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Índice
Página
1.0 ESCOPO .................................................................................................................................................... 3
1.1 Aplicação ............................................................................................................................................. 3
1.2 Riscos .................................................................................................................................................. 3
1.3 Mudanças ............................................................................................................................................ 4
2.0 RECOMENDAÇÕES .................................................................................................................................. 4
2.1 Introdução ............................................................................................................................................ 4
2.1.1 Geral .......................................................................................................................................... 5
2.1.2 Avaliação dos líquidos ............................................................................................................... 5
2.1.3 Líquidos igníferos atípicos ......................................................................................................... 6
2.2 Construção e localização ..................................................................................................................... 7
2.2.1 Geral .......................................................................................................................................... 7
2.2.2 Drenagem e contenção ............................................................................................................10
2.2.3 Unidades de contenção, armários e prédios pré-fabricados.....................................................11
2.2.4 Sistemas de tubulação .............................................................................................................13
2.2.5 Materiais de tubulação..............................................................................................................16
2.2.6 Conexões de tubos ...................................................................................................................16
2.3 Ocupação: ..........................................................................................................................................16
2.3.1 Organização e limpeza geral ....................................................................................................16
2.3.2 Ventilação .................................................................................................................................17
2.4 Proteção .............................................................................................................................................17
2.5 Equipamentos e processos.................................................................................................................22
2.5.1 Geral .........................................................................................................................................22
2.5.2 Sistemas de tubulação .............................................................................................................26
2.5.3 Sistemas de transferência ........................................................................................................30
2.6 Operação e manutenção ....................................................................................................................34
2.7 Treinamento........................................................................................................................................35
2.8 Fator humano .....................................................................................................................................35
2.9 Controle de fontes de ignição .............................................................................................................36
3.0 AJUDA PARA RECOMENDAÇÕES .........................................................................................................41
3.1 Introdução ...........................................................................................................................................41
3.1.1 Avaliação dos líquidos ..............................................................................................................41
3.1.2 Líquidos miscíveis em água .....................................................................................................44
3.1.3 Emulsões ..................................................................................................................................44
3.1.4 Líquidos viscosos/misturas viscosas ........................................................................................44
3.1.5 Líquidos com ponto de ebulição abaixo de 38°C (100°F) .........................................................45
3.1.6 Líquidos com densidade relativa acima de 1 ............................................................................45
3.1.7 Líquidos igníferos atípicos ........................................................................................................45
3.2 Construção e localização ....................................................................................................................47
3.2.1 Geral .........................................................................................................................................47
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traduzidas do original em inglês para o português. A FM Global não oferece nenhuma representação ou
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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 2 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global
Lista de figuras
Fig. 2.2.1.1. Localização e construção de edificações ou salas isoladas com uso/processamento de líquidos
igníferos ........................................................................................................................................ 8
Fig. 2.2.3.1. Contêiner de armazenagem de recipientes intermediários para granel (IBCs) ............................12
Fig. 2.2.3.2.A Edificação pré-fabricada de armazenagem de líquidos igníferos (PILSB) .................................12
Fig 2.2.3.3. Armário externo para armazenagem de líquidos igníferos ............................................................13
Fig. 2.2.4.7.A. Configuração preferencial para entrada de tubos em edificações acima do nível do piso .......15
Fig. 2.2.4.7.D. Entrada para tubulação enterrada na edificação ......................................................................15
Fig. 2.5.1.13. Configuração de fracionamento de recipientes metálicos ..........................................................25
Fig. 2.5.2.1.4.A.2 Diferentes tipos de mangueiras ...........................................................................................27
Fig. 2.5.3.3.4. Método de transferência por gás inerte comprimido .................................................................31
Fig. 2.5.3.4.9. Instalação de continuidade elétrica entre a estação de carga/descarga e vagões para evitar
faíscas devido a correntes de fuga ...........................................................................................33
Fig. 2.9.1.1.B.1. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L
(70 gal) de líquidos igníferos em equipamentos abertos .......................................................37
Fig. 2.9.1.1.B.2. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L
(70 gal) de líquidos igníferos em equipamentos fechados .....................................................38
Fig. 2.9.1.1.C.1. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L
(70 gal) de líquido ignífero em equipamentos abertos ...........................................................39
Fig. 2.9.1.1.C.2. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L
(70 gal) de líquido ignífero em equipamentos fechados ........................................................40
Fig. E.1.B. Proteção por spray de água para colunas metálicas ......................................................................61
Lista de tabelas
Tabela 2.1.2.2. Grupos de líquidos miscíveis em água..................................................................................... 5
Tabela 2.2.1.1. Áreas de uso de líquidos igníferos ........................................................................................... 8
Tabela 2.2.1.3. Local e construção de ocupações com líquidos igníferos ........................................................ 9
Tabela 2.2.2.1. Recomendação de drenagem e contenção para áreas com uso de líquidos igníferos ...........11
Tabela 2.4.3. Proteção por sprinklers para ocupações que usam líquidos igníferos .......................................19
Tabela D.3.1 Constantes de alívios de explosão .............................................................................................60
1.0 ESCOPO
Esta norma técnica contém recomendações para prevenção e proteção contra incêndios e explosões em
ocupações que executam operações de manipulação, processamento ou transferência de líquidos
igníferos. Ela também trata de tanques internos com líquidos igníferos. Recomendações em normas
técnicas para ocupações específicas podem prevalecer sobre as recomendações desta norma técnica.
Para fins deste documento, o termo "líquido ignífero" é definido como qualquer líquido que tenha um ponto
de fulgor mensurável. Líquidos com apenas ponto de fulgor e sem ponto de combustão podem criar o risco
de explosão em equipamentos. Líquidos sem ponto de combustão não provocam risco de incêndio em poça.
O termo “ponto de fulgor” se refere a ponto de fulgor de copo fechado exceto se indicado de outra forma.
Esta norma técnica não aborda os seguintes assuntos:
A. Armazenagem de líquidos igníferos em recipientes portáteis ou tanques externos: Utilize a Norma
Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis, ou a Norma Técnica 7-88,
External Ignitable Liquid Storage Tanks.
B. Operações de processo que envolvam líquidos igníferos onde vazamentos não possam ser limitados:
Utilize a Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants, Norma Técnica 7-79, Fire Protection for
Gas Turbines and Electric Generators, ou Norma Técnica 7-101, Fire Protection for Steam Turbines and
Electric Generators.
C. Produtos químicos reativos, inclusive os que reagem com água e materiais pirofóricos.
D. Armazenagem de aerossóis: Utilize a Norma Técnica 7-31, Storage of Aerosol Products.
E. Gases liquefeitos de petróleo. Esses são gases à pressão atmosférica, armazenados sob pressão
como líquidos. Se o recipiente liberar o gás liquefeito, ele rapidamente retornará ao estado gasoso e não
formará um incêndio em poça.
1.1 Aplicação
Líquidos que apresentam somente ponto de fulgor mas não ponto de combustão podem causar risco de
explosão em equipamentos que deve ser avaliado. O restante desta norma técnica se aplica a líquidos que
tenham tanto ponto de fulgor quanto de combustão.
Entre os cenários de incêndio em ocupações com líquidos igníferos estão incêndios em poça, de
derramamento tridimensional, em jatos, incêndios em nuvem ou uma combinação deles. O tipo de liberação
e o fogo resultante dependem de fatores como características do material, quantidades, condições
operacionais (ex., vazão, pressão, temperatura), materiais de fabricação de equipamentos e tubulações, e
operações e configurações de equipamentos.
Existe uma relação direta entre o volume de líquidos igníferos liberado e a consequente gravidade do
incêndio. Se a liberação de líquidos igníferos é limitada, recursos básicos de proteção contra incêndio
servirão para controlar o fogo e limitar seu alastramento. Portanto, a recomendação mais fundamental da
FM Global com relação a líquidos igníferos é limitar a quantidade de líquidos que possam se envolver em
um incêndio. Esta norma técnica trata de cenários onde a liberação de líquidos igníferos possa ser limitada
pelo uso de pequenas quantidades no processo ou pela implementação de bloqueios automáticos nos
sistemas.
Em contrapartida, um fluxo grande e contínuo de líquidos igníferos pode resultar em um incêndio crescente
e sustentado. Há alguns casos em que interromper o fluxo de um líquido ignífero pode provocar uma
situação muito pior, como, por exemplo, o desligamento de um sistema de fluido térmico que esteja
resfriando um reator exotérmico ou o bloqueio de um sistema de óleo lubrificante que alimente uma turbina
rotativa. Para esses tipos de cenário, são fornecidas orientações em outras normas técnicas conforme a
ocupação (ex., Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants, Norma Técnica 7-101, Steam
Turbines and Electric Generators). Essas normas técnicas tratam de volumes maiores de líquidos igníferos,
inclusive da possibilidade de liberações contínuas, e recomendam níveis mais altos de recursos passivos e
ativos de proteção contra incêndio.
1.2 Riscos
Líquidos igníferos queimam como vapores. Líquidos com baixo ponto de fulgor podem se incendiar
facilmente em temperatura ambiente, ao passo que líquidos com ponto de fulgor mais alto requerem maior
energia de ignição ou uma mudança física (ou seja, que os forcem a formar gotículas) para queimar.
Seja qual for o ponto de fulgor, como fluidos podem escorrer e se espalhar, controlar seu risco de incêndio
é um desafio significativo quando se utiliza somente proteção por sprinklers de teto. O fogo irá para onde o
líquido for, sua taxa de liberação de calor aumentará com a área de superfície da poça, e os sprinklers
operarão muito além da área real do incêndio. Essas condições levam à necessidade de controles
adicionais em ocupações com uso de líquidos igníferos, além da proteção por sprinklers, para limitar a
gravidade do incêndio. São necessárias medidas para interromper o fluxo do líquido e limitar o tamanho da
poça dos líquidos já liberados para controlar as áreas de operação dos sprinklers e assim limitar os
possíveis danos térmicos a equipamentos e prédios. Essas medidas se aplicam a líquidos tanto de ponto
de fulgor alto quanto baixo, embora sprinklers de teto possam extinguir incêndios em poças de líquidos com
ponto de fulgor alto (>93°C [200°F]).
1.3 Mudanças
Abril de 2020. Este documento foi totalmente revisado. As principais mudanças foram:
A. Revisada a definição de “líquido ignífero” para reconhecer que líquidos com apenas ponto de fulgor
e sem ponto de combustão podem criar o risco de explosão em equipamentos.
B. Incluída uma nova seção para esclarecer a “Aplicação” desta norma técnica (Seção 1.1).
C. Incorporadas nesta norma orientações da Norma Técnica 7-88 para tanques internos de
armazenagem de líquidos igníferos. A Norma Técnica 7-88 agora se refere somente a tanques
externos de armazenagem de líquidos igníferos.
D. Incluída definição de líquidos com ponto de fulgor muito alto (na seção de líquidos atípicos) para
substituir a orientação anterior para líquidos com ponto de fulgor igual ou acima de 232°C (450°F)
(Seção 2.1.3.1).
E. Esclarecida a localização recomendada para áreas com uso de líquidos igníferos com a inclusão
de uma nova tabela (Tabela 2.2.1.1)
F. Revisadas a Figura 2.2.1.1 e a Tabela 2.2.1.3 para localização e construção recomendadas para
áreas com uso de líquidos igníferos.
G. Esclarecido o propósito de drenagem e contenção (Seção 2.2.2 e Tabela 2.2.2.1).
H. Incluídas novas orientações sobre recipientes de armazenagem certificados pela FM Approvals para
recipientes intermediários para granel - IBCs (Seção 2.2.3).
I. Esclarecidas as orientações sobre prédios pré-fabricados e armários externos para armazenagem de
líquidos igníferos certificados pela FM Approvals (Seção 2.2.3).
J. Incluída uma opção de proteção para líquidos com densidade relativa (DR) >1 na Tabela 2.4.3,
Proteção por sprinklers para ocupações que usam líquidos igníferos.
K. Revisada a seção sobre equipamentos e processos para:
1. Incluir novas orientações sobre fracionamento de líquidos com alto ponto de fulgor em
recipientes metálicos de até 10 recipientes (Seção 2.5.1.13).
2. Simplificar os sistemas de tubulação para referência ao código ASME (Seção 2.5.2).
3. Incluir orientações adicionais sobre mangueiras flexíveis (Seção 2.5.2).
4. Fazer esclarecimentos sobre localização e uso de válvulas de bloqueio de segurança
(Seção 2.5.2.4).
L. Revisada a seção sobre operação e manutenção para incluir orientações sobre testes de válvulas de
bloqueio de segurança (Seção 2.6).
M. Revisada a seção sobre controle de fontes de ignição para incluir recomendações adicionais de
proteção contra geração de eletricidade estática (Seção 2.9.2).
