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Recomendações da Engenharia

IMPERMEABILIZAÇÃO

MEMBRANAS
Vol 4
Impermeabilização

Data Revisão Observações


04/12/2012 00

Elaboração: Andréia Nince e Virginia Pezzolo – PROASSP


Análise Crítica: Flávio Maranhão;
Leandro Tore;
Marcelo Valadão;
Ricardo Toscani;
Sérgio Miyashiro

Aprovação: Nelson Tadashi

Observações:

• Dispensa assinatura.
Impermeabilização

SUMÁRIO

1 RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS.................................................................................... 1
1.1 NBR 9575/10 (item 6.4). ............................................................................................ 1
1.2 PROASSP. ................................................................................................................. 2
2 APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ......................................................... 5
2.1 Camada de regularização ........................................................................................... 5
2.1.1 Preparação da argamassa ....................................................................................... 5
2.1.2 Aplicação ............................................................................................................... 6
2.2 Membrana asfáltica (Solução asfáltica) elastomérica estruturada com tela de poliéster .... 6
2.2.1 Ferramentas necessárias ......................................................................................... 6
2.2.2 Execução ............................................................................................................... 6
2.2.3 Consumo de materiais ............................................................................................ 7
2.3 Membrana asfáltica emulsionada elastomérica estruturada com tela de poliéster ............ 8
2.3.1 Ferramentas necessárias ......................................................................................... 8
2.3.2 Execução ............................................................................................................... 8
2.3.3 Consumo de materiais ............................................................................................ 9
2.3.4 Detalhe esquemático .............................................................................................. 9
2.4 Poliuretano bi componente ....................................................................................... 10
2.4.1 Ferramentas necessárias ....................................................................................... 10
2.4.2 Execução ............................................................................................................. 10
2.4.3 Recomendações importantes ................................................................................. 11
2.4.4 Consumo de materiais .......................................................................................... 11
2.4.5 Detalhe esquemático ............................................................................................ 12
2.5 Membrana de látex (tipo Hydroban da Votorantin ou similar) ...................................... 12
2.5.1 Ferramentas necessárias ....................................................................................... 12
2.5.2 Execução ............................................................................................................. 12
2.5.3 Consumos de materiais ......................................................................................... 13
2.5.4 Detalhe esquemático ............................................................................................ 13
2.6 Resina acrílica estruturada com tela de poliéster ........................................................ 13
2.6.1 Ferramentas necessárias ....................................................................................... 13
2.6.2 Execução ............................................................................................................. 14
2.6.3 Aplicação ............................................................................................................. 14
2.6.4 Consumo de materiais .......................................................................................... 15
2.6.5 Detalhe esquemático ............................................................................................ 15
2.7 Membrana Acrílica ................................................................................................... 16
2.7.1 Ferramentas utilizadas .......................................................................................... 16
2.7.2 Aplicação ............................................................................................................. 16
2.7.3 Consumo de materiais .......................................................................................... 17
2.7.4 Detalhe esquemático ............................................................................................ 17
3 DETALHES NA APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ................................. 18
3.1 Todos os materiais de impermeabilização .................................................................. 18
3.2 Membrana látex ...................................................................................................... 19
3.3 Resina acrílica ......................................................................................................... 22
3.4 Membrana asfáltica ou Poliuretano Bi-componente ..................................................... 23

LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - APLICAÇÃO DE SOLUÇÃO ASFÁLTICA. ................................................................................ 7
Impermeabilização

FIGURA 2 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM SOLUÇÃO ASFÁLTICA. ................................................. 7


