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A FAMÍLIA ZIPPERER EM SANTA CATARINA

Henrique Luiz Fendrich1

A história da Família Zipperer em Santa Catarina tem início com a imigração

de Anton Zipperer e Georg Zipperer, que vieram ao Brasil trazendo suas famílias em

1873. Eles estiveram entre os 70 homens que receberam os primeiros lotes da

colônia que viria a se transformar na cidade de São Bento do Sul. Esses imigrantes

têm origem em Flecken, na Boêmia, território que na época da imigração pertencia

ao Império Austro-húngaro. Hoje a aldeia, próxima da divisa com a Bavária, se

chama Fleky e faz parte da República Tcheca. A família Zipperer já habitava a

região há pelo menos dois séculos.

O principal tronco da família no Brasil descende do imigrante Anton Zipperer,

batizado em Flecken no dia 12 de janeiro de 1813, filho de Jakob Zipperer e

Theresia Bohmann, filha de Franz Bohmann (KOHOUT, 2008). Na obra “Baiern in

Brasilien”, de Josef Blau (1958), Anton aparece como filho de Adam Zipperer e neto

de Jakob Zipperer. Mas como os registros de batismo e casamento de Anton

apontam Jakob Zipperer como seu pai, acredita-se que essa é a informação correta.

É possível que tenha havido um Adam Zipperer entre os ancestrais da família, mas

aparentemente não era o pai de Anton2.

Segundo Blau, Adam faleceu prematuramente em 1820. Como o pai de Anton

Zipperer era, na verdade, Jakob Zipperer, não é possível dizer se foi ele quem

faleceu nesta data. É sabido que, depois da morte do pai, Anton recebeu a alcunha

de “Witentone”, em alusão ao estado de viuvez de sua mãe.

Anton Zipperer cresceu sem saber ler e escrever, pois poucos daquela região

podiam ir à escola. Aos 18 anos, aprendeu o ofício de marceneiro em Neuern. Tão

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logo terminou o seu aprendizado, foi convocado para servir o exército na base militar

de Kauth. Alegando que precisava cuidar da mãe viúva, conseguiu escapar do

alistamento, mas não por muito tempo. Logo “batedores militares” foram procurá-lo.

Sabendo disso, Anton decidiu ir por conta própria até Kauth e se oferecer para o

serviço militar, julgando que, dessa maneira, poderia conseguir mais benefícios.

Ingressando no Exército, Anton ficou muito tempo sem poder voltar para casa.

As suas atividades como soldado o levaram até Klosterneuburg, na Áustria, onde

aprendeu a nadar e conduzir botes. Também esteve em Viena e Verona, onde

permaneceu por dez anos. Nessas cidades, os soldados também precisavam atuar

como carpinteiros e pedreiros. Durante todo esse período, Anton não pôde se

comunicar com a mãe. No domingo de Páscoa de 1843, Anton finalmente deixou

Verona e, no dia de Pentecostes, chegou de volta à sua aldeia natal (BLAU, 1958).

Não muito tempo depois, Anton Zipperer conheceu Elisabeth Mischeck,

nascida em Gunderwitz por volta de 1822, filha do carpinteiro Thomas Mischeck, que

havia lutado nos Dragões do Imperador, e de Barbara Kreil ou Krall, natural de

Springenberg – aldeia em que a família morava. Com Elisabeth, Anton passou a

constituir família. A primeira filha, Catharina, nasceu em 08.07.1845. O casamento

de Anton e Elisabeth só aconteceu no dia 08.02.1847, em Flecken, onde o casal

passou a morar (KONDRYS, 2005). Depois, o casal teve os seguintes filhos: Josef

(nascido em 14.11.1847), Anton (12.06.1855), Franz (14.08.1857), Therese

(15.10.1869), Andreas (07.03.1862) e Carl (16.10.1864).

Ainda na época do casamento, Anton e Elisabeth arrumaram emprego na

fazenda de um camponês, morando em uma casa dentro da sua propriedade.

Ambos deviam estar sempre à disposição para realizar os serviços da fazenda.

Podiam criar apenas algumas galinhas e uma vaca, “dispondo ainda de um

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pedacinho de chão, para o plantio de verduras” (ZIPPERER, 1951, p. 09). O contrato

com o patrão era renovado anualmente, no dia de São Jorge. Para cada dia de

serviço, a família recebia seis Kreuzer, a moeda austro-húngara. Os dias de trabalho

eram assinalados por um corte numa vara e somados no fim de cada trimestre. As

possibilidades de crescimento eram remotas, pois a região não dispunha mais de

terras sem dono. Poucas crianças podiam frequentar as escolas, o que só faziam no

inverno, quando a neve impedia que auxiliassem o trabalho nas lavouras.

Assim, os Zipperer viviam “sem grandes esperanças de melhores dias, mas

sempre com a idéia de procurar outras terras” (id). O desejo da família era se mudar

para a Austrália, país do qual tinham uma vaga ideia da localização. Mas não havia

aparecido uma oportunidade concreta para realizar a imigração.

