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nem por nenhum meio, eletrônico, mecânico, fotocopiado, gravado ou de outra forma, sem a permissão por escrito da
Factory Mutual Insurance Company. Aviso legal: Esta norma técnica foi traduzida do original em inglês para o português.
A FM Global não faz nenhuma representação ou dá garantias, seja de forma expressa ou implícita, quanto à exatidão ou
integralidade desta tradução. Em caso de qualquer conflito, desacordo ou ambiguidade entre a versão em inglês e a em
português, a versão em inglês será a fonte autorizada e deve prevalecer.
3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 2 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global
Lista de figuras
Fig. 1. Foto de uma sala de bombas bem organizada ....................................................................................... 5
Fig. 2.2.2.4-1. Sistema de bombas em zona única ............................................................................................ 7
Fig. 2.2.2.4-2. Sistema de bombas de duas zonas com suprimento reserva proveniente
de tanques elevados ................................................................................................................... 7
Fig. 2.3.2.3-1. Configuração certa e errada do tubo de sucção da bomba ........................................................ 8
Fig. 2.3.2.3-2 Configuração certa e errada do tubo de sucção da bomba ......................................................... 9
Fig. 2.3.2.6-1. Configurações sugeridas para bomba de incêndio com bypass, alimentada
pela rede pública ....................................................................................................................... 10
Fig. 2.4.12.3-1. Exemplo de circuito elétrico exclusivo para o motor da bomba de incêndio ........................... 16
Fig. 2.4.12.3-2 Exemplo de circuito elétrico de alimentação da bomba de incêndio conectado
a montante de todas as outras cargas ...................................................................................... 17
Fig. 2.4.25.1.3-1. Diagrama de uma configuração típica de tubulação de água de arrefecimento
de trocador de calor ............................................................................................................. 22
Fig. 3.1.3.2-2. Instalação de bomba vertical tipo turbina em poço ................................................................... 25
Fig. 3.1.3.2-2a. Instalação de bomba de incêndio vertical tipo turbina com sucção em poço .......................... 26
Fig. 3.1.3.2-3. Vista em planta das dimensões do reservatório de água .......................................................... 27
Fig. 3.1.3.2-4. Vista frontal das dimensões do reservatório de água ............................................................... 27
Fig. 3.1.3.2-5. Instalação típica de bomba de incêndio horizontal com sucção de tanque sobre o piso .......... 28
Fig. 3.1.3.2-6. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida (cortesia do Hydraulic
Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org) ..................................................................... 29
Fig. 3.1.3.2-7. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida com motor elétrico
de acoplamento fechado (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA,
www.pumps.org) ....................................................................................................................... 30
Fig. 3.1.3.2-8. Vista em corte de uma típica bomba de sucção frontal de acoplamento longo
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................. 31
Fig. 3.1.3.2-9. Vista em corte de uma típica bomba vertical in-line com motor elétrico de acoplamento
fechado (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org) .................... 32
Fig. 3.1.3.2-10. Vista em corte mais detalhada de uma típica bomba vertical in-line de acoplamento longo
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................. 33
Fig. 3.1.5-1. Vista em corte de uma típica bomba vertical tipo turbina de dois estágios
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................. 35
Fig. 3.1.5-2. Curvas características de bombas ............................................................................................... 36
Fig. 3.1.5.1-3. Verificação do alinhamento angular e paralelo (cortesia do Hydraulic Institute,
Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................................................................... 37
Fig. 3.1.8-1. Selo mecânico da bomba ............................................................................................................. 39
Fig. 3.1.9-1. Gráfico do suprimento de água .................................................................................................... 41
Fig. C.2.1-1. Gráfico de suprimento de água ................................................................................................... 51
Fig. C.2.1-2. Efeito das variações de velocidade na curva de desempenho da bomba ................................... 52
Lista de tabelas
Tabela 2.3.2.5-1. Vazão necessária para criar a velocidade de 4,6 m/s (15 ft/s) ............................................... 9
Tabela 2.3.4.3-1. Resumo dos dados das tubulações da bomba de incêndio ................................................. 12
Tabela 3.1.3.2-1. Dimensões mínimas do reservatório de água ...................................................................... 24
Tabela 3.1.9-1. Potência aproximada necessária para acionar bombas de incêndio (Para requisitos
específicos de potência, consulte o fabricante.) ....................................................................... 40
1.0 ESCOPO
Esta norma técnica fornece recomendações para instalação de bombas de proteção contra incêndio. Essas
recomendações consideram que serão utilizados equipamentos certificados pela FM Approvals, a menos que
especificado de outra forma.
Esta norma se refere à seleção e à instalação de bombas que fornecem água a sistemas privados de proteção
contra incêndio. Entre os itens abordados estão construção da sala de bombas, tubulações de sucção e descarga,
fornecimento de energia, motores elétricos e seus controles, motores de combustão interna e seus controles,
e testes de aceitação. Esta norma não trata de requisitos de vazão e pressão do suprimento de água, ou de
requisitos de inspeção, teste e manutenção de sistemas de bombas de incêndio. Também não fornece
recomendações sobre a instalação dos cabos de alimentação elétrica da bomba de incêndio.
1.1 Riscos
A função das bombas de incêndio é suprir água para a proteção contra incêndio. Elas são componentes
fundamentais do sistema de proteção contra incêndio de uma instalação, e devem operar com alto grau de
confiabilidade. Para atingir esse nível de confiabilidade, é fundamental selecionar e instalar adequadamente seus
componentes, assim como realizar inspeção, teste e manutenção periódicos.
Essas bombas devem partir automaticamente quando houver queda de pressão no sistema de proteção contra
incêndio, ou por outra forma de detecção automática, e suprir, sem interrupção, a vazão e pressão de água
necessárias em caso de incêndio. Falhas na bomba durante um incêndio podem expor o local a uma perda
patrimonial catastrófica.
1.2 Mudanças
A. Inclusão de uma nova orientação para uso de várias bombas de incêndio em funcionamento simultâneo em
capacidade reduzida para fornecer o suprimento de água total a um sistema de proteção contra incêndio.
B. Atualização das orientações para consistência com a Norma Técnica 3-11, Flow and Pressure Regulating
Devices for Fire Protection Service.
C. Atualização das orientações sobre inspeção, teste e manutenção em alinhamento à Norma Técnica 2-81,
Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção contra Incêndio.
D. Atualização da orientação sobre suprimentos de energia elétrica para motores elétricos de bombas
de incêndio.
E. Atualização da orientação sobre cabos de energia elétrica para consistência com a Norma Técnica 5-31,
Cables and Bus Bars.
G. Inclusão de material de anexo para melhorar o uso do formulário 105, Pump Acceptance Test Data.
H. Reformatação desta norma para consistência com outras normas técnica da FM Global.
2.1 Introdução
2.1.1 Utilize equipamentos, materiais e serviços certificados pela FM Approvals sempre que aplicável. Uma lista
de produtos e serviços certificados pela FM Approvals está disponível no Approval Guide, um recurso on-line da
FM Approvals.