FIGURA 3 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM SOLUÇÃO ASFÁLTICA. ................................................. 8
FIGURA 4 - APLICAÇÃO DE EMULSÃO ASFÁLTICA. ................................................................................ 9
FIGURA 5 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM MEMBRANA ASFÁLTICA EMULSIONADA ELASTOMÉRICA. ........ 9
FIGURA 6 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM MEMBRANA ASFÁLTICA EMULSIONADA. ELASTOMÉRICA. ..... 10
FIGURA 7 - EXEMPLOS APLICAÇÃO DE POLIURETANO BI COMPONENTE. ................................................... 11
FIGURA 8 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM POLIURETANO BI-COMPONENTE. .................................. 12
FIGURA 9 - EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE MEMBRANA DE LÁTEX. ........................................................... 13
FIGURA 10 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM MEMBRANA LÁTEX. ................................................. 13
FIGURA 11 – EXECUÇÃO DE RESINA ACRÍLICA. ................................................................................ 15
FIGURA 12 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM RESINA ACRÍLICA. .................................................. 16
FIGURA 13 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM RESINA ACRÍLICA. .................................................. 16
FIGURA 14 - APLICAÇÃO DE MEMBRANA ACRÍLICA. ........................................................................... 17
FIGURA 15 – SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM MEMBRANA ACRÍLICA. ............................................. 18
FIGURA 16 – DETALHE DE JUNTA DE ENCONTRO . ............................................................................ 18
FIGURA 17 – DETALHE DE JUNTA DE RETRAÇÃO. .............................................................................. 19
FIGURA 18 – DETALHE DE PISCINA ENTERRADA. .............................................................................. 19
FIGURA 19 – DETALHE DE RALO DO FUNDA DA PISCINA ENTERRADA. ..................................................... 20
FIGURA 20 – DETALHE DA ASPIRAÇÃO DE PISCINAS ENTERRADAS. ........................................................ 20
FIGURA 21 – DETALHE DO RETORNO DE PISCINAS ENTERRADAS. .......................................................... 21
FIGURA 22 – DETALHE DO RESERVATÓRIO. .................................................................................... 22
FIGURA 23 – DETALHE DA TUBULAÇÃO DO RESERVATÓRIO. ................................................................ 22
FIGURA 24 – DETALHE DO FLANGE DO RESERVATÓRIO....................................................................... 23
FIGURA 25 – DETALHE DO RODAPÉ NA ALVENARIA COM REBAIXO.......................................................... 23
FIGURA 26 – DETALHE DA TUBULAÇÃO À FRENTE DA IMPERMEABILIZAÇÃO. ............................................. 24
FIGURA 27 – DETALHE DA TUBULAÇÃO DA BACIA SANITÁRIA. .............................................................. 24
FIGURA 28 – DETALHE DA TUBULAÇÃO PERFURANDO A IMPERMEABILIZAÇÃO. .......................................... 25
FIGURA 29 – DETALHE DE SOLEIRAS DE ÁREAS FRIAS. ....................................................................... 25
FIGURA 30 – DETALHE DO BOX DO CHUVEIRO. ................................................................................ 26
FIGURA 31 – DETALHE DO RALO (DRENO). ..................................................................................... 26
FIGURA 32 – DETALHE DA ÁREA DA BANHEIRA................................................................................. 27
FIGURA 33 – DETALHE DO RODAPÉ DE DRYWALL. ............................................................................. 28
Impermeabilização

1 RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS

1.1 NBR 9575/10 (item 6.4).


a) Nas áreas onde não existe previsão de caimento na estrutura, a inclinação
do substrato das áreas horizontais deve ser definida após estudo de
escoamento, sendo no mínimo 1% em direção aos coletores de águas. Em
áreas internas e calhas considerar caimento mínimo de 0,5%;
b) Os coletores devem ter diâmetro que garanta a manutenção da seção
nominal dos tubos prevista no projeto hidráulico após a execução da
impermeabilização, sendo o diâmetro nominal mínimo de 75,0 mm. Os
coletores devem ser rigidamente fixados à estrutura. Este procedimento
também deve ser aplicado aos coletores (ralos) que atravessam as vigas
invertidas;
c) Deve ser previsto nos planos verticais (paredes) rebaixo para embutir
impermeabilização, para o sistema que assim o exigir a uma altura mínima
de 20,0 cm acima do piso acabado ou 10,0 cm do nível máximo de água;
d) Nos locais de limites entre áreas externas impermeabilizadas e áreas
internas, deve haver diferença de cota de no mínimo 6,0 cm e ser prevista a
execução de barreira física no limite da linha interna dos contra marcos,
caixilhos e batentes, para perfeita ancoragem da impermeabilização, com
declividade para a área externa. Deve-se observar a execução de arremates
adequados ao tipo de impermeabilização adotada e selamentos adicionais
nos caixilhos, contra marcos, batentes e outros elementos de interferência.
e) Toda instalação que necessite ser fixada na estrutura, no nível da
impermeabilização, deve possuir detalhes específicos de arremate e reforços
da impermeabilização;
f) Toda tubulação que atravesse a impermeabilização deve ser fixada na
estrutura e possuir detalhes específicos de arremate e reforços da
impermeabilização.
g) As tubulações de hidráulica, elétrica, de gás e outras que passam
paralelamente sobre a laje devem ser executadas sobre a impermeabilização
e nunca sob ela. Estas tubulações, quando aparentes, devem ser executadas
no mínimo 10 cm acima do nível do piso acabado, depois de terminada a
impermeabilização e seus complementos.
h) Quando houver tubulações embutidas na alvenaria, deve ser prevista
proteção adequada para a fixação da impermeabilização.
i) As tubulações externas às paredes devem ser afastadas entre elas ou dos
planos verticais (paredes) no mínimo de 10,0 cm.
j) As tubulações que transpassam as lajes impermeabilizadas devem ser
rigidamente fixadas à estrutura;