Em 1873, a oportunidade apareceu. E existem duas versões diferentes para

essa história. Na primeira, Josef Zipperer (1951) conta que estava na cidade de

Furth, onde trabalhava numa fábrica de cerveja, e recebeu um prospecto convidando

os colonos a imigrarem para o Brasil. Levou-o para a sua aldeia e, como a oferta

parecia muito boa, um grupo de colonos decidiu-se pela imigração. A obra de Josef

Blau (1958), no entanto, afirma que Josef Zipperer havia contraído uma grave

doença3, e que para melhorar seria necessário uma total mudança de ares. Assim,

um médico de Ruhmannfelden, na Bavária, aconselhou a mãe de Josef a entrar em

uma determinada cervejaria, e lá o dono lhe entregou alguns papéis que convidavam

para a imigração. Elisabeth teria sido, segundo essa versão, a responsável por

divulgar os prospectos aos colonos.

O que se sabe com segurança é que os convites realmente causaram

bastante agitação na região. Várias famílias cogitaram a possibilidade de imigrar,

animados pela descoberta de que, assim como a Áustria, o Brasil era governado por

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um imperador e professava a fé católica. Muitas desistiram por orientação de seus

patrões, que não queriam perder a mão-de-obra. Anton Zipperer também teria

hesitado, mas sua esposa Elisabeth se manteve decidida. Conscientes de que

teriam anos trabalhosos pela frente, os colonos tinham esperança de que poderiam

ser proprietários de suas próprias terras no Brasil. E assim, as famílias de Anton

Zipperer e seu parente Georg Zipperer decidiram imigrar, tendo a companhia das

famílias de Georg Stüber, Ignatz Rohrbacher e Anton Duffeck, todas de Flecken.

Os Zipperer venderam tudo o que tinham para conseguir custear as

passagens (16 Gulden as terrestres e 30 Gulden as marítimas). Até o dia do

embarque, a família abrigou-se na casa de seu parente Wolfgang Meier, em

Vorderflecken. Antes de partir, os Zipperer assistiram a uma missa na Igreja em que

os pais se casaram e os filhos foram batizados. “Muitos, principalmente as mulheres,

choravam copiosamente ao se despedirem” (ZIPPERER, 1951, p. 11). A família

embarcou em um trem na cidade de Furth e passou por Leipzig e Magdeburgo, até

chegar a Hamburgo, na Alemanha, onde permaneceu por dois dias hospedados no

Hotel Fürst, aguardando a data de embarque.

Trazendo como bagagem apenas cobertores e ferramentas, a família Zipperer

embarcou no navio Zanzibar no dia 20 de junho de 1873 (LISTA, 2009). A filha mais

velha de Anton, Catharina, permaneceu na Europa, morando em Viena com seu

esposo Friedrich Fendrich4. Os filhos Josef, Anton, Franz, Therese, Andreas e Carl

acompanharam os pais. A lista de passageiros aponta idades equivocadas para

Anton Zipperer (47 anos, ao invés de 60) e Elisabeth Mischeck (40, ao invés de 50).

O Zanzibar viajou com 148 passageiros, vindos de lugares diversos. A viagem

foi tranquila, embora a pouca água potável tenha causado o surgimento de piolhos a

bordo. No dia 06 de setembro 1873 o navio finalmente chegou ao porto de São

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Francisco do Sul. Em seguida, os imigrantes embarcaram em lanchas e se dirigiram

à Joinville, onde foram hospedados pela Direção da Colônia.

Dois dias depois da chegada, os homens da família arrumaram serviço na

construção da Estrada Dona Francisca, que os levaria até a futura Colônia de São

Bento. Era uma forma de a família conseguir dinheiro para comprar mantimentos.

Antes que o pagamento saísse, Elisabeth Mischeck teve que convencer um

vendedor a ceder mantimentos, com a promessa de que seriam pagos em tempo

oportuno. Como argumento, levou os seus filhos e mostrou ao vendedor que tinham

braços fortes e eram saudáveis, e que em pouco tempo conseguiriam saldar a

dívida. Diante disso, o vendedor concordou e cedeu carne seca, feijão, farinha de

mandioca, caçarolas e outros mantimentos que foram levados para o local de

trabalho da família. A dívida foi paga assim que receberam o dinheiro.

Na época, os Zipperer ainda moravam em Joinville, num dos ranchos de

imigração, que formavam longa fila, construídos de palmitos e com o mesmo

tamanho e subdivisão interna. Esses ranchos abrigavam cerca de 1700 pessoas sob

condições nada confortáveis. Cada família tinha direito a um pequeno cubículo de

3x3 metros, com piso de barro batido, no qual havia dois beliches (FICKER, 1973).

Anton Zipperer e Georg Zipperer logo fizeram parte do grupo escolhido pela

Direção da Colônia para subir a Serra Dona Francisca e, com outros imigrantes

excedentes de Joinville, iniciar uma nova colonização. 70 homens partiram com esse

objetivo em 20 de setembro de 1873 e, depois de dois dias de caminhada,

alcançaram o local escolhido e lá pernoitaram. No dia 23, os imigrantes começaram

a receber seus lotes de terra – e essa data passou a assinalar o aniversário de São

Bento do Sul. A família Zipperer, dessa maneira, se tornou uma das pioneiras da

colonização na cidade.

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Georg Zipperer recebeu um lote no lado norte da Estrada Wunderwald, assim

como um filho seu chamado Josef. Anton Zipperer e seus filhos Josef e Anton

receberam lotes no lado sul da mesma estrada. Cada lote contava com cerca de 30

hectares. Em seguida, os colonos começaram a fazer pequenas roças, visando

construir uma choupana e iniciar uma plantação.