2.1.2 Instale um suprimento de água confiável para as bombas de incêndio. Para determinar isso, considere
a adequação em termos de qualidade, quantidade, pressão e confiabilidade da fonte de água. Orientações sobre
a escolha de um suprimento de água confiável estão disponíveis na Norma Técnica 3-29, Reliability of Fire
Protection Water Supplies.
2.2.1 Geral
2.2.1.1 Estabeleça um local para a sala de bombas onde a tubulação possa ser curta e disposta de
forma adequada. Tenha extrema atenção com a tubulação de sucção.
2.2.1.2 Instale a bomba em uma edificação isolada, de construção incombustível e distante pelo menos
15 m (50 ft) dos prédios protegidos por ela.
Se não for viável ter uma edificação isolada:
A. Evite locais em que a sala de bombas esteja exposta a incêndio, queda de destroços, ou outros riscos que
possam danificar a bomba ou os cabos de alimentação elétrica, ou que não permitam a presença do operador de
bombas junto ao equipamento durante um incêndio.
B. A porta de acesso à sala de bombas deve estar em uma parede externa da edificação.
C. Isole a bomba de outras áreas da edificação com paredes com duas horas de resistência ao fogo. Se
a sala de bombas e as áreas adjacentes estiverem protegidas por um sistema de sprinklers automáticos,
a resistência das paredes ao fogo pode ser reduzida para uma hora.
D. A sala de bombas de incêndio não deve estar dentro de uma edificação que não tenha proteção ou
ser anexada a ela.
2.2.1.3 Configure todo o cabeamento do circuito de controle elétrico que se estenda para fora da sala de bombas
de incêndio de forma que uma falha nesses cabos (curto-circuito ou abertura do circuito) não impeça a operação
da bomba. Uma falha nesses cabos pode fazer com que a bomba dê partida e opere, mas não deve impedir sua
partida e operação. Proteja contra danos mecânicos todo o cabeamento de controle que esteja dentro da sala de
bombas e que não seja tolerante a falhas utilizando eletrodutos metálicos fixados no teto ou nas paredes da sala
de bombas.
2.2.1.4 Não utilize a casa de bombas para armazenagem.
2.2.1.5 Instale sprinklers automáticos sobre bombas acionadas por motor de combustão interna.
2.2.1.6 Providencie meios adequados para manter a temperatura da sala ou da casa de bombas acima de 5°C
(40°F), se for preciso. Veja a Seção 2.8 para requisitos de temperaturas mais altas específicos para
motores diesel.
2.2.1.7 Providencie ventilação na sala de bombas. Veja na Seção 2.8.5 os requisitos específicos de ventilação
para motores diesel.
2.2.1.8 Para reduzir a possibilidade de alagamento, certifique-se de que o piso da sala de bombas está no mesmo
nível ou acima do nível do terreno adjacente. Posicione a bomba acima do nível de inundação com período de
recorrência de 500 anos e inclua 25-50 mm (1-2 in) de borda livre.
2.2.1.9 Proteja o funcionamento da bomba de incêndio, do motor e do painel de controle contra possíveis
interrupções causadas por explosões, incêndios, inundações, terremotos, roedores, insetos, vendavais,
congelamento, vandalismo e outras condições adversas.
2.2.1.10 Os pisos devem ter caimento de forma que a água escoe para longe de equipamentos importantes, como
bomba, motor, painel de controle, etc. Instale um dreno no piso da sala de bombas para remover facilmente a água
proveniente de gaxetas ou testes operacionais por queda de pressão.
2.2.1.11 Instale iluminação artificial na casa de bombas para permitir leituras de medidores e instrumentos de teste.
2.2.1.12 Providencie os seguintes alarmes (no mínimo) conectados a um local com presença constante
de pessoal:
A. Para bombas elétricas:
• Bomba (motor) em funcionamento
• Falta de energia elétrica (corrente alternada e/ou corrente contínua)
• Painel de controle conectado a fonte alternativa de energia (banco de baterias/geradores, quando aplicável)
• Falha na partida
B. Para bombas diesel:
• Motor diesel em funcionamento
• Falta de energia elétrica (corrente alternada e/ou corrente contínua)
• Painel de controle desligado/em posição manual/em posição de TESTE (quando aplicável)
• Falha na partida
Sirenes, alarmes ou luzes giratórias que possam ser ouvidos ou vistos em áreas com presença constante de
pessoal são aceitáveis se for possível garantir uma resposta ao problema da bomba.
2.2.1.12.1 Providencie as seguintes notificações visuais ou sonoras adicionais para bombas de incêndio diesel:
• Sobrevelocidade
• Baixa pressão do óleo
• Temperatura alta do líquido de arrefecimento
• Falha do motor
Esses quatro itens podem ser classificados em conjunto como alarme de "Falha geral de operação da bomba" ou
alarme de "Problema na casa de bombas", para simplificar.
2.2.1.12.2 Verifique a operação desses alarmes pelo menos anualmente. Isso pode ser feito durante o teste de
vazão anual da bomba de incêndio aplicável.
• No caso de zonas acima de 85 m (275 ft), utilize tubulações e conexões para alta pressão na descarga da
bomba e nas cotas inferiores do prédio, com pressão de operação nominal igual ou maior à soma da
pressão máxima à vazão nula (sem vazão) da bomba mais a máxima pressão estática de sucção prevista.
A pressão de operação nominal dos tubos e conexões pode ser menor nos pavimentos onde a perda de
pressão devido à altura reduz a pressão estática máxima prevista no tubo.
• Numa edificação onde as bombas forem acionadas por motores elétricos e a altura da edificação ultrapasse
a capacidade de bombeamento das viaturas do corpo de bombeiros, instale uma fonte de energia
emergencial confiável para as bombas.
A energia emergencial deve ser fornecida por geradores de emergência dedicados acionados por motores diesel
ou por fontes de alimentação de energia emergencial do edifício. Se o seu caso for o segundo, dimensione a fonte
de energia emergencial de forma que ela consiga suprir toda a demanda de energia, inclusive a da bomba de
incêndio. Para saber sobre outros requisitos de instalação, veja a Norma Técnica 5-23, Emergency and Standby
Power Systems.
Fig. 2.2.2.4-2. Sistema de bombas de duas zonas com suprimento reserva proveniente de tanques elevados
2.3 Proteção
2.3.1 Geral
2.3.1.1 As tubulações de sucção e descarga devem ter suporte independente da bomba.
2.3.1.2 Para evitar corrosão, mantenha pintada a parte exposta da tubulação aérea.
2.3.1.3 Instale e teste toda a tubulação subterrânea de sucção e descarga de acordo com a Norma Técnica 3-10,
Installation and Maintenance of Private Fire Service Mains and Their Appurtenances.
