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FM Global

Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais 7-32


Abril de 2020
Página 1 de 61
Tradução: setembro de 2020

OPERAÇÕES COM LÍQUIDOS IGNÍFEROS

Índice
Página
1.0 ESCOPO .................................................................................................................................................... 3
1.1 Aplicação ............................................................................................................................................. 3
1.2 Riscos .................................................................................................................................................. 3
1.3 Mudanças ............................................................................................................................................ 4
2.0 RECOMENDAÇÕES .................................................................................................................................. 4
2.1 Introdução ............................................................................................................................................ 4
2.1.1 Geral .......................................................................................................................................... 5
2.1.2 Avaliação dos líquidos ............................................................................................................... 5
2.1.3 Líquidos igníferos atípicos ......................................................................................................... 6
2.2 Construção e localização ..................................................................................................................... 7
2.2.1 Geral .......................................................................................................................................... 7
2.2.2 Drenagem e contenção ............................................................................................................10
2.2.3 Unidades de contenção, armários e prédios pré-fabricados.....................................................11
2.2.4 Sistemas de tubulação .............................................................................................................13
2.2.5 Materiais de tubulação..............................................................................................................16
2.2.6 Conexões de tubos ...................................................................................................................16
2.3 Ocupação: ..........................................................................................................................................16
2.3.1 Organização e limpeza geral ....................................................................................................16
2.3.2 Ventilação .................................................................................................................................17
2.4 Proteção .............................................................................................................................................17
2.5 Equipamentos e processos.................................................................................................................22
2.5.1 Geral .........................................................................................................................................22
2.5.2 Sistemas de tubulação .............................................................................................................26
2.5.3 Sistemas de transferência ........................................................................................................30
2.6 Operação e manutenção ....................................................................................................................34
2.7 Treinamento........................................................................................................................................35
2.8 Fator humano .....................................................................................................................................35
2.9 Controle de fontes de ignição .............................................................................................................36
3.0 AJUDA PARA RECOMENDAÇÕES .........................................................................................................41
3.1 Introdução ...........................................................................................................................................41
3.1.1 Avaliação dos líquidos ..............................................................................................................41
3.1.2 Líquidos miscíveis em água .....................................................................................................44
3.1.3 Emulsões ..................................................................................................................................44
3.1.4 Líquidos viscosos/misturas viscosas ........................................................................................44
3.1.5 Líquidos com ponto de ebulição abaixo de 38°C (100°F) .........................................................45
3.1.6 Líquidos com densidade relativa acima de 1 ............................................................................45
3.1.7 Líquidos igníferos atípicos ........................................................................................................45
3.2 Construção e localização ....................................................................................................................47
3.2.1 Geral .........................................................................................................................................47

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
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3.2.2 Sistemas de tubulação .............................................................................................................47


3.2.3 Materiais de tubulação..............................................................................................................48
3.2.4 Conexões de tubos ...................................................................................................................48
3.3 Ocupação: ..........................................................................................................................................49
3.3.1 Organização e limpeza geral ....................................................................................................49
3.3.2 Ventilação .................................................................................................................................49
3.4 Proteção .............................................................................................................................................49
3.5 Equipamentos e processos.................................................................................................................50
3.5.1 Geral .........................................................................................................................................50
3.5.2 Válvulas de bloqueio de segurança em sistemas de tubulação ...............................................50
3.5.3 Sistemas de transferência de líquidos ......................................................................................50
3.6 Operação e manutenção ....................................................................................................................51
3.7 Controle de fontes de ignição .............................................................................................................51
4.0 REFERÊNCIAS .........................................................................................................................................52
4.1 FM Global ...........................................................................................................................................52
4.2 Outras .................................................................................................................................................52
ANEXO A GLOSSÁRIO DE TERMOS ...........................................................................................................53
ANEXO B HISTÓRICO DE REVISÕES DO DOCUMENTO ............................................................................56
ANEXO C CLASSIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS QUE QUEIMAM .......................................................................59
C.1 Esquemas de classificação de líquidos igníferos ...............................................................................59
ANEXO D AVALIAÇÃO DE RISCOS DE EXPLOSÃO DE SALAS E EQUIPAMENTOS ...............................59
D.1 Características de explosões (deflagrações) ar-vapor de líquidos igníferos .......................................59
D.2 Controle e proteção de explosões ......................................................................................................59
D.3 Projeto de alívio de explosão (deflagração) de equipamentos ...........................................................59
D.3.1 Dimensionamento de alívio para Pred maior que 0,1 barg (1,5 psig) (equipamentos de alta
resistência) ...............................................................................................................................59
D.3.2 Dimensionamento de alívio para Pr de 0,1 barg (1,5 psig) ou menos (equipamentos de baixa
resistência) ...............................................................................................................................60
ANEXO E PROTEÇÃO DE COLUNAS METÁLICAS .....................................................................................61

Lista de figuras
Fig. 2.2.1.1. Localização e construção de edificações ou salas isoladas com uso/processamento de líquidos
igníferos ........................................................................................................................................ 8
Fig. 2.2.3.1. Contêiner de armazenagem de recipientes intermediários para granel (IBCs) ............................12
Fig. 2.2.3.2.A Edificação pré-fabricada de armazenagem de líquidos igníferos (PILSB) .................................12
Fig 2.2.3.3. Armário externo para armazenagem de líquidos igníferos ............................................................13
Fig. 2.2.4.7.A. Configuração preferencial para entrada de tubos em edificações acima do nível do piso .......15
Fig. 2.2.4.7.D. Entrada para tubulação enterrada na edificação ......................................................................15
Fig. 2.5.1.13. Configuração de fracionamento de recipientes metálicos ..........................................................25
Fig. 2.5.2.1.4.A.2 Diferentes tipos de mangueiras ...........................................................................................27
Fig. 2.5.3.3.4. Método de transferência por gás inerte comprimido .................................................................31
Fig. 2.5.3.4.9. Instalação de continuidade elétrica entre a estação de carga/descarga e vagões para evitar
faíscas devido a correntes de fuga ...........................................................................................33
Fig. 2.9.1.1.B.1. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L
(70 gal) de líquidos igníferos em equipamentos abertos .......................................................37
Fig. 2.9.1.1.B.2. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L
(70 gal) de líquidos igníferos em equipamentos fechados .....................................................38
Fig. 2.9.1.1.C.1. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L
(70 gal) de líquido ignífero em equipamentos abertos ...........................................................39
Fig. 2.9.1.1.C.2. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L
(70 gal) de líquido ignífero em equipamentos fechados ........................................................40
Fig. E.1.B. Proteção por spray de água para colunas metálicas ......................................................................61

Lista de tabelas
Tabela 2.1.2.2. Grupos de líquidos miscíveis em água..................................................................................... 5
Tabela 2.2.1.1. Áreas de uso de líquidos igníferos ........................................................................................... 8
Tabela 2.2.1.3. Local e construção de ocupações com líquidos igníferos ........................................................ 9
Tabela 2.2.2.1. Recomendação de drenagem e contenção para áreas com uso de líquidos igníferos ...........11
Tabela 2.4.3. Proteção por sprinklers para ocupações que usam líquidos igníferos .......................................19
Tabela D.3.1 Constantes de alívios de explosão .............................................................................................60

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
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1.0 ESCOPO
Esta norma técnica contém recomendações para prevenção e proteção contra incêndios e explosões em
ocupações que executam operações de manipulação, processamento ou transferência de líquidos
igníferos. Ela também trata de tanques internos com líquidos igníferos. Recomendações em normas
técnicas para ocupações específicas podem prevalecer sobre as recomendações desta norma técnica.
Para fins deste documento, o termo "líquido ignífero" é definido como qualquer líquido que tenha um ponto
de fulgor mensurável. Líquidos com apenas ponto de fulgor e sem ponto de combustão podem criar o risco
de explosão em equipamentos. Líquidos sem ponto de combustão não provocam risco de incêndio em poça.
O termo “ponto de fulgor” se refere a ponto de fulgor de copo fechado exceto se indicado de outra forma.
Esta norma técnica não aborda os seguintes assuntos:
A. Armazenagem de líquidos igníferos em recipientes portáteis ou tanques externos: Utilize a Norma
Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis, ou a Norma Técnica 7-88,
External Ignitable Liquid Storage Tanks.
B. Operações de processo que envolvam líquidos igníferos onde vazamentos não possam ser limitados:
Utilize a Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants, Norma Técnica 7-79, Fire Protection for
Gas Turbines and Electric Generators, ou Norma Técnica 7-101, Fire Protection for Steam Turbines and
Electric Generators.
C. Produtos químicos reativos, inclusive os que reagem com água e materiais pirofóricos.
D. Armazenagem de aerossóis: Utilize a Norma Técnica 7-31, Storage of Aerosol Products.
E. Gases liquefeitos de petróleo. Esses são gases à pressão atmosférica, armazenados sob pressão
como líquidos. Se o recipiente liberar o gás liquefeito, ele rapidamente retornará ao estado gasoso e não
formará um incêndio em poça.

1.1 Aplicação
Líquidos que apresentam somente ponto de fulgor mas não ponto de combustão podem causar risco de
explosão em equipamentos que deve ser avaliado. O restante desta norma técnica se aplica a líquidos que
tenham tanto ponto de fulgor quanto de combustão.
Entre os cenários de incêndio em ocupações com líquidos igníferos estão incêndios em poça, de
derramamento tridimensional, em jatos, incêndios em nuvem ou uma combinação deles. O tipo de liberação
e o fogo resultante dependem de fatores como características do material, quantidades, condições
operacionais (ex., vazão, pressão, temperatura), materiais de fabricação de equipamentos e tubulações, e
operações e configurações de equipamentos.
Existe uma relação direta entre o volume de líquidos igníferos liberado e a consequente gravidade do
incêndio. Se a liberação de líquidos igníferos é limitada, recursos básicos de proteção contra incêndio
servirão para controlar o fogo e limitar seu alastramento. Portanto, a recomendação mais fundamental da
FM Global com relação a líquidos igníferos é limitar a quantidade de líquidos que possam se envolver em
um incêndio. Esta norma técnica trata de cenários onde a liberação de líquidos igníferos possa ser limitada
pelo uso de pequenas quantidades no processo ou pela implementação de bloqueios automáticos nos
sistemas.
Em contrapartida, um fluxo grande e contínuo de líquidos igníferos pode resultar em um incêndio crescente
e sustentado. Há alguns casos em que interromper o fluxo de um líquido ignífero pode provocar uma
situação muito pior, como, por exemplo, o desligamento de um sistema de fluido térmico que esteja
resfriando um reator exotérmico ou o bloqueio de um sistema de óleo lubrificante que alimente uma turbina
rotativa. Para esses tipos de cenário, são fornecidas orientações em outras normas técnicas conforme a
ocupação (ex., Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants, Norma Técnica 7-101, Steam
Turbines and Electric Generators). Essas normas técnicas tratam de volumes maiores de líquidos igníferos,
inclusive da possibilidade de liberações contínuas, e recomendam níveis mais altos de recursos passivos e
ativos de proteção contra incêndio.

1.2 Riscos
Líquidos igníferos queimam como vapores. Líquidos com baixo ponto de fulgor podem se incendiar
facilmente em temperatura ambiente, ao passo que líquidos com ponto de fulgor mais alto requerem maior
energia de ignição ou uma mudança física (ou seja, que os forcem a formar gotículas) para queimar.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
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Seja qual for o ponto de fulgor, como fluidos podem escorrer e se espalhar, controlar seu risco de incêndio
é um desafio significativo quando se utiliza somente proteção por sprinklers de teto. O fogo irá para onde o
líquido for, sua taxa de liberação de calor aumentará com a área de superfície da poça, e os sprinklers
operarão muito além da área real do incêndio. Essas condições levam à necessidade de controles
adicionais em ocupações com uso de líquidos igníferos, além da proteção por sprinklers, para limitar a
gravidade do incêndio. São necessárias medidas para interromper o fluxo do líquido e limitar o tamanho da
poça dos líquidos já liberados para controlar as áreas de operação dos sprinklers e assim limitar os
possíveis danos térmicos a equipamentos e prédios. Essas medidas se aplicam a líquidos tanto de ponto
de fulgor alto quanto baixo, embora sprinklers de teto possam extinguir incêndios em poças de líquidos com
ponto de fulgor alto (>93°C [200°F]).

1.3 Mudanças
Abril de 2020. Este documento foi totalmente revisado. As principais mudanças foram:
A. Revisada a definição de “líquido ignífero” para reconhecer que líquidos com apenas ponto de fulgor
e sem ponto de combustão podem criar o risco de explosão em equipamentos.
B. Incluída uma nova seção para esclarecer a “Aplicação” desta norma técnica (Seção 1.1).
C. Incorporadas nesta norma orientações da Norma Técnica 7-88 para tanques internos de
armazenagem de líquidos igníferos. A Norma Técnica 7-88 agora se refere somente a tanques
externos de armazenagem de líquidos igníferos.
D. Incluída definição de líquidos com ponto de fulgor muito alto (na seção de líquidos atípicos) para
substituir a orientação anterior para líquidos com ponto de fulgor igual ou acima de 232°C (450°F)
(Seção 2.1.3.1).
E. Esclarecida a localização recomendada para áreas com uso de líquidos igníferos com a inclusão
de uma nova tabela (Tabela 2.2.1.1)
F. Revisadas a Figura 2.2.1.1 e a Tabela 2.2.1.3 para localização e construção recomendadas para
áreas com uso de líquidos igníferos.
G. Esclarecido o propósito de drenagem e contenção (Seção 2.2.2 e Tabela 2.2.2.1).
H. Incluídas novas orientações sobre recipientes de armazenagem certificados pela FM Approvals para
recipientes intermediários para granel - IBCs (Seção 2.2.3).
I. Esclarecidas as orientações sobre prédios pré-fabricados e armários externos para armazenagem de
líquidos igníferos certificados pela FM Approvals (Seção 2.2.3).
J. Incluída uma opção de proteção para líquidos com densidade relativa (DR) >1 na Tabela 2.4.3,
Proteção por sprinklers para ocupações que usam líquidos igníferos.
K. Revisada a seção sobre equipamentos e processos para:
1. Incluir novas orientações sobre fracionamento de líquidos com alto ponto de fulgor em
recipientes metálicos de até 10 recipientes (Seção 2.5.1.13).
2. Simplificar os sistemas de tubulação para referência ao código ASME (Seção 2.5.2).
3. Incluir orientações adicionais sobre mangueiras flexíveis (Seção 2.5.2).
4. Fazer esclarecimentos sobre localização e uso de válvulas de bloqueio de segurança
(Seção 2.5.2.4).
L. Revisada a seção sobre operação e manutenção para incluir orientações sobre testes de válvulas de
bloqueio de segurança (Seção 2.6).
M. Revisada a seção sobre controle de fontes de ignição para incluir recomendações adicionais de
proteção contra geração de eletricidade estática (Seção 2.9.2).
N. Renumeradas as tabelas e figuras conforme o número da seção.

2.0 RECOMENDAÇÕES

2.1 Introdução
Utilize equipamentos, materiais e serviços certificados pela FM Approvals sempre que eles forem
aplicáveis. Para uma lista de produtos e serviços certificados pela FM Approvals, consulte o
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Approval Guide, um recurso online da FM Approvals.

2.1.1 Geral
2.1.1.1 Todos os elementos desta norma técnica se aplicam a líquidos que tenham ponto de fulgor e ponto
de combustão. Para líquidos com somente ponto de fulgor e sem ponto de combustão, avalie a
possibilidade de explosão se eles estiverem confinados em equipamentos fechados.
2.1.1.2 Organize, instale e proteja operações de armazenagem de líquidos igníferos de acordo com a
Norma Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis. Projete áreas onde
haja tanto armazenagem quanto uso de líquidos igníferos seguindo todas as recomendações desta norma
e da Norma Técnica 7-29.
2.1.1.3 Avalie a possibilidade de risco de explosão de salas, edificações ou equipamentos conforme as
seguintes diretrizes:
A. O risco de explosão de uma sala ou edificação existe quando qualquer uma das seguintes situações
é verdadeira:
1. Um líquido ignífero é manipulado/processado/usado em temperaturas iguais ou maiores que seu
ponto de ebulição atmosférico e tem um ponto de fulgor de copo fechado igual ou menor que 218°C
(425°F).
2. O processo usa um líquido ignífero com ponto de ebulição menor que 38°C (100°F).
3. Um equipamento com risco de explosão definido ocupa mais de 10% do volume da
sala/edificação e não é protegido de acordo com a Seção 2.5.1.6.
B. O risco de explosão de um equipamento existe quando uma das seguintes situações é verdadeira:
1. Um líquido ignífero é manipulado/processado/usado em temperaturas iguais ou maiores que seu
ponto de fulgor de copo fechado e há um espaço de vapor dentro do equipamento.
2. Há líquido ignífero nebulizado dentro do equipamento devido a um processo mecânico (ex.,
pulverização, mistura, etc.).

2.1.2 Avaliação dos líquidos


2.1.2.1 Avalie todos os líquidos, misturas e emulsões igníferos de acordo com esta norma técnica.
2.1.2.1.1 Avalie emulsões (misturas que não se separam) com mais de 20% de líquido ignífero em base
aquosa de acordo com esta norma técnica e seu ponto de fulgor.
2.1.2.1.2 Considere emulsões com até 20% de líquido ignífero em base aquosa como um líquido que não
formará incêndio em poça. Avalie o risco de explosão de um equipamento se esses líquidos estiverem em
vasos de processamento fechados.
2.1.2.2 Avalie e agrupe líquidos igníferos miscíveis em água de acordo com a Tabela 2.1.2.2. Veja mais
informações na Seção 3.1.2.

Tabela 2.1.2.2. Grupos de líquidos miscíveis em água


Faixa de porcentagem
em volume
Grupo Álcool1 Acetona Etilenoglicol, Ácido
propilenoglicol acético
1 71 – 100 16 – 80 N/A N/A
2 51 – 70 N/A N/A N/A
3 31 – 50 N/A >80 ≥90
4 21 – 30 N/A N/A N/A
5 0 – 20 0 – 15 ≤80 <90
1
Álcool metílico, álcool etílico, álcool n-propílico, álcool isopropílico, álcool terc-butílico, álcool alílico.
2
N/A = Não se aplica.

2.1.2.2.1 Do ponto de vista do risco de incêndio, não trate líquidos miscíveis em água do Grupo 5 como
líquidos igníferos. No entanto, eles têm pontos de fulgor e alguns podem ter pontos de combustão. Avalie
o risco de explosão de um equipamento se esses líquidos estiverem em vasos de processamento fechados.
2.1.2.2.2 Considere uma mistura de álcool e outro líquido miscível em água somando as porcentagens

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Página 6 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

e definindo o grupo com base na porcentagem total de álcool. Por exemplo, trate uma mistura formada por
40% de álcool, 30% de propilenoglicol e o restante em água como álcool 70% (Grupo 2).
2.1.2.3 Proteja misturas viscosas de líquidos igníferos com sólidos (veja definição na Seção 3.1.4) com
sprinklers adequados para a ocupação ao redor ou pelo menos 8 L/min/m² (0,2 gpm/ft²) sobre
232 m² (2500 ft²).

2.1.3 Líquidos igníferos atípicos

2.1.3.1 Líquidos com ponto de fulgor muito alto


2.1.3.1.1 Trate líquidos que atendam a uma das especificações a seguir como líquidos com ponto de fulgor
muito alto:
A. Líquidos não aquecidos com ponto de fulgor igual ou maior que 212°C (414°F).
B. Líquidos aquecidos com ponto de fulgor igual ou maior que 212°C (414°F) com temperatura
operacional que atenda à seguinte equação:
Ponto de fulgor de copo fechado - temperatura operacional > 180°C (324°F)
C. Óleos vegetais e óleos de peixe com ponto de fulgor de copo fechado de no mínimo 232°C (450°F),
que são aquecidos a até 65°C (150°F).
2.1.3.1.2 Trate fluidos de silicone de acordo com a Seção 2.1.3.2.
2.1.3.1.3 Confirme o ponto de fulgor de copo fechado do líquido por meio de um dos seguintes métodos de
teste:
• ASTM D56, Standard Test Method for Flash Point by Tag Closed Tester
• ASTM D93, Standard Test Methods for Flash Point by Pensky-Martens Closed-cup Tester
• ISO 2719, Determination of Flash Point - Pensky-Martens Closed-cup Method
2.1.3.1.3.1 Repita o teste três vezes. Se o ponto de fulgor de copo fechado for igual ou maior que 212°C
(414°F) para a média das três medições, proteja o uso do líquido de acordo com esta seção.
2.1.3.1.4 Trate líquidos com ponto de fulgor muito alto que tenham possibilidade de sustentar um
incêndio em forma de spray ou de derramamento tridimensional de acordo com as recomendações para
líquidos com ponto de fulgor igual ou maior que 93°C (200°F).
2.1.3.1.5 Proteja líquidos com ponto de fulgor muito alto como segue:
A. Instale bacia de contenção dimensionada para reter o derramamento esperado com no mínimo
76 mm (3 in) de altura em torno da área de uso do líquido. A bacia de contenção pode estar adjacente
às ocupações ao redor. Drenagem e sala isolada não são necessárias.
B. Instale sprinklers de teto projetados para proteger a ocupação ao redor, ou projete para no mínimo
8 L/min/m² (0,2 gpm/ft²) sobre 232 m² (2.500 ft²). Se não forem necessários sprinklers para a ocupação,
também não serão requeridos para o líquido a menos que ele esteja em recipientes combustíveis.
C. Providencie bloqueio automático para sistemas bombeados ou pressurizados.

2.1.3.2 Fluidos e emulsões de silicone


2.1.3.2.1 Trate como líquidos não igníferos as emulsões de silicone compostas por até 50% de fluido de
silicone em água.
2.1.3.2.2 Proteja fluidos de silicone de cadeia linear (também denominados siloxanos ou metil siloxanos)
com ponto de fulgor de copo fechado igual ou maior que 93°C (200°F) que sejam bombeados, aquecidos
ou que possam ser derramados de uma estrutura elevada como líquidos igníferos de acordo com as
recomendações para líquidos com ponto de fulgor igual ou maior que 93°C (200°F).
2.1.3.2.3 Proteja fluidos de silicone de cadeia linear (também denominados siloxanos ou metil siloxanos)
com ponto de fulgor de copo fechado igual ou maior que 93°C (200°F) não aquecidos, transferidos por
gravidade e que não possam ser derramados de uma estrutura elevada (isso inclui fracionamento de
recipientes intermediários para granel [IBCs] sem empilhamento) da seguinte forma:
A. Instale uma bacia de contenção dimensionada para o maior derramamento esperado mais 51 mm
(2 in) de borda livre em torno da área de uso do líquido. Não é necessário drenagem.
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B. Isole a área de uso do fluido de silicone de áreas de armazenagem e de qualquer área


sensível a contaminação não térmica.
C. Projete os sprinklers de teto para fornecer 12 L/min/m² (0,3 gpm/ft²) sobre 232 m² (2.500 ft²) usando
sprinklers K115 (8,0), 74°C (165°F).
2.1.3.2.3 Proteja todos os fluidos de silicone com pontos de fulgor inferiores a 93°C (200°F) como líquidos
igníferos, de acordo com seu ponto de fulgor e esta norma técnica.
2.1.3.2.4 Proteja metil hidrogênio siloxanos e silanos organofuncionais de acordo com seus pontos de
fulgor e esta norma técnica.

2.1.3.3 Tintas pastosas


2.1.3.3.1 Proteja o uso de tintas pastosas de acordo com a Norma Técnica 7-96, Printing Plants.

2.1.3.4 Sistemas de embalagem de espuma de poliuretano à base de água


2.1.3.4.1 Aplique esta seção somente a sistemas de embalagem à base de água que sejam compostos dos
dois seguintes componentes:
A. Polimetileno polifenil isocianato, diisocianato de difenilmetano ou MDI polimérico ou PMDI
B. Poliol
2.1.3.4.2 Não trate poliol como líquido ignífero a menos que seja misturado com óleo. Em geral o poliol
usado em sistemas de embalagem não é misturado com óleo.
2.1.3.4.3 Proteja as áreas onde PMDI seja usado e não possa criar spray ou derramamento de líquido
a partir de superfícies elevadas da seguinte forma:
A. Providencie bacia contenção dimensionada para o maior derramamento esperado mais 51 mm (2
in) de borda livre em torno da área de uso do líquido. A bacia de contenção pode estar adjacente às
ocupações ao redor. Drenagem e sala isolada não são necessárias.
B. Instale sprinklers de teto projetados para proteger a ocupação ao redor ou projete para no mínimo
8 L/min/m² (0,2 gpm/ft²) sobre 232 m² (2.500 ft²).

2.1.3.5 Gordura butírica ou gordura de leite


2.1.3.5.1 Trate gordura butírica ou gordura de leite como líquidos com ponto de fulgor muito alto conforme a
Seção 2.1.3.1.4 ou 2.1.3.1.5.

2.1.3.6 Resina de poliéster insaturada (UPR)


2.1.3.6.1 Proteja áreas onde se usam misturas de UPR de acordo com esta norma técnica e o ponto de
fulgor da mistura.

2.2 Construção e localização

2.2.1 Geral
2.2.1.1 Operações e equipamentos (como tanques de mistura, tanques de armazenagem, bombas, filtros,
etc.) que utilizam líquidos igníferos devem ser isolados da armazenagem de mercadorias sólidas e
ocupações não projetadas para riscos de líquidos igníferos por meio de locais externos, edificações
separadas ou salas isoladas conforme a Tabela 2.2.1.1 e Figura 2.2.1.1.

