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M o rtis I ter !

I VENN
E então, o nascimento daquela criança marcou o
vilarejo de Venn. Nascido na Lua Negra do dia
15/12/1359, num celeiro frio onde 6 cabras
faleceram, 6 suicídios ocorrera nas redondezas e
enforcamentos por bruxaria, marcaram este dia para
todo o sempre. Os inquisitores e protestantes se
reuniram após os 6 enforcamentos em praça para ir
visitar o mais novo membro do feudo que ficava nas
colinas próximas do vaticano, para abençoar a
chegada da criança.

Chegando ao celeiro, os religiosos se depararam com


as cabras mortas e o suicídio de Ethan Strauss, que
repentinamente teria cometido o ato na latrina da
casa, com uma garrafa de vidro quebrada.
Foi então que os inquisitores acusaram a família
Strauss de bruxaria e atearam fogo na fazenda da
família e os deixaram para queimar "no fogo
divino".
De todos os 13 membros da "Famíglia Dígio'
Strauss", restaram somente Lucca Strauss e a criança
que acabara de chegar no mundo. Foi então que
fugiram para um exílio da família nas profundezas
das montanhas de Roma.
Yoham Karuzzer Dígio' Strauss era o nome da
criança que agora completara seus 18 anos, educado
na cultura pagã como um costume de família, ele foi
criado tradicionalmente com estudos e disciplinas
típicas e exigentes, envolvendo sempre a cultura,
filosofia e o valor do trabalho árduo no vinhedo da
família.
Logo, aos 19 anos Yoham se converteu ao catolicismo
e viajou para o Vaticano com a intenção de se tornar
um padre, mesmo à contra-gosto de Lucca.
Deus Vult
A Abadia de Sim !! Sim ! Sim !
Do pecado à danação estará
Westminster não condenada a humanidade, se
responde aos nunca houver uma inquisição !
Protestantes !
O pecado é o único
caminho para a tua
Respeitar estas destruição !
instruções é parte
da obrigação de O Seu irmão, a
cada abade. igreja e a missão é
o Graal para a
A Sociedade de
iluminação
Leopolddo é nossa aliada O Flagelo é humildade e
e a Elite da Inquisição. sacrifício aos olhos de Deus,
Respeitem nossos cumpra e puna os desajustados
paladinos. e pecadores.
Me dediquei ao catolicismo, e por mais que isso
pareça estranho, foi o ápice de todo o conhecimento
que jamais imaginei ter. Passei 3 anos no vaticano,
estudando para uma vaga na Abadia de
Westminster. Depois me dediquei aos estudos de
Demonologia e Exorcismo por 13 anos e logo fui
escolhido para supervisionar uma paróquia no deserto
de Black Rock em Nevada - EUA. Fiquei lá por
longos 16 anos e sempre que pude, ajudei a
comunidade na libertação e aceitação de suas
missões, mesmo eu tendo um passado sombrio para
com a inquisição (o que sempre me motivou a
entender e perdoar).
Foi então que em 1390 eu conheci jovens eruditos, que
viajavam pelo deserto de Black Hawk, nas
proximidades do deserto de Black Rock, eles
estavam fugindo dos selvagens quando bateram à
nossa porta e nós o abrigamos.
II Deus Vult
As portas da abadia abriram rápido demais para
que pudéssemos reconhecer os homens desesperados
que correram para a entrada do mosteiro, no hall de
orações. Algumas flechas entraram antes deles e o
desespero fazia jús aos bérros.

- Selvagens ! Incontáveis selvagens ! Maldito sejam !


Alguém nos ajude ! Por favor !

- Entrem rápido ! Eles não ousariam atacar a casa de


Deus !

E estas palavras mudaram o dia...


Quando o Frei Augustin declarou a boa vinda dos
refugiados, eu já pressentia que algo de ruim
ocorreria. As portas recém fechadas pelo Frei,
tremiam e vibravam como um bambú seco, mesmo
sem ninguém por perto.
Os cães começaram a uivar e chorar, correntes de ar
uivantes batiam nas janelas sem piedade e elas
retribuíam o impulso nos batentes que rangiam
enquanto trovões pioravam o pavor de todos dentro
do mosteiro.

- A presença daqueles selvagens é poderosa ! Mas seus


deuses pagãos não terão força aqui dentro. - Estas
foram as últimas palavras do Frei Agustin, antes
que uma lança atravessasse a porta e empalasse ele
pela garganta. Em seguida os tais selvagens
invadiram o mosteiro.