2.3.1.4 Para locais sujeitos a terremotos, veja recomendações adicionais de instalação e ancoragem de tubulação
de sucção e descarga na Norma Técnica 2-8, Earthquake Protection for Water-Based Fire Protection Systems.
2.3.2.5 Dimensione o tubo de sucção de forma que a velocidade da água não exceda 4,6 m/s (15 ft/s) quando a
bomba estiver operando a 150% da capacidade nominal (veja Tabela 2.3.2.5-1). Se várias bombas compartilham
uma única fonte de sucção, considere a vazão simultânea de todas.
Tabela 2.3.2.5-1. Vazão necessária para criar a velocidade de 4,6 m/s (15 ft/s)
Diâmetro do tubo - mm (in) Vazão - L/min (gpm) Diâmetro do tubo - mm (in) Vazão - L/min (gpm)
25 (1) 151 (40) 152 (6) 5000 (1320)
38 (1 1⁄2) 360 (95) 203 (8) 8860 (2340)
51 (2) 587 (155) 254 (10) 13850 (3660)
64 (2 1⁄2) 850 (225) 305 (12) 19985 (5280)
76 (3) 1325 (350) 356 (14) 23960 (6330)
102 (4) 2214 (585) 406 (16) 31340 (8280)
127 (5) 3560 (940)
2.3.2.6 Onde o abastecimento de água tiver pressão suficiente para dar algum grau de proteção contra incêndio
sem uso da bomba, instale uma tubulação com válvula de retenção para bypass da bomba. A tubulação de
bypass deve ter o mesmo diâmetro da tubulação de descarga da bomba. (Veja Figura 2.3.2.6-1.)
Fig. 2.3.2.6-1. Configurações sugeridas para bomba de incêndio com bypass, alimentada pela rede pública
2.3.2.7 Não instale na tubulação de sucção equipamentos (tais como dispositivos antirretorno de água, entre
outros) que interrompam a operação, restrinjam a partida ou limitem a descarga da bomba de incêndio ou do
motor da bomba.
2.3.2.8 Sempre que possível, posicione o dispositivo antirretorno no lado da descarga da bomba de incêndio, para
evitar aumento da perda de carga e efeito possivelmente negativo no desempenho da bomba.
2.3.2.9 Não instale válvulas reguladoras ou de bloqueio por baixa pressão de sucção. Em seu lugar, providencie
dispositivos de monitoração para acionar um alarme se a pressão de sucção da bomba ou o nível de água caírem
abaixo do limite mínimo pré-determinado.
2.3.2.10 Se válvulas reguladoras de sucção forem exigidas pela autoridade competente, substitua as não
certificadas pela FM Approvals por modelos certificados pela FM Approvals.
2.3.2.11 Instale uma válvula gaveta de haste ascendente certificada pela FM Approvals no tubo de sucção. Para
minimizar a turbulência na sucção da bomba, instale somente válvulas do tipo gaveta a até 16 m (50 ft) do flange
de sucção da bomba.
2.3.2.12 Nos locais onde a sucção é feita diretamente na rede pública, posicione a válvula gaveta o mais distante
possível do flange de sucção da bomba. Se a sucção for feita de um tanque de armazenamento, posicione
a válvula gaveta na saída do tanque. A válvula gaveta pode ser instalada na sala de bombas, na entrada do
redutor excêntrico na linha de sucção, se houver um. Dimensione a válvula gaveta de haste ascendente conforme
indicado na coluna "Entrada de sucção" da Tabela 2.3.4.3-1.
2.3.2.13 Faça testes hidrostáticos para verificação de vazamentos na tubulação de sucção de acordo com
a Norma Técnica 3-10, Installation/Maintenance of Fire Service Mains. Em tubulações aéreas, utilize tubos de aço
com flanges soldados ou roscados, ou conexões mecânicas ranhuradas. Não utilize conexões do tipo ajustável ou
flexível, a menos que certificadas pela FM Approvals especificamente para uso com bombas de incêndio.
2.3.2.14 Inspecione telas/filtros na sucção de acordo com a orientação da Norma Técnica 2-81, Fire
Protection System Inspection, Testing, and Maintenance.
2.3.2.14.1 Se o suprimento de água vier de uma fonte aberta, como represa, lago ou poço, ou se houver materiais
na água que possam entupir a bomba ou o sistema de sprinklers, siga a seguinte orientação:
A. Instale telas duplas removíveis na tomada da sucção.
B. Essas telas devem ter uma área livre efetiva de aberturas de 650 mm² (1 in²) para cada 3,8 L/min (gpm)
a 150% da capacidade nominal da bomba.
C. Assegure-se de que a vazão de água para o poço de sucção seja adequada para encher o tanque.
D. Disponha as telas de maneira que possam ser limpas ou reparadas sem interferir com a tubulação
de sucção.
E. As telas não removíveis devem ser inspecionadas e limpas pelo menos anualmente.
F. Vazões lentas e/ou demora no enchimento podem ser indicações de bloqueio. Remova quaisquer bloqueios
detectados. Inspeções, limpeza e testes de vazão trimestrais são recomendados para confirmar
a disponibilidade de suprimento de sucção nessas condições.
2.3.2.15 Suprimento de água armazenada (tanques e reservatórios): Veja recomendações para tubulações de
sucção do suprimento de água armazenada na Norma Técnica 3-2, Water Tanks for Fire Protection.
D. Direcione a tubulação do cone da válvula de alívio para um ponto onde a água possa ser descartada
livremente, de preferência na área externa do prédio, ou devolvida ao tanque de sucção da bomba.
E. Não conecte a válvula de alívio à tubulação de sucção da bomba ou à tubulação de conexão ao
suprimento.
F. Se a água for obtida de um tanque de sucção ou um reservatório aberto com capacidade limitada,
posicione o tubo de descarga da válvula no ponto mais distante possível da entrada de sucção da
bomba, para evitar que a bomba puxe o ar introduzido pela descarga da válvula de alívio.
G. Não instale válvula de bloqueio nas tubulações de entrada ou de descarga da válvula de alívio.
2.4.4.5 Para locais sujeitos a terremotos, consulte os requisitos adicionais de fixação e ancoragem de
equipamentos na Norma Técnica 2-8, Earthquake Protection for Water-based Fire Protection Systems.
2.4.6.1 Dimensione a bomba de forma a atender à maior demanda de vazão e pressão necessária para o
sistema (Qmax).
2.4.6.2 O suprimento de água padrão para configurações de bomba e tanque deve ser feito com uma bomba com
100% de Qmax ou três bombas com 50% de Qmax. Para ocupações de uso geral (ou seja, não destinadas a
estocagem), é aceitável usar duas bombas com tipos de motor diferentes, elétrico e diesel, de igual tamanho e
que atendam ao requisito mínimo de 75% de Qmax (para instalações com várias bombas, as curvas
características devem ser idênticas).