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Fig. 2.2.1.1. Localização e construção de edificações ou salas isoladas com uso/processamento de líquidos igníferos

Tabela 2.2.1.1. Áreas de uso de líquidos igníferos


Ponto de fulgor Volume L (gal) Local (Obs. 1)
°C (°F)
Qualquer ≤265 L (70 gal) 1, 2, 3, 4, 5
<93°C (200°F) > 265 L (70 gal) 1, 2, 3, 4
≥ 93°C (200°F) > 265 L (70 gal) 1, 2, 3, 4, 5
A localização dependerá da capacidade de limitar a
liberação de líquido. Outras normas técnicas podem
ser necessárias para aplicações específicas (ex.,
Norma Técnica 7-98, Hydraulic Fluids, Norma
Técnica 7-37, Cutting Fluids, etc.).
Líquidos com ponto de fulgor Qualquer 1, 2, 3, 4, 5
muito alto
Qualquer Risco de explosão em 1, 2, 3, 4
sala/equipamento
Obs. 1: O local 5 não requer uma parede para separar o uso de líquido do restante da unidade. Outras medidas de proteção ainda
podem ser necessárias.

2.2.1.2 Não coloque equipamentos (tanques de mistura, tanques de armazenagem, bombas, filtros, etc.)
e tubulações com líquidos igníferos em locais abaixo do nível do piso.
2.2.1.3 Construa locais externos, edificações separadas ou salas isoladas onde se utilizam líquidos
igníferos de acordo com a Tabela 2.2.1.3 e a Seção 2.2.1.4. Observe que a Tabela 2.2.1.3 faz as seguintes
suposições:
A. Proteção adequada com sprinklers automáticos, contenção e drenagem estão instaladas nos locais
1 a 4, e proteção adequada por sprinklers foi instalada na edificação principal.
B. Proteção adequada por spray de água, contenção e drenagem estão instaladas em áreas de uso
externas (ex., plataformas de processos externas, etc.). Veja diretrizes para separação física em
estações de carga e descarga na Norma Técnica 7-88.
C. Há construção limitadora de danos adequada (de acordo com a Norma Técnica 1-44, Damage-
Limiting Construction) onde existe risco de explosão.

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 9

Tabela 2.2.1.3. Local e construção de ocupações com líquidos igníferos


Distância da
Tipo de risco edificação Construção da edificação/sala isolada1
Local (veja (veja definições principal, A B C Telhado
Figura 2.2.1.1) na Seção 3.1) m (ft)
1 Explosão2 Consulte a AP N/A Qualquer AP
Norma Técn (Telhado
ica 1-44 do local 1)
Incêndio >15 (50) Qualquer N/A Qualquer Qualquer
(para
edificação
isolada e
edificação
principal)
7,5 (25)– 15 Qualquer N/A IC Qualquer
(50) (para
edificação
isolada e
edificação
principal)
<7,5 (25) Qualquer N/A RF IC
(para
edificação
isolada e
edificação
principal)
2 Explosão2 Adjacente AP RP N/A AP ou RP
Especifique
construção
com
resistência
de, no
mínimo, 1 h
ao fogo
Incêndio Adjacente IC RF N/A IC
3e4 Explosão2 Interno AP RP N/A RP
Incêndio Interno IC RF RF
Obs.:
1. Os tipos de construção são definidos como segue: RF = resistência de, no mínimo, uma hora a fogo (consulte a Seção 2.2.1.4);
RP = resistente à pressão; IC = incombustível; AP = alívio de pressão; N/A = não aplicável.
2. Consulte a Seção 2.2.1.5 para avaliar os riscos de explosão. Projete construções com alívio de pressão e resistentes a pressão de
acordo com a Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction.

2.2.1.4 Projeto e construção de salas isoladas


2.2.1.4 Projeto e construção de salas isoladas
2.2.1.4.1 Onde recomendado na Tabela 2.2.1.3, providencie paredes com resistência de no mínimo uma
hora a fogo (de acordo com a ASTM E119, Standard Test Methods for Fire Tests of Building Construction
and Materials ou código local equivalente). Se existir um cenário de incêndio em que a duração do fogo
possa exceder 30 minutos (por exemplo, vazamentos não controlados, recipientes plásticos ou de vidro),
aumente a classificação de resistência a fogo das paredes para duas horas.
2.2.1.4.2 Utilize paredes herméticas para conter líquidos liberados (por exemplo, líquidos igníferos,
descarga de sprinklers, hidrantes internos) e vapores.
2.2.1.4.2.1 Projete paredes próprias para a possível pressão hidráulica criada pelo nível de líquido contido.
2.2.1.4.3 Construa telhados e forros da seguinte forma:
A. Para salas isoladas com forros abaixo do telhado da edificação principal, especifique forros com a
mesma resistência ao fogo que as paredes internas da sala isolada.
B. Para edificações separadas ou salas isoladas que compartilham o mesmo telhado da edificação principal,
providencie telhado incombustível, telhado com isolante aplicado sobre placas de aço Classe 1 certificado
pela FM Approvals, ou telhado de painéis metálicos com isolamento certificado pela FM Approvals, de acordo
com a Norma Técnica 1-29, Roof Deck Securement and Above-Deck Roof Components.

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C. Em salas isoladas que têm estrutura de teto de madeira, aplique revestimento na madeira com
material que ofereça a mesma resistência a fogo necessária para as paredes internas da sala.
D. Instale sprinklers em todos os espaços combustíveis criados conforme a Norma Técnica 1-12,
Ceilings and Concealed Spaces.
2.2.1.4.4 Providencie pelo menos um acesso externo às salas isoladas.
2.2.1.4.5 Proteja as aberturas internas necessárias com portas de fechamento automático com resistência
a fogo apropriada.
2.2.1.4.6 Proteja colunas metálicas onde um incêndio de poça líquida afete todos os quatro lados da
coluna utilizando as orientações do Anexo E.
2.2.1.5 Providencie construção limitadora de danos em salas e edificações que apresentem risco de
explosão conforme a Seção 2.1.1.3. Consulte o Anexo D e a Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting
Construction, da FM Global, para mais orientações.
2.2.1.6 Se for utilizada canaleta no piso de uma área com líquidos igníferos, evite o acúmulo de vapores
inflamáveis ou de líquidos igníferos na canaleta da seguinte forma:
A. Instale drenagem de acordo com a Norma Técnica 7-83, Drainage and Containment Systems for
Ignitable Liquids, se em outras partes desta norma técnica houver essa recomendação.
B. Instale exaustão positiva em toda a canaleta quando tubulações estiverem transportando líquidos com
pontos de fulgor abaixo de 38°C (100°F). Uma alternativa à instalação de exaustão é preencher a
canaleta com areia (isso eliminará a necessidade de drenagem).
C. Se a canaleta passar abaixo de uma parede corta-fogo (por exemplo, entrar em uma sala de líquido
ignífero a partir de uma área adjacente), isole a canaleta no ponto de contato com a parede com uma
barreira incombustível hermética.

2.2.2 Drenagem e contenção


2.2.2.1 Instale contenção e drenagem de emergência conforme a Tabela 2.2.2.1 para ocupações ou
processos internos ou externos com uso de líquidos igníferos que criem exposição a incêndio em poças
(consulte a Seção 3.1.1.1).
2.2.2.2 Projete a contenção e drenagem de emergência de acordo com a Norma Técnica 7-83, Drainage
and Containment Systems for Ignitable Liquids, para impedir o fluxo de líquidos para áreas adjacentes da
unidade que não estejam protegidas contra riscos de líquidos igníferos.
2.2.2.3 Providencie contenção ao redor de grandes fontes fixas de liberação de líquidos igníferos (ex.,
tanques) dentro de salas.
2.2.2.4 Instale contenção ou dique ao redor de qualquer área externa de uso de líquidos igníferos para
controlar a liberação de líquido. Como alternativa, providencie inclinação do piso ao redor de áreas de
líquidos igníferos para direcionar possíveis liberações de líquidos para longe de edificações importantes,
utilidades, equipamentos de proteção contra incêndio e outras áreas importantes.

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Tabela 2.2.2.1. Recomendação de drenagem e contenção para áreas com uso de líquidos igníferos
Ponto de fulgor
de copo fechado, Opções e alternativas de drenagem e/ou contenção
tipo de líquido
Líquidos com ponto Instale contenção dimensionada para conter a liberação de líquidos do maior recipiente ou
de fulgor muito alto equipamento.
≥ 93°C (200°F) 1. Providencie contenção e drenagem de emergência projetadas para limitar a poça de
líquido a somente a área de operação dos sprinklers, de maneira a evitar que a maior
Ou liberação de líquidos igníferos esperada mais a descarga real dos sprinklers1 se espalhem
para áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos igníferos fora da sala ou
Miscível em água edificação de origem. Instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de altura em todas as
portas internas.
Ou
2. Se estiver utilizando uma opção de proteção por sprinklers que tenha eficácia
comprovada na extinção de incêndios em poça (Tabela 2.4.3), providencie apenas
contenção projetada para evitar que a maior liberação esperada de líquidos igníferos
mais a descarga real dos sprinklers1 saiam da sala ou edificação de origem pela duração
esperada do vazamento mais a duração esperada do incêndio. Seja qual for a altura
calculada para a bacia de contenção, instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de
altura em todas as portas internas.
Ou
3. Providencie contenção e um sistema de proteção especial conforme especificado nesta
norma técnica. Projete a contenção para evitar que a maior liberação esperada de líquidos
igníferos, mais a descarga real de sprinklers1 e mais a descarga do sistema de proteção
especial alcancem áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos igníferos
fora da sala ou edificação de origem por 20 minutos. Seja qual for a altura calculada para
a bacia de contenção, instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de altura em todas as
portas internas.
<93°C (200°F) 1. Providencie contenção e drenagem de emergência projetadas para limitar a poça de
líquido a somente a área de operação dos sprinklers, de maneira a evitar que a maior
liberação esperada de líquidos igníferos mais a descarga real dos sprinklers1 se
espalhem para áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos igníferos
fora da sala ou edificação de origem. Instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de
altura em todas as portas internas.
Ou
2. Providencie contenção e um sistema de proteção especial conforme especificado nesta
norma técnica. Projete a contenção para evitar que a maior liberação esperada de
líquidos igníferos, mais a descarga real de sprinklers1 e mais a descarga do sistema de
proteção especial alcancem áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos
igníferos fora da sala ou edificação de origem por 20 minutos. Seja qual for a altura
calculada para a bacia de contenção, instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de
altura em todas as portas internas.
Densidade relativa > 1 Instale contenção projetada para reter a maior liberação de líquido ignífero esperada,
mais um adicional de 51 mm (2 in) de borda livre. Limite a área de contenção a uma
área que não seja maior do que a área de operação dos sprinklers.
1A quantidade de água que será efetivamente descarregada dos sprinklers, conforme determinado pela interseção das curvas do
suprimento de água e do sistema de sprinklers em um gráfico de análise de suprimento de água (em oposição ao fluxo de água teórico
baseado na densidade e área de projeto).

2.2.3 Unidades de contenção, armários e prédios pré-fabricados


2.2.3.1 Utilize contêineres de armazenagem certificados pela FM Approvals para recipientes intermediários
para granel (IBCs) em áreas de fabricação ou áreas que não tenham sido projetadas para uso de líquidos.
Veja a Figura 2.2.3.1.
A. Onde houver vários contêineres de armazenagem para recipientes intermediários para granel (IBCs),
providencie uma separação mínima entre as unidades de 1,5 m (5 ft).
B. Controle as operações de fracionamento e providencie um meio automático de interrupção do fluxo
de líquido para o caso de incêndio.
C. Proteja os contêineres de armazenagem de recipientes intermediários para granel (IBCs) conforme
a Seção 2.4.4.

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Fig. 2.2.3.1. Contêiner de armazenagem de recipientes intermediários para granel (IBCs)

2.2.3.2 Utilize edificações pré-fabricadas de armazenagem de líquidos igníferos (PILSB) certificadas pela
FM Approvals como alternativa a uma sala permanente de armazenagem de líquidos igníferos isolada ou
separada, mas conforme as seguintes limitações:
A. A unidade foi projetada para conter toda a armazenagem e permitir a entrada de pessoal (veja
Figura 2.2.3.2.A). Os líquidos armazenados nessas unidades não conseguem vazar para fora delas
porque estão totalmente contidos por paredes.

Fig. 2.2.3.2.A Edificação pré-fabricada de armazenagem de líquidos igníferos (PILSB)

B. Providencie todos os recursos de proteção ativa e passiva recomendados nesta norma técnica
(ex., resistência a fogo, contenção e drenagem, ventilação, controle de fontes de ignição e proteção
automática contra incêndio) para a PILSB.
C. Não utilize unidades PILSB com alívio de explosão dentro de edificações.

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Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 13

2.2.3.3 Utilize armários para armazenagem de líquidos igníferos certificados pela FM Approvals para áreas
externas (veja Figura 2.2.3.3.).

Fig 2.2.3.3. Armário externo para armazenagem de líquidos igníferos

2.2.3.3.1 Se um armário externo para armazenagem estiver localizado dentro da edificação, coloque a
unidade em uma sala isolada e a proteja conforme esta norma técnica ou a Norma Técnica 7-29,
dependendo de como ele for utilizado (ou seja, somente armazenagem ou também fracionamento).
2.2.3.4 Utilize armários para líquidos igníferos certificados pela FM Approvals para estocar pequenas
quantidades de líquidos igníferos em áreas de fabricação ou áreas que não sejam projetadas para uso
desses líquidos, sujeitos às seguintes limitações:
A. Em armários projetados para armazenar recipientes com volume maior que 19 L (5 gal), restrinja as
quantidades de líquidos igníferos para garantir que os armários conterão a maior liberação esperada
de líquido (ex., maior recipiente metálico e conteúdo de todos os recipientes plásticos).
B. Instale proteção adequada na ocupação ao redor, de acordo com as normas técnicas da FM Global.
C. Armários para líquidos igníferos projetados para permitir fracionamento de tambores são
permitidos em ocupações com líquidos não igníferos desde que sejam utilizados os devidos meios
de proteção para fracionamento e haja ventilação dentro do armário onde necessário, conforme
a Seção 2.3.2.

2.2.4 Sistemas de tubulação


2.2.4.1 Instale e organize sistemas de tubulação de líquidos igníferos da seguinte forma:
A. As tubulações de líquidos igníferos (aéreas ou subterrâneas) devem passar por fora de prédios
e estruturas importantes. Não instale tubulações de líquidos igníferos através ou por baixo de
edificações ou estruturas de processo que não utilizem esses líquidos.
B. Tubulações de líquidos igníferos devem ser configuradas de modo que o ponto de entrada em
edificações ou estruturas permita o trajeto mais direto possível até o ponto de uso.
C. Tubulações de líquidos igníferos devem ser instaladas de modo a evitar ou limitar a exposição
a incêndios de sistemas de utilidades e outras tubulações da fábrica.
2.2.4.2 Proteja tubulações de líquidos igníferos contra danos mecânicos da seguinte forma:
A. Mantenha uma altura livre adequada para tubulações aéreas que passam sobre leitos de rodovias
ou ferrovias. Afixe placas com indicação da altura livre disponível em cada cruzamento.
B. Instale tubulações enterradas a pelo menos 0,3 m (1 ft) de fundações de edificações, trilhos de

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ferrovias e de outros elementos sujeitos a vibração e assentamento. Encamise tubulações que


passam abaixo de sapatas de edificações ou trilhos de ferrovias em tubulações de maior diâmetro.
C. Instale placas de advertência sobre rotas de tubulações enterradas para permitir a determinação
visual de sua localização.
D. Proteja trechos verticais internos de tubulações até uma altura de 1,8 m (6 ft) do piso que estão
expostas a veículos ou equipamentos móveis por meio de barreiras físicas fixas ou instalando-os
adjacentes a colunas de concreto armado, entre flanges de colunas metálicas ou em um tubo maior
bem ancorado.
E. Instale trechos verticais de tubulações não expostas a equipamentos móveis ou danos veiculares
o mais próximo possível de paredes ou colunas.
2.2.4.3 Proteja tubulações internas e externas de líquidos igníferos contra corrosão externa da seguinte
maneira:
A. Use aterro não corrosivo para cobrir tubos enterrados.
B. Avalie as condições ambientais para instalações aéreas e a proteção necessária para evitar
corrosão (por exemplo, exposição a condições climáticas ou atmosferas corrosivas).
2.2.4.4 Organize as rotas de tubulações aéreas que contenham líquidos igníferos da seguinte forma
(em ordem de preferência):
A. Apoie a tubulação em postes horizontais autoportantes incombustíveis que sejam
adequadamente protegidos contra danos por impactos de veículos.
B. Apoie a tubulação em paredes de edificações incombustíveis. Instale tubulação suportada em
paredes abaixo do nível das janelas.
C. Apoie a tubulação sobre telhados incombustíveis. Instale conexões soldadas em trechos de
tubulação acima de telhados. Quando um ponto de vazamento de líquido (por exemplo, conexões
flangeadas, válvulas, medidores, etc.) estiver localizado em cima de um telhado, proteja o telhado da
seguinte forma:
1. Instale um sistema dedicado de coleta e remoção (por exemplo, recipiente de coleta de metal
abaixo dos pontos de vazamento fixado em uma calha que direciona derramamentos para um tanque
de coleta; envolva todo o sistema de tubulação em um duto de metal selado instalado para direcionar
os derramamentos para um tanque de contenção) para remover, de forma imediata e segura,
qualquer vazamento de líquido.
2. Projete o sistema de coleta e remoção de líquidos para evitar danos à cobertura do telhado devido
ao contato com líquidos, e impedir que o líquido liberado, ou seus vapores, entre na edificação.
2.2.4.5 Instale tubulações de líquido ignífero internas da seguinte forma:
A. Aéreas ou em canaletas cobertas (com placas de aço removíveis) no piso.
B. Posicione tubulações aéreas o mais perto possível de tetos e vigas, ou ao longo de paredes,
a pelo menos 2 m (6 ft) acima do nível do piso.
2.2.4.6 Não instale tubulação em áreas abaixo do nível do piso em edificações.
2.2.4.6.1 Se a tubulação estiver localizada dentro de uma edificação e estiver abaixo do nível do piso
(ex., no porão) ou inacessível (ex., espaços vazios abaixo do piso), use tubulações concêntricas (ex., tubo
dentro de um tubo maior) ao longo de toda sua extensão. Solde o tubo maior nas conexões. Instale um
meio de verificação de vazamentos (ex., um dreno de ponto baixo acessível para inspeção em intervalos
regulares).
2.2.4.7 Projete a entrada de tubulações de líquidos igníferos em edificações da seguinte forma:
A. Eleve tubulações enterradas para acima do nível do piso antes de sua entrada na edificação, conforme
mostrado na Figura 2.2.4.7.A.
B. Proteja adequadamente tubulações contra danos causados por assentamento da edificação.
C. Vede quaisquer outras aberturas na fundação próximas dos pontos em que tubulações de líquidos
igníferos entram em edificações abaixo do nível do piso.
D. Encamise a tubulação em uma tubulação de maior diâmetro caso ela passe por paredes e fundações
externas.

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1. Vede a abertura entre a camisa e o tubo.


2. Estenda a camisa para fora da parede ou da fundação em pelo menos 51 mm (2 in) ou 460 mm
(18 in), respectivamente. (Veja Figuras 2.2.4.7.A e 2.2.4.7.D.)

Fig. 2.2.4.7.A. Configuração preferencial para entrada de tubos em edificações acima do nível do piso

Fig. 2.2.4.7.D. Entrada para tubulação enterrada na edificação

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2.2.4.8 Configure o sistema de tubulação de líquido ignífero de maneira a permitir a drenagem de seu
conteúdo durante operações de manutenção. Obtenha essa drenagem com a inclinação da tubulação em
direção ao suprimento, instalação de drenos em pontos baixos e utilização de conexões flangeadas em
vários locais para permitir a desconexão e o isolamento da tubulação.

2.2.5 Materiais de tubulação


2.2.5.1 Selecione materiais de tubulações de líquidos igníferos com base na Norma B31.3, Process Piping,
da American Society of Mechanical Engineers (ASME) ou equivalente local.
2.2.5.2 Não utilize materiais como ferro fundido, ferro com alto teor de silício, plástico (termoplástico,
termofixo), vidro e alumínio em sistemas de tubulação de líquidos igníferos devido a sua possibilidade de
falha (baixa resistência a impactos, baixas pressões de projeto, baixa resistência a choques térmicos e
baixo ponto de fusão).
2.2.5.3 Para sistemas que requeiram flexibilidade por causa de vibração, assentamento ou mudança térmica,
veja a Seção 2.5.2.1.

2.2.6 Conexões de tubos


2.2.6.1 Projete a tubulação de acordo com a ASME B31.3 ou equivalente local.
2.2.6.2 Instale conexões de tubos em sistemas de tubulação de líquidos igníferos da seguinte forma:
A. Utilize juntas soldadas em todas as áreas não projetadas especificamente para riscos de incêndio de
líquidos igníferos. Utilize solda de topo nas conexões entre tubulações e acessórios de acordo com a
ASME B16.25,Buttwelding Ends e ASME B31.3, Process Piping, Capítulo 2, Parte 4, ou equivalente local.
B. Em áreas ou salas projetadas para riscos de incêndio de líquidos igníferos, utilize juntas
flangeadas ou roscadas em conexões com componentes de sistemas (ex., bombas, válvulas,
tanques, etc.) e entradas de tubulações (em salas ou edificações, por exemplo) somente quando
necessário para inspeção, teste e manutenção adequadas.
2.2.6.3 Projete conexões flangeadas de acordo com a ASME B16.5, Pipe Flanges and Flanged Fittings
e a ASME B31.3 ou equivalente local.
2.2.6.4 Projete as ligas de aço utilizadas em parafusos e prisioneiros de flanges de acordo com a ASTM
A193/A193M - 10a, Standard Specification for Alloy-Steel and Stainless Steel Bolting for High Temperature
or High Pressure Service and Other Special Purpose Applications, ou equivalente local. Projete as ligas de
aço utilizadas em porcas conforme a ASTM A194/A194M - 10a, Standard Specification for Carbon and
Alloy Steel Nuts for Bolts for High Pressure ou High Temperature Service, or Both, ou equivalente local.
2.2.6.5 Utilize materiais de gaxetas compatíveis com o tipo de flange, líquido, pressão e temperatura de
projeto do sistema sendo utilizado. Utilize gaxetas resistentes a decomposição ou fusão por exposição a
incêndio externo (ex., incombustível, ponto de fusão acima de 650°C [1.200°F]). Utilize um dos seguintes
tipos de gaxetas em serviço de líquidos igníferos:
A. Gaxeta espirotálica de aço inoxidável, Monel, cobre, Inconel 600 ou gaxeta metálica equivalente com
enchimento de grafite, cerâmica ou material equivalente
B. Gaxeta de junta de anel metálico feito de alumínio macio, Monel, cobre ou material equivalente
C. Gaxeta de grafite sem enchimento ou resinas orgânicos

2.3 Ocupação:

2.3.1 Organização e limpeza geral


2.3.1.1 Estabeleça e implemente um programa de limpeza para áreas de líquidos igníferos que adote os
mais altos padrões e inclua os seguintes elementos:
A. Limpar derramamentos imediatamente.
B. Manter resíduos em recipientes de resíduos certificados pela FM Approvals.
C. Remover resíduos no fim de cada turno ou pelo menos diariamente.
D. Não estocar outros materiais combustíveis na área. Não armazenar na área nenhum material que
possa escoar por drenos ou bloqueá-los.

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E. Manter áreas de uso externas sem grama, ervas daninhas e outros materiais combustíveis.

2.3.2 Ventilação
2.3.2.1 Instale exaustão mecânica contínua no nível do piso projetada para uma taxa de exaustão de
0,3 m³/min/m² (1 cfm/ft²) de área de piso em salas ou edificações onde os seguintes tipos de líquidos
são usados:
A. Líquidos igníferos com pontos de fulgor abaixo de 38°C (100°F)
B. Líquidos igníferos com pontos de fulgor de até 149°C (300°F) que são aquecidos acima de seu ponto
de fulgor
2.3.2.2 Configure o sistema de ventilação para que opere continuamente e seja monitorado de forma que
qualquer perda de ventilação seja detectada de imediato. Providencie um alarme de falha visual ou sonoro
em uma área com ocupação de pessoal.
2.3.2.3 Projete a ventilação para confinar concentrações de vapores inflamáveis que excedam 25% de seu
limite inferior de explosividade (LIE) a uma distância de até 0,6 m (2 ft) de pontos de liberação (ou seja,
tanques de mistura abertos ou tanque de mistura ou imersão abertos e estações de fracionamento).
2.3.2.4 Instale os dutos de ventilação de acordo com a Norma Técnica 7-78.
2.3.2.4.1 Providencie sistemas de exaustão para salas pequenas com um ventilador instalado no nível do
piso, de forma a direcionar a exaustão para uma área externa (ou seja, instalado em uma parede externa).
2.3.2.5 Posicione o sistema de exaustão de maneira a succionar a uma altura de até 0,3 m (12 in) do piso.
2.3.2.5.1 Posicione as tomadas de ar em tampos abertos de tanques, perto de equipamentos ou do
fracionamento, e em poços localizados dentro da sala isolada, ou a uma distância de até 8 m (25 ft) das
operações que produzem vapor.
2.3.2.6 Instale sistemas de ventilação projetados para recircular o ar na sala com um detector de gás
combustível certificado pela FM Approvals projetado para parar a recirculação e retornar para exaustão
completa quando a concentração de vapor atingir 25% de seu LIE.
2.3.2.7 Instale entradas de ar de compensação nas paredes externas, em local remoto a partir das saídas
de exaustão, para que o ar varra toda a área de risco.
2.3.2.7.1 Mantenha o ar de reposição fresco e sem vapores e gases inflamáveis.

