo contrário. A comunidade mé
dica se preocupa em conter o número crescente de pessoas
infectadas com HIVIAIDS e outras doenças sexualmente
transmitidas, mas a colaboração dos homossexuais nesse
. "'
obra ), ( � pon7u
iníqua
o Senhor. abe li\ raro justo t
tentação e re erva r os maus 1
o dia do juizo, a fim tl:) s 'lfi 111
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