Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ATUALIZAÇÃO PACUERA
PACUERA
DEZEMBRO
2014
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
2. ASPECTOS CONCEITUAIS DO PLANO AMBIENTAL DE BAGUARI ............................................ 5
2.1. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 5
2.2. PRINCÍPIOS ................................................................................................................ 6
2.3. OBJETIVOS ................................................................................................................. 6
2.3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 7
2.3.2. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ....................................................................................... 7
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PLANO AMBIENTAL BAGUARI ....................................................... 7
3.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSO .............................................................................................. 7
3.2. A UHE BAGUARI .......................................................................................................... 8
3.3. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ENTORNO DO PLANO AMBIENTAL ............................................. 10
3.4. CARACTERIZAÇÃO DA AE E INSERÇÃO REGIONAL DA UHE BAGUARI ............................... 10
3.5. ASPECTOS METODOLÓGICOS GERAIS DO PLANO AMBIENTAL BAGUARI ........................... 11
4. OFICINA PÚBLICA DA UHE BAGUARI ............................................................................... 11
4.1. MÉTODOS ................................................................................................................. 12
4.1.1. MOBILIZAÇÃO ........................................................................................................ 12
4.1.2. OFICINAS PÚBLICAS ............................................................................................... 13
4.2. RESULTADOS DAS OFICINAS PÚBLICAS ....................................................................... 14
5. ATUALIZAÇÃO DO PLANO AMBIENTAL BAGUARI ............................................................... 15
5.1. O MACROZONEAMENTO SOCIOAMBIENTAL ................................................................... 15
5.1.1. A MACROZONA RURAL (MZR) ................................................................................... 18
5.1.1.1. ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (ZPA) .................................................................. 18
5.1.1.2. ZONAS DE USOS ECONÔMICOS (ZUE) .................................................................... 19
5.1.2. A MACROZONA URBANA (MZU) ................................................................................. 20
5.1.3. ZONAS ESPECIAIS .................................................................................................. 20
5.1.3.1. ZONA DE LAZER E TURISMO (ZLT) ......................................................................... 20
5.1.3.2. ÁREA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (ARA) ............................................................. 21
5.2. DIRETRIZES PARA O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA AE ................................................ 21
5.2.1. DIRETRIZES PARA A MACROZONA RURAL (MZR) ........................................................ 21
5.2.1.1. ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (ZPA) .................................................................. 23
5.2.1.2. ZONAS DE USOS ECONÔMICOS (ZUE) .................................................................... 25
5.2.2. DIRETRIZES PARA MACROZONA URBANA................................................................... 26
5.2.3. DIRETRIZES PARA ZONAS ESPECIAIS........................................................................ 26
5.2.3.1. DIRETRIZES PARA A ZONA DE LAZER E TURISMO (ZLT) .......................................... 26
5.2.3.2. DIRETRIZES PARA A ÁREA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (ARA) ............................... 29
5.3. DIRETRIZES PARA O USO DA ÁGUA DO RESERVATÓRIO ................................................. 30
5.3.1. ENERGIA ................................................................................................................ 31
5.3.2. MONITORAMENTO DE PLANTAS AQUÁTICAS ............................................................... 31
5.3.3. SANEAMENTO AMBIENTAL........................................................................................ 31
5.3.3.1. ABASTECIMENTO PARA CONSUMO HUMANO ............................................................ 31
5.3.3.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................................... 32
5.3.3.3. DRENAGEM PLUVIAL ............................................................................................. 32
5.3.4. CAPTAÇÃO PARA IRRIGAÇÃO DE CULTURAS E PASTAGENS E DESSEDENTAÇÃO ANIMAL . 33
5.3.4.1. IRRIGAÇÃO DE CULTURAS E PASTAGENS ................................................................ 33
5.3.4.2. .............................................................................................................. DESSEDENTAÇÃO ANIMAL
...................................................................................................................................... 33
5.3.5. PESCA PROFISSIONAL, AMADORA E DESPORTIVA ....................................................... 33
5.3.6. AQUICULTURA ........................................................................................................ 34
5.3.7. TRANSPORTE E NAVEGAÇÃO .................................................................................... 34
ANEXOS
Anexo 1 – Legislação e Planos Pertinentes à Atualização do Plano Ambiental Baguari
Anexo 2 – Mapas da Atualização do Plano Ambiental de Baguari
Anexo 3 – Mapa da APP Variável do Entorno do Reservatório da UHE Baguari
Anexo 4 – Oficina Pública
Anexo 5 – MacroZoneamento Urbano
Anexo 6 – Anotação de Responsabilidade Técnica
LISTA DE QUADROS
A UHE BAGUARI instalou-se no município de Governador Valadares, na região do Vale do Rio Doce
em Minas Gerais. Sua área de influência compreende este município e o de Periquito, à margem
esquerda do rio Doce, e os de Fernandes Tourinho, Sobrália, Alpercata, Iapu, à margem direita do
mesmo curso d`água.
Em dezembro de 2006 foi obtida a Licença Ambiental de Instalação (LI) e as obras de construção
foram iniciadas. Neste mesmo ano, foi elaborado o Plano de Controle Ambiental (PCA)
apresentando os Projetos, Programas e demais ações ambientais necessárias à concessão da
Licença de Instalação (LI) do empreendimento.
As obras da UHE BAGUARI iniciaram-se no dia 09 de maio de 2007. A Licença de Operação (LO)
foi conferida em junho de 2009. Em setembro de 2009 iniciou-se a geração da primeira turbina e
em maio de 2010 a UHE BAGUARI estava em pleno funcionamento com 140 megawatts (MW),
distribuídos em quatro máquinas geradoras de energia de 35MW cada, suficiente para abastecer
uma cidade de 450 mil habitantes.
Também em 2009 foi elaborada a primeira versão do Plano Ambiental de Conservação e Uso do
Entorno do Reservatório Artificial da Usina Hidrelétrica de Baguari (PACUERA UHE BAGUARI). Esta
versão, contudo, foi indeferida pelo órgão ambiental, uma vez que entendeu-se da necessidade de
nova argumentação para justificar a proposta da APP variável contida no Plano.
Em 2011 foi apresentada a argumentação sobre a APP variável ao órgão ambiental. Em 2012, o
órgão ambiental em reunião com o empreendedor acatou a justificativa para a variação da APP no
entorno do Reservatório, segundo as considerações apresentadas para o meio físico e biótico.
Para o meio antrópico, entretanto, novos estudos foram demandados pela SUPRAM-Leste Mineiro.
Em razão das questões da variação da APP e tendo em vista as modificações da Lei Florestal
Brasileira (Lei nº 12.651/2012 e suas alterações) e de Minas Gerais (Lei nº 20.922/2013) 1 , dentre
outras, e eventuais mudanças na legislação dos municípios do território atingido pela UHE
BAGUARI, o empreendedor entendeu da pertinência de atualização do PACUERA, em 2014.
Há de se considerar ainda que novos planos de gestão do território foram propostos, depois de
2009, para a região na qual se insere o empreendimento. Em 2010, o Comitê da Bacia
Hidrográfica do rio Doce (CBH-Doce) aprovou o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce (PIRH) e Planos de Ações para as Unidades de Planejamento e Gestão de
1
Neste documento toda a legislação será apresentada em Anexo específico e não nas Referências
Consultadas, para evitar-se a duplicação de informações.
O Consórcio UHE BAGUARI (CBG) é constituído pelas empresas NEOENERGIA S.A, CIA
ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG e FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS, vencedoras do Leilão
da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) nº 002/2005. Através de Leilão, o Consórcio
passou a deter a concessão do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) BAGUARI.
1. INTRODUÇÃO
2.1. JUSTIFICATIVA
O Plano Ambiental Baguari justifica-se à luz da Lei Florestal Brasileira (Lei. nº 12.651/2012
alterada pela Lei Federal n° 12.727/2012):
Art. 5º [...]
§ 1o Na implantação de Reservatórios d’água artificiais, o empreendedor, no âmbito do
licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do
Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder a 10% (dez por
cento) do total da Área de Preservação Permanente. (BRASIL, Lei. nº 12.651/2012 alterada pela
Lei Federal n° 12.727/2012).
A Lei Florestal de Minas Gerais (Lei nº 20.922/2013) detalha o conceito do Plano Ambiental, em
seu artigo 23.
Além da Leis Florestais nacional e de Minas Gerais, novos marcos legais, como a Política Nacional
de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº
12.587/2012), são posteriores à primeira versão do PACUERA de 2009 e foram incorporados, no
que é cabível, a esta atualização. Assim como foi incorporado o Decreto Federal nº 7.217/2010
que estabelece diretrizes para o saneamento básico.
2.2. PRINCÍPIOS
A legislação pertinente;
A sustentabilidade;
O ordenamento territorial;
A integração institucional;
A participação e representatividade.
2.3. OBJETIVOS
A UHE BAGUARI tem por finalidade a geração de energia visando suprir o crescimento do mercado
da região sudeste do país.
O Plano Ambiental Baguari deve promover o ordenamento dos processos de uso e ocupação do
solo e de preservação de recursos naturais no entorno do Reservatório e dos usos múltiplos da
água, observando-se as especificidades do território envolvido. Tal planejamento deve acontecer
de forma integrada, mantendo-se a unidade da região e respeitando-se o arcabouço legal
existente e os preceitos da sustentabilidade.