Corri pela minha vida enquanto eles se moviam como


sombras em chamas dentro do mosteiro, matando
cada um dos abades e padres sem piedade. Alguns
que tentaram morder, esfumaçaram e viraram pó, e
eu corri, enquanto precisava de meus equipamentos
para fugir.
Quando cheguei ao quarto, um homem estava
esgueirando em meus aposentos, e eu o agarrei
pensando ser uma das criaturas que atacara o
mosteiro. Se tratava de um dos refugiados, era um
padre e ele me ajudou a fugir, logo que me explicou
que se tratava de um caçador de vampiros e que o
demônio espreitava aquele mosteiro.

Na fuga, este homem foi morto de maneira


prematura, apenas revirou seus olhos e convucionou
ao chão como se possuído por um tipo de demônio,
mesmo com minha tentativa de exorcismo, o demônio
não cedeu e levou a vida do padre consigo, e a minha
em seguida.
III Via Caeli A criatura que me atacou
vestia um manto religioso bem
incomum, com adornos
vermelhos sangue e ela parecia
maleável e pesada como couro,
por baixo, uma batina simples
de padre e em sua cintura, uma
amarração monástica, junto de
um rosário feito de ossos. Assim
como as ombreiras do manto.
Ele me agarrou firme,
segurando meus cabelos com
uma força sobrenatural, que
impulsionava meu crânio
para trás, e minha última visão, foi a lua
minguante que olhava para mim, brilhando
pálida e tênue sob o nevoeiro. A dor que senti no
pescoço, foi indiscritível e o trauma da dor foi
pior ainda. Incrivelmente eu acordei após o ato
hediondo, sem saber onde eu estava nem em que
dia eu estava, estava tudo escuro, minha
consciência berrava e eu me mantive calmo, o
cômodo parecia abafado e eu não conseguia
enxergar nada.
Foi então que me espremi entre o buraco e
apanhei minha perdeneira que estava no bolso,
enquanto eu riscava as faíscas, percebi que havia
uma escotilha de vidro e o cômodo apertado se
tratava de um caixão, revestido com cetim negro
e um cheiro de enxofre invadia empesteava
tudo...
Fiquei horas lá, me debatia, chorava e
tentava abrir o caixão, mas nada
adiantava...
Então me entorpeci num ódio que me
manteve frio e calmo para pensar em como
eu poderia sair dali... Passei tanto tempo lá
que não sei como definir, nessa altura eu já
estava corrompido por um ódio insano e
obtive uma visão nítida em minha mente:
"Hordas de irmãos reunidos em um
calabouço, onde muitos entravam
amargurados, chorando e contra a própria
vontade. Lá dentro, criaturas vampíricas
decrépitas, corrompidas pelo ódio e minha
visão pairava acima de todos, como se eu
pudesse escapar daquele labirinto
subterrâneo..."
Foi quando eu despertei dessa visão e quase
sem forças eu comecei a rasgar os panos e
socar a madeira... Fui soterrado e me
sufoquei com a terra, quando percebi que eu
não necessitava mais respirar, me desesperei
com a pressão da terra sob meu peito, mas
meu corpo fraco, ainda assim parecia
resistir, mais rígido do que o comum...
Cavei por horas, talvez um dia ou noite toda,
não sei dizer, mas estava desesperado para sair
de debaixo da terra, e eu estava muito fundo...
Após todos os meus esforços, saí de dentro do
buraco me jogando à um local coberto, parecia
uma câmara mortuária, com adornos turcos ou
persas nas paredes... Era um local estranho aos
meus olhos e ali se ouvia cânticos gregorianos
em meio à escuridão... Quando repentinamente
fui golpeado e desacordei novamente...