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Impermeabilização

k) Quando houver tubulações de água quente embutida ou sistema de


aquecimento de pisos, deve ser prevista isolação térmica adequada.
l) Todo encontro de planos verticais e horizontais devem possuir detalhes
específicos.
m) Os planos verticais a serem impermeabilizados devem ser executados com
elementos rigidamente solidarizados às estruturas, até a cota final de
arremate da impermeabilização, prevendo-se os reforços necessários;
n) A impermeabilização deve ser executada em todas as áreas de enchimento.
Recomenda-se também executá-la sobre enchimento. Devem ser previstos,
em ambos os níveis, pontos de escoamento de fluidos;
o) As arestas e os cantos vivos das áreas a serem impermeabilizadas devem ser
arredondados sempre que a impermeabilização assim requerer;
p) As proteções mecânicas, bem como os pisos posteriores, devem possuir
juntas de retração e trabalho térmico preenchidos com materiais
deformáveis, principalmente no encontro de diferentes planos;
q) As juntas de dilatação devem ser divisoras de água, com cotas mais elevadas
no nivelamento do caimento, bem como deve ser previsto detalhamento
específico, principalmente quanto ao rebatimento de sua abertura na
proteção mecânica e nos pisos posteriores.
r) Todas as áreas onde houver desvão devem receber impermeabilização na
face inferior e superior da laje;
s) Nos locais onde a impermeabilização for executada sobre contra piso, este
deve estar perfeitamente aderido ao substrato.

1.2 PROASSP.
a) Nas áreas a receber impermeabilização no rodapé, deverá ser previsto
rebaixo da alvenaria ou do concreto, com altura de 30 cm acima do piso
acabado ou nível máximo de terra ou água. Em regiões de box, prever
rebaixo com altura de 1,10m acima do piso acabado;
b) Quando houver necessidade de rebaixo na alvenaria para aplicação de
impermeabilização no rodapé, o detalhe deve ser previsto em projeto de
alvenaria. Recomenda-se que a mesma seja executada em blocos de
concreto com dimensões menores. A espessura mínima deste rebaixo deverá
ser de 3 cm;
c) Os eletrodutos deverão, preferencialmente, correr sobre a impermeabilização
bem como as caixas e pontos de iluminação, sendo previstos nichos para
colocação das caixas de elétrica;
d) Prever distância mínima de 20 cm entre coletores e platibandas ou paredes a
fim de possibilitar o arremate da impermeabilização;

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Impermeabilização

e) Recomenda-se que as muretas e platibandas, em áreas impermeabilizadas


sejam executadas em concreto. No caso da impossibilidade desta execução,
deverá ser prevista cinta de amarração com pilaretes a cada metro e
execução de alvenarias com tijolos maciços ou bloco estrutural;
f) Evitar tubulações rentes à laje e eletrodutos sobre as mesmas, bem como
atentar para o diâmetro das tubulações em relação à parede;
g) Prever o chumbamento de todas as tubulações em áreas impermeabilizadas
com grout;
h) As tubulações não deverão ser embutidas nas lajes, mas posicionadas sob ou
sobre elas.
i) As tubulações quando embutidas na alvenaria das paredes devem ser
afastadas entre si e possuir cobrimento mínimo de 2,0 cm;
j) As tubulações de água quente devem estar isoladas termicamente e
embutidas em outra tubulação de maior diâmetro;
k) Quando do cálculo da vazão, as áreas de contribuição deverão ser
consideradas em função das bacias indicadas para o caimento da
regularização da impermeabilização;
l) Deverá ser previsto dreno de segurança sob banheiras, SPAs ou ôfuros.
m) As instalações elétricas devem estar embutidas na alvenaria ou, se expostas,
instaladas acima do nível da impermeabilização.
n) Deverá ser prevista a execução de bonecas nas passagens de tubulações em
locais de difícil execução da impermeabilização.
o) Os conjuntos de tubulações devem estar suficientemente afastados entre si,
para permitir a execução de reforços e arremates da impermeabilização.
p) As caixas de inspeção, passagem e tomadas devem passar acima da
impermeabilização e as tubulações devem ser dispostas de forma a evitar a
penetração de água em seu interior.
q) Devem ser previstos pontos de instalação de para-raios, antenas e outras
instalações equivalentes, prevendo-se reforços e arremates da
impermeabilização. As mantas asfálticas podem ser aderidas somente nos
rodapés e demais interferências
r) No caso de ducha circular, a impermeabilização deverá ser executada em
toda a parede (até o teto);
s) Cortinas – Recomenda-se execução de drenagem utilizando sistema pré-
fabricado de drenagem, ligado à trincheira na extremidade inferior (pé) da
cortina;
t) Piscina – No caso do encontro deck/piscina, prever, “borda de concreto”
junto à piscina para evitar “enchimento” nesta região e possível percolação
de água da piscina.