A bacia do rio Doce pertence ao sistema de drenagem do Atlântico Sul – Trecho Leste. Tem
extensão territorial de 83.500km2 e abrange territórios dos estados de Minas Gerais e Espírito
Santo, em área de ocorrência do bioma da Mata Atlântica. Esta área é historicamente
caracterizada por intensa atividade de exploração florestal que resultou na formação de extensas
áreas de pastagens.
A bacia é limitada ao norte pela Serra Negra, divisor de águas com a bacia do rio Jequitinhonha, e
pela Serra dos Aimorés. A oeste, o limite é a Serra do Espinhaço, que separa a bacia em estudo
da correspondente ao rio São Francisco. O limite ao sul é definido pela Serra da Mantiqueira,
tendo como vizinhas as bacias dos rios Grande e Paraíba do Sul. A Serra do Caparaó, onde se
encontra o Pico da Bandeira, localiza-se no limite sudeste.
O rio Doce nasce nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço, a 1.200m de altitude e percorre 853
km até alcançar o Oceano Atlântico. Inicialmente é denominado como rio Xopotó. Seguindo rumo
NE, encontra o rio Piranga, no município de Senador Firmino/MG, a 900m de altitude. Ainda, na
mesma direção, desce as vertentes e, numa altitude de cerca de 390m, próximo ao município de
Ponte Nova/MG, encontra o ribeirão do Carmo, quando passa a ser denominado rio Doce.
O trecho Médio Rio Doce desenvolve-se entre a foz do rio Piracicaba e a barra do rio Manhuaçu,
junto ao município de Aimorés/MG, onde se inicia o trecho Baixo Rio Doce. No médio curso, com
extensão de 267km, o rio Doce recebe o aporte de importantes afluentes e aumenta
consideravelmente a vazão em trânsito.
A UHE BAGUARI tem seu eixo de barramento posicionado nas coordenadas geográficas de 19º02’
(latitude S) e 42º07’ (longitude W) e está localizada no antigo local denominado Cachoeira do
Baguari, ou Corredeira Pedra Bonita, ou ainda, Cachoeira da Fumaça, uma série de corredeiras
longitudinais e transversais ao rio, em meio a diversas ilhas alongadas, a jusante da foz do rio
Corrente Grande, afluente pela margem esquerda do rio Doce.
O Reservatório tem extensão de 22km ao longo do curso do rio Doce e mais cerca de 5km no rio
Corrente Grande. O lago afeta a zona ribeirinha dos municípios de Governador Valadares,
Periquito, na margem esquerda e os de Alpercata, Fernandes Tourinho, Sobrália e Iapu na
margem direita do rio Doce.
A localização da UHE BAGUARI pode ser visualizada no Anexo 2 – Mapas da atualização do Plano
Ambiental Baguari.
O acesso à área da UHE BAGUARI, a partir de Belo Horizonte, se faz num percurso total de cerca
de 320km, utilizando-se as rodovias BR-262 e BR-381 em direção aos municípios de Ipatinga e
Governador Valadares. Próximo ao km 172,5 da BR-381, um acesso de 3,5km, na margem
esquerda do rio Doce, leva até o eixo de barramento onde estão as principais estruturas do
arranjo.
A proposta de implantação da UHE BAGUARI foi feita no contexto de crise do setor de energia do
Brasil face à crescente demanda do mercado consumidor, conforme apresentado no EIA (CNEC,
2002):
De acordo com o registrado no Plano Decenal de Expansão 1999/2008, a previsão de
crescimento do consumo total de energia elétrica das concessionárias para todo o país é de 4,7%
ao ano. A capacidade instalada deverá crescer de 61.300 MW para 104.600 MW, criando uma
necessidade de novos projetos de oferta de geração da ordem de 4.330 MW por ano. Na região
de inserção do empreendimento, registra-se que a CEMIG possui o segundo maior mercado de
energia elétrica do Brasil, com demanda atual de 5.900 MW e de 7.800 MW no final do decênio. A
UHE BAGUARI foi planejada para ser interligada ao sistema da CEMIG na subestação Governador
Valadares. Alimentará em forma direta, portanto, uma região do estado de Minas Gerais onde
existem atualmente problemas de qualidade de atendimento em função da grande distância da
fontes de energia, e da característica de “ponta de linha”. Por outro lado, e considerando a
característica integrada do sistema elétrico brasileiro, a energia de Baguari virá suprir o
crescimento do mercado da região sudeste. Sua energia poderá ser comercializada através de
contratos de suprimento com concessionárias de serviço público de energia elétrica e com
consumidores finais habilitados, dando origem a fluxos comerciais entre geradores, detentores de
concessões de usinas, e distribuidores e consumidores com opção de compra. (CNEC, 2002, p.
2.2 v.1)
De acordo com o EIA (CNEC, 2002) a UHE BAGUARI tem um arranjo geral composto pelo circuito
hidráulico de geração na margem esquerda, adjacente ao vertedouro. O aproveitamento foi
dimensionado com NA máximo normal do Reservatório na El. 185,00m e NA máximo normal de
jusante na El. 167,00m, resultando uma queda bruta de 18m. A vazão média de longo tempo é de
558 m3/s. A área inundada foi de aproximadamente 16km2, com o NA máximo normal na El.
185,00m, incluindo os 8,3km2 ocupados pelo leito do rio anteriormente. Cerca de 2km2
permanecem como ilhas no Reservatório.
Barragem;
Reservatório;
Extravasor;
Tomada d´água;
Casa de força;
Canal de desvio
A Área do Entorno (AE) é o espaço onde já ocorrem, ou poderão ocorrer, usos múltiplos diversos,
diretamente influenciados pelas características físicas, pela dinâmica demográfica e eventuais
rebatimentos dos processos socioeconômicos, decorrentes da implantação do empreendimento e
da consequente alteração da paisagem. Embora não inundada, a AE guarda relação estreita com o
Reservatório, podendo ser por ele afetada e afetá-lo, positiva ou negativamente.
A AE foi delimitada por um polígono formado por uma linha imaginária que interliga as cristas
marginais, paralela à cota de inundação do Reservatório. Observe-se que as distâncias da linha
medida a partir do N.A. Máximo Normal do Reservatório são variáveis. Esta linha de cristas
marginais corresponde aos divisores das microbacias de contribuição direta do rio Doce, nas quais
a intensidade da influência é comparativamente superior ao das demais micro bacias. A AE
adentra os tributários que têm sua foz no próprio Reservatório, até a cota em que deixam de ser
influenciados pelo regime do mesmo.
A AE abrange as estruturas da UHE BAGUARI, o seu Reservatório até o seu remanso e a faixa de
APP variável. A AE compreende, também, o trecho do rio Corrente Grande que se estende da sua
foz no rio Doce até o primeiro córrego em sua margem direita deste rio, a montante do remanso
do lago. O polígono da AE tangencia a mancha urbana da sede de Periquito e abrange a área
urbana do distrito de Pedra Corrida, no município de Periquito, pela margem esquerda do rio Doce
e pela margem direita deste a área urbana do distrito de Senhora da Penha, no município de
Fernandes Tourinho. A AE contém ainda porções das propriedades rurais dos municípios de
Governador Valadares e Periquito, pela margem esquerda do rio Doce e dos municípios de
Fernandes Tourinho, Sobrália, Alpercata, Iapu pela margem direita do mesmo curso d’água.
A UHE BAGUARI, sediada no município de Governador Valadares e com área de influência neste
município e no de Periquito, à margem esquerda do rio Doce, e nos de Fernandes Tourinho,
Sobrália, Alpercata, Iapu, à margem direita do mesmo curso d`água, instalou-se em uma região
que vem sofrendo intervenções antrópicas através do intenso uso e ocupação do solo por
atividades econômicas, notadamente a partir das primeiras décadas do século XX.
O objetivo da atualização do Plano Ambiental Baguari é propor: (i) a ordenação dos usos e as
diretrizes estratégicas para a ocupação do solo no entorno do Reservatório; e (ii) definir as zonas
de proteção e recuperação dos recursos ambientais. Para atender a tais objetivos buscou-se, na
sua concepção, a superação da visão de desenvolvimento centrada na apropriação de espaços e
recursos. Ao contrário, na concepção da atualização do Plano Ambiental, o desenvolvimento é
entendido como possibilidade de construção coletiva e de promoção de qualidade de vida, tendo
como pontos de partida as dimensões ambiental, econômica, social, ética e cultural.
A implantação da UHE BAGUARI promoveu transformações que afetam o meio ambiente local e
regional. Além de buscar seu objetivo principal – a geração de energia elétrica – o
empreendimento precisa atender também a interesses da coletividade.
Para tanto a UHE BAGUARI assumiu uma agenda de compromissos com o desenvolvimento
socioeconômico local e regional. Nessa agenda inserem-se a intensificação de ações mitigadoras e
de benefícios socioambientais, a alavancagem da economia, a promoção da ocupação dos núcleos
urbanos mais próximos, o fortalecimento dos canais de participação da sociedade no processo de
discussão de programas e projetos.
Assim como no Plano Ambiental de 2009, sua atualização exigiu a realização de novas oficinas
junto à população. Seu objetivo é o conhecimento da realidade local a partir da percepção dos
proprietários, moradores, gestores e usuários do solo na AE e do Reservatório, bem como a
identificação das propostas para uso destas áreas. A Oficina Pública propicia a participação dos
diferentes segmentos da sociedade e busca o comprometimento de todos no processo de
implantação do Plano Ambiental.
