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GILBERTO H.

GASPAR

Una' - O Renascimento Das Eras.


HISTÓRIAS DE
MUNDO.
DE UM FIM A OUTRO.
"Não haverá mundo mais
belo, do que aquele que tu
criaste. Oh Verbo."
Gilberto H. Gaspar -
Sumário

4
Período ????

12
A ERA ARCAI

22
A ERA DE MEGALO

30
O Período ANG

42
ERAS de FOG

53
A ERA ORE

71
O período ECO
Período
?????
Sai agora a lança do peito do seu último
oponente. Aqui pereceste a última das entidades
antigas remanescentes. De seu corpo esvaiu-se o
tempo que estava parado, e junto com ele a lua,
fazendo tudo se encerrar

O fim de uma era chegava. Os tempos dos antigos


tinham sido limpos e os tempos do Verbo, do Mono,
do Único se iniciavam.

Nada sobrou daquele tempo de outrora, nem os


seres que antes o habitavam, nem suas ruínas, nem
suas glórias. Tudo agora era pó e mantinha-se
assim.

Sem conhecer mais nada, o ser que tomara a vida


dos remanescentes se deu como vitorioso. Tornou-
se o Verbo, a entidade suprema, governante de
toda a realidade.

Seu reino era o vazio, seu mundo não tinha cor,


mas tinha sua própria presença. Durante 300 anos,
alegrou-se pelas vitórias; durante 200, acalmou-se
de corpo e alma; por 400, depreciou-se por seus
feitos; e por 100, lamentou-se pelos erros que
cometeu. Sua solidão durou 1.000 anos antes de seu
efeito afetar a entidade suprema.

Não havia luz, não havia nada, apenas a


existência. A Entidade Suprema ficou esperançosa, e
desta esperança um novo mundo se formou. Não
havia sol nem lua, mas havia um lugar seco e sem
vida, com grandes rochas e locais baixos. Ao olhar
para tal, viu-se o nada, o bruto e o seco, que
precisaria ser elaborado.
Olhou para o novo, e não se agradou. Com suas
mãos, pegou pequenas pedras que se soltaram da
crosta e as soprou. Estas amoleceram, e quando
foram jogadas ao mundo, se partiram, e dela saiu
água. Porém, a água congelou.

Sem entender, foi ao planeta e viu que agora ele


estava branco. As rochas estavam cobertas por
água congelada e neve. O céu não tinha nada, e o
mundo era gelado e sem vida. A Entidade entrou
no planeta e lá ficou por 100 dias em seu centro. No
50º dia, pegou todos os minerais que havia ao seu
redor e bateu um contra o outro até formar uma
esfera. Esta esfera tinha de tudo, desde ouro até
ferro, e de cobre a zinco. Porém, o calor não era
suficiente.

No 60º dia, soprou contra a esfera e a girou. Sua


graça foi tanta que ela começou a derreter... O
calor era intenso, e se não fosse suficiente, as
pedras que caíam sobre ela se transformaram em
magma, liberando vapores de enxofre. Ao sair, a
Entidade Suprema furou o centro até a crosta com
sua lança, e do buraco feito saía a primeira fumaça,
que se espalhou pelos céus.

Da fumaça vieram as primeiras energias do


mundo, trazendo consigo tempestades e chuvas de
fogo. O calor intenso do fogo derreteu o gelo e a
neve, transformando-os em mares, rios e oceanos.
O planeta começou a girar, e com a movimentação,
a areia e minerais diversos se acumularam em meio a
ela. Porém, mesmo assim, ainda não era suficiente.
Em um descuido do grande ser, uma pequena
estrela caiu no planeta e adentrou-o, trazendo
consigo diversos cristais que se incorporaram às
rochas e à areia, sendo enterrados pelo tempo e
pelas marés.

A Divindade, viu nos cristais uma oportunidade,


em um toque, deu a eles poder. E quando os cristais
desceram ao centro daquele mundo, uma
Estridente som ecoou por todo o universo, o calor
aumentou e os tremores começavam a surgir por
toda crosta.

Lá dentro algo ocorria, algo intenso e único.


Algo novo estava surgindo dentro do planeta.
Curiosa com a origem dos sons, a Entidade Suprema
vagou em direção ao centro do mundo.