Reanimei após algumas horas, deitado em uma


espécie de altar, numa sala iluminada por
velas, com inscrições persas nas paredes, ao que
tive certeza de ser uma câmara mortuária de
uma capela abandonada... Nas paredes
haviam membros e pessoas dilaceradas, tripas e
órgãos... Parecendo enfeitar o rito macabro...
Uma fome me consumia por dentro... Uma
fome de sangue !
Na tentativa de me alimentar, eu caí ao
chão, enquanto me chicoteavam com tiras
de couro que continha garras e quanto mais
eu gritava sem entender, mais e mais
chicoteavam minhas costas. Contudo, me
descontrolei num ódio súbito de dor e medo e
a besta se manifestou em mim pela primeira
vez, eu a cortejei e dancei com ela, mesmo
ensanguentado e muito machucado, eu
mordi o carrasco que me chicoteava, com
tanta força que acabei rompendo sua
jugular, arrancando um pedaço da pele
enquanto eu me deliciava com o calor de seu
sangue enquanto eu o bebia. O sangue
jorrava da fonte e lavava o meu corpo nú, o
que me deu uma sensação de prazer e eu o
sequei até a morte. Contudo, o ritual de
iniciação foi bem sucedido e eu aceito na
seita. Me denominando um membro do
caminho do paraíso. Mesmo eu me sentindo
culpado por meses após cometer meu
primeiro homicídio, me puni, me julguei, me
indignei, me martirizei e nada mais tirava
de mim as imagens daquele dia maldito.
Tudo o que eu cri, me foi tirado, junto de
minha dignidade...
III Via Caeli
A Trilha de Caim, ou Via
Caeli havia me selecionado
para os seus mais
ambiciosos planos. Se
tratava de uma ordem de
vampiros que acreditavam
que sua maldição e a besta
podiam ser controladas
através da religiosidade,
mas continha ritos bem
específicos que de longe, não
era nada "Católico".
Via Caeli , comumente chamada de
Estrada do Céu e conhecida como Tariq
el-Samá para os Cainitas islâmicos , é
uma das principais estradas que os
vampiros da Idade das Trevas seguiam.