Realizado por equipe multidisciplinar, este documento elucida os métodos e os critérios adotados
na elaboração do mesmo; descreve o conteúdo e a abrangência de cada um dos itens nele
constantes; e descreve os procedimentos necessários para viabilizar os usos pretendidos pelos
agentes da produção do espaço.
A Oficina Pública é parte integrante desta atualização do Plano Ambiental Baguari. Seu objetivo é
legitimar a elaboração das diretrizes de uso e ocupação do solo da AE do entorno do Reservatório
As Oficinas Públicas ocorreram nas sedes dos municípios de Governador Valadares, Periquito e
Fernandes Tourinho em outubro de 2014. O Quadro 2 abaixo apresenta a data, o local e o
público-alvo das oficinas realizadas.
Quadro 2 – Oficinas Públicas
Município Data Local Horário Público
Poderes constituídos e população dos municípios
Fernandes Câmara dos
14/10/2014 14:00h da Margem Direita do rio Doce (Alpercata,
Tourinho Vereadores
Fernandes Tourinho, Sobrália e Iapu)
Sindicato dos
Governador Todos os três poderes dos seis municípios
15/10/2014 Produtores 9:00h
Valadares envolvidos, e população
Rurais
Câmara dos Poderes constituídos e população de Periquito, e
Periquito 15/10/2014 14:00h
Vereadores do distrito de Pedra Corrida
Elaboração: Bios Consultoria, 2014.
4.1. MÉTODOS
4.1.1. MOBILIZAÇÃO
Para que fosse possível mobilizar um público representativo da população local, a divulgação das
oficinas foi feita por diversos meios de comunicação. Inicialmente os convites foram enviados por
correspondência eletrônica às prefeituras e câmaras dos municípios de Alpercata, Fernandes
Tourinho, Governador Valadares, Iapu, Periquito e Sobrália, e foram reforçados através de contato
telefônico. Foram enviados ainda convites em meio físico para as promotorias de meio ambiente
dos referidos municípios.
Na oportunidade foram remetidos às prefeituras e câmaras dos municípios ofícios indagando sobre
a legislação incidente sobre a AE e solicitando informações sobre eventuais projetos das
municipalidades para esta mesma área.
Foram enviados, também, convites por correspondência eletrônica aos seguintes órgãos
ambientais: Conselho Estadual de Política Ambiental Leste Mineiro (COPAM–Leste Mineiro);
Instituto Estadual de Florestas (IEF); Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e
Superintendência Regional de Regularização Ambiental Leste Mineiro (SUPRAM–Leste Mineiro) e
aos Comitês de Bacia Hidrográfica do rio Doce e do rio Suaçuí.
Por fim, para garantir a ampla divulgação e o comparecimento nas oficinas, foram realizadas
vinhetas nas cidades de Fernandes Tourinho e Periquito, incluído o distrito de Pedra Corrida, além
de publicações do convite à população no jornal Diário do Rio Doce, jornal de circulação regional.
Gondim (2002) em seu artigo “Grupos Focais como Técnica de Investigação Qualitativa” define
grupos focais como uma técnica de pesquisa que coleta dados por meio das interações grupais ao
se discutir um tema sugerido pelo pesquisador. Pode ser caracterizado também como um recurso
para compreender o processo de construção das percepções, atitudes e representações sociais de
grupos humanos.
As discussões dos grupos focais nas oficinas do Plano Ambiental Baguari foram divididas em três
temas:
Na chegada, os participantes eram atendidos por monitores que procediam à identificação dos
mesmos. Estes eram convidados a assinar uma lista de presença, e recebiam um crachá (etiqueta
auto-colante) marcado com uma de três cores, correspondente a cada um dos grupos temáticos
citados acima.
Estas cores se alternavam sempre na mesma frequência, para assegurar a mesma proporção de
pessoas em cada grupo.
No momento seguinte à apresentação, era solicitado aos participantes que se deslocassem para
espaços específicos, cada um reservado a um dos temas definidos, conforme a cor de seu crachá.
Cada grupo era acompanhado por um monitor da Bios Consultoria.
Para cada grupo foi disponibilizado um mapa da AE da UHE BAGUARI. Os participantes eram
instados a discutir diretrizes de uso e ocupação do solo e da água nas três áreas definidas:
urbana, rural e Reservatório, de acordo com o grupo no qual estavam. Os pontos consensuados
eram então anotados por um dos integrantes do grupo. Outro integrante ficava responsável por
fazer um relatório com o registro de todos os usos discutidos.
Diretrizes para melhoria do esgotamento sanitário tanto da área urbana quanto da rural da AE
foram propostas e enfatizadas como fundamentais para a qualidade ambiental e fomento da pesca
na AE. Pelo fato de a maioria dos municípios ter pequeno porte e dispor de pouca força de
articulação técnica e política foi indicada como diretriz a formação de consórcio intermunicipal
para implantação de projetos de saneamento com recursos públicos, como por exemplo, do Fundo
de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de
Minas Gerais (FHIDRO). [1] Foi ressaltada ainda a necessidade de realização de Planos Diretores
pelos municípios atingidos pela UHE, para ampliação da capacidade de realização de projetos
focados no desenvolvimento sustentável desses territórios.
Para o reservatório, a principal diretriz foi para compatibilização do uso do mesmo tanto para
geração de energia elétrica, quanto para abastecimento de água e controle de enchentes. Foram
apresentadas questões sobre o licenciamento para instalação de redes tanque para aquicultura e
sobre o órgão da administração pública que regulamenta e fiscaliza a atividade. Segundo a
CEMIG, para empreendimentos localizados em águas sob o domínio da União, o licenciamento é
via Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) IBAMA e Marinha do Brasil. (CEMIG, 2014)
As diretrizes indicadas pelos participantes das três oficinas foram incorporadas às diretrizes para
uso e ocupação do solo e da água do reservatório da AE.
[1]
O Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de
Minas Gerais (FHIDRO) tem por objetivo dar suporte financeiro a programas e projetos que promovam a
racionalização do uso e a melhoria dos recursos hídricos, quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos,
inclusive os ligados à prevenção de inundações e o controle da erosão do solo, em consonância com as Leis
Federais 6.938/1981 e 9.433/1997, e com a Lei Estadual 13.199/1999.
Conforme já foi informado, a Lei Florestal de Minas Gerais (Lei nº 20.922/2013) estabelece, no
artigo 23 parágrafo § 1º, que o PACUERA se compõe em: (i) diagnóstico socioambiental; (ii)
zoneamento socioambiental; e (iii) programa de gerenciamento participativo do entorno do
Reservatório.
A elaboração do Plano Ambiental Baguari versão 2009 foi embasado no EIA/RIMA (CNEC. 2002) e
no PCA da UHE BAGUARI (CNEC. 2006), em dados e informações fornecidos pelo Consórcio
Baguari, bem como em consultas a bibliografias e referências técnicas sobre os temas atinentes
ao escopo dos serviços. Os estudos técnicos foram complementados com as informações das
Oficinas Públicas realizadas em outubro de 2014.
A atualização do Plano Ambiental Baguari é composta pela definição de: (i) Macrozoneamento
Socioambiental da AE; (ii) diretrizes de uso do solo e da água e; (iii) medidas de implementação
e gestão ambiental.
Áreas agrícolas
SubZona de Produção Rural
(SZPR)
Áreas de pastagem
Área de Recuperação Ambiental (ARA) Áreas de SZPA que não apresentam vegetação nativa
No Anexo 3 – Mapa da APP Variável do Entorno do Reservatório da UHE BAGUARI estão indicadas
as faixas de APP.
Quanto ao PIRH (2010), prevê-se que o mesmo também seja revisado tendo em vista a Lei
Florestal Brasileira de 2012 e a Lei Florestal de Minas Gerais de 2013.
Quanto ao horizonte temporal, as metas traçadas pelo PIRH Doce foram estabelecidas para 20
anos (PIRH, 2010 v.1). No volume 3 do PlRH, não foram apresentadas, contudo, diretrizes
referentes ao uso e ocupação do solo para as áreas de entorno do Reservatório da UHE BAGUARI.
Este volume define diretrizes apenas para: enquadramento dos corpos d’água, outorga,
compensação aos municípios e sistema de informação.
A ADA do empreendimento [duplicação BR-381]ocupa uma faixa de terreno com largura de 120
metros ao longo da rodovia, sendo 60 metros para cada lado a partir do seu eixo principal. Esta
faixa corresponde aos 80 metros da faixa de domínio da rodovia (40 m de cada lado), acrescidos
de 40 metros (20 m de cada lado).
Há de se considerar que dos seis municípios impactados pela UHE BAGUARI, apenas Governador
Valadares dispõe, à data desta Atualização do Plano Ambiental (2014), de Plano Diretor
Participativo.
A lei de parcelamento do solo de Alpercata (Lei nº 870/2013) trata da zona urbana do município,
território que não pertence, entretanto, à AE deste Plano Ambiental.
As proposições acima estarão sempre consideradas para que a atualização do Plano Ambiental
Baguari se insira dentro da mesma dinâmica proposta para a mesorregião do Rio Doce.
