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CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNIFBV WYDEN


CURSO DE DIREITO
 
 
 
 
 
Georgia Michiko Barza Garrido Paz Hatori
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ANÁLISE DA EXIGÊNCIA DO EXAME PRÉ-NUPCIAL PARA A
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL DO CASAMENTO AVUNCULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE
2021
 

GEORGIA MICHIKO BARZA GARRIDO PAZ HATORI


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ANÁLISE DA EXIGÊNCIA DO EXAME PRÉ-NUPCIAL PARA A
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL DO CASAMENTO AVUNCULAR 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito para
aprovação na disciplina de TCCIl do UNIFBV,
ministrada pela Prof.ª Msa. Sophia Lapenda.
Orientadora: Prof.ª Fabiana Leite
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE
2021

GEORGIA MICHIKO BARZA GARRIDO PAZ HATORI


 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ANÁLISE DA EXIGÊNCIA DO EXAME PRÉ-NUPCIAL PARA A
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL DO CASAMENTO AVUNCULAR 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Centro
Universitário UNIFBV WYDEN como parte das
exigências para a obtenção do título de
bacharel em Direito.
 
Recife, 14 de junho de 2021.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA
 
 
_______________________________
Prof. 
Professor – Centro Universitário – UNIFBV - WYDEN
 
 
_______________________________
Prof. 
Professor – Centro Universitário – UNIFBV - WYDEN
 
 
_______________________________
Prof. 
Professor – Centro Universitário – UNIFBV - WYDEN
 

TERMO DE RESPONSABILIDADE DE AUTORIA


 
 
 
Por este termo, eu, abaixo assinado, assumo a inteira
responsabilidade de autoria de conteúdo deste trabalho de conclusão
de curso, estando ciente das sanções legais previstas referentes ao
plágio (art. 3º da Lei n.º 9.610/1998 e art. 184 do Código Penal
Brasileiro). Portanto, ficam, o Centro Universitário - UNIFBV e o
orientador (a) isentos de qualquer ação negligente de minha parte,
pela veracidade e originalidade desta obra.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife, 14 de junho de 2021.
 
 
 
 
 
_______________________________
GEORGIA MICHIKO BARZA GARRIDO PAZ HATORI
 

RESUMO
 
 
Este trabalho tem como finalidade expor o casamento
avuncular, mostrando o surgimento da família e suas premissas, pois
há um decreto/lei que sintetiza a concretização de homologação do
matrimônio, entre pessoas da mesma família, em nível de terceiro
grau, tendo a mesma relação de consanguinidade.
Em relação a este assunto, trazido em questão, invoco o direito
que todo cidadão tem, de expor nossa liberdade de pensamento e de
expressão diante do decreto/lei 3200/4, tentando abordar de maneira
abrasiva e correta, expondo a realidade, no qual já houve aprovação
deste decreto de lei, que sequerprovocou uma transformação no
modelo familiar brasileiro, podendo mostrar-se com graves
consequências sociais, éticos, morais, legais e econômicos, diante da
sociedade brasileira. 
 
Palavras-chave: Constituição. Família. História. Avuncular.
Matrimônio. Sociedade. 
 
ABSTRACT
 
 
HERE.
 
Key-words: three to five key words in alphabetic order separated by
semi cólons.
 
 

SUMÁRIO
 
 
 
1INTRODUÇÃO11
2BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA FAMÍLIA7
3DEFINIÇÃO DE FAMÍLIA12
4CASAMENTO AVUNCULAR17
5JURISPRUDÊNCIAS20
CONSIDERAÇÕES FINAIS21
REFERÊNCIAS22
 