Seguidores da Via Caeli tentam


controlar sua Besta por meio da
devoção religiosa. Eles são
freqüentemente chamados de Nodistas
ou Fiéis .
Aprendi o básico com o Sr.Von Stappen, que
me apresentou à Cabala dos Capadócios
cuja qual ele fazia parte. Era uma seita
sombria com os mais renomados artistas da
Necromancia da Europa (existia rumores
de que alguns ali trabalhavam nas obras
misteriosas de Cipriano, tais eram alguns
membros de uma família aliada chamada
Giovanni).
Em resumo eram nobres senhores da morte,
onde os estudos da necromancia levavam à
várias áreas de estudo, onde exigiam graus
extremos de frieza, disciplina e consciência
em nome da aprendizagem. Deixei minha
humanidade de lado, para estudar esse
novo estágio, o não-vida, o inerte, o
indigesto e hediondo.
"Se eu ei de ter sido fiel seguidor, porquê me
abandonastes Adonai?" - 13/11/1390 D.C
"Recaí na maldição, sucumbi e ressurgi à
morte em própria aparência.
Agora não mais perto de Deus, nem do
próprio Satanás, mas de Caronte e suas
hordas de morte e sofrimento eterno."
Me entreguei aos estudos da Via Ossis, já
que o Sr.Von Stappen era um dos poucos
membros que ministrava esse caminho,
junto de alguns poucos necromantes. Me
dediquei ao estudo básico da cultura do clã
e questionei muito entre as salas de estudos
da então cidade subterrânea de Kaymakli,
descobri que se tratava de um local na
Capadócia - Turquia.
Estudei durante anos com um grupo de
necromantes, onde eles buscavam um meio
de sobreviver à esta cidade, já que o
alimento era escasso e recursos eram
inacessíveis, neste período aprendi o estudo
sobre os cadáveres e concluí a tése de que é
possível sobreviver com o pouco vitae
acumulado e coagulado nos membros
necrosados de nossos experimentos.
O conhecimento ali era vasto, mas se
tratava de um local isolado, com muitos
vampiros famintos e cada "Cabala" não se
separava de maneira alguma.
Quando Ashur convocou todos os irmãos de
Clã para comparecerem na reunião, eu
havia escolhido peregrinar e encontrar meu
destino...
Os Saudosos Salões de Kaymakli.
Sempre fui livre para escolher meus caminhos
de sabedoria, que me levavam a mais e mais
estudos sobre a morte e a danação.
Pecados, depravações, demônios, espíritos,
espectros, entidades, teologia e tudo o que
representa um estado de vida, não-vida, e o
além da não vida, sempre foi alvo de meus
estudos ao longo dos anos, onde vaguei nas
redondezas da Capadócia até conseguir migrar
para a América e sua promessa de terras no
Oeste Ferroviário.
Foi então que retornei as minhas origens e fui
para o deserto de Black Rock em Nevada, o
clima continuava o mesmo, e o antigo mosteiro
ainda estava abandonado e sem nenhuma
proteção. Foi então que eu o invadi e fiquei por
lá durante alguns anos, estudando o que restou
dos papiros e investigando a área para
encontrar alguma resposta sobre quem eram
aqueles refugiados. (O mais curioso é não ter
pegado fogo dentro da capela).
Foi então que descobri que os refugiados
daquela noite se tratavam de paladinos da
Sociedade de Leopoldo que tinham um antigo
conclave na região Norte de Black Rock. Me
aprofundei tanto sobre tais homens que comecei
a usar de rituais nercomânticos que aprendi
para obter respostas.
Com o passar do tempo, minha pele
enrigeceu, meus olhos se aprofundaram nas
cavidades e logo comecei a me sentir mais
introspecto, se tratava da maldição do clã
me afetando, foi onde eu mais me dediquei
aos presentes da Morte e abracei a escuridão
com tanta força, que não permiti me aliar à
nada nem à ninguém, minha fixação era
aniquilar quem rompeu meu destino.
4 anos se passaram, após minha
"aposentadoria" da Via Caeli e logo eu
recebi um convite inusitado, em meio à uma
de minhas expedições. Estava eu, migrando
no Oeste dos EUA, em busca de assassinos
de "selvagens" e também aqueles malditos
do Sul, e logo que eu estava chegando nas
redondezas da praia de San Pedro, um
vampiro muito bem afeiçoado, com roupas
caras, um belo cavalo e uma espada
enigmática me abordou bem próximo da
praia, alegando ser dono de um rancho nas
proximidades.
Confesso que fiquei curioso com o convite de
"um papo formal" e me dirigi junto do
homem enigmático que se apresentou como
San Marco até seu rancho nas
proximidades.
Tais homens eram atléticos e muito bem
treinados em montaria, tiro e esportes, já
que me acertaram nas costas a mais de 200
metros, por pouco não acertam minha nuca.
O que viera a me ajudar, foram alguns
texas rangers que autuaram os perseguidores
pensando ser um assalto, me safei por obra
do destino, com certeza eu conseguiria
matar um ou dois, mas se tratava de sete
homens bem treinados.
Ainda migrei por mais um dia, ferido,
cansado e quase sem dormir, já que eu me
acolhi durante todos os dias de viagem, em
algumas grutas e casarões abandonados
para passar os dias, mas quando se está
sozinho em um local que não se conhece, não
sobra muito tempo para dormir ou relaxar.
Contudo, cheguei com muita dificuldade em
Cálico, que ainda funcionava. A cidade era
um inferno aos olhos dos forasteiros, brigas
por toda a rua central, cowboys atirando a
esmo, nativos e escravos caminhando livre
entre todos, a cidade abrigava mais
refugiados e bandidos, do que a própria
cadeia daquela época, Sing-Sing foi
fichinha perto de Calico.
Assim que cheguei na cidade, arrumei uma
encrenca com alguns arruaceiros que me
confundiram com um abade, eles me
empurravam, cospiam e xingavam, enquanto eu
deixava eles ganharem confiança, levando os
três homens para trás do Saloon de Cálico.
Matei os três sem piedade, o primeiro foi por
hemorragia, quebrei seu braço num tranco
simples de força centrífuga rotacionando meu
tronco e batendo com seu cotovelo em minha
cintura, fazendo expor sua ulna na altura do
pulso e o seu rádio saltou na altura do cotovelo,
jorrando muito sangue. Então apanhei a ulma
do homem, a removi do braço do homem e o
esfaqueei oito vezes no rosto com seu próprio
osso.
Tomei dois tiros na perna e fingi ter sido morto,
usando um de meus dons, até que os outros dois
vieram checar se eu havia falecido. Então eu
apanhei o pé do homem mais próximo e o torci
com tanta força que o mesmo largou a arma e se
urinou todo enquanto o outro corria.
Matei o segundo, sugando todo o seu sangue
mordendo um de seus vasos da coxa esquerda.
O outro escapou e eu nunca mais o vi. Foi então
que tomei meu rumo, após decapitar e mutilar a
perna do homem que matei. (havia me
esquecido das propriedades curativas da saliva
cainita).
Quando finalmente consegui chegar à tal
"seita iniciática", eu estava completamente
desapresentável. Com minha batina
ensanguentada, cabelo desgranhado, 3 tiros
no corpo e bem debilitado. Todos me
receberam estranhamente com sorrisos e boas
vindas.
Aquele templo era muito diferente das
abadias que eu havia frequentado, e diferente
de tudo o que já vi, haviam humanos em meio
aos "irmãos", todos eles influentes,
advogados, juízes, banqueiros e até cowboys e
rangers faziam parte da ordem, sem
distinção. E então passei algumas noites de
repouso numa suposta "enfermaria" para me
recuperar dos ferimentos.
Na terceira noite, me recuperei
completamente, com fome, fui alimentado
através de um rito clássico deles. A noite
escarlate, onde todo um festival era
apresentado aos humanos mais nobres da
região, em um baile no Talle's Mannor, um
palacete que ficava nas montanhas de Cálico.
O Baile era composto de nobres damas,
algumas compradas no mercado de escravos,
outras juradas à casamento, mas todas no
final da festa foram enfileiradas
frente aos seus pares, e à meia noite, a
"brincadeira" começava. As jovens
virgens corriam pela floresta (algumas
corriam nuas) e seus pares tinham de
apanhá-las. Caso seja apanhada, a dama
seria a mais nova posse do "caçador" para
ele fazer o que quiser, nenhuma mulher
ficou ilesa neste dia, tampouco os homens
humanos do Baile.