Em 20 de outubro os mantimentos se esgotaram e os imigrantes retornaram à

Joinville, reencontrando os seus familiares. Os homens da família Zipperer ainda

trabalharam por três semanas nas obras da Estrada Dona Francisca, ganhando

1$200 por dia, para só então dar início à subida definitiva rumo a São Bento. E

“dessa vez a subida tornou-se muito mais penosa; havia muito mais gente, com as

mulheres e crianças, estas transportadas dentro de cestos, nas cangalhas dos

burros da tropa” (ZIPPERER, 1951, p. 16). Ao chegar em seus lotes, os imigrantes

logo trataram de queimar as roças e começar as primeiras plantações de milho e

feijão, além de aumentar a construção das primeiras choupanas.

Nesse início de vida da família em São Bento, os Zipperer ficaram morando

no rancho da imigração da colônia, localizado na atual Praça Getúlio Vargas. E foi

exatamente nessa época que Franz Zipperer, um dos filhos de Anton Zipperer,

contraiu uma febre maligna e, depois de alguns dias enfermo, veio a falecer em

21.02.1874, aos 18 anos. Profundamente consternados por aquilo que o destino

havia reservado à família tão pouco tempo após a imigração, os Zipperer sepultaram

o corpo no lote do pai Anton. Assim, o jovem Franz Zipperer foi “o primeiro ente

querido no seio da terra estranha” (ZIPPPERER, 1951, p. 16).

Refeitos da inesperada perda, a família continuou trabalhando em busca de

melhores condições de vida. Em meados de 1874 foram feitas as primeiras

semeaduras de centeio. Mantimentos como farinha de mandioca, carne seca, arroz

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e feijão, passaram a ser adquiridos em uma casa comercial criada em São Bento – e

quando não encontravam lá, os imigrantes conseguiam com seus vizinhos

brasileiros. As compras eram feitas a prazo, já que o dinheiro da construção de

estradas normalmente chegava atrasado. Foi também dos brasileiros que a família

Zipperer comprou os seus primeiros animais domésticos – porcos, galinhas e patos.

Embora a comida fosse simples, ninguém chegava a passar fome. Com a

primeira colheita de centeio, os Zipperer montaram moinhos naturais, moeram o

grão e obtiveram a farinha. Grande foi a alegria de todos quando, enfim, puderam

saborear o primeiro pão brasileiro, assado em um primitivo forno feito de barro. A

Colônia de São Bento progredia, enquanto os Zipperer faziam boas colheitas e

conseguiam uma tranquilidade econômica. Puderam, assim, construir uma casa

firme, “de pranchas serradas, que nos resguardava das intempéries e não faltavam

sequer as galinhas, nem os porcos no seu chiqueiro” (ZIPPERER, 1951, p. 47).

Anton Zipperer e sua esposa Elisabeth (Figura 1) imigraram já em avançada

idade, mas puderam acompanhar o início do desenvolvimento de São Bento. As

carências existentes quando imigraram foram, aos poucos, sendo supridas – ainda

que de forma improvisada. Surgiram as primeiras igrejas e escolas, e a Colônia já

contava com assistência médica. As primeiras autoridades foram nomeadas e em

1883 foi criado o município de São Bento. Superando as dificuldades, os Zipperer

progrediram em suas terras e logo os filhos começaram a constituir as suas famílias.

Assim, o casal conseguiu ver os primeiros resultados da vida mais digna que

pretendiam ao imigrar. Elisabeth Mischeck faleceu em São Bento no dia 30.10.1888,

aos 66 anos, de marasmo senil. Seu corpo foi sepultado antigo Cemitério Católico

de São Bento. Para lá também se dirigiu o sepultamento do imigrante Anton

Zipperer, falecido às 5h do dia 20 ou 225 de dezembro de 1891, vítima de fraqueza.

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Figura 1 – Anton Zipperer (1813-1891) e Elisabeth Mischeck (1822-1888), o
casal que imigrou ao Brasil em 1873 e iniciou a história da família em solo
catarinense. Arquivo Histórico Municipal de São Bento do Sul.

Quando Anton faleceu, todos os seus filhos já estavam casados. A

primogênita Catharina Zipperer também havia imigrado ao Brasil, casada com

Friedrich Fendrich, sendo o tronco dessa família na cidade. Josef Zipperer contraiu

núpcias em no dia 18.04.1877 com Anna Maria Pscheidt, filha de Wenzel Pscheidt e

Anna Maria Aschenbrenner, imigrantes de Hammern, onde a noiva havia nascido em

03.05.1853. Josef conseguiu boa educação na Europa, onde também aprendeu a

fabricar tonéis, pipas e barris. Trabalhou em Viena e participou da Guerra das Sete

Semanas, quando os austríacos foram derrotados pela Prússia. Ao voltar para casa,

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continuou trabalhando como tanoeiro, ofício que passou a exercer na cervejaria de

Mathes Altmann, em Eisenstein. Ficou lá entre 1867 e 1870, quando arrumou

emprego numa cervejaria em Viena (KORMANN, 2005). Algum tempo depois,

contraiu a doença que teria ajudado a desencadear a imigração da família.

