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FM Global

Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais 3-7


Abril de 2012
Revisão intermediária: outubro de 2021
Tradução: maio de 2022
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BOMBAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Índice
Página

1.0 ESCOPO ...................................................................................................................................................... 4


1.1 Riscos ..................................................................................................................................................... 4
1.2 Mudanças ............................................................................................................................................... 4
2.0 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE PERDAS ........................................................................... 4
2.1 Introdução .............................................................................................................................................. 4
2.2 Construção e localização ........................................................................................................................ 5
2.2.1 Geral ............................................................................................................................................. 5
2.2.2 Edifícios altos ................................................................................................................................ 6
2.3 Proteção ................................................................................................................................................. 8
2.3.1 Geral ............................................................................................................................................. 8
2.3.2 Tubulação de sucção .................................................................................................................... 8
2.3.3 Tubulações de descarga ............................................................................................................. 11
2.3.4 Válvulas de alívio de pressão ...................................................................................................... 11
2.3.5 Válvulas de redução de pressão ................................................................................................. 12
2.4 Equipamentos e processos .................................................................................................................. 12
2.4.1 Bombas de carcaça bipartida, de sucção frontal e centrífugas in-line ......................................... 13
2.4.2 Bombas verticais tipo turbina ....................................................................................................... 13
2.4.3 Bombas de deslocamento positivo .............................................................................................. 13
2.4.4 Montagem, acoplamento e alinhamento ...................................................................................... 13
2.4.5 Selos mecânicos.......................................................................................................................... 14
2.4.6 Dimensionamento da bomba....................................................................................................... 14
2.4.7 Partida e controle da bomba ........................................................................................................ 14
2.4.8 Partida sequencial ....................................................................................................................... 15
2.4.9 Temporizadores automáticos de testes semanais ....................................................................... 15
2.4.10 Temporizador de funcionamento ............................................................................................... 15
2.4.11 Pressostatos.............................................................................................................................. 15
2.4.12 Configuração do suprimento de energia: Bombas acionadas por motor elétrico ...................... 16
2.4.13 Motores elétricos ....................................................................................................................... 18
2.4.14 Painéis de controle de motores elétricos ................................................................................... 18
2.4.15 Chaves de comutação ............................................................................................................... 18
2.4.16 Bombas elétricas de velocidade variável ................................................................................... 19
2.4.17 Bombas acionadas por motor diesel.......................................................................................... 19
2.4.18 Dimensionamento do motor ....................................................................................................... 19
2.4.19 Painel de controle do motor diesel............................................................................................. 19
2.4.20 Partida por falta de energia........................................................................................................ 20
2.4.21 Tanque e tubulação de combustível .......................................................................................... 20
2.4.22 Ventilação.................................................................................................................................. 21
2.4.23 Partida manual .......................................................................................................................... 21
2.4.24 Baterias ..................................................................................................................................... 21
2.4.25 Arrefecimento do motor ............................................................................................................. 21
2.4.26 Velocidade do motor diesel........................................................................................................ 22
2.4.27 Bombas diesel de velocidade variável ....................................................................................... 23
2.5 Operações e Manutenção .................................................................................................................... 23

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A FM Global não faz nenhuma representação ou dá garantias, seja de forma expressa ou implícita, quanto à exatidão ou
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português, a versão em inglês será a fonte autorizada e deve prevalecer.
3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 2 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

3.0 SUPORTE PARA RECOMENDAÇÕES .................................................................................................... 23


3.1 Informações complementares .............................................................................................................. 23
3.1.1 Construção e localização ............................................................................................................. 23
3.1.2 Edifícios altos .............................................................................................................................. 23
3.1.3 Tubulações de sucção e descarga da bomba.............................................................................. 24
3.1.4 Bombas de carcaça bipartida, de sucção frontal e centrífugas in-line ......................................... 34
3.1.5 Bombas verticais tipo turbina ....................................................................................................... 34
3.1.6 Bombas de deslocamento positivo .............................................................................................. 38
3.1.7 Montagem, acoplamento e alinhamento ...................................................................................... 38
3.1.8 Selos mecânicos ......................................................................................................................... 39
3.1.9 Dimensionamento da bomba ....................................................................................................... 39
3.1.10 Válvulas de alívio de pressão .................................................................................................... 41
3.1.11 Bombas de velocidade variável ................................................................................................. 42
3.1.12 Partida e controle da bomba ...................................................................................................... 42
3.1.13 Bombas acionadas por motor elétrico ........................................................................................ 42
3.1.14 Bombas acionadas por motor diesel.......................................................................................... 43
4.0 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 44
4.1 FM Global ............................................................................................................................................. 44
4.1.1 Normas técnicas de instalação .................................................................................................... 44
4.1.2 Normas técnicas de ocupação ..................................................................................................... 44
4.1.3 Normas de Aprovação da FM Global ........................................................................................... 44
4.1.4 Publicações ................................................................................................................................. 45
4.2 Outras normas ...................................................................................................................................... 45
ANEXO A GLOSSÁRIO DE TERMOS............................................................................................................. 45
ANEXO B HISTÓRICO DE REVISÕES DO DOCUMENTO ............................................................................ 47
ANEXO C TESTES DE ACEITAÇÃO .............................................................................................................. 48
C.1 Testes de vazão................................................................................................................................... 48
C.1.1 Procedimento de teste de aceitação em campo.......................................................................... 48
C.2 Teste de bombas de incêndio de velocidade variável .......................................................................... 50
C.2.1 Correção da velocidade .............................................................................................................. 50

Lista de figuras
Fig. 1. Foto de uma sala de bombas bem organizada ....................................................................................... 5
Fig. 2.2.2.4-1. Sistema de bombas em zona única ............................................................................................ 7
Fig. 2.2.2.4-2. Sistema de bombas de duas zonas com suprimento reserva proveniente
de tanques elevados ................................................................................................................... 7
Fig. 2.3.2.3-1. Configuração certa e errada do tubo de sucção da bomba ........................................................ 8
Fig. 2.3.2.3-2 Configuração certa e errada do tubo de sucção da bomba ......................................................... 9
Fig. 2.3.2.6-1. Configurações sugeridas para bomba de incêndio com bypass, alimentada
pela rede pública ....................................................................................................................... 10
Fig. 2.4.12.3-1. Exemplo de circuito elétrico exclusivo para o motor da bomba de incêndio ........................... 16
Fig. 2.4.12.3-2 Exemplo de circuito elétrico de alimentação da bomba de incêndio conectado
a montante de todas as outras cargas ...................................................................................... 17
Fig. 2.4.25.1.3-1. Diagrama de uma configuração típica de tubulação de água de arrefecimento
de trocador de calor ............................................................................................................. 22
Fig. 3.1.3.2-2. Instalação de bomba vertical tipo turbina em poço ................................................................... 25
Fig. 3.1.3.2-2a. Instalação de bomba de incêndio vertical tipo turbina com sucção em poço .......................... 26
Fig. 3.1.3.2-3. Vista em planta das dimensões do reservatório de água .......................................................... 27
Fig. 3.1.3.2-4. Vista frontal das dimensões do reservatório de água ............................................................... 27
Fig. 3.1.3.2-5. Instalação típica de bomba de incêndio horizontal com sucção de tanque sobre o piso .......... 28
Fig. 3.1.3.2-6. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida (cortesia do Hydraulic
Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org) ..................................................................... 29
Fig. 3.1.3.2-7. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida com motor elétrico
de acoplamento fechado (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA,
www.pumps.org) ....................................................................................................................... 30
Fig. 3.1.3.2-8. Vista em corte de uma típica bomba de sucção frontal de acoplamento longo
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................. 31
Fig. 3.1.3.2-9. Vista em corte de uma típica bomba vertical in-line com motor elétrico de acoplamento
fechado (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org) .................... 32
Fig. 3.1.3.2-10. Vista em corte mais detalhada de uma típica bomba vertical in-line de acoplamento longo
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................. 33

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 3

Fig. 3.1.5-1. Vista em corte de uma típica bomba vertical tipo turbina de dois estágios
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................. 35
Fig. 3.1.5-2. Curvas características de bombas ............................................................................................... 36
Fig. 3.1.5.1-3. Verificação do alinhamento angular e paralelo (cortesia do Hydraulic Institute,
Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org).................................................................................... 37
Fig. 3.1.8-1. Selo mecânico da bomba ............................................................................................................. 39
Fig. 3.1.9-1. Gráfico do suprimento de água .................................................................................................... 41
Fig. C.2.1-1. Gráfico de suprimento de água ................................................................................................... 51
Fig. C.2.1-2. Efeito das variações de velocidade na curva de desempenho da bomba ................................... 52

Lista de tabelas
Tabela 2.3.2.5-1. Vazão necessária para criar a velocidade de 4,6 m/s (15 ft/s) ............................................... 9
Tabela 2.3.4.3-1. Resumo dos dados das tubulações da bomba de incêndio ................................................. 12
Tabela 3.1.3.2-1. Dimensões mínimas do reservatório de água ...................................................................... 24
Tabela 3.1.9-1. Potência aproximada necessária para acionar bombas de incêndio (Para requisitos
específicos de potência, consulte o fabricante.) ....................................................................... 40

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 4 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

1.0 ESCOPO
Esta norma técnica fornece recomendações para instalação de bombas de proteção contra incêndio. Essas
recomendações consideram que serão utilizados equipamentos certificados pela FM Approvals, a menos que
especificado de outra forma.
Esta norma se refere à seleção e à instalação de bombas que fornecem água a sistemas privados de proteção
contra incêndio. Entre os itens abordados estão construção da sala de bombas, tubulações de sucção e descarga,
fornecimento de energia, motores elétricos e seus controles, motores de combustão interna e seus controles,
e testes de aceitação. Esta norma não trata de requisitos de vazão e pressão do suprimento de água, ou de
requisitos de inspeção, teste e manutenção de sistemas de bombas de incêndio. Também não fornece
recomendações sobre a instalação dos cabos de alimentação elétrica da bomba de incêndio.

1.1 Riscos

A função das bombas de incêndio é suprir água para a proteção contra incêndio. Elas são componentes
fundamentais do sistema de proteção contra incêndio de uma instalação, e devem operar com alto grau de
confiabilidade. Para atingir esse nível de confiabilidade, é fundamental selecionar e instalar adequadamente seus
componentes, assim como realizar inspeção, teste e manutenção periódicos.

Essas bombas devem partir automaticamente quando houver queda de pressão no sistema de proteção contra
incêndio, ou por outra forma de detecção automática, e suprir, sem interrupção, a vazão e pressão de água
necessárias em caso de incêndio. Falhas na bomba durante um incêndio podem expor o local a uma perda
patrimonial catastrófica.

1.2 Mudanças

Outubro de 2021. Revisão intermediária. As mudanças significativas incluem:

A. Inclusão de uma nova orientação para uso de várias bombas de incêndio em funcionamento simultâneo em
capacidade reduzida para fornecer o suprimento de água total a um sistema de proteção contra incêndio.

B. Atualização das orientações para consistência com a Norma Técnica 3-11, Flow and Pressure Regulating
Devices for Fire Protection Service.

C. Atualização das orientações sobre inspeção, teste e manutenção em alinhamento à Norma Técnica 2-81,
Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção contra Incêndio.

D. Atualização da orientação sobre suprimentos de energia elétrica para motores elétricos de bombas
de incêndio.

E. Atualização da orientação sobre cabos de energia elétrica para consistência com a Norma Técnica 5-31,
Cables and Bus Bars.

F. Atualização da orientação sobre confiabilidade do suprimento de água para consistência com a


Norma Técnica 3-29, Reliability of Fire Protection Water Supplies.

G. Inclusão de material de anexo para melhorar o uso do formulário 105, Pump Acceptance Test Data.

H. Reformatação desta norma para consistência com outras normas técnica da FM Global.

2.0 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE PERDAS

2.1 Introdução

2.1.1 Utilize equipamentos, materiais e serviços certificados pela FM Approvals sempre que aplicável. Uma lista
de produtos e serviços certificados pela FM Approvals está disponível no Approval Guide, um recurso on-line da
FM Approvals.

2.1.2 Instale um suprimento de água confiável para as bombas de incêndio. Para determinar isso, considere
a adequação em termos de qualidade, quantidade, pressão e confiabilidade da fonte de água. Orientações sobre
a escolha de um suprimento de água confiável estão disponíveis na Norma Técnica 3-29, Reliability of Fire
Protection Water Supplies.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 5

2.2 Construção e localização

2.2.1 Geral
2.2.1.1 Estabeleça um local para a sala de bombas onde a tubulação possa ser curta e disposta de
forma adequada. Tenha extrema atenção com a tubulação de sucção.

2.2.1.2 Instale a bomba em uma edificação isolada, de construção incombustível e distante pelo menos
15 m (50 ft) dos prédios protegidos por ela.
Se não for viável ter uma edificação isolada:
A. Evite locais em que a sala de bombas esteja exposta a incêndio, queda de destroços, ou outros riscos que
possam danificar a bomba ou os cabos de alimentação elétrica, ou que não permitam a presença do operador de
bombas junto ao equipamento durante um incêndio.
B. A porta de acesso à sala de bombas deve estar em uma parede externa da edificação.
C. Isole a bomba de outras áreas da edificação com paredes com duas horas de resistência ao fogo. Se
a sala de bombas e as áreas adjacentes estiverem protegidas por um sistema de sprinklers automáticos,
a resistência das paredes ao fogo pode ser reduzida para uma hora.
D. A sala de bombas de incêndio não deve estar dentro de uma edificação que não tenha proteção ou
ser anexada a ela.

Fig. 1. Foto de uma sala de bombas bem-organizada

2.2.1.3 Configure todo o cabeamento do circuito de controle elétrico que se estenda para fora da sala de bombas
de incêndio de forma que uma falha nesses cabos (curto-circuito ou abertura do circuito) não impeça a operação
da bomba. Uma falha nesses cabos pode fazer com que a bomba dê partida e opere, mas não deve impedir sua
partida e operação. Proteja contra danos mecânicos todo o cabeamento de controle que esteja dentro da sala de
bombas e que não seja tolerante a falhas utilizando eletrodutos metálicos fixados no teto ou nas paredes da sala
de bombas.
2.2.1.4 Não utilize a casa de bombas para armazenagem.
2.2.1.5 Instale sprinklers automáticos sobre bombas acionadas por motor de combustão interna.
2.2.1.6 Providencie meios adequados para manter a temperatura da sala ou da casa de bombas acima de 5°C
(40°F), se for preciso. Veja a Seção 2.8 para requisitos de temperaturas mais altas específicos para
motores diesel.
2.2.1.7 Providencie ventilação na sala de bombas. Veja na Seção 2.8.5 os requisitos específicos de ventilação
para motores diesel.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
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2.2.1.8 Para reduzir a possibilidade de alagamento, certifique-se de que o piso da sala de bombas está no mesmo
nível ou acima do nível do terreno adjacente. Posicione a bomba acima do nível de inundação com período de
recorrência de 500 anos e inclua 25-50 mm (1-2 in) de borda livre.
2.2.1.9 Proteja o funcionamento da bomba de incêndio, do motor e do painel de controle contra possíveis
interrupções causadas por explosões, incêndios, inundações, terremotos, roedores, insetos, vendavais,
congelamento, vandalismo e outras condições adversas.
2.2.1.10 Os pisos devem ter caimento de forma que a água escoe para longe de equipamentos importantes, como
bomba, motor, painel de controle, etc. Instale um dreno no piso da sala de bombas para remover facilmente a água
proveniente de gaxetas ou testes operacionais por queda de pressão.
2.2.1.11 Instale iluminação artificial na casa de bombas para permitir leituras de medidores e instrumentos de teste.
2.2.1.12 Providencie os seguintes alarmes (no mínimo) conectados a um local com presença constante
de pessoal:
A. Para bombas elétricas:
• Bomba (motor) em funcionamento
• Falta de energia elétrica (corrente alternada e/ou corrente contínua)
• Painel de controle conectado a fonte alternativa de energia (banco de baterias/geradores, quando aplicável)
• Falha na partida
B. Para bombas diesel:
• Motor diesel em funcionamento
• Falta de energia elétrica (corrente alternada e/ou corrente contínua)
• Painel de controle desligado/em posição manual/em posição de TESTE (quando aplicável)
• Falha na partida
Sirenes, alarmes ou luzes giratórias que possam ser ouvidos ou vistos em áreas com presença constante de
pessoal são aceitáveis se for possível garantir uma resposta ao problema da bomba.
2.2.1.12.1 Providencie as seguintes notificações visuais ou sonoras adicionais para bombas de incêndio diesel:
• Sobrevelocidade
• Baixa pressão do óleo
• Temperatura alta do líquido de arrefecimento
• Falha do motor

Esses alarmes não precisam ser monitorados constantemente em um local central.