Foi um banquete memorável !


Esta seita foi de grande ajuda para mim,
naquela nova fase de minha jornada, eu
assumo que me inclinei em me candidatar
para recrutamento, porém meus instintos
diziam o contrário, logo, decidi apenas
participar dos eventos para entender a
filosofia e ideal desses membros excêntricos.
Passei 10 noites e 10 dias sob os domínios de
San Agostin. Um nobre membro do Clã
Ventrue, que financiava estudos da
medicina moderna e sempre empregava
eventos iniciáticos aos membros das
Corteries que serviam aos seus interesses.
Neste período, servi como um conselheiro nos
assuntos de pesquisa e avaliação de alguns
textos enochianos e estudos de necromancia e
adivinhação, em troca de sigilo e exílio sem
contato direto com os outros membros para
que eu pudesse me concentrar melhor em
meus estudos, sendo financiado todo o
material e componentes necessários para os
ritos de elevação intelectual.
Me disponibilizei em todos os aspectos,
criando alguns itens efêmeros para ajudar
os renomados "Black and Bonnes", uma
facção onde recrutava humanos para
sacrifício e rituais de morte.
Esses homens seletos, eram grandes sábios
e filósofos, sempre faziam reuniões
abertas aos palestrantes e outras mais
reservadas somente aos membros.
Essa espécie de convenção, recebeu alguns
ilustres anciões e até alguns matusaléns,
mas haviam apenas 3 Capadócios dentre
todos, nós éramos chamados de
Transcedentais, pelos nossos conhecimentos
e magias ritualísticas. Mesmo eu sendo
discreto, me destacava pela aparência
pálida e sombria.
Aprendi alguns rituais iniciáticos e troquei
conhecimentos com os meus irmãos de Clã,
mas nesta época corria rumores de que o
Clã estava fraco e me pediram pra que eu
saísse de lá o quanto antes, para me exilar
em segurança, já que os Capadócios
estavam sendo assassinados e
diablerizados pelos Giovanni. Logo, me
ofereceram um contato na Transilvânia,
para que eu pudesse me esconder nas
montanhas mais isoladas de lá, longe dos
Tzimisce e dos Nosferatu. Assim tomei
nota e mudei meus planos para essa nova
migração.
Foi então que finalizei meus trabalhos ali e
com a permissão de San Agostin, parti para
a Transilvânia em busca do contato de
Élcios (meu irmão de clã).
Viajei até a baía de Santa Mônica e me
infiltrei num navio de carvão, que vinha da
Hungria e assim fiz meu destino. Passei 3
meses no navio, me alimentando de ratos (e
alguns marujos) e passamos por algumas
tempestades no mar revolto, mas chegamos
com sucesso no destino.
Migrei dois dias pelas montanhas e acabei
encontrando uma capela abandonada,
assumo que me senti confortável à adentrar
os domínios e assim o fiz, numa noite fria
de neve. Fiz uma fogueira e chequei o local,
estava livre de qualquer ameaça e então me
coloquei a estudar. Resumi algumas notas
como estas que escrevo agora, mas foram
usadas para manter o fogo aceso...
"Naquela noite, eu tive uma visão de alguns
jovens perdidos, espíritos amaldiçoados e
uma promessa de um futuro perturbado"
Na mesma noite decidi vasculhar a região
na madrugada, aproveitando o solstício
de inverno, onde poucas pessoas saíam
para as montanhas ou até mesmo das
próprias casas, assim, eu teria uma
viagem tranquila e poderia usar o horário
a meu favor para encontrar o tal homem
que guardaria meu torpor.
Foi então que descobri um cemitério muito
antigo, que ficava nas montanhas do norte
da Transilvânia, isolado de tudo, bem à
beira de um penhasco. O local me
interessou, pois emanava uma energia de
baixa frequência e eu observei alguns
espíritos vagando, tentei me aproximar
para me comunicar, mas nenhum me
respondia... Até que comecei a ser atacado
pelos espíritos pestilentos que ali estavam,
corri pelos corredores de lápides enquanto
eles pairavam em alta velocidade na
minha direção, 13 espíritos pestilentos e
sedentos por qualquer ser que ali se
manifestasse me seguiam enquanto eu
ganhava tempo, entrando num antigo
mausoléu e selando as portas com água
benta profanada com meu sangue em um
ritual que fiz em Talles Mannor.
Adentrei o local e senti um calafrio tomando
conta de meu corpo, com minha visão aguçada
da áurea, consegui identificar um ser oculto
entre as tumbas que ali estavam. A criatura
correu para o subsolo e eu a segui, pensando ser
um tipo de espírito guardião do local, me
mostrando algum caminho alternativo.
O segui por alguns corredores dentro do subsolo
e eles sempre inclinados, pareciam se
aprofundar nas paredes rochosas do penhasco
do cemitério, foi então que me deparei com uma
câmara mortuária e um membro aos pés de uma
tumba em específico, ele era um lacaio de nome
Dionísio e guardava o local de intrusos,
conversamos e eu constatei que este era o local e
o contato estava em seu descanso.