2.4 Proteção
2.4.1 Instale proteção por sprinklers automáticos para uso geral em todas as áreas onde líquidos igníferos
são usados.
A. Estenda a proteção por sprinklers até os limites físicos da área.
B. Instale sprinklers abaixo de mezaninos sólidos ou vazados.
C. Instale sprinklers abaixo de tanques e acima de bombas conforme as Seções 2.4.2.5 e 2.4.2.6,
respectivamente.
D. Instale sprinklers em qualquer espaço dentro de equipamentos ou em áreas de produção
encobertas que não recebem a descarga dos sprinklers de teto.
E. Use um sistema de tubulação molhada, pré-ação ou dilúvio.
F. Um sistema de tubulação seca é aceitável se a área de operação dos sprinklers for igual à área total
da sala, conforme definido por suas paredes e contenção de líquidos, tais como bacias, e se a água for
entregue ao sprinkler mais remoto em no máximo 60 segundos após sua ativação por um incêndio.
2.4.2 Instale os sistemas de sprinklers de acordo com a Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para
Sprinklers Automáticos. As orientações específicas de instalação apresentadas nesta norma técnica (7-32)
para uso de líquidos igníferos substituem as orientações de instalação em outras normas técnicas.
2.4.2.1 Instale os sprinklers com espaçamento máximo de 9 m² (100 ft²) no teto e abaixo de mezaninos
vazados ou sólidos.
2.4.2.2 Posicione os sprinklers com espaçamento linear máximo de 3 m (10 ft). Uma variação de 0,3 m (1 ft)
é permitida em qualquer dimensão para evitar obstruções por elementos estruturais.
2.4.2.3 Onde forem utilizados sprinklers K360EC (K25,2EC) certificados pela FM Approvals, utilize
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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 18 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

espaçamento mínimo de 3,9 m (13 ft) e máximo de 4,2 m (14 ft). Use esses sprinklers onde sprinklers com
temperatura normal são especificados na Tabela 2.4.3. Providencie uma pressão de descarga mínima de
0,48 bar (7 psi).
2.4.2.4. Não use sprinklers de cobertura estendida, de risco normal ou leve em ocupações com uso de
líquidos igníferos.
2.4.2.5 Instale sprinklers de resposta padrão, temperatura normal, K80 (K5,6) ou maior abaixo de qualquer
obstrução que exceder 0,9 m (3 ft) em largura ou diâmetro, ou 0,9 m² (10 ft²) em área (ex., tanques ou
equipamentos).
2.4.2.5.1. Use suportes de concreto armado ou metálicos com proteção passiva como alternativa a sprinklers
ou spray de água.
2.4.2.6 Instale um sprinkler único de resposta rápida, temperatura nominal usual, K80 (K5,6) ou maior
a até 0,6 m (2 ft) verticalmente de bombas usadas para transferência de líquidos igníferos.
2.4.2.7 Proteja tubulações, válvulas e conexões expostas por ocupações que criam risco de explosão de
acordo com a Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants.
2.4.2.8 Avalie os requisitos de proteção contra incêndio para pipe racks externos de acordo com a
Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants.
2.4.3 Projete sistemas de sprinklers automáticos para operações com líquidos igníferos que tenham risco de
incêndio como segue:
A. O projeto dos sprinklers de teto deve estar de acordo com a Tabela 2.4.3.
B. Em áreas de manufatura com quantidades limitadas de materiais combustíveis comuns e líquidos
miscíveis em água do Grupo 4 em equipamentos, providencie a densidade dos sprinklers
recomendada na Tabela 2.4.3 com base no ponto de fulgor, mas limite a área de operação a 186 m²
(2000 ft²).
C. Projete os sprinklers abaixo de mezaninos vazados de maneira que forneçam a mesma densidade
que a recomendada para o teto sobre metade da área recomendada, ou sobre toda a área do mezanino,
o que for menor.
D. Projete os sprinklers instalados abaixo de mezaninos sólidos usando a mesma proteção apresentada
na Tabela 2.4.3.
E. Projete os sprinklers embaixo de tanques e equipamentos de forma que forneçam no mínimo
114 L/min (30 gpm) e mantenham uma pressão de descarga por sprinkler de no mínimo 0,5 bar
(7 psi). Inclua todos os tanques que possam ser expostos a incêndio em poça na demanda de água.
F. Projete os sprinklers localizados sobre bombas de forma que forneçam no mínimo 76 L/min (20 gpm)
e mantenham uma pressão de descarga mínima nos sprinklers de pelo menos 0,5 bar (7 psi). Inclua
todas as bombas que podem ser expostas a incêndio em poça na demanda de água.
G. Balanceie todos os sprinklers instalados na área de uso de líquidos igníferos com a demanda do
sistema de teto no ponto de conexão.

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 19

Tabela 2.4.3. Proteção por sprinklers para ocupações que usam líquidos igníferos
Sprinkler de teto Demanda
Drena- Altura Resposta, Fator K de
Ponto de gem máxima do tempera- L/min/bar0,5 Densidade Área de hidrantes,
²
fulgor do neces- Objetivo da telhado m tura, (gpm/psi0,5) L/min/m² demanda m L/min Duração,
líquido °C (°F) sária proteção (ft) orientação (Obs. )
2 (gpm/ft²) (ft²) (gpm) min
Qualquer Sim Somente 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,30) 560 (6000) 3800 120
líquido com controle do Alta/ (1000)
risco incêndio Qualquer
associado de Padrão/ ≥ 115 (8,0) 740 (8000)
explosão em Ordinária/
sala ou Qualquer
equipamento
ou laca de
nitrocelulose
(Obs. 1)
PF <93°C Sim Somente 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,30) 370 (4000) 1900 (500) 60
(200°F) controle do Alta/
incêndio Qualquer
Padrão/ ≥ 115 (8,0) 560 (6000)
Ordinária/
Qualquer
PF ≥93°C Sim Somente 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,30) 370 (4000)
(200°F) controle do Alta/
incêndio Qualquer
Padrão/ ≥ 115 (8,0) 560 (6000)
Ordinária/
Qualquer
Não Extinção 4,6 (15) Padrão/ ≥ 161 12 (0,30) Para incêndios
do incêndio Ordinária/ (11,2) em poça de
Qualquer até 18 m²
9,1 (30) Padrão/ ≥ 161 15 (0,40) (200 ft²), use
Ordinária/ (11,2) área de
Qualquer projeto de
12 (40) Padrão/ ≥ 161 29 (0,70) 186 m²
Ordinária/ (11,2) (2000 ft²).
Qualquer Para áreas de
14 (45) Padrão/ ≥ 161 33 (0,80) poça >18
Ordinária/ (11,2) (200)
Qualquer e <56 m²
(625 ft²), use
área de
projeto de 743
m² (8000 ft²).
Líquidos com Não Extinção 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,3) 370 (4000) 1900 (500) 60
DR >1 do incêndio Alta/
Qualquer
Padrão/ ≥ 115 (8,0) 560 (6000)
Ordinária/
Qualquer
Líquidos com Não Sem Ilimitado Projete proteção por sprinklers para a ocupação ao redor
ponto de fulgor incêndio
muito alto em poça
Obs.:
1. Veja definição de risco de explosão de sala/equipamento na Seção 2.1.1.3.
2. Sprinklers K260EC (K25,2EC) são permitidos em qualquer uma das opções de proteção desta tabela desde que as orientações de instalação da Seção 2.4.2.3 sejam seguidas.

2.4.4 Proteja contêineres de armazenagem de recipientes intermediários para granel (IBCs) com base na
ocupação ao redor com densidade mínima de 8 L/min/m² (0,2 gpm/ft²) sobre 232 m² (2.500 ft²). Se
a ocupação não requerer proteção por sprinklers, providencie uma densidade mínima de 8 L/min/m²
(0,2 gpm/ft²) sobre 232 m² (2500 ft²) sobre as unidades, e 6 m (20 ft) além.
2.4.5 Projete proteção por sprinklers para a ocupação ao redor quando os líquidos igníferos estiverem
contidos em tubulações que atendam às seguintes condições:
A. A tubulação ferrosa é totalmente soldada.
B. Não há válvulas, bombas ou outros acessórios que sejam possíveis pontos de vazamento conhecidos.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 20 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

2.4.6 Instale um sistema de spray de água projetado de acordo com a Norma Técnica 4-1N, Fixed Water
Spray Systems for Fire Protection, para estações de carga e descarga e operações externas com líquidos
igníferos que exponham instalações de alto valor (ou seja, separação inadequada segundo a Norma Técnica
7-88), ou se os processos forem vitais para a produção.
2.4.6.1 Em estações de carga e descarga, proteja os equipamentos ao redor e direcione os bicos para
o caminhão-tanque.
2.4.7 Espace detectores para sistemas de dilúvio internos (sprinklers piloto, elétrico ou pneumático) da
seguinte maneira:
A. Instale sprinklers piloto no mesmo espaçamento que os sprinklers.
B. Instale dispositivos elétricos ou pneumáticos embaixo de tetos lisos usando os requisitos de
espaçamento listados no Approval Guide para o modelo específico ou conforme recomendado nas
normas que cobrem a ocupação específica.
2.4.8 Espace os detectores para sistemas de pré-ação (sprinklers piloto, elétrico ou pneumático) da seguinte
maneira:
A. Instale detectores elétricos ou pneumáticos com espaçamento de metade do espaçamento linear
certificado para o detector, ou no espaçamento máximo dos sprinklers, o que for maior. Para fins de
projeto, trate sistemas de pré-ação com esse espaçamento de detectores da mesma maneira que
sistemas de tubulação molhada. Se um sistema de pré-ação tiver espaçamento de detectores maior que
o espaçamento acima, considere-o como um sistema de tubulação seca para fins de projeto. Consulte
o Approval Guide para obter o espaçamento máximo permitido.
B. Instale sprinklers piloto no mesmo espaçamento que os sprinklers. Para fins de projeto, trate
sistemas de sprinklers de pré-ação que usam sprinklers piloto da mesma forma que sistemas de
tubulação seca, independentemente do espaçamento dos detectores.
2.4.9 Complemente a proteção por sprinklers automáticos com um dos seguintes sistemas de proteção
especial fixos certificados pela FM Approvals para limitar o dano por incêndio em uma ocupação com uso de
líquidos igníferos, ou como alternativa para sistema de drenagem de emergência:
A. Sistema de sprinklers de água-espuma
B. Sistema de espuma de ar comprimido (CAF)
C. Sistema de água nebulizada em névoa (water mist) de inundação total certificado pela FM Approvals
para máquinas em recintos fechados
D. Sistema de água nebulizada em névoa (water mist) certificado pela FM Approvals para aplicação local
E. Sistema híbrido (água e gás inerte) certificado pela FM Approvals para máquinas em recintos fechados
2.4.9.1 Utilize o seguinte critério de projeto para sistema de sprinklers de água-espuma:
A. Instale o sistema de acordo com a Norma Técnica 4-12, Foam-Water Sprinkler Systems. Utilize um
líquido gerador de espuma compatível com os líquidos igníferos da área.
B. Faça o projeto hidráulico do sistema de sprinklers de acordo com a Tabela 2.4.3 desta norma técnica
ou com a densidade de certificação da FM Approvals, o que for maior, em toda a área de demanda.
C. Dimensione o suprimento de líquido gerador de espuma para a vazão real de descarga dos sprinklers
(com base no suprimento de água disponível) mais a vazão de hidrantes de água-espuma (se
instalados) para:
1. Dez minutos em áreas com drenagem de emergência de piso totalmente adequada
2. Vinte minutos em áreas com drenagem de piso de emergência limitada ou ausente
3. Projete para a duração de qualquer derramamento de líquidos igníferos onde o possível ponto de
liberação esteja a mais de 0,9 m (3 ft) acima do piso, mas não menos que 10 minutos em áreas com
drenagem de emergência adequada ou 20 minutos em áreas com drenagem de emergência limitada
ou ausente.
D. Providencie contenção conforme recomendado nesta norma técnica para impedir que líquidos
igníferos se espalhem para outras áreas sem proteção contra o risco de líquidos igníferos.
2.4.9.2 Utilize o seguinte critério de projeto para sistema de espuma de ar comprimido (CAF):

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 21

A. Instale o sistema de acordo com as recomendações do fabricante e com a certificação da


FM Approvals. Utilize um líquido gerador de espuma compatível com os líquidos igníferos da área.
B. Instale um sistema de detecção de incêndio certificado pela FM Approvals compatível com
o sistema CAF e que tenha um tempo de resposta equivalente ao de um sprinkler de resposta rápida.
C. Faça o projeto hidráulico do sistema de sprinklers de acordo com a Tabela 2.4.3 desta norma técnica.
D. Projete hidraulicamente o sistema CAF de acordo com as recomendações do fabricante e sua
listagem no Approval Guide.
E. Dimensione o suprimento de líquido gerador de espuma e o suprimento de ar do sistema para fornecer
descarga de espuma por:
1. Dez minutos em áreas com drenagem de emergência de piso totalmente adequada
2. Vinte minutos em áreas com drenagem de piso de emergência limitada ou ausente
3. Para a duração de qualquer derramamento de líquidos igníferos onde a liberação está a mais de
0,9 m (3 ft) acima do chão
F. Inclua uma demanda de hidrantes externos conforme recomendado na Tabela 2.4.3.
G. Instale contenção conforme recomendado nesta norma técnica.
2.4.9.3 Utilize o critério de projeto abaixo para um sistema de água nebulizada em névoa (water mist) ou
um sistema híbrido (ou seja, de água e gás inerte) certificado pela FM Approvals para máquinas em
recintos fechados.
A. Instale o sistema híbrido de acordo com a Norma Técnica 4-0, Special Protection Systems. Instale
o sistema water mist de acordo com a Norma Técnica 4-2, Water Mist Systems. Instale de acordo com
as recomendações do fabricante e com a listagem do sistema no Approval Guide.
1. Os sistemas certificados pela FM Approvals para máquinas em recintos fechados são aplicáveis
apenas em ocupações com equipamentos que utilizam hidrocarbonetos líquidos, óleos hidráulicos,
fluidos de transferência de calor ou fluidos de lubrificação. Esses sistemas não são recomendados
para salas com líquidos igníferos armazenados (ou seja, líquidos em recipientes vedados). Um
número limitado de recipientes organizados para fracionamento pode ser mantido no espaço
protegido, de acordo com a listagem do sistema no Approval Guide.
2. Certifique-se de que todas as limitações do sistema, como volume protegido, taxa de ventilação
e tamanho de aberturas, sejam atendidas.
B. Instale um sistema de detecção de incêndio certificado pela FM Approvals compatível com o sistema
de água nebulizada em névoa (water mist) e que tenha um tempo de resposta equivalente ao de um
sprinkler de resposta rápida.
C. Faça o projeto hidráulico do sistema de sprinklers de acordo com a Tabela 2.4.3 desta norma técnica.
D. Projete hidraulicamente o sistema de água nebulizada em névoa (water mist) ou o sistema
híbrido de acordo com as recomendações do fabricante e com a listagem do sistema no
Approval Guide.
E. Projete o suprimento de água nebulizada em névoa (water mist) ou de agente híbrido para fornecer
descarga pelo tempo especificado na listagem do sistema no Approval Guide, mas não inferior a:
1. Dez minutos em áreas com drenagem de emergência de piso totalmente adequada
2. Vinte minutos em áreas com drenagem de piso de emergência limitada ou ausente
3. Para a duração de qualquer derramamento de líquidos igníferos onde a liberação está a mais de
0,9 m (3 ft) acima do chão
F. Inclua uma demanda de hidrantes externos conforme recomendado na Tabela 2.4.3.
G. Providencie contenção conforme recomendado nesta norma técnica para impedir que líquidos
igníferos se espalhem para outras áreas sem proteção contra o risco de líquidos igníferos.
2.4.9.4 Utilize o seguinte critério de projeto para sistemas de água nebulizada em névoa (water mist) de
aplicação local:
A. Instale o sistema de acordo com a Norma Técnica 4-2, Water Mist Systems, as recomendações
do fabricante e a listagem do sistema no Approval Guide.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 22 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

B. Certifique-se de que sejam atendidas todas as limitações do sistema, como área protegida,
espaçamento dos projetores e volatilidade do líquido ignífero a ser protegido.
C. Instale um sistema de detecção de incêndio certificado pela FM Approvals compatível com
o sistema de água nebulizada em névoa (water mist) e que tenha tempo de resposta equivalente ao de
um sprinkler de resposta rápida.
D. Faça o projeto hidráulico do sistema de sprinklers de acordo com a Tabela 2.4.3 desta norma técnica.
E. Projete hidraulicamente o sistema de água nebulizada em névoa (water mist) de acordo com as
recomendações do fabricante e com a listagem do sistema no Approval Guide.
F. Projete o suprimento de água nebulizada em névoa (water mist) para que forneça a descarga de água
pelo tempo especificado na listagem do sistema no Approval Guide, porém não inferior a:
1. Dez minutos em áreas com drenagem de emergência de piso totalmente adequada
2. Vinte minutos em áreas com drenagem de piso de emergência limitada ou ausente
3. Para a duração de qualquer derramamento de líquidos igníferos onde a liberação esteja a mais
de 0,9 m (3 ft) acima do chão.
G. Inclua uma demanda de hidrantes externos conforme recomendado na Tabela 2.4.3.
H. Providencie contenção conforme recomendado nesta norma técnica para impedir que líquidos
igníferos se espalhem para outras áreas sem proteção contra o risco de líquidos igníferos.
2.4.10 Instale hidrantes externos dentro de um raio de 60 m (200 ft) de todas as áreas externas com uso de
líquido ignífero.

2.5 Equipamentos e processos

2.5.1 Geral
2.5.1.1 Utilize tanques e equipamentos fechados sempre que possível. Limite a área de superfície exposta
de líquidos igníferos em equipamentos e tanques abertos, se seu uso for necessário.
2.5.1.2 Providencie equipamentos projetados e fabricados com materiais que sejam:
A. Compatíveis com os líquidos igníferos em uso.
B. Compatíveis com as condições ambientais no entorno.
C. Resistentes a danos físicos (ex., impacto).
D. Resistentes a altas temperaturas de exposição (por exemplo, incêndio em líquidos igníferos). Não use
equipamentos de vidro ou de plástico (por exemplo, tanques e vasos). Equipamento metálicos com
revestimento de vidro ou plástico são aceitáveis.
E. Compatíveis com a máxima pressão hidrostática esperada, mais os fatores usuais de corrosão
e desgaste.
2.5.1.2.1 Onde aplicável, utilize a Norma Técnica 12-2, Vessels and Piping, para considerações sobre
projetos de equipamentos.
2.5.1.3 Posicione as tubulações de enchimento e descarga de forma que suas entradas e saídas fiquem no
topo de vasos e tanques.
2.5.1.4 Instale alívios normais e de emergência corretamente dimensionados em vasos e tanques
fechados com tubulação rígida direcionada para um local seguro fora de edificações importantes. Projete
os alívios de acordo com a Norma Técnica 7-88, Ignitable Liquid Storage Tanks.
2.5.1.5 Providencie instrumentos de medição ou observação indiretas (por exemplo, termopar para medir
a temperatura, sensores para medir pressão ou nível de líquido, etc.) em equipamentos que contenham
líquidos igníferos para reduzir ou eliminar vazamentos.
2.5.1.5.1 Se não for possível evitar instrumentos de medição ou observação direta (ex., manômetros,
medidores de vazão e indicadores de nível de líquido de vidro, visores de vidro, rotâmetros, tubos
indicadores, etc.), instale as seguintes proteções:
A. Use instrumentos certificados pela FM Approvals que sejam classificados para ambientes perigosos
quando necessário.

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 23

B. Produza os instrumentos com materiais compatíveis com os materiais sendo manuseados. Instale
vidro certificado para as condições de temperatura, pressão e serviço químico nas quais ele irá operar.
C. Instale instrumentos cuja resistência (por exemplo, pressão nominal) seja igual ou maior do que
o equipamento ao qual eles estão conectados.
D. Instale placas de orifício nas tubulações que conectam os instrumentos aos equipamentos.
E. Instale torneiras de fechamento automático em linhas de retirada de amostra (tubos indicadores) de
produtos.
F. Posicione visores de vidro acima do nível do líquido. Instale visores e indicadores de nível de líquido
certificados pela FM Approvals. Siga as recomendações do fabricante para montagem e manutenção.
Não instale esses dispositivos em equipamentos que contenham gases inflamáveis ou líquidos igníferos
aquecidos acima de seu ponto de ebulição atmosférica normal. Não use instrumentos com componentes
de vidro (por exemplo, visores de vidro) em equipamentos ou recipientes que apresentem mudanças
bruscas de temperatura (por exemplo, adição de um líquido de temperatura muito alta ou baixa na parte
interna ou externa de um recipiente).
G. Inspecione os visores pelo menos uma vez por semana e mantenha registro das inspeções. Quando
for detectado dano na superfície, substitua o vidro imediatamente. Se os visores de vidro forem expostos
a mudanças frequentes de temperatura e pressão, substitua-os em intervalos regulares, conforme
determinado pelas condições de processamento.
H. Instale rotâmetros blindados projetados de modo que somente uma amostra do fluxo seja direcionada
pela câmara de leitura de vidro, em vez de todo o fluxo. Para respiros de ar usados em conjunto com
alguns dispositivos de medição, canalize os respiros para locais externos para evitar a liberação de
líquidos igníferos em caso de falha do medidor.
2.5.1.6 Proteja equipamentos que manipulam líquidos igníferos exceto vasos de mistura sem tampa que,
em condições normais de operação, apresentem risco de explosão, de acordo com a Seção 2.1.1.3,
usando um dos seguintes métodos (listados em ordem de preferência):
2.5.1.6.1 Providencie alívio de explosão como segue:
A. Instale o equipamento com alívio de explosão em área externa ou providencie dutos para a abertura
do alívio voltada para o exterior e assim evitar exposição a explosão, incêndio e sobrepressão na sala.
Se isso não for fisicamente possível, providencie construção limitadora de danos. Consulte o Anexo D
e a Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction, para mais orientações.
B. Projete o alívio de explosão com a metodologia fornecida no Anexo D, de maneira a limitar
a pressão desenvolvida por uma explosão (pressão reduzida Pred ou Pr) como segue:
1. Para cálculos de área de alívio em que faltem os dados de limite de resistência do equipamento,
utilize os seguintes valores de Pred para equipamentos de modelo padrão com o pressuposto de que
possa haver alguma deformação de vaso em uma explosão com alívio devidamente instalado.
a. Vasos retangulares fracos (ex., fornos): 2,9 psig (0,2 barg)
b. Vasos cilíndricos (ex., ciclone) ou vasos retangulares robustos (reforçados): 4,4 psig (0,3 barg)
c. Para vasos em que deformações não sejam aceitáveis, obtenha o limite de resistência de projeto
do equipamento ou considere metade dos valores dados acima para Pred.
2. Para cálculo de áreas de alívio de equipamentos com dados de resistência de projeto
disponíveis, estabeleça o valor de Pred conforme os seguintes critérios:
a. Onde for aceitável deformação do vaso, use um valor igual ao dobro da resistência de projeto.
b. Onde deformação do vaso deva ser evitada, use um valor igual à resistência de projeto.
2.5.1.6.2 Providencie resistência adequada para o equipamento, de maneira que ele possa conter a
máxima pressão esperada de explosão de ar-vapor.
A. Onde for aceitável deformação do vaso, use um valor igual ao dobro da resistência de projeto.
B. Onde deformação do vaso deva ser evitada, use um valor igual à resistência de projeto.
2.5.1.6.3 Instale um sistema de inertização projetado de acordo com a Norma Técnica 7-59, Inerting and
Purging of Tanks, Process Vessels, and Equipment.
2.5.1.6.4 Instale um sistema de supressão de explosão certificado pela FM Approvals: de acordo com

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 24 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

a Norma Técnica 7-17, Explosion Protection Systems, em equipamentos de alto valor, equipamentos que
expõem processos de alto valor ou equipamentos com explosões frequentes, quando alívio de explosão,
contenção ou inertização não puderem ser instalados. Esses sistemas têm limitações significativas.
Assegure-se de que todos os critérios a seguir sejam atendidos:
A. Projete e instale os equipamentos de acordo com as recomendações do fabricante.
B. Siga todas as limitações de projeto especificadas no Approval Guide.
C. Certifique-se de que os sistemas de supressão de explosão tenham sido testados para
o combustível e volume do recipiente específicos sendo propostos.
D. Certifique-se de que a pressão reduzida (Pr) seja conhecida e não exceda aproximadamente o dobro
do limite da resistência de projeto do equipamento, se for aceitável alguma deformação do equipamento.
Se danos ao equipamento criarem uma exposição significativa (ou seja, equipamento de alto valor ou
difícil substituição), certifique-se de que a pressão reduzida (Pr) não exceda o limite de resistência do
equipamento.
2.5.1.7 Instale sistemas de purga ou ventilação em equipamentos que lidam com líquidos igníferos no ou
acima do ponto de fulgor de copo fechado para reduzir o risco de criar uma mistura de ar-vapor no
intervalo inflamável (explosivo) (não necessário em equipamentos inertizados).
A. Projete sistemas de purga de acordo com a Norma Técnica 7-59, Inerting and Purging of Tanks,
Process Vessels and Equipment.
B. Projete sistemas de ventilação de acordo com a Norma Técnica 6-9, Industrial Ovens and Dryers.
C. Projete sistemas de ventilação de maneira a limitar as concentrações de vapor inflamável a menos
de 25% de seu limite inferior de inflamabilidade (explosividade).
2.5.1.8 Instale sistemas de purga para evitar que equipamentos passem pelo intervalo inflamável
(explosivo) do vapor inflamável durante operações de partida ou parada.
2.5.1.9 Disponha tanques, misturadores e outros equipamentos de maneira a evitar o transbordamento de
um líquido ignífero usando um ou uma combinação dos seguintes métodos, ou sistemas de desempenho
equivalente (listados em ordem de preferência):
A. Instalar um dreno de transbordamento sifonado que retorne à fonte de suprimento ou leve a um ponto
de descarga seguro. A capacidade do dreno de transbordamento deve ser projetada de maneira que
seja pelo menos igual à da linha de enchimento.
B. Instale uma chave de nível de líquido certificada pela FM Approvals, configurada para parar o fluxo
de líquido por meio do fechamento de uma válvula e desligamento da bomba.
C. Use tanques-balança, tanques de medição e medidores de vazão para enviar volumes de líquido
medidos com precisão a um tanque. O uso de um medidor de vazão não elimina a necessidade de
seguir as recomendações (A) e (B) acima.
2.5.1.10 Instale proteção contra transbordamento e/ou drenos de emergência no fundo de tanques abertos
fixos para evitar transbordamento causado por descarga de sprinklers e hidrantes, e para remover os
líquidos igníferos expostos de uma área de incêndio.
2.5.1.10.1 A proteção contra transbordamento por descarga dos sprinklers e os drenos de emergência no
fundo de tanques podem ser omitidos se uma das seguintes situações for atendida:
A. Tampas de fechamento automático e pelo menos 150 mm (6 in) de borda livre estão instalados no
tanque ou no equipamento.
B. O tanque tem menos de 1,9 m2 (20 ft2) de superfície exposta e há pelo menos 150 mm (6 in) de
borda livre.
C. O líquido tem ponto de fulgor igual ou maior que 93°C (200°F), e há proteção por sprinklers de teto
projetada para extinguir o fogo (consulte a Tabela 2.4.3). Além disso, há borda livre suficiente para
conter a descarga dos sprinklers enquanto durar o incêndio.
D. O líquido tem ponto de fulgor muito alto.
E. O líquido tem densidade relativa maior que 1, e há pelo menos 25 mm (1 in) de borda livre.
2.5.1.11 Aqueça equipamentos com vapor, água quente, fluido orgânico de transferência de calor (consulte
a Norma Técnica 7-99, Heat Transfer By Organic and Synthetic Fluids) ou outros meios que não exijam
chama aberta.
2.5.1.11.1 Instale sistemas de controle automático separados para aquecimento de processo e condições de
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emergência.
2.5.1.11.2 Providencie sistemas de controle de emergência que tenham as seguintes características:
A. Inclua um intertravamento de alta temperatura certificado pela FM Approvals, projetado para enviar
um alarme sonoro e desligar o equipamento de aquecimento.
B. Monitore continuamente as temperaturas de equipamentos e processos.
C. Mantenha as temperaturas do equipamento significativamente abaixo da temperatura de
autoignição ou de autodecomposição do líquido.
2.5.1.12 Organize operações de fracionamento de líquidos igníferos de recipientes portáteis da seguinte
forma:
A. Configure as operações de fracionamento para extração a partir do topo do recipiente portátil (ex.,
tambores verticais, topo de recipientes intermediários para granel - IBCs), com o uso de bombas para
tambor manuais certificadas pela FM Approvals, equipadas com alívios de pressão e de vácuo nos
tambores verticais.
B. Em qualquer operação de fracionamento que utilizar gravidade para descarga do líquido (ex.:
tambores horizontais ou descarga de fundo de recipientes intermediários para granel - IBCs),
providencie torneiras de fechamento automático certificadas pela FM Approvals.
C. Instale alívios de segurança certificados pela FM Approvals em todo recipiente a ser utilizado em
fracionamento, inclusive fracionamento com bombas manuais não equipadas com alívios de pressão
e vácuo.
D. Instale bandejas de contenção de gotas certificadas pela FM Approvals embaixo de torneiras em
tambores mantidos na horizontal.
E. No manuseio de tambores na posição horizontal para fracionamento, utilize equipamentos
especificamente projetados para essa operação. Não utilize empilhadeira.
2.5.1.13 Configure o fracionamento de líquidos com alto ponto de fulgor de até dez recipientes metálicos
com volume de até 265 L (70 gal) usando tubulação metálica e torneiras de fechamento automático. Veja
a Figura 2.5.1.13 e a Seção 2.5.1.5.