2.4.6.3 Caso a demanda de vazão e pressão não puder ser atendida pelo suprimento de água padrão, use um
número N de bombas de igual tamanho (para instalações com várias bombas, as curvas características devem ser
idênticas) de forma a atender à maior demanda de vazão e pressão necessária (Qmax). No entanto, é necessário
instalar N + 1 bombas, preferencialmente metade delas acionada por motor elétrico e metade por motor diesel
2.4.6.4 No caso de bombas centrífugas, utilize no máximo 140% da sua capacidade de vazão nominal para suprir
a demanda combinada dos sistemas de sprinklers e hidrantes (se também forem supridos pela bomba), caso seja
utilizada uma bomba com 100% de Qmax.
2.4.6.5 Caso várias bombas centrífugas sejam instaladas, utilize no máximo 110% da capacidade de vazão nominal
da bomba para suprir a demanda combinada dos sistemas de sprinklers e hidrantes (se também forem supridos
pela bomba).
2.4.6.6 Dimensione o motor de modo que sua potência nominal atenda ou exceda as necessidades da
bomba em todos os pontos de sua curva de operação. Veja mais informações nas Seções 2.4.19 e 2.5.1.
2.4.6.7 Dimensione a pressão nominal de bombas booster com base na mínima pressão de sucção prevista
na demanda máxima de vazão requerida pelo sistema. Analise as oscilações diárias e sazonais da pressão
do suprimento para determinar a pressão mínima de sucção prevista para a bomba.
2.4.7.4 Realize a manutenção das tubulações subterrâneas e instale uma bomba de manutenção de pressão
(jockey). Não utilize a bomba de incêndio como bomba jockey.
2.4.11 Pressostatos
2.4.11.1 Para todas as instalações de bomba (inclusive as bombas jockey), cada controlador terá sua própria linha
de impulso individual.
2.4.11.1.1 Para os pressostatos com ajustes de acionamento por alta e baixa pressão, regule a chave de maneira
que o ajuste de baixa pressão dê partida na bomba.
2.4.11.2 Conecte a linha de impulso do controlador de cada bomba (inclusive as bombas jockey) entre a válvula
de retenção de descarga e a válvula de controle de descarga da bomba. Assegure-se de que a linha seja feita de
material resistente a corrosão (tubo ou cano e conexões de latão, cobre, ou aço inoxidável série 300) e tenha
diâmetro interno mínimo de 12,7 mm (½ in).
2.4.11.3 Não instale válvula de bloqueio na linha de impulso. Válvulas que liberam água na linha de impulso para
facilitar os testes de bombas são aceitáveis.
2.4.11.4 Para amortecer golpes de pressão, instale duas válvulas de retenção na linha de impulso separadas no
mínimo 1,5 m (5 ft) uma da outra, com um único orifício de 2,4 mm (3/32 in) perfurado na portinhola de cada
válvula para servir como amortecedor. Instale as válvulas de retenção de modo que as setas de fluxo fiquem na
direção da conexão da linha de impulso com a linha de descarga da bomba.
2.4.11.5 Ajuste a pressão de partida da bomba de incêndio o mais próximo possível da pressão esperada sem
vazão (vazão nula) desenvolvida pela bomba, para evitar golpe de aríete.
2.4.11.6 Para partida por queda de pressão, ajuste o sistema de bombas de incêndio da seguinte forma:
A. O ponto de partida da bomba jockey é igual à pressão da bomba de incêndio sem vazão (vazão zero) mais
a pressão estática de sucção da bomba mais 5 psi.
B. A pressão de parada da bomba jockey deve ser 0,7 bar (10 psi) maior que o ponto de partida dessa bomba.
C. A pressão de partida da bomba de incêndio deve ser 0,35 bar - 0,7 bar (5 psi - 10 psi) menor que o ponto
de partida da bomba jockey. Aplicar decréscimos de 10 psi (70 kPa) para a partida de cada
bomba adicional.
Exemplo:
• Bomba: 1000 gpm, 5,5 bar (80 psi) com pressão à vazão nula de 6,6 bar (95 psi)
• Suprimento de sucção:
- Pressão estática mínima de 3,4 bar (50 psi) na rede pública
- Pressão estática máxima de 4,1 bar (60 psi) na rede pública
• Partida da bomba jockey = 95 + 60 + 5 = 160
• Parada da bomba jockey = 160 + 10 = 170 psi
• Partida da bomba de incêndio = 160 – (5-10) = 150-155
• psi (unidades do sistema internacional: 1 psi = 0,0689 bar)
Fig. 2.4.12.3-1. Exemplo de circuito elétrico exclusivo para o motor da bomba de incêndio
2.4.12.4 Certifique-se de que os circuitos que alimentam o motor da bomba e seus acessórios estão separados
dos circuitos que abastecem outras cargas das instalações, e são de uso exclusivo da bomba de incêndio e das
suas cargas associadas. Configure o fornecimento de energia para o motor da bomba de incêndio e suas cargas
associadas de forma que não seja interrompido caso ocorra corte de energia das instalações principais. (Veja as
Figuras 2.4.12.3-1 e 2.4.12.3-2.)
Fig. 2.4.12.3-2 Exemplo de circuito elétrico de alimentação da bomba de incêndio conectado a montante de todas as
outras cargas
2.4.12.5 Proteja os cabos de alimentação do motor da bomba de incêndio contra danos causados por fogo, falha
estrutural, riscos naturais e acidentes operacionais. Para orientações específicas, consulte a Norma Técnica 5-31,
Cables and Bus Bars.
2.4.12.6 Não passe cabos do circuito de alimentação sobre ou dentro de prédios de construção combustível ou que
tenham conteúdo combustível.
2.4.12.7 Elimine o risco de incêndio ou danos mecânicos à rede elétrica devido à armazenagem de materiais
combustíveis, equipamentos, objetos ou outras fontes.
2.4.12.8 Dimensione os cabos de alimentação elétrica do painel de controle da bomba de incêndio com base nas
normas elétricas locais, mas certifique-se de que eles tenham, no mínimo, capacidade para conduzir 125% da
corrente nominal do motor da bomba. Em alguns países, esse número pode ser maior (por ex., 150% é comum
na Europa).
2.4.12.9 Dimensione o suprimento de energia elétrica de maneira que a tensão nos terminais de linha do painel de
controle não sofra queda maior que 15% abaixo da tensão nominal do painel de controle durante a partida automática
do motor. Isso não é necessário quando for usado o recurso de partida manual de emergência do painel de controle,
desde que o suprimento de energia forneça tensão suficiente para permitir a partida manual de emergência. Não permita
que a tensão nos terminais do motor caia mais que 5% abaixo da tensão nominal do motor quando este estiver
operando a 115% de sua corrente nominal a carga plena.