5.1.1. A MACROZONA RURAL (MZR)
A MacroZona Rural abrange as áreas nas quais serão permitidos os usos de proteção ambiental, o
uso agrário, extrativismo vegetal e mineral, parcelamento do solo rural em módulos com área
igual ou maior que a Fração Mínima de Parcelamento (FMP) do município envolvido, estabelecida
pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), conforme Instrução Especial
INCRA nº 50, aprovada pela Portaria nº 36, de 26 de agosto de 1997.
A Zona de Proteção Ambiental (ZPA) é composta pelas áreas nas quais objetiva-se a preservação
e/ou conservação ambiental, quais sejam:
2
Entendendo-se preservação como o conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a
longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas além da manutenção dos processos ecológicos,
O uso patrimônio natural abrange as áreas que deverão ser mantidas preservadas,
compreendendo as Áreas de Preservação Permanente (APPs) definidas pela legislação ambiental,
os fragmentos florestais cuja preservação das características ecológicas naturais é imprescindível
para garantir a proteção da flora e fauna, e as áreas que apresentam características relevantes
culturalmente, quais sejam:
A SubZona de Conservação Ambiental (SZCA) compreende as áreas nas quais o objetivo básico é
compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos seus recursos naturais.
Entende-se por conservação 4 o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a
preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente
natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis.
A Zona de Uso Econômico (ZUE) corresponde às áreas nas quais se desenvolvem e poderão se
desenvolver atividades agrárias, especificamente aquelas que possuem aptidão para
agropecuária, extrativismo vegetal e mineral, o agroturismo e ecoturismo, além da agroindústria.
Na AE, esta é a zona que possui a maior extensão territorial.
prevenindo a simplificação dos sistemas naturais (Inciso V do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de
2000).
3
Entendendo-se uso indireto como aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos
recursos naturais (Inciso IX do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000).
4
Inciso II do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.
A SubZona de Extrativismo Mineral tem aptidão à ocorrência do corpo mineral que se pretende
extrair.
A ZLT compreende áreas aptas aos usos e às atividades de lazer e turismo, chacreamentos e
sítios de recreio, que poderão ocorrer tanto na MZU ou MZR da AE da UHE Baguari.
5
Há de se destacar que ambos os decretos aprovados em Periquito referentes aos loteamentos foram
aprovados com ressalvas. Estavam condicionados à apresentação de projetos de infraestrutura e
caucionamento de seu valor de mercado, no prazo de 180 dias de assinatura dos decretos. O decreto nº 085
de 6 de novembro de 2013 teria prazo até 5 de maio de 2014. O decreto nº 94 de 17 de março de 2014
teria prazo até 16 de setembro de 2014.
§ 4º O plano ambiental de conservação e uso poderá indicar áreas para implantação de pólos
turísticos e lazer no entorno do reservatório artificial, que não poderão exceder a dez por cento
da área total do seu entorno. (CONAMA nº 302/2002)
Os pólos turísticos e de lazer admitidos na ZLT da AE poderão ocorrer por meio do parcelamento
do solo urbano, ou seja, em módulos inferiores àqueles estipulados pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e desta forma atender às diretrizes de uso e ocupação do
solo urbano. Os parcelamentos em módulos igual ou maiores ao estipulados pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) deverão atender as diretrizes de uso e
ocupação do solo rural.
Estas áreas deverão passar por um processo de recomposição, no qual serão adotadas medidas
de controle ambiental. Após a reabilitação, estas áreas serão reenquadradas no macrozoneamento
socioambiental.
Para a proposição das diretrizes de uso e ocupação do solo na Macrozona Urbana (MZU) e Rural
(MZR), foram considerados os programas do Plano de Controle Ambiental da UHE BAGUARI, já
executados e em execução, e as propostas sugeridas nas Oficinas Públicas. As diretrizes para
Macrozona Urbana (MZU) estão no Anexo 5, já referido.
Adotar a drenagem dispersa por meios de descargas múltiplas ou difusas nas laterais das
vias vicinais, conforme for possível;
Evitar trechos viários longos perpendiculares às curvas de níveis. Este procedimento visa
evitar a instalação de processos erosivos;
Evitar movimentos de terra nas proximidades das drenagens naturais a fim de evitar seu
carreamento;
Despender esforços para que haja derivações e captações mediante a obtenção de outorga
do uso de recursos hídricos no âmbito dos órgãos ambientais competentes;
Recomendar para que não haja utilização de locais para deposição de dejetos, sem estudos
prévios ou licenciamento ambiental, evitando-se a disposição de lixo na categoria “lixão”.
Instruir para que as águas pluviais de telhados de casas e estábulos sejam coletadas em
caixas ou cavidades do solo, para infiltração forçada ou uso local;
Demarcar, revegetar e manter a faixa de APP ao longo das margens do Reservatório, bem
como as suas ilhas, definidas pela legislação;
Atentar para as APPs ao longo dos cursos d’água tributários do rio Doce em seus trechos
compreendidos na AE, divulgar e instruir os proprietários pela obrigatoriedade/necessidade
de revegetá-las, caso necessário;
Atentar para averbação das RLs da AE no registro de imóveis competente de tal forma que
seja vedada a alteração de sua destinação nos casos de transmissão, a qualquer título, ou
de desmembramento da área;
Impetrar esforços para que as RLs tenham uso restrito, sendo vedados o corte raso, a
alteração de uso do solo e a exploração com fins comerciais, com algumas exceções,
conforme autorização do Instituto Estadual de Florestas (IEF);
A SZCA permite o uso sustentável dos recursos naturais associado às medidas de conservação da
natureza, compreendendo ações como a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a
restauração e a recuperação do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício às
atuais gerações em bases sustentáveis.
Incentivar e difundir os benefícios gerados tanto nos aspectos ambientais como econômicos
na instituição de Unidades de Conservação (UC) na categoria de Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN) nestas áreas. Ressalta-se que a criação desta categoria de UC
somente ocorrerá se for interesse ou desejo do proprietário que, optando pela criação da
RPPN, deverá gravar a sua perpetuidade, bem como propor a assinatura do Termo de
Compromisso perante o órgão ambiental, a ser averbado no Registro Público de Imóveis;
6
Como estabelecido no art. 216 da Constituição Federal.
Na ZUE, o Reservatório possui elevada aptidão para o uso agrário, compreendendo as atividades
de abastecimento de água, irrigação, pesca comercial e amadora e aquicultura.
Limitar o uso do solo nas áreas de alta suscetibilidade erosiva, como por exemplo, na porção
norte da AE (foz do rio Corrente Grande no Reservatório), nas áreas entre os córregos do
Cemitério e Preto (na margem esquerda do Reservatório) e ao longo da margem direita do
lago artificial. Desta forma, os usos nestas áreas devem atender às seguintes
recomendações:
Atentar para o uso controlado de defensivos agrícolas nas áreas onde o lençol freático não é
profundo.
Submeter toda e qualquer atividade de mineração a um Plano de Lavra que deverá ser
autorizado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e ser licenciado pelos
órgãos ambientais competentes;
Garantir que o somatório das áreas consideradas como ZLT não exceda a 10% da área total
da AE do reservatório;
Garantir que a somatório das áreas de intervenções da APP acima referidas, com as áreas
dos usos consolidados existentes na APP não ultrapasse os 10% do total da APP do
Reservatório.
Assegurar que o parcelamento do solo na ZLT situado na MZR atenda aos parâmetros dados
pela Instrução Especial INCRA nº 50, aprovada pela Portaria nº 36, de 26 de agosto de
1997, que fixa as Zonas Típicas de Módulo (ZTM) com base nas Microrregiões Geográficas
(MRG).
Atentar para que a área mínima da gleba rural seja igual à Fração Mínima de Parcelamento
(FMP), que corresponde sempre à menor área entre o módulo rural e a fração mínima do
município. O Quadro 5 apresenta a FMP, ou seja, a área mínima de gleba na zona rural dos
municípios da AE.
Assegurar que na ZLT situados na MZR sejam atendidas as diretrizes específicas do sistema
viário e de saneamento ambiental estabelecidas neste Plano;
Promover a ocupação do solo de forma preventiva. As medidas são simples, mas eficazes,
como a manutenção das cabeceiras e linhas de drenagens naturais desocupadas, que podem
ser utilizadas como áreas verdes. O principal controle será no sistema de drenagem, através
de um sistema de canaletas naturais de coleta e condução da água pluvial para terrenos
firmes e recobertos pela vegetação, ou para a drenagem natural; recomposição do terreno
com a cobertura vegetal e utilização de dissipadores de energia quando necessário.
Assegurar que cada gleba deva, necessariamente, ter frente para via pública, excetuando-se
a via de pedestres ou a ciclovia.
- O parcelamento com lotes lindeiros às rodovias deverá exigir ruas marginais laterais
tangenciando a faixa de domínio da rodovia. Deverá também obedecer às normas
aplicáveis de parcelamento do solo.
Atentar para as demais diretrizes da MZU que estão no Anexo 5 – MacroZoneamento Urbano.
As águas do Reservatório são classificadas como “águas públicas”, sendo o seu uso condicionado
a regulamentos administrativos, de acordo com o artigo 36 do Código das Águas.
As proposições para o uso da água do Reservatório devem ser condizentes, ainda, com a
Resolução CONAMA nº 357/2005 e Resolução CONAMA nº 397/2008 que dispõem sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento.