Fig. 2.5.1.13. Configuração de fracionamento de recipientes metálicos

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
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2.5.1.14 Utilize recipientes de segurança certificados pela FM Approvals para manuseio de quantidades
pequenas de líquidos igníferos.
2.5.1.14.1 Utilize recipientes metálicos de segurança quando manusear líquidos com pontos de fulgor de
copo fechado abaixo de 93°C (200°F). Líquidos igníferos com pontos de fulgor de copo fechado iguais ou
maiores que 93°C (200 F) podem ser manuseados em recipientes metálicos não classificados.
2.5.1.14.2 Recipientes de segurança não metálicos podem ser usados no manuseio de líquidos igníferos
corrosivos.
2.5.1.14.3. Armazene recipientes de segurança em armários de líquidos igníferos ou proteja a estocagem
conforme a Norma Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis, com base
no tipo de líquido e na construção do recipiente.
2.5.2 Sistemas de tubulação
2.5.2.1 Flexibilidade e suporte de sistemas de tubulação
2.5.2.1.1 Projete a flexibilidade do sistema de tubulação de acordo com a ASME B31.3 ou equivalente
local. Considere as seguintes condições no projeto:
A. Expansão e contração térmica devido a condições operacionais internas (ex., mudanças de
temperatura do sistema)
B. Condições externas (ex., terremoto)
C. Outros movimentos (por exemplo, efeitos de transientes hidráulicos, assentamento, vibração)
2.5.2.1.2 Não use juntas de expansão de sobreposição.
2.5.2.1.3 Providencie suportes de tubulação para apoiar e fixar os sistemas de tubulação de acordo com
a ASME B31.3 ou equivalente local.
2.5.2.1.4 Instale conectores de mangueiras flexíveis em sistemas de tubulação para evitar tensões
perigosas devido a vibração, assentamento ou mudança térmica. Providencie materiais e instalação com as
seguintes características para assegurar resistência e durabilidade adequada e proteção contra danos
físicos em mangueiras:
A. Construa mangueiras flexíveis de materiais incombustíveis de alta resistência, resistentes a
decomposição ou fusão quando expostos a fogo, e compatíveis com o líquido sendo usado.
1. Use construções totalmente de metal, formadas com materiais como aço, Monel, aço inoxidável,
cobre, bronze, ou material equivalente.
2. Mangueiras de plástico ou borracha reforçada e cobertura de metal trançado são aceitáveis
quando necessárias para atender a exigências operacionais. Veja na Figura 2.5.2.1.4.A.2. diferentes
tipos de mangueiras.
3. Não use tubos de borracha macia, plástico ou outros materiais combustíveis não reforçados ou não
protegidos.
B. Proteja as mangueiras contra danos mecânicos.
C. Projete as conexões das mangueiras para atender a todas as recomendações para conexões rígidas
em tubos (consulte a Seção 2.2.6). Não utilize abraçadeiras para mangueiras.
D. Projete mangueiras e conexões para terem resistência a ruptura maior do que a pressão de
operação máxima esperada com um fator de segurança de pelo menos 4.
2.5.2.1.5 Projete os sistemas de tubulação localizados em áreas expostas a terremoto de acordo com a
Norma Técnica 1-2, Earthquakes.

2.5.2.2 Sistemas de aquecimento e isolamento de tubulações


2.5.2.2.1 Projete os sistemas de aquecimento de tubulações de maneira a evitar o seguinte:
A. Sobreaquecimento local
B. Criação de uma fonte de ignição para o conteúdo dos tubos ou materiais combustíveis ao redor
C. Sobrepressurização de seções da tubulação que possam ser isoladas entre válvulas
2.5.2.2.2 Opere os sistemas de aquecimento na temperatura mínima necessária para atender aos requisitos
de processo.

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 27

2.5.2.2.3 Instale dispositivos de alívio de pressão para evitar sobrepressurização nas seções do tubo
aquecido que podem ser isoladas entre válvulas enquanto o sistema de aquecimento estiver ativo.
Direcione a saída das válvulas de alívio para um local que não crie exposição para instalações ou
edificações importantes da fábrica.
2.5.2.2.4 Providencie o aquecimento de tubos com um dos métodos abaixo ou um equivalente. Não use
chamas abertas.
A. Traço de vapor
B. Cabo de aquecimento elétrico
C. Aquecimento de impedância (ou seja, passagem de corrente alternada de baixa tensão pelo tubo)
2.5.2.2.5 Configure traço de vapor da seguinte forma:

Fig. 2.5.2.1.4.A.2 Diferentes tipos de mangueiras

A. Mantenha a mínima pressão de vapor necessária para tornar o fluido líquido.


B. Instale um regulador de pressão de vapor.
C. Instale uma válvula de alívio de pressão a jusante do regulador. Ajuste a válvula de alívio para abrir
a uma pressão logo acima da pressão do regulador.
D. Envolva o tubo e o traço de vapor em isolamento térmico (consulte a Seção 2.5.2.2.8).
2.5.2.2.6 Instale sistemas de cabos de aquecimento elétrico da seguinte forma:
A. Use cabos de aquecimento elétrico certificados pela FM Approvals.
B. Fixe o cabo de aquecimento ao longo do tubo, ou enrole-o ao redor do tubo. Envolva o tubo e o cabo
em isolamento térmico.
C. Providencie um cabo de aquecimento contínuo (ou seja, sem emendas). Instale as conexões elétricas
em locais que possibilitem inspeção visual.
D. Instale termostatos de controle individuais para cada seção do cabo. Instale fusíveis ou chaves
seccionadoras com fusível com a corrente de atuação mais baixa possível.
E. Instale equipamentos elétricos (termostatos, plugues e interruptores) expostos a várias condições
climáticas em compartimentos à prova de intempéries. Separe todos os equipamentos que gerem
faíscas (ou seja, equipamentos com contatos) da tubulação e de locais que exijam equipamentos
elétricos classificados para áreas de risco.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 28 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

2.5.2.2.7 Instale sistemas de aquecimento por impedância da seguinte forma:


A. Solicite ao fabricante ou a uma pessoa qualificada que instale e teste os sistemas como unidades
completas.
B. Atenda aos requisitos das autoridades competentes e ao Artigo 427, Fixed Electric Heating
Equipment For Pipelines and Vessels, do National Electrical Code, dos EUA.
C. Isole as seções aquecidas da tubulação das seções não aquecidas com conexões eletricamente não
condutoras para confinar os caminhos da corrente e eliminar qualquer fuga de corrente em locais
perigosos.
D. Instale uma chave de desligamento automática por alta temperatura em cada circuito de cada
sistema para evitar superaquecimento do líquido se o termostato de controle de temperatura de
operação falhar.
E. Envolva toda a tubulação e acessórios em material isolante térmico e elétrico para evitar
o aterramento acidental do sistema. Instale um disjuntor de fuga à terra na fonte de alimentação de
todos os sistemas de aquecimento por impedância.
F. Instale todos os equipamentos que gerem faíscas (por exemplo, interruptores, transformadores,
contatos) bem longe da tubulação e de áreas que exijam equipamentos elétricos classificados para
locais perigosos.
G. Teste periodicamente o sistema de aquecimento para garantir que ele opere continuamente de
maneira adequada. Designe funcionários ou prestadores de serviços treinados para toda manutenção
do sistema.
2.5.2.2.8 Se for utilizado isolamento, utilize um material incombustível.
A. Providencie isolamento não absorvente (ex., vidro celular) perto de conexões de flanges ou outros
possíveis pontos de vazamento (ex., válvulas e bombas).
B. Qualquer tipo de isolamento incombustível ou Classe 1 (por exemplo, silicato de cálcio, mantas de
fibra de vidro, lã mineral) é aceitável sobre tubulação soldada.

2.5.2.3 Válvulas de controle de processo em sistemas de tubulação


2.5.2.3.1 Onde houver válvulas de controle de processo, siga as seguintes orientações:
A. Utilize válvulas de aço fundido. Bronze é aceitável para válvulas de 50 mm (2 in) ou menores instaladas
em áreas com sprinklers. Utilize aço inoxidável, Monel, aço revestido ou um equivalente onde as condições
de processo requererem o uso de materiais especiais. Não utilize corpos e hastes de ferro fundido.
B. Instale válvulas com indicação positiva de condições (ou seja, aberta ou fechada, direção do fluxo).
C. Onde válvulas de controle de processo possam ser expostas a incêndio grave (ex., válvulas
localizadas em uma sala de líquidos igníferos) e onde a perda de sua função possa aumentar
significativamente o risco (por exemplo, válvula no fundo de um tanque com líquido ignífero liberando
o conteúdo do tanque), instale válvulas de bloqueio à prova de fogo certificadas pela FM Approvals.

2.5.2.4 Válvulas de bloqueio de segurança em sistemas de tubulação


2.5.2.4.1 Instale válvulas de bloqueio de segurança em sistemas de tubulação de líquidos igníferos para
cortar todos os fluxos de líquidos em caso de incêndio ou explosão.
2.5.2.4.1.1 Bombas de deslocamento positivo também podem ser utilizadas como bloqueio de
segurança/emergência. Qualquer bomba é um possível ponto de vazamento. Uma bomba de
deslocamento positivo não irá necessariamente interromper um vazamento na bomba a menos que esteja
soldada à tubulação de suprimento do líquido.
2.5.2.4.2 Providencie válvulas de bloqueio de segurança que tenham as seguintes características:
A. A válvula é resistente a fogo para o período esperado do incêndio, se instalada em áreas expostas a
um incêndio de líquidos igníferos.
B. Construção em aço fundido. Bronze é aceitável para válvulas de 50 mm (2 in) ou menores instaladas
em áreas com sprinklers. Providencie válvulas feitas de materiais compatíveis com os fluidos e
atmosferas do processo (ex., aço inoxidável, Monel, aço revestido). Não utilize corpos e hastes de ferro
fundido.

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 29

C. A válvula fechará em caso de falha na fonte de alimentação (ex., elétrica, a ar, pneumática,
hidráulica) ou operação de elemento fusível.
D. Indicador de posição da válvula (exceção: modelos solenoide sem gaxetas).
E. A válvula só pode ser rearmada manualmente.
2.5.2.4.3 Configure as válvulas de bloqueio de segurança ou bombas de deslocamento positivo para
operação manual e automática.
2.5.2.4.3.1 Configure os sistemas com bombas de deslocamento positivo e válvulas de bloqueio de
segurança para desligar as bombas primeiro e assim evitar pressurização do sistema de tubulação.
2.5.2.4.4 Providencie válvulas de bloqueio de segurança com conexões soldadas caso a válvula possa ser
exposta a incêndios de líquidos. Solde a válvula de bloqueio de segurança no lado do suprimento do
sistema de tubulação (ex., na conexão soldada de descarga de um tanque). Instale uma conexão soldada
ou flangeada no lado a jusante da válvula de bloqueio de segurança.
2.5.2.4.5 Defina a quantidade e a localização adequadas para as válvulas de bloqueio de segurança
dependendo do tamanho do sistema de tubulação, sua complexidade e da possível exposição criada por
um vazamento, inclusive nos seguintes locais:
A. Nas linhas de descarga de tanques internos ou externos (aéreos ou subterrâneos).
B. Em linhas de descarga de fundo de tanques externos aéreos de líquidos igníferos que alimentam uma
bomba de deslocamento positivo quando vários tanques estiverem localizados na mesma área (ex., dois
ou mais tanques em uma área de contenção ou um único tanque em uma área de contenção que não
é acessível durante um incêndio) para permitir o bloqueio do fornecimento no caso de vazamento na
bomba. Um único tanque externo (por exemplo, um único tanque em área de contenção acessível) que
alimenta uma bomba de deslocamento positivo pode ter uma válvula operada manualmente na linha de
descarga de fundo.
C. Em linhas de descarga de fundo de tanques internos que alimentam bombas de deslocamento
positivo para permitir o bloqueio do suprimento em caso de vazamento na bomba.
D. Nos pontos de uso de líquidos igníferos, como operações de fracionamento ou linhas de suprimento
a equipamentos. Providencie:
1. Válvulas de bloqueio de segurança individuais na tubulação de suprimento para cada
equipamento ou operação de fracionamento; ou
2. Uma única válvula de bloqueio de segurança na tubulação de suprimento para um coletor que
alimenta equipamentos ou operações de fracionamento; ou
3. Uma única válvula de bloqueio de segurança localizada no ponto de entrada de uma edificação ou
sala isolada se a área for projetada para risco de incêndio de líquidos com base na quantidade de
líquidos igníferos contidos na tubulação a jusante da válvula de bloqueio de segurança.
2.5.2.4.6 Providencie o fechamento das válvulas de bloqueio de segurança e/ou a parada das bombas de
deslocamento positivo por meio de um dos seguintes métodos:
A. Acionamento em caso de incêndio por:
1. Detectores de calor localizados acima de pontos de uso, equipamentos ou componentes, ou outros
possíveis pontos de vazamento (ex., bombas)
2. Tubos ou tampões termoplásticos para suprimento de ar a uma válvula pneumática (ou seja, o tubo
termoplástico derrete quando exposto ao fogo, resultando em perda da pressão de ar e fechamento
da válvula de bloqueio de segurança)
3. Detectores de fumaça em ocupações não industriais
4. Detectores de chamas óticos
B. Operação de um sistema de proteção contra incêndio, como sprinklers automáticos ou sistemas de
proteção especial.
C. Liberação manual de uma válvula de controle automático (dead-man) ou de fechamento automático
que requeira presença constante do operador e feche automaticamente quando o operador sai.
D. Acionamento por condições anormais do sistema, tais como pressão alta ou baixa, nível de líquido
alto ou baixo, vazão excessiva, detecção de derramamento, temperatura de processo alta, ou variação

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 30 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

anormal de condições de processo. Providencie esse tipo de sistema de acionamento além de um dos
métodos listados acima em (A) - (C).
E. Acionamento de válvula de bloqueio de segurança operada por elo fusível. Posicione as válvulas de
maneira que elas estejam diretamente expostas a chamas de um incêndio em líquidos igníferos.
1. Se a válvula de bloqueio de segurança não puder ser instalada em local diretamente exposto
a chamas, providencie elos fusíveis adicionais localizados acima dos pontos de vazamento
esperados com um cabo preso ao volante da válvula regulado para fechar quando o cabo é liberado.
2. Se a válvula de bloqueio de segurança não puder estar instalada em local diretamente exposto
a chamas, e não for possível instalar elos fusíveis adicionais, substitua-a por uma válvula de bloqueio
de segurança que possa ser operada conforme os itens (A) a (D) acima.
2.5.2.4.7 Intertrave as válvulas de bloqueio de segurança com um detector de vazamento de
hidrocarbonetos certificado pela FM Approvals em ocupações onde seja improvável a detecção imediata de
um vazamento de líquido ignífero que não tenha sofrido ignição (ex., suprimentos de combustível para
geradores de emergência, tanques de processo onde não haja presença de pessoal ou que não sejam
inspecionados por longos períodos, locais remotos, etc.).
2.5.2.4.8 Providencie um ou mais meios manuais (ex., botoeiras, chaves, alavancas, etc.) para fechar
válvulas de bloqueio de segurança e parar bombas de deslocamento positivo como segue:
A. Na área de operação com líquidos igníferos, acessível durante operações normais e instalado em
local de fácil acesso por operadores e em rotas de fuga da edificação ou estrutura.
B. Em locais com presença constante de pessoal (ex., sala de controle, posto de segurança) que
tenham indicações de condições de emergência (ex., centrais de alarme, vídeo).
2.5.2.4.9 Instale acumuladores hidráulicos ou válvulas de alívio de segurança em tubulações que possam
ser isoladas por válvulas fechadas com líquido preso entre elas para evitar danos por sobrepressurização
causada pela expansão térmica do líquido. Direcione a descarga das válvulas de alívio para um ponto de
coleta adequadamente projetado.
2.5.2.4.10 Instale a válvula de bloqueio de segurança de acordo com as recomendações do fabricante.
As válvulas adquiridas, quando recebidas, podem estar em uma posição fixa para proteção durante o
transporte. Remova pinos de segurança, elos, etc., durante a instalação.

2.5.3 Sistemas de transferência

2.5.3.1 Transferência por bombeamento


2.5.3.1.1 Configure sistemas de bombeamento para pressurizarem as tubulações somente quando existir
demanda de líquido no ponto de uso. Não pressurize sistemas de tubulação quando eles não estiverem em
uso ou durante períodos de inatividade da unidade.
2.5.3.1.2 Providencie intertravamentos de bloqueio de segurança para parar as bombas quando as válvulas
de bloqueio de segurança forem acionadas.
2.5.3.1.3 Defina as pressões operacionais para a bomba e a tubulação como as mínimas necessárias para
operação do sistema.
2.5.3.1.4 Instale bombas de deslocamento positivo onde possível para permitir o bloqueio total do fluxo de
líquido.
A. Instale válvulas de alívio de pressão a jusante de bombas de deslocamento positivo.
B. Direcione a descarga da válvula de alívio de volta para um dos seguintes pontos:
1. A fonte de suprimento, com entrada abaixo do nível de líquido
2. O lado da sucção da bomba
2.5.3.1.5 Onde os sistemas contiverem líquidos com pontos de fulgor de copo fechado de -18°C (0°F) ou
menos, deve-se conectar a descarga da válvula de alívio de volta à fonte de alimentação para evitar
possível superaquecimento devido à operação da bomba centrífuga a vazão zero.
2.5.3.1.6 Instale bombas centrífugas submersíveis ou verticais de turbina para evitar a operação a seco
de partes rotativas no espaço de vapor de tanques. É aceitável usar o líquido bombeado para resfriar
a bomba e os mancais.

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 31

2.5.3.2 Transferência por gravidade


2.5.3.2.1 Use operações de transferência por gravidade para transferência de líquidos igníferos quando
bombeamento não for compatível com o líquido em uso (por exemplo, alguns líquidos voláteis podem
causar bloqueio de vapor quando bombeados) ou em sistemas pequenos (por exemplo, tambores).
2.5.3.2.2 Configure operações de transferência por gravidade para permitir o isolamento do fornecimento em
caso de vazamento ou incêndio.
2.5.3.2.3 Providencie válvulas de bloqueio de segurança intertravadas com a detecção de incêndio para
que elas fechem no caso de incêndio e isolem o suprimento de líquidos.
2.5.3.3 Transferência por gás inerte
2.5.3.3.1 Use um gás inerte compatível (por exemplo, nitrogênio, dióxido de carbono) para evitar
a possibilidade de explosões de ar-vapor. Não use ar.
2.5.3.3.2 Construa, instale e teste tanques para sistemas de transferência por gás inerte de acordo com
ASME ou outros códigos reconhecidos nacionalmente para vasos de pressão não sujeitos a chama.
2.5.3.3.3 Configure o sistema de transferência para operar à mínima pressão de gás necessária para forçar
o líquido através do sistema a uma vazão suficiente para atender à demanda operacional.
2.5.3.3.4 Providencie os seguintes equipamentos em sistemas de transferência por gás inerte (consulte
a Figura 2.5.3.3.4):
A. Instale uma válvula de bloqueio manual na linha de suprimento de gás inerte.
B. Instale um regulador de pressão na linha de suprimento de gás inerte ajustado na pressão mínima
necessária.
C. Instale válvulas de retenção na linha de suprimento de gás inerte e na linha de enchimento do tanque
para evitar retorno do líquido.
D. Instale uma válvula de controle bidirecional de três vias operada a energia na linha de suprimento de
gás inerte a jusante da válvula de retenção para fornecimento de fluxo de gás para pressurizar o tanque
quando energizado, e liberar a pressão do tanque quando desenergizado.
E. Instale uma válvula de alívio de pressão, ajustada a uma pressão um pouco mais alta do que o
regulador, a jusante do regulador ou no tanque.
F. Instale uma válvula de bloqueio de segurança no suprimento de líquidos igníferos de processo a partir
do tanque.
G. Instale uma válvula de controle de processo operada a energia tipo on-off no tubo de enchimento dos
tanques de líquidos igníferos.
H. Instale controle de nível de líquido no tanque para evitar transbordamento.
I. Onde líquidos igníferos com pontos de fulgor abaixo de 38°C (100°F) estão sendo transferidos, instale
abafador de chamas nas linhas de respiro do tanque de armazenagem (linha de alívio de pressão, linha
de ventilação da válvula direcional).

Fig. 2.5.3.3.4. Método de transferência por gás inerte comprimido

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2.5.3.3.5 Intertrave o sistema de transferência por gás inerte como segue:


A. Em operações normais, a válvula de bloqueio de segurança fica aberta, a válvula de controle da
linha de enchimento fica fechada, e a válvula direcional na linha de suprimento de gás inerte permite
o fluxo de gás para dentro do tanque de armazenagem.
B. Em operações de enchimento, a válvula de bloqueio de segurança fica fechada, a válvula de
controle da linha de enchimento fica aberta, e a válvula direcional na linha de suprimento de gás inerte
alivia a pressão do tanque.
C. Em condições de incêndio ou vazamento, a válvula de bloqueio de segurança fecha, a válvula de
controle da linha de enchimento fecha, e a válvula direcional na linha de suprimento de gás inerte alivia
a pressão do tanque.
2.5.3.3.6 Configure o sistema de transferência por gás inerte para impedir a operação da válvula antes da
confirmação de sua posição correta (por exemplo, intertrave eletricamente as válvulas em sistemas
grandes, ou estabeleça procedimentos claros para operação manual das válvulas em sistemas pequenos).