Chegando lá, a Entidade começou a espreitar a


grande esfera. No seu núcleo pulsava fogo e
energia, e a partir desse fogo um ser começou a se
formar. Da luz e do magma, uma criatura disforme
começava a se mostrar e a existir.

Ao ver o ser estranho, a Entidade se aproximou


e o tocou com cuidado, sentindo a energia que
emanava dele. Com um gesto, a Entidade começou a
moldar a criatura, tornando-a semelhante em
forma a si própria. A criatura era menor que a
Entidade e sua pele era da cor da terra fértil, com
tons de ouro e prata em seus olhos. Seus cabelos
eram de bronze e seus dentes eram feitos do mais
claro mármore.

Assim nasceu o ser que se tornaria o mundo, e a


Entidade o batizou de Una'...
Com o tempo, Una' cresceu e se desenvolveu,
dando origem a todas as formas de vida que
habitariam o planeta.

Una' era o primeiro ser daquele mundo, que


agora tinha poder. Desse poder surgiam os ciclos e
as demandas.

Com a chegada do novo ser, a Entidade teve


uma ideia. Para dar vida ao mundo que havia
criado, era necessário ter alguém para mantê-la.
Pegando um pedaço de seu coração, ela criou
Mayari, a Deusa da Vida. Quando Mayari pisou o
chão, seu primeiro respirar começou a encher o ar,
as águas e o solo de pequenos seres que começaram
a se espalhar pelo Plano, pequenas massas
esverdeadas.

Por sua vez, Una' começou a ver com desdém


todo aquele verde se espalhar por seu corpo, e
jorrou de seu corpo um líquido preto e metálico,
surgindo assim mais um ser, Ghaata, a Deusa da
Morte.

Agora ambos estavam sobre Una', Mayari era bela


e gentil, sua pele era brilhante e clara, seus cabelos
trançados eram castanhos e dourados, seu rosto
era levemente rosado e neste pequenas sardas se
mostravam. Sua pele era coberta por um tecido
vermelho fosco que foi forjado por sua criadora.

Ghaata tinha uma pele pálida e fosca, sem


manchas ou pintas. Seus cabelos eram curtos e
escuros, e parte do seu rosto era coberta por
pequenas faixas. Seus olhos eram negros como a
escuridão e o centro deles era vermelho como o
sangue. Suas vestes eram pretas e tinham um brilho
sinistro.
Ambas andaram pelo mundo, enquanto a outra
trazia a vida ao que não tinha, a outra impunha a
morte aos seres tirando deles a eternidade,
nasciam e morriam muitas vezes, e assim o primeiro
ciclo da vida se moldou.

Mayari ficou intrigada com suas criações


desvaídas da vida e não entendeu o motivo. Por
isso, começou a seguir Ghaata, a deusa da morte. O
chão agora se dividia entre pedras, pequenos seres
vivos e matéria morta.

Ela andou por dez ciclos atrás do rastro de


morte, até encontrar-se com a Deusa da Morte que
portava consigo uma lança feita de metal bruto
em uma das mãos e um cristal transparente na
outra. Ao virar-se para Mayari, ambas se
encontraram pela primeira vez. Mayari sentiu o
medo tomar conta de seu peito, enquanto Ghaata
via a Deusa da Vida de outra forma.

Mayari tentou se esquivar do olhar de Ghaata,


mas era tarde demais. Rochas começaram a surgir
do solo morto, formando muralhas que a
cercaram. A morte olhava para a vida de forma
mundana, como mais um estorvo, se aproximando
do ser que espalhava a vida por todo o corpo de
sua criadora. Ambas estavam agora próximas, com
sua lança Ghaata tocou o pescoço de Mayari, que
se revestiu de musgos lisos e grossos. Ghaata olhou
para sua arma, tocada pela vida, e a disparou ao
chão, cercando ambas em um cerco de pedras.

No chão tocado havia uma guerra, a vida e a


morte disputavam nas células, bactérias e
pequenos decompositores se espalhavam e
apodreciam aos montes.
A entidade olhou para o mundo por um momento
e seu olhar se encheu de terror. Para impedir que a
morte prosperasse com seu golpe, ela usou seu
poder para controlar a criação de Una'.