Esses quatro itens podem ser classificados em conjunto como alarme de "Falha geral de operação da bomba" ou
alarme de "Problema na casa de bombas", para simplificar.

2.2.1.12.2 Verifique a operação desses alarmes pelo menos anualmente. Isso pode ser feito durante o teste de
vazão anual da bomba de incêndio aplicável.

2.2.2 Edifícios altos


2.2.2.1 Instale todas as bombas de incêndio no andar térreo ou em um subsolo do edifício para possibilitar acesso
direto à bomba pelo nível da rua. Avalie o risco de alagamento da bomba caso ela esteja localizada em nível
abaixo do térreo.
2.2.2.2 Não instale bombas de incêndio em série.
2.2.2.3 Os sistemas devem ser projetados de modo a não ser necessário utilizar válvulas de redução de pressão.
Se não for possível evitá-las, utilize válvulas certificadas pela FM Approvals, instaladas conforme a Norma Técnica
3-11, Flow and Pressure Regulating Devices for Fire Protection Service.
2.2.2.4 A água do sistema de sprinklers deve ser suprida diretamente pela(s) bomba(s) de incêndio, por um tanque
elevado com capacidade e altura acima dos sprinklers suficientes, ou por uma combinação de bombas e tanques
elevados. Veja exemplos de configuração nas Figuras 2.2.2.4-1 e 2.2.2.4-2. Dimensione a bomba de
abastecimento do tanque elevado para que tenha capacidade de encher o tanque em no máximo oito horas.
2.2.2.5 Limite as zonas verticais dos sistemas de proteção contra incêndio de edifícios altos em no máximo 85 m
(275 ft).
• Cada zona deve ter sua própria bomba de incêndio e conexões de recalque do corpo de
bombeiros independentes.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 7

• No caso de zonas acima de 85 m (275 ft), utilize tubulações e conexões para alta pressão na descarga da
bomba e nas cotas inferiores do prédio, com pressão de operação nominal igual ou maior à soma da
pressão máxima à vazão nula (sem vazão) da bomba mais a máxima pressão estática de sucção prevista.
A pressão de operação nominal dos tubos e conexões pode ser menor nos pavimentos onde a perda de
pressão devido à altura reduz a pressão estática máxima prevista no tubo.
• Numa edificação onde as bombas forem acionadas por motores elétricos e a altura da edificação ultrapasse
a capacidade de bombeamento das viaturas do corpo de bombeiros, instale uma fonte de energia
emergencial confiável para as bombas.

A energia emergencial deve ser fornecida por geradores de emergência dedicados acionados por motores diesel
ou por fontes de alimentação de energia emergencial do edifício. Se o seu caso for o segundo, dimensione a fonte
de energia emergencial de forma que ela consiga suprir toda a demanda de energia, inclusive a da bomba de
incêndio. Para saber sobre outros requisitos de instalação, veja a Norma Técnica 5-23, Emergency and Standby
Power Systems.

Fig. 2.2.2.4-1. Sistema de bombas em zona única

Fig. 2.2.2.4-2. Sistema de bombas de duas zonas com suprimento reserva proveniente de tanques elevados

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2.3 Proteção

2.3.1 Geral
2.3.1.1 As tubulações de sucção e descarga devem ter suporte independente da bomba.
2.3.1.2 Para evitar corrosão, mantenha pintada a parte exposta da tubulação aérea.
2.3.1.3 Instale e teste toda a tubulação subterrânea de sucção e descarga de acordo com a Norma Técnica 3-10,
Installation and Maintenance of Private Fire Service Mains and Their Appurtenances.
2.3.1.4 Para locais sujeitos a terremotos, veja recomendações adicionais de instalação e ancoragem de tubulação
de sucção e descarga na Norma Técnica 2-8, Earthquake Protection for Water-Based Fire Protection Systems.

2.3.2 Tubulação de sucção


2.3.2.1 Certifique-se de que a pressão de sucção da bomba permaneça positiva em todos os valores de vazão
da bomba.
2.3.2.2 A perda de carga entre qualquer tanque de sucção e a entrada de sucção da bomba não deve exceder
0,4 bar (6 psi) a 150% da vazão da bomba, o que garantirá pressão adequada de sucção positiva requerida pela
bomba quando o tanque estiver quase vazio. Inclua nos cálculos os comprimentos equivalentes de conexões
e cotovelos.
2.3.2.3 Se o diâmetro do tubo de sucção for maior que o do flange de sucção da bomba, conecte-os com um
redutor excêntrico para evitar bolsas de ar. (Veja as Figuras 2.3.2.3-1 e 2.3.2.3-2.)
2.3.2.4 Não instale cotovelos e conexões em T com o plano da linha de centro paralelo à bomba horizontal de
carcaça bipartida, a menos que a distância entre o flange de sucção da bomba e o cotovelo ou a conexão em T
seja maior que 10 vezes o diâmetro da tubulação de sucção. (Veja a Figura 2.3.2.3-2.)

Fig. 2.3.2.3-1. Configuração certa e errada do tubo de sucção da bomba

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
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Fig. 2.3.2.3-2 Configuração certa e errada do tubo de sucção da bomba

2.3.2.5 Dimensione o tubo de sucção de forma que a velocidade da água não exceda 4,6 m/s (15 ft/s) quando a
bomba estiver operando a 150% da capacidade nominal (veja Tabela 2.3.2.5-1). Se várias bombas compartilham
uma única fonte de sucção, considere a vazão simultânea de todas.

Tabela 2.3.2.5-1. Vazão necessária para criar a velocidade de 4,6 m/s (15 ft/s)
Diâmetro do tubo - mm (in) Vazão - L/min (gpm) Diâmetro do tubo - mm (in) Vazão - L/min (gpm)
25 (1) 151 (40) 152 (6) 5000 (1320)
38 (1 1⁄2) 360 (95) 203 (8) 8860 (2340)
51 (2) 587 (155) 254 (10) 13850 (3660)
64 (2 1⁄2) 850 (225) 305 (12) 19985 (5280)
76 (3) 1325 (350) 356 (14) 23960 (6330)
102 (4) 2214 (585) 406 (16) 31340 (8280)
127 (5) 3560 (940)

2.3.2.6 Onde o abastecimento de água tiver pressão suficiente para dar algum grau de proteção contra incêndio
sem uso da bomba, instale uma tubulação com válvula de retenção para bypass da bomba. A tubulação de
bypass deve ter o mesmo diâmetro da tubulação de descarga da bomba. (Veja Figura 2.3.2.6-1.)

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 10 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Fig. 2.3.2.6-1. Configurações sugeridas para bomba de incêndio com bypass, alimentada pela rede pública

2.3.2.7 Não instale na tubulação de sucção equipamentos (tais como dispositivos antirretorno de água, entre
outros) que interrompam a operação, restrinjam a partida ou limitem a descarga da bomba de incêndio ou do
motor da bomba.
2.3.2.8 Sempre que possível, posicione o dispositivo antirretorno no lado da descarga da bomba de incêndio, para
evitar aumento da perda de carga e efeito possivelmente negativo no desempenho da bomba.
2.3.2.9 Não instale válvulas reguladoras ou de bloqueio por baixa pressão de sucção. Em seu lugar, providencie
dispositivos de monitoração para acionar um alarme se a pressão de sucção da bomba ou o nível de água caírem
abaixo do limite mínimo pré-determinado.
2.3.2.10 Se válvulas reguladoras de sucção forem exigidas pela autoridade competente, substitua as não
certificadas pela FM Approvals por modelos certificados pela FM Approvals.
2.3.2.11 Instale uma válvula gaveta de haste ascendente certificada pela FM Approvals no tubo de sucção. Para
minimizar a turbulência na sucção da bomba, instale somente válvulas do tipo gaveta a até 16 m (50 ft) do flange
de sucção da bomba.
2.3.2.12 Nos locais onde a sucção é feita diretamente na rede pública, posicione a válvula gaveta o mais distante
possível do flange de sucção da bomba. Se a sucção for feita de um tanque de armazenamento, posicione
a válvula gaveta na saída do tanque. A válvula gaveta pode ser instalada na sala de bombas, na entrada do
redutor excêntrico na linha de sucção, se houver um. Dimensione a válvula gaveta de haste ascendente conforme
indicado na coluna "Entrada de sucção" da Tabela 2.3.4.3-1.
2.3.2.13 Faça testes hidrostáticos para verificação de vazamentos na tubulação de sucção de acordo com
a Norma Técnica 3-10, Installation/Maintenance of Fire Service Mains. Em tubulações aéreas, utilize tubos de aço
com flanges soldados ou roscados, ou conexões mecânicas ranhuradas. Não utilize conexões do tipo ajustável ou
flexível, a menos que certificadas pela FM Approvals especificamente para uso com bombas de incêndio.
2.3.2.14 Inspecione telas/filtros na sucção de acordo com a orientação da Norma Técnica 2-81, Fire
Protection System Inspection, Testing, and Maintenance.
2.3.2.14.1 Se o suprimento de água vier de uma fonte aberta, como represa, lago ou poço, ou se houver materiais
na água que possam entupir a bomba ou o sistema de sprinklers, siga a seguinte orientação:
A. Instale telas duplas removíveis na tomada da sucção.
B. Essas telas devem ter uma área livre efetiva de aberturas de 650 mm² (1 in²) para cada 3,8 L/min (gpm)
a 150% da capacidade nominal da bomba.
C. Assegure-se de que a vazão de água para o poço de sucção seja adequada para encher o tanque.
D. Disponha as telas de maneira que possam ser limpas ou reparadas sem interferir com a tubulação
de sucção.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 11

E. As telas não removíveis devem ser inspecionadas e limpas pelo menos anualmente.
F. Vazões lentas e/ou demora no enchimento podem ser indicações de bloqueio. Remova quaisquer bloqueios
detectados. Inspeções, limpeza e testes de vazão trimestrais são recomendados para confirmar
a disponibilidade de suprimento de sucção nessas condições.
2.3.2.15 Suprimento de água armazenada (tanques e reservatórios): Veja recomendações para tubulações de
sucção do suprimento de água armazenada na Norma Técnica 3-2, Water Tanks for Fire Protection.

2.3.3 Tubulações de descarga


2.3.3.1 Instale componentes de descarga, tais como válvulas de retenção, dispositivos antirretorno, tubos
e conexões, que sejam certificados pela FM Approvals.
2.3.3.2 Faça testes hidrostáticos para verificação de vazamentos na tubulação de descarga de acordo com
a Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos. Em tubulações aéreas, utilize tubos de
aço com flanges soldados ou roscados, ou conexões mecânicas ranhuradas. Não utilize conexões do tipo
ajustável ou flexível, a menos que certificadas pela FM Approvals especificamente para uso com bombas
de incêndio.
2.3.3.3 Certifique-se de que a classe de pressão da tubulação de descarga é, no mínimo, adequada para
a pressão máxima desenvolvida na descarga da bomba, mas nunca menor do que a do componente com a menor
classe de pressão do sistema.
2.3.3.4 Providencie meios para testar a bomba de incêndio a no mínimo 150% de sua vazão nominal. Saídas
podem ser feitas com a utilização de cabeçotes de teste padronizados, hidrantes externos, hidrantes de parede,
medidores de vazão em circuito fechado, ou hidrantes internos. Dimensione as saídas de teste de forma que
permitam uma vazão de água de no mínimo 175% da capacidade nominal da bomba.
2.3.3.5 Se for instalado um medidor de vazão em linha, não instale válvulas de controle no trecho de comprimento
igual a 10 diâmetros de tubulação a montante da entrada do medidor, nem no trecho de comprimento igual a 5
diâmetros de tubulação a jusante de sua saída.
2.3.3.6 Não conecte a saída de um medidor de vazão de circuito fechado à tubulação de sucção da bomba. Em
circuito fechado, se a válvula do suprimento de água estiver quase fechada, essa posição não será detectada.
2.3.3.7 Grandes sistemas de proteção contra incêndio podem sofrer fortes golpes de aríete causados por retorno
de fluxo quando a bomba de incêndio é desligada. Se forem previstas condições que possam causar danos por
golpes de aríete, instale um dispositivo antigolpe de aríete na linha de descarga da bomba de incêndio.

2.3.4 Válvulas de alívio de pressão


2.3.4.1 Evite o uso de válvulas de alívio de pressão sempre que possível, por meio de técnicas adequadas no
projeto do sistema para garantir que não ocorra excesso de pressão. Não utilize a válvula de alívio de pressão
como método normal para aliviar o excesso de pressão nas vazões mais baixas da bomba.
2.3.4.1.1 Não utilize válvulas de alívio de pressão em configurações de bomba e tanque. Técnicas adequadas de
dimensionamento do sistema garantirão uma configuração de bomba e tanque que não sofra pressões excessivas
que exijam válvula de alívio de pressão.
2.3.4.2 Instale uma válvula de alívio principal para as bombas (com motor elétrico ou diesel) caso a soma da
pressão nominal à vazão nula (sem vazão) da bomba e da pressão máxima de sucção estática possa exceder a
pressão nominal dos componentes do sistema, normalmente de 12 bar (175 psi). A válvula de alívio principal é um
dispositivo de segurança e só deve operar sob condições anormais de sobrepressão.
2.3.4.3 Se for necessária uma válvula de alívio de pressão, instale um modelo certificado pela FM Approvals,
como segue:
A. Dimensione a válvula de alívio e o tubo de descarga conforme os diâmetros mínimos da Tabela 2.3.4.3-1.
B. Instale a válvula de alívio entre a bomba e a válvula de retenção da descarga da bomba, de maneira que
ela possa ser facilmente removida para reparos sem afetar a tubulação.
C. Posicione a descarga da válvula de alívio de maneira que flua para uma tubulação aberta ou um cone ou
funil fixado à saída da válvula. Certifique-se de que a descarga de água da válvula de alívio seja
facilmente vista ou percebida pelo operador de bomba. Certifique-se de que a descarga da válvula de
alívio esteja bem contida e não derrama água pela sala de bombas. Pode-se usar um cone do tipo
fechado se houver um meio de detectar o fluxo de água por esse cone.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 12 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

D. Direcione a tubulação do cone da válvula de alívio para um ponto onde a água possa ser descartada
livremente, de preferência na área externa do prédio, ou devolvida ao tanque de sucção da bomba.
E. Não conecte a válvula de alívio à tubulação de sucção da bomba ou à tubulação de conexão ao
suprimento.
F. Se a água for obtida de um tanque de sucção ou um reservatório aberto com capacidade limitada,
posicione o tubo de descarga da válvula no ponto mais distante possível da entrada de sucção da
bomba, para evitar que a bomba puxe o ar introduzido pela descarga da válvula de alívio.
G. Não instale válvula de bloqueio nas tubulações de entrada ou de descarga da válvula de alívio.