2.5.3.4 Estações de carga e descarga


2.5.3.4.1 Assegure-se de que vagões e caminhões utilizados para líquidos igníferos atendem aos códigos
e especificações de transporte aplicáveis.
2.5.3.4.2 Providencie válvulas adequadas de controle e de bloqueio de segurança nas estações de carga
e descarga, para permitir controle das operações normais e também para isolamento do vagão ou
caminhão e dos sistemas de tubulação da unidade em caso de vazamento ou incêndio.
2.5.3.4.3 Instale válvulas de bloqueio de segurança em todas as linhas de descarga de fundo de vagões
ou caminhões e no lado da planta de tubulações flexíveis.
A. Configurar as válvulas para operação automática em caso de incêndio, e para operação manual
remota.
B. Proteja as válvulas contra danos físicos (por exemplo, válvula interna ao tanque com conexão de
cisalhamento a jusante).
2.5.3.4.4 Quando possível, carregue e descarregue vagões e caminhões por sua parte superior. Carga e
descarga pela parte inferior são toleráveis quando todas as condições a seguir forem verdadeiras:
A. Há um espaço de separação conforme recomendado na Norma Técnica 7-88, Outdoor Ignitable
Liquid Storage Tanks; e
B. Um derramamento de líquido não exporá edificações ou instalações importantes; e
C. Válvulas de bloqueio de segurança estão instaladas nas linhas de descarga do vagão ou caminhão.
2.5.3.4.5 Use bombas de deslocamento positivo para operações de descarga pela parte superior para evitar
sifonamento.
A. Instale a bomba em uma plataforma incombustível acima do nível de líquido e configure-a para
parada automática e manual em caso de incêndio ou vazamento.
B. Instale o interruptor ou a botoeira de bloqueio manual em local de fácil acesso.
2.5.3.4.6 Instale proteção contra transbordamento para o vagão/caminhão ou tanque de armazenagem.
A. Configurar os controles de nível de líquido para interromper automaticamente as operações de
enchimento quando o tanque estiver cheio.
B. O sistema de controle pode ser usado sozinho ou em conjunto com medidores, balanças ou
observação visual.
2.5.3.4.7 Use tubulação e conexões articuladas de aço ou mangueiras metálicas flexíveis quando
necessário para conexão com vagões, caminhões-tanque ou barcaças.
2.5.3.4.7.1 Mangueiras de borracha reforçada com metal são aceitáveis se exigidas pelas condições do
processo e se forem resistentes aos materiais manipulados e projetadas para a pressão do sistema.
2.5.3.4.8 Projete as estações de carga e descarga de caminhões-tanque da seguinte forma:
A. Realize todas as operações de carga e descarga em superfícies planas.
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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 33

B. Instale continuidade e aterramento elétricos de acordo com a Norma Técnica 5-8, Static Electricity.
Conecte cabos de continuidade elétrica antes de abrir o tanque do caminhão.
C. Aplique o freio de mão do caminhão e bloqueie as rodas antes de conectá-lo ao sistema de tubulação
fixa.
D. Afixe avisos com indicação de que o caminhão-tanque está conectado ao sistema de tubulação.
2.5.3.4.9 Projete estações de carga e descarga de vagões da seguinte forma (consulte a Figura 2.5.3.4.9):

Fig. 2.5.3.4.9. Instalação de continuidade elétrica entre a estação de carga/descarga e vagões para evitar faíscas
devido a correntes de fuga

A. Realize todas as operações de carga e descarga em trilhos nivelados em uma seção de ferrovia
privada ou local equivalente dentro da fábrica com tubulação permanente direcionada aos tanques de
armazenagem.
B. Instale proteção contra correntes de fuga ligando o tubo (ou tubos) de enchimento a pelo menos um
trilho e à estrutura de rack (se for metálica). Em áreas com excesso de correntes de fuga, instale flanges
isolantes em todos os tubos que entram na área do rack para isolar eletricamente as tubulações do rack
(veja a Figura 2.5.3.4.9).
C. Alinhe com precisão os vagões com os pontos de conexão de carga/descarga para evitar tensão
excessiva nas conexões.
D. Proteja os vagões contra outros vagões em movimento, instalando descarriladores a pelo menos uma
vez o comprimento do vagão na extremidade aberta da ferrovia. O uso de aparelhos de mudança de via
existentes é aceitável se eles puderem ser travados na posição fechada.
E. Aplique os freios e bloqueie as rodas antes de conectar o vagão ao sistema de tubulação fixa.
F. Afixe avisos com indicação de que o vagão está conectado ao sistema fixo de tubulação até que
o vagão seja desconectado.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 34 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

2.5.3.4.10 Onde líquidos igníferos com pontos de fulgor abaixo de 38°C (100°F) estiverem sendo
transferidos, instale corta-chamas nas linhas de respiro dos vagões e caminhões.
2.5.3.4.11 Proteja as estações de carga e descarga contra fontes de ignição não controladas de acordo
com a Seção 2.9.
2.5.3.4.12 Identifique claramente todas as tubulações para evitar a mistura de materiais.
2.5.3.4.13 Certifique-se de que todas as operações de carga e descarga tenham presença constante
de pessoal.
2.5.3.4.14 Use caminhões ou vagões com serpentinas de aquecimento para transferir líquidos que
precisam de aquecimento.
A. Use a menor pressão de vapor necessária para manter o líquido em estado fluido.
B. Controle o vapor com um regulador ajustado para a menor pressão necessária.
C. Instale uma válvula de alívio de pressão a jusante do regulador, e ajuste-a para uma pressão
ligeiramente maior.

2.6 Operação e manutenção


2.6.1 Crie uma série de pontos de verificação de rotina com limites de condições normais a serem
inspecionados pelos operadores para detecção imediata de condições anormais. Determine a frequência
das verificações com base nas condições do processo e na gravidade das consequências de desequilíbrio
do processo. Realize inspeções frequentes para detectar e reparar vazamentos. Use detectores de vapor
inflamável para localizar pequenos vazamentos.
2.6.1.1 Verifique as áreas de uso de líquidos igníferos no início de cada turno. Inclua dispositivos de
segurança e controles de processo.
2.6.2 Identifique claramente todas as válvulas de bloqueio de segurança de líquidos igníferos com uma placa
indicando o líquido e a área controlados.
2.6.3 Identifique claramente equipamentos (tanques, tambores etc.) que contenham líquido ignífero,
indicando o conteúdo dos equipamentos e o tipo de risco que representam.
2.6.3.1 Identifique claramente e codifique por cores as tubulações de líquidos igníferos indicando o líquido e
a direção do fluxo. Um sistema de identificação de tubulações sugerido está descrito na ASME A13.1,
Scheme for the Identification of Piping Systems.
2.6.4 Implemente um programa de inspeção de matérias-primas para garantir a entrega de materiais
esperados e impedir a introdução de materiais estranhos ou incompatíveis na armazenagem.
2.6.6 Implemente um programa de gerenciamento de mudanças. Realize uma revisão completa de todas as
mudanças planejadas com consultores qualificados de prevenção de perdas assim como outras autoridades
competentes antes do início do projeto.
2.6.6 Estabeleça um programa abrangente de manutenção preventiva elaborado para garantir que
equipamentos elétricos e mecânicos funcionarão da forma que foram projetados. Consulte a
Norma Técnica 9-0/17-0, Asset Integrity, para informações sobre criação e implementação de programas
de integridade de ativos e prevenção de perdas para sistemas e equipamentos.
2.6.7 Realize testes anuais nas válvulas de bloqueio de segurança instaladas em processos limpos. No
caso de válvulas de bloqueio de segurança instaladas em processos com ocorrência de entupimento
(resinas) ou aquelas expostas a condições de entupimento, aumente a frequência dos testes (ex., uma
frequência mensal pode ser adequada).
2.6.7.1 Os testes devem confirmar que a válvula pode ser fechada por meio de acionamento simulado
(ex., por remoção do elo fusível, sinal do sistema de detecção de incêndio, etc.).
2.6.8 Mantenha e teste todos os intertravamentos do sistema no mínimo anualmente ou de acordo com as
recomendações do fabricante se a indicação de frequência for maior. Mantenha registros desses testes.
2.6.9 Inspecione regularmente todos os instrumentos. Determine a frequência de inspeção com base na
severidade das condições locais.
2.6.10 Realize operações de manutenção ou reparo somente em equipamentos que tenham sido
despressurizados, desligados e drenados de qualquer líquido ignífero. Isso inclui manutenção de

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instrumentos, aperto ou desaperto de parafusos ou flanges, gaxetas, ou novas conexões. Despressurize,


drene, enxágue, purgue e/ou inertize a tubulação, antes de abri-la ou perfurá-la.
2.6.11 Use um procedimento de isolamento de equipamentos (ex., bloqueio e etiquetagem, sistema de
autorização de abertura de tubulação) para supervisionar as válvulas de controle de líquidos igníferos que
são fechadas para reparos ou outros procedimentos de manutenção.
2.6.12 Remova tubulações ou tanques não utilizados. Instale tampões nas extremidades abertas de
tubulações imediatamente. Drene totalmente e purgue equipamentos não utilizados dos quais não tenham
sido removidos todos os líquidos igníferos e seus vapores. Além disso, desconecte esses equipamentos de
qualquer equipamento ativo ao redor, e identifique claramente que eles estão desligados, de forma a
reduzir as chances de serem utilizados acidentalmente.
2.6.13 Realize inspeções regulares dos equipamentos de manuseio de líquido ignífero para procurar por
corrosão externa. Aumente a frequência de inspeção de equipamentos localizados em atmosferas
corrosivas.
2.6.14 Sistemas de tubulação
2.6.14.1 Inspecione e teste os sistemas de tubulação de acordo com a ASME B31.3 ou equivalente local.
Inclua nas inspeções todas as conexões de tubos (soldadas e flangeadas) e suportes de tubulação.
Realize todos os testes antes de pintar, isolar ou enterrar o sistema de tubulação.
2.6.14.2 Realize testes de pressurização em todos os sistemas de tubulação antes da introdução de
líquidos igníferos. Utilize um dos seguintes métodos:
A. Realize testes hidrostáticos, utilizando água como fluido de teste, em sistemas que não serão
afetados negativamente pela água e com pressões de projeto superiores a 0,07 barg (1 psig).
B. Para sistemas incompatíveis com água ou que tenham uma pressão de projeto inferior a 0,07 barg
(1 psig), use ar comprimido ou gás inerte para testar pneumaticamente o sistema. Testes pneumáticos
têm potencial de liberação de energia muito alto criado pelo uso de gás comprimido e só devem ser
utilizados quando não for possível fazer teste hidrostático.
2.6.15 Mantenha todas as portas corta-fogo internas normalmente fechadas.

2.7 Treinamento
2.7.1 Crie um programa de treinamento para todos os funcionários (inclusive operadores, membros do
grupo de resposta a emergências e pessoal de segurança) que trabalham com ou tenham acesso a áreas
que contenham ou processem líquidos igníferos. Projete e supervisione o programa de treinamento para
que cubra a complexidade das operações de processo e o nível de risco presente na unidade. Forneça
treinamento a todos os funcionários novos, assim como atualizações, conforme necessário, aos
funcionários atuais. No mínimo, inclua as seguintes informações no programa:
A. Os riscos criados pelos materiais em uso.
B. Operação e parada corretas de equipamentos em condições normais e emergenciais. Imprima e
publique procedimentos importantes para facilidade de consulta.
C. Procedimentos adequados de manuseio de materiais (por exemplo, aterramento e continuidade
elétrica, torneiras de fechamento automático, válvulas de alívio de segurança, etc.).
D. Operação e parada de sistemas de tubulação de líquidos igníferos, inclusive a localização de todas
as válvulas de bloqueio remotas e locais.
E. Procedimentos adequados de transferência de líquidos igníferos.
F. Localização, tipo correto e uso adequado de extintores de incêndio para o risco presente.
G. Operação e função de sistemas fixos de extinção de incêndio.

2.8 Fator humano


2.8.1 Estabeleça um plano de resposta a emergências em locais onde se manipulam ou processam
líquidos igníferos. Elabore o plano para:
A. Controlar a extensão dos danos devido a incêndio ou explosão garantindo, pelo menos, notificação
imediata aos bombeiros.
B. Desligar os sistemas de líquidos igníferos e combustíveis.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 36 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

C. Garantir a disponibilidade dos recursos de proteção contra incêndio existentes.


D. Criar procedimentos eficazes de limpeza e resposta a derramamentos.
2.8.1.1 Familiarize os membros da equipe de resposta a emergências da unidade e o corpo de bombeiros
local com a localização dos líquidos igníferos, bem como com o plano de resposta a emergências. Faça
simulações de resposta a emergências para reforçar os programas de treinamento dos funcionários e
auxiliar os bombeiros no planejamento pré-incêndio.
2.8.2 Organize as rondas de segurança de forma a incluir áreas onde se manipulam líquidos igníferos
durante períodos de inatividade. Treine o pessoal da segurança para garantir que todos os equipamentos
e válvulas que contenham ou controlem líquidos igníferos estejam desligados (como bombas, válvulas de
bloqueio de segurança, misturadores, etc.).
2.8.3 Mantenha altos padrões de limpeza e organização em áreas de armazenagem ou manuseio de
líquidos igníferos. Limpar derramamentos imediatamente. Mantenha resíduos em recipientes apropriados
certificados pela FM Approvals. Remova resíduos diariamente. Mantenha corredores adequados para
permitir movimentação de pessoas e acesso para combate a incêndio sem obstruções.
2.8.4 Consulte na Norma Técnica 9-18/17-18, Prevention of Freeze-ups, planos de prevenção contra
congelamento.

2.9 Controle de fontes de ignição


2.9.1 Instale equipamentos elétricos com classificação para local de risco de acordo com a Norma Técnica
5-1, Electrical Equipment in Hazardous (Classified) Locations, e com normas nacionais ou locais, se
manusear líquidos igníferos com ponto de fulgor igual ou menor que 38°C (100°F) ou qualquer líquido ignífero
aquecido acima de seu ponto de fulgor (inclusive as possíveis temperaturas ambientes).
2.9.1.1 Use equipamentos elétricos Classe I Divisão 1 (Zona 1 ou Zona 0) e Classe I Divisão 2 (Zona 2)
certificados pela FM Approvals em áreas definidas da seguinte maneira:
A. Áreas com menos de 19 L (5 gal) de líquido ignífero em um único recipiente ou equipamento
geralmente não exigem equipamentos elétricos classificados (exposição limitada).
B. Utilize as Figuras 2.9.1.1.B.1 ou 2.9.1.1.B.2 para áreas com 19 L a 265 L (5 gal a 70 gal) de líquido
ignífero em um único recipiente ou equipamento.
C. Utilize a Figura 2.9.1.1.C.1 ou 2.9.1.1.C.2 para áreas com mais de 265 L (70 gal) de líquido ignífero
em um único recipiente ou equipamento e com pressões inferiores a 7 barg (100 psig).
1. Não instale equipamentos elétricos com contatos (por exemplo, contatos com interrupção ou
deslizantes: motores, interruptores, disjuntores, etc.) diretamente acima ou dentro de um raio de 3 m
(10 ft) de áreas Classe I Divisão 1 (Zona 1, Zona 0).
2. Coloque lentes em luminárias para proteger as lâmpadas.
3. Proteja todos os equipamentos contra danos físicos.
4. Se equipamentos elétricos com contatos estiverem localizados acima de uma área Classe I Divisão 1
(Zona 1, Zona 0), enclausure os contatos em um compartimento de metal, purgando o compartimento
de acordo com a Norma Técnica 5-1, Electrical Equipment in Hazardous (Classified) Locations.
D. Utilize a Figura 2.9.1.1.C.1 para definir áreas Classe I, Divisão I (Zona 1, Zona 0) em edificações ou
salas onde tenha sido identificado risco de explosão. Defina o restante da sala ou edificação como área
de Classe I Divisão 2 (Zona 2) (do chão ao teto).
E. Estenda as classificações de áreas de risco até paredes sem aberturas protegidas, tais como portas
ou janelas. Como alternativa, mantenha diferença de pressão positiva entre salas com monitoração por
alarmes.
Obs.: Processos que usam líquidos igníferos em pressões mais altas do que as mencionadas acima não são
tratados por essas recomendações. Essas ocupações exigem uma revisão completa das condições de
processamento para determinar quais áreas exigem equipamentos elétricos classificados para área de risco.

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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 37

Fig. 2.9.1.1.B.1. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L (70 gal) de
líquidos igníferos em equipamentos abertos

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Página 38 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Fig. 2.9.1.1.B.2. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L (70 gal) de
líquidos igníferos em equipamentos fechados

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Fig. 2.9.1.1.C.1. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L (70 gal) de
líquido ignífero em equipamentos abertos

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Fig. 2.9.1.1.C.2. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L (70 gal) de
líquido ignífero em equipamentos fechados

2.9.1.2 Proíba estritamente o uso de qualquer equipamento portátil não classificado (inclusive
equipamentos de manutenção, equipamentos operados por bateria, etc.).
2.9.1.2.1 Dispositivos portáteis, de baixa tensão e operados por bateria que atendam aos requisitos da
prática recomendada ISA (RP) 12.12.03 - 2011, podem ser usados em locais de risco Classe I ou II, Divisão
2 ou Zona 2, caso dispositivos certificados pela FM Approvals ou listados não estejam disponíveis.
2.9.1.3 Equipamentos elétricos padrão são aceitáveis em áreas que manipulam líquidos igníferos não
aquecidos com ponto de fulgor de copo fechado igual ou maior que 38°C (100°F) ou em áreas não
subterrâneas que contenham somente tubulação de líquidos igníferos (ou seja, nenhum equipamento
associado, como bombas, válvulas, pontos de conexão e desconexão, filtros, tanques, etc.).
2.9.1.4 Se equipamentos elétricos portáteis não classificados precisarem ser introduzidos
temporariamente, siga as precauções de autorização de trabalho a quente. Assim como ocorre com outros
trabalhos a quente, se não for possível tomar as precauções, não emita a autorização e não use
equipamentos elétricos não classificados.
2.9.2 Providencie aterramento e continuidade elétrica para equipamentos que manipulam líquidos igníferos
aquecidos (pelas condições do ambiente ou do processo), de acordo com a Norma Técnica 5-8, Static
Electricity e a Norma Técnica 5-10, Protective Grounding for Electric Power Systems and Equipment.
2.9.2.1 Não fracione líquidos com ponto de fulgor abaixo de 38°C (100°F) de recipientes plásticos grandes.

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2.9.2.2 Avalie e providencie proteção contra geração de eletricidade estática em processos que envolvam
adição de pós em vasos. Utilize um sistema com aterramento e continuidade elétrica.
2.9.3 Proíba o fumo e o uso de chamas abertas em todas as salas ou edificações que exijam
equipamentos elétricos classificados para locais de risco. Afixe placas para definir áreas de risco e restrições
aplicáveis.
2.9.4 Instale sistemas de aquecimento que não contenham chamas abertas ou superfícies quentes, que
podem ser fontes de ignição. Use vapor ou água quente, fluido de transferência de calor orgânico ou
aquecimento elétrico classificado para locais de risco.
2.9.4.1 Aquecedores de ar de reposição com queima direta de gás natural ou óleo combustível são
aceitáveis se a unidade de aquecimento estiver localizada fora da sala ou edificação e não houver
recirculação de ar (ou seja, nenhum retorno de ar da sala para o equipamento de aquecimento).
2.9.4.2 Instale equipamentos de aquecimento com temperaturas de pelo menos 31°C (55°F) [diferença
de temperatura] abaixo do ponto de autoignição dos líquidos presentes na sala.
2.9.5 Evite que qualquer equipamento que possa produzir faísca (elétrica, estática, mecânica ou fricção),
chamas abertas ou superfícies quentes entre em contato com líquidos igníferos ou seus vapores. Faça
manutenção dos equipamentos para evitar a produção de faíscas ou pontos quentes devido ao desgaste ao
longo do tempo (por exemplo, equipamentos rotativos, como motores, agitadores, bombas).
2.9.6 Utilize empilhadeiras industriais certificadas pela FM Approvals para uso em áreas que requeiram
equipamentos elétricos Classe I, Divisão 1 ou 2 (Zona 0, 1 ou 2), conforme a Norma Técnica 7-39, Lift Trucks.
2.9.7 Não permita nenhum tipo de trabalho a quente em áreas de manuseio, processamento ou
armazenagem de líquidos igníferos. Transfira qualquer trabalho a quente para local não perigoso.
2.9.7.1 Quando a transferência não for possível , use um sistema de autorização documentado de acordo
com a Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de Trabalhos a Quente, para controlar estritamente todas as
operações de trabalho a quente.
2.9.7.2 Emita as autorizações somente após uma revisão completa de todo o trabalho proposto, os riscos
da área, e todas as precauções necessárias para prevenir incêndio ou explosão. Se não for possível
atender a todos os requisitos, não emita a autorização e não realize o trabalho.

3.0 AJUDA PARA RECOMENDAÇÕES

3.1 Introdução
A melhor proteção contra incêndios e explosões envolvendo líquidos igníferos é a eliminação de fontes de
combustível (ou seja, uso de líquidos substitutos para os igníferos). Se o combustível não puder ser
eliminado, limite a quantidade usada e projete os equipamentos de processo para evitar sua fuga e limitar
a quantidade perdida em caso de liberação (por exemplo, opere com a pressão mais baixa necessária para
fins de processo). A seguir estão considerações de projeto adicionais para reduzir a exposição criada por
uma ocupação de líquido ignífero e levar a um nível mais alto de proteção inerente:
• Equipamentos de construção incombustível
• Equipamentos projetados para conter/drenar líquidos igníferos
• Conexões de tubulação soldadas
• Separação física
• Edificações incombustíveis
• Drenagem e contenção organizadas para limitar o espalhamento de líquidos igníferos derramados
• Vazões de líquido mantidas no mínimo necessário
Os recursos de projeto que dependem da operação dos dispositivos de proteção podem reduzir a exposição
criada por um processo de líquido ignífero, mas só funcionam em resposta a um evento como liberação de
líquido ou incêndio. O uso desses dispositivos de proteção não substitui os recursos de segurança inerente
descritos acima. Alguns dispositivos de proteção estão listados abaixo:
• Válvulas de bloqueio de segurança
• Sprinklers automáticos ou proteção tipo dilúvio
• Sistemas de proteção especial
• Controles de processo corretamente projetados

3.1.1 Avaliação dos líquidos


A primeira etapa na avaliação de risco de incêndio ou explosão de um líquido é determinar se o líquido
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queima. Se o líquido não puder suportar combustão, ele não representará um risco de incêndio ou
explosão. A capacidade de um líquido de queimar é geralmente atrelada à existência de um ponto de
fulgor. No entanto, o ponto de fulgor sozinho nem sempre indica se um líquido é capaz de sustentar
combustão. Algumas soluções líquidas têm ponto de fulgor de copo fechado, mas nenhum ponto de
combustão (ou seja, a solução líquida não pode produzir vapor inflamável suficiente para permitir
combustão sustentada; a mistura de vapor produzida tem calor de combustão muito baixo e taxa de
liberação de calor lenta). Esse tipo de mistura não apresenta risco de incêndio, mas pode criar risco de
explosão dentro de equipamentos fechados.
Infelizmente, determinar se um líquido queimará pode ser difícil. As atuais práticas de rotulagem requeridas por
códigos de transporte e outras regulamentações são inconsistentes e podem apresentar erros. Convenções de
nomenclatura (ou seja, “inflamável” versus “combustível”) também podem sugerir que líquidos têm diferentes
riscos relativos de incêndio, quando, de fato, todos eles representam uma grave ameaça a uma edificação
quando queimam. Esta norma técnica trata desses líquidos, além de líquidos que códigos e/ou
regulamentações podem não abordar, como aqueles com ponto de fulgor acima de 93°C (200°F).
Duas medidas de gravidade do incêndio são a taxa de liberação de calor e a altura da chama. Para
incêndios em líquidos, a taxa de liberação de calor é controlada pela área superficial do líquido, pelo calor
de combustão do líquido e pela taxa de perda de massa do líquido. A altura da chama está associada à
taxa de liberação de calor do fogo. O calor de combustão e a taxa de perda de massa são propriedades
físicas do líquido. A área superficial disponível para queimar depende de vários fatores externos, como a
quantidade de líquido liberado, o método de liberação de líquido (liberação em spray, fluxo de líquido,
liberação de massa catastrófica), a superfície e a inclinação do piso (superfície áspera e/ou inclinação do
piso limitarão o espalhamento do líquido) e a construção de equipamentos ou tubulações (equipamentos
incombustíveis devidamente protegidos tendem a reter líquidos em um incêndio; equipamentos
combustíveis ou frágeis liberarão líquido em um incêndio, independentemente da proteção).
A abordagem acima para avaliar o risco de incêndio por líquido indica que hidrocarbonetos líquidos
produzirão taxas de liberação de calor comparáveis, independentemente do ponto de fulgor. Líquidos
igníferos de baixo ponto de fulgor são facilmente incendiados (vapor pode estar presente em temperatura
ambiente), enquanto líquidos igníferos de alto ponto de fulgor requerem aquecimento para que a ignição
ocorra, e o incêndio inicialmente continuará lentamente pela superfície do líquido. No entanto, depois de
incendiados, os dois tipos de líquido têm alto calor de combustão e produzirão rapidamente uma alta taxa
de liberação de calor (ou seja, incêndios produzirão altas temperaturas em um curto período). Como a taxa
de liberação de calor fornece uma medida da gravidade do incêndio, não faz sentido classificar
hidrocarbonetos líquidos apenas por seu ponto de fulgor.
O ponto de fulgor tem impacto na capacidade da proteção por sprinklers do teto de apagar incêndios em
poça. Testes da FM Global mostraram que sprinklers de teto foram bem-sucedidos em extinguir incêndios
em poça envolvendo líquidos com ponto de fulgor de copo fechado iguais ou maiores que 93°C (200°F). Os
testes analisaram óleo de selagem mineral com ponto de fulgor de copo fechado de 141°C (285°F). Esses
testes demonstraram claramente que líquidos com pontos de fulgor acima de 93°C (200°F) poderiam ser
incendiados com uma pequena fonte de ignição local (ou seja, ignitor de ponta) e o incêndio se espalharia
pela superfície da poça, mesmo com óleo não aquecido e sprinklers em operação. Os testes também
indicaram claramente qual era a taxa de descarga de água necessária para apagar o incêndio em poça.
Testes adicionais mostraram que líquidos com ponto de fulgor muito alto podem se incendiar localmente
mas não espalharão o fogo pela superfície de uma poça se ela não for aquecida, ou se a diferença entre o
ponto de fulgor de copo fechado a temperatura operacional for maior que 180°C (324°F). A única maneira
de fazer com que toda a superfície de líquido queime é cobri-la com um líquido de ponto de fulgor baixo.
Muito embora sprinklers tenham se mostrado eficazes contra incêndios de líquidos de alto ponto de fulgor,
eles não extinguirão nem controlarão um incêndio em forma de spray ou de derramamento tridimensional,
independentemente do ponto de fulgor do líquido. Até mesmo sistemas de proteção especiais, como
sistemas de sprinklers de água-espuma e espuma de ar comprimido, não são eficazes contra incêndios de
líquidos fluindo. Interromper o fluxo de líquidos igníferos durante um incêndio é fundamental para projetar
uma proteção contra incêndio que possa defender a ocupação e a edificação contra uma perda grave.
Outras propriedades do material/líquido que podem afetar o risco de incêndio de um líquido incluem
miscibilidade em água, misturas e emulsões do líquido, viscosidade do líquido, líquidos de ponto de ebulição
baixo (ou seja, ponto de ebulição abaixo de 38°C [100°F]) e líquidos mais pesados do que a água (ou seja,
densidade relativa maior que 1).
Por fim, vapores de líquidos igníferos podem formar misturas explosivas com o ar. Alguns líquidos são
instáveis ou muito reativos (por exemplo, queimam quando expostos ao ar sem uma fonte de ignição, são

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suscetíveis a aquecimento espontâneo, reagem violentamente com outros materiais, inclusive água). A
combinação dessas características cria um risco significativo de incêndio e/ou explosão.
Com base nas informações acima, os líquidos que queimam podem ser subdivididos em três grupos:
A. Líquidos que não podem ser extintos por sprinklers de teto (PF abaixo de 93°C [200°F], também
conhecidos como líquidos de ponto de fulgor baixo),
B. Líquidos que podem ser extintos por sprinklers de teto (ponto de fulgor igual ou maior que 93°C
[200°F], também conhecidos como líquidos de ponto de fulgor alto), ou densidade relativa maior que 1,
ou miscível em água], e
C. Líquidos com ponto de fulgor muito alto. Veja definição na Seção 2.1.3.1.
Esses três grupos juntos podem ser classificados como “líquidos igníferos”, ou seja, líquidos que queimam.