Ghaata, agora com sua mente corrompida, sentia


desejo e vontade. Vendo a deusa à sua frente, foi ao
seu encontro e, ao tocá-la, gelou a pele de Mayari,
causando calafrios.

Confusa com a mudança da morte, olhou para o


ser e notou em sua face os olhos dourados. Já
havia entendido o que ocorreu e sabia o que fazer.
Com as mãos, segurou os cotovelos e o empurrou.
Ainda lutando, a entidade da morte pegou a vida
pelo pescoço e em suas vestes, puxando-a para si e
fazendo ambas caírem ao chão.

No chão, não havia escapatória, apenas a


continuação da luta. Ela durou horas entre
ambos os seres. Quando a morte chegava perto de
seu triunfo e voltava à sua essência, a Criadora
intervinha novamente a favor de Mayari. A morte
agora perdia a vontade de usurpar a vida e, com a
deusa caída à sua frente, se debruçou sobre ela e
com sua essência adentrou Mayari. Ao fim do ato, a
morte cedeu ao colapso do poder da entidade e a
vida escapou de suas garras.

O tempo passou e a perseguição recomeçou, e o


encontro entre ambas ocorreu novamente. Porém,
Ghaata abaixou suas armas até que Mayari estivesse
perto. Vendo a forma como era tratada, Mayari
sorriu e se aproximou da morte. A morte tomou a
vida para si, enviando energia para seu corpo até
que ela chegasse à exaustão.
Os encontros se repetiram por um tempo até o
retorno de Mayari aos braços de sua Criadora. As
energias enviadas por Ghaata foram para o ventre
de Mayari, e foi lá que nasceu Quetz, a deusa da
natureza.

Sua forma era diferente da morte e da vida, não


possuía a beleza de sua mãe, mas tinha poder. Em sua
cabeça, crescia um corno que ia para frente e
inclinava para baixo, na altura do nariz. Seus
músculos eram duros como rochas e sua boca
cheia de dentes pontudos e afiados. Seu corpo era
roxo e seus olhos verdes, como os pequenos seres.

Enquanto Quetz nascia, a Entidade percebeu


outra necessidade. Ela criou um grande ovo em sua
mão e o arremessou contra as águas, onde ele
eclodiu.

Das águas surgiu uma grande serpente que remava


com sua cauda por aquele mundo vazio e sem vida.
Sua forma emergiu à superfície e ela recebeu o nome
de Oceanos.

Os dois novos seres agora vagavam pelo mundo,


curiosos. E para os novos deuses, um novo destino
se reservava.

Diferentemente de seus antecessores, eles eram


jovens, ainda sem maturidade e tamanho. Seus
poderes eram descontrolados, pois pela primeira
vez deuses nasciam em vez de serem criados. Esses
poderes começavam a se manifestar de formas
estranhas. O fim do ciclo de solidão estava
completo e com ele, chegava o fim de uma Era sem
nome.
A
ERA ARCAI
Quetz estava livre para explorar o mundo
sozinha, sem nenhuma tutela. À medida que
caminhava, a natureza se mostrava em seus passos,
como musgos. As praias, antes sem vida e cor, agora
se tornavam abundantes em pequenas criaturas
coloridas.

Enquanto brincava com pedras, jogando-as no


mar, criou os primeiros seres vivos que poderiam
ser vistos. Eram imóveis e escuros, apenas
contemplando o tempo.

Nos mares, eles ficaram e começaram a sentir


fome. Sem formas de se alimentar, clamaram por
ajuda. E desse clamor, a grande serpente do mar se
aproximou e os envolveu com sua respiração.

Suas formas mudaram e agora estavam fixas no


chão das areias do mar, mas ainda tinham fome. O
ser marinho, em um ato de compaixão, saiu das
águas e se arrastou pela areia até a vegetação. Lá,
colocou-a em sua boca e retornou às águas.

Os seres famintos viram o oceano à sua frente, e


ele baforou novamente. Em suas cavidades e
buracos, agora moravam pequenos grupos de
células verdes, que se tornaram as primeiras algas.
Os seres, antes famintos, agora saciados, se
tornaram os primeiros corais.
Nos mares, a vida começava a prosperar,
enquanto na terra, Quetzacoatl começava a
brincar com o que carregava em suas mãos. Ela
moldou os musgos em pequenas plantas com folhas
finas, mas sem sementes ou frutos, chamando-as de
Saimã. No entanto, em pouco tempo, as plantas
murchavam e morriam. Quetzacoatl pediu ajuda à
entidade para que as plantas não murchem tão
rapidamente.