2
 
1 INTRODUÇÃO
O ser humano por não conseguir se desenvolver em plenitude
sozinho, se consolidou como espécie através de uma estrutura
inicialmente construída por meio da ligação biológica denominado de
família. Posteriormente, o núcleo familiar foi resignificado com a
implementação um vínculo psicológico, denominado
de affetio maritalis, pelos romanos, conhecido atualmente como afeto.
Isso não quer dizer que houve o afastamento do elemento da
consanguinidade para fins de formação familiar, mas que apenas isso
não era o suficiente para caracteriza-la como um todo.
O contexto da antiguidade na mesopotâmia a estruturas
familiares eram denominas de clãs, que eram unidas pelo vínculo
biológico, em Roma o arcabouço familiar era a gens e em ambos os
casos era possível observar a hierarquia entre seus indivíduos, o
caráter religioso era imperativo e possuíam um líder, denominado de
patriarca ou o pater familias. Em Roma, foi desenvolvido diversos
institutos que ofertaram base jurídica aos dispositivos criados no
ocidente e aplicáveis até hoje, sendo exemplo, o casamento e o
divórcio. 
Ao chegar na era medieval, é encontrada a característica da
formação familiar para fins produtivo, devido ao regime de servidão e
a influência direta da igreja católica na constituição da família que
perdurou por séculos, inclusive, regrando os ditames da entidade
familiar no Brasil devido a colonização portuguesa, que instituiu como
oficial a religião cristã católica.
Na idade moderna era possível ver a consolidação de uma
família patriarcal, patrimonializada e desigual, e sua transição para a
família nuclear, oriunda da inserção da mulher no mercado de trabalho
e de movimentos por igualdade de gênero. Porém, a efetividade das
conquistas sociais do século XX, veio com a promulgação da
Constituição Federal de 1988, que inseriu um novo paradigma para o
contexto familiar brasileiro.  
Portanto, a presente pesquisa busca analisar os fenômenos
sociais influenciadores da modificação da concepção de família, sendo
específico o objetivo de abordar como se comportou o ordenamento
jurídico com a gradação dos anos e a absorção dos movimentos da
sociedade. Para isso, foram utilizados para a elaboração desse
estudo, a legislação concernente ao tema, artigos científicos e
bibliografias especifica com a finalidade de demonstrar a importância
das modulações do instituto da família como resposta aos anseios da
sociedade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA FAMÍLIA
Compreender a evolução do direito das famílias tem como
premissa a construção e aplicação de uma nova cultura jurídica, que
permita conhecer a proposta de proteção às entidades familiais,
estabelecendo um processo de repersonalização dessas relações,
devendo centrar-se na manutenção do afeto. Não se existe mais
razões morais, religiosas, políticas, físicas ou naturais, que justifiquem
a excessiva e indevida ingerência na vida das pessoas. Uma
verdadeira estatização do afeto. O meio hierárquico da família cedeu
lugar à sua democratização, e as relações são muito mais de
igualdade e de respeito mútuo. O traço principal e fundamental é a
lealdade. 
Na evolução da família o conceito, a compreensão e a extensão
da mesma é o que mais se vive em constância alteração. No século
XXI, a sociedade de mentalidade urbanizada, não necessariamente
urbana, prognostica e define uma modalidade mais conceituada de
família bastante distante daquela regulada pelo código de 1916 e das
passadas civilizações. 
A família deve ser examinada, primordialmente, sob um ponto de
vista sociológico e afetivo, antes de o ser tratado como fenômeno
jurídico. 
No decorrer das civilizações de importância, tais como a assíria,
hindu, egípcia, grega e romana, o conceito de família foi de uma
entidade ampla e hierarquizada, retraindo-se hoje, sobretudo, para o
âmbito quase exclusivo entre pai e filhos menores, que vivem no
mesmo lar. 
Segundo Friedrich Engels, citado por Berenice Dias(2017), no
século XIX, do estado primitivo das civilizações o grupo familiar não se
assentava em relações individuais. As relações eram decorridas de
todos os membros que a compunham, chamado de endogamia. Disso
transcorria de que a mãe sempre era conhecida, menos o pai, no que
permitisse afirmar de que a família decorria de um caráter matriarcal,
porque a criança sempre permanecia ao lado da mãe, no qual a
alimentava e educava.
Já para Caio Mário da Silva Pereira, também relatado por
Dias (2017), diz que essa posição antropológica sustenta a
promiscuidade, de que não é isenta de forma alguma, dúvidas
mostrando e dando conhecimento de que ser pouco provável que