Nos primeiros anos no Brasil, Josef foi lavrador na Estrada Wunderwald. No

final de 1889 construiu um salão de bailes e hospedaria, localizado em frente ao

atual Shopping Zipperer. O salão se chamava “Cruzeiro do Sul”, popularmente

conhecido como “Zipprasoal”. Anos mais tarde, foi sede da Sociedade Auxiliadora

Austro-húngara. Também foi Josef Zipperer quem, em 1899, vendeu para a

Prefeitura um terreno na Estrada Schramm para que fosse criado o atual Cemitério

Municipal, inaugurado em setembro de 1900. Josef também produziu um diário com

informações sobre a época da colonização de São Bento, mais tarde transformado

no livro bilíngue “São Bento no Passado”.

Quando Anna Maria Pscheidt faleceu, em 27.09.1931, Josef Zipperer foi

morar com a filha Bárbara, esposa de José Robl, até falecer aos 87 anos em

24.11.1934. Estava praticamente sem visão, mas ainda lúcido e com boa memória.

Considerava-se satisfeito e dizia que não teria chegado tão longe na Europa, onde

os idosos se tornavam um peso e “eram levados de um a outro lugar para,

finalmente, morrerem nos estábulos sobre um monte de palha” (KORMANN, 2005,

p. 42). Josef foi sepultado no Cemitério Municipal.

Do casamento de Josef e Anna Maria nasceram filhos que se destacaram na

vida pública, política e econômica de São Bento. O primogênito Jorge Zipperer,

nascido em 24.04.1879, foi aos 20 anos professor de português numa escola da

Associação das Escolas Alemãs em São Bento. Foi ainda escrivão civil no Tribunal

da Justiça e, mais tarde, foi empossado como coletor estadual. Em 1913, Jorge foi

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um dos fundadores, junto com Willy Jung, de uma serraria e fábrica de caixa de

frutas, na localidade de Salto, que pode ser considerada a gênese da tradicional

Móveis Cimo, de Rio Negrinho. Os empreendimentos liderados por Jorge

representaram “o maior impulso na modernização do quadro econômico de São

Bento” (HENKELS, 2007, p. 1).

No começo dos anos 20, Jorge e seu irmão Martim montaram uma fábrica de

móveis que, além das caixas de laranja, se dedicava à produção de cadeiras e que

passou a projetar casas pré-fabricadas e fornecer madeiramento para quartéis do

exército e madeiras variadas para o setor da construção civil. Ainda no começo

daquela década, a fábrica se tornou um empreendimento familiar, comandado por

Jorge e com a participação de seus irmãos Martim e Carlos Zipperer, e seus genros

Francisco Malinowski e Karl Ricardo Weber. A partir de então, “inicia-se um período

de prosperidade e progresso contínuo nas atividades da firma” (id).

Depois da morte de Jorge Zipperer, a empresa incorporou diversas outras,

com interesses comerciais afins, e passou a ser conhecida como Cia. Industrial de

Móveis S/A – Móveis Cimo, projetando-se como a maior fábrica de móveis da

América Latina. A empresa tinha o monopólio na fabricação de móveis para cinemas

e auditórios, e passou a se destacar na produção de móveis escolares e linhas

institucionais de escritório, de quarto, salas, etc. Dos membros da família Zipperer,

Martim atuava como Diretor Superintendente e seu irmão Carlos era um dos

diretores adjuntos. No entanto, a sede oficial da empresa passou para Curitiba e as

decisões foram sendo tomadas cada vez mais distantes de Rio Negrinho. Mudanças

tecnológicas e crises administrativas levariam à falência da empresa em 1982.

Jorge Zipperer, falecido em 31.01.1944, foi casado em São Bento do Sul no

dia 13.01.1900 com Maria Schiessl, filha de Johann Schiessl e Barbara Simet. Do

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relacionamento nasceram Maria, Bertha, João, José, Afonso (vereador nos anos 50),

Elisabeth, Rosina, Jorge e Aleixo Zipperer. Com seu irmão Martim, Jorge forneceu

subsídios históricos para que o escritor bávaro Josef Blau escrevesse a obra “Baiern

in Brasilien” (1958), que destaca o destino de imigrantes ao chegar em solo

brasileiro. Jorge criou ainda uma banda de música que se apresentava em eventos

sociais da Sociedade dos Atiradores. Quando se mudou para Rio Negrinho, em

1912, essa banda passou a ter como regente João Treml, que a reformulou e deu

início à quase centenária Banda Treml. Em sua homenagem, Jorge recebeu o nome

de uma escola e uma rua em Rio Negrinho, além de outra rua em São Bento do Sul.

Tamanha foi a importância de Jorge Zipperer para Rio Negrinho que a cidade

escolheu a sua data de nascimento, 24 de abril, para comemorar o aniversário

municipal. A sua casa naquela cidade foi transformada no Museu Carlos Lampe.

O segundo filho de Josef Zipperer chamava-se Wenzel, nascido em

02.09.1881 (JÜRGENSEN, 2006). Era ferreiro e foi casado com Francisca Wollner,

filha de Peter Wollner e Barbara Brett. Wenzel se mudou com a família para Porto

União, e lá montou uma ferraria e oficina mecânica. Ele e sua esposa foram pais de

Alfredo, Alvina, Acela, Deolinda, Reinaldo, Alberto, Francisco e Lindolfo.