N. Renumeradas as tabelas e figuras conforme o número da seção.
2.0 RECOMENDAÇÕES
2.1 Introdução
Utilize equipamentos, materiais e serviços certificados pela FM Approvals sempre que eles forem
aplicáveis. Para uma lista de produtos e serviços certificados pela FM Approvals, consulte o
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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 5
2.1.1 Geral
2.1.1.1 Todos os elementos desta norma técnica se aplicam a líquidos que tenham ponto de fulgor e ponto
de combustão. Para líquidos com somente ponto de fulgor e sem ponto de combustão, avalie a
possibilidade de explosão se eles estiverem confinados em equipamentos fechados.
2.1.1.2 Organize, instale e proteja operações de armazenagem de líquidos igníferos de acordo com a
Norma Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis. Projete áreas onde
haja tanto armazenagem quanto uso de líquidos igníferos seguindo todas as recomendações desta norma
e da Norma Técnica 7-29.
2.1.1.3 Avalie a possibilidade de risco de explosão de salas, edificações ou equipamentos conforme as
seguintes diretrizes:
A. O risco de explosão de uma sala ou edificação existe quando qualquer uma das seguintes situações
é verdadeira:
1. Um líquido ignífero é manipulado/processado/usado em temperaturas iguais ou maiores que seu
ponto de ebulição atmosférico e tem um ponto de fulgor de copo fechado igual ou menor que 218°C
(425°F).
2. O processo usa um líquido ignífero com ponto de ebulição menor que 38°C (100°F).
3. Um equipamento com risco de explosão definido ocupa mais de 10% do volume da
sala/edificação e não é protegido de acordo com a Seção 2.5.1.6.
B. O risco de explosão de um equipamento existe quando uma das seguintes situações é verdadeira:
1. Um líquido ignífero é manipulado/processado/usado em temperaturas iguais ou maiores que seu
ponto de fulgor de copo fechado e há um espaço de vapor dentro do equipamento.
2. Há líquido ignífero nebulizado dentro do equipamento devido a um processo mecânico (ex.,
pulverização, mistura, etc.).
2.1.2.2.1 Do ponto de vista do risco de incêndio, não trate líquidos miscíveis em água do Grupo 5 como
líquidos igníferos. No entanto, eles têm pontos de fulgor e alguns podem ter pontos de combustão. Avalie
o risco de explosão de um equipamento se esses líquidos estiverem em vasos de processamento fechados.
2.1.2.2.2 Considere uma mistura de álcool e outro líquido miscível em água somando as porcentagens
e definindo o grupo com base na porcentagem total de álcool. Por exemplo, trate uma mistura formada por
40% de álcool, 30% de propilenoglicol e o restante em água como álcool 70% (Grupo 2).
2.1.2.3 Proteja misturas viscosas de líquidos igníferos com sólidos (veja definição na Seção 3.1.4) com
sprinklers adequados para a ocupação ao redor ou pelo menos 8 L/min/m² (0,2 gpm/ft²) sobre
232 m² (2500 ft²).
2.2.1 Geral
2.2.1.1 Operações e equipamentos (como tanques de mistura, tanques de armazenagem, bombas, filtros,
etc.) que utilizam líquidos igníferos devem ser isolados da armazenagem de mercadorias sólidas e
ocupações não projetadas para riscos de líquidos igníferos por meio de locais externos, edificações
separadas ou salas isoladas conforme a Tabela 2.2.1.1 e Figura 2.2.1.1.
Fig. 2.2.1.1. Localização e construção de edificações ou salas isoladas com uso/processamento de líquidos igníferos
2.2.1.2 Não coloque equipamentos (tanques de mistura, tanques de armazenagem, bombas, filtros, etc.)
e tubulações com líquidos igníferos em locais abaixo do nível do piso.
2.2.1.3 Construa locais externos, edificações separadas ou salas isoladas onde se utilizam líquidos
igníferos de acordo com a Tabela 2.2.1.3 e a Seção 2.2.1.4. Observe que a Tabela 2.2.1.3 faz as seguintes
suposições:
A. Proteção adequada com sprinklers automáticos, contenção e drenagem estão instaladas nos locais
1 a 4, e proteção adequada por sprinklers foi instalada na edificação principal.
B. Proteção adequada por spray de água, contenção e drenagem estão instaladas em áreas de uso
externas (ex., plataformas de processos externas, etc.). Veja diretrizes para separação física em
estações de carga e descarga na Norma Técnica 7-88.
C. Há construção limitadora de danos adequada (de acordo com a Norma Técnica 1-44, Damage-
Limiting Construction) onde existe risco de explosão.
C. Em salas isoladas que têm estrutura de teto de madeira, aplique revestimento na madeira com
material que ofereça a mesma resistência a fogo necessária para as paredes internas da sala.
D. Instale sprinklers em todos os espaços combustíveis criados conforme a Norma Técnica 1-12,
Ceilings and Concealed Spaces.
2.2.1.4.4 Providencie pelo menos um acesso externo às salas isoladas.
2.2.1.4.5 Proteja as aberturas internas necessárias com portas de fechamento automático com resistência
a fogo apropriada.
2.2.1.4.6 Proteja colunas metálicas onde um incêndio de poça líquida afete todos os quatro lados da
coluna utilizando as orientações do Anexo E.
2.2.1.5 Providencie construção limitadora de danos em salas e edificações que apresentem risco de
explosão conforme a Seção 2.1.1.3. Consulte o Anexo D e a Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting
Construction, da FM Global, para mais orientações.
2.2.1.6 Se for utilizada canaleta no piso de uma área com líquidos igníferos, evite o acúmulo de vapores
inflamáveis ou de líquidos igníferos na canaleta da seguinte forma:
A. Instale drenagem de acordo com a Norma Técnica 7-83, Drainage and Containment Systems for
Ignitable Liquids, se em outras partes desta norma técnica houver essa recomendação.
B. Instale exaustão positiva em toda a canaleta quando tubulações estiverem transportando líquidos com
pontos de fulgor abaixo de 38°C (100°F). Uma alternativa à instalação de exaustão é preencher a
canaleta com areia (isso eliminará a necessidade de drenagem).
C. Se a canaleta passar abaixo de uma parede corta-fogo (por exemplo, entrar em uma sala de líquido
ignífero a partir de uma área adjacente), isole a canaleta no ponto de contato com a parede com uma
barreira incombustível hermética.
Tabela 2.2.2.1. Recomendação de drenagem e contenção para áreas com uso de líquidos igníferos
Ponto de fulgor
de copo fechado, Opções e alternativas de drenagem e/ou contenção
tipo de líquido
Líquidos com ponto Instale contenção dimensionada para conter a liberação de líquidos do maior recipiente ou
de fulgor muito alto equipamento.
≥ 93°C (200°F) 1. Providencie contenção e drenagem de emergência projetadas para limitar a poça de
líquido a somente a área de operação dos sprinklers, de maneira a evitar que a maior
Ou liberação de líquidos igníferos esperada mais a descarga real dos sprinklers1 se espalhem
para áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos igníferos fora da sala ou
Miscível em água edificação de origem. Instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de altura em todas as
portas internas.
Ou
2. Se estiver utilizando uma opção de proteção por sprinklers que tenha eficácia
comprovada na extinção de incêndios em poça (Tabela 2.4.3), providencie apenas
contenção projetada para evitar que a maior liberação esperada de líquidos igníferos
mais a descarga real dos sprinklers1 saiam da sala ou edificação de origem pela duração
esperada do vazamento mais a duração esperada do incêndio. Seja qual for a altura
calculada para a bacia de contenção, instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de
altura em todas as portas internas.
Ou
3. Providencie contenção e um sistema de proteção especial conforme especificado nesta
norma técnica. Projete a contenção para evitar que a maior liberação esperada de líquidos
igníferos, mais a descarga real de sprinklers1 e mais a descarga do sistema de proteção
especial alcancem áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos igníferos
fora da sala ou edificação de origem por 20 minutos. Seja qual for a altura calculada para
a bacia de contenção, instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de altura em todas as
portas internas.
<93°C (200°F) 1. Providencie contenção e drenagem de emergência projetadas para limitar a poça de
líquido a somente a área de operação dos sprinklers, de maneira a evitar que a maior
liberação esperada de líquidos igníferos mais a descarga real dos sprinklers1 se
espalhem para áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos igníferos
fora da sala ou edificação de origem. Instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de
altura em todas as portas internas.
Ou
2. Providencie contenção e um sistema de proteção especial conforme especificado nesta
norma técnica. Projete a contenção para evitar que a maior liberação esperada de
líquidos igníferos, mais a descarga real de sprinklers1 e mais a descarga do sistema de
proteção especial alcancem áreas não protegidas contra riscos de incêndio em líquidos
igníferos fora da sala ou edificação de origem por 20 minutos. Seja qual for a altura
calculada para a bacia de contenção, instale contenção de no mínimo 7,6 cm (3 in) de
altura em todas as portas internas.
Densidade relativa > 1 Instale contenção projetada para reter a maior liberação de líquido ignífero esperada,
mais um adicional de 51 mm (2 in) de borda livre. Limite a área de contenção a uma
área que não seja maior do que a área de operação dos sprinklers.
1A quantidade de água que será efetivamente descarregada dos sprinklers, conforme determinado pela interseção das curvas do
suprimento de água e do sistema de sprinklers em um gráfico de análise de suprimento de água (em oposição ao fluxo de água teórico
baseado na densidade e área de projeto).
2.2.3.2 Utilize edificações pré-fabricadas de armazenagem de líquidos igníferos (PILSB) certificadas pela
FM Approvals como alternativa a uma sala permanente de armazenagem de líquidos igníferos isolada ou
separada, mas conforme as seguintes limitações:
A. A unidade foi projetada para conter toda a armazenagem e permitir a entrada de pessoal (veja
Figura 2.2.3.2.A). Os líquidos armazenados nessas unidades não conseguem vazar para fora delas
porque estão totalmente contidos por paredes.
B. Providencie todos os recursos de proteção ativa e passiva recomendados nesta norma técnica
(ex., resistência a fogo, contenção e drenagem, ventilação, controle de fontes de ignição e proteção
automática contra incêndio) para a PILSB.
C. Não utilize unidades PILSB com alívio de explosão dentro de edificações.
2.2.3.3 Utilize armários para armazenagem de líquidos igníferos certificados pela FM Approvals para áreas
externas (veja Figura 2.2.3.3.).
2.2.3.3.1 Se um armário externo para armazenagem estiver localizado dentro da edificação, coloque a
unidade em uma sala isolada e a proteja conforme esta norma técnica ou a Norma Técnica 7-29,
dependendo de como ele for utilizado (ou seja, somente armazenagem ou também fracionamento).
2.2.3.4 Utilize armários para líquidos igníferos certificados pela FM Approvals para estocar pequenas
quantidades de líquidos igníferos em áreas de fabricação ou áreas que não sejam projetadas para uso
desses líquidos, sujeitos às seguintes limitações:
A. Em armários projetados para armazenar recipientes com volume maior que 19 L (5 gal), restrinja as
quantidades de líquidos igníferos para garantir que os armários conterão a maior liberação esperada
de líquido (ex., maior recipiente metálico e conteúdo de todos os recipientes plásticos).
B. Instale proteção adequada na ocupação ao redor, de acordo com as normas técnicas da FM Global.
C. Armários para líquidos igníferos projetados para permitir fracionamento de tambores são
permitidos em ocupações com líquidos não igníferos desde que sejam utilizados os devidos meios
de proteção para fracionamento e haja ventilação dentro do armário onde necessário, conforme
a Seção 2.3.2.
Fig. 2.2.4.7.A. Configuração preferencial para entrada de tubos em edificações acima do nível do piso
2.2.4.8 Configure o sistema de tubulação de líquido ignífero de maneira a permitir a drenagem de seu
conteúdo durante operações de manutenção. Obtenha essa drenagem com a inclinação da tubulação em
direção ao suprimento, instalação de drenos em pontos baixos e utilização de conexões flangeadas em
vários locais para permitir a desconexão e o isolamento da tubulação.
2.3 Ocupação:
E. Manter áreas de uso externas sem grama, ervas daninhas e outros materiais combustíveis.
2.3.2 Ventilação
2.3.2.1 Instale exaustão mecânica contínua no nível do piso projetada para uma taxa de exaustão de
0,3 m³/min/m² (1 cfm/ft²) de área de piso em salas ou edificações onde os seguintes tipos de líquidos
são usados:
A. Líquidos igníferos com pontos de fulgor abaixo de 38°C (100°F)
B. Líquidos igníferos com pontos de fulgor de até 149°C (300°F) que são aquecidos acima de seu ponto
de fulgor
2.3.2.2 Configure o sistema de ventilação para que opere continuamente e seja monitorado de forma que
qualquer perda de ventilação seja detectada de imediato. Providencie um alarme de falha visual ou sonoro
em uma área com ocupação de pessoal.