essa estrutura fosse homogênea em todos os povos. 
Ulteriormente na vida primitiva, durante as guerras, a latente
necessidade de manter relações sexuais com mulheres, faziam com
que os homens as buscassem em outras tribos, antes do que em seu
próprio círculo. Os historiadores detêm-se nesse fenômeno a primeira
manifestação contra o incesto, sendo a exogamia. Nesse contexto o
homem, ao decorrer da história, marcha para as relações individuais,
com caráter exclusivo, embora outras civilizações mantinham
concomitantemente situações de poligamia, como há até o presente.
Desta maneira, mostra-se a organização atual de inspiração
monogâmica. 
Neste sentido, monogamia sustentada pela Igreja, desenvolveu
um impulso social em benefício da prole, iniciando-se o papel
paterno. (GONÇALVES, 2013)
Na Babilônia, a família era fundada através do casamento
monogâmico, mas o direito era sobre a influência semítica, no que
autorizava esposas secundárias. De forma de que se a primeira
esposa não pudesse conceber um filho ou em caso de doença, o
marido poderia procurar uma segunda. Naquela época, a procriação
era o fator principal para ter o matrimônio. (GONÇALVES, 2013)
Em Roma, o poder do pater exercido sobre a mulher, sobre os
filhos e sobre os escravos era quase absoluto. No Direito Romano,
como também no Grego, o afeto natural, não obstante existir, não era
o elo de ligação entre os membros da família. Para os romanos, nem o
nascimento, nem a própria afeição eram o fundamento da
família. (GONÇALVES, 2013)
O pater podia nutrir o mais profundo sentimento por sua filha, mas
bem algum podia de seu patrimônio legar, pois era necessário um filho
homem, do próprio sangue, como forma de perpetuar, para poder dar
continuidade a cultura, pois o que eles eram ligados por um vínculo
muito poderoso, formados pela religião doméstica e o culto dos
antepassados, que era dirigido pelo pater e assim não cessando o
culto, que eles zelavam. (GONÇALVES, 2013)
Durante a idade média, nas classes nobres o casamento ficava
longe de qualquer conotação afetiva. A instituição do casamento
sagrado era um dogma de religião doméstica. Os casamentos de
viúvas, sem filhos eram incentivados, com o parente mais próximo de
seu marido, e o filho dessa união viria ser considerado o filho do
falecido. O nascimento de filha não vinha a preencher essa
necessidade, pois ela não poderia ser considerada continuadora de
seu pai, quando contraísse núpcias. (GONÇALVES, 2013) Ressalta o
autor:
O casamento era assim obrigatório. Não tinha por
fim o prazer; o seu objeto principal não estava na
união de dois seres mutuamente simpatizantes um
com o outro e querendo associarem-se para a
felicidade e para as canseiras da vida. O efeito do
casamento, à face da religião e das leis, estaria na
união de dois seres no mesmo culto doméstico,
fazendo deles nascer um terceiro, apto para
continuador desse
culto. (GONÇALVES apud VENOSA, 2019, p. 7)
Extraviada a família pagã, a cristã permaneceu com o caráter de
unidade de culto, que na verdade nunca despareceu por completo,
apesar do casamento ser tratado na história mais recente apenas sob
o prisma jurídico e não mais ligado à religião oficial do Estado. 
Nos tempos modernos a célula básica da família, formada por
pais e filhos, não se alterou muito com a sociedade denominada
urbana. A família atual, difere das formas antigas no que concerne a
suas finalidades, composição e papel de pais e mães. 
Hodiernamente, a escola e outras instituições de educação,
preenchem atividades dos filhos que originalmente eram de
responsabilidade dos pais. Os ofícios não mais são transmitidos de pai
para filho dentro dos lares, a educação é de cabimento do Estado
ou instituições privadas por elas supervisionadas. A religião não é
mais provida em casa, como também as funções de assistência a
crianças, adolescentes, necessitados e idosos têm sido assumidas
pelo próprio Estado. 
A industrialização transformou drasticamente a composição de
família, restringindo o número de nascimentos nos países mais
desenvolvidos, fazendo com que a família deixasse de ser uma
unidade de produção na qual todos trabalhavam sob uma autoridade,
sendo da maneira que o homem vai a fábrica para trabalhar e a
mulher introduzindo-se no mercado de trabalho.
No século XX, o papel da mulher teve grande importância no feito
familiar, alcançando os mesmos direitos do marido, com isso
transfigurando-se a convivência entre pais e filhos, estes passando
mais tempo na escola e em atividades fora do lar, do que no âmbito
familiar.
Essa longevidade decorrente da busca de melhor condição de