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Impermeabilização

Recomenda-se que sobre a argamassa que será assentado o revestimento,


no piso e nas paredes, seja executada argamassa polimérica flexível, de
modo a evitar eflorescência.
u) Escadas externas – Quando da execução da proteção mecânica, proceder à
execução de “canalículos com geotêxtil”, de modo a evitar eflorescência no
piso de acabamento.
v) É necessário verificar as cotas disponíveis, de modo a permitir a execução
dos serviços de impermeabilização conforme segue:

Rampa de veículos Áreas externas do terreno e Jardins


Regularização = 2,0 cm Regularização = 2,0 cm (junto ao
Impermeabilização = 1,5 cm Impermeabilização = 1,5 cm
Camada drenante = 1,0 cm Proteção mecânica = 3,0 cm
Proteção mecânica = 7,0 cm Total = 6,5 cm (junto ao ralo)
Total = 11,5 cm +piso
Piscina e deck molhado Áreas frias
Regularização = 2,0 cm Regularização = 1,0cm (junto ao ralo) +
Impermeabilização = 2,0 cm Impermeabilização = 0,50 cm
Proteção mecânica = 3,0 cm Proteção mecânica = 1,0cm
2,5 cm, (junto ao ralo)
Total = 7,0cm+revest. Total =
+caimento +contrapiso+piso
Cobertura com isolamento térmico Terraços descobertos com isolamento térmico
Regularização = 2,0cm (junto ao ralo)+caimento1% Regularização = 2,0cm (junto ao ralo) + caimento 1,0%
Impermeabilização = 1,5 cm Impermeabilização = 1,50 cm
Camada drenante = 1,0 cm Camada drenante = 1,0 cm
Isolante = 2,5 cm Isolante = 2,5 cm
Proteção mecânica = 4,0 cm Proteção mecânica = 4,0 cm
Total = 11,0 cm (junto ao ralo) +caimento Total = 11,0 cm (junto ao ralo) +caimento
Cobertura sem isolamento térmico Áreas frias(poliuretano bi-componente ou membrana látex)
Regularização = 2,0cm (junto ao ralo)+caimento1% Regularização = 2,0cm (junto ao ralo) + caimento 0,5%
Impermeabilização = 1,5 cm Impermeabilização = 0,3 cm
Proteção mecânica = 3,0 cm Total = 2,3 cm (junto ao ralo) +caimento + piso
Total = 6,5 cm (junto ao ralo) +caimento
Circulação e estacionamento Piscina (sobre terra)
Regularização = 2,0cm (junto ao ralo)+caimento1% Regularização = 2,0 cm (varia devido à concretagem)
Impermeabilização = 1,5 cm Impermeabilização = 0,2 cm
Camada drenante = 2,0 cm Total = 2,2 cm + revestimento
Proteção mecânica = 7,0 cm
12,5 cm (junto ao ralo) +caimento +
Total =
piso
Calhas
Regularização = 2,0cm (junto ao ralo) + caimento 0,5%
Impermeabilização = 1,0 cm
Proteção mecânica = 4,0 cm
Total = 7,0 cm (junto ao ralo)+caimento