A Entidade Suprema, contemplando a criação de


sua neta, começou a finta-la e lembrou de seu
passado. De lá, pegou a lua branca e abriu um
grande buraco nela, tirando duas formas: uma
rocha negra feita dos metais mais nobres e uma
rocha gigante clara que portava cristais e pedras
azuis. Começou a moldá-las por 100 dias, batendo
contra a rocha negra nos primeiros 50 dias e
soprando os mais escaldantes ventos. Ela
encandeceu e tudo que antes era metal, agora era
gás. Nos outros 50 dias, apertou a rocha gigante
até ter forma de uma esfera e, nela, tudo o que era
azul se quebrou, espalhando pó por toda a
superfície daquela estrutura. Ao fim do 101º dia, a
Entidade Suprema levou ambos para longe.

Ambas aumentaram graças à Entidade Suprema e


foram lançadas uma contra a outra. A luz e o
calor da antiga rocha negra agora se tornaram
iluminados e calorosos, formando assim a primeira
estrela, Solaris. A pequena esfera então tomou seu
lugar e começou a orbitar Una' com sua cor azul,
embora não emitisse luz própria, ela refletia sua
beleza, e foi chamada de Lua Azul.
A força que esses dois corpos obtiveram foi
tamanha que as esferas, assim como Una', tomaram
consciência como filhos da Lua branca. De Solaris
emergiu Fenik, o Deus iluminado, e da Lua Azul
emergiu Lunaren, a Deusa dos noturnos.

Graças a tal criação, agora haviam nascido os


irmãos gêmeos. Assim, nasceu a grande luz
calorosa e a bela e calmante noite. Agora, os seres
não mais murchavam e as pequenas algas criadas
por Oceano se juntavam para formar grandes
algas, que embelezavam e enchiam os mares.

As plantas e algas agora cresciam e prosperavam,


lotando todo o mundo. Tamanha era a
quantidade, que se tornou necessário criar algo
para consumi-las, pois a morte e as células já não
bastavam. Nas águas, uma grande serpente baforou
nas pequenas algas, transformando-as em seres que
comiam algas e nadavam. Por causa de seu
formato, eles foram batizados de planas. As planas
eram moles e desajeitadas, incapazes de fazer muito
e algumas foram levadas para fora d'água pelas
ondas. Quetz, curiosa, pegou um dos seres e fez
outros dois. Destes, veio um ser que rastejava e
comia folhas e outro que entrava na terra com
forma fina e circular.

Destes surgiram os primeiros moluscos e


anelídeos. As espécies progrediram e se
diversificaram, dando origem aos artrópodes, que
prosperaram na terra. Alguns artrópodes
voltaram para o mar, dando origem aos
crustáceos e novos moluscos. Os crustáceos eram
fortes e atacavam os planas, fazendo com que
alguns fugissem e outros se transformassem em
parasitas finos e ágeis.
O mundo agora estava cheio de vida, mas a
Morte ainda tinha poder. Porém, muitos desafios e
problemas se acumulavam e precisavam ser
resolvidos. Então, a Morte usou o pó dos seres que
haviam partido. Combinando seu poder com o pó e
um metal fino e negro, ela moldou um ser à sua
imagem e semelhança. No entanto, a Morte o
deixou forte e pensante. Foi assim que surgiu o
primeiro ceifador, Nagisa.

No mar, agora havia lutas e disputas, enquanto


na terra as plantas mudavam de aparência,
crescendo maiores e mais verdejantes. Os insetos
dominavam a terra, enquanto no mar não havia
uma espécie dominante. Oceano vagava pelas águas
e se aproximou da costa, encontrando Quetz. Ela
puxou as escamas antigas do primeiro ser marinho
e delas surgiram os primeiros peixes. Embora fossem
bons na água, eles não se aproximavam da terra.
Então, Oceano furou a mão de Quetzalcoalt e
soprou junto com seu sangue sobre alguns peixes,
fazendo com que começassem a rastejar pela terra,
mas sem se afastar dela.