2.3.2.3 Projete a ventilação para confinar concentrações de vapores inflamáveis que excedam 25% de seu
limite inferior de explosividade (LIE) a uma distância de até 0,6 m (2 ft) de pontos de liberação (ou seja,
tanques de mistura abertos ou tanque de mistura ou imersão abertos e estações de fracionamento).
2.3.2.4 Instale os dutos de ventilação de acordo com a Norma Técnica 7-78.
2.3.2.4.1 Providencie sistemas de exaustão para salas pequenas com um ventilador instalado no nível do
piso, de forma a direcionar a exaustão para uma área externa (ou seja, instalado em uma parede externa).
2.3.2.5 Posicione o sistema de exaustão de maneira a succionar a uma altura de até 0,3 m (12 in) do piso.
2.3.2.5.1 Posicione as tomadas de ar em tampos abertos de tanques, perto de equipamentos ou do
fracionamento, e em poços localizados dentro da sala isolada, ou a uma distância de até 8 m (25 ft) das
operações que produzem vapor.
2.3.2.6 Instale sistemas de ventilação projetados para recircular o ar na sala com um detector de gás
combustível certificado pela FM Approvals projetado para parar a recirculação e retornar para exaustão
completa quando a concentração de vapor atingir 25% de seu LIE.
2.3.2.7 Instale entradas de ar de compensação nas paredes externas, em local remoto a partir das saídas
de exaustão, para que o ar varra toda a área de risco.
2.3.2.7.1 Mantenha o ar de reposição fresco e sem vapores e gases inflamáveis.
2.4 Proteção
2.4.1 Instale proteção por sprinklers automáticos para uso geral em todas as áreas onde líquidos igníferos
são usados.
A. Estenda a proteção por sprinklers até os limites físicos da área.
B. Instale sprinklers abaixo de mezaninos sólidos ou vazados.
C. Instale sprinklers abaixo de tanques e acima de bombas conforme as Seções 2.4.2.5 e 2.4.2.6,
respectivamente.
D. Instale sprinklers em qualquer espaço dentro de equipamentos ou em áreas de produção
encobertas que não recebem a descarga dos sprinklers de teto.
E. Use um sistema de tubulação molhada, pré-ação ou dilúvio.
F. Um sistema de tubulação seca é aceitável se a área de operação dos sprinklers for igual à área total
da sala, conforme definido por suas paredes e contenção de líquidos, tais como bacias, e se a água for
entregue ao sprinkler mais remoto em no máximo 60 segundos após sua ativação por um incêndio.
2.4.2 Instale os sistemas de sprinklers de acordo com a Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para
Sprinklers Automáticos. As orientações específicas de instalação apresentadas nesta norma técnica (7-32)
para uso de líquidos igníferos substituem as orientações de instalação em outras normas técnicas.
2.4.2.1 Instale os sprinklers com espaçamento máximo de 9 m² (100 ft²) no teto e abaixo de mezaninos
vazados ou sólidos.
2.4.2.2 Posicione os sprinklers com espaçamento linear máximo de 3 m (10 ft). Uma variação de 0,3 m (1 ft)
é permitida em qualquer dimensão para evitar obstruções por elementos estruturais.
2.4.2.3 Onde forem utilizados sprinklers K360EC (K25,2EC) certificados pela FM Approvals, utilize
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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 18 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global
espaçamento mínimo de 3,9 m (13 ft) e máximo de 4,2 m (14 ft). Use esses sprinklers onde sprinklers com
temperatura normal são especificados na Tabela 2.4.3. Providencie uma pressão de descarga mínima de
0,48 bar (7 psi).
2.4.2.4. Não use sprinklers de cobertura estendida, de risco normal ou leve em ocupações com uso de
líquidos igníferos.
2.4.2.5 Instale sprinklers de resposta padrão, temperatura normal, K80 (K5,6) ou maior abaixo de qualquer
obstrução que exceder 0,9 m (3 ft) em largura ou diâmetro, ou 0,9 m² (10 ft²) em área (ex., tanques ou
equipamentos).
2.4.2.5.1. Use suportes de concreto armado ou metálicos com proteção passiva como alternativa a sprinklers
ou spray de água.
2.4.2.6 Instale um sprinkler único de resposta rápida, temperatura nominal usual, K80 (K5,6) ou maior
a até 0,6 m (2 ft) verticalmente de bombas usadas para transferência de líquidos igníferos.
2.4.2.7 Proteja tubulações, válvulas e conexões expostas por ocupações que criam risco de explosão de
acordo com a Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants.
2.4.2.8 Avalie os requisitos de proteção contra incêndio para pipe racks externos de acordo com a
Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants.
2.4.3 Projete sistemas de sprinklers automáticos para operações com líquidos igníferos que tenham risco de
incêndio como segue:
A. O projeto dos sprinklers de teto deve estar de acordo com a Tabela 2.4.3.
B. Em áreas de manufatura com quantidades limitadas de materiais combustíveis comuns e líquidos
miscíveis em água do Grupo 4 em equipamentos, providencie a densidade dos sprinklers
recomendada na Tabela 2.4.3 com base no ponto de fulgor, mas limite a área de operação a 186 m²
(2000 ft²).
C. Projete os sprinklers abaixo de mezaninos vazados de maneira que forneçam a mesma densidade
que a recomendada para o teto sobre metade da área recomendada, ou sobre toda a área do mezanino,
o que for menor.
D. Projete os sprinklers instalados abaixo de mezaninos sólidos usando a mesma proteção apresentada
na Tabela 2.4.3.
E. Projete os sprinklers embaixo de tanques e equipamentos de forma que forneçam no mínimo
114 L/min (30 gpm) e mantenham uma pressão de descarga por sprinkler de no mínimo 0,5 bar
(7 psi). Inclua todos os tanques que possam ser expostos a incêndio em poça na demanda de água.
F. Projete os sprinklers localizados sobre bombas de forma que forneçam no mínimo 76 L/min (20 gpm)
e mantenham uma pressão de descarga mínima nos sprinklers de pelo menos 0,5 bar (7 psi). Inclua
todas as bombas que podem ser expostas a incêndio em poça na demanda de água.
G. Balanceie todos os sprinklers instalados na área de uso de líquidos igníferos com a demanda do
sistema de teto no ponto de conexão.
Tabela 2.4.3. Proteção por sprinklers para ocupações que usam líquidos igníferos
Sprinkler de teto Demanda
Drena- Altura Resposta, Fator K de
Ponto de gem máxima do tempera- L/min/bar0,5 Densidade Área de hidrantes,
²
fulgor do neces- Objetivo da telhado m tura, (gpm/psi0,5) L/min/m² demanda m L/min Duração,
líquido °C (°F) sária proteção (ft) orientação (Obs. )
2 (gpm/ft²) (ft²) (gpm) min
Qualquer Sim Somente 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,30) 560 (6000) 3800 120
líquido com controle do Alta/ (1000)
risco incêndio Qualquer
associado de Padrão/ ≥ 115 (8,0) 740 (8000)
explosão em Ordinária/
sala ou Qualquer
equipamento
ou laca de
nitrocelulose
(Obs. 1)
PF <93°C Sim Somente 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,30) 370 (4000) 1900 (500) 60
(200°F) controle do Alta/
incêndio Qualquer
Padrão/ ≥ 115 (8,0) 560 (6000)
Ordinária/
Qualquer
PF ≥93°C Sim Somente 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,30) 370 (4000)
(200°F) controle do Alta/
incêndio Qualquer
Padrão/ ≥ 115 (8,0) 560 (6000)
Ordinária/
Qualquer
Não Extinção 4,6 (15) Padrão/ ≥ 161 12 (0,30) Para incêndios
do incêndio Ordinária/ (11,2) em poça de
Qualquer até 18 m²
9,1 (30) Padrão/ ≥ 161 15 (0,40) (200 ft²), use
Ordinária/ (11,2) área de
Qualquer projeto de
12 (40) Padrão/ ≥ 161 29 (0,70) 186 m²
Ordinária/ (11,2) (2000 ft²).
Qualquer Para áreas de
14 (45) Padrão/ ≥ 161 33 (0,80) poça >18
Ordinária/ (11,2) (200)
Qualquer e <56 m²
(625 ft²), use
área de
projeto de 743
m² (8000 ft²).
Líquidos com Não Extinção 12 (40) Padrão/ ≥ 115 (8,0) 12 (0,3) 370 (4000) 1900 (500) 60
DR >1 do incêndio Alta/
Qualquer
Padrão/ ≥ 115 (8,0) 560 (6000)
Ordinária/
Qualquer
Líquidos com Não Sem Ilimitado Projete proteção por sprinklers para a ocupação ao redor
ponto de fulgor incêndio
muito alto em poça
Obs.:
1. Veja definição de risco de explosão de sala/equipamento na Seção 2.1.1.3.
2. Sprinklers K260EC (K25,2EC) são permitidos em qualquer uma das opções de proteção desta tabela desde que as orientações de instalação da Seção 2.4.2.3 sejam seguidas.
2.4.4 Proteja contêineres de armazenagem de recipientes intermediários para granel (IBCs) com base na
ocupação ao redor com densidade mínima de 8 L/min/m² (0,2 gpm/ft²) sobre 232 m² (2.500 ft²). Se
a ocupação não requerer proteção por sprinklers, providencie uma densidade mínima de 8 L/min/m²
(0,2 gpm/ft²) sobre 232 m² (2500 ft²) sobre as unidades, e 6 m (20 ft) além.
2.4.5 Projete proteção por sprinklers para a ocupação ao redor quando os líquidos igníferos estiverem
contidos em tubulações que atendam às seguintes condições:
A. A tubulação ferrosa é totalmente soldada.
B. Não há válvulas, bombas ou outros acessórios que sejam possíveis pontos de vazamento conhecidos.
2.4.6 Instale um sistema de spray de água projetado de acordo com a Norma Técnica 4-1N, Fixed Water
Spray Systems for Fire Protection, para estações de carga e descarga e operações externas com líquidos
igníferos que exponham instalações de alto valor (ou seja, separação inadequada segundo a Norma Técnica
7-88), ou se os processos forem vitais para a produção.
2.4.6.1 Em estações de carga e descarga, proteja os equipamentos ao redor e direcione os bicos para
o caminhão-tanque.
2.4.7 Espace detectores para sistemas de dilúvio internos (sprinklers piloto, elétrico ou pneumático) da
seguinte maneira:
A. Instale sprinklers piloto no mesmo espaçamento que os sprinklers.
B. Instale dispositivos elétricos ou pneumáticos embaixo de tetos lisos usando os requisitos de
espaçamento listados no Approval Guide para o modelo específico ou conforme recomendado nas
normas que cobrem a ocupação específica.
2.4.8 Espace os detectores para sistemas de pré-ação (sprinklers piloto, elétrico ou pneumático) da seguinte
maneira:
A. Instale detectores elétricos ou pneumáticos com espaçamento de metade do espaçamento linear
certificado para o detector, ou no espaçamento máximo dos sprinklers, o que for maior. Para fins de
projeto, trate sistemas de pré-ação com esse espaçamento de detectores da mesma maneira que
sistemas de tubulação molhada. Se um sistema de pré-ação tiver espaçamento de detectores maior que
o espaçamento acima, considere-o como um sistema de tubulação seca para fins de projeto. Consulte
o Approval Guide para obter o espaçamento máximo permitido.
B. Instale sprinklers piloto no mesmo espaçamento que os sprinklers. Para fins de projeto, trate
sistemas de sprinklers de pré-ação que usam sprinklers piloto da mesma forma que sistemas de
tubulação seca, independentemente do espaçamento dos detectores.
2.4.9 Complemente a proteção por sprinklers automáticos com um dos seguintes sistemas de proteção
especial fixos certificados pela FM Approvals para limitar o dano por incêndio em uma ocupação com uso de
líquidos igníferos, ou como alternativa para sistema de drenagem de emergência:
A. Sistema de sprinklers de água-espuma
B. Sistema de espuma de ar comprimido (CAF)
C. Sistema de água nebulizada em névoa (water mist) de inundação total certificado pela FM Approvals
para máquinas em recintos fechados
D. Sistema de água nebulizada em névoa (water mist) certificado pela FM Approvals para aplicação local
E. Sistema híbrido (água e gás inerte) certificado pela FM Approvals para máquinas em recintos fechados
2.4.9.1 Utilize o seguinte critério de projeto para sistema de sprinklers de água-espuma:
A. Instale o sistema de acordo com a Norma Técnica 4-12, Foam-Water Sprinkler Systems. Utilize um
líquido gerador de espuma compatível com os líquidos igníferos da área.
B. Faça o projeto hidráulico do sistema de sprinklers de acordo com a Tabela 2.4.3 desta norma técnica
ou com a densidade de certificação da FM Approvals, o que for maior, em toda a área de demanda.