Foi então que eu ajudei o servo na organização


do local e em questões culturais, até que o Sr.
Laurence Moore despertou. Após se alimentar e
conversar com seu lacaio, Lord Laurence me
recebeu em seu mortuário para conversarmos
sobre minhas intenções, logo constatei que ele
seria do mesmo clã que o meu, porém, um senhor
mais velho, que me confessou ter seguido alguns
ensinamentos de Capuchin e ter possível
linhagem de sangue com Lázarus. (um dos
mais notáveis estudiosos do Clã, cria do próprio
Ashur !)
Foi então que lhe expliquei toda minha
situação de exílio em nome de conhecimento,
estudando todos os recursos possíveis sobre
meu estado de espírito e matéria, e
discutimos ali por alguns dias, anotando em
papiros nossas ideias e conceitos ritualísticos,
ele me ensinou a Cultura de Clã e tudo sobre
nossa linhagem.
Anotei em papiros tais ensinamentos, tais
como o segredo mais valioso que ele
guardava, se tratava de um acordo de
confiança, em pagamento à minha gratidão,
que era passar adiante e manter o segredo
vivo, mas não revelado !
E então ele me contou sobre sua vida...
Este realmente era o contato que me indicaram,
aqueles homens que conheci eram visionários da
mesma índole que Lord Laurence, que mencionou
seus planos de estudo, em troca de nossa aliança
contra os ataques Giovanni que lhe havia
mencionado.
Então foi que ele convocou alguns outros contatos
dele e aguardamos a resposta de uma reunião.
Na outra noite, 11 membros apareceram no
cemitério, e solicitaram a audiência conosco.
Haviam 2 Assassinos, 4 Nosferatu, 2 Artistas, 2
Zumbis e 1 Baali nos auxiliando, todos eles
discutiam numa sala reservada, e como meu Clã
já estava sendo representado por Laurence, eu
aguardei a reunião findar. Duas noites depois,
ainda aguardando na sala de necropsia foi então
que solicitaram minha participação na reunião.
Fui apresentado como um Autarca Independente
como eles diziam e me propuseram um ultimo
favor antes que eu adormecesse. Que eu fosse para
a américa e ajudasse a "seita" na busca da
revelação dos segredos dos Giovanni para os
membros, antes que o clã suma da história.
Tais anciões eram independentes e tinham
interesses em comum, na morte e na
espiritualidade além da morte, estes homens me
apresentaram o "Juramento dos Tolos", onde
nenhum de nós, Capadócio ou não, compareceria
nos interesses do mesmo Clã. Já que a ameaça
Giovanni ameaça nossos interesses e manteremos a
sociedade em segredo, preservando nossos rituais,
cultura e nossas linhagens originais.
E então, nós entramos num acordo de
lealdade uns com os outros, até que o rito
proibido (Valderie) foi feito entre nós.
Laurence foi nomeado o "Sábio", líder dos
interesses culturais e ideológicos do Clã,
seguido de Haqif Abdel Salim, um assassino
misterioso que nunca conversava, mas
rumores diziam que ele seria um assassino
da elite e cansou de participar da Jyhad dos
Tremere, buscando auxílio espiritual para
entender as maldições e ele atuava como um
General nas estratégias de defesa do templo.
E não menos importante, o líder das questões
tecnológicas, Klaus Danger, um senhor
Nosferatu, desagradável e malicioso que nos
auxiliava com informações privilegiada, em
troca da proteção dele e de seus irmãos
contra a ameaça das gárgulas da região.
E então fui preparado com os conceitos
básicos da Seita. Aprendendo então novos
caminhos de estudos...
A "Via Ossis" ou "Estrada dos Ossos" era uma
ideologia bastante interessante, empregadas com
firmeza por todos os membros da seita.
Seguíamos fidedignamente os ensinamentos de
Laurence e guardamos os segredos da Seita entre
nós, os primeiros "membros".
Os dogmas e ética moral desse caminho foi árduo
em aprendizagem, mas me aproximou mais ainda
do que eu sempre almejei. A revelação dos
Eruditos, a ascenção e domínio da morte, o
entendimento da não - vida e o amparo intelectual
sem envolvimento político.