vida, permite que seja mais comum e cada vez maior a convivência
entre as gerações familiares (bisavós, avós, tios, primos, irmãos), no
que poderá gerar problemas sociais e previdenciários, no qual nunca
houve antes. Os conflitos sociais gerados por essa nova posição dos
cônjuges, as dificuldades econômicas, a falta de atenção, o desgaste
e dentre outras coisas, faz com que ocorra um aumento na quantidade
de divórcios. 
As uniões sem casamentos, mesmo já sendo muito comuns em
várias civilizações passadas, passaram ser regularmente aceita pela
sociedade e pela própria legislação. Também a nova família já vem
ser estruturada sem a necessidade das núpcias. Calhou à ciência
jurídica acompanhar legislativamente essas transformações sociais,
sendo mais acentuadamente após a Segunda Guerra, tendo a
família de seguir sem a necessidade de dois membros, mas sim de
um, o pai ou a mãe. Também havendo novos casamentos, dos
cônjuges separados. 
No Código Civil de 2002, superficialmente traçado, há novos
conceitos árduos a quem incita o legislador e o jurista, com premissas
divergentes daquelas citadas no início do século passado, quando
promulgado o Código Civil de 1916. Era um código muito bem feito,
porém obsoleto, tendo como importância o individualismo, e o
patrimônio.  Havendo a Constituição de 1988, como grande orientador,
houve o reconhecimento da união estável como entidade familiar (art.
226, § 7) e teve como representação um grande passo jurídico e
sociológico em nosso meio. 
É por meio desta que se mostra os princípios acerca do respeito à
dignidade da pessoa humana (art. 1, III), tendo como proteção à
pessoa dos filhos, direitos e deveres entre os cônjuges, igualdade de
tratamento estes, etc. Esta Carta Magna que edificou o princípio da
constitucional da igualdade dos cônjuges e dos companheiros (art.
226, § 5) e igualdade jurídica absoluta dos filhos (art. 226, § 6), não
importando sua origem e modalidade de vínculo. A Constituição prevê
o princípio da paternidade responsável e o respectivo planejamento
familiar (art. 226, § 7). 
A evolução legislativa de família segundo a evolução do
antigo Código Civil, de 1916, regulava a família, limitando-a ao
casamento, impedindo a dissolução, fazendo distinções entre seus
membros, e trazia qualificações discriminatórias às pessoas unidas
sem casamento e aos filhos havidos dessas relações, na vã tentativa
da preservação da família constituída pelo casamento.
O avanço acabou forçando sucessivas alterações legislativas,
sendo a mais expressiva a do Estatuto da Mulher Casada (L
4.121/62), que devolveu a plena capacidade à mulher casada e
deferiu-lhe bens reservados a assegurar-lhe a propriedade exclusiva
dos bens adquiridos com o fruto de seu trabalho. 
A instituição do divórcio (EC 9/77 e Lei 6.515/77) acabou com a
indissolubilidade do casamento, eliminando a ideia da família como
instituição sacralizada. A Constituição Federal de 1988, instaurou a
igualdade entre o homem e a mulher e esgarçou o conceito de família,
passando a proteger de forma igualitária todos os seus membros.
Foi estendida proteção à família constituída pelo casamento, bem
como a união estável entre o homem e a mulher e à comunidade
formada por qualquer dos pais e seus descendentes, que recebeu o
nome de família monoparental, também foi consagrada a igualdade
dos filhos, havidos ou não do casamento, ou por adoção, garantindo-
lhes os mesmos direitos e qualificações. 
As profundas modificações acabaram derrogando inúmeros
dispositivos da legislação e mostrando como o Código Civil perdeu o
seu papel de lei fundamental do direito da família após a Constituição.
O fato de não ter sido alterada a legislação infraconstitucional não
emprestou sobrevida à separação, mas como segue Berenice Dias
(2017), tendo o STJ admitindo a busca consensual da separação.
Talvez o maior ganho disso tudo tenha sido excluir expressões e
conceitos que causava grande mal-estar e não se podia mais conviver
com a nova estrutura jurídica e a moderna conformação da sociedade.
A possibilidade de a dissolução do casamento ocorrer
extrajudicialmente subtraiu do judiciário o monopólio de acabar com a
sociedade conjugal, mas foi a Emenda Constitucional 66/2010 que
consagrou o divórcio como a única forma de acabar com o
matrimônio. Com isso não há prazos, nem a necessidade de identificar
causas para dissolver-se o vínculo matrimonial.
Na atualidade é notório a necessidade de identificar o conceito de
família, afim de observar suas hipóteses, de realizações, tais como
suas restrições. A partir do capítulo seguinte abordaremos melhor
esse tema. 
2
 