A qualidade da água do rio Doce é definida pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Os
principais cursos d’água da AE estão enquadrados na classe 2. Os cursos de água doce,
enquadrados na classe 2, podem ser destinados ao:
Em função das condições do lago quanto às dimensões, disponibilidade hídrica, qualidade da água
e localização das instalações da UHE BAGUARI e demais estruturas do empreendimento, são
identificadas três regiões distintas, nas quais os usos são permitidos e favorecidos ou ao
contrário, limitados:
O trecho do rio Doce à jusante da barragem - a 500m das estruturas da Casa de Força da
UHE BAGUARI, onde todos os usos são interditados, por questões de segurança;
O trecho do rio Doce, a montante da barragem – a 950m das estruturas do Barramento -
Vertedouro da UHE BAGUARI, onde todos os usos são interditados, por questões de
segurança;
O restante do Reservatório, onde alguns usos são permitidos e favorecidos.
A Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, apresenta a classificação, o tratamento e a destinação final dos resíduos, além de propor
a responsabilidade socioambiental compartilhada entre poder público, geradores, transportadores,
distribuidores e consumidores no fluxo de resíduos sólidos.
Permitir derivações e captações somente após obtenção de outorga dos órgãos ambientais
competentes. O uso para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais,
distribuídos no meio rural não precisa de outorga, desde que considerado como uso
insignificante e submetendo-se a cadastro no Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM);
Definir usos com baixa taxa de ocupação, nas áreas de recarga de aquíferos, terrenos com
declividade média a alta e os adjacentes às faixas de proteção dos recursos hídricos.
Permitir que a rede pública receba os efluentes não domésticos, desde que os padrões de
lançamento estabelecidos sejam atendidos. Esses padrões são estabelecidos pelo órgão de
serviços de saneamento, baseados na norma brasileira NBR-9800.
Adotar canaletas permeáveis nas vias de ruas urbanas não calçadas ou de calçamento
poliédrico;
Assegurar que o processo de uso e ocupação do solo seja implementado de forma a não
alterar os caminhos naturais das águas superficiais, sejam secos ou úmidos, e áreas de
amortecimento de cheias (bacias de acumulação);
Garantir que o Reservatório não seja utilizado como local para dessedentação de animais,
tanto pelos problemas relacionados à conservação ambiental da margem, quanto pela
manutenção da qualidade físico-química e bacteriológica da água. Caso o lago se transforme
em atrativo turístico local, torna-se ainda mais inadequado o trânsito de animais e a
dessedentação;
Incentivar a atividade pesqueira amadora e desportiva, contanto que estas não interfiram
nas atividades cotidianas das populações locais, principalmente aquelas que necessitam dos
recursos ambientais para sua sobrevivência, como ocorrem com os pescadores profissionais;
Permitir a exploração dos recursos pesqueiros na AE de modo controlado, para que não
sejam rapidamente exauridos;
5.3.6. AQUICULTURA
Garantir que a atividade de aquicultura seja realizada dentro dos trâmites legais, uma vez
que para tanto são necessários a obtenção de outorga do uso da água, o registro do projeto
e a licença ambiental.
Preconizar o emprego de espécies nativas. Recomenda-se, ainda, que este uso receba o
incentivo das municipalidades;
Realizar estudos para exploração desses recursos, pois se trata de uma estratégia restrita e
desconhecida pela maioria dos pescadores locais, além dos aspectos sanitários e comerciais.
Garantir que nos atracadouros de travessia somente possam trafegar, atracar, desatracar e
permanecer nas proximidades as embarcações autorizadas pelo setor competente do
Garantir que a fiscalização do tráfego de embarcações nas áreas próximas aos ancoradouros
seja realizada pelas administrações municipais, para proteção de banhistas e desportistas;
Garantir que todas as embarcações se inscrevam nas Capitanias dos Portos (CP), Delegacias
(DL), ou Agências (AG), em cuja jurisdição for domiciliado o proprietário/armador, ou onde
estes forem operar. As plataformas móveis, assim como as plataformas fixas quando
rebocadas, são consideradas embarcações devendo também ser inscritas e/ou registradas;
Garantir que eventos náuticos sejam realizados de acordo com as Normas e Procedimentos
para as Capitanias Fluviais (NPCF).
[...] gestão do meio ambiente, ou simplesmente gestão ambiental, serão aqui entendidos como as
diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais como, planejamento, direção, controle,
alocação de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio
ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas causados pelas ações humanas,
quer evitando que eles surjam. (BARBIERI, 2004)
A gestão ambiental é uma medida estratégica, porque além de estimular a qualidade ambiental
também possibilita o planejamento, controle, alocação de recursos, mudança de padrões de
consumo e produção, adequando as ações e comportamentos à ética socioambiental e ao princípio
da sustentabilidade.
Trata-se de uma prática em nível global que vem se impondo nas instituições públicas e privadas.
Por meio dela é possível a mobilização da sociedade em busca da promoção de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, fundamental à consolidação do desenvolvimento sustentável.
Uma gestão eficiente será possível se os agentes estiverem comprometidos com a consecução de
metas e manejarem adequadamente os instrumentos de negociação e articulação.
Esse ambiente de negociação é formado por diversos fatores, entre os quais são essenciais:
Para construção deste PACTO, propõe-se a adoção dos seguintes princípios por todos os
envolvidos:
Transparência;
Responsabilidade social;
Gestão integrada;
Sustentabilidade
Esta autonomia está respaldada na Constituição Federal (1988) que confere ampla competência
material e legislativa aos Municípios na gestão territorial, tema de interesse eminentemente local
7
:
[...] qualquer que seja sua natureza, qualquer atividade que implique em uso do solo deve ser
aprovada pelas autoridades municipais, as quais, através do Plano Diretor, têm de criar as
diretrizes para ação dos cidadãos e das agências públicas. (FERNANDES, 1998)
A implementação do Plano Ambiental Baguari se dará pela incorporação de suas propostas pelos
municípios da AE, por meio da ação compartilhada das duas esferas de governo – estadual e
municipal, nas parcelas de responsabilidade de cada uma, competindo aos poderes executivos
locais a reprodução das Diretrizes nele estabelecidas em legislações municipais específicas.
7
Competência atribuída pelo Inciso I do art. 30 da Constituição Federal. Somente nos casos em que tal
interesse tomar proporções regionais, faz-se necessária a tutela dos Estados. Essa tutela deve dar-se no
sentido de possibilitar soluções consensuais.
Essas informações serão produzidas e repassadas por todos os agentes, de acordo com suas
capacidades, mas especialmente pelo Gestor e pelos Municípios. O apoio técnico ao Conselho será
provido, portanto, pelas Prefeituras e pelo Gestor da UHE BAGUARI.
Deverá ser prevista uma capacitação das municipalidades, com o objetivo de instruir e fortalecer
os setores de fiscalização para impedir a proliferação de atividades e ações em desacordo com o
Plano Ambiental Baguari.
Propõe-se que no prazo de cinco meses, contados a partir da data de aprovação desta Atualização
do Plano Ambiental pelo órgão ambiental, seja iniciado o processo de implantação do Conselho do
Plano Ambiental Baguari (COPLAB).
Estas entidades serão corresponsáveis pelas ações estabelecidas e deverão se reportar à SEMAD,
informando as etapas executadas.
A implantação do Conselho do Plano Ambiental Baguari (COPLAB) deve ocorrer no prazo máximo
de nove meses, a contar da data da convocação mencionada, quando será realizada a reunião
inaugural para aprovação do Regimento do Conselho.
A Constituição Brasileira em seu art. 225. estabelece que o meio ambiente é um bem de uso
comum do povo, sendo imperativo ao Poder Público e à coletividade defendê-lo e preservá-lo para
as gerações presentes e futuras.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.(BRASIL, Constituição, 1988).
A implementação do Plano Ambiental Baguari exige que o Poder Público, no âmbito estadual ou
municipal, exerça o controle ambiental de acordo com a Política Ambiental Federal, Estadual e
Municipal, utilizando instrumentos, tais como o licenciamento de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras, o estabelecimento de padrões de qualidade, o zoneamento ambiental,
a avaliação dos impactos ambientais, a criação de espaços territoriais especialmente protegidos, e
o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente, além da fiscalização ambiental.
A vida no campo social também pode ser compreendida em termos de rede, mas não estamos
abordando reações químicas; e sim comunicações. Redes vivas em comunidades humanas são as
redes de comunicação. Assim como as redes biológicas são também autogeradoras, mas o que
geram é especialmente o impalpável. Cada comunicação cria pensamentos e significados, os
quais por sua vez dão lugar a comunicações posteriores, e assim uma rede inteira gera a si
própria.
À medida que comunicações continuam a se desenvolver na rede social, eventualmente
produzirão um sistema compartilhado de crenças, explicações, e valores — um contexto comum
de significados, conhecido como cultura, o qual é continuadamente sustentado por comunicações
adicionais. É através da cultura que os indivíduos adquirem identidade como membros da rede
social. (CAPRA, 2003)
Assim recomendam-se para a Atualização do Plano Ambiental Baguari os seguintes objetivos para
a Comunicação:
Diálogo com o entorno. A interlocução é tida como essência do ato educativo. Por
interlocução, compreende-se a capacidade de chegar ao outro, de abrir-se ao meio, de
percorrer caminhos de compreensão e expressão, de promover processos e de facilitar
aprendizagens abertas;
Na Atualização do Plano Ambiental estão sendo considerados como fundamentos para elaboração
das diretrizes de Educação Ambiental (EA): a legislação federal e estadual que regulamenta o
tema; o Termo de Referência para licenciamento ambiental da SEMAD.