Tabela 2.3.4.3-1. Resumo dos dados das tubulações da bomba de incêndio


Diâmetros mínimos dos tubos (nominais)
Vazão Sucção Descarga Válvula de Descarga Dispositivo de Quantidade Alimentação
nominal mm (in) mm (in) alívio da válvula medição e diâmetro do cabeçote
L/min (gpm) mm (in) de alívio mm (in) das de testes
mm (in) válvulas do mm (in)
cabeçote
de testes
mm (in)
95 (25) 25 (1) 25 (1) 20 (3⁄4) 25 (1) 1 32 (1 1⁄4) 38 (1-1 1⁄2) 25 (1)
190 (50) 38 (1 1⁄2) 32 (1 1⁄4) 32 (1 1⁄4) 38 (1 1⁄2) 50 (2) 38 (1-1 1⁄2) 32 (1 1⁄4)
380 (100) 50 (2) 50 (2) 32 (1 1⁄4) 50 (2) 65 (2 1⁄2) 38 (2-1 1⁄2) 50 (2)
570 (150) 65 (2 1⁄2) 65 (2 1⁄2) 50 (2) 65 (2 1⁄2) 80 (3) 65 (1-2 1⁄2) 65 (2 1⁄2)
760 (200) 80 (3) 80 (3) 50 (2) 65 (2 1⁄2) 80 (3) 65 (1-2 1⁄2) 65 (2 1⁄2)
950 (250) 40 (3 1⁄2) 80 (3) 50 (2) 65 (2 1⁄2) 40 (3 1⁄2) 65 (1-2 1⁄2) 80 (3)
1100 (300) 100 (4) 100 (4) 65 (2 1⁄2) 40 (3 1⁄2) 40 (3 1⁄2) 65 (1-2 1⁄2) 80 (3)
1500 (400) 100 (4) 100 (4) 80 (3) 125 (5) 100 (4) 65 (2-2 1⁄2) 100 (4)
1700 (450) 125 (5) 125 (5) 80 (3) 125 (5) 100 (4) 65 (2-2 1⁄2) 100 (4)
1900 (500) 125 (5) 125 (5) 80 (3) 125 (5) 125 (5) 65 (2-2 1⁄2) 100 (4)
2800 (750) 150 (6) 150 (6) 100 (4) 150 (6) 5 3-2 1⁄2 6
(125) (65) (150)
3800 (1000) 200 (8) 150 (6) 100 (4) 200 (8) 6 4-2 1⁄2 6
(150) (65) (150)
4700 (1250) 200 (8) 200 (8) 150 (6) 200 (8) 150 (6) 65 (6-2 1⁄2) 200 (8)
5700 (1500) 200 (8) 200 (8) 150 (6) 200 (8) 200 (8) 65 (6-2 1⁄2) 200 (8)
7600 (2000) 250 (10) 250 (10) 150 (6) 250 (10) 200 (8) 65 (6-2 1⁄2) 200 (8)
9500 (2500) 250 (10) 250 (10) 150 (6) 250 (10) 200 (8) 65 (8-2 1⁄2) 250 (10)
11400 (3000) 300 (12) 300 (12) 200 (8) 300 (12) 200 (8) 65 (12-2 1⁄2) 250 (10)
13300 (3500) 300 (12) 300 (12) 200 (8) 300 (12) 250 (10) 65 (12-2 1⁄2) 300 (12)
15100 (4000) 350 (14) 300 (12) 200 (8) 350 (14) 250 (10) 65 (16-2 1⁄2) 300 (12)
17000 (4500) 400 (16) 350 (14) 200 (8) 350 (14) 250 (10) 65 (16-2 1⁄2) 300 (12)
19000 (5000) 400 (16) 350 (14) 200 (8) 350 (14) 250 (10) 65 (20-2 1⁄2) 300 (12)
Obs. 1: O diâmetro real do flange de sucção da bomba pode ser menor do que o diâmetro do tubo de sucção.

2.3.5 Válvulas de redução de pressão


2.3.5.1 Não instale válvulas de redução de pressão na sucção ou descarga de uma bomba de incêndio.
2.3.5.2 Faça inspeção, teste e manutenção de válvulas de redução de pressão de acordo com a orientação da
Norma Técnica 3-11, Flow and Pressure Regulating Devices for Fire Protection Service.

2.4 Equipamentos e processos


Instale uma ou mais bombas certificadas pela FM Approvals. Selecione as bombas com base nas condições em
que elas operarão. Considere a vazão total de água e pressão necessárias na descarga da bomba para os
sprinklers automáticos e os hidrantes. Certifique-se de que a bomba possa fornecer no mínimo 150% de sua
vazão nominal a pelo menos 65% de sua pressão nominal.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 13

2.4.1 Bombas de carcaça bipartida, de sucção frontal e centrífugas in-line


2.4.1.1 Essas bombas não devem ser utilizadas em caso de pressão negativa na sucção.
2.4.1.2 Certifique-se de que a bomba tenha uma válvula eliminadora de ar com diâmetro mínimo de
12,7 mm (1⁄2 in) e descarga para a atmosfera. Bombas de sucção frontal com descarga no topo e bombas de
carcaça bipartida montadas verticalmente liberam o ar naturalmente e não requerem válvula eliminadora de ar.
2.4.1.3 Instale um filtro na tubulação de sucção sempre que for necessária a remoção do motor para retirada de
pedras ou detritos do rotor da bomba. Posicione o filtro a no mínimo 10 diâmetros de tubulação de distância do
flange de sucção.

2.4.2 Bombas verticais tipo turbina


2.4.2.1 Utilize bombas verticais tipo turbina se o nível do suprimento de água estiver abaixo do flange de descarga,
ou se a pressão de suprimento de água for insuficiente para suprir a sucção da bomba.
2.4.2.2 Certifique-se de que o grupo impulsor esteja abaixo da superfície da água, em profundidade suficiente
para atender à recomendação de submersão mínima do fabricante. A recomendação deve ser atendida no nível
mais baixo da água, inclusive nos casos de fontes de abastecimento expostas a variação de nível devido a marés
ou em condições de tanque vazio.
2.4.2.3 Não inclua o volume de água abaixo do nível mínimo de submersão da bomba recomendado pelo
fabricante ao determinar a duração do suprimento de água.
2.4.2.4 Redutores angulares: Utilize um redutor certificado pela FM Approvals com a potência nominal maior ou
igual à potência máxima exigida pela bomba e com capacidade de suportar as forças máximas de empuxo
geradas pela bomba.
2.4.2.5 No caso de bombas verticais do tipo turbina movidas a motor diesel, verifique se foi feito estudo de
esforços dinâmicos (motor, acoplamento, caixa redutora e bomba) para garantir que não há esforços prejudiciais
ou velocidades críticas na faixa de 25% acima ou abaixo da velocidade de operação dos componentes
do sistema.

2.4.3 Bombas de deslocamento positivo


2.4.3.1 As bombas de deslocamento positivo são utilizadas para bombear água (sistema de água nebulizada),
líquidos geradores de espuma ou aditivos. Considere a viscosidade do líquido quando for escolher a bomba.
2.4.3.2 Instale uma válvula de alívio de pressão na descarga da bomba capaz de aliviar 100% da capacidade da
bomba. Ajuste a válvula para que seja acionada em pressão igual ou abaixo da menor pressão de trabalho
máxima de qualquer componente do sistema, e acima da pressão de demanda.
2.4.3.3 Instale em bombas de deslocamento positivo uma válvula de descarga que permaneça aberta durante a
sequência de partida da bomba e até que o motor da bomba esteja em velocidade de operação.
2.4.3.4 Instale um filtro de sucção removível e lavável em bombas de deslocamento positivo a uma distância de no
mínimo 10 diâmetros de tubulação da entrada da sucção da bomba. Inclua a perda de carga do filtro de sucção
nos cálculos hidráulicos, para garantir que há NPSH suficiente para a bomba. Certifique-se de que a área aberta
útil do filtro é no mínimo quatro vezes a área da tubulação de sucção. O tamanho das aberturas da tela do filtro
deve estar de acordo com a recomendação do fabricante.

2.4.4 Montagem, acoplamento e alinhamento


2.4.4.1 Monte a bomba e o motor firmemente em uma única placa base, sobre uma fundação sólida.
2.4.4.2 A fundação deve ser suficientemente firme, formando um suporte rígido e permanente para instalar a placa
base da bomba e o motor.
2.4.4.3 Conecte a bomba e o motor com um acoplamento rígido ou flexível ou um eixo de conexão flexível. Não
utilize acoplamentos totalmente elastoméricos (plásticos). Acoplamentos totalmente elastoméricos são aqueles
que dependem apenas de material elastomérico para transmissão de energia. Exemplos de acoplamentos
recomendados:
• Pino e bucha
• Mandíbula
• Disco
• Eixo cardan
• Acoplamentos do tipo grade de aço, se os componentes de acionamento forem metálicos
Conexão direta ou "acoplamento curto" da bomba ao motor são aceitáveis em bombas in-line, montadas
verticalmente, horizontais de carcaça bipartida e de sucção frontal, acionadas por motor elétrico.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 14 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

2.4.4.4 Alinhe as bombas e os motores com acoplamentos independentes, conforme as especificações do


fabricante da bomba e do acoplamento. Assegure-se de que o alinhamento contínuo das bombas de incêndio esteja
de acordo com a Norma Técnica 2-81, Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção contra Incêndio.

2.4.4.5 Para locais sujeitos a terremotos, consulte os requisitos adicionais de fixação e ancoragem de
equipamentos na Norma Técnica 2-8, Earthquake Protection for Water-based Fire Protection Systems.

2.4.5 Selos mecânicos


2.4.5.1 Utilize apenas bombas certificadas pela FM Approvals especificamente para utilização com selos
mecânicos.
2.4.5.2 Somente use bombas equipadas com selos mecânicos em sistemas que atendam aos seguintes critérios:
A. A água da fonte de sucção é limpa. Não utilize bombas com selos mecânicos em sistemas cuja
fonte de água seja um corpo de água aberto (ex., represa, lago ou rio).
B. A pressão de sucção é positiva em todas as condições de vazão da bomba.
C. Um conjunto sobressalente de selos mecânicos bipartidos é mantido no local.
D. Testes semanais são feitos na bomba.

2.4.6 Dimensionamento da bomba

2.4.6.1 Dimensione a bomba de forma a atender à maior demanda de vazão e pressão necessária para o
sistema (Qmax).

2.4.6.2 O suprimento de água padrão para configurações de bomba e tanque deve ser feito com uma bomba com
100% de Qmax ou três bombas com 50% de Qmax. Para ocupações de uso geral (ou seja, não destinadas a
estocagem), é aceitável usar duas bombas com tipos de motor diferentes, elétrico e diesel, de igual tamanho e
que atendam ao requisito mínimo de 75% de Qmax (para instalações com várias bombas, as curvas
características devem ser idênticas).

2.4.6.3 Caso a demanda de vazão e pressão não puder ser atendida pelo suprimento de água padrão, use um
número N de bombas de igual tamanho (para instalações com várias bombas, as curvas características devem ser
idênticas) de forma a atender à maior demanda de vazão e pressão necessária (Qmax). No entanto, é necessário
instalar N + 1 bombas, preferencialmente metade delas acionada por motor elétrico e metade por motor diesel
2.4.6.4 No caso de bombas centrífugas, utilize no máximo 140% da sua capacidade de vazão nominal para suprir
a demanda combinada dos sistemas de sprinklers e hidrantes (se também forem supridos pela bomba), caso seja
utilizada uma bomba com 100% de Qmax.
2.4.6.5 Caso várias bombas centrífugas sejam instaladas, utilize no máximo 110% da capacidade de vazão nominal
da bomba para suprir a demanda combinada dos sistemas de sprinklers e hidrantes (se também forem supridos
pela bomba).
2.4.6.6 Dimensione o motor de modo que sua potência nominal atenda ou exceda as necessidades da
bomba em todos os pontos de sua curva de operação. Veja mais informações nas Seções 2.4.19 e 2.5.1.
2.4.6.7 Dimensione a pressão nominal de bombas booster com base na mínima pressão de sucção prevista
na demanda máxima de vazão requerida pelo sistema. Analise as oscilações diárias e sazonais da pressão
do suprimento para determinar a pressão mínima de sucção prevista para a bomba.

2.4.7 Partida e controle da bomba


2.4.7.1 Instale um painel de controle de bomba de incêndio certificado pela FM Approvals para dar partida e
controlar o motor.
2.4.7.2 A bomba de incêndio deve ser configurada para partir automaticamente a uma pressão pré-determinada ou
por fluxo de água.
2.4.7.3 As bombas de incêndio que fornecem água a sprinklers e hidrantes devem funcionar com partida
automática e parada manual. A parada manual requer presença de pessoal qualificado na sala de bombas sempre
que a bomba entrar em operação, para determinar se o conjunto está funcionando de forma adequada, e garantir
que a bomba não é desligada até que haja certeza de que a causa de sua partida foi solucionada, e que qualquer
emergência de incêndio foi resolvida.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 15

2.4.7.4 Realize a manutenção das tubulações subterrâneas e instale uma bomba de manutenção de pressão
(jockey). Não utilize a bomba de incêndio como bomba jockey.

2.4.8 Partida sequencial


2.4.8.1 Se a operação de múltiplas bombas em paralelo for necessária para atender à demanda de água,
configure as bombas para evitar partida simultânea. A partida das bombas deve ser programada de forma
que a falha na partida de uma bomba não evite a partida das bombas subsequentes.

2.4.9 Temporizadores automáticos de testes semanais


2.4.9.1 Se o painel de controle da bomba tiver um recurso automático de testes semanais, não confie nele
para testar a bomba sem supervisão. Tenha pessoal adequado para presenciar e responder a todas as
situações em que a bomba funcionar, inclusive testes programados, para monitorar a operação da unidade
durante o teste, identificar e corrigir problemas, e garantir que a unidade está em condições operacionais
adequadas após o teste.

2.4.10 Temporizador de funcionamento


2.4.10.1 Programe o painel de controle da bomba para parada manual. Isso exige que o temporizador de
funcionamento (se houver) seja desativado. Não ajuste o temporizador de funcionamento em "zero" como meio de
mudar de parada automática para manual. Use o método correto para desativar esse temporizador, que pode ser
encontrado no manual de operação e manutenção de todo painel de controle certificado pela FM Approvals.

2.4.11 Pressostatos
2.4.11.1 Para todas as instalações de bomba (inclusive as bombas jockey), cada controlador terá sua própria linha
de impulso individual.
2.4.11.1.1 Para os pressostatos com ajustes de acionamento por alta e baixa pressão, regule a chave de maneira
que o ajuste de baixa pressão dê partida na bomba.
2.4.11.2 Conecte a linha de impulso do controlador de cada bomba (inclusive as bombas jockey) entre a válvula
de retenção de descarga e a válvula de controle de descarga da bomba. Assegure-se de que a linha seja feita de
material resistente a corrosão (tubo ou cano e conexões de latão, cobre, ou aço inoxidável série 300) e tenha
diâmetro interno mínimo de 12,7 mm (½ in).
2.4.11.3 Não instale válvula de bloqueio na linha de impulso. Válvulas que liberam água na linha de impulso para
facilitar os testes de bombas são aceitáveis.
2.4.11.4 Para amortecer golpes de pressão, instale duas válvulas de retenção na linha de impulso separadas no
mínimo 1,5 m (5 ft) uma da outra, com um único orifício de 2,4 mm (3/32 in) perfurado na portinhola de cada
válvula para servir como amortecedor. Instale as válvulas de retenção de modo que as setas de fluxo fiquem na
direção da conexão da linha de impulso com a linha de descarga da bomba.
2.4.11.5 Ajuste a pressão de partida da bomba de incêndio o mais próximo possível da pressão esperada sem
vazão (vazão nula) desenvolvida pela bomba, para evitar golpe de aríete.
2.4.11.6 Para partida por queda de pressão, ajuste o sistema de bombas de incêndio da seguinte forma:
A. O ponto de partida da bomba jockey é igual à pressão da bomba de incêndio sem vazão (vazão zero) mais
a pressão estática de sucção da bomba mais 5 psi.
B. A pressão de parada da bomba jockey deve ser 0,7 bar (10 psi) maior que o ponto de partida dessa bomba.
C. A pressão de partida da bomba de incêndio deve ser 0,35 bar - 0,7 bar (5 psi - 10 psi) menor que o ponto
de partida da bomba jockey. Aplicar decréscimos de 10 psi (70 kPa) para a partida de cada
bomba adicional.
Exemplo:
• Bomba: 1000 gpm, 5,5 bar (80 psi) com pressão à vazão nula de 6,6 bar (95 psi)
• Suprimento de sucção:
- Pressão estática mínima de 3,4 bar (50 psi) na rede pública
- Pressão estática máxima de 4,1 bar (60 psi) na rede pública
• Partida da bomba jockey = 95 + 60 + 5 = 160
• Parada da bomba jockey = 160 + 10 = 170 psi
• Partida da bomba de incêndio = 160 – (5-10) = 150-155
• psi (unidades do sistema internacional: 1 psi = 0,0689 bar)

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 16 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

2.4.12 Configuração do suprimento de energia: Bombas acionadas por motor elétrico


2.4.12.1 Analise cuidadosamente a confiabilidade da fonte de energia elétrica. Considere a possibilidade de um
incêndio danificar linhas de energia localizadas na propriedade ou na vizinhança.
2.4.12.2 Complemente as fontes de energia não confiáveis com uma segunda fonte independente, como um
gerador de emergência ou uma conexão de fornecimento alternativo, ou utilize uma bomba acionada por
motor diesel.
Fonte de energia confiável é a que não sofre interrupções frequentes por conta de condições ambientais ou
interferência humana. Uma fonte de energia elétrica que tem interrupções mais longas que oito horas, três ou
mais vezes ao ano, é considerada não confiável. Interrupções de menor duração com maior frequência também
caracterizam fontes não confiáveis.
2.4.12.3 Conecte o circuito alimentador do painel de controle da bomba de incêndio elétrica diretamente à
fonte de energia das instalações, a montante de todas as outras cargas, ou conforme as normas elétricas
locais. Se a tensão do motor da bomba de incêndio for diferente da tensão das instalações, instalar um
transformador exclusivo para suprir o motor e suas cargas associadas. (Veja a Figura 2.4.12.3-1).