Depois de Wenzel, nasceu em 16.01.1884 José Zipperer Filho, que em 1920

herdou o salão de bailes de seu pai e tomou para si a empreitada de construir um

maior. Inaugurado em 07.09.1922, o Salão Independência ficava no local do atual

Shopping Zipperer. A Sociedade Ginástica fez do salão a sua sede e os Atiradores

passaram a realizar nele os seus eventos sociais. O salão chegou inclusive a

receber lutas de boxe. O sucesso do empreendimento de Zipperer, no entanto,

começou a esmorecer quando sua esposa Clara Pscheidt, que lhe auxiliava no

funcionamento do salão, faleceu em 20.01.1927, após curta enfermidade. Diante

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disso, José passou o empreendimento para Carlos Ehrl Júnior (PFEIFFER, 1991).

Em 08.09.1930, José contraiu segundas núpcias com Theresia Christoff. Da primeira

esposa, filha de Carlos Pscheidt e de Francisca Grossl, e com quem se casou em

24.09.1910, José foi pai de Bertha, Paula, Luis, Hilda, Olinda, Frida, Leopoldina e

Isabela. Com a segunda esposa teve os filhos Ewaldo e Ana Maria. José Zipperer

Filho faleceu no dia 22.02.1970 e está sepultado no Cemitério Municipal.

A quarta filha de Josef Zipperer era Bárbara Zipperer, casada com Josef Robl,

filho de outro Josef Robl e de Anna Pankratz, imigrantes bávaros. Foi na casa de

Bárbara e José que o velho Zipperer passou seus últimos dias. O casal foi pai de

Bertha, Maria, Elisabeth, José Carlos e Hedwiges Robl. Depois de Bárbara, nasceu

Eva Zipperer, que sobreviveu apenas 12 horas em 08.12.1888.

Em 15.02.1890 nasceu Martim Zipperer, que, como visto, foi um dos

principais líderes da Móveis Cimo. Trabalhou em diversas marcenarias da região até

ir para a Móveis Blumenschein & Cia, de São Paulo. Antes de se associar com o

irmão Jorge, Martim administrava em São Paulo uma fábrica móveis chamada

McDonald’s (HENKELS, 2007). Na década de 30, foi vereador em São Bento. Foi

grande incentivador das manifestações culturais na região. Casou-se em 02.02.1915

com Alina Krambeck, com quem teve a filha Wally, e em segundas núpcias com

Alice Keil, no dia 12.09.1936, sem geração. Martim faleceu no dia 23.11.1971. Seu

desaparecimento acelerou a crise que culminaria na falência da Móveis Cimo.

Depois de Martim, Josef Zipperer e sua esposa tiveram um filho que nasceu

morto em 18.08.1892. E no dia 12.03.1894 nasceu Carlos Zipperer que, em

sociedade com Andreas Ehrl, adquiriu em 1915 um armazém de secos e molhados

que pertencia a seu irmão Jorge Zipperer e a Willy Jung. Localizada na esquina das

atuais ruas Jorge Lacerda e Visconde de Taunay, a casa de comércio de Carlos

1
Zipperer foi por muito tempo a maior da cidade. Carlos, como citado, teve

participação na Móveis Cimo, da qual chegou a ser diretor adjunto entre as décadas

de 50 e 70. Era pessoa extremamente dedicada à música, tendo tocado por muito

tempo na Banda Treml, da qual também foi o seu presidente. Foi casado com Frida

Lutz, filha de Friedrich Lutz, e com ela teve Irene e Bráulio Zipperer.

De Anton Zipperer, o filho, irmão de Josef Zipperer, muito pouco se conseguiu

descobrir. Nasceu em 12.06.1855 em Flecken e se casou com Agnes Breszinski,

filha de Joseph Breszinski, também pioneiro de São Bento do Sul, e Josephine

Schmitt, imigrantes de Sabonsch, na Prússia Ocidental (JÜRGENSEN, 2006).

Durante a passagem de tropas da Revolução Federalista por São Bento, em 1893,

Anton teve seus cavalos requisitados – e eles representavam toda a sua fortuna

Segundo Josef Zipperer (1951), Anton Zipperer teve 18 filhos. Até o momento, são

conhecidos: João; Thereza; Maria, casada com Max Jakusch, tio do famoso músico

de mesmo nome; Paulo; Berta; Antônio; Inez; Anna; Carlos; Helena; Francisco; e

talvez um José Zipperer. Não parecem ter permanecido em São Bento, hipótese

reforçada pela informação de que Antônio Zipperer, o neto, casou-se em Rio Negro.

O próximo filho de Anton Zipperer foi Franz Zipperer, nascido em 14.08.1857

e que, como já tratado, faleceu no dia 21.02.1874, pouco mais de cinco meses após

a imigração. Franz, embora não fosse chefe de família, foi o primeiro imigrante

falecido em São Bento6. Seu velório foi acompanhado por tropeiros que passavam e

se sensibilizaram com a dor da família.