A Lei federal nº 9.795 de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a
Política Nacional de Educação Ambiental, traz a seguinte conceituação:
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade. (BRASIL, Lei nº 9795/99, Art. 1º)
[...]
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo
estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não-formal. (Idem, ibidem, Art. 2º)
A Educação Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que
têm como foco o Patrimônio Cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão
sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para
seu reconhecimento, sua valorização e preservação. (IPHAN, 2014, p. 19)
O setor de Educação formal ou escolar definida como aquela desenvolvida no âmbito dos
currículos das instituições de ensino, públicas e privadas, de todos os níveis e modalidades;
A Atualização do Plano Ambiental Baguari deve contemplar ambos os setores acima referidos.
Os objetivos;
O público-alvo;
As diretrizes para elaboração do Programa de Educação Ambiental / PEA;
A estrutura organizacional do PEA;
A duração do PEA;
Os indicadores;
A avaliação e monitoramento.
Biomas;
Entende-se que a sistematização do Termo de Referência deva ser adotada nos programas de
Educação Ambiental e Patrimonial também desta Atualização do Plano Ambiental, visando dar
unicidade ao processo pedagógico.
O tratamento do espaço sob a influência de um mesmo empreendimento deve ser feito de forma
integrada. Ao mesmo tempo, é imprescindível o respeito à autonomia dos governos locais, no que
diz respeito à gestão de seus territórios.
Os parâmetros e critérios adotados para os diversos enfoques tanto do Plano Ambiental como dos
Planos Diretores Participativos Municipais (PDPMs) devem ser coerentes, sendo que estes tratam
de todo o território dos municípios e o Plano Ambiental se limita à Área de Entorno (AE) do
Reservatório artificial. A interlocução entre tais planejamentos é o foco das presentes
recomendações.
A elaboração dos PDPMs deve remeter-se a um processo que articule o planejamento local com o
planejamento regional. Deve ser evitada a construção de processos locais dissociados do contexto
microrregional.
o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, [...] que tem como
objetivo o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes. (§ 1º do Art. 182) (BRASIL, 1988).
Um dos paradigmas subjacentes ao Estatuto da Cidade é fazer com que a propriedade cumpra sua
função social, o que significa colocar o bem coletivo acima dos interesses individuais e/ou de
grupos.
Estão obrigados, portanto, por força de lei, à realização do Plano Diretor os municípios impactados
pela UHE BAGUARI: Periquito, Iapu, Sobrália, Alpercata, Fernandes Tourinho. O Plano Diretor
Municipal de Governador Valadares, objeto da Lei Municipal nº 095, de 27.12.2006, deverá ser
revisto e ampliado para incorporar as diretrizes da Atualização do Plano Ambiental Baguari.
Cabe ao Consórcio UHE BAGUARI apoiar os Municípios quanto à elaboração do Plano Diretor
Participativo.
O PDPM é o instrumento que fornece as diretrizes gerais e as normas básicas para o crescimento
e o desenvolvimento locais, dando suporte para que se concretize o futuro desejado pelos seus
cidadãos. É o instrumento adequado para construir diretrizes que tentem reduzir as
desigualdades, prevenir a degradação ambiental, garantir a boa qualidade de vida e assegurar o
desenvolvimento sustentável de suas potencialidades.
Este deve ser construído através da efetiva participação do governo local, das lideranças locais, da
iniciativa privada e da comunidade. Os princípios fundamentais de um PDPM devem ser a
equidade social e a sustentabilidade, através da articulação negociada dos atributos ambientais,
culturais, turísticos, econômicos, políticos e sociais.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Oficina Pública consolidou algumas propostas, com destaque para a reivindicação por balsa
interligando o distrito de Senhora da Penha ao de Pedra Corrida – demanda remanescente da
primeira Oficina Pública de 2009. A baixa conexão entre os municípios afetados, em muito
decorrente da diversidade de seu perfil socioeconômico, é um desafio para a gestão da AE.
A definição de uma territorialidade não muito extensa, como objeto dessa Atualização do Plano
Ambiental, foi proposital. Pretende-se com isso assegurar o pleno empoderamento dos atores
sociais na gestão compartilhada do mesmo.
Reforça-se mais uma vez a recomendação de que a efetivação deste Plano Ambiental depende da
adesão das municipalidades às diretrizes nele indicadas, através de legislação específica.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
CNEC Engenharia. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) UHE BAGUARI. 2002. Volumes 1, 2,
3 e 4. Pdf.
FERNANDES, Edésio. (Coord.). Direito urbanístico. Belo Horizonte: Editora Del Rey, 1998.
GARCEZ, Rochelle Jelinek; STIFELMAN, Anelise Grehs Do Parcelamento do Solo com fins
Urbanos em Zona Rural e da Aplicação da Lei n.° 6.766/79 e do Provimento nº 28/04 da
CGJ/RS (Projeto More Legal III). Mimeo, Abril 2005.
GONDIM, Sônia Maria Guedes. Grupos focais como técnica de investigação qualitativa:
desafios metodológicos. Ribeirão Preto: Paidéia;12(24):149-161, 2002.
EQUIPE TÉCNICA
Quadro 9 - Equipe Técnica
TEMA DE ATUAÇÃO
NOME FORMAÇÃO CTF IBAMA
NO PROJETO
Coordenação Geral e Temática
Maria de Lujan Seabra C. Costa Geógrafa Coordenação 995909
Giselle Saraiva de Melo Administradora Coordenação 3583150
Meio Socioeconômico/Antrópico
Atualização do Plano e
Maria Lúcia Prado Costa Assistente social 1032815
Oficina Pública
Atualização do Plano e
Sandra Cristina Deodoro Geógrafa 3084795
Oficina Pública
Atualização do Plano e
Marcela Martins Bióloga 5612702
Oficina Pública
Atualização Legislação e
Iandra Valina Bióloga 5596065
Oficina Pública
Geoprocessamento e cartografia
Engenheiro Analista ambiental de
Pedro Henrique Lacerda 5465392
Ambiental geoprocessamento
Analista ambiental de
André Pfeilsticker Carvalho Geógrafo 5889184
geoprocessamento
GO ADA
VA
1
38
VE
L
-
PE
BR
RN ES
R
RI
O
D
AD
QU
R
NA ES
R R
7896000
OR
ITO
VE A
O AD
G L
VA
R
io ALPERCATA
C
or
re
nt FERNANDES TOURINHO
e
G
ra
nd
e
7892000
Cór
rego
P ret
o
ce
7888000
Do
o
Ri
Córrego do Cemitério
Ped ra Co rrid a
1
38
BR -
Có
i a -M
rre
7884000
go
tó r
C do
Vi
Ca
e
ia
ór
r r pa
ov
Fe ra
r
ó
go
Có
d o O ito
rre
g
FE
o
RN
AN
Bo a S
DE
S
TO
C ó r re g o C
UR
SO IN
orte
Có
re BR HO
go ÁL
r
Ta IA
v
7880000
a ix a L a r g
ar
es
Peri qu ito
Ri
be
81
a
irã
-3
o d
TO
BR
UI
o
Q
Bu
RI
PU
gr
PE
IA
SO
BR
1:70.000
IA P
ÁL
IA
U
7876000
Convenções:
1. Governador Valadares
2. Alpercata Barramento do reservatório Rodovia BR-381
3. Periquito Ferrovia Vitória-Minas Área de estudo
4. Fernandes Tourinho
1 5. Sobrália Curso d'água Reservatório UHE Baguari
6. Iapu
Limite Municipal Núcleo Urbano
Área de Estudo
Ilha
2
Cliente: Assunto:
3
4 Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno
Consórcio UHE Baguari
Reservatório
UHE Baguari
do Reservatório da UHE Baguari (PACUERA)
6 5 Fonte: Conteúdo:
Trabalho de campo (agosto 2008), IBGE e ANA, Localização da UHE Baguari
planta topográfica fornecida pelo cliente
Responsável Data: Dezembro/2014
técnico: Projeção: UTM - 23S
Município: Conforme layout Datum: WGS - 84
Marcela Teixeira Lopes Silva - CREA n. 110.760/D
790000 794000 798000 802000
GO L A
VA
VE DA R
PE
RN ES
1
38
RI
-
AD
BR
QU
OR
ITO
7896000
R
O
D
R A S
i N
R RE
VE DA
O
G LA
o
PA Liberdade
VA
C o rr e n t e
SZAIS
Barramento do r eservatóri o
UHE Baguari
SZPR SZCA
Gr
SZPA
an
e d
SZPA
SZCA
SZPR A
AT
SZEF C
SZEF
R S
E E
ZLT SZCA SZPA LP D
N O
A A H
N N
SZPR R RI
FE OU
SZEF
SZPR
T
ZLT
ZLT
SZCA
ce
Do
o
PA Liberdade
Ri
SZAIS SZCA
7892000
SZPA
ZLT
Cór
rego
P ret
o
SZPR
ZLT
SZPR
SZEF
SZPA
SZPA
SZEF
SZPR
7888000
SZCA
ZLT
SZEF
SZCA
SZCA
SZPR
SZEF ZLT SZCA
SZPR
SZPA
SZEF
SZCA SZPR
Có
rre
go
7884000
do
Ca
SZEF SZCA pa
ra
ó
Reflorestamento de
s
ina
Seringal
-M
SZPA
ria
tó
SZEF
v ia
Vi
ro
F er
Có
r FERNANDES TOURINHO
re
go
O
rre
SZCA
ito
C ó r re g o C
go B
SZCA
SZPR
S
oa
or
t
a ix a L a r g
e
SZPA
SZPR
a
SZPA
Cór
ZLT
re
Ta
go
re SZCA
s SZPA
Macrozona Zona Subzona Área
MZU
APP e Ilhas do Reservatório e APPs do curso
Peri qu ito
Patrimônio d'águas afluentes
Ri
be
ZLT
(SZPA) -
o
do
SZPR Patrimônio