3.1.1.1 Risco de incêndio


A gravidade geral do risco depende da quantidade de líquido e da ocupação ao redor. Uma ocupação
altamente sensível, como, por exemplo, uma sala limpa, pode não tolerar nem mesmo alguns litros de
líquido em chamas. Por outro lado, uma ocupação geralmente incombustível com aspectos de construção
robustos, como, por exemplo, uma usina siderúrgica, pode ser capaz de tolerar um incêndio líquido
significativamente maior sem danos graves.
Um dos desafios de proteção para líquidos igníferos é que eles podem se espalhar, possibilitando que um
incêndio se desloque além do ponto de ignição. As consequências de uma condição anormal em processos
com líquidos igníferos dependem de vários fatores, como aqueles listados na Seção 3.1.
Seja qual for a quantidade de líquido ignífero, sempre faz sentido controlar sua liberação, limitar a possível
área de formação de poça e evitar sua ignição.
Incêndios em líquidos igníferos aumentam de intensidade com o aumento da poça. A gravidade do
incêndio será minimizada se o líquido ignífero puder ser contido no equipamento (exposição do
equipamento a incêndio) ou contido em uma pequena área de projeção no piso. Se o líquido ignífero for
liberado do equipamento e formar uma grande poça, existe a possibilidade de um grande incêndio que fará
com que todos os sprinklers expostos sejam acionados. As recomendações para recursos de proteção
contra incêndio passivos e ativos variam de acordo com a gravidade do possível risco de incêndio. O
objetivo desta norma técnica é limitar a quantidade de líquidos igníferos que possam estar envolvidos em
um incêndio.

3.1.1.2 Risco de explosão


Há risco de explosão em uma edificação, sala ou equipamento quando todos os seguintes elementos
estiverem presentes:
• Combustível
• Comburente
• Confinamento
• Fonte de ignição
• Dispersão do combustível
No caso de combustíveis líquidos, o líquido deve ser disperso como vapor ou névoa no ar para criar uma
mistura pré-misturada de ar e combustível dentro do intervalo inflamável. A dispersão de um líquido pode
ocorrer quando ele é aquecido e vapor é liberado, ou por meios mecânicos (ex., pulverização de líquido,
derramamento de líquido de uma elevação). Em ambos os casos, é necessário que haja mistura suficiente
de ar-combustível dentro do volume contido (edificação, sala ou equipamento) para criar uma sobrepressão
prejudicial quando ocorre a ignição.
O maior desafio quando se determina se um risco de explosão deve ser protegido é definir o cenário que
produz a combinação certa de condições. As condições que afetam a formação do risco de explosão
incluem:
• Quantidade de combustível liberada
• Taxa de vaporização do combustível
• Volume do compartimento

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• Movimento de ar dentro do compartimento


• Cenário de liberação (por exemplo, pulverização em alta pressão, derramamento tridimensional, perda de
contenção acima de um líquido em ebulição, vaporização de um líquido derramado)

3.1.2 Líquidos miscíveis em água


(Veja definição de “miscível em água” no Anexo A.)
Historicamente, pensava-se que líquidos igníferos miscíveis em água exigiam proteção significativamente
menor do que outros hidrocarbonetos líquidos, pois podem ser diluídos em água até um ponto em que
deixam de queimar. Líquidos miscíveis em água de fato têm em geral taxas mais baixas de liberação de
calor e baixa radiação de chamas (devido à produção limitada de fuligem). Além disso, conforme a
porcentagem de água da mistura aumenta, o ponto de fulgor e o ponto de combustão da mistura
aumentam, enquanto o calor de combustão e a taxa de liberação de calor diminuem. Em algum momento,
a mistura deixará de ter um ponto de combustão, mas ainda pode ter um ponto de fulgor. Misturas que não
têm ponto de combustão não queimarão. Por outro lado, se a mistura tiver ponto de combustão, ela
queimará e poderá criar um incêndio em poça. Infelizmente, isso significa que misturas líquidas com
quantidades limitadas de um líquido miscível em água e com ponto de combustão têm o potencial de criar
um incêndio em poça se a liberação de líquido não for controlada ou contida durante o incêndio. Isso pode
permitir que o incêndio se espalhe bem além da área de origem, mesmo se sua gravidade total for limitada
(ou seja, um incêndio em poça de álcool diluído não danificará a edificação). Misturas que tenham pontos
de combustão devem sempre ser consideradas líquidos igníferos.
Há apenas um pequeno número de líquidos igníferos que atendem à definição de miscível em água,
conforme apresentado nesta norma técnica. A maioria dos líquidos que atendem à definição são álcoois de
baixo peso molecular e acetona. Somente os líquidos listados na Tabela 2.1.2.2 devem ser considerados
miscíveis em água. Se um líquido for considerado miscível em água, essa hipótese deve ser confirmada
com testes de uma variedade de porcentagens de volume para demonstrar claramente sua capacidade de
se misturar em todas as proporções com água.
Líquidos miscíveis em água realmente se misturam com água. Porém, eles também são mais leves que a
água e, portanto, flutuam em sua superfície. A maior parte da mistura em um cenário de incêndio em poça
protegido por sprinklers provém do impacto da água dos sprinklers sobre a superfície do líquido. Testes em
escala real realizados pela FM Global mostraram que, embora a mistura ocorra, é um processo muito lento.
Alguns critérios de proteção recomendados para líquidos miscíveis em água como um grupo geral podem
ser reduzidos devido às baixas taxas de liberação de calor e da baixa radiação das chamas. Alguns
critérios de proteção (ex., requisitos de drenagem) podem ser reduzidos devido ao efeito de diluição de
água esperado. Os líquidos miscíveis em água não apresentam todos o mesmo risco de incêndio. Acetona
cria um risco de incêndio mais grave que álcool isopropílico (IPA). Infelizmente, os testes de incêndio
realizados até o momento só analisaram álcoois. Essa base de dados de testes permite o agrupamento de
álcoois miscíveis em água por porcentagem em volume. Uma série de testes de pequena escala indica que
acetona a 80% apresenta risco de incêndio semelhante a IPA a 100%. Como diferentes níveis de critérios
de proteção contra incêndio são possíveis para várias misturas de alguns líquidos miscíveis e água, as
misturas com riscos de incêndio similares foram agrupadas.

3.1.3 Emulsões
Há vários produtos que consistem em uma base aquosa misturada com várias porcentagens de líquidos
igníferos não miscíveis e sólidos. Muitos deles são emulsões (ou seja, o líquido ignífero não miscível não
se separa da mistura). Um exemplo comum desse tipo de produto é tinta ou revestimento à base de água.
Tintas látex geralmente têm pouco ou nenhum conteúdo de líquido ignífero. Algumas tintas mais novas têm
várias percentagens de líquidos igníferos em uma base aquosa. Os líquidos igníferos podem ser miscíveis
em água ou não. Testes em bancada em um grande número de tintas com até 20% de líquido ignífero não
miscível em água mostraram que esses materiais não apresentam risco mensurável de incêndio. Muitos
desses materiais não podem ser testados facilmente usando métodos de teste padrão de ponto de
combustão ou de ponto de fulgor. Porém, os esforços para incendiar quantidades maiores de líquidos do
que aquelas requeridas por esses testes também não conseguiram produzir nenhuma combustão
sustentada. Todas as emulsões não confirmadas com conteúdo de líquido ignífero devem ser testadas
para confirmar se o produto tem ponto de combustão.

3.1.4 Líquidos viscosos/misturas viscosas


Viscosidade é medida por vários tipos diferentes de testes. Muitas das medições foram elaboradas para tipos

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particulares de líquidos a temperaturas fixas. Não é possível fazer conversões entre a maioria das medições
de viscosidade. Uma unidade de viscosidade dinâmica (absoluta) é o centipoise (cP). Um cP é equivalente
a 0,01 g/cm-sec ou 6,72 x 104 lb/sec-ft. A viscosidade de alguns líquidos (a 21°C [70°F]) é:
• Água: 1,0 cP
• Gasolina: 0,65 cP
• Acetona: 0,35 cP
• Óleo lubrificante (SAE 10) 60 cP
• Glicerina: 1000 cP
• Mel: 10.000 cP
• Asfalto: >100,000 cP
Uma unidade de medida comum para a viscosidade cinemática (razão entre viscosidade dinâmica e
densidade) é centistokes (cSt). A 20°C (68°F), a água tem uma viscosidade cinemática de cerca de 1 cSt.
Um benefício importante dos líquidos viscosos é sua capacidade de fluxo reduzida. Líquidos altamente
viscosos resistirão ao fluxo livre, o que resulta em área superficial reduzida. Conforme discutido
anteriormente, a área superficial tem um impacto direto na gravidade de incêndio do líquido. Infelizmente, a
viscosidade de muitos materiais diminui a temperaturas elevadas. Como as atuais técnicas de medição de
viscosidade não apresentam viscosidade a temperaturas de incêndios, não é possível determinar uma
redução no risco de incêndio para materiais viscosos homogêneos.
Há outros líquidos que consistem em uma mistura de sólidos e um líquido ignífero. Em casos onde haja
alto teor de sólidos, espera-se uma redução no risco de incêndio. Líquidos com uma viscosidade de
10.000 cP e menos de 10% de líquido ignífero ou uma viscosidade de 100.000 cP e menos de 50% de
líquido ignífero, podem ser protegidos usando critérios de proteção reduzidos. Interpolação linear pode ser
usada para calcular o teor máximo de solvente para misturas com viscosidades entre 10.000 cP e
100.000 cP. Um exemplo é massa de reparo de automóveis, que consiste em um material de base viscosa
combinado com uma pequena quantidade de solvente de baixo ponto de fulgor.
Sistemas de drenagem de líquidos não são necessários para líquidos com viscosidade superior a 10.000 cP.
Embora esses líquidos possam ter uma redução na viscosidade quando expostos a um incêndio, se a
proteção por sprinklers for adequada, os líquidos devem esfriar rapidamente no piso. As características de
fluxo reduzido de líquidos altamente viscosos anulam a eficácia de sistemas de drenagem em sua remoção.

3.1.5 Líquidos com ponto de ebulição abaixo de 38°C (100°F)


Nenhum teste foi feito com esses líquidos. Seu baixo ponto de ebulição resulta em rápida vaporização
quando eles são liberados. Isso cria a possibilidade de formação de uma nuvem explosiva se o líquido for
derramado, ou o rápido aumento de pressão em um recipiente vedado exposto a incêndio. O impacto no
risco total de incêndio pode ser limitado. A rápida vaporização produz uma alta taxa de perda de massa que
reduzirá rapidamente a área da poça. Esses dois fatores podem ter seu impacto sobre a taxa total de
liberação de calor mutuamente anulado. As principais preocupações com esses líquidos são a prevenção de
uma grande liberação de líquido que pode resultar em uma explosão e a prevenção de sobrepressurização
do recipiente durante um incêndio.

3.1.6 Líquidos com densidade relativa acima de 1


Esses líquidos podem ser extinguidos por água se ela tiver oportunidade de se acumular sobre a superfície
do líquido. Drenagem de emergência do piso não é necessária para esse tipo de armazenagem de líquido,
desde que contenção adequada possa ser instalada para garantir o acúmulo de água sobre a superfície do
líquido ignífero.

3.1.7 Líquidos igníferos atípicos

3.1.7.1 Líquidos com ponto de fulgor muito alto


Com base nos resultados de vários programas de teste de pesquisa, a FM Global definiu um limite de ponto
de fulgor de copo fechado no qual os líquidos não suportarão o alastramento de incêndio em uma poça de
líquidos não aquecidos. Isso não significa que esses líquidos não queimarão. Na verdade, eles ainda
representam um grave risco de incêndio quando armazenados em pequenos recipientes plásticos em
embalagem de papelão, e quando são aquecidos em alguns casos.

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Os líquidos a seguir podem ser tratados como de alto ponto de fulgor:


A. Líquidos não aquecidos com ponto de fulgor igual ou maior que 212°C (414°F).
B. Líquidos aquecidos com ponto de fulgor igual ou maior que 212°C (414°F) com temperatura
operacional que atenda à seguinte equação:
Ponto de fulgor de copo fechado - temperatura operacional > 180°C (324°F).
C. Óleos vegetais e óleos de peixe com ponto de fulgor de copo fechado de no mínimo 232°C (450°F),
que são aquecidos a até 65°C (150°F).

3.1.7.2 Fluidos e emulsões de silicone


Historicamente, pensava-se que fluidos de silicone apresentavam um risco mínimo de incêndio, pois
acreditava-se que as cinzas de dióxido de silicone produzidas pela queima de fluidos de silicone cobririam
a superfície do líquido e extinguiriam o incêndio. Infelizmente, grandes incêndios em poça criam correntes
significativas de ar quente que afastam até mesmo as cinzas do dióxido de silicone da superfície líquida.
Testes de incêndio em pequena escala e em escala real de fluidos de silicone de viscosidade mais alta
mostraram que eles queimam e podem criar incêndios muito desafiadores. Os testes também mostraram
que taxas de descarga relativamente baixas dos sprinklers podem extinguir rapidamente alguns incêndios
em poça.

3.1.7.3 Tintas pastosas


Tintas pastosas são comumente utilizadas na indústria gráfica. Consistem geralmente em uma base de óleo
vegetal misturada com sólidos. Tintas pastosas reais não fluirão em temperatura ambiente sem a aplicação
de pressão. Incêndios que envolvem tinta pastosa são em geral localizados porque a tinta tende a acumular
no piso e não se espalha prontamente. Os critérios de proteção para tinta pastosa são apresentados na
Norma Técnica 7-96, Printing Plants.

3.1.7.4 Sistemas de embalagem de espuma de poliuretano à base de água


Sistemas de embalagem de poliuretano são usados em muitas fábricas para embalar produtos com um
revestimento seguro de espuma ao seu redor. Esses sistemas de poliuretano são à base de água e
consistem em dois componentes líquidos que, quando misturados, reagem para formar uma espuma de
poliuretano. Um dos componentes é poliol. Esse material é comumente listado com um ponto de fulgor em
sua ficha de informação de segurança de produtos químicos (FISPQ), mas vários testes de incêndio em
poça falharam em causar incêndio em poça. Ele não precisa ser considerado líquido ignífero. Quando
poliuretano é utilizado para manufaturar acolchoados para assentos ou outros produtos finais, o poliol é
comumente misturado com um óleo para criar uma espuma flexível. Essa versão do poliol queima e é um
líquido ignífero.
O segundo componente da embalagem de espuma é o polimetileno polifenil isocianato (PMDI). Esse é um
líquido ignífero, mas o risco de incêndio que ele cria é limitado. Se derramado, ele suportará a propagação
do incêndio pela superfície líquida e poderá liberar energia suficiente para ativar sprinklers. A descarga dos
sprinklers irá extinguir rapidamente o incêndio em poça. Porém, a liberação desse líquido em um armazém
geral resultará em uma fonte de ignição muito grande. A armazenagem de recipientes intermediários para
granel (IBCs) compostos de PMDI falhará rapidamente quando exposta a um incêndio de PMDI em poça.

3.1.7.5 Produtos à base de manteiga


Manteiga é uma emulsão macia amarela ou branca feita de gordura butírica, água, ar e às vezes sal. É feita
pela agitação do leite ou nata para uso em culinária ou como alimento.
Gordura butírica é a gordura natural do leite com o qual é feita a manteiga. Também é chamada gordura
de leite.
Testes de incêndio em gorduras butíricas demonstraram que essas gorduras não suportarão a dispersão
de fogo pela superfície de uma poça líquida. Em recipientes grandes, gordura butírica pode ser tratada
como líquido com ponto de fulgor muito alto. Isso também se aplica à gordura de leite.

3.1.7.6 Resina de poliéster insaturada (UPR)


UPR é uma mistura líquida com a maior parte do material sendo uma resina de ponto de fulgor mais alto
e várias quantidades de estireno, que leva a um ponto de fulgor mais baixo. Se a mistura tiver menos que
50% de estireno, as recomendações de proteção variarão. Caso contrário, avalie-a como líquido ignífero
utilizando o ponto de fulgor da mistura.

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UPR derramada queimará como uma poça no piso. Ela tende a se espalhar menos e tem uma dispersão de
chama mais lenta do que líquidos comuns de baixo ponto de fulgor. O aquecimento da UPR em um
recipiente de metal causará sua polimerização sem pressurizar significativamente o recipiente (ou seja,
o recipiente pode ventilar parcialmente sem criar danos por sobrepressão na edificação).

3.1.7.7 Misturas de propileno e etilenoglicol


Propileno e etilenoglicol são líquidos igníferos miscíveis em água, de alto ponto de fulgor (acima de 93°C
[200°F]). Uma grande vantagem desses líquidos em relação a outros líquidos de alto ponto de fulgor ou
líquidos miscíveis em água (do ponto de vista da proteção) é que eles perdem rapidamente seu ponto de
combustão por meio de diluição. Testes em bancada de etilenoglicol e de propilenoglicol mostraram que
eles perdem seu ponto de combustão depois de serem misturados com 20% de água em volume. Do ponto
de vista de incêndio em poça, isso é positivo. Se houver 80% em volume ou menos de glicol misturado com
água, ele não precisa ser tratado como líquido ignífero, pois os líquidos não queimarão quando estiverem
em uma poça no piso. Porém, essas misturas líquidas ainda podem afetar um incêndio enquanto estão na
superfície de materiais celulósicos em queima. Testes em escala intermediária de misturas de água e glicol
sendo descarregadas sobre paletes de madeira em combustão mostraram que misturas com mais de 35%
de glicol em volume aumentarão a taxa de queima dos paletes.
3.2 Construção e localização
O uso de líquidos igníferos cria vários cenários de incêndio diferentes. Sistemas de proteção contra
incêndio ativos (por exemplo, sprinklers automáticos, sistemas de proteção especiais) não podem ser
economicamente projetados para cobrir todos os possíveis cenários de incêndio em líquidos igníferos.
Esquemas de proteção passiva (por exemplo, isolamento, aspectos de construção, drenagem) fornecem
a última linha de defesa contra a propagação não controlada de incêndios de líquidos igníferos, caso
sistemas de proteção ativos não consigam controlar o incêndio. A não incorporação de esquemas de
proteção passiva em instalações de uso de líquidos igníferos aumenta significativamente a probabilidade de
um incêndio por líquidos igníferos ficar fora de controle.
As exposições (incêndio e explosão) criadas por ocupações com líquidos igníferos podem ser efetivamente
limitadas pelo uso de separação física, construção incombustível, construção limitadora de danos,
contenção e drenagem de emergência.

3.2.1 Geral
O método menos perigoso de transferência de grandes quantidades de líquidos igníferos em instalações
é o uso de um sistema de tubulação fechado bem projetado e com boa manutenção. Como esses sistemas
são utilizados para transferir grandes quantidades de líquidos igníferos (às vezes sob alta pressão), uma
falha em um componente do sistema pode produzir uma liberação mensurável de líquido e criar a
possibilidade de um grande incêndio de líquidos igníferos. Muitas falhas na tubulação ocorrem devido a
erros de projeto, operação defeituosa ou manutenção inadequada do sistema. O projeto do sistema de
tubulação deve considerar a localização, a organização, os materiais, as conexões, a flexibilidade,
o aquecimento, as válvulas, a inspeção e os testes. Por meio de um projeto adequado, um nível mais alto
de prevenção inerente contra vazamento ou liberação pode ser incorporado a um sistema de tubulação.

3.2.2 Sistemas de tubulação


A integridade de um sistema de tubulação pode ser ameaçada por danos físicos, efeitos ambientais (ex.,
corrosão, vento, congelamento), condições operacionais (ex., temperaturas altas e baixas, alta pressão),
e exposições externas a fogo. A localização e configuração adequadas de um sistema de tubulação podem
limitar ou prevenir todo risco exceto danos por condições operacionais. Os sistemas de tubulação também
podem criar uma exposição para edificações e instalações importantes. Limitar o potencial de danos físicos,
ambientais e externos por incêndio, bem como instalar sistemas de tubulação externamente a edificações ou
estruturas ou limitar a quantidade de tubulações internas, reduz a exposição de edificações ou instalações.
Tubulações localizadas dentro de edificações sem acesso para inspeções (por exemplo, em um espaço
confinado) ou abaixo do nível térreo (por exemplo, porões) podem aumentar o potencial de incêndio sem
controle em líquidos igníferos. Tubulações inacessíveis não podem ser inspecionadas quanto a corrosão ou
vazamentos nas conexões. Esses problemas podem não ser identificados antes que uma grande
quantidade de líquido tenha sido liberada ou antes que o tubo rompa. Um vazamento em um porão
desocupado pode não ser notado. Qualquer vazamento que sofra ignição em um porão não pode ser
atacado de maneira eficiente por combate manual a incêndios. A instalação de uma proteção ao redor do
tubo o preservará contra corrosão, conterá vazamentos e permitirá a inspeção de vazamentos (dreno de
ponto baixo acessível).

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Página 48 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

3.2.3 Materiais de tubulação


Um segundo método para garantir a integridade das tubulações é o uso de materiais de construção
adequados. Os tubos devem ser:
A. Resistentes ao líquido que contêm;
B. Projetados para as condições máximas de operação do sistema;
C. Resistentes a danos físicos (por exemplo, choque mecânico); e
D. Resistentes a danos térmicos, incluindo choque térmico causado por mudanças bruscas de
temperatura e exposição a fogo externo.
Tubos de aço sem emendas são fabricados sem soldagem. São tubos de alta qualidade, pois não
dependem de soldas boas e consistentes. A ausência de emendas soldadas reduz a probabilidade de
ruptura do tubo sob condições operacionais extremas. Esse tipo de tubo deve ser considerado para
sistemas que sofrem condições cíclicas severas (por exemplo, a pressão do sistema hidráulico pode variar
de baixa para alta muitas vezes por dia) e onde uma falha do sistema de tubulação exporia uma edificação
ou estrutura importante.
O uso de materiais frágeis, de baixo ponto de fusão ou combustíveis pode produzir uma falha completa do
tubo durante operações normais, o que pode levar a uma exposição significativa de edificações ou
estruturas (por exemplo, risco de incêndio ou explosão) ou a falhas durante um incêndio, aumentando muito
a gravidade do incêndio (por exemplo, fornecendo combustível adicional ao fogo).
3.2.4 Conexões de tubos
As conexões entre seções de tubos ou entre tubos e equipamentos podem criar pontos fracos (ou seja,
pontos de possíveis vazamentos) em um sistema de tubulação. O ideal é que as conexões utilizadas
tenham as mesmas qualidades do tubo (por exemplo, compatibilidade, resistência, flexibilidade). Na
realidade, as conexões podem variar significativamente em resistência, flexibilidade e confiabilidade.
A conexão de melhor qualidade para tubulação é a soldada. As conexões soldadas têm alta resistência,
peso leve, baixa manutenção e baixo custo para tubos de grandes diâmetros. Juntas soldadas, porém, são
mais difíceis de produzir e, uma vez feitas, requerem cortes para desconexão. Para facilitar a manutenção
(reparo e substituição) de equipamentos, não use conexões soldadas para conectar tubulações a tanques,
bombas ou outros equipamentos que exigiriam manutenção. Conexões com solda de topo têm a mesma
resistência que o tubo. Conexões com solda de soquete não são tão fortes quanto o tubo e são suscetíveis
a corrosão intersticial (o soquete permite o acúmulo de líquido).
Conexões flangeadas facilitam a montagem e desmontagem dos sistemas de tubulação, não requerem
ferramentas especiais e podem ser usadas sem chama aberta. Esse tipo de junta também permitirá a
instalação de flanges cegos nas extremidades dos tubos para futura expansão. Conexões flangeadas
requerem instalação e manutenção cuidadosas, são mais pesadas do que conexões soldadas, ocupam
mais espaço e introduzem dois possíveis pontos fracos em cada conexão (as conexões do flange às
gaxetas). Os flanges podem ser instalados com solda de topo ou por sobreposição. Flanges unidos por
solda de topo precisam de apenas uma solda, são de alta resistência e não introduzem um segundo ponto
fraco na conexão. Flanges sobrepostos são conectados ao tubo com duas soldas de filetes e têm uma
resistência menor que o do tipo unido por solda de topo.
A gaxeta utilizada com uma junta flangeada precisa ser projetada para suportar tanto as condições
operacionais (ex., pressão, temperatura, material manipulado) quanto as possíveis exposições externas (ex.,
incêndio). As gaxetas também devem resistir à falha total (por exemplo, extrusão da gaxeta para fora do
flange, criando uma liberação de grandes proporções). Gaxetas espirotálicas com enchimentos
incombustíveis, gaxetas de juntas de anéis metálicos e gaxetas de grafite (sem enchimentos ou resinas
orgânicos) resistem a falha total e não se decompõem quando expostas a um incêndio externo. As gaxetas
de juntas de anéis metálicos fornecem a melhor proteção e são as mais caras de usar.
Conexões roscadas são comumente usadas para tubos de tamanhos pequenos (50 mm [2 in] ou menores)
e são facilmente produzidas no campo. Essas conexões são de baixa resistência, pois a espessura da
parede do tubo é reduzida durante o rosqueamento. Uma conexão roscada é suscetível a corrosão
intersticial e não resistirá a condições cíclicas severas. O lubrificante de rosca deve ser compatível com o
líquido em uso. As conexões roscadas só devem ser usadas em áreas ou com materiais que apresentem
exposições limitadas.