A segunda filha mulher de Anton Zipperer, chamada Therese, nasceu em

Flecken no dia 15.10.1859. Em 1876 foi madrinha do primeiro casamento boêmio de

São Bento, cujos noivos eram Benedikt Beyerl e Anna Maria Neppel. Algum tempo

depois, Therese se casou com Josef Linzmeyer, nascido em Eisenstrass no dia

1
13.01.1853, filho dos imigrantes Johann Linzmeyer e Anna Maria Stiegler

(JÜRGENSEN, 2006). A família Linzmeyer se fixou em Oxford, “onde adquiriram

terras e abriram uma cervejaria e um salão de baile para ativar o consumo da

cerveja” (PFEIFFER, 1991, p. 267), aproveitando os conhecimentos que Josef

Linzmeyer adquiriu numa cervejaria em Zwiesel, onde trabalhou por três anos.

Desse casamento, nasceram (BUSSE, 2004): Alexandre, que abriu um ateliê

fotográfico em Curitiba; João, casado com Maria Rosa Schröder; Anton; Maria,

casada com Luiz de Vasconcellos, prefeito e deputado de São Bento do Sul;

Rodolfo, casado com Maria da Rocha; Francisca Josefina, casada com o português

Adelino Augusto de Carvalho; José, casado com Carolina Hilgenstieler; Bertha

Theresa, casada com Arthur Ahrenz; Paulo, casado com Sophia; Leo João Ernesto,

casado com Margaretha Anna Olga Kaesemodel; e Lilly, casada em Curitiba com

Damaso Berlintes de Macedo Ribas. Há muitos descendentes de Therese Zipperer

na capital paranaense. Ela faleceu no dia 28.06.1920, e seu esposo Josef Linzmeyer

em 01.11.1932. Ambos estão sepultados no Cemitério Municipal de São Bento.

Andreas Zipperer, penúltimo filho de Anton Zipperer, nasceu em Flecken no

dia 07.03.1862. Casou-se em São Bento no dia 23.04.1884 com Barbara Hien,

nascida em Flecken no dia 08.12.1863, filha de Georg Hien e Therezia Speckl, que

imigraram em 1876 pelo Humboldt. Andreas e a esposa foram pais de Benedicto,

falecido pequeno; Francisca, casada com José Fürst; André, falecido solteiro; Maria,

falecida pequena; Antônio, que se casou com Maria Neppel; Maria, casada com

Aloís Schreiner; Carlos, esposo de Emma Keil; José; Bárbara; e Thereza.

O falecimento de Andreas aconteceu em 02.11.1907, e o de sua esposa em

25.03.1942, ambos sepultados no Cemitério Municipal. Desse casal, descendem

dois prefeitos de São Bento do Sul. O primeiro foi o filho Carlos Zipperer Sobrinho,

1
nascido em 28.12.1895. Sua carreira política começou com a Presidência da

Câmera de Vereadores, em 1949. Em 1954 foi eleito para o mesmo cargo. E entre

1956 e 1961, Carlos Zipperer Sobrinho foi o Prefeito de São Bento do Sul. Em seu

mandato foram destaques o lançamento da pedra fundamental para dar início ao

calçamento da área central, a instituição do brasão de armas da cidade, a criação do

“Boletim Oficial” da Prefeitura, e a articulação junto ao governo estadual para a

abertura da Rodovia São Bento-Corupá (EX-PREFEITOS, 2009). Em 1963, voltou a

ser vereador, assumindo a vice-presidência da casa até renunciar no final de 1964.

Carlos Zipperer Sobrinho também se destacou no ramo empresarial. Em

1923, assumiu uma fábrica de móveis e esquadrias de Carlos Bollmann e, no ano

seguinte, lançou à apreciação as primeiras amostras de artefatos de madeira. A

fábrica alcançou êxito e foi se desenvolvendo. Carlos adquiriu o terreno do antigo

Salão Independência, consumido num incêndio em 1931, e lá construiu a sua nova

fábrica. A partir dos anos 60, passou a se concentrar na produção de móveis

coloniais para o mercado interno. Em meados da década de 70, as Indústrias

Zipperer deram início à exportação de seus móveis, tendo se tornado por muito

tempo uma das maiores nesse setor do Brasil (MÓVEIS, 2004). O empreendimento,

já localizado na Rua Jorge Zipperer, foi levado adiante pelos filhos de Carlos até

2008, quando a queda das exportações fez com que suas atividades fossem

encerradas. As indústrias Zipperer eram conhecidas pelo nome de “Ziprinho”, junção

de Zipperer com Sobrinho. Carlos Zipperer Sobrinho foi homenageado com o nome

de uma escola no Bairro Centenário. Ele faleceu em 09.06.1974 e foi sepultado no

Cemitério Municipal. O prédio do Salão Independência e da fábrica de Carlos

Zipperer Sobrinho teve a sua fachada restaurada pelos descendentes da família e

hoje abriga o Shopping Zipperer, primeiro empreendimento nesse estilo da cidade.

1
O outro descendente de Andreas Zipperer que se tornou Prefeito de São

Bento do Sul foi seu neto Osvaldo Zipperer, filho de Antônio Zipperer, que também

atuou na Móveis Cimo, e sua esposa Maria Neppel. Em 1962, Oswaldo assumiu

como vereador em São Bento do Sul. No ano 1966, assumiu como vice-presidente

da Câmara. E em 1973, ano do centenário da cidade, Oswaldo se tornou o Prefeito

Municipal. Além dos festejos alusivos a essa data, destacaram-se em seu mandato a

implantação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, a transformação de

São Bento do Sul em Município-Escola, a realização dos Jogos Abertos de Santa

Catarina e a harmonia política que conseguiu entre as lideranças locais (KORMANN,

2006). Oswaldo Zipperer permaneceu no cargo até 1977.