Quando aplicável -
Bu
TO
Cultural
gr
UI
e
PU
RI
Ambiental (ZPA)
IA
81
e/ou recuperadas
SubZona de Conservação Ambiental (SZCA)
Áreas de pasto sujo nas quais a vegetação
RURAL (MZR) natural começou a se restabelecer,
apresentando-se atualmente em vários
estágios sucessionais
Áreas agricolas
SubZona de Produção Rural (SZPR)
SO
Áreas de pastagem
BR
Zonas de Usos
ÁL
IA P
Reflorestamento de eucalípto
Econômicos SubZona de Extrativismo Florestal (SZEF)
IA
U
Cliente: Assunto:
Convenções: Macrozoneamento do PACUERA: Consórcio UHE Baguari Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno
do Reservatório da UHE Baguari (PACUERA)
Barramento do reservatório Rodovia BR-381 Sub-Zona de Preservação Ambiental (SZPA) Sub-Zona Agrícola de Interesse Social (SZAIS) Fonte: Conteúdo:
Trabalho de campo (agosto 2008), IBGE e ANA, imagem de Macrozoneamento
Ferrovia Vitória-Minas Área de estudo Sub-Zona de Conservação Ambiental (SZCA) Núcleos Urbanos (MZU) Socioambiental do Plano Ambiental Baguari
satélite, planta topográfica fornecida pelo cliente
Curso d'água Infraestruturas da usina Sub-Zona de Produção Rural (SZPR) Zona de Lazer/Esporte e Turismo (ZLT) Responsável Data: Dezembro/2014
técnico: Projeção: UTM - 23S
Limite municipal Reservatório UHE Baguari Sub-Zona de Extrativismo Florestal (SZEF) Município: Datum: WGS - 84
Marcela Teixeira Lopes Silva - CREA n. 110.760/D Conforme layout
Anexo 3
Oficina Pública
Governador Valadares/MG, 09 de setembro de 2014
Nossa correspondência. nº: 114/GV/14 - AMB
À
Prefeitura Municipal de Governador Valadares
Rua Marechal Floriano 905, Centro,
CEP 35012-141 - Governador Valadares/MG
Tel: (33) 3279-7400
Prezada Senhora,
Vimos por meio deste, solicitar informações a cerca das legislações municipais
criadas a partir de 2009 que possam influenciar na construção do Plano de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório - PACUERA da UHE
Baguari. Solicitamos, ainda, informações se há pretensões de criação de projetos
sociais, ambientais e econômicos no entorno do reservatório.
Atenciosamente,
À
Prefeitura Municipal de Fernandes Tourinho
Praça João XXIII nº 13, Centro
CEP 35135-000 – Fernandes Tourinho
TEL: 33 32371146
Prezado Senhor,
Vimos por meio deste, solicitar informações a cerca das legislações municipais
criadas a partir de 2009 que possam influenciar na construção do Plano de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório - PACUERA da UHE
Baguari. Solicitamos, ainda, informações se há pretensões de criação de projetos
sociais, ambientais e econômicos no entorno do reservatório.
Atenciosamente,
À
Prefeitura Municipal de Periquito
Av. Senador Getúlio de Carvalho 271, Centro
CEP 35.156-000 – Periquito/MG
Tel: 33 3298 - 3013
Prezado Senhor,
Vimos por meio deste, solicitar informações a cerca das legislações municipais
criadas a partir de 2009 que possam influenciar na construção do Plano de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório - PACUERA da UHE
Baguari. Solicitamos, ainda, informações se há pretensões de criação de projetos
sociais, ambientais e econômicos no entorno do reservatório.
Atenciosamente,
À
Prefeitura Municipal de Governador Valadares
Rua João Massariol 55, Vila Eugênio Franklin
CEP 35 138-000 – Alpercata/MG
Tel: 33 3236 -1867
Prezado Senhor,
Vimos por meio deste, solicitar informações a cerca das legislações municipais
criadas a partir de 2009 que possam influenciar na construção do Plano de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório - PACUERA da UHE
Baguari. Solicitamos, ainda, informações se há pretensões de criação de projetos
sociais, ambientais e econômicos no entorno do reservatório.
Atenciosamente,
À
Prefeitura Municipal de Sobrália
Praça Dr. Rusvel Raimundo da Rocha 49, Centro,
CEP 35145-000 - Sobralia/MG
Tel: (33) 3232 -1149
Prezada Senhora,
Vimos por meio deste, solicitar informações a cerca das legislações municipais
criadas a partir de 2009 que possam influenciar na construção do Plano de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório - PACUERA da UHE
Baguari. Solicitamos, ainda, informações se há pretensões de criação de projetos
sociais, ambientais e econômicos no entorno do reservatório.
Atenciosamente,
À
Prefeitura Municipal de Iapu
Rua João lemos, 37, Centro
CEP 35190-000 - IAPU/MG
Tel: (33) 3355 -1127
Prezado Senhor,
Vimos por meio deste, solicitar informações a cerca das legislações municipais
criadas a partir de 2009 que possam influenciar na construção do Plano de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório - PACUERA da UHE
Baguari. Solicitamos, ainda, informações se há pretensões de criação de projetos
sociais, ambientais e econômicos no entorno do reservatório.
Atenciosamente,
Fernandes Tourinho
Governador Valadares
Periquito
UFMG faz
pesquisa em
Fabriciano
Pimentel admite que PT tentará desconstruir
imagem de bons gestores
FABRICIANO — ASecre-
taria de Educação e Cultura de presos com dinheiro de tucanos de Minas
nha dele. Em nota, a equipe tando R$ 116 mil. A Polícia O jato, em nome da Brid-
IPATINGA— O Ministé- do petista se esquivou de Federal abriu inquérito para ge Participações, foi adquiri-
rio Público Federal (MPF) ligação com o episódio: “A apurar a origem dos recur- do em 6 de junho de 2013,
denunciou um servidor do Ins- Coligação Minas para Você sos, que podem ser para cam- segundo a Agência Nacional
tituto Nacional do Seguro não pode se responsabilizar panhas. Eles foram liberados de Aviação Civil (Anac). A
Social (INSS) pelo crime pre- pela conduta de fornecedo- após prestar depoimento. empresa está registrada no
visto no artigo 313-Ado Códi- res.” Marcier era assessor do mesmo endereço em que o
go Penal, que consiste em A assessoria de Pimentel Ministério das Cidades e se Bené tem uma empresa de
inserir dados falsos em siste- informou que Marcier Trom- desligou do cargo para tra- eventos, a Due Promoções e
ma de informações pertencen- biere Moreira, ex-assessor balhar para Pimentel. Bené Eventos, antiga Dialog.
te à Administração Pública. do Ministério das Cidades, foi um dos envolvidos do Após a divulgação do caso,
De acordo com a denún- trabalhava na equipe de comu- escândalo do dossiê na cam- o presidente do PT, Rui Fal-
cia, G.M.B., então servidor da nicação da campanha. A Grá- panha da presidente Dilma cão, disse que não se deve
Agência da Previdência Social fica Brasil Editora e Marke- em 2010. Fornecedor do vincular o episódio a Pimen-
na cidade de Coronel Fabri- ting, do empresário Benedito governo, ele teria sido o res- tel, que depois de eleito pas-
ciano, Leste de Minas Gerais, Rodrigues de Oliveira Neto, ponsável por providenciar a sou a colaborar com a cam-
implantou sete benefícios em também detido, foi fornece- casa na qual aliados da can- panha de Dilma. “Prenderam
nome de cinco segurados, por O PRESIDENTE do PT disse que a campanha pela
dora da campanha. “As notas didata teriam montado um cento e pouco mil reais num reeleição da presidente Dilma Rousseff vai ‘demolir o
meio dos quais se apropriou fiscais foram emitidas e as dossiê contra o então adver- evento ligado à campanha
indevidamente de valor supe- sofisma’ de que os tucanos são ‘bons gestores’
despesas serão declaradas na sário, José Serra (PSDB). do deputado Bruno Covas.
rior a R$ 260 mil. prestação de contas final”, Um terceiro passageiro, Isso não me leva a fazer qual-
O detalhe é que as pessoas diz a assessoria de Pimentel. identificado como Pedro quer vínculo com o deputa-
titulares dos benefícios previ- Na nota, a equipe do petis- Augusto de Medeiros, de Ipa- do Bruno Covas”, disse, refe-
denciários nunca existiram. O ta alega que a campanha foi tinga (MG), teria passagem rindo-se a detenção de um
acusado inventava os nomes e encerrada no domingo pas- na PF por envolvimento com assessor de campanha do
dados pessoais e os cadastrava sado, dia da eleição, que seria tráfico de drogas. A maior tucano, revelado na última
no sistema de dados da Previ- a “data limite para a perma- parte dos R$ 116 mil estava sexta-feira pelo Estado.
dência para obtenção do NIT
(Número de Inscrição de Traba-
lhador). Em seguida, ele inseria
um número de ação judicial –
também fictício ou retirado de
ações com objeto totalmente
diverso – no curso da qual, supos-
tamente, havia sido concedido o
benefício por decisão judicial.