Fig. 2.4.12.3-1. Exemplo de circuito elétrico exclusivo para o motor da bomba de incêndio

2.4.12.4 Certifique-se de que os circuitos que alimentam o motor da bomba e seus acessórios estão separados
dos circuitos que abastecem outras cargas das instalações, e são de uso exclusivo da bomba de incêndio e das
suas cargas associadas. Configure o fornecimento de energia para o motor da bomba de incêndio e suas cargas
associadas de forma que não seja interrompido caso ocorra corte de energia das instalações principais. (Veja as
Figuras 2.4.12.3-1 e 2.4.12.3-2.)

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 17

Fig. 2.4.12.3-2 Exemplo de circuito elétrico de alimentação da bomba de incêndio conectado a montante de todas as
outras cargas

2.4.12.5 Proteja os cabos de alimentação do motor da bomba de incêndio contra danos causados por fogo, falha
estrutural, riscos naturais e acidentes operacionais. Para orientações específicas, consulte a Norma Técnica 5-31,
Cables and Bus Bars.
2.4.12.6 Não passe cabos do circuito de alimentação sobre ou dentro de prédios de construção combustível ou que
tenham conteúdo combustível.
2.4.12.7 Elimine o risco de incêndio ou danos mecânicos à rede elétrica devido à armazenagem de materiais
combustíveis, equipamentos, objetos ou outras fontes.
2.4.12.8 Dimensione os cabos de alimentação elétrica do painel de controle da bomba de incêndio com base nas
normas elétricas locais, mas certifique-se de que eles tenham, no mínimo, capacidade para conduzir 125% da
corrente nominal do motor da bomba. Em alguns países, esse número pode ser maior (por ex., 150% é comum
na Europa).
2.4.12.9 Dimensione o suprimento de energia elétrica de maneira que a tensão nos terminais de linha do painel de
controle não sofra queda maior que 15% abaixo da tensão nominal do painel de controle durante a partida automática
do motor. Isso não é necessário quando for usado o recurso de partida manual de emergência do painel de controle,
desde que o suprimento de energia forneça tensão suficiente para permitir a partida manual de emergência. Não permita
que a tensão nos terminais do motor caia mais que 5% abaixo da tensão nominal do motor quando este estiver
operando a 115% de sua corrente nominal a carga plena.
2.4.12.10 Dimensione os fusíveis que protegem os primários dos transformadores que fornecem energia elétrica
ao painel de controle da bomba de forma que não abram se o motor operar por um período indeterminado com
corrente de rotor bloqueado (720% da corrente de plena carga do motor).

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 18 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Para proteção do painel de controle, defina um tempo de desligamento entre 8 e 20 segundos a 720% da corrente
nominal máxima (igual à corrente de rotor bloqueado ou de partida) do motor, segundo as informações do
fabricante do motor.
2.4.12.10.1 Assegure-se de que a proteção por desligamento não ocorra em menos de três minutos a 300% da
corrente nominal máxima do motor. Não é necessária a coordenação de curto-circuito dos dispositivos de
proteção a montante.
2.1.12.11 Não instale proteção contra falha à terra em nenhuma parte do circuito que fornece energia elétrica ao
painel de controle da bomba de incêndio. Se a proteção contra falha à terra for exigência da autoridade
competente, ajuste a proteção para que seja acionada somente em correntes acima da corrente de rotor
bloqueado do motor. Ajuste também a proteção contra falha à terra para que não opere durante a partida do
motor. Faça um estudo de confiabilidade em todos os circuitos de alimentação de bombas de incêndio que
tenham proteção contra falha à terra.

2.4.13 Motores elétricos


2.4.13.1 Os motores elétricos de bombas de incêndio devem ser projetados de acordo com a norma MG- 1 da
Associação dos Fabricantes de Equipamentos Elétricos dos EUA (NEMA - National Electrical Manufacturers
Association), ou com a norma IEC34-1 da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC - International
Electrotechnical Commission).
2.4.13.2 Motores elétricos para bombas de incêndio devem ter bobinas com isolação projetada para temperatura
mínima de 130°C (266°F), Classe B, da NEMA/IEC.
2.4.13.3 Para evitar entrada de água, os motores elétricos para bombas de incêndio requerem classificação
mínima equivalente a motores do tipo aberto à prova de gotejamento da NEMA, ou classificação mínima IP22
da IEC.
2.4.13.4 Dimensione o motor em HP ou quilowatts de forma que a corrente máxima do motor em qualquer fase e
em qualquer condição prevista de carga da bomba e de desequilíbrio de tensões não exceda a corrente nominal
do motor em plena carga multiplicada pelo fator de serviço.
2.4.13.5 Certifique-se de que a potência nominal fornecida pelo motor é indicada em base contínua (não
intermitente).

2.4.14 Painéis de controle de motores elétricos


2.4.14.1 Instale um painel de controle de bomba de incêndio certificado pela FM Approvals.
2.4.14.2 Posicione o painel de controle em local visível junto ao motor, e o mais próximo possível deste.
2.4.14.3 Providencie monitoração eletrônica remota do painel de controle da bomba de incêndio a menos que
seguramente haja presença constante e resposta imediata de pessoal a qualquer momento.
2.4.14.4 Não utilize o painel de controle da bomba de incêndio como caixa de passagem elétrica para fornecer
energia a outros equipamentos da sala de bombas. Isso inclui a(s) bomba(s) de manutenção de pressão (jockey).
2.4.14.5 Dimensione o painel de controle da bomba para que tenha capacidade maior ou igual à do motor em HP
ou quilowatts.
2.4.14.6 Não utilize painéis de controle de serviço limitado em bombas que suprem a proteção por sprinklers
principal do prédio. O uso desse tipo de painel é limitado a 22 kW (30 hp), e pode servir para controlar bombas de
aditivos (espuma), outras bombas de sistemas especiais de proteção, ou bombas para hidrantes internos.

2.4.15 Chaves de comutação


2.4.15.1 Utilize somente painéis de controle de bomba de incêndio com chaves de comutação conjugadas ou
chaves de comutação independentes certificados pela FM Approvals.
2.4.15.2 A chave de comutação deve ter potência nominal no mínimo igual à potência do motor ou, se classificada
em ampères, no mínimo 115% da corrente de plena carga do motor. Certifique-se de que a chave de comutação
pode comutar a corrente de rotor bloqueado do motor.
2.4.15.3 Se for necessária uma fonte de energia alternativa por questões de confiabilidade, certifique-se de que as
posições da chave de comutação e da chave da fonte de energia alternativa sejam supervisionadas remotamente.
Instale um dispositivo adequado para proteção contra sobrecorrente na chave de comutação se a corrente de
curto-circuito proveniente da fonte alternativa exceder a corrente de rotor bloqueado do motor da bomba de
incêndio. Dimensione o dispositivo de proteção contra sobrecorrente da fonte de energia alternativa de forma que

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 19

possa suportar a corrente de rotor bloqueado do motor mais qualquer outra carga da sala de bombas, por
tempo indeterminado.

2.4.16 Bombas elétricas de velocidade variável


2.4.16.1 Instale uma válvula de alívio principal para as bombas caso a soma da pressão nominal à vazão nula
(sem vazão) e da pressão máxima de sucção estática da própria bomba (sem controle) possa exceder 16 bar
(232 psi). Sem isso, as margens de segurança predefinidas dos componentes do sistema de sprinklers podem
ser excedidas.
Consulte também a orientação da Seção 2.3.4 para válvulas de alívio de pressão.
2.4.16.2 Utilize somente painéis de controle para bombas de incêndio elétricas de velocidade variável certificados
pela FM Approvals.
2.4.16.3 Limite o comprimento de cabos elétricos entre o painel de controle e o motor a até no máximo
30 m (100 ft).
2.4.16.4 Além dos requisitos da Seção 2.7.2, utilize somente motores projetados para uso com inversores de
frequência. Não use o fator de serviço do motor quando for dimensioná-lo. Use apenas a potência nominal
especificada na placa de identificação do motor.
2.4.16.5 Certifique-se de que a operação na velocidade mínima não resultará em sobreaquecimento do motor.
2.4.16.6 Certifique-se de que o sensor de pressão para controle da variação de velocidade seja exclusivo para
esse controle e independente do pressostato de partida da bomba por queda de pressão. Não utilize um controle
único de pressão para instalações com várias bombas.
2.4.16.7 Certifique-se de que a pressão de ajuste do sistema seja maior do que a pressão máxima de demanda do
sistema de proteção contra incêndio na vazão máxima requerida.
2.4.16.8 Durante o teste da bomba à vazão nula (sem vazão), certifique-se de que a velocidade do motor mantém
a pressão de descarga da bomba com desvio de até 5% da pressão de ajuste (que tipicamente é 12 bar [175 psi]).
2.4.16.9 Nunca permita que a frequência de saída do painel de controle exceda a frequência de sua linha de
entrada (50 Hz ou 60 Hz).
2.4.16.10 Registre o valor do limite de pressão e a pressão de partida da bomba dentro ou sobre o gabinete do
painel de controle. O painel de controle só deve ser desligado manualmente.

2.4.17 Bombas acionadas por motor diesel


2.4.17.1 Utilize somente motores diesel certificados pela FM Approvals para bombas de incêndio. Os
motores certificados pela FM Approvals são dos seguintes tipos:
A. Circuito fechado, arrefecimento líquido com trocador de calor de água na descarga da bomba
(arrefecimento por trocador de calor); ou
B. Circuito fechado, arrefecimento líquido com radiador e ventoinha acionada pelo motor (arrefecimento
por radiador).

2.4.18 Dimensionamento do motor


2.4.18.1 Deduza 3% da potência nominal de motores diesel para cada 305 m (1.000 ft) de altitude acima de 90 m
(300 ft).
2.4.18.2 Não penalize a potência do motor devido a temperaturas altas a menos que a temperatura do ar de
combustão possa exceder 40°C (105°F). Deduza 3% da potência do motor no caso de temperaturas iguais ou
maiores que 40°C (105°F). Limite a temperatura ambiente máxima a 49°C (120°F). Considere a elevação da
temperatura da sala de bombas causada pelo calor do motor quando definir a temperatura máxima do ar de
combustão.
2.4.18.3 Se forem utilizados redutores angulares entre bombas verticais tipo turbina e seus motores, aumente
a potência da bomba para compensar a perda de potência devida aos redutores angulares. Veja na Seção 2.4.2
mais informações sobre bombas verticais tipo turbina e redutores angulares.
2.4.18.4 Após as deduções mencionadas acima, certifique-se de que a potência disponível do motor é igual ou
maior que a potência necessária para acionar a bomba a sua velocidade nominal em qualquer condição de carga.

2.4.19 Painel de controle do motor diesel


2.4.19.1 Utilize painéis de controle de bombas de incêndio certificados pela FM Approvals.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 20 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

2.4.19.2 Posicione os painéis de controle em local visível junto ao motor, e o mais próximo possível deste.
2.4.19.3 Providencie monitoração eletrônica remota do painel de controle da bomba de incêndio a menos que
seguramente haja presença constante e resposta imediata de pessoal a qualquer momento.
2.4.19.4 Não utilize o painel de controle da bomba de incêndio como caixa de passagem elétrica para fornecer
energia a outros equipamentos da sala de bombas. Isso inclui a(s) bomba(s) de manutenção de pressão (jockey).

2.4.20 Partida por falta de energia


2.4.20.1 Mantenha a temperatura da sala de bombas acima de 4°C (40°F) e a água de arrefecimento do
motor diesel acima de 20°C (70°F) durante ocorrências de falta de energia. Para isso, o motor diesel pode
ser programado para partir automaticamente, desde que seja possível garantir resposta imediata de
pessoal treinado. Antes de programar a bomba de incêndio para partida automática em caso de falta de
energia, considere a possibilidade de uma parada incomum das operações, como em situações de
desastres naturais, quando é grande a possibilidade de falta de energia e quando não se espera que haja
resposta de pessoal treinado. Se a bomba não for supervisionada e partir quando faltar energia, pode
ocorrer esgotamento do tanque de combustível e/ou sobreaquecimento da bomba.

2.4.21 Tanque e tubulação de combustível


2.4.21.1 Armazene o combustível do motor diesel em um tanque metálico de parede dupla, ou em um tanque
encamisado em concreto.
2.4.21.2 Providencie para cada tanque conexões individuais de abastecimento, drenagem e respiro.
2.4.21.3 Instale os tanques de armazenagem de diesel dentro da sala de bombas. Estenda as linhas de
abastecimento e respiro para fora da sala. Se os tanques não puderem ficar na sala de bombas, providencie um
meio confiável de manter a temperatura dos tanques acima de 4°C (40°F).
2.4.21.4 Providencie guias de contenção de derramamentos em volta de tanques de combustível internos.
A contenção em volta do tanque deve ser projetada para reter todo o conteúdo do tanque mais 5 cm (2 in) de
borda livre.
2.4.21.5 Não use visores tubulares de nível de líquido feitos de vidro ou plástico no tanque de armazenagem de
combustível.
2.4.21.6 Os tanques de diesel devem ser dimensionados para no mínimo oito horas de funcionamento do motor,
mais 5% do volume para expansão e 5% do volume para reserva não utilizável. Reserve o tanque de suprimento e
o combustível exclusivamente para o motor diesel da bomba de incêndio.
2.4.21.7 Onde o reabastecimento imediato de combustível for pouco provável, providencie um tanque reserva no
local, equipado para transferência de combustível para o tanque principal.
2.4.21.8 Se houver várias bombas, instale linhas de suprimento de combustível separadas e tanques de
suprimento de combustível separados para cada motor.
2.4.21.9 Não conecte a linha de suprimento de combustível ao fundo do tanque. Posicione a conexão da linha de
suprimento de combustível no tanque de maneira que 5% do volume do tanque seja reservado e não utilizável pelo
motor. Além disso, posicione a conexão da linha de suprimento de combustível no tanque de forma que fique mais
alta que a da bomba injetora do motor. Verifique se a pressão estática máxima na bomba injetora informada pelo
fabricante do motor não é excedida quando o nível de combustível no tanque estiver no máximo.
2.4.21.10 Instale uma válvula esfera de quarto de volta na linha de combustível recomendada na Seção 2.4.21.9 no
ponto de conexão com o tanque. Tranque essa válvula na posição aberta.
2.4.21.11 Use uma proteção mecânica ou tubulação protegida em todas as linhas de combustível expostas.
2.4.21.12 Instale mangueiras de combustível flexíveis, resistentes a chamas e projetadas para essa aplicação na
conexão do motor à tubulação de suprimento de combustível.
2.4.21.13 Instale a linha de retorno de combustível conforme a recomendação do fabricante do motor. Não deve
haver válvula de bloqueio na linha de retorno de combustível para o tanque.
2.4.21.14 Use somente o tipo de diesel especificado pelo fabricante do motor. Certifique-se de que o ponto de
fluidez e o ponto de névoa mínimos do combustível são 1°C negativo (30°F) ou menores. Não use biodiesel, que
apresenta problemas de estabilidade quando armazenado por longos períodos.
2.4.21.15 Onde houver válvula solenoide elétrica para controlar o suprimento de combustível para o motor, esta
deve ser capaz de ser operada manualmente ou ter bypass.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 21

2.4.21.16 Recomendações específicas para proteção do tanque de combustível em caso de incêndios externos
são apresentadas na Norma Técnica 7-32, Operações com Líquidos Igníferos.