2.4.12.10 Dimensione os fusíveis que protegem os primários dos transformadores que fornecem energia elétrica
ao painel de controle da bomba de forma que não abram se o motor operar por um período indeterminado com
corrente de rotor bloqueado (720% da corrente de plena carga do motor).
Para proteção do painel de controle, defina um tempo de desligamento entre 8 e 20 segundos a 720% da corrente
nominal máxima (igual à corrente de rotor bloqueado ou de partida) do motor, segundo as informações do
fabricante do motor.
2.4.12.10.1 Assegure-se de que a proteção por desligamento não ocorra em menos de três minutos a 300% da
corrente nominal máxima do motor. Não é necessária a coordenação de curto-circuito dos dispositivos de
proteção a montante.
2.1.12.11 Não instale proteção contra falha à terra em nenhuma parte do circuito que fornece energia elétrica ao
painel de controle da bomba de incêndio. Se a proteção contra falha à terra for exigência da autoridade
competente, ajuste a proteção para que seja acionada somente em correntes acima da corrente de rotor
bloqueado do motor. Ajuste também a proteção contra falha à terra para que não opere durante a partida do
motor. Faça um estudo de confiabilidade em todos os circuitos de alimentação de bombas de incêndio que
tenham proteção contra falha à terra.
possa suportar a corrente de rotor bloqueado do motor mais qualquer outra carga da sala de bombas, por
tempo indeterminado.
2.4.19.2 Posicione os painéis de controle em local visível junto ao motor, e o mais próximo possível deste.
2.4.19.3 Providencie monitoração eletrônica remota do painel de controle da bomba de incêndio a menos que
seguramente haja presença constante e resposta imediata de pessoal a qualquer momento.
2.4.19.4 Não utilize o painel de controle da bomba de incêndio como caixa de passagem elétrica para fornecer
energia a outros equipamentos da sala de bombas. Isso inclui a(s) bomba(s) de manutenção de pressão (jockey).
2.4.21.16 Recomendações específicas para proteção do tanque de combustível em caso de incêndios externos
são apresentadas na Norma Técnica 7-32, Operações com Líquidos Igníferos.
2.4.22 Ventilação
2.4.22.1 Instale ventilação na sala de bombas de maneira que:
A. A temperatura, em quaisquer condições, seja mantida em até 49°C (120°F) quando medida na entrada do
filtro de ar de combustão;
B. Haja ar suficiente para combustão do motor;
C. Sejam removidos quaisquer vapores perigosos;
D. Ocorram trocas suficientes de ar da sala para motores arrefecidos por radiador.
2.4.22.2 Para os motores diesel arrefecidos por trocador de calor, providencie aberturas de ventilação na
sala de bombas de no mínimo 6,5 cm²/kW (0,75 in²/HP).
2.4.22.3 Direcione o ar de arrefecimento do radiador para fora da sala de bombas por meio de venezianas
com aletas de movimentação livre que tenham área útil efetiva de pelo menos uma vez e meia a área da
saída de ar do radiador.
2.4.22.4 Intertrave o sistema de ventilação da sala (venezianas e ventiladores) com a operação do motor.
Não utilize termostato para controlar a ventilação da sala. Para melhor ventilação da sala, posicione o
ventilador de suprimento e o exaustor de ar em paredes opostas.
2.4.24 Baterias
2.4.24.1 Instale duas baterias de partida separadas para cada motor. Cada bateria deve ter o dobro da
capacidade necessária para manter a velocidade de partida recomendada pelo fabricante do motor (120 rpm
é a velocidade típica) por um ciclo de "tentativas de partida" de três minutos (15 segundos de partida e
15 segundos de descanso, em seis ciclos consecutivos) à temperatura de 4,5°C (40°F). Além disso, assegure-se
de que as baterias têm capacidade de dar partida no motor até 90 horas após uma interrupção do abastecimento
de energia elétrica.
2.4.24.2 Certifique-se de que as baterias chumbo-ácidas, níquel-cádmio e de outros tipos são compatíveis com os
carregadores de bateria do painel de controle. Elas devem ser instaladas e mantidas conforme as instruções
do fabricante.
2.4.24.3 Não instale as baterias de partida diretamente sobre o piso da sala de bombas. Instale-as acima do piso,
de preferência em uma plataforma de apoio fixa para impedir que se movimentem, e localizadas onde não fiquem
sujeitas a excessos de temperatura, vibrações, danos mecânicos ou água acumulada no piso. Posicione as
baterias em local facilmente acessível para revisão. Defina a bitola mínima dos cabos das baterias e seu
comprimento máximo com base no manual do fabricante do motor.
2.4.24.4 Não instale condutores (cabos de bateria e de sinais) de e para o motor em altura menor que 300 mm
(12 in.) acima do nível do solo.
Fig. 2.4.25.1.3-1. Diagrama de uma configuração típica de tubulação de água de arrefecimento de trocador de calor
2.4.25.1.4 Dimensione o regulador de pressão de forma que permita a vazão de aproximadamente 120% da água
de arrefecimento necessária quando o motor operar em potência máxima. Além disso, certifique-se de que o
regulador pode suprir a água de arrefecimento necessária a 65% e 140% da pressão nominal de descarga da
bomba. Use as instruções do fabricante do motor para calcular a vazão de água de arrefecimento, considerando
sua temperatura máxima possível.
2.4.25.2 Motores com arrefecimento por radiador em circuito fechado
2.4.25.2.1 Certifique-se de que há fluxo de ar adequado para a sala e para o radiador. No caso de motores com
arrefecimento por radiador, a entrada forçada de ar no radiador é feita por um ventilador acionado pelo motor,
e sua retirada da sala por um exaustor de descarga de ar.
2.4.25.2.2 O ar de combustão e arrefecimento deve vir de fora da sala de bombas e entrar por venezianas com
aletas de movimentação livre e área útil mínima de pelo menos duas vezes a área da saída de ar do radiador.
2.4.25.2.3 Direcione o ar de arrefecimento do radiador para fora da sala de bombas por meio de venezianas com
aletas de movimentação livre que tenham área útil efetiva de pelo menos uma vez e meia a área da saída de ar
do radiador.
de saída da bomba ultrapassam a demanda máxima da água de combate a incêndio. Ajuste o regulador de
velocidade se necessário. Não ultrapasse a velocidade nominal marcada na placa de identificação do motor
diesel em mais que 10%.
2.5.1.1 Faça um teste de aceitação em campo em todas as bombas de incêndio no momento da instalação.
Obtenha uma cópia autenticada da curva característica do teste da bomba emitida pelo fabricante para comparar
com os resultados do teste de aceitação em campo. A bomba de incêndio instalada deve ter desempenho igual ou
melhor ao indicado na curva autenticada de teste de fábrica, dentro dos limites de erro dos equipamentos de teste.
Caso isso não ocorra, investigue a causa da discrepância e corrija-a. Veja no Anexo C os procedimentos de testes
de aceitação.