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Impermeabilização

2 APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

2.1 Camada de regularização


Antes de aplicação de qualquer sistema de impermeabilização é
necessário corrigir eventuais irregularidades das superfícies (horizontal e
vertical) que ficarão em contato com o sistema que é denominado por
camada de regularização.
A camada de regularização é feita com argamassa de cimento no traço
1:3 em volume. Durante o procedimento executivo, taliscas são feitas
para servirem de referência para as mestras. O acabamento superficial é
feito com desempenadeira de madeira ou feltrado.
Para preparação da base de regularização, deve-se adotar alguns
parâmetros básicos:
a) A área a ser tratada deverá estar isenta de corpos estranhos
(pedaços de madeira, ferro etc), pó, graxa ou óleos.
b) Após a remoção das impurezas, deve-se jatear a área com água
em abundância, se necessário utilizar detergente para total
retirada das sobras destes elementos.
c) Deverão ser fixadas todas as tubulações e/ou corpos estranhos
pertencentes a área.
d) Após a limpeza deverão ser determinadas as cotas mínimas e
máximas que poderão ser encontradas na área em questão
(espessura de massa). Os eventuais ninhos e cavidades que
existam na estrutura, deverão ser preenchidos com argamassa
forte, traço 1:3 (em volume).
e) Após a definição dos caimentos, execução das mestras, umedecer
com água de amassamento a superfície sobre a qual deverá ser
aplicada a argamassa de regularização.
f) Os ralos, em geral, deverão ser chumbados com argamassa
expansiva tipo "grout". Evitar arrematá-los sem antes tirar papéis,
madeiras etc., a fim de garantir que o chumbamento seja o mais
firme possível.

2.1.1 Preparação da argamassa

Recomenda-se utilização de betoneira para homogeneização da


argamassa no próprio canteiro de obras a uma distância não superior a
150m do local de aplicação.
Adicionar 200L/m3 de água juntamente com 20L/m3 de aditivo, misturar.
Adicionar cimento e areia na proporção de 1:3 (cimento e areia,
respectivamente), misturar até obter uma argamassa de consistência
pastosa e homogênea, sem contudo ficar mole demais.

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Impermeabilização

Nota: No caso de acerto da superfície proceder conforme descrito neste


item (2), sendo, neste caso, argamassa executada com espessura
mínima de 2cm.

2.1.2 Aplicação

A textura deverá ser rústica, desempenada com desempenadeira de


madeira e consistência bastante compacta, não devendo existir vazios.
A cura prevista "mínima" é de 48 horas, sendo que só após esta é que
deverá ser aplicado o sistema impermeabilizante especificado.
As superfícies verticais deverão ser executadas sobre um chapisco de
cimento e areia grossa, no traço 1:2 (em volume).
Os cantos e arestas (verticais e horizontais) deverão ser arredondados
em meia cana (R=5,00cm).
As superfícies horizontais externas deverão receber caimento mínimo de
1% (NBR 9575/2010), em direção aos pontos de escoamento de água e
a espessura mínima desta argamassa deverá ser de 2cm, exceto onde
indicado em projeto. Para calhas e áreas frias poderá ser adotado
caimento de 0,5%.

2.2 Membrana asfáltica (Solução asfáltica) elastomérica


estruturada com tela de poliéster
2.2.1 Ferramentas necessárias

 Rolo de pele de carneiro;


 Brocha;
 Latas;
 Vassoura de piaçava;
 Vassoura de pelo;
 Metro;
 Mangueira;
 Pincel.

2.2.2 Execução

Após a limpeza total do substrato, retirando-se todos os agregados


soltos, bem como poeira existente, proceder conforme segue (Figura 1):
 Aplicar o primer conforme indicado pelo fabricante e aguardar a
secagem por 24 horas.
 Na sequência, aplicar a solução asfáltica elastomérica em demãos
alternadas, aguardando a secagem entre demãos de no mínimo 4
a 6 horas (em função do fabricante).
 Entre a segunda e a terceira demão, colocar reforço com tela de
poliéster (atentar que a tela deverá ser totalmente coberta
independente do número de demãos aplicadas).

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Impermeabilização

 Aguardar a cura final verificando através da secagem ao toque,


podendo este tempo variar em função das condições climáticas.

Figura 1 - Aplicação de solução asfáltica.

2.2.3 Consumo de materiais

Primer: 0,50 L/m²


Solução asfáltica elastomérica: 4,0 kg/m² (a confirmar em função do
fabricante a ser utilizado)
Tela de poliéster: 1,10m²/m²

2.2.4. Detalhe esquemático

A Figura 2 e a Figura 3 apresentam o desenho esquemático de execução


do sistema de impermeabilização, utilizando membrana asfáltica
(solução).

Figura 2 – Sistema de impermeabilização com solução asfáltica.

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Impermeabilização

Figura 3 – Sistema de impermeabilização com solução asfáltica.

2.3 Membrana asfáltica emulsionada elastomérica estruturada


com tela de poliéster
2.3.1 Ferramentas necessárias

 Rolo de lã-de-carneiro;
 Vassoura de pelo;
 Metro;
 Mangueira;
 Pincel;
 Trincha.