C. Dimensione o suprimento de líquido gerador de espuma para a vazão real de descarga dos sprinklers
(com base no suprimento de água disponível) mais a vazão de hidrantes de água-espuma (se
instalados) para:
1. Dez minutos em áreas com drenagem de emergência de piso totalmente adequada
2. Vinte minutos em áreas com drenagem de piso de emergência limitada ou ausente
3. Projete para a duração de qualquer derramamento de líquidos igníferos onde o possível ponto de
liberação esteja a mais de 0,9 m (3 ft) acima do piso, mas não menos que 10 minutos em áreas com
drenagem de emergência adequada ou 20 minutos em áreas com drenagem de emergência limitada
ou ausente.
D. Providencie contenção conforme recomendado nesta norma técnica para impedir que líquidos
igníferos se espalhem para outras áreas sem proteção contra o risco de líquidos igníferos.
2.4.9.2 Utilize o seguinte critério de projeto para sistema de espuma de ar comprimido (CAF):
B. Certifique-se de que sejam atendidas todas as limitações do sistema, como área protegida,
espaçamento dos projetores e volatilidade do líquido ignífero a ser protegido.
C. Instale um sistema de detecção de incêndio certificado pela FM Approvals compatível com
o sistema de água nebulizada em névoa (water mist) e que tenha tempo de resposta equivalente ao de
um sprinkler de resposta rápida.
D. Faça o projeto hidráulico do sistema de sprinklers de acordo com a Tabela 2.4.3 desta norma técnica.
E. Projete hidraulicamente o sistema de água nebulizada em névoa (water mist) de acordo com as
recomendações do fabricante e com a listagem do sistema no Approval Guide.
F. Projete o suprimento de água nebulizada em névoa (water mist) para que forneça a descarga de água
pelo tempo especificado na listagem do sistema no Approval Guide, porém não inferior a:
1. Dez minutos em áreas com drenagem de emergência de piso totalmente adequada
2. Vinte minutos em áreas com drenagem de piso de emergência limitada ou ausente
3. Para a duração de qualquer derramamento de líquidos igníferos onde a liberação esteja a mais
de 0,9 m (3 ft) acima do chão.
G. Inclua uma demanda de hidrantes externos conforme recomendado na Tabela 2.4.3.
H. Providencie contenção conforme recomendado nesta norma técnica para impedir que líquidos
igníferos se espalhem para outras áreas sem proteção contra o risco de líquidos igníferos.
2.4.10 Instale hidrantes externos dentro de um raio de 60 m (200 ft) de todas as áreas externas com uso de
líquido ignífero.
2.5.1 Geral
2.5.1.1 Utilize tanques e equipamentos fechados sempre que possível. Limite a área de superfície exposta
de líquidos igníferos em equipamentos e tanques abertos, se seu uso for necessário.
2.5.1.2 Providencie equipamentos projetados e fabricados com materiais que sejam:
A. Compatíveis com os líquidos igníferos em uso.
B. Compatíveis com as condições ambientais no entorno.
C. Resistentes a danos físicos (ex., impacto).
D. Resistentes a altas temperaturas de exposição (por exemplo, incêndio em líquidos igníferos). Não use
equipamentos de vidro ou de plástico (por exemplo, tanques e vasos). Equipamento metálicos com
revestimento de vidro ou plástico são aceitáveis.
E. Compatíveis com a máxima pressão hidrostática esperada, mais os fatores usuais de corrosão
e desgaste.
2.5.1.2.1 Onde aplicável, utilize a Norma Técnica 12-2, Vessels and Piping, para considerações sobre
projetos de equipamentos.
2.5.1.3 Posicione as tubulações de enchimento e descarga de forma que suas entradas e saídas fiquem no
topo de vasos e tanques.
2.5.1.4 Instale alívios normais e de emergência corretamente dimensionados em vasos e tanques
fechados com tubulação rígida direcionada para um local seguro fora de edificações importantes. Projete
os alívios de acordo com a Norma Técnica 7-88, Ignitable Liquid Storage Tanks.
2.5.1.5 Providencie instrumentos de medição ou observação indiretas (por exemplo, termopar para medir
a temperatura, sensores para medir pressão ou nível de líquido, etc.) em equipamentos que contenham
líquidos igníferos para reduzir ou eliminar vazamentos.
2.5.1.5.1 Se não for possível evitar instrumentos de medição ou observação direta (ex., manômetros,
medidores de vazão e indicadores de nível de líquido de vidro, visores de vidro, rotâmetros, tubos
indicadores, etc.), instale as seguintes proteções:
A. Use instrumentos certificados pela FM Approvals que sejam classificados para ambientes perigosos
quando necessário.
B. Produza os instrumentos com materiais compatíveis com os materiais sendo manuseados. Instale
vidro certificado para as condições de temperatura, pressão e serviço químico nas quais ele irá operar.
C. Instale instrumentos cuja resistência (por exemplo, pressão nominal) seja igual ou maior do que
o equipamento ao qual eles estão conectados.
D. Instale placas de orifício nas tubulações que conectam os instrumentos aos equipamentos.
E. Instale torneiras de fechamento automático em linhas de retirada de amostra (tubos indicadores) de
produtos.
F. Posicione visores de vidro acima do nível do líquido. Instale visores e indicadores de nível de líquido
certificados pela FM Approvals. Siga as recomendações do fabricante para montagem e manutenção.
Não instale esses dispositivos em equipamentos que contenham gases inflamáveis ou líquidos igníferos
aquecidos acima de seu ponto de ebulição atmosférica normal. Não use instrumentos com componentes
de vidro (por exemplo, visores de vidro) em equipamentos ou recipientes que apresentem mudanças
bruscas de temperatura (por exemplo, adição de um líquido de temperatura muito alta ou baixa na parte
interna ou externa de um recipiente).
G. Inspecione os visores pelo menos uma vez por semana e mantenha registro das inspeções. Quando
for detectado dano na superfície, substitua o vidro imediatamente. Se os visores de vidro forem expostos
a mudanças frequentes de temperatura e pressão, substitua-os em intervalos regulares, conforme
determinado pelas condições de processamento.
H. Instale rotâmetros blindados projetados de modo que somente uma amostra do fluxo seja direcionada
pela câmara de leitura de vidro, em vez de todo o fluxo. Para respiros de ar usados em conjunto com
alguns dispositivos de medição, canalize os respiros para locais externos para evitar a liberação de
líquidos igníferos em caso de falha do medidor.
2.5.1.6 Proteja equipamentos que manipulam líquidos igníferos exceto vasos de mistura sem tampa que,
em condições normais de operação, apresentem risco de explosão, de acordo com a Seção 2.1.1.3,
usando um dos seguintes métodos (listados em ordem de preferência):
2.5.1.6.1 Providencie alívio de explosão como segue:
A. Instale o equipamento com alívio de explosão em área externa ou providencie dutos para a abertura
do alívio voltada para o exterior e assim evitar exposição a explosão, incêndio e sobrepressão na sala.
Se isso não for fisicamente possível, providencie construção limitadora de danos. Consulte o Anexo D
e a Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction, para mais orientações.
B. Projete o alívio de explosão com a metodologia fornecida no Anexo D, de maneira a limitar
a pressão desenvolvida por uma explosão (pressão reduzida Pred ou Pr) como segue:
1. Para cálculos de área de alívio em que faltem os dados de limite de resistência do equipamento,
utilize os seguintes valores de Pred para equipamentos de modelo padrão com o pressuposto de que
possa haver alguma deformação de vaso em uma explosão com alívio devidamente instalado.
a. Vasos retangulares fracos (ex., fornos): 2,9 psig (0,2 barg)
b. Vasos cilíndricos (ex., ciclone) ou vasos retangulares robustos (reforçados): 4,4 psig (0,3 barg)
c. Para vasos em que deformações não sejam aceitáveis, obtenha o limite de resistência de projeto
do equipamento ou considere metade dos valores dados acima para Pred.
2. Para cálculo de áreas de alívio de equipamentos com dados de resistência de projeto
disponíveis, estabeleça o valor de Pred conforme os seguintes critérios:
a. Onde for aceitável deformação do vaso, use um valor igual ao dobro da resistência de projeto.
b. Onde deformação do vaso deva ser evitada, use um valor igual à resistência de projeto.
2.5.1.6.2 Providencie resistência adequada para o equipamento, de maneira que ele possa conter a
máxima pressão esperada de explosão de ar-vapor.
A. Onde for aceitável deformação do vaso, use um valor igual ao dobro da resistência de projeto.
B. Onde deformação do vaso deva ser evitada, use um valor igual à resistência de projeto.
2.5.1.6.3 Instale um sistema de inertização projetado de acordo com a Norma Técnica 7-59, Inerting and
Purging of Tanks, Process Vessels, and Equipment.
2.5.1.6.4 Instale um sistema de supressão de explosão certificado pela FM Approvals: de acordo com
a Norma Técnica 7-17, Explosion Protection Systems, em equipamentos de alto valor, equipamentos que
expõem processos de alto valor ou equipamentos com explosões frequentes, quando alívio de explosão,
contenção ou inertização não puderem ser instalados. Esses sistemas têm limitações significativas.
Assegure-se de que todos os critérios a seguir sejam atendidos:
A. Projete e instale os equipamentos de acordo com as recomendações do fabricante.
B. Siga todas as limitações de projeto especificadas no Approval Guide.
C. Certifique-se de que os sistemas de supressão de explosão tenham sido testados para
o combustível e volume do recipiente específicos sendo propostos.
D. Certifique-se de que a pressão reduzida (Pr) seja conhecida e não exceda aproximadamente o dobro
do limite da resistência de projeto do equipamento, se for aceitável alguma deformação do equipamento.
Se danos ao equipamento criarem uma exposição significativa (ou seja, equipamento de alto valor ou
difícil substituição), certifique-se de que a pressão reduzida (Pr) não exceda o limite de resistência do
equipamento.
2.5.1.7 Instale sistemas de purga ou ventilação em equipamentos que lidam com líquidos igníferos no ou
acima do ponto de fulgor de copo fechado para reduzir o risco de criar uma mistura de ar-vapor no
intervalo inflamável (explosivo) (não necessário em equipamentos inertizados).
A. Projete sistemas de purga de acordo com a Norma Técnica 7-59, Inerting and Purging of Tanks,
Process Vessels and Equipment.
B. Projete sistemas de ventilação de acordo com a Norma Técnica 6-9, Industrial Ovens and Dryers.
C. Projete sistemas de ventilação de maneira a limitar as concentrações de vapor inflamável a menos
de 25% de seu limite inferior de inflamabilidade (explosividade).
2.5.1.8 Instale sistemas de purga para evitar que equipamentos passem pelo intervalo inflamável
(explosivo) do vapor inflamável durante operações de partida ou parada.
2.5.1.9 Disponha tanques, misturadores e outros equipamentos de maneira a evitar o transbordamento de
um líquido ignífero usando um ou uma combinação dos seguintes métodos, ou sistemas de desempenho
equivalente (listados em ordem de preferência):
A. Instalar um dreno de transbordamento sifonado que retorne à fonte de suprimento ou leve a um ponto
de descarga seguro. A capacidade do dreno de transbordamento deve ser projetada de maneira que
seja pelo menos igual à da linha de enchimento.
B. Instale uma chave de nível de líquido certificada pela FM Approvals, configurada para parar o fluxo
de líquido por meio do fechamento de uma válvula e desligamento da bomba.
C. Use tanques-balança, tanques de medição e medidores de vazão para enviar volumes de líquido
medidos com precisão a um tanque. O uso de um medidor de vazão não elimina a necessidade de
seguir as recomendações (A) e (B) acima.
2.5.1.10 Instale proteção contra transbordamento e/ou drenos de emergência no fundo de tanques abertos
fixos para evitar transbordamento causado por descarga de sprinklers e hidrantes, e para remover os
líquidos igníferos expostos de uma área de incêndio.
2.5.1.10.1 A proteção contra transbordamento por descarga dos sprinklers e os drenos de emergência no
fundo de tanques podem ser omitidos se uma das seguintes situações for atendida:
A. Tampas de fechamento automático e pelo menos 150 mm (6 in) de borda livre estão instalados no
tanque ou no equipamento.
B. O tanque tem menos de 1,9 m2 (20 ft2) de superfície exposta e há pelo menos 150 mm (6 in) de
borda livre.
C. O líquido tem ponto de fulgor igual ou maior que 93°C (200°F), e há proteção por sprinklers de teto
projetada para extinguir o fogo (consulte a Tabela 2.4.3). Além disso, há borda livre suficiente para
conter a descarga dos sprinklers enquanto durar o incêndio.
D. O líquido tem ponto de fulgor muito alto.
E. O líquido tem densidade relativa maior que 1, e há pelo menos 25 mm (1 in) de borda livre.
2.5.1.11 Aqueça equipamentos com vapor, água quente, fluido orgânico de transferência de calor (consulte
a Norma Técnica 7-99, Heat Transfer By Organic and Synthetic Fluids) ou outros meios que não exijam
chama aberta.
2.5.1.11.1 Instale sistemas de controle automático separados para aquecimento de processo e condições de
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emergência.