3 DEFINIÇÃO DE FAMÍLIA
 
Conceitua-se o direito de família como próprio objeto, mais do que
uma definição, sendo feito a enumeração dos vários institutos que
regulam não só as relações entre pais e filhos, mas também entre
cônjuges e conviventes, sendo o que, a relação entre pessoas ligadas
por um vínculo de consanguinidade, afinidade ou afetividade.
Antigamente a sociedade só aceitava a família constituída pelo
matrimônio, a lei regulava somente o casamento, as relações de
filiação e o parentesco, tendo o reconhecimento social dos vínculos
afetivos formados sem o elo da oficialidade fez as relações
extramatrimoniais ingressarem no mundo jurídico por obra da
jurisprudência, o que levou a constituição a albergar no conceito de
entidade familiar, que fez com que surgisse a união estável.
Segundo Giselda Hironaka, não afeta a posição que
o indivíduo ocupe na família, o que importa é pertencer ao âmago, é
estar naquele idealizado lugar onde é possível integrar sentimentos,
esperanças, valores e se sentir, em vista, a caminho da realização de
seu projeto de felicidade (HIRONAKA, 2009, apud DIAS, 2017, p. 37).
A lei, como vem sempre depois do fato e procura congelar a
realidade, tem um viés conservador. Mas a realidade se modifica, o
que necessariamente acaba se refletindo na lei. A família
juridicamente regulada nunca consegue corresponder à família
natural, que preexiste ao Estado e está acima do direito. A família em
si, é uma construção cultural. É essa estrutura familiar que interessa
investigar e preservar em seu aspecto mais significativo, com um LAR:
Lugar de afeto e respeito. 
A própria organização da sociedade se dá em torno da estrutura
familiar. Em determinado momento histórico o intervencionismo estatal
institui o casamento como regra de conduta. 
As famílias monoparentais, reconhecidas pela Constituição como
entidades familiares mostrou-se que nada trouxe sobre as famílias
homoafetivas, inseridas no âmbito do direito das famílias por obra da
jurisprudência. É afirmado por alguns Mestres, de que a família não se
encontra em decadência, ao contrário, houve uma repersonalização
das relações familiares na busca do atendimento aos interesses mais
valiosos das pessoas humanas, sendo elas: o afeito, a solidariedade,
a lealdade, a confiança, o respeito e o amor. 
O Direito Civil moderno mostra uma definição mais restrita,
considerando membros da família as pessoas unidas por relação
conjugal ou de parentesco. Diversas legislações definem o âmbito do
parentesco, o direito de família estuda, e mostra em fusão, as relações
de pessoas unidas pelo próprio matrimônio, bem como daqueles que
convivem em uniões sem casamento.
Existem normas que tratam das relações pessoais entre os
familiares, das relações patrimoniais, assistenciais entre os membros
da família. O direito de família há um grande conteúdo de peso moral
e ético, que vive em incessante conversão. As relações patrimoniais
que a estruturam são secundárias, pois são totalmente dependentes
da compreensão ética e moral da família. O casamento é o fator
importantíssimo do direito de família, embora suas uniões sem
casamento tenham recebido parcialmente importância dos julgados
dos tribunais. 
A família em conceito geral, é o grau de parentesco ou conjunto
de pessoas unidas por vínculo de natureza jurídica familiar. Mostra-se
os ascendentes, descendentes e colaterais de uma linhagem,
incluindo-se os ascendentes, descendentes e colaterais do cônjuge,
que se denominam parentes por afinidade ou afins.
O cônjuge não é considerado parente. De tal forma, parente só é
considerado de forma restrita, quando é formado por pais e filhos que
vivem sob o pátrio poder ou poder familiar. A Constituição Federal
ampliou sua tutela para formação de entidade familiar por apenas um
dos pais e seus descendentes, chamada de família monoparental. 
Há também como considerar família por um conceito sociológico,
que é integrado por pessoas que vivem sob um mesmo teto, na
autoridade de um titular. Essa noção atualizada e reconhecida por
legislador, corresponde com a clássica posição do pater famíliasdo
Direito Romano.
O conceito de família se modifica conforme o tipo de sociedade, o
tempo e a sua estrutura social, na medida em que sofre as influências
dos acontecimentos sociais. No entanto, tomaremos como base dois
conceitos de família que são de grande valia, devido à facilidade de
compreensão. Duas ciências servirão de suporte para isso: a
psicologia e a sociologia.
Para a psicologia, família é: Um grupo de pessoas, vivendo em
uma estrutura hierarquizada, que convive com uma proposta de uma
ligação afetiva duradoura, incluindo uma relação de cuidado entre
adultos e deles para crianças e idosos que aparecem no contexto.
Pode-se também entender como uma associação de pessoas que
escolhe conviver por razões afetivas e assume um compromisso de
cuidado mútuo e, se houver, com crianças, adolescentes e adultos.
Nessa perspectiva psicológica, pode-se entender a família como um
grupo de coesa relação interpessoal, ocasionada de forma impositiva
ou não e que se observa, mesmo que minimamente, alguma relação
de hierarquia e cuidado entre seus membros.
Já para sociologia família é: Um grupo que apresenta