2.3.2 Execução

Após a limpeza total do substrato, retirando-se todos os agregados


soltos, bem como poeira existente, proceder conforme segue:
 Aplicar a primeira demão de emulsão asfáltica elastomérica diluída
de 10% a 30% em água (dependendo da absorção do substrato)
com rolo de lã-de-carneiro, trincha ou vassoura de pelos.
Aguardar a completa secagem (Figura 4).
 Após a primeira demão, colocar o estruturante de tela de poliéster
(malha 1x1mm), sobrepondo 5 cm nas emendas (atentar que a
tela deverá ser totalmente coberta independente do número de
demãos aplicadas).
 Aplicar 3 ou mais demãos de emulsão asfáltica elastomérica até
atingir o consumo recomendado pelo fabricante.
 Deve-se aguardar o tempo de secagem ao toque entre as
demãos.

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Impermeabilização

Figura 4 - Aplicação de emulsão asfáltica.

2.3.3 Consumo de materiais

Emulsão asfáltica elastomérica: 3,0 a 3,5 kg/m2


Tela de poliéster: 1,10 m2/

2.3.4 Detalhe esquemático

A Figura 5 e a Figura 6 apresentam o desenho esquemático de execução


do sistema de impermeabilização, utilizando membrana asfáltica
emulsionada elastomérica.

Figura 5 – Sistema de impermeabilização com membrana asfáltica emulsionada


elastomérica.

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Impermeabilização

Figura 6 – Sistema de impermeabilização com membrana asfáltica emulsionada.


elastomérica.

2.4 Poliuretano bi componente


2.4.1 Ferramentas necessárias

 Rolo de lã de carneiro;
 Trincha;
 Escova de aço;
 Furadeira elétrica;
 Vassoura piaçava;
 Lixa de ferro 50.

2.4.2 Execução

Após a preparação da superfície, conforme descrito nos itens anteriores,


proceder-se-á o tratamento impermeabilizante através da utilização de
sistema à base de poliuretano bi componente conforme descrito a seguir:
 A superfície a receber o sistema impermeabilizante, deverá estar
limpa, seca e isenta de poeira, óleos, graxas, desmoldantes,
agregados não aderidos, ou mesmo aderidos e pontiagudos.
Recomenda-se a utilização de escovas de aço, lixas ou jateamento
de água se necessário para a remoção de elementos estranhos
citados anteriormente (Figura 7).
 A mistura do material deverá ser efetuada por equipamento
apropriado, não sendo indicada, nem permitida, a mistura manual.
 As demãos deverão ser aplicadas sucessivamente, umas as outras,
respeitando-se o tempo mínimo (4 horas ao toque) e máximo (24
horas) entre demãos indicado pelo fabricante. Observar também o
“pot life” (tempo de manuseio do produto) aproximadamente 50
min após mistura dos componentes, e a carga necessária em cada

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Impermeabilização

demão a ser aplicada até se obter a espessura de película seca


especificada em projeto.
 No caso do intervalo entre as demãos for superior ao indicado
pelo fabricante (24 horas), deverá proceder-se o lixamento
superficial do material já curado.

Figura 7 - Exemplos aplicação de poliuretano bi componente.

2.4.3 Recomendações importantes

Deverá ser evitada a contaminação do material com água ou umidade.


Todo o equipamento a ser utilizado deverá estar limpo e seco.
Verificar o prazo de validade do produto a ser aplicado.

2.4.4 Consumo de materiais

Poliuretano bi componente: Conforme indicado pelo fabricante escolhido.


Nota:
Para utilização do poliuretano bi componente em áreas expostas sem
proteção mecânica, é recomendável executar acabamento protetor que
tem a finalidade de proteger o filme da ação dos raios ultravioleta. Como
sugestão, espalhar sobre a última de mão do produto camada de areia
média seca ou pó de quartzo (opaco, leitoso ou cor a ser definida pelo
arquiteto), em função da cota disponível.
Na aplicação de pisos ou revestimento cerâmicos diretamente sobre a
superfície impermeabilizada recomenda-se adotar o procedimento
explicado a seguir, o qual tem a finalidade de reforçar a ancoragem da
argamassa colante: espargir areia média seca ou pó de quartzo – malha
20 a 30 – sobre a última demão enquanto ainda houver pegajosidade
superficial – o que normalmente ocorre até uma hora após sua execução
– a depender da temperatura no local de trabalho. Após a cura o excesso
será removido e pode ser reaproveitado.
A limpeza da área impermeabilizada deverá ser feita com água e
detergente de uso doméstico. No caso da necessidade de lavagem com
outro produto mais agressivo, deverá ser feita consulta prévia ao
fabricante.