2.5.1.11.2 Providencie sistemas de controle de emergência que tenham as seguintes características:
A. Inclua um intertravamento de alta temperatura certificado pela FM Approvals, projetado para enviar
um alarme sonoro e desligar o equipamento de aquecimento.
B. Monitore continuamente as temperaturas de equipamentos e processos.
C. Mantenha as temperaturas do equipamento significativamente abaixo da temperatura de
autoignição ou de autodecomposição do líquido.
2.5.1.12 Organize operações de fracionamento de líquidos igníferos de recipientes portáteis da seguinte
forma:
A. Configure as operações de fracionamento para extração a partir do topo do recipiente portátil (ex.,
tambores verticais, topo de recipientes intermediários para granel - IBCs), com o uso de bombas para
tambor manuais certificadas pela FM Approvals, equipadas com alívios de pressão e de vácuo nos
tambores verticais.
B. Em qualquer operação de fracionamento que utilizar gravidade para descarga do líquido (ex.:
tambores horizontais ou descarga de fundo de recipientes intermediários para granel - IBCs),
providencie torneiras de fechamento automático certificadas pela FM Approvals.
C. Instale alívios de segurança certificados pela FM Approvals em todo recipiente a ser utilizado em
fracionamento, inclusive fracionamento com bombas manuais não equipadas com alívios de pressão
e vácuo.
D. Instale bandejas de contenção de gotas certificadas pela FM Approvals embaixo de torneiras em
tambores mantidos na horizontal.
E. No manuseio de tambores na posição horizontal para fracionamento, utilize equipamentos
especificamente projetados para essa operação. Não utilize empilhadeira.
2.5.1.13 Configure o fracionamento de líquidos com alto ponto de fulgor de até dez recipientes metálicos
com volume de até 265 L (70 gal) usando tubulação metálica e torneiras de fechamento automático. Veja
a Figura 2.5.1.13 e a Seção 2.5.1.5.
2.5.1.14 Utilize recipientes de segurança certificados pela FM Approvals para manuseio de quantidades
pequenas de líquidos igníferos.
2.5.1.14.1 Utilize recipientes metálicos de segurança quando manusear líquidos com pontos de fulgor de
copo fechado abaixo de 93°C (200°F). Líquidos igníferos com pontos de fulgor de copo fechado iguais ou
maiores que 93°C (200 F) podem ser manuseados em recipientes metálicos não classificados.
2.5.1.14.2 Recipientes de segurança não metálicos podem ser usados no manuseio de líquidos igníferos
corrosivos.
2.5.1.14.3. Armazene recipientes de segurança em armários de líquidos igníferos ou proteja a estocagem
conforme a Norma Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis, com base
no tipo de líquido e na construção do recipiente.
2.5.2 Sistemas de tubulação
2.5.2.1 Flexibilidade e suporte de sistemas de tubulação
2.5.2.1.1 Projete a flexibilidade do sistema de tubulação de acordo com a ASME B31.3 ou equivalente
local. Considere as seguintes condições no projeto:
A. Expansão e contração térmica devido a condições operacionais internas (ex., mudanças de
temperatura do sistema)
B. Condições externas (ex., terremoto)
C. Outros movimentos (por exemplo, efeitos de transientes hidráulicos, assentamento, vibração)
2.5.2.1.2 Não use juntas de expansão de sobreposição.
2.5.2.1.3 Providencie suportes de tubulação para apoiar e fixar os sistemas de tubulação de acordo com
a ASME B31.3 ou equivalente local.
2.5.2.1.4 Instale conectores de mangueiras flexíveis em sistemas de tubulação para evitar tensões
perigosas devido a vibração, assentamento ou mudança térmica. Providencie materiais e instalação com as
seguintes características para assegurar resistência e durabilidade adequada e proteção contra danos
físicos em mangueiras:
A. Construa mangueiras flexíveis de materiais incombustíveis de alta resistência, resistentes a
decomposição ou fusão quando expostos a fogo, e compatíveis com o líquido sendo usado.
1. Use construções totalmente de metal, formadas com materiais como aço, Monel, aço inoxidável,
cobre, bronze, ou material equivalente.
2. Mangueiras de plástico ou borracha reforçada e cobertura de metal trançado são aceitáveis
quando necessárias para atender a exigências operacionais. Veja na Figura 2.5.2.1.4.A.2. diferentes
tipos de mangueiras.
3. Não use tubos de borracha macia, plástico ou outros materiais combustíveis não reforçados ou não
protegidos.
B. Proteja as mangueiras contra danos mecânicos.
C. Projete as conexões das mangueiras para atender a todas as recomendações para conexões rígidas
em tubos (consulte a Seção 2.2.6). Não utilize abraçadeiras para mangueiras.
D. Projete mangueiras e conexões para terem resistência a ruptura maior do que a pressão de
operação máxima esperada com um fator de segurança de pelo menos 4.
2.5.2.1.5 Projete os sistemas de tubulação localizados em áreas expostas a terremoto de acordo com a
Norma Técnica 1-2, Earthquakes.
2.5.2.2.3 Instale dispositivos de alívio de pressão para evitar sobrepressurização nas seções do tubo
aquecido que podem ser isoladas entre válvulas enquanto o sistema de aquecimento estiver ativo.
Direcione a saída das válvulas de alívio para um local que não crie exposição para instalações ou
edificações importantes da fábrica.
2.5.2.2.4 Providencie o aquecimento de tubos com um dos métodos abaixo ou um equivalente. Não use
chamas abertas.
A. Traço de vapor
B. Cabo de aquecimento elétrico
C. Aquecimento de impedância (ou seja, passagem de corrente alternada de baixa tensão pelo tubo)
2.5.2.2.5 Configure traço de vapor da seguinte forma:
C. A válvula fechará em caso de falha na fonte de alimentação (ex., elétrica, a ar, pneumática,
hidráulica) ou operação de elemento fusível.
D. Indicador de posição da válvula (exceção: modelos solenoide sem gaxetas).
E. A válvula só pode ser rearmada manualmente.
2.5.2.4.3 Configure as válvulas de bloqueio de segurança ou bombas de deslocamento positivo para
operação manual e automática.
2.5.2.4.3.1 Configure os sistemas com bombas de deslocamento positivo e válvulas de bloqueio de
segurança para desligar as bombas primeiro e assim evitar pressurização do sistema de tubulação.
2.5.2.4.4 Providencie válvulas de bloqueio de segurança com conexões soldadas caso a válvula possa ser
exposta a incêndios de líquidos. Solde a válvula de bloqueio de segurança no lado do suprimento do
sistema de tubulação (ex., na conexão soldada de descarga de um tanque). Instale uma conexão soldada
ou flangeada no lado a jusante da válvula de bloqueio de segurança.
2.5.2.4.5 Defina a quantidade e a localização adequadas para as válvulas de bloqueio de segurança
dependendo do tamanho do sistema de tubulação, sua complexidade e da possível exposição criada por
um vazamento, inclusive nos seguintes locais:
A. Nas linhas de descarga de tanques internos ou externos (aéreos ou subterrâneos).
B. Em linhas de descarga de fundo de tanques externos aéreos de líquidos igníferos que alimentam uma
bomba de deslocamento positivo quando vários tanques estiverem localizados na mesma área (ex., dois
ou mais tanques em uma área de contenção ou um único tanque em uma área de contenção que não
é acessível durante um incêndio) para permitir o bloqueio do fornecimento no caso de vazamento na
bomba. Um único tanque externo (por exemplo, um único tanque em área de contenção acessível) que
alimenta uma bomba de deslocamento positivo pode ter uma válvula operada manualmente na linha de
descarga de fundo.
C. Em linhas de descarga de fundo de tanques internos que alimentam bombas de deslocamento
positivo para permitir o bloqueio do suprimento em caso de vazamento na bomba.
D. Nos pontos de uso de líquidos igníferos, como operações de fracionamento ou linhas de suprimento
a equipamentos. Providencie:
1. Válvulas de bloqueio de segurança individuais na tubulação de suprimento para cada
equipamento ou operação de fracionamento; ou
2. Uma única válvula de bloqueio de segurança na tubulação de suprimento para um coletor que
alimenta equipamentos ou operações de fracionamento; ou
3. Uma única válvula de bloqueio de segurança localizada no ponto de entrada de uma edificação ou
sala isolada se a área for projetada para risco de incêndio de líquidos com base na quantidade de
líquidos igníferos contidos na tubulação a jusante da válvula de bloqueio de segurança.
2.5.2.4.6 Providencie o fechamento das válvulas de bloqueio de segurança e/ou a parada das bombas de
deslocamento positivo por meio de um dos seguintes métodos:
A. Acionamento em caso de incêndio por:
1. Detectores de calor localizados acima de pontos de uso, equipamentos ou componentes, ou outros
possíveis pontos de vazamento (ex., bombas)
2. Tubos ou tampões termoplásticos para suprimento de ar a uma válvula pneumática (ou seja, o tubo
termoplástico derrete quando exposto ao fogo, resultando em perda da pressão de ar e fechamento
da válvula de bloqueio de segurança)
3. Detectores de fumaça em ocupações não industriais
4. Detectores de chamas óticos
B. Operação de um sistema de proteção contra incêndio, como sprinklers automáticos ou sistemas de
proteção especial.
C. Liberação manual de uma válvula de controle automático (dead-man) ou de fechamento automático
que requeira presença constante do operador e feche automaticamente quando o operador sai.
D. Acionamento por condições anormais do sistema, tais como pressão alta ou baixa, nível de líquido
alto ou baixo, vazão excessiva, detecção de derramamento, temperatura de processo alta, ou variação
anormal de condições de processo. Providencie esse tipo de sistema de acionamento além de um dos
métodos listados acima em (A) - (C).
E. Acionamento de válvula de bloqueio de segurança operada por elo fusível. Posicione as válvulas de
maneira que elas estejam diretamente expostas a chamas de um incêndio em líquidos igníferos.
1. Se a válvula de bloqueio de segurança não puder ser instalada em local diretamente exposto
a chamas, providencie elos fusíveis adicionais localizados acima dos pontos de vazamento
esperados com um cabo preso ao volante da válvula regulado para fechar quando o cabo é liberado.
2. Se a válvula de bloqueio de segurança não puder estar instalada em local diretamente exposto
a chamas, e não for possível instalar elos fusíveis adicionais, substitua-a por uma válvula de bloqueio
de segurança que possa ser operada conforme os itens (A) a (D) acima.
2.5.2.4.7 Intertrave as válvulas de bloqueio de segurança com um detector de vazamento de
hidrocarbonetos certificado pela FM Approvals em ocupações onde seja improvável a detecção imediata de
um vazamento de líquido ignífero que não tenha sofrido ignição (ex., suprimentos de combustível para
geradores de emergência, tanques de processo onde não haja presença de pessoal ou que não sejam
inspecionados por longos períodos, locais remotos, etc.).
2.5.2.4.8 Providencie um ou mais meios manuais (ex., botoeiras, chaves, alavancas, etc.) para fechar
válvulas de bloqueio de segurança e parar bombas de deslocamento positivo como segue:
A. Na área de operação com líquidos igníferos, acessível durante operações normais e instalado em
local de fácil acesso por operadores e em rotas de fuga da edificação ou estrutura.
B. Em locais com presença constante de pessoal (ex., sala de controle, posto de segurança) que
tenham indicações de condições de emergência (ex., centrais de alarme, vídeo).
2.5.2.4.9 Instale acumuladores hidráulicos ou válvulas de alívio de segurança em tubulações que possam
ser isoladas por válvulas fechadas com líquido preso entre elas para evitar danos por sobrepressurização
causada pela expansão térmica do líquido. Direcione a descarga das válvulas de alívio para um ponto de
coleta adequadamente projetado.
2.5.2.4.10 Instale a válvula de bloqueio de segurança de acordo com as recomendações do fabricante.
As válvulas adquiridas, quando recebidas, podem estar em uma posição fixa para proteção durante o
transporte. Remova pinos de segurança, elos, etc., durante a instalação.
B. Instale continuidade e aterramento elétricos de acordo com a Norma Técnica 5-8, Static Electricity.
Conecte cabos de continuidade elétrica antes de abrir o tanque do caminhão.
C. Aplique o freio de mão do caminhão e bloqueie as rodas antes de conectá-lo ao sistema de tubulação
fixa.
D. Afixe avisos com indicação de que o caminhão-tanque está conectado ao sistema de tubulação.
2.5.3.4.9 Projete estações de carga e descarga de vagões da seguinte forma (consulte a Figura 2.5.3.4.9):
Fig. 2.5.3.4.9. Instalação de continuidade elétrica entre a estação de carga/descarga e vagões para evitar faíscas
devido a correntes de fuga
A. Realize todas as operações de carga e descarga em trilhos nivelados em uma seção de ferrovia
privada ou local equivalente dentro da fábrica com tubulação permanente direcionada aos tanques de
armazenagem.