Enquanto Quetz e Oceano reinavam em Una,


Mayari iniciava um poderoso plano. Ela disparou
sua energia para o cosmos e se manifestou em um
pequeno plano, que chamou de Éderia. Em Éderia,
ela precisava deixar sua marca e lá plantou uma
semente prateada em seu solo.

Da lua branca, a entidade suprema olhou para o


mundo que criou e viu o solo tremer. Ao presenciar
esse acontecimento, viu Una saindo à superfície,
insatisfeita com tudo que a cercava.
Para acalmá-la, a entidade concedeu um de seus
artefatos ao mundo: uma lâmina feita do cosmo
que criou tudo o que existia, a Cosmodre.

O mundo e a criação evitavam atritos, enquanto


nos céus outro conflito estava prestes a começar.
Os irmãos Fenik e Luna incitaram a briga um
contra o outro, com o objetivo de reinar os céus
para sempre. Fenik começou a se armar, criando
seres à sua imagem, e assim surgiram os seres de luz.
Lunaren, sem pestanejar, criou os seres das trevas.
As mortes na guerra eram elevadas e densas no
atrito dos deuses gêmeos, forçando Ghaata a
julgar todos aqueles que caíam em batalha. Assim,
Ghaata criou seu plano, Jultaria, chamado pelos
seres das trevas e da luz de Limbus.

Nos céus, Solaris perseguia a lua azul e ela corria


em direção a ele. Em tempos de eclipse, ambos deuses
invadiam e digladiavam em seus mundos afim de
conquistá-los. Em Una', a guerra era observada
como um evento belo. O eclipse se tornava a data
dos encontros de Quetzalcoalt e Oceano. Nesses
encontros, Oceano presenteou Quetz com um ser
feito com suas escamas e dentes, eles eram maiores e
mais resistentes que os anfís. Quetz o batizou de
Respetiles, eles andavam, escalavam, rastejavam e
nadavam pelo interior do mundo, tornando-o
cada dia mais vivo e habitado.

Quetz, por um momento, refletiu e sentiu falta


de algo nos réptiles. Então, ela pegou alguns e os
moldou de outra forma. Agora, eles tinham pelos
em seus corpos e produziam um líquido que
alimentava seus filhotes. Ao ver isso, ela os batizou
de Mamarians.
Una', agora completa, retornava à superfície
com um desejo a sanar. Ela usurpou uma das
criações de Quetz e a moldou à sua vontade. De
tanto moldá-la e alterá-la, aquele ser assumiu uma
forma similar à dos deuses, e foi chamado de
Yakunbis, surgindo assim os humanoides.

A guerra pelo Céu era aterradora. Os dias


sombrios e as noites infernais tornavam-se um
problema para todos os seres, até mesmo para a
entidade suprema. Esta suspirou, afastou os corpos
celestes e fez com que Fenik e Lunaren aceitassem
um empate. Agora, cada um reinaria por metade do
ciclo de cada lado do mundo. No entanto, ambos
ainda se desafiavam em raros encontros.

O plano estava estável agora. Os seres se


desenvolviam, as plantas cresciam sem parar, e
assim também ocorria com os animais. Os Yakunbis
viram a fartura pelo planeta e foram andar,
criando as primeiras famílias que, juntas, formaram
os clãs. Unidas, essas tribos eram lideradas por dois
irmãos da maior tribo dos Yakunbis: Cain e Metra. O
futuro de ambos era dito ser glorioso, no entanto,
com a morte de seus pais, a rivalidade se instaurou
entre eles.

Após o fim de sua longa jornada junto de


Oceano, Quetzalcoatl moldou seu plano com
tudo aquilo que tinha visto e feito em Una'. Ele o
batizou de Gaia. Vendo a criação de sua amiga,
Oceano repetiu o ato criando o plano de
Ladamare. Em ambos os planos, as criações de cada
um se expandiam e exploravam a fundo o novo
mundo.
Lunaren observava as criações de Quetz e
Oceano como uma forma de obter vantagem
contra seu irmão. Ela então criou Alkira, o plano
das trevas, onde a luz da grande estrela jamais
tocou. Em resposta ao ato de sua irmã, Fenik criou
Celestia, o plano da luz, onde a noite nunca
chegou.