2.4.22 Ventilação
2.4.22.1 Instale ventilação na sala de bombas de maneira que:
A. A temperatura, em quaisquer condições, seja mantida em até 49°C (120°F) quando medida na entrada do
filtro de ar de combustão;
B. Haja ar suficiente para combustão do motor;
C. Sejam removidos quaisquer vapores perigosos;
D. Ocorram trocas suficientes de ar da sala para motores arrefecidos por radiador.
2.4.22.2 Para os motores diesel arrefecidos por trocador de calor, providencie aberturas de ventilação na
sala de bombas de no mínimo 6,5 cm²/kW (0,75 in²/HP).
2.4.22.3 Direcione o ar de arrefecimento do radiador para fora da sala de bombas por meio de venezianas
com aletas de movimentação livre que tenham área útil efetiva de pelo menos uma vez e meia a área da
saída de ar do radiador.
2.4.22.4 Intertrave o sistema de ventilação da sala (venezianas e ventiladores) com a operação do motor.
Não utilize termostato para controlar a ventilação da sala. Para melhor ventilação da sala, posicione o
ventilador de suprimento e o exaustor de ar em paredes opostas.

2.4.23 Partida manual


2.4.23.1 Instale dois contatores de partida manual (um para cada bateria) e os controles de combustível
e resfriamento necessários no motor, independentes do painel de controle da bomba de incêndio.
2.4.23.2 Certifique-se de que a sequência de operação manual de emergência (descrita passo a passo) está
afixada no motor da bomba de incêndio, e que o operador de bombas conhece o procedimento.

2.4.24 Baterias
2.4.24.1 Instale duas baterias de partida separadas para cada motor. Cada bateria deve ter o dobro da
capacidade necessária para manter a velocidade de partida recomendada pelo fabricante do motor (120 rpm
é a velocidade típica) por um ciclo de "tentativas de partida" de três minutos (15 segundos de partida e
15 segundos de descanso, em seis ciclos consecutivos) à temperatura de 4,5°C (40°F). Além disso, assegure-se
de que as baterias têm capacidade de dar partida no motor até 90 horas após uma interrupção do abastecimento
de energia elétrica.
2.4.24.2 Certifique-se de que as baterias chumbo-ácidas, níquel-cádmio e de outros tipos são compatíveis com os
carregadores de bateria do painel de controle. Elas devem ser instaladas e mantidas conforme as instruções
do fabricante.
2.4.24.3 Não instale as baterias de partida diretamente sobre o piso da sala de bombas. Instale-as acima do piso,
de preferência em uma plataforma de apoio fixa para impedir que se movimentem, e localizadas onde não fiquem
sujeitas a excessos de temperatura, vibrações, danos mecânicos ou água acumulada no piso. Posicione as
baterias em local facilmente acessível para revisão. Defina a bitola mínima dos cabos das baterias e seu
comprimento máximo com base no manual do fabricante do motor.
2.4.24.4 Não instale condutores (cabos de bateria e de sinais) de e para o motor em altura menor que 300 mm
(12 in.) acima do nível do solo.

2.4.25 Arrefecimento do motor

2.4.25.1 Motores com arrefecimento por trocador de calor de circuito aberto


2.4.25.1.1 Conecte a tubulação de suprimento de água dos sistemas de arrefecimento de motor com trocador de
calor diretamente à descarga da bomba, em um ponto a montante da válvula de retenção de descarga da bomba.
Utilize tubulação rígida para essa conexão.
2.4.25.1.2 A tubulação de suprimento de água de arrefecimento deve ter os seguintes itens:
A. Uma plaqueta que indique a direção da vazão;

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 22 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

B. Uma válvula de bloqueio manual indicadora;


C. Um filtro lavável certificado pela FM Approvals;
D. Um regulador de pressão;
E. Uma válvula automática;
F. Uma segunda válvula de bloqueio manual indicadora; e
G. Um manômetro próximo ao motor, a jusante da última válvula manual.
Não é necessário instalar a válvula automática (e) em bombas verticais tipo turbina ou em qualquer outra
bomba em que não haja pressão na descarga quando a bomba estiver inoperante.
2.4.25.1.3 Instale uma linha de bypass com válvulas manuais, filtro lavável e regulador de pressão em volta da
válvula de bloqueio manual, filtro, regulador de pressão e válvula automática. (Veja a Figura 2.4.25.1.3-1.)

Fig. 2.4.25.1.3-1. Diagrama de uma configuração típica de tubulação de água de arrefecimento de trocador de calor

2.4.25.1.4 Dimensione o regulador de pressão de forma que permita a vazão de aproximadamente 120% da água
de arrefecimento necessária quando o motor operar em potência máxima. Além disso, certifique-se de que o
regulador pode suprir a água de arrefecimento necessária a 65% e 140% da pressão nominal de descarga da
bomba. Use as instruções do fabricante do motor para calcular a vazão de água de arrefecimento, considerando
sua temperatura máxima possível.
2.4.25.2 Motores com arrefecimento por radiador em circuito fechado
2.4.25.2.1 Certifique-se de que há fluxo de ar adequado para a sala e para o radiador. No caso de motores com
arrefecimento por radiador, a entrada forçada de ar no radiador é feita por um ventilador acionado pelo motor,
e sua retirada da sala por um exaustor de descarga de ar.
2.4.25.2.2 O ar de combustão e arrefecimento deve vir de fora da sala de bombas e entrar por venezianas com
aletas de movimentação livre e área útil mínima de pelo menos duas vezes a área da saída de ar do radiador.
2.4.25.2.3 Direcione o ar de arrefecimento do radiador para fora da sala de bombas por meio de venezianas com
aletas de movimentação livre que tenham área útil efetiva de pelo menos uma vez e meia a área da saída de ar
do radiador.

2.4.26 Velocidade do motor diesel


2.4.26.1 O motor diesel deve ser regulado para que sua velocidade permaneça numa faixa de 10% acima ou
abaixo da velocidade marcada na placa de identificação da bomba. Certifique-se de que a vazão e pressão

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 23

de saída da bomba ultrapassam a demanda máxima da água de combate a incêndio. Ajuste o regulador de
velocidade se necessário. Não ultrapasse a velocidade nominal marcada na placa de identificação do motor
diesel em mais que 10%.

2.4.27 Bombas diesel de velocidade variável


2.4.27.1 Instale uma válvula de alívio de pressão no sistema conforme recomendado na Seção 2.6.
2.4.27.2 Certifique-se de que a linha de impulso para controle de pressão tem, no mínimo, 12,7 mm (1⁄2 in) de
diâmetro interno nominal. Conecte a linha de impulso à tubulação de descarga da bomba entre a bomba
e a válvula de retenção de descarga.
2.4.27.3 O ajuste de pressão deve ser maior do que a pressão máxima de demanda do sistema na vazão
máxima requerida.
2.4.27.4 Durante o teste da bomba à vazão nula (sem vazão), certifique-se de que a velocidade do motor está
mantendo a pressão de descarga da bomba em uma faixa de até 5% acima ou abaixo da pressão pretendida
(um valor típico é 12 bar [175 psi]).

2.5 Operações e Manutenção

2.5.1.1 Faça um teste de aceitação em campo em todas as bombas de incêndio no momento da instalação.
Obtenha uma cópia autenticada da curva característica do teste da bomba emitida pelo fabricante para comparar
com os resultados do teste de aceitação em campo. A bomba de incêndio instalada deve ter desempenho igual ou
melhor ao indicado na curva autenticada de teste de fábrica, dentro dos limites de erro dos equipamentos de teste.
Caso isso não ocorra, investigue a causa da discrepância e corrija-a. Veja no Anexo C os procedimentos de testes
de aceitação.
2.5.1.2 Certifique-se de que a bomba de incêndio funciona nas cargas mínima, nominal e máxima sem
sobreaquecimento ou dano a qualquer componente.
2.5.1.3 As vibrações do conjunto da bomba de incêndio não devem ser suficientes para causar danos a nenhum de
seus componentes.

3.0 SUPORTE PARA RECOMENDAÇÕES

3.1 Informações complementares

3.1.1 Construção e localização


Buracos e aberturas em paredes resistentes ao fogo da sala de bombas podem ser preenchidos com lã mineral ou
outro material adequado afixado com colarinhos de tubulação nos dois lados da parede.
É desejável que haja espaço livre de no mínimo 25 mm (1 in) para tubos que atravessam paredes de fundações
ou de poços e penetram no solo; essas aberturas devem ter vedação estanque a água. Os espaços ao redor dos
tubos que passam pelas paredes ou pisos da sala de bombas podem ser preenchidos com mástique asfáltico.
Para proteção contra terremotos, veja a Norma Técnica 2-8, Earthquake Protection for Water-Based Fire
Protection Systems.
Casas de bombas onde há bombas verticais tipo turbina podem necessitar de um painel removível no telhado, de
forma que permita remoção da bomba para inspeção ou reparo. Deixe espaços livres nas proximidades dos
equipamentos conforme recomendado nos desenhos do fabricante.
Para maior confiabilidade e durabilidade dos equipamentos, as salas de bombas devem estar sempre secas e sem
condensado. Pode ser necessário um aquecedor de ambiente para isso.

3.1.2 Edifícios altos


As bombas de incêndio podem ser utilizadas em sistemas de sprinklers automáticos, sistemas de hidrantes
internos, e sistemas combinados (sistemas de sprinklers automáticos e hidrantes internos).
O sequenciamento vertical de bombas pode causar problemas inaceitáveis de confiabilidade.
No sequenciamento vertical, a primeira bomba (mais baixa) descarrega para os sprinklers da primeira zona, e para
a sucção da segunda bomba; a segunda bomba descarrega para os sprinklers da segunda zona e para a sucção
da terceira bomba; e assim por diante. Caso ocorresse um incêndio no topo de um edifício com três zonas

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
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verticais, seria preciso que a primeira bomba partisse, depois a segunda, então a terceira. Se qualquer uma das
bombas deixasse de partir, a água não chegaria aos sprinklers do andar mais alto.
Com a taxa de 3% de probabilidade de falha de partida em bombas acionadas por motor elétrico, a confiabilidade
da terceira zona se reduz de 97% para 91%. Em quase uma em onze vezes, não haveria água disponível na
terceira zona.

3.1.3 Tubulações de sucção e descarga da bomba


Em locais onde o suprimento da bomba provém de um sistema de água industrial, é desejável verificar se
a operação da bomba a 150% de sua capacidade nominal não resultará em flutuações perigosas nos processos
em função da baixa pressão da água.
A vazão turbulenta criada por componentes localizados a montante da sucção da bomba deve ser minimizada
para evitar diminuição no desempenho da bomba. A distância de 10 diâmetros de tubulação é uma orientação geral
utilizada pela indústria de controle da água. Essa distância é considerada adequada somente se forem atendidos
todos os critérios de vazão e pressão para aceitação da bomba.
3.1.3.1 Tubulação de sucção
Uma válvula borboleta na tubulação de sucção da bomba pode criar turbulência, afetando negativamente
o desempenho da bomba e aumentando a possibilidade de bloqueio do tubo. Além disso, o disco da válvula
borboleta diminui a área de vazão no corpo da válvula, e inevitavelmente provoca maior perda de pressão em
comparação a uma válvula gaveta de igual diâmetro. O disco por si só causa turbulência. Por essas razões, não
instale uma válvula borboleta na tubulação de sucção da bomba.
Válvulas de retenção e dispositivos antirretorno são aceitáveis se exigidos pela autoridade competente.
3.1.3.2 Tela de sucção e reservatório de água
Quando selecionar o material da tela, considere a prevenção de entupimento por crescimento de plantas
aquáticas. O melhor material é o fio de bronze ou cobre.
Uma boa tela de sucção é feita de bronze, cobre, Monel, aço inoxidável, ou outro material metálico resistente
a corrosão, com aberturas de 12,7 mm (1⁄2 in), feita com arame bitola 10 BWG, e fixada a uma estrutura metálica
tipo gaveta instalada verticalmente na entrada da linha de sucção. A área total dessa tela deve ser 1,6 vez sua
área aberta útil.
A Tabela 3.1.3.2-1 e as Figuras 3.1.3.2-2 3a 3.1.3.2-4 ilustram dimensões recomendadas pelas normas do
Hydraulic Institute (Instituto de Hidráulica) para o projeto de sucção com uso de reservatório (poço de sucção).
As dimensões são:
S é a largura mínima do poço.
B é a dimensão máxima sugerida entre a linha de centro da bomba e a parede posterior. A extremidade do sino
de sucção da bomba deve estar próxima da parede posterior.
C deve ser especificada pelo fabricante da bomba.
H é o valor mínimo baseado no nível de água mínimo. A submersão utilizada para determinar a altura do
segundo rotor medida a partir do fundo do grupo impulsor é H menos C.
Y é a distância mínima recomendada da linha de centro da bomba até a tela.
Com base na máxima vazão esperada da bomba, os valores recomendados são indicados na Tabela 3.1.3.2-1:

Tabela 3.1.3.2-1. Dimensões mínimas do reservatório de água


Vazão da bomba - L/min S, mm (in) B, mm (in) Y, mm (in)
Até 11.400 (3.000) 864 (34) 330 (13) 1524 (60)
4.000 1016 (40) 406 (16) 1778 (70)
5.000 1118 (44) 457 (18) 1905 (75)
Obs.: Outros valores podem ser usados quando recomendados pelo fabricante da bomba, ou quando projetos alternativos sejam
certificados de acordo com os princípios de projeto das normas do Hydraulic Institute.

Quando a dimensão S é determinada para não exceder a velocidade de 0,7 m/s (1 ft/s) no poço, a
dimensão H será fixa, e S deve ser a mínima indicada acima, ou maior caso seja necessário não exceder
os limites de velocidade.

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Fig. 3.1.3.2-2. Instalação de bomba vertical tipo turbina em poço

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 26 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Fig. 3.1.3.2-2a. Instalação de bomba de incêndio vertical tipo turbina com sucção em poço

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Fig. 3.1.3.2-3. Vista em planta das dimensões do reservatório de água

Fig. 3.1.3.2-4. Vista frontal das dimensões do reservatório de água

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Fig. 3.1.3.2-5. Instalação típica de bomba de incêndio horizontal com sucção de tanque sobre o piso

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Fig. 3.1.3.2-6. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany,
NJ, EUA, www.pumps.org)

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Fig. 3.1.3.2-7. Vista em corte de uma típica bomba horizontal de carcaça bipartida com motor elétrico de acoplamento fechado
(cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)

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Fig. 3.1.3.2-8. Vista em corte de uma típica bomba de sucção frontal de acoplamento longo (cortesia do Hydraulic Institute,
Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)

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Página 32 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Fig. 3.1.3.2-9. Vista em corte de uma típica bomba vertical in-line com motor elétrico de acoplamento fechado (cortesia do
Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)

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Fig. 3.1.3.2-10. Vista em corte mais detalhada de uma típica bomba vertical in-line de acoplamento longo (cortesia do
Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)

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3.1.4 Bombas de carcaça bipartida, de sucção frontal e centrífugas in-line

3.1.4.1 Bombas de serviço limitado


As bombas de incêndio de serviço limitado fornecem no mínimo 130% da capacidade nominal a pelo menos 65%
da pressão nominal. São utilizadas apenas com motores elétricos de partida direta com potência até 30 HP.