B. Instale proteção contra correntes de fuga ligando o tubo (ou tubos) de enchimento a pelo menos um
trilho e à estrutura de rack (se for metálica). Em áreas com excesso de correntes de fuga, instale flanges
isolantes em todos os tubos que entram na área do rack para isolar eletricamente as tubulações do rack
(veja a Figura 2.5.3.4.9).
C. Alinhe com precisão os vagões com os pontos de conexão de carga/descarga para evitar tensão
excessiva nas conexões.
D. Proteja os vagões contra outros vagões em movimento, instalando descarriladores a pelo menos uma
vez o comprimento do vagão na extremidade aberta da ferrovia. O uso de aparelhos de mudança de via
existentes é aceitável se eles puderem ser travados na posição fechada.
E. Aplique os freios e bloqueie as rodas antes de conectar o vagão ao sistema de tubulação fixa.
F. Afixe avisos com indicação de que o vagão está conectado ao sistema fixo de tubulação até que
o vagão seja desconectado.
2.5.3.4.10 Onde líquidos igníferos com pontos de fulgor abaixo de 38°C (100°F) estiverem sendo
transferidos, instale corta-chamas nas linhas de respiro dos vagões e caminhões.
2.5.3.4.11 Proteja as estações de carga e descarga contra fontes de ignição não controladas de acordo
com a Seção 2.9.
2.5.3.4.12 Identifique claramente todas as tubulações para evitar a mistura de materiais.
2.5.3.4.13 Certifique-se de que todas as operações de carga e descarga tenham presença constante
de pessoal.
2.5.3.4.14 Use caminhões ou vagões com serpentinas de aquecimento para transferir líquidos que
precisam de aquecimento.
A. Use a menor pressão de vapor necessária para manter o líquido em estado fluido.
B. Controle o vapor com um regulador ajustado para a menor pressão necessária.
C. Instale uma válvula de alívio de pressão a jusante do regulador, e ajuste-a para uma pressão
ligeiramente maior.
2.7 Treinamento
2.7.1 Crie um programa de treinamento para todos os funcionários (inclusive operadores, membros do
grupo de resposta a emergências e pessoal de segurança) que trabalham com ou tenham acesso a áreas
que contenham ou processem líquidos igníferos. Projete e supervisione o programa de treinamento para
que cubra a complexidade das operações de processo e o nível de risco presente na unidade. Forneça
treinamento a todos os funcionários novos, assim como atualizações, conforme necessário, aos
funcionários atuais. No mínimo, inclua as seguintes informações no programa:
A. Os riscos criados pelos materiais em uso.
B. Operação e parada corretas de equipamentos em condições normais e emergenciais. Imprima e
publique procedimentos importantes para facilidade de consulta.
C. Procedimentos adequados de manuseio de materiais (por exemplo, aterramento e continuidade
elétrica, torneiras de fechamento automático, válvulas de alívio de segurança, etc.).
D. Operação e parada de sistemas de tubulação de líquidos igníferos, inclusive a localização de todas
as válvulas de bloqueio remotas e locais.
E. Procedimentos adequados de transferência de líquidos igníferos.
F. Localização, tipo correto e uso adequado de extintores de incêndio para o risco presente.
G. Operação e função de sistemas fixos de extinção de incêndio.
Fig. 2.9.1.1.B.1. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L (70 gal) de
líquidos igníferos em equipamentos abertos
Fig. 2.9.1.1.B.2. Localização de equipamentos elétricos com classificação para área de risco com até 265 L (70 gal) de
líquidos igníferos em equipamentos fechados
Fig. 2.9.1.1.C.1. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L (70 gal) de
líquido ignífero em equipamentos abertos
Fig. 2.9.1.1.C.2. Localização de equipamentos elétricos classificados para área de risco com mais de 265 L (70 gal) de
líquido ignífero em equipamentos fechados
2.9.1.2 Proíba estritamente o uso de qualquer equipamento portátil não classificado (inclusive
equipamentos de manutenção, equipamentos operados por bateria, etc.).
2.9.1.2.1 Dispositivos portáteis, de baixa tensão e operados por bateria que atendam aos requisitos da
prática recomendada ISA (RP) 12.12.03 - 2011, podem ser usados em locais de risco Classe I ou II, Divisão
2 ou Zona 2, caso dispositivos certificados pela FM Approvals ou listados não estejam disponíveis.
2.9.1.3 Equipamentos elétricos padrão são aceitáveis em áreas que manipulam líquidos igníferos não
aquecidos com ponto de fulgor de copo fechado igual ou maior que 38°C (100°F) ou em áreas não
subterrâneas que contenham somente tubulação de líquidos igníferos (ou seja, nenhum equipamento
associado, como bombas, válvulas, pontos de conexão e desconexão, filtros, tanques, etc.).
2.9.1.4 Se equipamentos elétricos portáteis não classificados precisarem ser introduzidos
temporariamente, siga as precauções de autorização de trabalho a quente. Assim como ocorre com outros
trabalhos a quente, se não for possível tomar as precauções, não emita a autorização e não use
equipamentos elétricos não classificados.
2.9.2 Providencie aterramento e continuidade elétrica para equipamentos que manipulam líquidos igníferos
aquecidos (pelas condições do ambiente ou do processo), de acordo com a Norma Técnica 5-8, Static
Electricity e a Norma Técnica 5-10, Protective Grounding for Electric Power Systems and Equipment.
2.9.2.1 Não fracione líquidos com ponto de fulgor abaixo de 38°C (100°F) de recipientes plásticos grandes.
2.9.2.2 Avalie e providencie proteção contra geração de eletricidade estática em processos que envolvam
adição de pós em vasos. Utilize um sistema com aterramento e continuidade elétrica.
2.9.3 Proíba o fumo e o uso de chamas abertas em todas as salas ou edificações que exijam
equipamentos elétricos classificados para locais de risco. Afixe placas para definir áreas de risco e restrições
aplicáveis.
2.9.4 Instale sistemas de aquecimento que não contenham chamas abertas ou superfícies quentes, que
podem ser fontes de ignição. Use vapor ou água quente, fluido de transferência de calor orgânico ou
aquecimento elétrico classificado para locais de risco.
2.9.4.1 Aquecedores de ar de reposição com queima direta de gás natural ou óleo combustível são
aceitáveis se a unidade de aquecimento estiver localizada fora da sala ou edificação e não houver
recirculação de ar (ou seja, nenhum retorno de ar da sala para o equipamento de aquecimento).
2.9.4.2 Instale equipamentos de aquecimento com temperaturas de pelo menos 31°C (55°F) [diferença
de temperatura] abaixo do ponto de autoignição dos líquidos presentes na sala.
2.9.5 Evite que qualquer equipamento que possa produzir faísca (elétrica, estática, mecânica ou fricção),
chamas abertas ou superfícies quentes entre em contato com líquidos igníferos ou seus vapores. Faça
manutenção dos equipamentos para evitar a produção de faíscas ou pontos quentes devido ao desgaste ao
longo do tempo (por exemplo, equipamentos rotativos, como motores, agitadores, bombas).
2.9.6 Utilize empilhadeiras industriais certificadas pela FM Approvals para uso em áreas que requeiram
equipamentos elétricos Classe I, Divisão 1 ou 2 (Zona 0, 1 ou 2), conforme a Norma Técnica 7-39, Lift Trucks.
2.9.7 Não permita nenhum tipo de trabalho a quente em áreas de manuseio, processamento ou
armazenagem de líquidos igníferos. Transfira qualquer trabalho a quente para local não perigoso.
2.9.7.1 Quando a transferência não for possível , use um sistema de autorização documentado de acordo
com a Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de Trabalhos a Quente, para controlar estritamente todas as
operações de trabalho a quente.
2.9.7.2 Emita as autorizações somente após uma revisão completa de todo o trabalho proposto, os riscos
da área, e todas as precauções necessárias para prevenir incêndio ou explosão. Se não for possível
atender a todos os requisitos, não emita a autorização e não realize o trabalho.
3.1 Introdução
A melhor proteção contra incêndios e explosões envolvendo líquidos igníferos é a eliminação de fontes de
combustível (ou seja, uso de líquidos substitutos para os igníferos). Se o combustível não puder ser
eliminado, limite a quantidade usada e projete os equipamentos de processo para evitar sua fuga e limitar
a quantidade perdida em caso de liberação (por exemplo, opere com a pressão mais baixa necessária para
fins de processo). A seguir estão considerações de projeto adicionais para reduzir a exposição criada por
uma ocupação de líquido ignífero e levar a um nível mais alto de proteção inerente:
• Equipamentos de construção incombustível
• Equipamentos projetados para conter/drenar líquidos igníferos
• Conexões de tubulação soldadas
• Separação física
• Edificações incombustíveis
• Drenagem e contenção organizadas para limitar o espalhamento de líquidos igníferos derramados
• Vazões de líquido mantidas no mínimo necessário
Os recursos de projeto que dependem da operação dos dispositivos de proteção podem reduzir a exposição
criada por um processo de líquido ignífero, mas só funcionam em resposta a um evento como liberação de
líquido ou incêndio. O uso desses dispositivos de proteção não substitui os recursos de segurança inerente
descritos acima. Alguns dispositivos de proteção estão listados abaixo:
• Válvulas de bloqueio de segurança
• Sprinklers automáticos ou proteção tipo dilúvio
• Sistemas de proteção especial
• Controles de processo corretamente projetados
queima. Se o líquido não puder suportar combustão, ele não representará um risco de incêndio ou
explosão. A capacidade de um líquido de queimar é geralmente atrelada à existência de um ponto de
fulgor. No entanto, o ponto de fulgor sozinho nem sempre indica se um líquido é capaz de sustentar
combustão. Algumas soluções líquidas têm ponto de fulgor de copo fechado, mas nenhum ponto de
combustão (ou seja, a solução líquida não pode produzir vapor inflamável suficiente para permitir
combustão sustentada; a mistura de vapor produzida tem calor de combustão muito baixo e taxa de
liberação de calor lenta). Esse tipo de mistura não apresenta risco de incêndio, mas pode criar risco de
explosão dentro de equipamentos fechados.
Infelizmente, determinar se um líquido queimará pode ser difícil. As atuais práticas de rotulagem requeridas por
códigos de transporte e outras regulamentações são inconsistentes e podem apresentar erros. Convenções de
nomenclatura (ou seja, “inflamável” versus “combustível”) também podem sugerir que líquidos têm diferentes
riscos relativos de incêndio, quando, de fato, todos eles representam uma grave ameaça a uma edificação
quando queimam. Esta norma técnica trata desses líquidos, além de líquidos que códigos e/ou
regulamentações podem não abordar, como aqueles com ponto de fulgor acima de 93°C (200°F).
Duas medidas de gravidade do incêndio são a taxa de liberação de calor e a altura da chama. Para
incêndios em líquidos, a taxa de liberação de calor é controlada pela área superficial do líquido, pelo calor
de combustão do líquido e pela taxa de perda de massa do líquido. A altura da chama está associada à
taxa de liberação de calor do fogo. O calor de combustão e a taxa de perda de massa são propriedades
físicas do líquido. A área superficial disponível para queimar depende de vários fatores externos, como a
quantidade de líquido liberado, o método de liberação de líquido (liberação em spray, fluxo de líquido,
liberação de massa catastrófica), a superfície e a inclinação do piso (superfície áspera e/ou inclinação do
piso limitarão o espalhamento do líquido) e a construção de equipamentos ou tubulações (equipamentos
incombustíveis devidamente protegidos tendem a reter líquidos em um incêndio; equipamentos
combustíveis ou frágeis liberarão líquido em um incêndio, independentemente da proteção).
A abordagem acima para avaliar o risco de incêndio por líquido indica que hidrocarbonetos líquidos
produzirão taxas de liberação de calor comparáveis, independentemente do ponto de fulgor. Líquidos
igníferos de baixo ponto de fulgor são facilmente incendiados (vapor pode estar presente em temperatura
ambiente), enquanto líquidos igníferos de alto ponto de fulgor requerem aquecimento para que a ignição
ocorra, e o incêndio inicialmente continuará lentamente pela superfície do líquido. No entanto, depois de
incendiados, os dois tipos de líquido têm alto calor de combustão e produzirão rapidamente uma alta taxa
de liberação de calor (ou seja, incêndios produzirão altas temperaturas em um curto período). Como a taxa
de liberação de calor fornece uma medida da gravidade do incêndio, não faz sentido classificar
hidrocarbonetos líquidos apenas por seu ponto de fulgor.
O ponto de fulgor tem impacto na capacidade da proteção por sprinklers do teto de apagar incêndios em
poça. Testes da FM Global mostraram que sprinklers de teto foram bem-sucedidos em extinguir incêndios
em poça envolvendo líquidos com ponto de fulgor de copo fechado iguais ou maiores que 93°C (200°F). Os
testes analisaram óleo de selagem mineral com ponto de fulgor de copo fechado de 141°C (285°F). Esses
testes demonstraram claramente que líquidos com pontos de fulgor acima de 93°C (200°F) poderiam ser
incendiados com uma pequena fonte de ignição local (ou seja, ignitor de ponta) e o incêndio se espalharia
pela superfície da poça, mesmo com óleo não aquecido e sprinklers em operação. Os testes também
indicaram claramente qual era a taxa de descarga de água necessária para apagar o incêndio em poça.