Os deuses agora estavam focados e pararam de


desviar do plano original. Una' finalmente teve a
brecha que tanto desejava. Com a arma dada pela
Entidade Suprema, ela confrontou a mesma pelo
posto de ser supremo. A luta entre os seres mais
poderosos se iniciou e a Lua Azul e Solaris
rodearam o plano de Una' por 21 vezes enquanto
ambos lutavam. O céu se encheu de poeira luminosa,
que caía no mundo como gotas douradas e
prateadas. Em um último confronto, a lamina
cósmica desmembrou o braço da Entidade Suprema,
fazendo-o cair como um meteoro em direção dos
mares. A ira tomou a Entidade Suprema, que cravou
sua lança no torso de Una' e, com sua mão, segurou
sua face e a bateu contra o seu próprio mundo. O
impacto do golpe foi tão grande que a grande
massa de terra se rompeu e se dividiu, dando origem
a rios e lagos que, no futuro, se tornariam mares.

Enquanto o mundo se fragmentava pelo golpe


da entidade, no chão, a tribo mais poderosa se
dividia cada vez mais, Cain não aceitava mais seu
irmão na liderança junto a ele e o desafiou em
combate, Metra aceitou o duelo contra seu irmão,
no fim do combate, Metra saiu vitorioso e Cain foi
exilado para longe...
Una' agora derrotada, estava presa dentro de
si mesma, se recuperando das sequelas causadas
pela entidade suprema. Sua prisão interna era
intensa e ela rogou maldições contra sua algoz.
Suas maldições foram tão fortes que fizeram o
mundo tremer.

O tremor revelou o fogo e dele surgiu uma


grande besta, o primeiro ser criado por Una': o
Paladar. Sua forma assemelhava-se a um grande
lagarto corcunda, com enormes presas saltando
de sua boca, olhos disformes e irregulares, e pele
feita de puro magma. Sua língua era gigantesca e
suas garras, medonhas e afiadas.

Logo depois, surgiram os outros quatro sentidos


de Una': o tato, que emergiu dos desertos; a
audição, das montanhas; o olfato, das águas; e a
visão, dos seres mortos. Com todos os cinco
sentidos emergindo, o mundo agora enfrentava
novos perigos.

Cain, agora abandonado, sentia o vazio e a


solidão em sua existência. Por ódio e aflição, ele
rogou aos céus a desgraça ao seu antigo povo. A
entidade o viu como uma oportunidade de
encerrar com a criação de sua opositora.

Com o toque da divindade, Cain entregou-se à


ira que tomou seu corpo. De sua essência surgiu o
caos e o profano, e sua forma se modificou para a
de um ser insano e nefasto. Seu poder era
ascendente e descontrolado. Em seu primeiro ato,
ele roubou algumas criações de Quetz e Oceano e
as transformou em monstros gigantes, os Dinos.
Os seres emanavam a violência e insubordinação
contra os deuses da natureza, Quetz e Oceanos
agora tinham um inimigo para derrotar. A terra e
as águas perderam sua paz de antes, e agora era
palco de um grande confronto.

O fim de uma era marcada por deuses começava e


dela se iniciava uma era de discórdia e de
monstros... A Era de Megalo começou.
A ERA
DE MEGALO
Os dinossauros começaram sua jornada pelo
mundo. Os seres que foram criados e amados por
Quetz agora rastejavam, fugiam e se escondiam por
todos os cantos e buracos. Outros lutaram frente
a frente contra os seres, aumentando seus
tamanhos e evoluindo para serem mais mortais. Os
seres agora se adaptavam contra as grandes
bestas. Porém, os monstros de Cain se adaptavam e
aprimoravam as evoluções dos animais e
começavam a proliferar e a dominar a superfície
de Una.

Quetz e Oceano estavam irados com o que foi


feito contra suas criações e começavam a
arquitetar um plano contra os monstros. Quetz
criava novos animais e melhorava os já existentes
para combater os monstros. Oceano, por sua vez,
usou seu poder para fazer o mar subir e criar
tornados, tufões, tsunamis e tempestades para
destruir parte dos novos domínios de Cain.