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Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 49

3.3 Ocupação

3.3.1 Organização e limpeza geral


O nível da organização e limpeza geral em uma área onde se usam líquidos igníferos pode afetar tanto a
probabilidade quanto as consequências de um incêndio. Trapos usados podem se inflamar
espontaneamente. Grandes áreas de depósitos de materiais combustíveis podem fazer com que um grande
número de sprinklers funcione.

3.3.2 Ventilação
Líquidos igníferos não queimam, e sim os vapores que eles produzem. A pressão de vapor do líquido
determinará quanto vapor será criado a várias temperaturas. Quanto mais vapor presente, maior a chance
de ignição. Vapores inflamáveis são geralmente mais pesados que o ar e têm propriedades de fluidos que
permitem sua movimentação no nível do piso e acúmulo em pontos baixos. O vapor não incendiará a menos
que esteja dentro de seus limites inflamáveis. Se ele alcançar seu limite inferior de explosividade e estiver
confinado, causará uma explosão. Líquidos com alta pressão de vapor produzirão uma quantidade de vapor
suficiente para queimar em temperatura ambiente. Líquidos com baixa pressão de vapor requerem calor
para produzir vapor suficiente para ignição. Em geral, líquidos de baixo ponto de fulgor têm altas pressões
de vapor e líquidos de ponto de fulgor alto têm baixas pressões de vapor.
Sistemas de exaustão são projetados para confinar, diluir e remover a quantidade normal máxima de vapores
inflamáveis liberados por equipamentos e manuseio de líquidos igníferos durante operações normais.
Ventilação no nível do piso adequadamente projetada reduzirá a possibilidade de acúmulo de mistura ar-vapor
inflamável na área de processo por meio da diluição do vapor inflamável com ar para evitar que a concentração
atinja o limite inferior de explosividade. A liberação excessiva de vapor causada por falha em equipamentos
(ruptura do tubo, liberação de uma válvula de alívio), descarga acidental de líquidos igníferos aquecidos
(derramamento de tambor ou tanque) ou reação química não controlada (alívio de um reator) não pode ser
devidamente protegida pelas taxas de ventilação apresentadas nesta norma técnica. Está fora do escopo deste
documento projetar um sistema de ventilação para remover grandes liberações de vapor.
As tomadas de ar para o sistema precisam estar no nível do piso e em pontos baixos para evitar a formação
de bolsas de vapor dentro da sala. A necessidade de ventilação mecânica positiva é determinada pelo
líquido em uso e pelas condições de processo.
Em geral, líquidos com ponto de fulgor abaixo de 38°C (100°F) produzem vapor em temperatura ambiente
em quantidades suficientes para exigir ventilação mecânica. Qualquer líquido com ponto de fulgor de até
150°C (300°F) aquecido até seu ponto de fulgor precisará de ventilação mecânica. As taxas específicas de
ventilação mecânica necessárias para evitar que um vapor inflamável atinja seu limite inferior de
explosividade podem ser calculadas usando a Norma Técnica 6-9, Industrial Ovens and Dryers.

3.4 Proteção
Sprinklers automáticos fornecem proteção eficaz contra riscos de incêndio por líquidos igníferos em
ambientes internos. Eles são o principal meio de evitar danos graves a edificações, processos e ativos.
A proteção por sprinklers pode extinguir incêndios em líquidos:
A. Com pontos de fulgor acima de 93°C (200°F) ao resfriar o líquido abaixo de seu ponto de combustão.
(Obs.: Isso se aplica somente a incêndios em poça com líquidos não aquecidos e interrupção
automática do suprimento de líquido.)
B. Que são mais pesados do que a água, abafando o fogo.
C. Que são miscíveis em água, diluindo o líquido até o ponto em que ele não tenha mais um ponto de
combustão.
Incêndios em líquidos com ponto de fulgor abaixo de 93°C (200°F) não podem ser extinguidos com
sprinklers. No entanto, os sprinklers irão evitar danos às estruturas e equipamentos pelo resfriamento.
É necessária uma cobertura completa por sprinklers (por exemplo, abaixo de tanques, mezaninos e outras
obstruções) para garantir resfriamento adequado e evitar colapso devido ao superaquecimento do aço.
Incêndios tridimensionais e em forma de spray produzem uma taxa de liberação de calor muito mais alta do
que um incêndio em poça, pois o líquido é vaporizado a uma taxa maior. A possibilidade de danos térmicos
desses tipos de incêndios é alta. Os projetos de sprinklers apresentados nesta norma técnica não foram
idealizados para proteger fábricas de produtos químicos ou incêndios em forma de spray (por exemplo, óleo
hidráulico).

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 50 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

3.5 Equipamentos e processos

3.5.1 Geral
Equipamentos projetados para manusear líquidos igníferos devem confinar o líquido e o vapor, limitar
o vazamento e o tamanho do derramamento e remover os líquidos que escapam em uma emergência.
Processos que requerem que líquidos igníferos sejam usados sem confinamento devem ter equipamentos
que limitem a área superficial exposta do líquido para reduzir a chance de ignição e limitar o possível
tamanho do incêndio. Os equipamentos também devem ser projetados para suportar todas as condições
de processo esperadas (por exemplo, pressão, temperatura, etc.), bem como exposições externas (por
exemplo, dano físico, exposição a incêndio, atmosferas corrosivas).

3.5.2 Válvulas de bloqueio de segurança em sistemas de tubulação


Os sistemas de tubulação de líquido ignífero precisam de válvulas para controlar a operação do sistema,
bem como para fornecer um meio de interromper a operação em caso de incêndio ou vazamento. Cada
sistema de tubulação é diferente e exige diferentes configurações de válvulas de controle e de bloqueio de
segurança. A localização e operação de cada tipo de válvula do sistema de tubulação devem sem
determinadas com base na sua necessidade de controle e da possível exposição criada por um vazamento.
Válvulas de controle e de bloqueio de segurança precisam ser feitas com materiais resistentes ao líquido
sendo manipulado, assim como ao ambiente no qual estão instaladas. Assim como as tubulações, as
válvulas também devem ser resistentes a danos mecânicos.
As válvulas de controle permitem o controle da direção do fluxo, das vazões, das sequências de entrega e
de isolamento de equipamentos durante as operações de manutenção. A localização e a disposição dessas
válvulas dependerão da complexidade do sistema de tubulação. Válvulas fabricadas de maneira que permita
a determinação visual positiva de seu status (por exemplo, aberta, fechada) reduzirão possíveis confusões.
O melhor meio para limitar a gravidade de um incêndio em líquidos igníferos é reduzir a quantidade de
líquido que alimenta o fogo (ou seja, remover ou limitar o suprimento de combustível). Válvulas de bloqueio
de segurança isolarão a fonte de líquido, interromperão o fluxo e evitarão a liberação de líquidos estocados
em caso de incêndio ou vazamento. A maioria dos sistemas de tubulação de líquido ignífero precisa de pelo
menos duas válvulas de bloqueio de segurança se o suprimento de líquido e o ponto de uso estiverem em
áreas de incêndio diferentes (por exemplo, tanque de armazenagem externo conectado a um ponto de uso
dentro de uma edificação). A válvula de bloqueio de segurança na origem permite a interrupção do
suprimento de líquido em caso de vazamento no ponto de uso ou no tanque de suprimento. Uma válvula de
bloqueio de segurança no ponto de uso permite a interrupção imediata do fluxo do líquido.

3.5.3 Sistemas de transferência de líquidos

3.5.3.1 Transferência por bombeamento


São comuns os sistemas de bombeamento para operações de transferência de líquidos igníferos. Eles
podem ser desativados facilmente apenas com o desligamento da bomba. Bombas de deslocamento positivo
permitem a interrupção total do fluxo de líquido. Bombas centrífugas, quando desligadas, ainda podem
permitir fluxo devido a gravidade ou sifonamento.
Bombas são possíveis pontos de vazamento. As partes rotativas e os selos aumentam as chances de
vazamento. Devido à possibilidade de vazamento, considera-se que as bombas apresentam risco de
incêndio em líquido ignífero e também podem criar risco de explosão na sala. O tamanho do risco de
incêndio dependerá das condições operacionais da bomba ou bombas. Pressões altas (aproximadamente
maior que 7 bar g [100 psig]) ou vazões altas (aproximadamente maior que 23 m³/h [100 gpm]) criarão um
risco maior de incêndio. Ambas liberarão altas quantidades de líquidos igníferos em caso de vazamento.
Sistemas que operam em pressões e vazões mais baixas criam menos perigo. A instalação de um sistema
de proteção por spray de água pode reduzir o risco de incêndio. A exposição de edificações e instalações
importantes também será afetada pela drenagem disponível para direcionar derramamentos para longe da
edificação. As bombas instaladas dentro de salas isoladas devem ser avaliadas com base nos riscos
presentes (ex., risco de incêndio de líquidos igníferos, risco de explosão da sala) e protegidas de acordo.

3.5.3.2 Transferência por gravidade


Sistemas por gravidade não são facilmente controlados porque a força de acionamento não pode ser
desligada. Deve-se dar ênfase extra à instalação de válvulas de controle e de bloqueio de segurança para
garantir que o líquido não seja liberado durante um incêndio e para permitir a interrupção completa do fluxo
de líquido em caso de vazamento. Sistemas por gravidade são mais adequados para sistemas pequenos,
pois não criam um derramamento tão grande.

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3.5.3.3 Transferência por gás inerte


Sistemas de transferência por pressão de gás exigem o uso de vasos de pressão. O projeto adequado dos
componentes do sistema para as pressões de operação é necessário para limitar o potencial de falha do
vaso. Use somente gás inerte nesse tipo de sistema. Ar comprimido aumenta o potencial de explosão de
ar-vapor por meio do aumento da concentração de oxigênio, o que aumentará os limites inflamáveis do
vapor. O uso de gás inerte eliminará o potencial de explosão de ar-vapor dentro do vaso. Um sistema de
transferência por gás inerte precisa ser adequadamente projetado para permitir o controle adequado do
fluxo do líquido em caso de incêndio ou vazamento. Uma grande liberação de líquido é possível no caso
de vazamento, pois o sistema está constantemente pressurizado com gás comprimido.

3.5.3.4 Estações de carga e descarga


Líquidos igníferos são comumente adquiridos em grandes quantidades. Os líquidos são entregues a
instalações industriais em vagões, caminhões-tanque e barcaças. A capacidade de transporte pode variar
muito. Caminhões-tanque e vagões precisam atender às normas do DOT (Departamento de Transportes
dos EUA) ou equivalente. Estações de carga e descarga apresentam possibilidade de vazamento devido
ao uso de tanques portáteis e o potencial de presença de uma fonte de ignição é aumentado (por exemplo,
motores de caminhão, correntes de fuga). Além da separação física, diques, drenagem, proteções de
equipamentos, controle de fontes de ignição, treinamento de funcionários e boas práticas de manutenção,
deve-se considerar proteção contra movimentos inesperados (por exemplo, se o vagão se afasta enquanto
estiver conectado).

3.6 Operação e manutenção


Um amplo programa de manutenção é componente fundamental de qualquer processo que use líquidos
igníferos. Ele contribui para reduzir a possibilidade de incêndio ou explosão, bem como a frequência e a
gravidade dessas ocorrências. Conforme aumenta a complexidade dos processos com líquidos igníferos,
torna-se essencial o estabelecimento de programas rígidos de manutenção de equipamentos para a
operação adequada do processo. Programe as manutenções de maneira que atendam às necessidades
específicas das instalações.
Um sistema de tubulação projetado para transportar líquidos igníferos precisa ser totalmente inspecionado e
testado antes de ser colocado em serviço, para garantir que suportará as condições operacionais esperadas.
Inspeção e teste também permitem verificar a conformidade com o projeto e a existência de vazamentos ao
usar um fluido de baixo risco (por exemplo, água).
Os testes devem ser definidos de forma a garantir a resistência adequada do sistema em condições
operacionais máximas. Eles não devem introduzir materiais na tubulação que sejam incompatíveis com
o material a ser manuseado, e devem ser feitos antes que os tubos sejam cobertos com isolamento ou
enterrado para permitir a inspeção de todas as conexões quanto a vazamentos. Evite testes pneumáticos
a menos que nenhuma outra opção esteja disponível, devido ao aumento do risco que os gases comprimidos
criam.

3.7 Controle de fontes de ignição


A remoção do combustível evitará incêndios, assim como a eliminação de fontes de ignição. Na maioria dos
casos, é impossível controlar completamente todas as fontes de ignição, mas pode-se remover e controlar as
fontes prontamente identificáveis. Algumas fontes de ignição comuns são:
• Equipamentos elétricos
• Carga estática
• Correntes de fuga
• Equipamentos de processo
• Equipamentos de aquecimento
• Equipamentos de movimentação de materiais
• Fumo
• Operações de manutenção
Cada área deve ser revisada não apenas durante o projeto da instalação, mas regularmente durante sua
operação para reduzir a possibilidade de criar uma fonte de ignição na presença de vapor inflamável.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
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4.0 REFERÊNCIAS

4.1 FM Global
Norma Técnica 1-2, Earthquakes
Norma Técnica 1-12, Ceilings and Concealed Spaces
Norma Técnica 1-29, Roof Deck Securement and Above-Deck Roof Components
Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction
Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos
Norma Técnica 4-0, Special Protection Systems
Norma Técnica 4-2, Water Mist Systems
Norma Técnica 4-1N, Fixed Water Spray Systems for Fire Protection
Norma Técnica 4-12, Foam-Water Sprinkler Systems
Norma Técnica 5-1, Electrical Equipment in Hazardous (Classified) Locations
Norma Técnica 5-8, Static Electricity
Norma Técnica 5-10, Protective Grounding for Electric Power Systems and Equipment
Norma Técnica 6-9, Industrial Ovens and Dryers
Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants
Norma Técnica 7-17, Explosion Protection Systems
Norma Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis
Norma Técnica 7-37, Cutting Oils
Norma Técnica 7-39, Lift Trucks
Norma Técnica 7-59, Inerting and Purging of Tanks, Process Vessels, and Equipment
Norma Técnica 7-78, Industrial Exhaust Systems
Norma Técnica 7-79, Fire Protection for Steam Turbines and Electrical Generators
Norma Técnica 7-83, Drainage and Containment Systems for Ignitable Liquids
Norma Técnica 7-88, Outdoor Ignitable Liquid Storage Tanks
Norma Técnica 7-98, Hydraulic Fluids
Norma Técnica 7-99, Heat Transfer by Organic and Synthetic Fluids
Norma Técnica 7-101, Fire Protection for Steam Turbines and Electrical Generators
Norma Técnica 9-0/17-0, Maintenance and Inspection
Norma Técnica 9-18/17-18, Prevention of Freeze-Ups
Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de Trabalhos a Quente
4.2 Outras
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Scheme for the Identification of Piping Systems. ASME
A13.1.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Buttwelding Ends. Standard B16.25.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Pipe Flanges and Flanged Fittings. Standard B16.5.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Process Piping. Standard B31.3.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Methods of Fire Tests of Door Assemblies. ASTM E152.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Specification for Alloy-Steel and Stainless
Steel Bolting for High Temperature or High Pressure Service and Other Special Purpose Applications. ASTM
A193/A193M 10a.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Specification for Carbon and Alloy Steel Nuts
for Bolts for High Pressure and High Temperature Service, or Both. ASTM A194/A194M 10a.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Test Method for Flash Point by Tag Closed
Tester. ASTM D56.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Test Methods for Flash Point by Pensky-
Martens Closed-cup Tester. ASTM D93.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Test Methods for Fire Tests of Building
Construction and Materials. ASTM E119.
Organização Internacional para Normalização (ISO). Determination of Flash Point - Pensky-Martens Closed-
cup Method. ISO 2719.
International Society of Automation. ISA 12.12.03-2011. Standard for Portable Electronic Products Suitable
for Use in Class I and II, Division 2, Class 1 Zone 2 and Class III, Division 1 and 2 Hazadous (classified)
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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 53

Locations.
National Fire Protection Association (NFPA). Guide for Venting of Deflagrations. NFPA 68.
National Fire Protection Association (NFPA). National Electrical Code. NFPA 70.
United States Government, Department of Transportation (USDOT). Transportation. Code of Federal
Regulations (CFR) Title 49.

ANEXO A GLOSSÁRIO DE TERMOS


Armário de armazenagem de líquidos igníferos: Esses armários servem para armazenagem de líquidos
igníferos em recipientes que não excedam a capacidade de 210 L (55 gal). A capacidade total do armário é
limitada a 455 L (120 gal). A armazenagem máxima de líquidos em tambores é limitada para tambores em pé
para impedir vazamento por bocais. Os armários certificados pela FM Approvals têm uma bandeja de
contenção estanque de 51 mm (2 in) de profundidade. Cada armário também passou em um teste de
exposição a incêndio de 10 minutos, de acordo com uma relação de tempo-temperatura descrita na ASTM
E152 em que a temperatura interna (no centro superior) não pode exceder 163°C (325°F). Mais detalhes são
fornecidos no Approval Guide.
Armário externo para armazenagem de líquidos igníferos: Unidade de armazenagem para recipientes
de líquidos igníferos de diferentes tamanhos que não permite a entrada de pessoas. Esses armários são
certificados pela FM Approvals somente para uso em áreas externas.
Calor de combustão: A quantidade de calor liberado quando uma quantidade unitária de combustível é
oxidada completamente para produzir produtos finais estáveis. A medição em geral é feita por uma bomba
calorimétrica de oxigênio. Um termo semelhante é o calor químico de combustão, que representa a
quantidade de calor liberado quando uma quantidade unitária de combustível é queimada no ar. O calor
químico de combustão é menor que o calor de combustão devido à ineficiência do processo de combustão
em ar.
Categorias de construção de paredes:
• Combustível: Parede feita de qualquer material combustível, qualquer painel sanduíche com isolamento
plástico e faces metálicas que não seja certificado pela FM Approvals e qualquer parede com janelas de
vidro recozido (não temperado) simples.
• Incombustível: Materiais como painéis sanduíche de aço ou com faces de aço ou alumínio isolados
Classe I certificados pela FM Approvals com isolamento plástico termofixo; sistema de isolamento e
acabamento exterior (EIFS) com isolamento incombustível e revestimento com placas de gesso; e
painéis de alumínio ou de aço não isolados ou isolados com isolamento incombustível, como fibra de
vidro, lã mineral ou vidro expandido. Também estão incluídos painéis cimentícios sobre aço ou madeira.
Todas as janelas devem ter vários painéis ou usar vidro temperado.
• Resistente ao fogo: Parede que atende à resistência a fogo requerida conforme a Norma Técnica 1-21,
Fire Resistance of Building Assemblies. Qualquer abertura deve ser protegida por uma porta corta-fogo
com resistência semelhante. Todas as janelas devem ter resistência ao fogo igual à da parede.
Certificado pela FM Approvals: As referências a “certificado pela FM Approvals” nesta norma técnica
significam que o produto ou o serviço atenderam aos critérios de certificação da FM Approvals. Consulte o
Approval Guide, um recurso on-line da FM Approvals, para ver uma listagem completa de produtos e
serviços certificados pela FM Approvals.
Contêiner de armazenagem para recipientes intermediários para granel (IBCs): Unidade de contenção
projetada para:
A. Reter o volume total de um recipiente intermediário para granel (IBC) mais 10%.
B. Evitar que qualquer vazamento escape da unidade (ex., evitar que um vazamento no IBC se
espalhe ao lado da unidade).
C. Limitar a extensão máxima do derramamento a uma área de 1,5 m² (17 ft²) para limitar o tamanho total
do incêndio.
D. Conter o líquido enquanto ele queima.
Pode ser utilizado em uma área de produção sem proteção para líquidos igníferos. O uso dessa unidade
elimina a necessidade de drenagem e contenção adicionais na área.
Controle de incêndio: Ato de limitar o tamanho de um incêndio distribuindo a água para diminuir a taxa

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
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de liberação de calor e pré-umedecer combustíveis adjacentes, enquanto se controlam as temperaturas


do gás no teto para evitar danos estruturais.
Densidade do vapor: O peso de um volume de vapor ou gás puro (sem presença de ar) comparado ao
peso de um volume igual de ar seco na mesma temperatura e pressão. É calculada como a razão entre o
peso molecular do gás e o peso molecular médio do ar, 29. Um valor de densidade do vapor menor que
um indica que o vapor é mais leve que o ar. Um valor maior que um indica que o vapor é mais pesado que
o ar.
Densidade relativa: A razão do peso da substância para o peso do mesmo volume de outra substância. A
densidade relativa para líquidos igníferos é calculada usando água como base. Densidades relativas
inferiores a um indicam que o líquido flutuará na água, enquanto densidades relativas maiores que um
indicam que o líquido afundará na água. Essa informação permite determinar qual efeito a água terá em
um incêndio de líquidos igníferos. Líquidos mais pesados do que a água afundarão, indicando que a água
pode apagar um incêndio envolvendo esse líquido (cobrindo o líquido e abafando o fogo). Líquidos mais
leves que a água flutuarão, indicando que o incêndio não seria apagado, mas pode ser espalhado pela
água se não houver drenagem adequada.
Edificação pré-fabricada de armazenagem de líquidos igníferos (PILSB): Uma estrutura projetada para
fornecer uma área de armazenagem segura e protegida com contenção secundária para produtos químicos e
materiais de resíduos perigosos. Eles são projetados para armazenagem interna e externa e para o
fracionamento de líquidos igníferos. Edificações certificadas pela FM Approvals são normalmente de construção
incombustível e algumas são de construção resistente ao fogo. Mais detalhes são fornecidos no Approval Guide.
Emulsão: Uma mistura estável de dois ou mais líquidos não miscíveis mantidos em suspensão por
pequenas porcentagens de substâncias chamadas emulsificantes.
Extinção do incêndio: Quando o processo de combustão é completamente interrompido. Como informado
abaixo em Supressão de incêndio, sprinklers de teto somente com água não podem apagar incêndios de
líquidos com baixo ponto de fulgor. Um sistema de proteção especial, como um sistema de sprinklers de
água-espuma, pode ser capaz de apagar incêndios em líquidos igníferos (consulte a Seção 2.4.8 e o
Anexo A, Sistemas de sprinklers de água-espuma).
Inertização: A manutenção de uma atmosfera inerte por um longo tempo em um espaço confinado.
Limite inflamável (explosivo)/Intervalo inflamável (explosivo): Os termos “inflamável” e “explosivo” são
intercambiáveis porque vapor não confinado misturado com ar queima, enquanto vapor confinado produz
explosão.
Líquido estável: Um líquido que não reage nem polimeriza por si só.
Líquido ignífero: Qualquer líquido ou mistura líquida que tem um ponto de fulgor mensurável. O risco de
um líquido depende de sua capacidade de sustentar combustão ou criar uma mistura ar-vapor inflamável
acima de sua superfície. Ponto de fulgor é uma maneira de entender se um líquido pode formar essa
mistura ar-vapor inflamável. Para que o líquido queime em poça, precisa ter ponto de combustão e também
ponto de fulgor. Líquidos igníferos incluem líquidos inflamáveis, líquidos combustíveis, ou qualquer outro
termo usado para um líquido que pode queimar.
Líquido instável: Um líquido que, em seu estado puro ou como produzido ou transportado
comercialmente, irá, vigorosamente, polimerizar, decompor, sofrer reação de condensação ou se tornar
autorreativo em condições de choque, pressão ou temperatura.
Líquido não ignífero: Um líquido que não queima.
Líquido: Material que não tem forma definida em temperatura ambiente, a menos que seja armazenado em
um recipiente. Ele flui livremente quando liberado (ex., água, mel, heptano).
Líquidos miscíveis em água: Líquidos que se misturam com água em todas as proporções. Quando
líquidos igníferos miscíveis em água são misturados com água, é formada uma solução homogênea. O
ponto de fulgor, o ponto de combustão, o calor de combustão e a taxa de liberação de calor da solução
serão diferentes do líquido ignífero puro. O ponto de fulgor e o ponto de combustão da solução aumentarão
à medida que a concentração de água aumentar. Em determinada concentração (que varia de acordo com
o líquido ignífero), o ponto de combustão não existirá mais e a solução não apresentará mais risco de
incêndio (por exemplo, álcool etílico a 15% em água, acetona a 15% em água).
Maior derramamento esperado: O cenário do maior derramamento esperado não supõe que tudo irá
funcionar. É uma variável, por exemplo, um recipiente começa a esvaziar e uma válvula de bloqueio de
segurança opera. Durante uma condição anormal, o tamanho do maior derramamento esperado pode ser
afetado pela presença de válvulas de bloqueio de segurança e do volume do vaso. Na falta de outros
intertravamentos, espere que o maior recipiente falhe. A vazão esperada dependerá do método de
transferência (ex., gravidade, bombeamento).
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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 55