Testes adicionais mostraram que líquidos com ponto de fulgor muito alto podem se incendiar localmente
mas não espalharão o fogo pela superfície de uma poça se ela não for aquecida, ou se a diferença entre o
ponto de fulgor de copo fechado a temperatura operacional for maior que 180°C (324°F). A única maneira
de fazer com que toda a superfície de líquido queime é cobri-la com um líquido de ponto de fulgor baixo.
Muito embora sprinklers tenham se mostrado eficazes contra incêndios de líquidos de alto ponto de fulgor,
eles não extinguirão nem controlarão um incêndio em forma de spray ou de derramamento tridimensional,
independentemente do ponto de fulgor do líquido. Até mesmo sistemas de proteção especiais, como
sistemas de sprinklers de água-espuma e espuma de ar comprimido, não são eficazes contra incêndios de
líquidos fluindo. Interromper o fluxo de líquidos igníferos durante um incêndio é fundamental para projetar
uma proteção contra incêndio que possa defender a ocupação e a edificação contra uma perda grave.
Outras propriedades do material/líquido que podem afetar o risco de incêndio de um líquido incluem
miscibilidade em água, misturas e emulsões do líquido, viscosidade do líquido, líquidos de ponto de ebulição
baixo (ou seja, ponto de ebulição abaixo de 38°C [100°F]) e líquidos mais pesados do que a água (ou seja,
densidade relativa maior que 1).
Por fim, vapores de líquidos igníferos podem formar misturas explosivas com o ar. Alguns líquidos são
instáveis ou muito reativos (por exemplo, queimam quando expostos ao ar sem uma fonte de ignição, são
suscetíveis a aquecimento espontâneo, reagem violentamente com outros materiais, inclusive água). A
combinação dessas características cria um risco significativo de incêndio e/ou explosão.
Com base nas informações acima, os líquidos que queimam podem ser subdivididos em três grupos:
A. Líquidos que não podem ser extintos por sprinklers de teto (PF abaixo de 93°C [200°F], também
conhecidos como líquidos de ponto de fulgor baixo),
B. Líquidos que podem ser extintos por sprinklers de teto (ponto de fulgor igual ou maior que 93°C
[200°F], também conhecidos como líquidos de ponto de fulgor alto), ou densidade relativa maior que 1,
ou miscível em água], e
C. Líquidos com ponto de fulgor muito alto. Veja definição na Seção 2.1.3.1.
Esses três grupos juntos podem ser classificados como “líquidos igníferos”, ou seja, líquidos que queimam.
3.1.3 Emulsões
Há vários produtos que consistem em uma base aquosa misturada com várias porcentagens de líquidos
igníferos não miscíveis e sólidos. Muitos deles são emulsões (ou seja, o líquido ignífero não miscível não
se separa da mistura). Um exemplo comum desse tipo de produto é tinta ou revestimento à base de água.
Tintas látex geralmente têm pouco ou nenhum conteúdo de líquido ignífero. Algumas tintas mais novas têm
várias percentagens de líquidos igníferos em uma base aquosa. Os líquidos igníferos podem ser miscíveis
em água ou não. Testes em bancada em um grande número de tintas com até 20% de líquido ignífero não
miscível em água mostraram que esses materiais não apresentam risco mensurável de incêndio. Muitos
desses materiais não podem ser testados facilmente usando métodos de teste padrão de ponto de
combustão ou de ponto de fulgor. Porém, os esforços para incendiar quantidades maiores de líquidos do
que aquelas requeridas por esses testes também não conseguiram produzir nenhuma combustão
sustentada. Todas as emulsões não confirmadas com conteúdo de líquido ignífero devem ser testadas
para confirmar se o produto tem ponto de combustão.
particulares de líquidos a temperaturas fixas. Não é possível fazer conversões entre a maioria das medições
de viscosidade. Uma unidade de viscosidade dinâmica (absoluta) é o centipoise (cP). Um cP é equivalente
a 0,01 g/cm-sec ou 6,72 x 104 lb/sec-ft. A viscosidade de alguns líquidos (a 21°C [70°F]) é:
• Água: 1,0 cP
• Gasolina: 0,65 cP
• Acetona: 0,35 cP
• Óleo lubrificante (SAE 10) 60 cP
• Glicerina: 1000 cP
• Mel: 10.000 cP
• Asfalto: >100,000 cP
Uma unidade de medida comum para a viscosidade cinemática (razão entre viscosidade dinâmica e
densidade) é centistokes (cSt). A 20°C (68°F), a água tem uma viscosidade cinemática de cerca de 1 cSt.
Um benefício importante dos líquidos viscosos é sua capacidade de fluxo reduzida. Líquidos altamente
viscosos resistirão ao fluxo livre, o que resulta em área superficial reduzida. Conforme discutido
anteriormente, a área superficial tem um impacto direto na gravidade de incêndio do líquido. Infelizmente, a
viscosidade de muitos materiais diminui a temperaturas elevadas. Como as atuais técnicas de medição de
viscosidade não apresentam viscosidade a temperaturas de incêndios, não é possível determinar uma
redução no risco de incêndio para materiais viscosos homogêneos.
Há outros líquidos que consistem em uma mistura de sólidos e um líquido ignífero. Em casos onde haja
alto teor de sólidos, espera-se uma redução no risco de incêndio. Líquidos com uma viscosidade de
10.000 cP e menos de 10% de líquido ignífero ou uma viscosidade de 100.000 cP e menos de 50% de
líquido ignífero, podem ser protegidos usando critérios de proteção reduzidos. Interpolação linear pode ser
usada para calcular o teor máximo de solvente para misturas com viscosidades entre 10.000 cP e
100.000 cP. Um exemplo é massa de reparo de automóveis, que consiste em um material de base viscosa
combinado com uma pequena quantidade de solvente de baixo ponto de fulgor.
Sistemas de drenagem de líquidos não são necessários para líquidos com viscosidade superior a 10.000 cP.
Embora esses líquidos possam ter uma redução na viscosidade quando expostos a um incêndio, se a
proteção por sprinklers for adequada, os líquidos devem esfriar rapidamente no piso. As características de
fluxo reduzido de líquidos altamente viscosos anulam a eficácia de sistemas de drenagem em sua remoção.
UPR derramada queimará como uma poça no piso. Ela tende a se espalhar menos e tem uma dispersão de
chama mais lenta do que líquidos comuns de baixo ponto de fulgor. O aquecimento da UPR em um
recipiente de metal causará sua polimerização sem pressurizar significativamente o recipiente (ou seja,
o recipiente pode ventilar parcialmente sem criar danos por sobrepressão na edificação).
3.2.1 Geral
O método menos perigoso de transferência de grandes quantidades de líquidos igníferos em instalações
é o uso de um sistema de tubulação fechado bem projetado e com boa manutenção. Como esses sistemas
são utilizados para transferir grandes quantidades de líquidos igníferos (às vezes sob alta pressão), uma
falha em um componente do sistema pode produzir uma liberação mensurável de líquido e criar a
possibilidade de um grande incêndio de líquidos igníferos. Muitas falhas na tubulação ocorrem devido a
erros de projeto, operação defeituosa ou manutenção inadequada do sistema. O projeto do sistema de
tubulação deve considerar a localização, a organização, os materiais, as conexões, a flexibilidade,
o aquecimento, as válvulas, a inspeção e os testes. Por meio de um projeto adequado, um nível mais alto
de prevenção inerente contra vazamento ou liberação pode ser incorporado a um sistema de tubulação.
3.3 Ocupação
3.3.2 Ventilação
Líquidos igníferos não queimam, e sim os vapores que eles produzem. A pressão de vapor do líquido
determinará quanto vapor será criado a várias temperaturas. Quanto mais vapor presente, maior a chance
de ignição. Vapores inflamáveis são geralmente mais pesados que o ar e têm propriedades de fluidos que
permitem sua movimentação no nível do piso e acúmulo em pontos baixos. O vapor não incendiará a menos
que esteja dentro de seus limites inflamáveis. Se ele alcançar seu limite inferior de explosividade e estiver
confinado, causará uma explosão. Líquidos com alta pressão de vapor produzirão uma quantidade de vapor
suficiente para queimar em temperatura ambiente. Líquidos com baixa pressão de vapor requerem calor
para produzir vapor suficiente para ignição. Em geral, líquidos de baixo ponto de fulgor têm altas pressões
de vapor e líquidos de ponto de fulgor alto têm baixas pressões de vapor.
Sistemas de exaustão são projetados para confinar, diluir e remover a quantidade normal máxima de vapores
inflamáveis liberados por equipamentos e manuseio de líquidos igníferos durante operações normais.
Ventilação no nível do piso adequadamente projetada reduzirá a possibilidade de acúmulo de mistura ar-vapor
inflamável na área de processo por meio da diluição do vapor inflamável com ar para evitar que a concentração
atinja o limite inferior de explosividade. A liberação excessiva de vapor causada por falha em equipamentos
(ruptura do tubo, liberação de uma válvula de alívio), descarga acidental de líquidos igníferos aquecidos
(derramamento de tambor ou tanque) ou reação química não controlada (alívio de um reator) não pode ser
devidamente protegida pelas taxas de ventilação apresentadas nesta norma técnica. Está fora do escopo deste
documento projetar um sistema de ventilação para remover grandes liberações de vapor.
As tomadas de ar para o sistema precisam estar no nível do piso e em pontos baixos para evitar a formação
de bolsas de vapor dentro da sala. A necessidade de ventilação mecânica positiva é determinada pelo
líquido em uso e pelas condições de processo.
Em geral, líquidos com ponto de fulgor abaixo de 38°C (100°F) produzem vapor em temperatura ambiente
em quantidades suficientes para exigir ventilação mecânica. Qualquer líquido com ponto de fulgor de até
150°C (300°F) aquecido até seu ponto de fulgor precisará de ventilação mecânica. As taxas específicas de
ventilação mecânica necessárias para evitar que um vapor inflamável atinja seu limite inferior de
explosividade podem ser calculadas usando a Norma Técnica 6-9, Industrial Ovens and Dryers.
3.4 Proteção
Sprinklers automáticos fornecem proteção eficaz contra riscos de incêndio por líquidos igníferos em
ambientes internos. Eles são o principal meio de evitar danos graves a edificações, processos e ativos.
A proteção por sprinklers pode extinguir incêndios em líquidos:
A. Com pontos de fulgor acima de 93°C (200°F) ao resfriar o líquido abaixo de seu ponto de combustão.
(Obs.: Isso se aplica somente a incêndios em poça com líquidos não aquecidos e interrupção
automática do suprimento de líquido.)
B. Que são mais pesados do que a água, abafando o fogo.
C. Que são miscíveis em água, diluindo o líquido até o ponto em que ele não tenha mais um ponto de
combustão.
Incêndios em líquidos com ponto de fulgor abaixo de 93°C (200°F) não podem ser extinguidos com
sprinklers. No entanto, os sprinklers irão evitar danos às estruturas e equipamentos pelo resfriamento.
É necessária uma cobertura completa por sprinklers (por exemplo, abaixo de tanques, mezaninos e outras
obstruções) para garantir resfriamento adequado e evitar colapso devido ao superaquecimento do aço.
Incêndios tridimensionais e em forma de spray produzem uma taxa de liberação de calor muito mais alta do
que um incêndio em poça, pois o líquido é vaporizado a uma taxa maior. A possibilidade de danos térmicos
desses tipos de incêndios é alta. Os projetos de sprinklers apresentados nesta norma técnica não foram
idealizados para proteger fábricas de produtos químicos ou incêndios em forma de spray (por exemplo, óleo
hidráulico).
3.5.1 Geral
Equipamentos projetados para manusear líquidos igníferos devem confinar o líquido e o vapor, limitar
o vazamento e o tamanho do derramamento e remover os líquidos que escapam em uma emergência.
Processos que requerem que líquidos igníferos sejam usados sem confinamento devem ter equipamentos
que limitem a área superficial exposta do líquido para reduzir a chance de ignição e limitar o possível
tamanho do incêndio. Os equipamentos também devem ser projetados para suportar todas as condições
de processo esperadas (por exemplo, pressão, temperatura, etc.), bem como exposições externas (por
exemplo, dano físico, exposição a incêndio, atmosferas corrosivas).