2.5.1.2 Certifique-se de que a bomba de incêndio funciona nas cargas mínima, nominal e máxima sem
sobreaquecimento ou dano a qualquer componente.
2.5.1.3 As vibrações do conjunto da bomba de incêndio não devem ser suficientes para causar danos a nenhum de
seus componentes.
verticais, seria preciso que a primeira bomba partisse, depois a segunda, então a terceira. Se qualquer uma das
bombas deixasse de partir, a água não chegaria aos sprinklers do andar mais alto.
Com a taxa de 3% de probabilidade de falha de partida em bombas acionadas por motor elétrico, a confiabilidade
da terceira zona se reduz de 97% para 91%. Em quase uma em onze vezes, não haveria água disponível na
terceira zona.
Quando a dimensão S é determinada para não exceder a velocidade de 0,7 m/s (1 ft/s) no poço, a
dimensão H será fixa, e S deve ser a mínima indicada acima, ou maior caso seja necessário não exceder
os limites de velocidade.
Fig. 3.1.3.2-2a. Instalação de bomba de incêndio vertical tipo turbina com sucção em poço
Fig. 3.1.3.2-5. Instalação típica de bomba de incêndio horizontal com sucção de tanque sobre o piso
Fig. 3.1.3.2-6. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany,
NJ, EUA, www.pumps.org)
Fig. 3.1.3.2-7. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida com motor elétrico de acoplamento fechado
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)
Fig. 3.1.3.2-8. Vista em corte de uma típica bomba de sucção frontal de acoplamento longo (cortesia do Hydraulic Institute,
Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)
Fig. 3.1.3.2-9. Vista em corte de uma típica bomba vertical in-line com motor elétrico de acoplamento fechado (cortesia do
Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)
Fig. 3.1.3.2-10. Vista em corte mais detalhada de uma típica bomba vertical in-line de acoplamento longo (cortesia do
Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)
Fig. 3.1.5-1. Vista em corte de uma típica bomba vertical tipo turbina de dois estágios (cortesia do Hydraulic Institute,
Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)
Esse tipo de bomba é especialmente adaptável para instalação em corpos de água abertos sujeitos a variação do
nível de água.
Essas bombas também são recomendadas onde se quer ter uma bomba controlada automaticamente, e onde as
condições físicas não permitam que uma bomba horizontal trabalhe afogada.
Como bombas verticais do tipo turbina não requerem escorva, seu uso nessa condição elimina a necessidade de
instalação de complicados equipamentos automáticos de escorva.
O uso de poços profundos para uso direto por bombas de incêndio não é desejável se a altura máxima do
conjunto de coluna e grupo impulsor exceder 30 m a 45 m (100 ft a 150 ft). A ocorrência de falhas é mais provável
com eixos longos, e os reparos requerem mais tempo. Para atender à pressão necessária ao nível do solo,
a pressão nominal da bomba precisaria ser aumentada, o que aumentaria também o tamanho do motor. Poços
profundos e eixos de bomba longos em geral aumentam de forma significativa o custo total da instalação. Nessas
condições, pode ser mais econômico e confiável ter tanques acima do nível do piso ou reservatórios abertos,
alimentando bombas de incêndio horizontais. Bombas de poços profundos de pressão e vazão relativamente
baixas podem ser usadas para abastecimento do tanque ou reservatório.
As bombas certificadas podem ter diferentes curvas de pressão x vazão para uma determinada potência. A Figura
20 ilustra os extremos das formas prováveis da curva. A pressão à vazão nula varia entre o mínimo de 101% e o
máximo de 140% da pressão nominal. A 150% da vazão nominal, a pressão variará entre o mínimo de 65% e o
máximo imediatamente abaixo da pressão nominal. Os fabricantes de bombas podem fornecer as curvas
esperadas de suas bombas certificadas.
A vazão turbulenta criada por componentes localizados a montante da sucção da bomba deve ser minimizada
para não comprometer o desempenho da bomba. A distância de 10 diâmetros de tubulação é considerada aceitável
pela indústria de controle de água.
Fig. 3.1.5.1-3. Verificação do alinhamento angular e paralelo (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA,
www.pumps.org)
Tabela 3.1.9-1. Potência aproximada necessária para acionar bombas de incêndio (Para requisitos específicos de
potência, consulte o fabricante.)
Vazão - L/min (gpm) Pressão - bar (psi) Potência total aproximada (kW)
1900 (500) 5 (75) 22-30 (30-40)
7 (100) 37-45 (50-60)
9 (125) 45-52 (60-70)
2800 (750) 5 (75) 37-45 (50-60)
7 (100) 45-56 (60-75)
9 (125) 56-93 (75-125)
3800 (1000) 5 (75) 67-75 (90-100)
7 (100) 56-75 (75-100)
9 (125) 93 (125)
5700 (1500) 5 (75) 67-75 (90-100)
7 (100) 93 (125)
9 (125) 112-150 (150-200)
7600 (2000) 5 (75) 75-93 (100-125)
7 (100) 112-150 (150-200)
9 (125) 150-190 (200-250)
9500 (2500) 5 (75) 93-112 (125-150)
7 (100) 150 (200)
9 (125) 190-225 (250-300)
A pressão máxima necessária usada no projeto de um sistema de proteção contra incêndio suprido por uma
bomba de incêndio é a pressão nominal da bomba mais a pressão de sucção à vazão nominal. Na Figura 23, a
curva A representa a curva característica teórica de uma bomba de incêndio horizontal com capacidade de 1500
gpm, 75 psi, que faz a sucção da fonte mostrada por E. A curva B se aproxima mais do desempenho real da
bomba. Muitas bombas não fornecerão 140% da pressão nominal quando operadas à vazão nula.
3,8 L/min = 1 gpm
0,069 bar = 1 psi = 6,9 kPa
O ponto de demanda C representa um sistema de volume alto e pressão moderada. A bomba pode suprir a
demanda.
O ponto de demanda D representa um sistema de volume baixo e pressão alta. O desempenho real da bomba não
pode suprir a demanda.
instalar uma válvula de alívio de pressão, é aconselhável utilizar uma operada por piloto, com a linha de impulso
conectada à tubulação de descarga da bomba de incêndio a jusante da válvula de retenção.
No caso de bombas diesel, a pressão deve ser elevada a 121% da pressão total de operação à vazão zero, pois
a pressão desenvolvida é proporcional ao quadrado da velocidade em que a bomba gira.
Controladores de velocidade de motores diesel devem ser capazes de limitar a velocidade máxima do motor
a 110%, desenvolvendo uma pressão de 121% da nominal.
Motores com arrefecimento por radiador requerem muito mais ar de arrefecimento do que motores com
arrefecimento por trocador de calor de mesma capacidade. Um bypass controlado por termostato pode ser
utilizado para obtenção de ar quente do duto de ar de descarga, a fim de reduzir o aquecimento da sala de
bombas durante a operação do motor. Direcione o ar obtido por este duto de bypass de maneira a evitar que
recircule diretamente para o radiador.