Carl Zipperer, o caçula de Anton Zipperer, nasceu em Flecken no dia

16.10.1864 e se casou em São Bento no dia 04.05.1889 com Theresa Brey, filha de

Carl Brey e Therezia Altmann, imigrantes de Santa Katharina, na Boêmia. Conta-se

que Carl teria sido cervejeiro em Lençol, embora seu nome não apareça nos

registros de impostos da época. O casal foi pai de José, casado com Durcília

Etelvina Fragoso; Júlia, casada com Ricardo Koczot; Bertha, casada com Fridolin

Hübner; Elisabeth, casada com Arthur Pfützenreuter; Maria, casada com Guilherme

Ostertag; Rodolfo, vereador em Canoinhas entre 1951-1954, homenageado com o

nome de uma escola naquela cidade, e que foi casado com Helena Hauffe;

Engelberto, casado com Maria Stiegler; Carlos, casado com Rosa Jung; e Hedwiges,

casada com João Schmidt. Carl Zipperer, nos primeiros anos do século XX, se

mudou para a região de Porto União, onde atualmente possui grande descendência.

Foram esses os filhos do imigrante Anton Zipperer. Sobre os descendentes

de Georg Zipperer, o outro imigrante, as informações são reduzidas. Georg se casou

na Boêmia com Anna Bäumer, e imigrou com sua segunda esposa, chamada

1
Cecília, falecida no hospital em Joinville ainda em novembro de 1873. Assim como

aconteceu com Anton, a idade de Georg Zipperer na lista de passageiros (42 anos)

não é a mesma que aparece em seus registros em São Bento. Georg trouxe ao

Brasil um grande crucifixo de ferro que, conforme os costumes de sua terra, devia

ser colocado em frente à casa que iria construir. Com Georg também vieram quatro

filhos, do primeiro ou do segundo casamento: Joseph (14 anos e meio), Franziska

(13), Johanna (9 anos e meio) e Georg (8). Georg Zipperer foi um dos imigrantes

que se empregou nos serviços da Direção da Colônia, ganhando 1$ 500 rs por dia.

Casou-se pela terceira vez em 18.04.1877 com Magdalena Zipperer, viúva de

Wenzel Pscheidt. Com ela, teve a filha Emília, que nasceu em 29.09.1878 e faleceu

em 24.04.1885, vítima de pneumonia (JÜRGENSEN, 2006).

Magdalena Zipperer faleceu às 7h do dia 03.10.1896, aos 65 anos, vítima da

mordida de uma cobra. Georg Zipperer se casou pela quarta vez em 13.11.1897,

aos 76 anos, com Anna Trojan, de 66 anos, viúva de Wenzel Hannusch, filha de

Anton Trojan e Elisabeth Tausch. E às 4h do dia 17.03.1899, na casa de Carlos

Pscheidt, faleceu Georg Zipperer, vítima de diarréia, tendo sido sepultado no

Cemitério Católico da cidade.

O registro do casamento com Anna Trojan aponta como pais de Georg outro

Georg Zipperer e Anna Augustin, nomes diversos daqueles encontrados nos

registros de Anton Zipperer, visto como seu irmão. Josef Zipperer (1951), ao longo

da obra “São Bento No Passado”, trata Georg Zipperer como tio, mas em “Baiern in

Brasilien”, de Josef Blau (1958), ele aparece como primo. A questão não está

esclarecida e torna-se mais misteriosa quando se percebe que nem Georg nem

Anton tiveram um Adam Zipperer como pai, conforme citado por Blau.

1
Joseph Zipperer, filho de Georg, nasceu e foi batizado em Rothenbaum.

Casou-se em São Bento no dia 15.02.1890, aos 26 anos, com Agnes Duffeck, de

Grossaign, na Bavária, filha de Anton Duffeck e Therezia Grubenbauer, imigrantes

de Wallnau, na Boêmia. Franziska Zipperer, de Rothenbaum, casou-se aos 27 anos

em 11.05.1887 com Carl Pscheidt, viúvo de Catharina Grossl, filho de Wenzel

Pscheidt e Anna Maria Aschenbrenner. O casal teve ao menos os filhos Benedicto,

nascido em 08.06.1890, e Francisco, em 30.01.1893. Franziska teve também uma

filha natural chamada Thereza, nascida em 22.02.1881 (JÜRGENSEN, 2006).

De Johanna Zipperer, outra filha do imigrante Georg Zipperer, não se sabe o

paradeiro. Seu irmão Georg Zipperer, nascido em Flecken, casou-se no dia

10.09.1890, aos 25 anos, com Barbara Altmann, de Mehlhut, filha de Ferdinand

Altmann e Catharina Stascheck. O casal morava na Estrada Rio Negro e teve ao

menos um filho chamado José, nascido em 11.09.1891.

Foram essas, de maneira resumida, as informações que nos foram permitidas

levantar a respeito da trajetória da família Zipperer. Grande parte dos atuais

portadores do sobrenome está concentrada em cidades do Planalto Norte do estado.

Anualmente, os descendentes do imigrante Anton Zipperer realizam um encontro

familiar em cidades com grande número de membros da família.