4.0 REFERÊNCIAS
4.1 FM Global
Norma Técnica 1-2, Earthquakes
Norma Técnica 1-12, Ceilings and Concealed Spaces
Norma Técnica 1-29, Roof Deck Securement and Above-Deck Roof Components
Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction
Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos
Norma Técnica 4-0, Special Protection Systems
Norma Técnica 4-2, Water Mist Systems
Norma Técnica 4-1N, Fixed Water Spray Systems for Fire Protection
Norma Técnica 4-12, Foam-Water Sprinkler Systems
Norma Técnica 5-1, Electrical Equipment in Hazardous (Classified) Locations
Norma Técnica 5-8, Static Electricity
Norma Técnica 5-10, Protective Grounding for Electric Power Systems and Equipment
Norma Técnica 6-9, Industrial Ovens and Dryers
Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants
Norma Técnica 7-17, Explosion Protection Systems
Norma Técnica 7-29, Armazenagem de Líquidos Igníferos em Recipientes Portáteis
Norma Técnica 7-37, Cutting Oils
Norma Técnica 7-39, Lift Trucks
Norma Técnica 7-59, Inerting and Purging of Tanks, Process Vessels, and Equipment
Norma Técnica 7-78, Industrial Exhaust Systems
Norma Técnica 7-79, Fire Protection for Steam Turbines and Electrical Generators
Norma Técnica 7-83, Drainage and Containment Systems for Ignitable Liquids
Norma Técnica 7-88, Outdoor Ignitable Liquid Storage Tanks
Norma Técnica 7-98, Hydraulic Fluids
Norma Técnica 7-99, Heat Transfer by Organic and Synthetic Fluids
Norma Técnica 7-101, Fire Protection for Steam Turbines and Electrical Generators
Norma Técnica 9-0/17-0, Maintenance and Inspection
Norma Técnica 9-18/17-18, Prevention of Freeze-Ups
Norma Técnica 10-3, Gerenciamento de Trabalhos a Quente
4.2 Outras
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Scheme for the Identification of Piping Systems. ASME
A13.1.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Buttwelding Ends. Standard B16.25.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Pipe Flanges and Flanged Fittings. Standard B16.5.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Process Piping. Standard B31.3.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Methods of Fire Tests of Door Assemblies. ASTM E152.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Specification for Alloy-Steel and Stainless
Steel Bolting for High Temperature or High Pressure Service and Other Special Purpose Applications. ASTM
A193/A193M 10a.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Specification for Carbon and Alloy Steel Nuts
for Bolts for High Pressure and High Temperature Service, or Both. ASTM A194/A194M 10a.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Test Method for Flash Point by Tag Closed
Tester. ASTM D56.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Test Methods for Flash Point by Pensky-
Martens Closed-cup Tester. ASTM D93.
American Society of Mechanical Engineers (ASME). Standard Test Methods for Fire Tests of Building
Construction and Materials. ASTM E119.
Organização Internacional para Normalização (ISO). Determination of Flash Point - Pensky-Martens Closed-
cup Method. ISO 2719.
International Society of Automation. ISA 12.12.03-2011. Standard for Portable Electronic Products Suitable
for Use in Class I and II, Division 2, Class 1 Zone 2 and Class III, Division 1 and 2 Hazadous (classified)
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Operações com Líquidos Igníferos 7-32
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 53
Locations.
National Fire Protection Association (NFPA). Guide for Venting of Deflagrations. NFPA 68.
National Fire Protection Association (NFPA). National Electrical Code. NFPA 70.
United States Government, Department of Transportation (USDOT). Transportation. Code of Federal
Regulations (CFR) Title 49.
Ponto de combustão: A temperatura mais baixa na qual um líquido em um recipiente aberto liberará vapor
suficiente para incendiar e continuar a queimar. Em geral, pontos de combustão são ligeiramente mais altos
que pontos de fulgor de copo aberto para um determinado líquido. Líquidos podem ter pontos de fulgor sem
ter pontos de combustão. Um líquido sem ponto de combustão não queimará (ex., solução de etanol-água
a 15%: ponto de fulgor de copo fechado 42°C [107°F], sem ponto de combustão; solução de água-acetona
a 15%: ponto de fulgor de copo fechado de 9°C [49°F], sem ponto de combustão). Um líquido sem ponto de
combustão não é considerado líquido ignífero.
Ponto de ebulição: A temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido é igual à pressão atmosférica
sobre o líquido. O ponto de ebulição é medido a uma pressão atmosférica de 14,7 psia (aproximadamente
1 bar a). O ponto de ebulição de um líquido ignífero permite a comparação de sua volatilidade sem que se
saibam as pressões de vapor. Líquidos com pontos de ebulição baixos são muito voláteis.
Ponto de fulgor: A temperatura mínima na qual vapor suficiente é liberado para formar uma mistura de ar-
vapor que irá incendiar e propagar uma chama para longe da fonte de ignição (incêndio em nuvem,
combustão não contínua). A evaporação ocorre abaixo do ponto de fulgor, mas a quantidade de vapor
liberado não é suficiente para produzir uma mistura de ar-vapor que possa incendiar. O ponto de fulgor
pode ser determinado usando-se aparelhos de teste de copo fechado ou de copo aberto. O teste de copo
fechado produzirá um ponto de fulgor mais baixo do que o de copo aberto, pois ele proporciona maior
contenção de vapor (ou seja, aumenta o acúmulo de vapor). O ponto de fulgor de copo fechado é usado
para classificar os líquidos porque é conservador (ou seja, produz o ponto de fulgor mais baixo para o
líquido) e representa a condição na qual a maioria dos líquidos são manuseados (ou seja, a maioria dos
líquidos são mantidos em recipientes ou equipamentos fechados).
Pressão do vapor: Medida da pressão criada pelo vapor de um líquido a uma temperatura específica. As
pressões de vapor de líquidos igníferos fornecem uma base de comparação da volatilidade dos líquidos em
várias temperaturas (ou seja, fornecem uma medição da tendência dos líquidos de vaporizar). Líquidos
igníferos com alta pressão de vapor em temperatura ambiente são mais perigosos que líquidos com
pressões de vapor mais baixas, pois produzirão mais vapor inflamável sem aquecimento. Dados de
pressão de vapor frequentemente não estão disponíveis.
Purga: Introdução durante curto período de um gás (ex., ar, nitrogênio) para permitir a transição de acima
do limite superior de explosividade para abaixo do limite inferior de explosividade, ou vice-versa, sem
passar pela faixa explosiva.
Recipiente intermediário para granel (IBC): Definido pelo Departamento de Transporte dos EUA em CFR
Título 49, Parte 178, Subparte N, datado de 1° de outubro de 1997, e nas Recomendações das Nações
Unidas sobre Transporte de Bens Perigosos, nona edição, Capítulo 16. O tamanho do recipiente é limitado
a 3 m³ (793 gal). Não há outros requisitos específicos sobre o projeto ou material de fabricação. Todos os
recipientes intermediários para granel (IBC) devem passar em testes baseados em desempenho criados
para avaliar sua resistência a vazamento durante transporte. Nenhum requisito existente de testes avalia o
desempenho do recipiente quando exposto a incêndio. A categoria de recipiente intermediário para granel
(IBC) inclui também recipientes previamente definidos como tanques portáteis ou tanques tote. Existem
algumas limitações sobre o tipo de armazenagem de líquidos permitido em IBCs usados para transporte.
No entanto, para os líquidos igníferos mais comumente transportados, há poucas limitações.
Em geral, o tamanho máximo do recipiente intermediário para granel (IBC) utilizado no transporte de
líquidos é de aproximadamente 2,5 m³ (660 gal) devido ao peso total do pacote. Os tamanhos mais
comuns variam de 0,95 a 1,3 m³ (250 a 330 gal). Os tipos de construção de recipientes intermediários para
granel comuns incluem recipientes totalmente de plástico autossustentados; recipientes de plástico
suportados por plástico (recipientes de compostos plásticos que consistem em uma estrutura rígida de
plástico que sustenta o recipiente também de plástico); e recipientes de plástico com suporte de metal
(recipientes compostos de metal e plástico que consistem em uma estrutura de metal que sustenta um
recipiente de plástico). Como as únicas avaliações em que os recipientes intermediários para granel (IBC)
precisam passar são testes com base no desempenho, há muito pouca consistência no projeto de
recipientes produzidos por vários fabricantes. Uma série de testes de incêndio patrocinados por fabricantes
mostrou claramente que o desempenho de um determinado tipo de recipiente intermediário para granel
(IBC) com relação a incêndio não pode ser generalizado. Isso é talvez devido à variabilidade de projetos.
Semissólido: Material que tem forma definida à temperatura ambiente sem contenção, mas pode ser
forçado a fluir sob pressão (por exemplo, manteiga, tinta pastosa, géis).
Sistema de água nebulizada em névoa (water mist): Um sistema de distribuição conectado a um
suprimento de água que é equipado com um ou mais projetores capazes de fornecer spray de água
atomizado com gotículas que têm menos de 1.000 microns de tamanho. Esses sistemas são
complementares e não substitutos de sprinklers automáticos.
Sistema de espuma de ar comprimido (CAF): Um sistema CAF consiste em um sistema de tubulação
separado do sistema de sprinklers, um suprimento de ar, um suprimento de líquido gerador de espuma, um
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7-32 Operações com Líquidos Igníferos
Página 56 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global
os códigos atuais. Várias recomendações de sistema de tubulação que fazem referência a códigos ASME
específicos foram apresentadas. Essas recomendações visam prover especificações de projeto para
projetistas de sistemas de tubulação. O consultor de campo não deve revisar planos para conformidade
com essas normas, e sim fornecer bons conselhos de engenharia sobre o que aplicar no projeto.
9. Foram incluídas informações adicionais sobre definição da necessidade de equipamentos elétricos
classificados para áreas de risco.
Março de 1993. Ampla revisão técnica.
D.3.1 Dimensionamento de alívio para Pred maior que 0,1 barg (1,5 psig) (equipamentos de alta
resistência)
Utilize a seguinte equação de dimensionamento de alívio (da NFPA 68, Guide for Venting of Deflagrations,
edição de 1988) para calcular a área de alívio necessária em equipamentos de alta resistência.
Equação D.3.1:
Av = dVf • Pred
h
e(gPstat)
(Obs.: A equação acima deve ser usada somente com unidades métricas) onde:
Av = Área de alívio, m2
Pred = Pressão de explosão reduzida (barg)
Pstat = Pressão de alívio estática (barg)
V = Volume do recipiente (m³)
e = 2,718 (base do logaritmo natural)
d,f,g,h = Constantes, conforme definidas na Tabela D.3.1
As constantes d f, g, e h utilizadas na equação D.3.1 dependem do tipo de gás/vapor presente. Os dados e
a equação foram elaborados com base em quatro gases: metano, propano, gás de coque e hidrogênio.
A Tabela D.3.1 apresenta as constantes a serem usadas para metano, propano e hidrogênio (as constantes
para gás de coque não estão incluídas porque não se aplicam à maioria dos cenários industriais).
A equação D.3.1 é válida somente para vasos com relação comprimento/diâmetro de 5 ou menos, e para
as seguintes faixas de Pred e volume do vaso (V):
1 m3 ≤ V≤ 1000 m3
Pred é a pressão máxima que será desenvolvida durante a explosão ventilada. Para que o projeto da
construção limitadora de danos dê certo, o equipamento deve conseguir suportar a Pred esperada.
É melhor deixar a determinação de Pred para o projetista do equipamento ou um engenheiro estrutural.
Pstat é a pressão de ajuste ou de alívio do respiro de deflagração. Deve ser pelo menos 0,1 bar abaixo da
pressão máxima desejada durante o alívio, Pred.
D.3.2 Dimensionamento de alívio para Pr de 0,1 barg (1,5 psig) ou menos (equipamentos de baixa
resistência)
Use os critérios de projeto da Norma Técnica 1-44, Damage-Limiting Construction, para calcular a área de
ventilação necessária para equipamentos de baixa resistência. A nomenclatura listada na norma técnica
representa o seguinte:
Pr = Pressão máxima de explosão ventilada, kPa (psf)
(Obs.: Isso é equivalente a Pred para equipamentos de alta resistência.)
Pv = Pressão de atuação do respiro,
kPa (psf) Av = Área de alívio, m2 (ft2)
As = Área de superfície interna, m2 (ft2)
Siga estritamente todas as limitações listadas na Norma Técnica 1-44.
Pr é a pressão máxima que será desenvolvida durante a explosão ventilada e é a pressão mais alta que
pode ser sustentada pelo equipamento sendo protegido.
É melhor deixar a determinação de Pr para o projetista do equipamento ou um engenheiro estrutural. Na
falta de algum dado, utilize os critérios oferecidos nas recomendações.
Pv é a pressão de ajuste ou de alívio do respiro de deflagração. Deve ser pelo menos 2,4 kPa (50 psf) abaixo
da pressão máxima desejada durante a ventilação, Pr. De preferência, Pv deve ser de 0,96 kPa (20 psf) ou
menos.
Os critérios de peso específico de respiros na Norma Técnica 1-44 são aplicáveis apenas para edificações
e salas.