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Impermeabilização

2.4.5 Detalhe esquemático

A Figura 8 apresenta o desenho esquemático de execução do sistema de


impermeabilização, utilizando poliuretano bi-componente.

Figura 8 – Sistema de impermeabilização com poliuretano bi-componente.

2.5 Membrana de látex (tipo Hydroban da Votorantin ou similar)


2.5.1 Ferramentas necessárias

 Rolo de pele de carneiro ou desempenadeira;


 Pincel.

2.5.2 Execução

Verifique se as áreas que receberão a impermeabilização estão secas ao


toque. Proceder conforme segue (Figura 9):
 Aplicar uma camada de polímero líquido com um pincel ou rolo
sobre o substrato, incluindo as áreas pré-tratadas. Deixe secar por
1 a 2 horas a 21ºC e 50% de umidade relativa, até que a
superfície esteja seca ao toque dos dedos, o material mudará para
uma cor verde escura quando estiver totalmente curado.
 Inspecionar a superfície e verificar se ficaram vazios, bolhas de ar,
espaços não preenchidos, porções do substrato com pouca
espessura ou outros defeitos.
 Aplicar novamente o produto caso a área acabada apresente
qualquer defeito.
 Aplicar uma segunda camada de polímero líquido em sentido
cruzado a primeira camada. Todas as áreas devem receber três
camadas do produto, para que se garantam as propriedades de
impermeabilização.
 Aplicação do revestimento final
 Após a cura da membrana, proceder ao assentamento do piso
sobre a mesma. Não devem ser utilizados adesivos à base de

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Impermeabilização

solventes diretamente sobre o polímero liquido (tipo Votomassa


Hydro Ban ou similar).

Figura 9 - Exemplos de aplicação de membrana de látex.

2.5.3 Consumos de materiais

Polímero líquido de borracha sintética: Conforme recomendação do


fabricante

Nota: Para aplicação em piscinas recomendamos consultar o fabricante.

2.5.4 Detalhe esquemático

A Figura 10 apresenta o desenho esquemático de execução do sistema


de impermeabilização, utilizando membrana látex.

Figura 10 – Sistema de impermeabilização com membrana látex.

2.6 Resina acrílica estruturada com tela de poliéster


2.6.1 Ferramentas necessárias

 Trincha quadrada;
 Bacias plásticas;
 Ponteiro;
 Talhadeira;
 Marreta;

13
Impermeabilização

 Luvas plásticas;
 Óculos de segurança;
 Latas;
 Vassoura de pelo;
 Vassoura de piaçava.

2.6.2 Execução

Saturar a superfície.
Sobre a superfície saturada aplicar em todo o reservatório, em forma de
pintura, duas demãos de cimento polimérico em sentido cruzado,
conforme recomendação do fabricante escolhido.
Preparação da mistura (resina acrílica termoplástica)
A resina acrílica, componente A, deverá ser energicamente misturada
com o componente B, na proporção, em peso, de 1:1.
Adicionar pequenas quantidades de componente A (líquido), à qualidade
total do componente B (Pó), até atingir a consistência de uma pasta
cremosa, sem formação de grumos.
O produto estará pronto para aplicação quando se obter o consistência
de uma pasta lisa, uniforme e homogênea.
Utilizar a mistura no máximo 1:30 hs.

2.6.3 Aplicação

Após a preparação da mistura conforme descrito anteriormente, aplicar a


primeira demão de resina acrílica termoplástica sobre o substrato úmido,
com uma trincha, aguardando a secagem.
Ao redor de ralos, juntas de concretagem e meias-canas, recomendamos
reforçar o revestimento com a incorporação de uma tela de poliéster,
logo após a primeira demão.
Aplicar a segunda demão, incorporando um reforço de tela de poliéster
malha 1x1 ou tela de poliéster resinada malha 2 x 2 (conforme fabricante
a ser utilizado) sobrepondo o mesmo, 5cm.
Aplicar as demais demãos, aguardando o intervalo de secagem entre as
mesmas (4 a 8 horas), até atingir o consumo recomendado.
Aguardar a cura do produto por 5 dias antes de encher o reservatório.
Misturar constantemente o produto da embalagem durante a aplicação.
Para tratamento do teto, proceder a execução de cimento polimérico em
forma de pintura, aplicando duas demãos em sentido cruzado, conforme
recomendação do fabricante escolhido.