A indecisão que perturbou Anton Zipperer, no momento de decidir se

realmente estava disposto a largar tudo e imigrar para um país desconhecido,

provavelmente teria sido logo desconsiderada se ele tivesse a oportunidade de

enxergar os avanços na qualidade de vida que essa escolha representou, apesar

das dificuldades iniciais. A Boêmia, saturada e sem terras livres, não poderia mais

oferecer à família qualquer possibilidade de mobilidade social. A imigração para o

Brasil se transformou na esperança de largar a vida totalmente serviçal que levavam

1
e assim buscar melhores perspectivas para a família e seus descendentes. Foi, de

fato, o que aconteceu com o passar dos anos, pois os feitos da família Zipperer na

vida pública, econômica, social e cultural da região demonstram que os seus

descendentes conseguiram se inserir na trajetória de crescimento local, ao mesmo

tempo em que legavam melhores condições de vida aos seus herdeiros.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BLAU, Josef. Baiern in Brasilien. Munique: Edmund Gans Verlag, 1958.

BUSSE, Douglas Ribas. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem


recebida por <fendrique@yahoo.com.br> em 15 Nov. 2004.

CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO BENTO DO SUL. [Lápides da família Zipperer]

EX-PREFEITOS. São Bento do Sul, Prefeitura Municipal, 2009. Apresenta lista


cronológica dos Prefeitos de São Bento do Sul e detalhes dos seus mandatos.
Disponível em: <http://www.saobentodosul.sc.gov.br/?pagina=exprefeitos>. Acesso
em: 10 Nov. 2009.

FICKER, Carlos. São Bento do Sul: Subsídios para a sua história. Joinville: Ed. do
autor, 1973.

HENKELS, Henry. Móveis Cimo: Sua história. São Bento do Sul: 2007. Disponível
em: http://sites.google.com/site/hhenkels/hist%C3%B3ria_sbs/mov_cimo1. Acesso
em: 15 Nov. 2009.

JÜRGENSEN, Paulo Henrique. Famílias tradicionais: Povoamento do Alto Vale do


Rio Negro. São Bento do Sul: Ed. do Autor, 2006.

KOHOUT, David. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida


por <rikerich@gmail.com> em 16 Dez. 2008.

KONDRYS, Tony. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida


por <fendrique@yahoo.com.br> em 12 Fev. 2005.

1
KORMANN, José. O tronco Zipperer. Blumenau: Nova Letra, 2005.

KORMANN, José. Prefeitos de São Bento do Sul e a história de sua gestão.


Blumenau: Nova Letra, 2006.

LISTA dos imigrantes. Joinville, Arquivo Histórico de Joinville, 2009. Apresenta lista
dos navios que chegaram ao porto de São Francisco do Sul. Disponível em:
<http://www.arquivohistoricojoinville.com.br/ListaImigrantes/lista/tudo.htm>. Acesso
em: 12 Nov. 2009.

MÓVEIS Zipperer S/A. São Bento do Sul, 2004. Apresenta perfil, produtos, clientes e
história da indústria. Disponível em:
<http://www.zipperer.com.br/empresa/historia.php>. Acesso em: 08 Nov. 2009.

PARÓQUIA PURÍSSIMO CORAÇÃO DE MARIA. Livros de registro eclesiástico


de São Bento do Sul: óbitos nº 01 e 02.

PFEIFFER, Alexandre; VASCONCELLOS, Osny de. São Bento: Cousas do Nosso


Tempo. São Bento do Sul: Ed. dos Autores, 1991.

SÃO BENTO DO SUL. Livro de registros de óbitos nº 02. [Livro depositado no


Cartório de São Bento do Sul-SC]

ZIPPERER, Josef. São Bento no passado: Reminiscências da época da fundação


e povoação do município. Curitiba: João Haupt, 1951.

2
1
Nascido em São Bento do Sul no dia 20.05.1987. Em 2008, formou-se em Jornalismo pelas Faculdades
Integradas do Brasil, em Curitiba. Desde 2004 pesquisa a história e a genealogia das famílias de São Bento do
Sul e região. Possui artigos publicados em periódicos locais. Colunista do Jornal Evolução. Está trabalhando
nas publicações “Genealogia e História da Família Zipperer” e “Genealogia Cabocla de São Bento do Sul e
Campo Alegre”. Também está realizando a transcrição dos diários feitos pelo seu avô Herbert Alfredo Fendrich
enquanto fez parte da Banda Treml e da Sociedade de Cantores da cidade.
2
Blau também informa uma sequência de ancestrais – apenas os varões – que precisa de confirmação. Nela,
Jakob Zipperer aparece como filho de Peter, neto de outro Peter e bisneto de Georg Zipperer.
3
Em seu livro, Josef Zipperer nada fala sobre a grave doença que teria contraído, e que, segundo Blau, teria
sido a principal motivadora da imigração da família Zipperer ao Brasil.
4
Catharina e seu esposo imigraram em 1875. Vide artigo sobre a família Fendrich, nesta mesma obra.
5
Os registros de óbito religioso e civil apontam datas diversas para o falecimento de Anton Zipperer.
6
Usualmente, afirma-se que o primeiro falecimento em São Bento do Sul foi o de Karl Wilhelm Bendlin. No
entanto, Bendlin chegou ao Brasil no final de 1873 e apenas por volta de março ou abril de 1874 teria se
estabelecido em São Bento.

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