organizações estruturadas para preencher as contingências básicas
da vida biológica e social. Trata-se de uma unidade social básica, ou
seja, o grupamento humano mais simples que existe, por isso a família
é a instituição básica da sociedade. Apoiando-se na visão sociológica,
percebe-se que a família ganha um caráter de “unidade primária”.
Pode-se dizer então que sem a família, seríamos um aglomerado
de sujeitos particulares sem ligação interpessoal com os demais
membros da mesma espécie e que não haveria o mínimo de
coletividade entre os seres humanos.
Se a espécie humana existe hoje, em grande parte isso é fato
devido ao embrião da reciprocidade e do altruísmo mútuo que emergiu
ao se organizar esses primeiros grupamentos humanos chamados de
família. Alguns conceitos, como os de matrimônio e parentesco, estão
muito associados à idéia que as pessoas têm sobre o âmbito familiar,
entretanto é tradicional, em detrimento do surgimento de formas
alternativas. 
a) famílias extensas, incluindo três ou quatro
gerações; As famílias extensas são compostas pelo núcleo familiar e
agregados que coabitam a mesma unidade doméstica. De certo modo,
a família extensa foi substituída pela família nuclear, especialmente,
nos grandes centros urbanos. Além disso, difundiram-se novos
arranjos familiares desvinculados da união legal. 
b) famílias adotivas, que podem ser bi-raciais ou multiraciais; A
possibilidade da adoção disposta no Código Civil Brasileiro, faz com
que a composição da família adotiva se tornasse realidade. Esta é
composta por um homem e mulher cujo filho não apresenta laços
de consangüinidade.
c) casais; A família dita “casal” é aquela em que o homem e
mulher se enlaçam via matrimônio, mas com forte compromisso
mútuo. Como se pode perceber, há uma clara transformação na
instituição familiar, pois o que se vê é o surgimento de novos modos
de ser entre homens e mulheres e seus filhos, partilhados por muitos
casais contemporâneos e que terminarão por constituir novas regras.
Por questões históricas já mencionadas, tornou-se inviável
estabelecer um modelo familiar uniforme, havendo a necessidade de
traduzi-la em conformidade com as transformações sociais no
decorrer do tempo, como cita FARIAS E REOSENVALD. No entanto,
o Estado ainda sofria forte influência da igreja católica, sendo tal visão
traduzida em regras que geravam preconceito em relação às uniões
que não decorriam do casamento católico.
No entanto, aos poucos o Estado começou a se afastar das
interferências da igreja e passou a disciplinar a família sob o enfoque
social; a instituição familiar deslocou-se do posto de mero
agente integralizador do Estado, para peça fundamental da sociedade.
Nesse compasso, inicia-se a mudança do ideal patrimonialístico, com
indícios ligados ao modelo familiar estatal, além do caráter produtivo e
econômico, abrindo espaço para a estrutura afetiva embalada pela
solidariedade.
Até a promulgação da Carta Magna de 1988, o rol era totalmente
taxativo e limitado, vez que apenas aos grupos gerados por meio do
casamento era conferido o 'status familiar', preconizado pelo Código
Civil de 1916 que, sob forte influência francesa, traçava
parâmetros matrimonializados. Sob este mesmo prisma, destacasse a
Lei do Divórcio, que atribuía à parte culpada pela separação, vários
tipos de sanções, aludindo que a qualquer preço o liame familiar
formado pelo matrimônio deveria ser mantido.
Era, basicamente, “o sacrifício da felicidade pessoal dos membros
da família em nome da manutenção do vínculo de casamento”. Veja,
portanto, que o Estado entedia, até então, que a família apenas surgia
a partir do casamento. Os conjuntos de pessoas unidos sem tal
convenção não eram considerados família e, em razão disso, não
mereciam a proteção estatal.
Contudo, com a promulgação da Constituição Federal de 1988,
houve um impacto relevante sobre tais concepções, por meio dos
princípios constitucionais elencados que refletiram diretamente no
Direito de Famílias. O artigo 1°, III, da Constituição Federal, que
consagra o princípio da dignidade da pessoa humana, é considerado
por alguns doutrinadores, como o ponto de transformação do
paradigma de família; “num único dispositivo espancou séculos de
hipocrisia e preconceito”. Deste modo, com toda essa ordem de
valores trazidas pela Carta Magna, o Código Civil, que estava em
trâmite no Congresso Nacional antes desta ser promulgada, precisou
passar por um 'tratamento profundo', para que se adequasse aos
parâmetros constitucionais.
Como leciona Maria Berenice Dias “daí o sem-número de
emendas que sofreu, tendo sido bombardeado por todos os lados”. A
partir de então, foram várias as inovações jurídicas; merecem
destaque: a igualdade conferida aos homens e mulheres, tornando
igualitária a proteção de ambos e se estendendo, também, aos filhos,
fossem provenientes, ou não, do casamento ou por adoção; o divórcio,
como método de dissolver o casamento civil (nova redação dada ao
§6º do art. 226 da CF) e, do mesmo modo, a equiparação, no que
tange aos direitos garantidos à família formada através do casamento,
assim como à constituída pela união estável e às monoparentais,
figuras novas do ordenamento jurídico brasileiro. 
2
 