V ia s i s
O s
Após a organização de toda a estrutura da
seita, fui encarregado de cuidar das
compilações dos papiros ritualísticos, assim
sendo nomeado o "escriba" da seita. Ajudei o
máximo que pude durante mais 5 anos até
compilarmos todos os documentos para o
Lord Laurence e Haqif, que também se
preparavam para entrar em sono periódico.
No fim de meus estudos e compilações, fui
ganhando a confiança dos antigos, e eles
também ganharam espaço, já que ninguém
mais sabia nada sobre nós, a não ser nós
mesmos, e isso era fantástico ! O Valderie
funcionou e ganhamos uma "ficha nova" na
sociedade, desaparecendo por completo.
Haqif viajou em expedição por volta de
1405 DC, alegando ir para o novo mundo,
trabalhar com alguns filósofos, em busca de
conhecimento para a seita, nunca mais o vi.
O Lord Laurence também viajou, para o
monte Erciyes e lá pretendia estudar as
passagens de Ashur, já eu adormeci ali
mesmo, me deixando à inteira disposição
para que manejassem meu caixão e repouso
para onde fosse necessário.
IV Abascanto
"Devemos respeitar a natureza das coisas, tudo
nasce, cresce, transmuta e morre. O segredo disso
tudo, está no processo." - Yoham Strauss.