Ponto de combustão: A temperatura mais baixa na qual um líquido em um recipiente aberto liberará vapor
suficiente para incendiar e continuar a queimar. Em geral, pontos de combustão são ligeiramente mais altos
que pontos de fulgor de copo aberto para um determinado líquido. Líquidos podem ter pontos de fulgor sem
ter pontos de combustão. Um líquido sem ponto de combustão não queimará (ex., solução de etanol-água
a 15%: ponto de fulgor de copo fechado 42°C [107°F], sem ponto de combustão; solução de água-acetona
a 15%: ponto de fulgor de copo fechado de 9°C [49°F], sem ponto de combustão). Um líquido sem ponto de
combustão não é considerado líquido ignífero.
Ponto de ebulição: A temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido é igual à pressão atmosférica
sobre o líquido. O ponto de ebulição é medido a uma pressão atmosférica de 14,7 psia (aproximadamente
1 bar a). O ponto de ebulição de um líquido ignífero permite a comparação de sua volatilidade sem que se
saibam as pressões de vapor. Líquidos com pontos de ebulição baixos são muito voláteis.
Ponto de fulgor: A temperatura mínima na qual vapor suficiente é liberado para formar uma mistura de ar-
vapor que irá incendiar e propagar uma chama para longe da fonte de ignição (incêndio em nuvem,
combustão não contínua). A evaporação ocorre abaixo do ponto de fulgor, mas a quantidade de vapor
liberado não é suficiente para produzir uma mistura de ar-vapor que possa incendiar. O ponto de fulgor
pode ser determinado usando-se aparelhos de teste de copo fechado ou de copo aberto. O teste de copo
fechado produzirá um ponto de fulgor mais baixo do que o de copo aberto, pois ele proporciona maior
contenção de vapor (ou seja, aumenta o acúmulo de vapor). O ponto de fulgor de copo fechado é usado
para classificar os líquidos porque é conservador (ou seja, produz o ponto de fulgor mais baixo para o
líquido) e representa a condição na qual a maioria dos líquidos são manuseados (ou seja, a maioria dos
líquidos são mantidos em recipientes ou equipamentos fechados).
Pressão do vapor: Medida da pressão criada pelo vapor de um líquido a uma temperatura específica. As
pressões de vapor de líquidos igníferos fornecem uma base de comparação da volatilidade dos líquidos em
várias temperaturas (ou seja, fornecem uma medição da tendência dos líquidos de vaporizar). Líquidos
igníferos com alta pressão de vapor em temperatura ambiente são mais perigosos que líquidos com
pressões de vapor mais baixas, pois produzirão mais vapor inflamável sem aquecimento. Dados de
pressão de vapor frequentemente não estão disponíveis.
Purga: Introdução durante curto período de um gás (ex., ar, nitrogênio) para permitir a transição de acima
do limite superior de explosividade para abaixo do limite inferior de explosividade, ou vice-versa, sem
passar pela faixa explosiva.
Recipiente intermediário para granel (IBC): Definido pelo Departamento de Transporte dos EUA em CFR
Título 49, Parte 178, Subparte N, datado de 1° de outubro de 1997, e nas Recomendações das Nações
Unidas sobre Transporte de Bens Perigosos, nona edição, Capítulo 16. O tamanho do recipiente é limitado
a 3 m³ (793 gal). Não há outros requisitos específicos sobre o projeto ou material de fabricação. Todos os
recipientes intermediários para granel (IBC) devem passar em testes baseados em desempenho criados
para avaliar sua resistência a vazamento durante transporte. Nenhum requisito existente de testes avalia o
desempenho do recipiente quando exposto a incêndio. A categoria de recipiente intermediário para granel
(IBC) inclui também recipientes previamente definidos como tanques portáteis ou tanques tote. Existem
algumas limitações sobre o tipo de armazenagem de líquidos permitido em IBCs usados para transporte.
No entanto, para os líquidos igníferos mais comumente transportados, há poucas limitações.
Em geral, o tamanho máximo do recipiente intermediário para granel (IBC) utilizado no transporte de
líquidos é de aproximadamente 2,5 m³ (660 gal) devido ao peso total do pacote. Os tamanhos mais
comuns variam de 0,95 a 1,3 m³ (250 a 330 gal). Os tipos de construção de recipientes intermediários para
granel comuns incluem recipientes totalmente de plástico autossustentados; recipientes de plástico
suportados por plástico (recipientes de compostos plásticos que consistem em uma estrutura rígida de
plástico que sustenta o recipiente também de plástico); e recipientes de plástico com suporte de metal
(recipientes compostos de metal e plástico que consistem em uma estrutura de metal que sustenta um
recipiente de plástico). Como as únicas avaliações em que os recipientes intermediários para granel (IBC)
precisam passar são testes com base no desempenho, há muito pouca consistência no projeto de
recipientes produzidos por vários fabricantes. Uma série de testes de incêndio patrocinados por fabricantes
mostrou claramente que o desempenho de um determinado tipo de recipiente intermediário para granel
(IBC) com relação a incêndio não pode ser generalizado. Isso é talvez devido à variabilidade de projetos.
Semissólido: Material que tem forma definida à temperatura ambiente sem contenção, mas pode ser
forçado a fluir sob pressão (por exemplo, manteiga, tinta pastosa, géis).
Sistema de água nebulizada em névoa (water mist): Um sistema de distribuição conectado a um
suprimento de água que é equipado com um ou mais projetores capazes de fornecer spray de água
atomizado com gotículas que têm menos de 1.000 microns de tamanho. Esses sistemas são
complementares e não substitutos de sprinklers automáticos.
Sistema de espuma de ar comprimido (CAF): Um sistema CAF consiste em um sistema de tubulação
separado do sistema de sprinklers, um suprimento de ar, um suprimento de líquido gerador de espuma, um
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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 56 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

suprimento de água, um sistema de mistura, um sistema de detecção e um painel de controle. Quando


instalado para proteção contra incêndio de líquidos igníferos, ele usa o mesmo líquido gerador de espuma
(LGE) que um sistema de sprinklers de água-espuma. Uma grande vantagem desse tipo de sistema é que
ele usa significativamente menos LGE para produzir espuma de muito alta qualidade. Testes mostraram
que a espuma gerada é muito resistente à quebra da camada pela descarga dos sprinklers. Esse tipo de
sistema é um complemento a um sistema de sprinklers automáticos.
Sistema de sprinklers de água-espuma: Um sistema de sprinklers de água-espuma consiste em um
sistema de sprinklers fechados ou abertos conectado a um sistema de proporcionamento de líquido gerador
de espuma (LGE) de baixa expansão projetado para fornecer uma concentração de espuma fixa. A grande
vantagem do sistema de espuma é que ele pode ser adicionado a um sistema de sprinklers existente. Os
sistemas de sprinklers de água-espuma de bicos abertos e fechados estão descritos na Norma Técnica 4-
12, Foam-Water Sprinkler Systems.
Sistema híbrido (água e gás inerte): Sistema de proteção especial que fornece uma combinação de
água e gás inerte (formada por um ou mais gases, como hélio, neônio, argônio, nitrogênio e dióxido de
carbono) por meio de um sistema de distribuição. A água e o gás inerte são fatores essenciais para a
extinção do incêndio, para fins de resfriamento e inertização. Esses sistemas são complementares e não
substitutos de sprinklers automáticos.
Sólido: Material que tem forma definida à temperatura ambiente e não pode ser forçado a fluir sob
pressão (por exemplo, madeira, plástico, vidro, cera). Materiais com ponto de fusão maior que 66°C
(150°F) podem ser tratados como sólidos.
Supressão do incêndio: Redução drástica da taxa de liberação de calor do incêndio e impedimento de
sua reativação por meio de aplicação direta e suficiente de água através da pluma de fogo até a superfície
do combustível que está queimando. Esse termo não significa que o fogo foi totalmente extinto.
Os sprinklers podem atingir muitos dos elementos que definem um incêndio suprimido (ou seja, romper a
pluma de fogo, reduzir significativamente a taxa de liberação de calor e reduzir as temperaturas do teto).
Porém, assim que a proteção é desligada, se o combustível ainda estiver presente, o fogo rapidamente
retornará ao tamanho original. Um incêndio em líquidos com baixo ponto de fulgor não pode ser de fato
suprimido por proteção de incêndio à base de água. É possível um nível muito alto de controle e, se ele for
mantido até que o combustível seja consumido, o fogo será extinto.
Taxa de liberação de calor: A taxa à qual energia é liberada em um incêndio. A taxa de liberação de
calor é uma função do calor de combustão do combustível, taxa de perda de massa e área da superfície
exposta.
Válvula de bloqueio de segurança: Componente do sistema de controle de segurança que abre ou fecha
automaticamente para evitar a continuidade da operação do sistema dependendo da presença de
condições de emergência, tais como incêndio. Essas válvulas só são rearmadas manualmente. São
classificadas para exposição a incêndio pela duração do fogo de acordo com o cenário de condições de
emergência (ou seja, inclusive sem classificação para fogo se apropriado conforme o cenário).
Viscosidade: Medida da resistência de um fluido de se espalhar. Descreve o atrito interno de um fluido em
movimento. Um fluido com alta viscosidade resiste ao movimento, pois sua composição molecular
proporciona muito atrito interno. Um fluido com baixa viscosidade flui facilmente porque sua composição
molecular resulta em muito pouco atrito quando está em movimento. Há duas medidas relacionadas de
viscosidade de fluidos conhecidas como viscosidade dinâmica (absoluta) e viscosidade cinemática
(viscosidade dinâmica dividida pela densidade). Uma unidade de medição de viscosidade dinâmica é Poise
(P). Uma unidade de medição de viscosidade cinemática é Stokes (P).

ANEXO B HISTÓRICO DE REVISÕES DO DOCUMENTO


Neste anexo estão registradas as mudanças feitas neste documento em cada uma das vezes que ele foi
publicado. Note que os números das seções se referem especificamente àqueles da versão publicada na
data indicada (ou seja, os números das seções nem sempre são os mesmos entre as diferentes versões).
Abril de 2020. Este documento foi totalmente revisado. As principais mudanças foram:
A. Revisada a definição de “líquido ignífero” para reconhecer que líquidos com apenas ponto de fulgor
e sem ponto de combustão podem criar o risco de explosão em equipamentos.
B. Incluída uma nova seção para esclarecer a “Aplicação” desta norma técnica (Seção 1.0.1).
C. Incorporadas nesta norma orientações da Norma Técnica 7-88 para tanques internos de
armazenagem de líquidos igníferos. A Norma Técnica 7-88 agora se refere somente a tanques
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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 57

externos de armazenagem de líquidos igníferos.


D. Incluída definição de líquidos com ponto de fulgor muito alto (na seção de líquidos atípicos) para
substituir a orientação anterior para líquidos com ponto de fulgor igual ou acima de 232°C (450°F)
(Seção 2.1.3.1).
E. Esclarecida a localização recomendada para áreas com uso de líquidos igníferos com a inclusão
de uma nova tabela (Tabela 2.2.1.1)
F. Revisadas a Figura 2.2.1.1 e a Tabela 2.2.1.3 para localização e construção recomendadas para
áreas com uso de líquidos igníferos.
G. Esclarecido o propósito de drenagem e contenção (Seção 2.2.2 e Tabela 2.2.2.1).
H. Incluídas novas orientações sobre recipientes de armazenagem certificados pela FM Approvals para
recipientes intermediários para granel - IBCs (Seção 2.2.3).
I. Esclarecidas as orientações sobre prédios pré-fabricados para armazenagem de líquidos igníferos e
armários externos para armazenagem certificados pela FM Approvals (Seção 2.2.3).
J. Incluída uma opção de proteção para líquidos com densidade relativa (DR) >1 na Tabela 2.4.3,
Proteção por sprinklers para ocupações que usam líquidos igníferos.
K. Revisada a seção sobre equipamentos e processos para:
1. Incluir novas orientações sobre fracionamento de líquidos com alto ponto de fulgor em
recipientes metálicos de até 10 recipientes (Seção 2.5.1.13).
2. Simplificar os sistemas de tubulação para referência ao código ASME (Seção 2.5.2).
3. Incluir orientações adicionais sobre mangueiras flexíveis (Seção 2.5.2).
4. Fazer esclarecimentos sobre localização e uso de válvulas de bloqueio de segurança (Seção
2.5.2.4).
L. Revisada a seção sobre operação e manutenção para incluir orientações sobre testes de válvulas de
bloqueio de segurança (Seção 2.6).
M. Revisada a seção sobre controle de fontes de ignição para incluir recomendações adicionais de
proteção contra geração de eletricidade estática (Seção 2.9.2).
N. Renumeradas as tabelas e figuras conforme o número da seção.
Janeiro de 2018. Revisão provisória. Reduzido o limite do ponto de fulgor de líquidos com ponto de fulgor
muito alto de 260°C (500°F) para 232°C (450°F).
Julho de 2014. Revisão provisória. Recomendação 2.1.5.1 foi modificada para esclarecimentos sobre o
objetivo de recomendar bloqueios automáticos.
Abril de 2012. Pequenas alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Janeiro de 2012. As principais alterações são as seguintes:
A. Revisada a terminologia e as orientações relacionadas a líquidos igníferos para maior clareza e
consistência. Isso inclui a substituição de referências a líquidos “inflamáveis” e “combustíveis” por líquidos
“igníferos” em todo o documento.
B. Reorganizado o documento para ficar mais consistente com outras normas técnicas. Como parte da
reorganização, as informações sobre sistemas de tubulação e sistemas de transferência foram
incorporadas às áreas apropriadas da Seção 2.0.
C. Revisada a avaliação de riscos de explosão como segue:
1. O risco de explosão de salas agora está ligado apenas a líquidos que estão no ponto de ebulição ou
acima dele.
2. O conceito de risco leve de explosão de sala foi eliminado.
3. A figura da NFPA 68, Guide for Venting Deflagrations (edição de 1988), foi eliminada. Informações
atuais sobre explosões de gás/vapor indicam que essa figura não fornece orientações adequadas sobre
projetos de equipamentos com uso de dutos para aliviar deflagrações.
D. Incluídas informações sobre os riscos de incêndio de fluidos de silicone, tintas pastosas, sistemas de
embalagem de espuma de poliuretano à base de água, gordura butírica e resina de poliéster insaturada.

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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 58 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

E. Eliminada a aceitação de desligamento manual em sistemas de bombeamento de líquido.


F. Simplificados os requisitos de separação física.
G. Eliminada uma recomendação que permitia operação com líquidos de alto ponto de fulgor em áreas
gerais da fábrica.
H. Simplificados os requisitos de drenagem de emergência e de contenção.
I. Eliminado o uso de área coberta por sprinklers de 12 m2 (130 ft2) para líquidos de ponto de fulgor alto não
aquecidos.
J. Simplificados e atualizados os critérios de proteção contra incêndio para refletir os dados mais recentes
para líquidos com pontos de fulgor superiores a 93°C (200°F) e líquidos com pontos de fulgor superiores
a 260°C (500°F).
K. Incluída orientação sobre o uso de sistemas de proteção especiais. Incluídas informações sobre
sistemas de sprinklers de água-espuma, de água nebulizada em névoa (water mist) e de espuma de ar
comprimido. Eliminada recomendação para uso de proteção gasosa como alternativa à drenagem devido
a problemas de confiabilidade.
L. Esclarecida e simplificada linguagem relacionada a recomendações de equipamentos, processos e
ocupação. Incluída orientação sobre equipamentos elétricos para zonas classificadas.
M. Adicionada uma recomendação para solda de válvulas de bloqueio de segurança no lado a montante
do sistema de tubulação de maneira a evitar a liberação de líquido causada por falha na gaxeta.
N. Adicionado um novo Anexo C que fornece informações sobre esquemas de classificação de líquidos
igníferos que existem em outros códigos e normas.
Janeiro de 2010. Pequenas alterações editoriais foram realizadas. Adicionadas referências à
Norma Técnica 4-12, Foam-Water Sprinkler Systems.
Maio de 2008. Pequenas alterações editoriais foram realizadas.
Setembro de 2000. Esta revisão do documento foi reorganizada para apresentar um formato consistente.
Maio de 1998. Reformatação.
Novembro 1993. Pequena revisão técnica.
Julho de 1993. Pequena revisão técnica.
Julho de 1993. As seguintes mudanças foram incorporadas à revisão desta norma técnica:
1. Revisada esta norma técnica combinando informações contidas na Norma Técnica 7-31/12-62, Sight
Glasses for Process Equipment (anteriormente com numeração dupla como 12-62. Isso agora está
obsoleto, pois não contém considerações de caldeiras e maquinário); Norma Técnica 7-32, Flammable
Liquid Pumping and Piping Systems; Norma Técnica 7-35, Flammable Liquids–General Safeguards; e
Norma Técnica 7-36, Flammable Liquid Mixing Operations.
2. As inconsistências anteriores entre as várias normas técnicas e outras normas técnicas que lidam com
ocupações com líquidos inflamáveis ou combustíveis foram eliminadas. Os critérios de aplicação das
recomendações desta norma técnica tiveram pequenas mudanças com relação às normas técnicas
originais, e estão localizados na Seção 3.1.1.
3. A definição de risco de explosão de salas foi completamente revisada. Informações adicionais sobre
expectativa de perda/expectativa de perda normal para riscos de explosão também foram incluídas nesta
norma técnica confidencial.
4. Os critérios de projeto de sistemas de sprinklers da Norma Técnica 3-26, Fire Protection for Nonstorage
Occupancies, foram incluídos e totalmente revisados.
5. Foram incluídos critérios de proteção contra incêndio para sistemas de sprinklers de AFFF com bicos
abertos ou fechados.
6. Foram incluídas recomendações para critérios de projeto de construção limitadora de danos da
Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction.
7. As recomendações para alívio de explosão de equipamentos foram revisadas para usar os métodos de
projeto atualmente aceitos.
8. As recomendações para seleção de materiais de tubulação foram revisadas e simplificadas para refletir
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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 59

os códigos atuais. Várias recomendações de sistema de tubulação que fazem referência a códigos ASME
específicos foram apresentadas. Essas recomendações visam prover especificações de projeto para
projetistas de sistemas de tubulação. O consultor de campo não deve revisar planos para conformidade
com essas normas, e sim fornecer bons conselhos de engenharia sobre o que aplicar no projeto.
9. Foram incluídas informações adicionais sobre definição da necessidade de equipamentos elétricos
classificados para áreas de risco.
Março de 1993. Ampla revisão técnica.

ANEXO C CLASSIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS QUE QUEIMAM

C.1 Esquemas de classificação de líquidos igníferos


Os esquemas de classificação existentes para líquidos que queimam se baseiam em pontos de fulgor de
copo fechado. Alguns atribuem valores numéricos, enquanto outros agrupam os líquidos por nome (ex.,
inflamável, combustível) conforme as faixas de ponto de fulgor. Algumas classificações têm várias
subdivisões e outras definem apenas algumas. Nenhuma delas, porém, define o risco de incêndio criado
pelo líquido e, em vários casos, há confusão com relação à gravidade do risco.
A classificação de líquidos com base no ponto de fulgor teve início quando os líquidos eram comumente
misturados em vasos ou tanques abertos, e tornou-se necessário medir a possibilidade de ignição. O ponto
de fulgor servia bem a esse objetivo, mas ele não oferece nenhuma medida do risco de incêndio ou explosão
apresentado por determinado líquido. Os riscos de incêndio e explosão de líquidos que queimam são, na
verdade, determinados pelas propriedades físicas inerentes do líquido e por fatores externos, como a
quantidade de líquido, as temperaturas do processo, as vazões do processo e a construção das edificações.

ANEXO D AVALIAÇÃO DE RISCOS DE EXPLOSÃO DE SALAS E EQUIPAMENTOS

D.1 Características de explosões (deflagrações) ar-vapor de líquidos igníferos


Uma explosão de ar-vapor é a rápida combustão de uma combinação de ar e vapor inflamável (ex., reação
de oxidação exotérmica), que produz calor, luz e um aumento na pressão. Uma explosão de ar-vapor pode
ocorrer quando uma combinação inflamável de vapor e ar está presente em um espaço confinado, dentro da
faixa inflamável (explosiva) do vapor e a mistura se incendeia. Se não for ventilada, a pressão formada pode
atingir seis a nove vezes a pressão absoluta inicial.
Explosões de vapor expandido pelo líquido em ebulição (conhecidas como BLEVEs) ocorrem quando um
líquido confinado é aquecido acima de seu ponto de ebulição atmosférico por exposição ao fogo e
repentinamente liberado pela ruptura do recipiente fechado. Parte do líquido aquecido se torna vapor
imediatamente, que é incendiado pelo fogo de exposição, liberando calor a uma taxa mais baixa do que a
explosão de ar-vapor, mas por um período mais longo.

D.2 Controle e proteção de explosões


Os danos de explosões são majoritariamente resultado da pressão criada pela expansão rápida de gases
em um espaço confinado. As condições em que misturas explosivas podem se acumular devem ser
eliminadas ou cuidadosamente controladas por meio de ventilação adequada para diluir o vapor, uso de
atmosfera inerte ou por outros meios. Os efeitos de uma explosão são reduzidos e controlados por alívios
de explosão ou construção limitadora de danos em edificações.
BLEVEs podem ser evitadas pela redução da admissão de calor no recipiente fechado ou pelo
sangramento do excesso de pressão do recipiente. As taxas de admissão de calor podem ser reduzidas
isolando ou enterrando o vaso ou por sprinklers automáticos ou spray de água. A pressão excessiva pode
ser evitada com tubos de alívio atmosférico, válvulas de alívio, discos de ruptura, ou alívios de segurança.

D.3 Projeto de alívio de explosão (deflagração) de equipamentos

D.3.1 Dimensionamento de alívio para Pred maior que 0,1 barg (1,5 psig) (equipamentos de alta
resistência)
Utilize a seguinte equação de dimensionamento de alívio (da NFPA 68, Guide for Venting of Deflagrations,
edição de 1988) para calcular a área de alívio necessária em equipamentos de alta resistência.
Equação D.3.1:
Av = dVf • Pred
h
e(gPstat)

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(Obs.: A equação acima deve ser usada somente com unidades métricas) onde:
Av = Área de alívio, m2
Pred = Pressão de explosão reduzida (barg)
Pstat = Pressão de alívio estática (barg)
V = Volume do recipiente (m³)
e = 2,718 (base do logaritmo natural)
d,f,g,h = Constantes, conforme definidas na Tabela D.3.1
As constantes d f, g, e h utilizadas na equação D.3.1 dependem do tipo de gás/vapor presente. Os dados e
a equação foram elaborados com base em quatro gases: metano, propano, gás de coque e hidrogênio.
A Tabela D.3.1 apresenta as constantes a serem usadas para metano, propano e hidrogênio (as constantes
para gás de coque não estão incluídas porque não se aplicam à maioria dos cenários industriais).

Tabela D.3.1 Constantes de alívios de explosão


Gás d f g h
Metano 0,105 0,770 1,23 -0,823
Propano 0,148 0,703 0,942 -0,671
Hidrogênio 0,279 0,680 0,755 -0,393

A equação D.3.1 é válida somente para vasos com relação comprimento/diâmetro de 5 ou menos, e para
as seguintes faixas de Pred e volume do vaso (V):

0.1 barg ≤ Pstat ≤ 0.5 barg

Pstat +0.1 barg ≤ Pred ≤ 2 barg

1 m3 ≤ V≤ 1000 m3
Pred é a pressão máxima que será desenvolvida durante a explosão ventilada. Para que o projeto da
construção limitadora de danos dê certo, o equipamento deve conseguir suportar a Pred esperada.
É melhor deixar a determinação de Pred para o projetista do equipamento ou um engenheiro estrutural.
Pstat é a pressão de ajuste ou de alívio do respiro de deflagração. Deve ser pelo menos 0,1 bar abaixo da
pressão máxima desejada durante o alívio, Pred.

D.3.2 Dimensionamento de alívio para Pr de 0,1 barg (1,5 psig) ou menos (equipamentos de baixa
resistência)
Use os critérios de projeto da Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction, para calcular a área de
ventilação necessária para equipamentos de baixa resistência. A nomenclatura listada na norma técnica
representa o seguinte:
Pr = Pressão máxima de explosão ventilada, kPa (psf)
(Obs.: Isso é equivalente a Pred para equipamentos de alta resistência.)
Pv = Pressão de atuação do respiro,
kPa (psf) Av = Área de alívio, m2 (ft2)
As = Área de superfície interna, m2 (ft2)
Siga estritamente todas as limitações listadas na Norma Técnica 1-44.
Pr é a pressão máxima que será desenvolvida durante a explosão ventilada e é a pressão mais alta que
pode ser sustentada pelo equipamento sendo protegido.
É melhor deixar a determinação de Pr para o projetista do equipamento ou um engenheiro estrutural. Na
falta de algum dado, utilize os critérios oferecidos nas recomendações.
Pv é a pressão de ajuste ou de alívio do respiro de deflagração. Deve ser pelo menos 2,4 kPa (50 psf) abaixo
da pressão máxima desejada durante a ventilação, Pr. De preferência, Pv deve ser de 0,96 kPa (20 psf) ou
menos.
Os critérios de peso específico de respiros na Norma Técnica 1-44 são aplicáveis apenas para edificações
e salas.

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ANEXO E PROTEÇÃO DE COLUNAS METÁLICAS


E.1 Utilize um dos métodos a seguir ou um equivalente para proteger colunas metálicas onde um incêndio
em poça líquida afete todos os quatro lados da coluna:
A. Providencie proteção à prova de fogo por uma hora ou pela duração prevista do fogo, o que for maior.
Utilize proteção passiva certificada para exposição a incêndios em hidrocarbonetos. (Veja
Norma Técnica 1-21, Fire Resistance of Building Assemblies.)
B. Instale sprinklers automáticos (com elo fusível) laterais ou proteção por spray de água para a altura
total da coluna, conforme mostrado na Figura E.1.B e a descrição abaixo:
1. Alterne os bicos em lados opostos de uma coluna de perfil W com espaçamento de 6,1 m (20 ft).
2. Molhe o espaço reentrante (alma e flanges) (mostrado pelo destaque em preto na Figura 2) para
resfriar a coluna efetivamente.
3. Projete a proteção para uma densidade de descarga mínima de 12 L/min/m² (0.3 gpm/ft²) sobre a
área molhada da coluna (“área molhada” é a área da superfície nos três lados do espaço reentrante
formado pela alma e flanges da coluna). A área molhada protegida por um sprinkler estende-se desde
o sprinkler até o sprinkler imediatamente inferior no mesmo lado da coluna.
4. Onde houver obstruções à descida da água, instale sprinklers adicionais abaixo delas.

Fig. E.1.B. Proteção por spray de água para colunas metálicas

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