4 CASAMENTO AVUNCULAR
Até onde sabemos, o casamento é considerado uma das
instituições mais antiga do mundo todo, acompanhando sempre a
sociedade na qual se vive e também os seus anseios, mas indo de
acordo com a evolução de sua época e peculiaridades. O seu princípio
sempre foi perpetuar a espécie, fortalecer o poder econômico familiar,
formar alianças políticas e militares, mantendo sempre as linhas
sucessórias e o direito a propriedade. Entendemos também de que o
matrimônio é formado atualmente, por um homem e uma mulher, um
casal de mulheres ou homens, de acordo com o mundo que estamos
vivendo, mas o que muitos não sabiam, é que ainda há a possibilidade
de ser considerado o matrimônio, a relação entre parentes colaterais
de terceiro grau, no qual a vem a se chamar, casamento avuncular. 
Casamento avuncular é o que se dá entre parentes colaterais de
terceiro grau, mas o que isso quer dizer, é quando se é formado por
tio e sobrinha, ou tia e sobrinho. De acordo com o artigo 1.521, V, do
Código Civil, este casamento é proibido, porém o assunto foi levado
ao STJ, que dispõe em Enunciado n. 98 da Jornada de Direito Civil, da
seguinte maneira: “o inciso IV do art. 1.521 do novo Código Civil deve
ser interpretado à luz do DL 3200/41 no que se refere à possibilidade
de casamento entre colaterais de terceiro grau.” Este decreto levado
em questão permitiu com que o casamento avuncular fosse aceito,
desde que os citados sejam submetidos a um prévio exame médico,
no qual teste que não há nenhum problema em caso de geração de
herdeiros, por parte deles e mediante uma autorização judicial, para
que possa ser validado o casamento. 
Na época no qual foi trazido em questão a possibilidade do
casamento avuncular, não se mostrou nenhum tipo de revogação,
nem quando foi dado o seu decreto de lei, de forma expressa e sequer
mostrou incompatível com o que se encontra exposto no Código
Civil Art. 1521. Não podem se casar:
I. Os ascendentes com os descendentes, seja o
parentesco natural ou civil.
II. Os afins em linha reta.
III. O adotante com quem foi o cônjuge do adotado
e o adotado com quem o foi do adotante.
IV. Os irmãos, unilaterais ou bilaterais e demais
colaterais, até o terceiro grau inclusive.
V. O adotado com o filho do adotante.
VI. As pessoas casadas.
VII. O cônjuge sobrevivente com o condenado por
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu
consorte.
Mas o que acontece é que, o que consta citado acima é a simples
repetição do que já se constava no código de 1916. Não se mostra em
nenhum momento quaisquer tipo de preocupação sobre proteção em
razão da prole e eventuais problemas que poderia vir a acontecer
eventualmente, por isso em 1941 o decreto de lei 3200, foi alterado,
dispondo o seguinte: 
Art. 1º O casamento de colaterais, legítimos ou
ilegítimos do terceiro grau, é permitido nos termos
do presente decreto-lei.
Art. 2º Os colaterais do terceiro grau, que
pretendam casar-se, ou seus representantes
legais, se forem menores, requererão ao juiz
competente para a habilitação que nomeie dois
médicos de reconhecida capacidade, isentos de
suspensão, para examiná-los e atestar-lhes a
sanidade, afirmando não haver inconveniente, sob
o ponto de vista da sanidade, afirmando não haver
inconveniente, sob o ponto de vista da saúde de
qualquer deles e da prole, na realização do
matrimônio.
§ 3º O exame médico será feito extrajudicialmente,
sem qualquer formalidade, mediante simples
apresentação do requerimento despachado pelo
juiz.
§ 4º Poderá o exame médico concluir não apenas
pela declaração da possibilidade ou da irrestrita
inconveniência do casamento, mas ainda pelo
reconhecimento de sua viabilidade em época
ulterior, uma vez feito, por um dos nubentes ou por
ambos, o necessário tratamento de saúde. Nesta
última hipótese, provando a realização do
tratamento, poderão os interessados pedir ao juiz
que determine novo exame médico, na forma do
presente artigo.
§ 6º O atestado, constante de um só ou mais
instrumentos, será entregue aos interessados, não
podendo qualquer deles divulgar o que se refira ao
outro, sob as penas do art. 153 do Código Penal.
§ 7º Quando o atestado dos dois médicos,
havendo ou não desempatador, ou do único
médico, no caso do par. 2º deste artigo, afirmar a
inexistência de motivo que desaconselhe o
matrimônio, poderão os interessados promover o
processo de habilitação, apresentando, com o
requerimento inicial, a prova de sanidade,
devidamente autenticada. Se o atestado declarar a
inconveniência do casamento, prevalecerá, em
toda a plenitude, o impedimento matrimonial.
§ 8º Sempre que na localidade não se encontrar
médico, que possa ser nomeado, o juiz designará
profissional de localidade próxima, a que irão os
nubentes.
Art. 3º Se algum dos nubentes, para frustrar os
efeitos do exame médico desfavorável, pretender
habilitar-se, ou habilitar-se para casamento,
perante outro juiz, incorrerá na pena do art. 237 do
Código Penal. (Vide Lei nº 5.891, de 1973).
O decreto se limita em questão de saúde aos nubentes ou em
razão da prole, no qual como já foi supracitado que é necessário a
realização de uma perícia médica, até para testar a sanidade mental,
verificar a questão de exames, no qual se sabe sobre a saúde em
caso da concepção de filhos, caso queiram, porque nem sempre é
obrigado ao casal a gerar filho, pois a adoção pode ser trazida em
questão e a autorização judicial. 
Portanto podemos finalizar, de que o casamento avuncular é
permitido, devendo ser observado o que se encontra disposto em seu
Decreto-Lei n. 3200/4. 
 