3.1.5 Bombas verticais tipo turbina


A bomba vertical tipo turbina é particularmente adequada quando a fonte de água é subterrânea, e se for difícil
instalar qualquer outro tipo de bomba abaixo do nível mínimo de água. Foi originalmente projetada para instalação
em poços perfurados, mas também é adequada para recalcar água de lagos, riachos, reservatórios abertos e
outras fontes abaixo da superfície tais como tanques subterrâneos. Tanto bombas de coluna fechada lubrificada a
óleo quanto de coluna aberta lubrificada a água são utilizadas. (Veja Figura 3.1.5-1)

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Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 35

Fig. 3.1.5-1. Vista em corte de uma típica bomba vertical tipo turbina de dois estágios (cortesia do Hydraulic Institute,
Parsippany, NJ, EUA, www.pumps.org)

Esse tipo de bomba é especialmente adaptável para instalação em corpos de água abertos sujeitos a variação do
nível de água.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 36 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Essas bombas também são recomendadas onde se quer ter uma bomba controlada automaticamente, e onde as
condições físicas não permitam que uma bomba horizontal trabalhe afogada.
Como bombas verticais do tipo turbina não requerem escorva, seu uso nessa condição elimina a necessidade de
instalação de complicados equipamentos automáticos de escorva.
O uso de poços profundos para uso direto por bombas de incêndio não é desejável se a altura máxima do
conjunto de coluna e grupo impulsor exceder 30 m a 45 m (100 ft a 150 ft). A ocorrência de falhas é mais provável
com eixos longos, e os reparos requerem mais tempo. Para atender à pressão necessária ao nível do solo,
a pressão nominal da bomba precisaria ser aumentada, o que aumentaria também o tamanho do motor. Poços
profundos e eixos de bomba longos em geral aumentam de forma significativa o custo total da instalação. Nessas
condições, pode ser mais econômico e confiável ter tanques acima do nível do piso ou reservatórios abertos,
alimentando bombas de incêndio horizontais. Bombas de poços profundos de pressão e vazão relativamente
baixas podem ser usadas para abastecimento do tanque ou reservatório.
As bombas certificadas podem ter diferentes curvas de pressão x vazão para uma determinada potência. A Figura
20 ilustra os extremos das formas prováveis da curva. A pressão à vazão nula varia entre o mínimo de 101% e o
máximo de 140% da pressão nominal. A 150% da vazão nominal, a pressão variará entre o mínimo de 65% e o
máximo imediatamente abaixo da pressão nominal. Os fabricantes de bombas podem fornecer as curvas
esperadas de suas bombas certificadas.

Fig. 3.1.5-2. Curvas características de bombas

A vazão turbulenta criada por componentes localizados a montante da sucção da bomba deve ser minimizada
para não comprometer o desempenho da bomba. A distância de 10 diâmetros de tubulação é considerada aceitável
pela indústria de controle de água.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 37

Fig. 3.1.5.1-3. Verificação do alinhamento angular e paralelo (cortesia do Hydraulic Institute, Parsippany, NJ, EUA,
www.pumps.org)

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3.1.6 Bombas de deslocamento positivo


Diferentes de bombas centrífugas, as bombas de deslocamento positivo são capazes de exceder sua pressão
máxima de descarga de projeto se operadas contra uma tubulação fechada. A válvula de alívio garante que não
haverá sobrepressão no sistema. A válvula de alívio interna é necessária para garantir que o motor da bomba pode
alcançar a velocidade nominal antes de receber a carga da bomba. Isso é particularmente válido para bombas de
deslocamento positivo com motor diesel, nas quais o requisito de alto torque quase instantâneo poderia travar o
motor de partida.

3.1.7 Montagem, acoplamento e alinhamento


Uma fundação sólida é importante para manutenção do alinhamento. O material preferível para construção da
fundação é concreto armado.
Todas as placas base são um pouco flexíveis e, portanto, não se deve confiar nelas para manter o alinhamento
realizado na fábrica. É necessário realinhamento após a bomba e o motor terem sido nivelados na fundação, e de
novo após a cura final da argamassa e o aperto dos chumbadores. Confira o alinhamento após a conexão das
tubulações à bomba e motor, e passe a verificá-lo anualmente.
Após a bomba e o motor terem sido postos na fundação, desconecte o acoplamento. Mantenha o acoplamento
desconectado até o término de todas as operações de alinhamento do eixo. O objetivo do acoplamento flexível
é compensar mudanças de temperatura e permitir o movimento das extremidades dos eixos sem que interfiram
uns nos outros enquanto transmitem energia do motor para a bomba.
Há dois tipos de desalinhamento possíveis entre o eixo da bomba e o eixo do motor:
A. Desalinhamento angular: eixos com linhas de centro concêntricas, mas não paralelas
B. Desalinhamento paralelo: eixos com linhas de centro paralelas, mas não concêntricas
Mantenha a distância entre as faces do acoplamento dentro dos limites recomendados pelo fabricante. Considere
o desgaste dos mancais de escora que farão com que o eixo da bomba se mova na direção axial. As ferramentas
necessárias para verificação aproximada do alinhamento de um acoplamento flexível são uma régua e um relógio
comparador, ou calibradores de folga.
A verificação do alinhamento angular é feita inserindo-se o calibrador de folga em quatro pontos entre as faces do
acoplamento, e comparando a distância entre as faces em quatro pontos espaçados em intervalos de 90 graus ao
redor do acoplamento. Os eixos da bomba e do motor estarão em alinhamento angular quando as medições
mostrarem que as partes frontais dos acoplamentos estão na mesma distância em todos os pontos.
A verificação do alinhamento paralelo é feita com a colocação da régua sobre as duas bordas do acoplamento na
parte superior, inferior e nos dois lados. Os eixos da bomba e do motor estarão alinhados paralelamente quando
a régua permanecer equilibrada na borda do acoplamento em todas as posições. Pode ser necessário considerar
uma tolerância devido a variações de temperatura nos casos em que as faces do acoplamento não têm o mesmo
diâmetro externo. É preciso cuidado para que a régua fique paralela às linhas de centro dos eixos.
Quando o alinhamento estiver correto, os chumbadores devem ser ajustados uniformemente, mas não com força
excessiva. A placa base pode então ser rebocada à fundação com argamassa. A placa base pode ser totalmente
preenchida com argamassa, e é desejável cobrir com argamassa todas as peças de nivelamento, os calços ou as
cunhas. Os parafusos da base não podem ser completamente apertados até que a argamassa esteja curada, em
geral cerca de 48 horas após sua aplicação. Quando a argamassa estiver curada e os chumbadores forem
devidamente apertados, verifique o alinhamento angular e paralelo da bomba e do motor e, se preciso, faça os
ajustes necessários. Após conectar a tubulação à bomba e ao motor, verifique mais uma vez o alinhamento.
Nesse momento, pode-se confirmar se a direção da rotação do motor está igual à da bomba. A direção de rotação
da bomba é indicada por uma seta na sua carcaça.
As metades do acoplamento podem então ser reconectadas. Após ter sido devidamente escorvada, a bomba pode
operar em condições normais até que as temperaturas se estabilizem. Assim que o motor for desligado, verifique
se o acoplamento está alinhado. Todas as verificações de alinhamento devem ser feitas com o acoplamento
desconectado e novamente após ser reconectado.
Após a bomba ter operado por cerca de 10 horas, deve-se fazer uma verificação final de desalinhamento nas
metades do acoplamento causado por deslocamento da tubulação ou efeitos térmicos. Se o alinhamento estiver
correto, a bomba e o motor devem ser cavilhados à placa base. A instalação e a localização da cavilha são muito
importantes, principalmente se o equipamento estiver sujeito a mudanças de temperatura. Saiba quais as
localizações corretas com o fabricante.
Se a bomba não permanecer alinhada após ter sido devidamente instalada, as possíveis causas são:

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 39

A. Recalque, ruptura ou rotação da fundação


B. Tensão nos tubos que causa distorção ou deslocamento da bomba
C. Desgaste dos mancais
D. Distorção da placa base em decorrência da temperatura
E. Deslocamento da estrutura do prédio por cargas variáveis ou outras causas
Pode ser necessário fazer pequenos ajustes eventuais no alinhamento enquanto a bomba e a fundação ainda
estão novas.

3.1.8 Selos mecânicos


Selos mecânicos são uma alternativa à gaxeta tradicional em volta do eixo no ponto em que este sai do corpo da
bomba. A vantagem dos selos mecânicos é que não costumam deixar água vazar no eixo da bomba. As
vantagens das gaxetas é que são facilmente obtidas e substituídas.
Bombas com selo mecânico podem estar sujeitas a falha total da vedação em função de danos causados por
contaminação do suprimento de água ou aderência das faces do selo causada por períodos longos de inatividade.
A perda total do selo impedirá o bombeamento de água. Selos mecânicos para reposição podem ser de difícil
obtenção e sua troca requer desmontagem da bomba. Portanto, confirme que análise da qualidade da água e
testes operacionais regulares podem ser feitos antes de se escolher um selo mecânico para uso em determinada
aplicação. (Veja a Fig. 3.1.8-1.)

Fig. 3.1.8-1. Selo mecânico da bomba

3.1.9 Dimensionamento da bomba


A capacidade e a pressão de uma bomba de incêndio podem ser determinadas para cada sistema de proteção
contra incêndio somente após a devida consideração de todos os fatores envolvidos. Para determinar as
necessidades aproximadas de vazão e pressão da bomba, veja as Normas Técnicas da FM Global para
ocupações específicas listadas na Seção 4.1.
Se as bombas forem suprir sprinklers automáticos e/ou redes de hidrantes, consulte a Norma Técnica 2-0,
Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos, a 4-4N, Standpipe and Hose Systems, e outras normas
técnicas para ocupações específicas que tratam de demanda de água.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 40 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Tabela 3.1.9-1. Potência aproximada necessária para acionar bombas de incêndio (Para requisitos específicos de
potência, consulte o fabricante.)

Vazão - L/min (gpm) Pressão - bar (psi) Potência total aproximada (kW)
1900 (500) 5 (75) 22-30 (30-40)
7 (100) 37-45 (50-60)
9 (125) 45-52 (60-70)
2800 (750) 5 (75) 37-45 (50-60)
7 (100) 45-56 (60-75)
9 (125) 56-93 (75-125)
3800 (1000) 5 (75) 67-75 (90-100)
7 (100) 56-75 (75-100)
9 (125) 93 (125)
5700 (1500) 5 (75) 67-75 (90-100)
7 (100) 93 (125)
9 (125) 112-150 (150-200)
7600 (2000) 5 (75) 75-93 (100-125)
7 (100) 112-150 (150-200)
9 (125) 150-190 (200-250)
9500 (2500) 5 (75) 93-112 (125-150)
7 (100) 150 (200)
9 (125) 190-225 (250-300)

A pressão máxima necessária usada no projeto de um sistema de proteção contra incêndio suprido por uma
bomba de incêndio é a pressão nominal da bomba mais a pressão de sucção à vazão nominal. Na Figura 23, a
curva A representa a curva característica teórica de uma bomba de incêndio horizontal com capacidade de 1500
gpm, 75 psi, que faz a sucção da fonte mostrada por E. A curva B se aproxima mais do desempenho real da
bomba. Muitas bombas não fornecerão 140% da pressão nominal quando operadas à vazão nula.
3,8 L/min = 1 gpm
0,069 bar = 1 psi = 6,9 kPa

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 41

Fig. 3.1.9-1. Gráfico do suprimento de água

O ponto de demanda C representa um sistema de volume alto e pressão moderada. A bomba pode suprir a
demanda.
O ponto de demanda D representa um sistema de volume baixo e pressão alta. O desempenho real da bomba não
pode suprir a demanda.

3.1.10 Válvulas de alívio de pressão


Pode-se evitar o uso da maioria das válvulas de alívio de pressão por meio da aplicação de técnicas adequadas no
projeto do sistema para que este não sofra excesso de pressão.
Um bom projeto garantirá que a soma da pressão de operação à vazão nula com a pressão estática na sucção da
bomba não exceda o limite máximo de operação dos componentes do sistema, que geralmente é de 11,9 bar
(175 psi). Se as bombas de incêndio forem alimentadas por tanques ou poços, é fácil fazer o projeto conforme
essas diretrizes.
No caso de bombas de incêndio booster que fazem sucção de redes públicas, na maioria das vezes esse tipo de
projeto pode ter êxito se houver dimensionamento adequado da tubulação do sistema de sprinklers para minimizar
a perda de carga, e seleção de uma bomba com curva característica que atenda aos requisitos de projeto do
sistema sem causar excesso de pressão quando operando à vazão nula. Devem- se evitar projetos que
intencionalmente utilizem tubulações de menor diâmetro e uma válvula de alívio para truncar uma parte da curva
de suprimento de água a jusante da bomba de incêndio.
Em circunstâncias em que as pressões estáticas na entrada de bombas booster variam, as boas práticas de
projetos de sistemas de proteção contra incêndio recomendam que as características de descarga da bomba
sejam selecionadas com base na menor pressão estática esperada, para não comprometer a adequação do
projeto geral do sistema hidráulico. Nesses casos, pode ser que a bomba, ao operar em faixas mais altas de
pressão estática esperada, produza pressões de descarga superiores à pressão máxima de operação dos
componentes do sistema, o que exigiria a utilização de uma válvula de alívio de pressão. Assim, se for necessário

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 42 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

instalar uma válvula de alívio de pressão, é aconselhável utilizar uma operada por piloto, com a linha de impulso
conectada à tubulação de descarga da bomba de incêndio a jusante da válvula de retenção.
No caso de bombas diesel, a pressão deve ser elevada a 121% da pressão total de operação à vazão zero, pois
a pressão desenvolvida é proporcional ao quadrado da velocidade em que a bomba gira.
Controladores de velocidade de motores diesel devem ser capazes de limitar a velocidade máxima do motor
a 110%, desenvolvendo uma pressão de 121% da nominal.

3.1.11 Bombas de velocidade variável


Bombas de velocidade variável aumentam o nível de complexidade do sistema e o custo de testes
e manutenção que, se possível, devem ser evitados. Podem, porém, ser uma boa ferramenta em sistemas
que têm excesso de pressão, se não houver outras opções.
Bombas de velocidade variável costumam ser adequadas nas seguintes aplicações:
A. Suprimento de água com grande variação na pressão de sucção
B. Redução do número ou eliminação da necessidade de válvulas de redução de pressão em edifícios altos
C. Sistemas de modo supressão instalados em edifícios altos que necessitem de altas pressões
nos sprinklers mais remotos

3.1.12 Partida e controle da bomba


Se a bomba suprir equipamentos especiais de controle de água (exemplo, válvulas dilúvio, de tubulação seca,
etc.), é recomendável ajustá-la para que parta antes que acionada pelos pressostatos. Nessas condições, o painel
de controle deve ser configurado para partir a bomba assim que o equipamento de proteção contra incêndio entrar
em operação. Isso reduz a possibilidade de golpe de aríete.
O propósito da parada manual é permitir que, sempre que a bomba partir, pessoal qualificado vá à sala de
bombas para confirmar se a bomba está funcionando de forma adequada, e para garantir que a bomba não para
antes da confirmação de que a causa de sua partida voltou ao normal e que qualquer emergência de incêndio
foi resolvida.
A parada somente manual garante que a bomba permanecerá ligada durante o combate ao fogo. Uma bomba que
liga e desliga sucessivamente pode trazer problemas para quem faz o combate com mangueiras supridas
pela bomba.
A bomba de incêndio não pode ser utilizada para manter a pressão do sistema de proteção contra incêndio. Essa
é a função da bomba de manutenção de pressão (jockey). Porém, ela deve partir assim que um sistema de
tubulação seca, pré-ação ou dilúvio atuar, ou quando um ou mais sprinklers de um sistema de tubulação molhada
operarem. Uma grande diferença entre a pressão de partida e a pressão de descarga da bomba pode resultar em
danos causados por golpe de aríete. Se houver mais de uma bomba, coordene a partida de cada uma para que
não partam simultaneamente, mas em sequência rápida. A partida simultânea das bombas pode agravar
o problema de golpe de aríete. Se houver duas bombas acionadas por motor elétrico, a partida simultânea pode
aumentar a chance de acionamento de algum dispositivo de proteção contra sobrecorrente no circuito de
alimentação elétrica.
A instalação da linha de impulso entre a válvula de retenção da linha de descarga e a válvula de controle
é necessária, para facilitar o isolamento do painel de controle (e da linha de impulso) da bomba jockey para
manutenção sem que seja preciso drenar o sistema inteiro.