3.1.14.3 Bombas diesel de velocidade variável
Bombas diesel de velocidade variável certificadas pela FM Approvals utilizam um controle de pressão instalado a
jusante da válvula da tubulação de descarga que reduz diretamente a velocidade do motor se o limite de pressão
estabelecido for excedido. O controlador de pressão e seu dispositivo de ajuste estão localizados no motor e são
independentes do painel de controle da bomba de incêndio. Pode-se desabilitar o controle de velocidade variável
com o fechamento da válvula da tubulação de controle, instalada entre a descarga da bomba e o controle de
pressão no motor.
4.0 REFERÊNCIAS
4.1 FM Global
4.1.4 Publicações
Guia de bolso para inspeção, teste e manutenção de equipamentos de proteção contra incêndio (P0418)
Lista de verificação para inspeção da bomba de incêndio (P8217)
Controle limitador de pressão por velocidade variável: Sistema de controle para limitar a pressão de descarga
produzida por uma bomba de incêndio por meio da redução da velocidade do motor da bomba.
Edifício alto: Prédio com mais de 23 m (75 ft) de altura.
Estudo de esforços dinâmicos: Análise de engenharia feita com o propósito de identificar e eliminar forças
torcionais e frequências ressonantes lineares prejudiciais na faixa de velocidade operacional de
equipamentos rotativos.
Fator de serviço: Multiplicador que, quando aplicado à potência nominal de um motor de corrente alternada,
indica a carga permitida que pode ser obtida em tensão, frequência e temperatura nominais. O multiplicador do
fator de serviço (ex., 1,15) indica que é permitido ao motor ter sobrecarga de 1,15 vez sua potência nominal sem
causar degradação do isolamento ou redução significativa da durabilidade.
Motor: Motor elétrico ou diesel que aciona a bomba de incêndio.
Motor diesel: Motor de combustão interna no qual o combustível entra em ignição pela ação do calor resultante da
compressão do ar fornecido para combustão.
Painel de controle da bomba de incêndio: Grupo de dispositivos instalados em gabinete que serve para
controlar, de forma pré-determinada, a partida e a parada do motor da bomba de incêndio, assim como monitorar e
indicar as condições do conjunto da bomba.
Painel de controle de bomba de espuma: Painel especial que visa atender aos requisitos únicos de bombas de
incêndio diesel ou elétricas utilizadas para bombeamento de líquido gerador de espuma.
Painel de controle de bomba de incêndio com motor diesel: Painel para controle de bombas de incêndio
acionadas por motor diesel.
Painel de controle de bomba de incêndio elétrica: Painel para controle de bombas de incêndio acionadas por
motor elétrico.
Partida em tensão total ou tensão reduzida: Os painéis de controle de motores elétricos podem ser
configurados para partida em corrente total (em tensão total) ou em corrente reduzida (em tensão reduzida).
Poço de sucção: Área definida cercada por grades abertas e telas, cheia de água proveniente de um corpo de
água aberto como lago, rio ou reservatório, utilizada como fonte de sucção da bomba de incêndio.
Pressão de descarga total: Leitura do manômetro em kPa (psi) no flange de descarga da bomba, relativa à linha
de centro da bomba, mais a pressão de velocidade no ponto de fixação do manômetro.
Pressão de operação à vazão nula: Pressão útil em kPa (psi) desenvolvida pela bomba à velocidade nominal
com vazão zero.
Pressão de operação máxima: A maior pressão desenvolvida no flange de descarga da bomba em qualquer
situação prevista de pressão de sucção e vazão da bomba.
Pressão de sucção negativa total: Condição em que a pressão de sucção está abaixo da atmosférica. A pressão
de sucção negativa total é a soma algébrica da leitura do manômetro em kPa (psi) no flange do bocal de sucção
da bomba, com relação à linha de centro da bomba, com a pressão de velocidade no ponto de fixação
do manômetro.
Pressão de sucção positiva (NPSH) requerida: A pressão de sucção mínima da bomba necessária para evitar
vaporização de água (cavitação) na bomba.
Pressão de sucção total: Condição em que a pressão de sucção está acima da atmosférica. A pressão de
sucção total é a soma algébrica da leitura do manômetro em kPa (psi) no flange do bocal de sucção da bomba,
com relação à linha de centro da bomba, com a pressão de velocidade no ponto de fixação do manômetro.
Também chamada “pressão de sucção positiva”.
Pressão nominal: Pressão em quilopascals - kPa (libras por polegada quadrada) desenvolvida pela bomba
quando opera na capacidade nominal.
Pressão total: Diferença algébrica entre a pressão de descarga total e a pressão de sucção total. Onde a pressão
de sucção é positiva, a pressão total é igual à pressão de descarga total menos a pressão de sucção total. Onde
a pressão de sucção é negativa, a pressão total é igual à pressão de descarga total mais a pressão de sucção
negativa total.
Selo mecânico: Dispositivo que forma um selo entre o eixo da bomba e os componentes fixos. Pode ser utilizado
em lugar da gaxeta de compressão (macia). A selagem primária é obtida por duas superfícies muito planas
sobrepostas que ficam perpendiculares ao eixo. O atrito entre essas duas superfícies minimiza vazamentos. Uma
das superfícies é mantida em uma estrutura estacionária, a outra é fixada ao eixo e gira com ele. Em geral são
utilizados materiais diferentes para o inserto estacionário e a superfície dos anéis de vedação rotatórios para
evitar aderência entre eles.
Tanque-pulmão: Tanque de água para proteção contra incêndio que não tem volume suficiente para atender
à demanda total da proteção, e que utiliza reabastecimento automático para se adequar.
Válvula de alívio (principal): Válvula próxima à descarga da bomba de incêndio utilizada para limitar a pressão do
sistema de proteção contra incêndio em condições anormais.
Válvula de alívio de circulação: Válvula instalada na bomba de incêndio com o objetivo de descarregar
pequenas quantidades de água a fim de evitar sobreaquecimento da bomba quando operada à vazão nula.
Válvula de redução de pressão: Válvula em um sistema de proteção contra incêndio projetada para limitar
a pressão de água a jusante em qualquer condição de vazão (inclusive vazão zero).
Neste anexo estão registradas as mudanças feitas neste documento em cada uma das vezes que ele foi
publicado. Note que os números das seções se referem especificamente àqueles da versão publicada na
data indicada (ou seja, os números das seções nem sempre são os mesmos entre as diferentes versões).
Outubro de 2021. Revisão intermediária. As mudanças significativas incluem:
A. Inclusão de uma nova orientação para uso de várias bombas de incêndio em funcionamento simultâneo em
capacidade reduzida para fornecer o suprimento de água total a um sistema de proteção contra incêndio.