O arremate da fraude era o
cadastro do representante legal
que estava autorizado para o
recebimento da quantia: ele
próprio ou sua esposa. Após
um certo período de vigência
do benefício, no qual eram
recebidas inclusive as parcelas
atrasadas, o denunciado encer-
rava o procedimento.
Se condenado, o ex-servi-
dor, demitido do serviço públi-
co após procedimento admi-
nistrativo disciplinar, estará
sujeito a uma pena que pode
ir de 2 a 12 anos de prisão.
Anexo 5
MacroZoneamento Urbano
1. A MACROZONA URBANA (MZU)
A delimitação desses territórios seguiu aquela definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2010) e pela legislação vigente nos municípios.
A MZU nas quais são permitidos os usos residenciais, institucionais, comerciais e serviços, lazer e
turismo apresentam aptidão de uso nas áreas de média a baixa suscetibilidade erosiva.
As áreas urbanas inseridas em regiões de alta suscetibilidade erosiva na MZU devem ser
urbanizadas de forma seletiva, condicionadas ao atendimento dos pressupostos dos processos de
controle ambiental.
Uso residencial unifamiliar: uso destinado à moradia, no caso de uma moradia por lote;
Uso residensial multifamiliar: no caso de várias moradias por lote, que podem agrupar-se
horizontalmente, em vilas ou casas geminadas, ou verticalmente, em edifícios de
apartamentos;
Uso comercial e de serviços de porte local: atividades com área construída máxima de
100m² (cem metros quadrados), e que se destinam ao atendimento das necessidades
cotidianas da população, não produzindo poluição sonora, atmosférica ou ambiental de
qualquer natureza, não conflitantes com o uso residencial;
Uso comercial e de serviços de porte geral: atividades com área construída acima de 100m²
(cem metros quadrados), cujos impactos sobre o espaço urbano sejam mitigados por
dispositivos de controle da poluição sonora e atmosférica e da emissão de efluentes
diversos. Os usos econômicos acima de 200m² (duzentos metros quadrados) deverão ter
sua instalação analisadas caso a caso pelas administrações municipais, em função das
demandas existentes e dos impactos urbanísticos, ambientais e sócio-econômicos
decorrentes da sua implantação;
Uso institucional: espaços e instalações destinados à administração pública e às atividades
de educação, cultura, saúde, assistência social, religião e lazer, com especial atenção na sua
implantação quanto aos aspectos da segurança de seus usuários;
Industrial não impactante: pequenas indústrias não produtoras de ruídos, odores ou rejeitos
poluentes, com área construída máxima de 200m² (duzentos metros quadrados), permitidas
em todas as zonas, desde que apresentem autorização ou licenciamento ambiental aprovado
pelos órgãos municipais competentes, de acordo com a legislação ambiental e sanitária
vigente.
Há de se destacar que ambos os decretos aprovados em Periquito referentes aos loteamentos foram
8
Compreende as áreas correspondentes à ocupação original dos núcleos urbanos, com um maior
adensamento de ocupação dos terrenos e concentração das atividades econômicas, mesmo que
de porte local e de forma não muito intensa.
Compreende as áreas adequadas à expansão do uso urbano, ainda não parceladas, circunscritas
pelos perímetros urbanos da sede do município de Periquito, da sede do distrito de Pedra Corrida
(Periquito) e da sede do distrito de Senhora da Penha (Fernandes Tourinho), e ainda aquelas
objeto de legislação específica.
Compreende a área ocupada de forma incipiente, esparsa, de baixa densidade, grandes lotes, e
usos urbanos no distrito de Senhora da Penha, no município de Fernandes Tourinho, de padrão
mediano e predominantemente residencial.
Compreendem as áreas que deverão ser objeto de projetos urbanísticos específicos visando
estruturação do sistema de drenagem, recuperação de taludes e áreas degradadas e recuperação
e uniformização do traçado viário.
Compreendem as áreas nas margens do rio Doce – em Pedra Corrida (distrito do município de
Periquito) e em Senhora da Penha (distrito do município de Fernandes Tourinho). Em Senhora da
Penha essa área se prolonga pela rua Joaquim Mendonça, próximo à quadra de futebol. Essas
áreas deverão ser destinadas a intervenções urbanístico-ambientais específicas visando a
implantação de equipamentos de lazer e turismo e/ou a criação de espaços livres públicos que
proporcionem lazer e oportunidade de convívio aos moradores.
- Zona Central (ZCE): Refere-se à área que abrange as avenidas Senador Milton Campos e a
Senador Getúlio de Carvalho, bem como a rua São Luis;
- Zona Mista (ZMI): Compreende a maior parte do distrito, englobando as áreas mais adensadas
da mancha urbana. Esta zona abrange as áreas próximas às ruas Tancredo Neves, São Sebastião
e Mato Grosso. É nesta zona que se encontram a prefeitura, o posto policial, a Escola Estadual
Deputado Hilo de Andrade e a Praça José Nelson da Silva;
- Zona de Expansão Urbana (ZEU): Compreende as áreas adequadas à expansão do uso urbano,
ainda não parceladas, circunscritas pelos perímetros urbanos dos núcleos. Esta área envolve a
Zona Mista.
- Zona de Proteção Ambiental (ZPA): Refere-se às APP´s dos córregos Seco e Periquito.
- Área de Interesse Urbanístico (AIU): Área de ocupação indevida onde o relevo é mais
acidentado. Situada na vertente da margem esquerda do córrego Seco.
- Zona Central (ZCE): Refere-se à área ao longo da Avenida Francisco Silveira Filho, nas
proximidades da Praça da Liberdade e da Escola Municipal Dom José Maria Pires.
- Zona Mista (ZMI): Compreende a maior parte do distrito, principalmente as porções norte, sul e
oeste. A leste, abrange desde a rua Francisco Diniz até o limite da Zona Central, próximo à
avenida Francisco Silveira Filho. Como o próprio nome diz, nela estão inseridas desde as áreas
residenciais até as de equipamentos urbanos (escola, posto de saúde, posto policial).
- Zona de Expansão Urbana (ZEU): Compreende a área de realocação dos moradores da rua
Francisco Diniz bem como as áreas não ocupadas
- Área de Interesse Urbanístico (AIU): Compreende a porção central do distrito, nas imediações
das Ruas Açucena, Belgo Mineira e Santos Dumont. Nesta zona foi detectada, em campo
(dezembro/2008), um ponto critico de escoamento pluvial em encosta e inundação por
escoamento pluvial concentrado (enxurrada).
- Zona Urbana Especial (ZUE): Compreende área de ocupação incipiente ao longo da Rua Joaquim
Mendonça e as ruas perpendiculares.
Assegurar que todo parcelamento do solo atenda à Lei Federal nº 6766/79 e às legislações
municipais específicas;
Permitir usos industriais de baixo impacto negativo em áreas não pertencentes aos
perímetros urbanos, de acordo com suas especificidades com a legislação ambiental vigente;
Promover a ocupação do solo de forma preventiva. As medidas são simples, mas eficazes,
como a manutenção das cabeceiras e linhas de drenagens naturais desocupadas, que podem
ser utilizadas como áreas verdes. O principal controle será no sistema de drenagem, através
de um sistema de canaletas naturais de coleta e condução da água pluvial para terrenos
firmes e recobertos pela vegetação, ou para a drenagem natural; recomposição do terreno
com a cobertura vegetal e utilização de dissipadores de energia quando necessário.
Adotar a drenagem dispersa por meio de descargas múltiplas ou difusa nas laterais de
jusante das vias vicinais, conforme for contextualmente possível;
Buscar soluções para o escoamento das águas pluviais, evitando o carreamento de resíduos
capazes de gerar significativo impacto ambiental nos recursos hídricos;
Restringir a ocupação das áreas sujeitas a inundações, admitindo-se apenas alguns usos
previamente estudados;
Implantar dispositivos que evitem enxurradas concentradas para prevenir a erosão do solo;
Adotar as canaletas permeáveis nas vias de ruas urbanas não calçadas ou de calçamento
poliédrico.
Assegurar que todo parcelamento do solo na ZEU atenda à Lei federal nº 6766/79 e às
legislações municipais específicas;
Restringir a ocupação das áreas sujeitas a inundações, admitindo-se apenas alguns usos
previamente estudados;
Implantar dispositivos que evitem enxurradas concentradas para prevenir a erosão do solo;
Adotar as canaletas permeáveis nas vias de ruas urbanas não calçadas ou de calçamento
poliédrico.
Anexo 6