2
 
5 JURISPRUDÊNCIAS
 
Após realizar uma breve busca, encontrei uma jurisprudência do STJ
(Superior Tribunal de Justiça), um julgado que chamou muito a atenção.
Concerne ao Casamento Avuncular que obteve a sua validade reconhecida,
não obstante não tenha sido realizado o exame pericial.  Porventura o
casamento aconteceu na situação nuncupativa (in extremis) – art. 1.540 do
Código Civil. Observe:
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Não posso dizer que existem soluções, para o que já foi
decretado em forma de lei, mas que deveriam ter tido por parte do
magistrados, no qual decretaram uma lei, que deveria com toda
certeza ter obtido uma abordagem maior e questionamentos, pois em
todos esses anos da história de família, nunca se foi visto algo como
estamos vendo nos dias de hoje, porque não podemos deixar de
questionar sobre como se deu essa relação entre tio(a) e sobrinho(a),
porque há de certa maneira de como veio surgir o consentimento de
uma das partes envolvidas.  
A própria evolução do que entendemos por família desafia a
própria natureza das coisas, que deve ser provida por fundamentos
racionais, ou seja, uma ordem natural condicionante à necessária
distinção lógica do dever ser. Para além disso, apresenta caráter
incestuoso, que atualmente não vem mais a ser proibido por lei, caso
haja seguimento do que está disposto em lei, afrontando a instituição
familiar.
Do outro lado desses direitos que as pessoas tem, como já vimos
ao decorrer dessa monografia, existe a necessidade do cumprimento
da lei, no sentindo de que todos tem um direito, mas esse direito que
foi exposto, deveria ter sido mais argumentado e dado uma
preocupação maior, pois sequer houve questionamento.
Em contrapartida, nem todo mundo entende que isso nos dias
atuais sejam comuns, pois vemos essas pessoas como parte de
nossa família, um irmão(irmã), se relacionado com uma filha(o) nosso,
é um pouco incompreensível, pois o mesmo deveria ter um sentimento
de pai(mãe), até mesmo, em caso de uma divergência de idade, pois
certamente corre a possibilidade de ter uma grande, como na maioria
das vezes, acontecer uma “paixonite” e sendo um menor e acabar
fantasiando um relacionamento. 
Então qual seria a solução para isso que há tanto
questionamento? Precisamos estudar mais, ter mais conhecimento de
como está surgindo, entender mais, até mesmo se ter mais
questionamento de todas as partes, para não deixarmos o que foi
criado ou até mesmo intitulado como entidade familiar, se acabar ao
decorrer do tempo que vai se passando e tudo se atualizando de
acordo com a época que vivemos, uma vez que devemos lembrar do
verdadeiro propósito no qual foi dado ao matrimônio e sua verdadeira
finalidade. 
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REFERÊNCIAS
 
• BERENICE, Maria. Manual De Direito Das Famílias. 12. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2017.
• DONZELE, Patrícia. Esclarece o casamento avuncular. Disponível
em: https://profpatriciadonzele.blogspot.com/2019/03/casamento-
avuncular.html
• MARCHIOTE, Juliana. Relata sobre o matrimônio e o patrimônio. Disponível
em:
https://jmarchiote.jusbrasil.com.br/artigos/1170459855/qual-e-a-origem-do-
casamento
• NUNES, Helom. Desvenda sobre o casamento avuncular e trás
jurisprudência à respeito. Disponível em:
https://helomnunes.com/2017/10/03/o-casamento-avuncular-e-permitido-
no-brasil/
• TAVARES, Regina da Silva. CAMARGO, TheoduretoNeto. Grandes Temas
de Direito de Família e das Sucessões. 2 vols. 1. ed.  2014.
• VENOSA, Silvio de Salva. Direito civil: Família e Sucessões. 5. ed.
Brasil: Saraiva, 2019.
• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3200.htm
 
 

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