3.1.13 Bombas acionadas por motor elétrico


3.1.13.1 Configuração do suprimento de energia
Uma alimentação elétrica confiável:
A. Não está exposta a danos diretos causados por incêndios/explosões ou por equipamentos ou processos
que sejam parte das operações normais da fábrica;
B. Não está exposta a problemas elétricos/mecânicos causados por equipamentos que não fazem parte da
proteção contra incêndio, mas que estão conectados à mesma alimentação (obs.: problemas
elétricos/mecânicos nos equipamentos do sistema contra incêndio já estão cobertos nos vários requisitos das
normas de aprovação pertinentes); e
C. É configurada de forma que o pessoal da fábrica, do corpo de bombeiros, etc. não a desconecte durante
um incêndio.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 43

3.1.13.2 Proteção contra sobrecorrente no circuito de alimentação


Não é necessário ter proteção contra sobrecorrente exclusiva para o circuito de alimentação da bomba de
incêndio. A experiência mostra que curtos-circuitos são improváveis em um circuito de alimentação de bomba de
incêndio corretamente configurado, e que omitir essa proteção eliminará outra possível fonte de problemas que
pode interromper o fornecimento de energia à bomba de incêndio. Se ocorrer de fato um curto-circuito,
dispositivos de proteção instalados no sistema da concessionária o eliminarão.
3.1.13.2.1 Painéis de controle de serviço limitado
Os painéis de controle de serviço limitado são uma alternativa de baixo custo para bombas de incêndio elétricas
pequenas. As principais diferenças são o uso de um disjuntor termomagnético mais barato e a ausência de uma chave
isoladora que requeira uma chave seccionadora e/ou dispositivo de proteção contra sobrecorrente (fusível ou disjuntor)
a montante. O ponto de acionamento do disjuntor termomagnético é afetado pela temperatura ambiente. Esse tipo de
disjuntor retém uma "memória" térmica após cada acionamento, o que requer seu esfriamento antes que o ponto de
acionamento original seja restabelecido.
3.1.13.2.2 Bombas elétricas de velocidade variável
Bombas elétricas de velocidade variável utilizam um variador de frequência dentro do painel de controle para
reduzir a frequência da linha de entrada de energia (60 Hz ou 50 Hz), a fim de diminuir a velocidade do motor se
o limite de pressão estabelecido for excedido. O meio de ajuste do limite da pressão está instalado no gabinete do
painel de controle. Em caso de problema, o painel de controle foi projetado para fazer um bypass do variador de
frequência, e automaticamente fazer a conexão direta à rede, ou também fazê-la manualmente, por meio de uma
chave na parte externa do painel.

3.1.14 Bombas acionadas por motor diesel


3.1.14.1 Tanque e tubulação de combustível
Recomenda-se que os tanques de armazenagem de diesel sejam instalados dentro da sala de bombas, com
linhas de abastecimento e de ventilação levadas para fora do ambiente, caso permitido pelas normas locais. Isso
maximiza a confiabilidade da transferência de combustível e garante que o tanque de armazenagem de
combustível não ficará exposto a temperaturas congelantes. O tubo de abastecimento pode ser utilizado para
instalação de um medidor de nível, se possível.
3.1.14.2 Arrefecimento do motor
A. Motores com arrefecimento por trocador de calor de circuito aberto
A pressão máxima permitida na linha de arrefecimento do motor diesel deve estar indicada no manômetro. Quando
houver bypass do regulador de pressão, a pressão não poderá exceder a pressão operacional máxima dos
componentes e da tubulação, ou pode ocorrer falha no sistema de arrefecimento e, consequentemente, no motor
diesel. Os motores com arrefecimento por trocador de calor têm uma bomba acionada pelo motor que circula
o líquido de arrefecimento por fora dos tubos do trocador de calor e pelo bloco do motor. Use no sistema de
circulação somente líquido de arrefecimento novo, de acordo com a recomendação do fabricante, e água
destilada. A temperatura do líquido de arrefecimento é regulada por um termostato no sistema de circulação.
A água bruta para o trocador de calor sai da bomba por uma tubulação conectada entre a saída da bomba
e a válvula de descarga. A linha de água bruta tem filtro, válvulas de controle, bypass e conexão de manômetro.
Se os tubos do trocador de calor não forem projetados para suportar 20,7 bar (300 psi, 2067 kPa), um regulador
é instalado na linha de água bruta. Se a bomba é configurada para partida automática, a linha de água bruta tem
uma válvula solenoide normalmente fechada que abre apenas quando o motor está em funcionamento; caso
contrário, a água do tanque de abastecimento ou reservatório aberto pode ser desperdiçada pela bomba e pelo
sistema de arrefecimento do motor.
Não é necessário válvula solenoide se a bomba for vertical tipo turbina instalada em um poço. Quando resfriados
por água, os tubos de exaustão do motor têm camisas conectadas ao sistema de arrefecimento ou à linha de
descarga de água bruta que sai do trocador de calor. Resfriadores de óleo, cabeçotes de entrada e outras peças
também podem ter camisas alimentadas pelo sistema de arrefecimento, conforme recomendado pelo fabricante
do motor. Motores requerem uma vazão de 56,8 L/min a 246 L/min (15 gpm a 65 gpm) ou mais de água bruta
através do trocador de calor para que o arrefecimento seja adequado. Para permitir uma inspeção rápida do
arrefecimento adequado do motor, a saída de água bruta do sistema de arrefecimento do motor deve ser
direcionada livremente para a atmosfera, em local visível ao operador, em geral o funil de descarga da válvula de
alívio da bomba.
B. Motores com arrefecimento por radiador

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 44 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Motores com arrefecimento por radiador requerem muito mais ar de arrefecimento do que motores com
arrefecimento por trocador de calor de mesma capacidade. Um bypass controlado por termostato pode ser
utilizado para obtenção de ar quente do duto de ar de descarga, a fim de reduzir o aquecimento da sala de
bombas durante a operação do motor. Direcione o ar obtido por este duto de bypass de maneira a evitar que
recircule diretamente para o radiador.
3.1.14.3 Bombas diesel de velocidade variável
Bombas diesel de velocidade variável certificadas pela FM Approvals utilizam um controle de pressão instalado a
jusante da válvula da tubulação de descarga que reduz diretamente a velocidade do motor se o limite de pressão
estabelecido for excedido. O controlador de pressão e seu dispositivo de ajuste estão localizados no motor e são
independentes do painel de controle da bomba de incêndio. Pode-se desabilitar o controle de velocidade variável
com o fechamento da válvula da tubulação de controle, instalada entre a descarga da bomba e o controle de
pressão no motor.

4.0 REFERÊNCIAS

4.1 FM Global

4.1.1 Normas técnicas de instalação


Norma Técnica 2-8, Earthquake Protection for Water-Based Fire Protection Systems
Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos
Norma Técnica 3-2, Water Tanks for Fire Protection
Norma Técnica 3-10, Installation and Maintenance of Private Fire Service Mains and their Appurtenances
Norma Técnica 4-4N, Standpipe and Hose Systems

4.1.2 Normas técnicas de ocupação


A lista a seguir contém normas técnicas da FM Global que podem ser úteis para definir os requisitos de demanda
de água do sistema de sprinklers para riscos ou ocupações específicas listadas.
Norma Técnica 1-3, High-Rise Buildings
Norma Técnica 1-56, Cleanrooms
Norma Técnica 3-26, Fire Protection Water Demand for Nonstorage Sprinklered Properties
Norma Técnica 4-7N, Low Expansion Foam Systems
Norma Técnica 5-14, Telecommunications
Norma Técnica 7-1, Fire Protection for Textile Mills
Norma Técnica 7-7/17-12, Semiconductor Fabrication Facilities Norma Técnica 7-10, Wood Processing and
Woodworking Facilities Norma Técnica 7-11, Conveyors
Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants
Norma Técnica 7-27, Spray Application of Flammable and Combustible Materials
Norma Técnica 7-32, Ignitable Liquid Operations
Norma Técnica 7-41, Heat Treating of Materials Using Oil Quenching and Molten Salt Baths
Norma Técnica 7-64/13-28, Aluminum Industry
Norma Técnica 7-80, Organic Peroxides
Norma Técnica 7-83, Drainage Systems for Ignitable Liquids
Norma Técnica 7-89, Ammonium Nitrate and Mixed Fertilizers Containing Ammonium Nitrate
Norma Técnica 7-91, Hydrogen
Norma Técnica 7-93N, Aircraft Hangars
Norma Técnica 7-98, Hydraulic Fluids
Norma Técnica 7-99, Heat Transfer by Organic and Synthetic Fluids
Norma Técnica 7-101, Fire Protection for Steam Turbines and Electrical Generators
Norma Técnica 8-3, Rubber Tire Storage
Norma Técnica 8-7, Baled Fiber Storage
Norma Técnica 8-9, Armazenagem de Mercadorias Classes 1, 2, 3, 4 e Plásticos
Norma Técnica 8-10, Coal and Charcoal Storage Norma Técnica 8-18, Storage of Hanging Garments Norma
Técnica 8-21, Roll Paper Storage
Norma Técnica 8-22, Storage of Baled Waste Paper
Norma Técnica 8-23, Rolled Nonwoven Fabric Storage

4.1.3 Normas de Aprovação da FM Global


1311, Centrifugal Fire Pumps (Horizontal Split-Case Type)

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 45

1312, Centrifugal Fire Pumps (Vertical Shaft, Turbine Type)


1319, Centrifugal Fire Pumps (Horizontal, End Suction Type)
1321/1323, Controllers for Electric Motor Driven and Diesel Engine Driven Fire Pumps
1333, Diesel Engine Fire Pump Drivers
1338, Right Angle Gear Drives
1361, Water Pressure Relief Valves
1371, Centrifugal Fire Pumps (In-Line Type)

4.1.4 Publicações
Guia de bolso para inspeção, teste e manutenção de equipamentos de proteção contra incêndio (P0418)
Lista de verificação para inspeção da bomba de incêndio (P8217)

4.2 Outras normas


British Standards Institute (BSI). Fixed Firefighting Systems: Automatic Sprinkler Systems Design, Installation and
Maintenance. EN 12845:2004.
Hydraulic Institute (HI). Various standards for centrifugal, rotary, and reciprocating pumps.
National Electrical Manufacturers Association (NEMA). Application Guide for Electric Fire Pump Controllers. NEMA
ICS 14:2004.
National Electrical Manufacturers Association (NEMA). Instructions for the Handling, Installation, Operation, and
Maintenance of Electric Fire Pump Controllers Rated Not More than 600 V. NEMA ICS 15:2004.
National Electrical Manufacturers Association (NEMA). Motors and Generators. NEMA MG 1: 2006.
National Fire Protection Association (NFPA). NFPA 70, National Electrical Code.
National Fire Protection Association (NFPA). NFPA 20, Stationary Pumps for Fire Protection.
VdS Schadenverhütung GmbH. VdS CEA Guidelines for Sprinkler Systems: Planning and Installation. VdS CEA
4001: 2005-09
ANEXO A GLOSSÁRIO DE TERMOS
Acoplamento flexível: Dispositivo utilizado para conectar o motor à bomba, que pode compensar pequenos
desalinhamentos e amortecer vibrações.
Bomba de incêndio: Bomba dedicada a fornecer determinada vazão de água a uma pressão específica para um
sistema de proteção contra incêndio.
Bomba monoestágio: Bomba cuja pressão total é desenvolvida por um rotor.
Bomba multiestágio: Bomba de incêndio horizontal centrífuga de carcaça bipartida com mais de um rotor no
mesmo eixo. O número de estágios é definido pelo número de rotores.
Caixa de gaxetas: A função da gaxeta é controlar vazamentos no eixo da bomba, mas não eliminá-los totalmente.
Em geral, é um conjunto formado por anéis de gaxeta, um anel lanterna para injeção de líquido de lubrificação
e/ou lavagem, e uma bucha para segurar a gaxeta e manter a compressão desejada para a devida vedação.
A gaxeta é lubrificada pelo líquido bombeado. O anel lanterna serve para situações em que a pressão da caixa de
gaxetas está abaixo da pressão atmosférica, para injetar lubrificante na caixa com o uso de uma linha de desvio
da descarga da bomba para a conexão do anel de lanterna.
Capacidade nominal da bomba: Capacidade de vazão (L/min [gal/min]), na pressão e velocidade nominais.
Cavitação: Redução da pressão dentro da bomba que causa vaporização da água. A cavitação reduz
o desempenho da bomba e pode danificar seu rotor.
Chave de comutação: Equipamento automático para transferência da conexão da carga de uma fonte de energia
para outra.
Circuito de alimentação (bomba de incêndio): Condutores entre o transformador e o painel de controle da
bomba de incêndio.
Circuito ramal: Condutores elétricos entre o último dispositivo de sobrecorrente que protege o circuito
e o equipamento acionado.
Conjunto de bomba de incêndio: Unidade montada composta por bomba de incêndio, motor, painel de controle
e acessórios.
Controle automático: Controle de uma operação sem intervenção humana.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 46 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Controle limitador de pressão por velocidade variável: Sistema de controle para limitar a pressão de descarga
produzida por uma bomba de incêndio por meio da redução da velocidade do motor da bomba.
Edifício alto: Prédio com mais de 23 m (75 ft) de altura.
Estudo de esforços dinâmicos: Análise de engenharia feita com o propósito de identificar e eliminar forças
torcionais e frequências ressonantes lineares prejudiciais na faixa de velocidade operacional de
equipamentos rotativos.
Fator de serviço: Multiplicador que, quando aplicado à potência nominal de um motor de corrente alternada,
indica a carga permitida que pode ser obtida em tensão, frequência e temperatura nominais. O multiplicador do
fator de serviço (ex., 1,15) indica que é permitido ao motor ter sobrecarga de 1,15 vez sua potência nominal sem
causar degradação do isolamento ou redução significativa da durabilidade.
Motor: Motor elétrico ou diesel que aciona a bomba de incêndio.
Motor diesel: Motor de combustão interna no qual o combustível entra em ignição pela ação do calor resultante da
compressão do ar fornecido para combustão.
Painel de controle da bomba de incêndio: Grupo de dispositivos instalados em gabinete que serve para
controlar, de forma pré-determinada, a partida e a parada do motor da bomba de incêndio, assim como monitorar e
indicar as condições do conjunto da bomba.
Painel de controle de bomba de espuma: Painel especial que visa atender aos requisitos únicos de bombas de
incêndio diesel ou elétricas utilizadas para bombeamento de líquido gerador de espuma.
Painel de controle de bomba de incêndio com motor diesel: Painel para controle de bombas de incêndio
acionadas por motor diesel.
Painel de controle de bomba de incêndio elétrica: Painel para controle de bombas de incêndio acionadas por
motor elétrico.
Partida em tensão total ou tensão reduzida: Os painéis de controle de motores elétricos podem ser
configurados para partida em corrente total (em tensão total) ou em corrente reduzida (em tensão reduzida).
Poço de sucção: Área definida cercada por grades abertas e telas, cheia de água proveniente de um corpo de
água aberto como lago, rio ou reservatório, utilizada como fonte de sucção da bomba de incêndio.
Pressão de descarga total: Leitura do manômetro em kPa (psi) no flange de descarga da bomba, relativa à linha
de centro da bomba, mais a pressão de velocidade no ponto de fixação do manômetro.
Pressão de operação à vazão nula: Pressão útil em kPa (psi) desenvolvida pela bomba à velocidade nominal
com vazão zero.
Pressão de operação máxima: A maior pressão desenvolvida no flange de descarga da bomba em qualquer
situação prevista de pressão de sucção e vazão da bomba.
Pressão de sucção negativa total: Condição em que a pressão de sucção está abaixo da atmosférica. A pressão
de sucção negativa total é a soma algébrica da leitura do manômetro em kPa (psi) no flange do bocal de sucção
da bomba, com relação à linha de centro da bomba, com a pressão de velocidade no ponto de fixação
do manômetro.
Pressão de sucção positiva (NPSH) requerida: A pressão de sucção mínima da bomba necessária para evitar
vaporização de água (cavitação) na bomba.
Pressão de sucção total: Condição em que a pressão de sucção está acima da atmosférica. A pressão de
sucção total é a soma algébrica da leitura do manômetro em kPa (psi) no flange do bocal de sucção da bomba,
com relação à linha de centro da bomba, com a pressão de velocidade no ponto de fixação do manômetro.
Também chamada “pressão de sucção positiva”.
Pressão nominal: Pressão em quilopascals - kPa (libras por polegada quadrada) desenvolvida pela bomba
quando opera na capacidade nominal.
Pressão total: Diferença algébrica entre a pressão de descarga total e a pressão de sucção total. Onde a pressão
de sucção é positiva, a pressão total é igual à pressão de descarga total menos a pressão de sucção total. Onde
a pressão de sucção é negativa, a pressão total é igual à pressão de descarga total mais a pressão de sucção
negativa total.
Selo mecânico: Dispositivo que forma um selo entre o eixo da bomba e os componentes fixos. Pode ser utilizado
em lugar da gaxeta de compressão (macia). A selagem primária é obtida por duas superfícies muito planas
sobrepostas que ficam perpendiculares ao eixo. O atrito entre essas duas superfícies minimiza vazamentos. Uma
das superfícies é mantida em uma estrutura estacionária, a outra é fixada ao eixo e gira com ele. Em geral são

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 47

utilizados materiais diferentes para o inserto estacionário e a superfície dos anéis de vedação rotatórios para
evitar aderência entre eles.
Tanque-pulmão: Tanque de água para proteção contra incêndio que não tem volume suficiente para atender
à demanda total da proteção, e que utiliza reabastecimento automático para se adequar.
Válvula de alívio (principal): Válvula próxima à descarga da bomba de incêndio utilizada para limitar a pressão do
sistema de proteção contra incêndio em condições anormais.
Válvula de alívio de circulação: Válvula instalada na bomba de incêndio com o objetivo de descarregar
pequenas quantidades de água a fim de evitar sobreaquecimento da bomba quando operada à vazão nula.
Válvula de redução de pressão: Válvula em um sistema de proteção contra incêndio projetada para limitar
a pressão de água a jusante em qualquer condição de vazão (inclusive vazão zero).