Adormeci por muito tempo, um véu negro cobriu os meus


olhos, tudo parecia incerto quando eu me deitei, pensei ser
meu último e eterno descanso. Senti uma certa leveza
acima da desconfiança e obedeci de imediato meu objetivo
de descanso, meditando por algumas horas.
Acordei alguns séculos depois, totalmente desorientado,
soube que eu estava na Britânia, atualmente chamada de
Inglaterra, mais precisamente ao Oeste de Londres, no
distrito de Birmingham, centro da Inglaterra. O ano era
de 1846D.C...
Alguns lacaios me despertaram em nome da Seita, e um
dos anciões (ainda acordado) me instruiu sobre todos os
acontecimentos da história até os dias "atuais" e também
me informou sobre a extinção do Clã Capadócio assim
como em minha visão. Me senti desorientado, já que agora
eu não posso me revelar à ninguém, apenas os escolhidos de
Laurence, Haqif e Klaus. Estudei alguns dias, os planos
da então nomeada Vigor Mortis e fui contemplado com
mais alguns papiros de Laurence, me revelando
conhecimentos de Clã e novos estágios de estudos.
Contudo, tal ordem se extinguiu durante os anos que
adormeci e todos agora permanecem perdidos nas tumbas
mais inóspitas e secretas que se pode imaginar, e os
segredos desta seita permanecem desconhecidos, apenas
alguns aliados da inacessível Tal'Mahe'ra conhecem a
existência da Vigor Mórtis, embora nunca se tenha
provado tal aliança.
Soube que um membro nas proximidades de onde
despertei seria o último contato de Haqif, ou sua própria
cria...
Foi então que o Lacaio Edson me orientou a seguí-lo e
orientá-lo em respeito à Haqif, e assim o fiz.
Como sabemos, permaneci leal à Wick e sua Corterie
desde então e agora estendo à realidade de um futuro
membro, já que as origens sempre foram desconhecidas.
A Vigor Mórtis existe, ela vaga entre os cemitérios e
guarda os segredos mais sombrios, que se perderam
durante os anos, vagando na eternidade e nas sombras.
Os Assassinos que Haqif comandava eram nobres e
sumiram na história, junto de Haqif, mas sua lealdade
é provada entre os poucos lacaios que restam na seita.
"Os Assassinos eram aliados poderosos enquanto ativos
na seita, seguiam seus próprios negócios e confiavam
suas espadas à nós, realizando os contratos de interesse
à seita e coleta de alguns itens e relicários para estudos,
quando migravam em expedições, a seita possuía uma
exigência de dez por cento dos lucros de cada membro
para se manter ativa e com recursos para estudos."
V Conceitos Básicos:
"A Vigor Mórtis não tem vínculo com a Camarilla,
tampouco com o Sabá, somos independentes para
escolhermos nossas próprias posições políticas, desde que não
interfiram nos interesses da seita."
"Os membros que se revelarem à outros membros,
devem arcar com as consequências da notícia."
"A Vigor Mórtis não obriga outros seguirem suas
trilhas de sabedoria, desde que outros, não
interfiram nestes caminhos."
"Os segredos da Vigor Mórtis será guardado pelos
Assassinos e manipulados pelos Carrascos, sem a
Supra Aliança, tudo poderá ser perdido."
"Jamais negue a verdade de seus descendentes aos
descendentes de teus irmãos, as Lendas fazem parte
dos Cainitas."
Poucos são os membros ativos nos dias de hoje, mas
somos discretos e buscamos as verdades e estudos dos
fragmentos de Érciyes, junto das artes necromânticas
milenares que meus ancestrais e Lord Laurence
deixaram nas antigas abadias... O grande segredo
da seita é o conhecimento de papiros e itens
necromânticos, Laurence foi um dos membros dos
antigos "Transcendentais" capadócios aliados à
poderes necromânticos, espirituais e muitas vezes,
até mesmo tendo acesso ao plano espiritual.
Linhagem rara de Capadócios Anti-tribu que se
associavam à mítica Tal'Mahe'ra.
Alguns rituais exclusivos dos Capadócios
foram adaptados aos membros de confiança
de Clã, tais como o manuseio de alguns
encantamentos malditos e outras receitas
alquímicas de necromancia. Como a maior
parte dos compilados se perdeu no tempo,
venho trabalhando nestas obras e a primeira
delas (no caso a terceira obra literária de
minha vida) escrita em ordem cronológica.
Claro que eu não tenho nada a ver com a
existência da seita, senão a minha própria
participação como membro e lealdade aos
estudos dos interesses intelectuais e filosóficos
da Morte.
Contudo, reuni alguns dos mais simples
encantamentos e ritos sabáticos para que você
se proteja e guarde tais segredos somente
consigo e àqueles dignos da realidade,
enquanto meu descanso é necessário.
A responsabilidade é tua, enquanto aceitar
guardar tais segredos.
"Nunca negue conhecimento à quem pode
somar, alie-se com quem também consegue
buscar."
Necromancia - Nigrumancia
Necromancia é ao mesmo tempo uma Disciplina e
uma escola de magia, totalmente dedicada ao
domínio sobre as almas dos mortos. Ela possui
algumas semelhanças com a Taumaturgia (Magia
do Sangue), pois ao invés de significar uma
progressão linear de poderes, a Necromancia
consiste de várias “linhas” e os “rituais” que as
acompanham.Vampiros necromantes bem-
treinados e experientes podem convocar os mortos,
banir ou aprisionar as almas e até mesmo forçar a
incorporação de fantasmas em corpos vivos ou
mortos. Não é preciso dizer que o estudo da
Necromancia não é muito difundido entre os
Membros, e seus praticantes, especialmente os
Membros do clã Giovanni, que são desprezados ou
ignorados sempre que possível.
Através dos séculos, as várias escolas de
Necromancia vampírica se diversificaram,
criando três caminhos distintos na magia
necromântica disponível aos Cainitas. Todos os
necromantes aprendem primeiramente a chamada
linha do Sepulcro, mais tarde estendendo seus
estudos à linha dos Ossos ou à linha das Cinzas,
de acordo com a disponibilidade de tempo e
oportunidade. A linha do Sepulcro será sempre
considerada como a linha “primária” do
conjurador, sendo explorada ao seu limite sempre
que houver oportunidade.
Conceito:
Os conceitos básicos da necromancia são a
idéia geral do contexto espiritual e material
da morte e além da morte. Os Necromantes e
Feiticeiros das Artes Negras, são exímios
artesãos, linguistas, teólogos, demonólogos e
estudiosos da anatomia. Tais conhecimentos
são indispensáveis para os praticantes dos
"caminhos das trevas", já que muitas vezes se
utiliza de cadáveres como material de estudo
ou obra prima do próprio ritual.
O Necromante ou Feiticeiro não deve temer a
morte e sim compreendê-la, tão profundamente
quanto possível.
Nenhum feiticeiro ou necromante têm a
autorização de ensinar, compartilhar ou
orientar aos membros que não são de sua
"Cabala" ou "Seita" embora alguns casos bem
específicos possam ser encontrados. O fato é
que a Vigor Mórtis não permite nenhum tipo
de ensinamento ou declaração de tais artes,
fora dos campos de estudos, ou templo ativo.
A responsabilidade do conjurador sempre será
apenas do conjurador, outros necromantes não
costumam ajudar os conjuradores desastrados.

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