B. Atualização das orientações para consistência com a Norma Técnica 3-11, Flow and Pressure Regulating
Devices for Fire Protection Service.
C. Atualização das orientações sobre inspeção, teste e manutenção em alinhamento à Norma Técnica 2-81,
Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção contra Incêndio.
D. Atualização da orientação sobre suprimentos de energia elétrica para motores elétricos de bombas de
incêndio.
E. Atualização da orientação sobre cabos de energia elétrica para consistência com a Norma Técnica 5-31,
Cables and Bus Bars.
F. Atualização da orientação sobre confiabilidade do suprimento de água para consistência com a Norma
Técnica 3-29, Reliability of Fire Protection Water Supplies.
G. Inclusão de material anexo para melhorar o uso do formulário 105, Pump Acceptance Test Data.
H. Reformatação desta norma para consistência com outras normas técnica da FM Global.
Abril de 2012. A terminologia referente a líquidos igníferos foi revisada para maior clareza e consistência com as
recomendações de prevenção de perdas da FM Global relativas a riscos de líquidos igníferos.
Julho de 2011. Pequenas alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Setembro de 2010. Pequenas alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Maio de 2010. Todas as referências à Norma Técnica 2-8N, Installation of Sprinkler Systems (NFPA)
substituídas pelas referências da Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos.
Junho de 2009. Foram feitos esclarecimentos na Recomendação 2.8.4.10.
Maio de 2008. Foram feitos esclarecimentos na Recomendação 2.3.3.2.
Abril de 2008. A Norma Técnica 3-7 é nova e substitui a 3-7N. O histórico de revisões da Norma Técnica 3-7N
pode ser encontrado na sua versão de 2001.
Dezembro de 2007. As seguintes alterações foram feitas:
1. O número e o título da norma técnica mudaram.
2. A norma técnica foi totalmente reescrita.
3. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas de velocidade variável.
4. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas com selo mecânico.
5. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas de deslocamento positivo.
6. Foram retiradas informações sobre bombas de incêndio com turbinas de vapor.
• Alicate/amperímetro e voltímetro
•Manômetros de teste
•Tacômetro
• Tubo de Pitot com manômetro (para uso com mangueira e bocal)
C. Certifique-se de que todos os instrumentos de teste foram calibrados nos últimos 12 meses.
1. Se for utilizado cabeçote de teste, regule a descarga por meio de válvulas do cabeçote de teste e da
seleção de ponteiras de esguichos. O esguicho cônico de jato sólido tem uma ponteira de 28,6 mm (1 1⁄8 in.)
que, quando removida, deixa o esguicho com um projetor de 44,4 mm (1 3⁄4 in.).
2. Se for utilizado medidor de vazão, ajuste a válvula de descarga de modo a obter várias leituras de vazão.
3. Teste a bomba de incêndio com vários valores de vazão (entre 0% e 150% da capacidade nominal)
controlando a quantidade da água descarregada. Comece com uma vazão baixa e eleve gradualmente; dar
partida na bomba com as válvulas do cabeçote de teste abertas pode provocar cavitação. Os pontos de
teste importantes são à vazão nula (sem vazão), capacidade nominal, e 150% da capacidade nominal.
Devem-se medir dois pontos intermediários para ajudar a desenhar a curva de desempenho. Um regime
sugerido de pontos de vazão é o seguinte:
Outros pontos podem ser adicionados a critério da pessoa responsável pelos testes.
I. Registre os seguintes dados em cada ponto de teste:
1. Rpm da bomba
2. Pressão de sucção
3. Pressão de descarga
4. Quantidade e diâmetro dos bocais dos esguichos, pressão medida no Pitot para cada bocal e vazão total.
Para o medidor de vazão, registre a vazão em L/min (gpm).
5. Ampères (motores elétricos)
6. Volts (motores elétricos)
J. Cálculo dos resultados do teste:
1. Velocidade nominal. Confirme se a bomba está operando na rotação nominal.
2. Capacidade. Para um cabeçote de teste, utilize as tabelas de descarga da publicação Hydraulics Tables
(P6920) para determinar a vazão em L/min (gpm) de cada bocal em cada leitura de Pitot. Exemplo: Pressão
no Pitot de 1,1 bar (16 psi) com bocal de 44,4 mm (1 3/4 in) e coeficiente de 0,97 indica 1378 L/min (364
gpm). Some a vazão de todas as mangueiras para determinar a vazão total. No caso de medidor de vazão,
a vazão total é lida diretamente.
3. Pressão útil. É a medição do trabalho real feito pela bomba, essencialmente a diferença entre a pressão
de sucção e a pressão de descarga.
a. No caso de bombas horizontais, é a diferença entre a pressão de descarga e a pressão de sucção.
b. No caso de bombas verticais, é a soma entre a pressão de descarga e a pressão de sucção.
A pressão de sucção é calculada pela multiplicação de 0,098 bar/m (0,433 psi/ft) pela altura
em m (ft) entre o nível de água e a linha de centro da descarga da bomba.
c. Em ambos os casos, se houver diferença significativa entre os pontos efetivos dos
manômetros instalados na sucção ou descarga e a linha de centro da bomba, a diferença
deve ser incluída.
4. Alimentação elétrica: A tensão e a corrente são lidas diretamente no voltímetro/ amperímetro.
O valor é comparado à corrente total especificada na placa de identificação do motor. O único cálculo
geral é determinar a corrente máxima permitida em decorrência do fator de serviço do motor. Com
um fator de serviço de 1,15, isso resulta em aproximadamente 1,15 vez a corrente do motor, pois não
são consideradas mudanças no fator de potência e na eficiência. Se a corrente máxima registrada no
teste não exceder esse número, o motor e a bomba serão considerados satisfatórios. É muito
importante medir a tensão e a corrente com precisão em cada fase. Isso porque um suprimento de
energia em tensão insuficiente resultará em leituras altas de corrente. A correção só pode ser feita
com a melhoria do suprimento de energia; não há nada a ser feito no motor ou na bomba.
5. Correção para a velocidade nominal. Para fins de plotagem, corrija a vazão, a pressão
e a potência da bomba para a velocidade nominal em relação aos valores obtidos na velocidade
de teste. As correções são feitas da seguinte forma:
Vazão: Q2 = N2/N1 x Q1
Pressão: P2 = [N2/N1]2 x P1
Se a velocidade da bomba variar em alguns pontos, as vazões e as pressões podem ser normalizadas ao
ponto em que estariam na velocidade nominal, desde que a bomba opere dentro dos limites de projeto de
sua pressão de sucção negativa. Isso pode ser feito com aplicação de uma destas relações:
A. A vazão é proporcional à velocidade da água e, portanto, à velocidade do rotor (ou rpm).
B. A pressão útil é proporcional ao quadrado da velocidade da água e, portanto, ao quadrado da rpm.