14
Impermeabilização

Figura 11 – Execução de Resina Acrílica.

2.6.4 Consumo de materiais

Resina acrílica: 3,6 kg/m2


Tela de poliéster: 1,15 m2/m2
Cimento polimérico: 2,00 kg/m2

Nota: - Deve-se tomar todo o cuidado durante a aplicação, evitando que


o aplicador fique muito tempo em contato com o produto, utilizando
equipamento de segurança adequado (máscaras, luvas, etc) de acordo
com a NR-14, bem como promovendo a ventilação forçada dentro da
caixa através da utilização de ventiladores e insufladores de ar.

2.6.5 Detalhe esquemático

A Figura 12 e a Figura 13 apresentam o desenho esquemático de


execução do sistema de impermeabilização, utilizando resina acrílica,
comercialmente conhecida como termoplástica.

15
Impermeabilização

Figura 12 – Sistema de impermeabilização com resina acrílica.

Figura 13 – Sistema de impermeabilização com resina acrílica.

2.7 Membrana Acrílica


2.7.1 Ferramentas utilizadas

 Desempenadeira;
 Pincel;
 Rolo de espuma;
 Estilete;
 Luva de borracha.

2.7.2 Aplicação

Sobre a superfície limpa, isenta de graxa, óleos e partículas soltas e


seca, proceder a execução do tratamento, utilizando impermeabilizante à
base de polímeros acrílicos, conforme segue (Figura 14):

 Caso a superfície se apresente lisa, aplicar a primeira demão do


produto, diluída até 30% de água.
 Iniciar a aplicação do polímero acrílico, com rolo, trincha, brocha
ou escovão de pelo macio, em demãos cruzadas, até atingir o
consumo indicado pelo fabricante (aproximadamente 6 demãos).
 Sobre a segunda demão ainda úmida colocar a armadura de
poliéster.

16
Impermeabilização

 Aguardar o intervalo de secagem entre demãos, aproximadamente


3 horas dependendo das condições climáticas.
 É de suma importância que sejam seguidas as orientações do
fabricante.

Figura 14 - Aplicação de Membrana Acrílica.

2.7.3 Consumo de materiais

- Acrílico: 3 kg/m2 (confirmar consumo com o fabricante escolhido)

2.7.4 Detalhe esquemático

A Figura 15 apresenta o desenho esquemático de execução do sistema


de impermeabilização, utilizando membrana acrílica.

17
Impermeabilização

Figura 15 – Sistema de impermeabilização com membrana acrílica.

3 DETALHES NA APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE


IMPERMEABILIZAÇÃO

3.1 Todos os materiais de impermeabilização

Figura 16 – Detalhe de junta de encontro .

18
Impermeabilização

Figura 17 – Detalhe de junta de retração.

3.2 Membrana látex

Figura 18 – Detalhe de piscina enterrada.

19
Impermeabilização

Figura 19 – Detalhe de ralo do funda da piscina enterrada.

Figura 20 – Detalhe da aspiração de piscinas enterradas.

20
Impermeabilização

Figura 21 – Detalhe do retorno de piscinas enterradas.

Observação para Figuras 20 e 21: Normalmente não é possível o reforço, pois não
existe cota suficiente para sua execução.

21
Impermeabilização

3.3 Resina acrílica

Figura 22 – Detalhe do reservatório.

Observação: Não se recomenda proteção em reservatórios, pois há uma tendência de


desplacamento. Se for utilizada é necessário que seja armada.

Figura 23 – Detalhe da tubulação do reservatório.

22
Impermeabilização

Figura 24 – Detalhe do flange do reservatório.

3.4 Membrana asfáltica ou Poliuretano Bi-componente

Figura 25 – Detalhe do rodapé na alvenaria com rebaixo.

23
Impermeabilização

Figura 26 – Detalhe da tubulação à frente da impermeabilização.

Figura 27 – Detalhe da tubulação da bacia sanitária.

24
Impermeabilização

Figura 28 – Detalhe da tubulação perfurando a impermeabilização.

Figura 29 – Detalhe de soleiras de áreas frias.

25
Impermeabilização

Figura 30 – Detalhe do box do chuveiro.

Figura 31 – Detalhe do ralo (dreno).


Observação: Não é necessário rebaixo com membrana.

26
Impermeabilização

Figura 32 – Detalhe da área da banheira.

27
Impermeabilização

Figura 33 – Detalhe do rodapé de drywall.

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