ANEXO B HISTÓRICO DE REVISÕES DO DOCUMENTO

Neste anexo estão registradas as mudanças feitas neste documento em cada uma das vezes que ele foi
publicado. Note que os números das seções se referem especificamente àqueles da versão publicada na
data indicada (ou seja, os números das seções nem sempre são os mesmos entre as diferentes versões).
Outubro de 2021. Revisão intermediária. As mudanças significativas incluem:
A. Inclusão de uma nova orientação para uso de várias bombas de incêndio em funcionamento simultâneo em
capacidade reduzida para fornecer o suprimento de água total a um sistema de proteção contra incêndio.
B. Atualização das orientações para consistência com a Norma Técnica 3-11, Flow and Pressure Regulating
Devices for Fire Protection Service.
C. Atualização das orientações sobre inspeção, teste e manutenção em alinhamento à Norma Técnica 2-81,
Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção contra Incêndio.
D. Atualização da orientação sobre suprimentos de energia elétrica para motores elétricos de bombas de
incêndio.
E. Atualização da orientação sobre cabos de energia elétrica para consistência com a Norma Técnica 5-31,
Cables and Bus Bars.
F. Atualização da orientação sobre confiabilidade do suprimento de água para consistência com a Norma
Técnica 3-29, Reliability of Fire Protection Water Supplies.
G. Inclusão de material anexo para melhorar o uso do formulário 105, Pump Acceptance Test Data.
H. Reformatação desta norma para consistência com outras normas técnica da FM Global.
Abril de 2012. A terminologia referente a líquidos igníferos foi revisada para maior clareza e consistência com as
recomendações de prevenção de perdas da FM Global relativas a riscos de líquidos igníferos.
Julho de 2011. Pequenas alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Setembro de 2010. Pequenas alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Maio de 2010. Todas as referências à Norma Técnica 2-8N, Installation of Sprinkler Systems (NFPA)
substituídas pelas referências da Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos.
Junho de 2009. Foram feitos esclarecimentos na Recomendação 2.8.4.10.
Maio de 2008. Foram feitos esclarecimentos na Recomendação 2.3.3.2.
Abril de 2008. A Norma Técnica 3-7 é nova e substitui a 3-7N. O histórico de revisões da Norma Técnica 3-7N
pode ser encontrado na sua versão de 2001.
Dezembro de 2007. As seguintes alterações foram feitas:
1. O número e o título da norma técnica mudaram.
2. A norma técnica foi totalmente reescrita.
3. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas de velocidade variável.
4. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas com selo mecânico.
5. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas de deslocamento positivo.
6. Foram retiradas informações sobre bombas de incêndio com turbinas de vapor.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 48 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

7. Os requisitos de instalação de bombas em edifícios altos foram detalhados.


8. Foram incluídas novas figuras de configurações de alimentadores elétricos.
9. As informações de alerta sobre as campanhas da Cummins Nº 8422, Nº 8532, Nº 8815, e Nº 9209
foram excluídas.

ANEXO C TESTES DE ACEITAÇÃO


As diretrizes para testes de suprimentos de água descritas na Norma Técnica 3-0, Hydraulics of Fire Protection
Systems, da FM Global, devem ser seguidas, além das diretrizes contidas aqui.
Antes de dar partida na bomba, certifique-se de que o operador conhece a operação desse tipo de equipamento.
Certifique-se também de que todos os operadores estudaram os manuais de instrução emitidos pelo fabricante do
motor, da bomba e do painel de controle.
Os seguintes equipamentos são necessários para os testes:
A. Cabeçote de válvulas de teste: Mangueiras com 15 m (50 ft) de comprimento, 65 mm (2 1⁄2-in.) de
diâmetro, com bocais lisos (esguichos cônicos de jato sólido) conforme necessário para fluir o volume
requerido de água. (Onde houver medidor de vazão em linha calibrado e confiável, as mangueiras
não são necessárias.)
B. Utilize instrumentos de teste de boa qualidade, precisos e em bom estado.

• Alicate/amperímetro e voltímetro
•Manômetros de teste
•Tacômetro
• Tubo de Pitot com manômetro (para uso com mangueira e bocal)
C. Certifique-se de que todos os instrumentos de teste foram calibrados nos últimos 12 meses.

C.1 Testes de vazão


Se for utilizar cabeçote de válvulas, limite o comprimento das mangueiras em aproximadamente 30 m (100 ft).
Se for utilizar medidor de vazão em linha, utilize saídas adicionais como hidrantes, válvulas de mangueira, etc.,
para verificar a precisão do dispositivo de medição.
Teste o medidor de vazão antes do teste de aceitação da bomba para confirmar que está preciso e instalado
corretamente.

C.1.1 Procedimento de teste de aceitação em campo


A. Faça uma verificação visual do conjunto da bomba de incêndio. Verifique se os ajustes dos pressostatos
e dos disjuntores estão adequados. Veja se há sinais de sobreaquecimento ou vibração em excesso. Se
utilizar mangueiras e bocais, certifique-se de que estão devidamente ancorados. Confirme se as válvulas das
mangueiras estão fechadas. Se utilizar medidor de vazão, verifique se a válvula do lado da saída do medidor
está fechada. Confirme se a pressão na tubulação está normal (ou seja, pressão da bomba jockey) para evitar
golpe de aríete.
B. Avalie a fonte de energia. No caso de motor diesel, certifique-se de que o tanque de combustível está cheio
e a válvula da linha de alimentação de combustível está aberta. No caso de motor elétrico, verifique se os
cabos de alimentação estão protegidos contra danos por incêndio, desabamento, inundação, etc., e se
a alimentação da bomba está conectada antes do disjuntor principal da rede geral.
C. Avalie a fonte de alimentação de água. Se a água for proveniente da rede pública, faça um teste de vazão
com a bomba desligada para confirmar se o suprimento é suficiente e se não tem detritos. Se proveniente de
um tanque de sucção, certifique-se de que este está cheio e a válvula de suprimento aberta. Se de um corpo
aberto de água, certifique-se de que as telas estão limpas.
D. Dê partida na bomba.
E. Certifique-se de que não há passagem de água pela válvula de alívio (se instalada).
F.Abra parcialmente uma ou duas válvulas de mangueiras, ou abra levemente a válvula de saída do medidor.
G. Verifique a operação geral da bomba e do motor. Verifique se há vibração, vazamentos (de óleo ou água),
ruídos estranhos, e observe a operação geral. Confirme se há um pequeno fluxo de água saindo das gaxetas.
H. Descarga de água:

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Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 49

1. Se for utilizado cabeçote de teste, regule a descarga por meio de válvulas do cabeçote de teste e da
seleção de ponteiras de esguichos. O esguicho cônico de jato sólido tem uma ponteira de 28,6 mm (1 1⁄8 in.)
que, quando removida, deixa o esguicho com um projetor de 44,4 mm (1 3⁄4 in.).

2. Se for utilizado medidor de vazão, ajuste a válvula de descarga de modo a obter várias leituras de vazão.

3. Teste a bomba de incêndio com vários valores de vazão (entre 0% e 150% da capacidade nominal)
controlando a quantidade da água descarregada. Comece com uma vazão baixa e eleve gradualmente; dar
partida na bomba com as válvulas do cabeçote de teste abertas pode provocar cavitação. Os pontos de
teste importantes são à vazão nula (sem vazão), capacidade nominal, e 150% da capacidade nominal.
Devem-se medir dois pontos intermediários para ajudar a desenhar a curva de desempenho. Um regime
sugerido de pontos de vazão é o seguinte:

• Sem vazão (0% da capacidade nominal)


• 50% da capacidade nominal
• 75% da capacidade nominal
• 100% da capacidade nominal
• 125% da capacidade nominal
• 150% da capacidade nominal

Outros pontos podem ser adicionados a critério da pessoa responsável pelos testes.
I. Registre os seguintes dados em cada ponto de teste:
1. Rpm da bomba
2. Pressão de sucção
3. Pressão de descarga
4. Quantidade e diâmetro dos bocais dos esguichos, pressão medida no Pitot para cada bocal e vazão total.
Para o medidor de vazão, registre a vazão em L/min (gpm).
5. Ampères (motores elétricos)
6. Volts (motores elétricos)
J. Cálculo dos resultados do teste:
1. Velocidade nominal. Confirme se a bomba está operando na rotação nominal.
2. Capacidade. Para um cabeçote de teste, utilize as tabelas de descarga da publicação Hydraulics Tables
(P6920) para determinar a vazão em L/min (gpm) de cada bocal em cada leitura de Pitot. Exemplo: Pressão
no Pitot de 1,1 bar (16 psi) com bocal de 44,4 mm (1 3/4 in) e coeficiente de 0,97 indica 1378 L/min (364
gpm). Some a vazão de todas as mangueiras para determinar a vazão total. No caso de medidor de vazão,
a vazão total é lida diretamente.
3. Pressão útil. É a medição do trabalho real feito pela bomba, essencialmente a diferença entre a pressão
de sucção e a pressão de descarga.
a. No caso de bombas horizontais, é a diferença entre a pressão de descarga e a pressão de sucção.
b. No caso de bombas verticais, é a soma entre a pressão de descarga e a pressão de sucção.
A pressão de sucção é calculada pela multiplicação de 0,098 bar/m (0,433 psi/ft) pela altura
em m (ft) entre o nível de água e a linha de centro da descarga da bomba.
c. Em ambos os casos, se houver diferença significativa entre os pontos efetivos dos
manômetros instalados na sucção ou descarga e a linha de centro da bomba, a diferença
deve ser incluída.
4. Alimentação elétrica: A tensão e a corrente são lidas diretamente no voltímetro/ amperímetro.
O valor é comparado à corrente total especificada na placa de identificação do motor. O único cálculo
geral é determinar a corrente máxima permitida em decorrência do fator de serviço do motor. Com
um fator de serviço de 1,15, isso resulta em aproximadamente 1,15 vez a corrente do motor, pois não
são consideradas mudanças no fator de potência e na eficiência. Se a corrente máxima registrada no
teste não exceder esse número, o motor e a bomba serão considerados satisfatórios. É muito
importante medir a tensão e a corrente com precisão em cada fase. Isso porque um suprimento de
energia em tensão insuficiente resultará em leituras altas de corrente. A correção só pode ser feita
com a melhoria do suprimento de energia; não há nada a ser feito no motor ou na bomba.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 50 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

5. Correção para a velocidade nominal. Para fins de plotagem, corrija a vazão, a pressão
e a potência da bomba para a velocidade nominal em relação aos valores obtidos na velocidade
de teste. As correções são feitas da seguinte forma:

Vazão: Q2 = N2/N1 x Q1

Q1 = Vazão na velocidade de teste em L/min (gpm)


Q2 = Vazão na velocidade nominal em L/min (gpm)
N1 = Velocidade de teste em RPM
N2 = Velocidade nominal em RPM

Pressão: P2 = [N2/N1]2 x P1

P1 = Pressão na velocidade de teste em bar (psi)


P2 = Pressão na velocidade nominal em bar (psi)

Potência: pot2 = [N2/N1]3 x pot1

pot1 = Potência (kW) na velocidade de teste


pot2 = Potência (kW) na velocidade nominal
6. A etapa final dos cálculos do teste é plotar os pontos. A curva vazão x pressão útil é plotada, assim
como a curva corrente x vazão. O estudo dessas curvas mostrará a situação do desempenho da
bomba em teste. Essa curva deve ser comparada à curva de desempenho do fabricante da bomba,
quando disponível.
K. Durante todo o teste, dê seis partidas manuais e seis automáticas na bomba para verificar se
a partida é imediata e suave na pressão ou vazão requerida. No caso de motores elétricos, deixe-os
funcionar por no mínimo cinco minutos em velocidade máxima após cada partida, para que os
enrolamentos resfriem adequadamente. No caso de motores elétricos de mais que 150 kW (200 hp),
não se deve dar mais do que duas partidas em 10 - 12 horas, e é necessário que funcionem por no
mínimo 15 minutos em velocidade máxima.
L.Deixe a bomba ligada por pelo menos uma hora para verificar se a operação é suave, sem falha no
acoplamento ou sobreaquecimento. No caso de bomba diesel, verifique a operação com descarga
a 150% da vazão nominal, permitindo que a temperatura do motor se estabilize, e então deixe-a
funcionar por mais 15 minutos. Problemas de sobreaquecimento do motor devem ser corrigidos
imediatamente.
M. No fim do teste, antes de recolocar a bomba no modo automático, verifique se a pressão da rede de
incêndio voltou ao normal ou à mesma pressão da bomba jockey, para evitar golpe de aríete. Verifique
se todos os equipamentos de proteção contra incêndio voltaram ao modo automático, e se as válvulas
de controle da proteção contra incêndio estão totalmente abertas. Apenas a válvula do cabeçote de
teste deve permanecer fechada.

C.2 Teste de bombas de incêndio de velocidade variável


Realize o teste de vazão com o controle de velocidade tanto ativado quanto desativado.
Para testar o desempenho da bomba em relação à curva de desempenho do fabricante, teste a bomba
com o controle limitador de pressão desativado. Para garantir que o controle limitador de pressão está
totalmente funcional, teste-o cobrindo todo o intervalo de operações da bomba.
Certifique-se de que a pressão limite mantida pelo controlador está sempre acima da maior demanda de
pressão do local.

C.2.1 Correção da velocidade


Em testes de campo, as velocidades reais dos motores serão diferentes da velocidade nominal. Bombas
operadas em velocidade constante abaixo da velocidade nominal produzem curvas paralelas à curva da
velocidade nominal, mas abaixo desta. A velocidade em carga plena indicada na placa de identificação de
um motor elétrico de corrente alternada operando à tensão nominal é precisa o suficiente para fins de teste
e, portanto, não é necessário utilizar um tacômetro.
A curva B da Figura C.2.1-1 é produzida por variações extremas em relação à velocidade nominal da
bomba. Essas condições indicam problema com o motor, e requerem correção.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 51

Se a velocidade da bomba variar em alguns pontos, as vazões e as pressões podem ser normalizadas ao
ponto em que estariam na velocidade nominal, desde que a bomba opere dentro dos limites de projeto de
sua pressão de sucção negativa. Isso pode ser feito com aplicação de uma destas relações:
A. A vazão é proporcional à velocidade da água e, portanto, à velocidade do rotor (ou rpm).
B. A pressão útil é proporcional ao quadrado da velocidade da água e, portanto, ao quadrado da rpm.

Fig. C.2.1-1. Gráfico de suprimento de água

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 52 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Fig. C.2.1-2. Efeito das variações de velocidade na curva de desempenho da bomba

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