Una, antes um mundo pacífico com pequenas


disputas, agora era palco da mais sangrenta
guerra que este mundo já presenciou. O chão era
banhado de corpos e sangue. Enquanto isso, nos
céus, Mayari foi em busca da entidade suprema na
tentativa de resolver o problema do tempo, em que
alguns dias eram lentos e outros mais rápidos,
devido ao poder dos deuses, o que fazia com que as
coisas não tivessem seu tempo correto. A entidade
chamou os dois gêmeos rivais e ofereceu a cada um
um poder único em troca de que eles, com um
pouco de energia, criassem um novo ser. Da Fenik
foi tirada a chama branca e da Lunarem, a
escuridão dos céus.
Dessa sessão foi iniciada a criação de uma
criatura. Porém, o poder de ambos gerou um ser
poderoso, mas ainda era um pequeno feto. A
entidade se despediu dos irmãos e usou parte de seu
braço desmembrado para banhar o pequeno feto
divino com seu sangue e o colocou em seu corpo,
onde foi gerado aos poucos. De lá cresceu mais
uma entidade, a comandante das estrelas e do
tempo, D'alva.

Deuses eram criados, mas a guerra continuava e


nem mesmo a própria morte foi poupada dos
ataques de Cain. Seu servo, Nagisa, era focado
como alvo dos monstros, forçando-o a tomar
partido no conflito contra os monstros e
iniciando uma carnificina em série. Os seres da
natureza agora não tinham ponto seguro para
ficar, os monstros invadiam e lutavam no mar, na
terra e no ar. As batalhas se alastravam por todos
os cantos do plano, iniciando a Grande Guerra
Santa.

As batalhas estavam agora mais intensas e cruéis,


mostrando a total desvantagem do dueto divino.
Quetz e Oceano precisavam de algo para segurar
os avanços dos monstros. Juntos, forjaram um
novo e poderoso ser: G'lorien, o primeiro dos titãs.
Com grande poder, ele comandou os animais
contra os seres de Cain. Vendo tal ato, Cain se
irritou e, vendo seus monstros mortos ao chão,
pensou em uma forma de usá-los novamente.
Consumindo-os e juntando-os, foi aos poucos
forjando o seu grande monstro: o primeiro
dragão, Kazdam, o Negro.
Os atritos entre as divindades estavam se
intensificando, Cain confrontava Quetz, Oceano e
desafiava Ghaata. Essas atitudes hostis causavam
um mal pressentimento nos demais deuses, com uma
crescente suspeita de futuras invasões em seus
domínios. Desejando evitar perder seus lugares,
Fenik e Lunaren começaram a tramar contra Cain,
criando dois novos seres: os Celestes Dourados,
aliados da luz, e os Sombrios Vampiros, aliados da
escuridão.

O plano de Una' estava cada vez mais acirrado e


violento devido à guerra. De um lado, os monstros
sofriam baixas massivas nas mãos da titã que
liderava os animais em combates frontais e
emboscadas. Por outro lado, Kazdam, seguindo
ordens de seu criador, usou elementos naturais
para fortalecer seres à sua imagem e semelhança,
criando líderes para governar os monstros.
Surgiram então os dragões cromáticos.

O aumento das brigas entre os deuses e a


agitação dentro da lua branca trouxeram um
clima caótico para as divindades. A entidade
suprema, já não suportava tamanha agitação e
entropia, e percebeu que precisava restabelecer a
ordem novamente. Usando sua energia, moldou
mais uma nova divindade, menor em tamanho,
porém disciplinada e guerreira: Omega, o deus da
ordem.

O número de deuses agora era elevado, e Omega


deu uma ideia à grande entidade para a criação de
um local de encontro e reunião dos deuses. Com o
apoio de outros deuses, o Parmala foi criado.
Vendo a eficácia da Titã em combater os
monstros, alguns dos deuses que lutavam contra
Cain repetiram o processo, porém de forma mais
fraca, criando uma nova raça de humanoides: os
gigantes. A entrada dos gigantes no campo de
batalha trouxe equilíbrio para o conflito em
amplas frentes, balanceando o combate. Os deuses
começaram a se reunir e a se unir para dar fim a
Cain e Kazdam, pois os consideravam uma ameaça. O
conflito agora se intensificava em relação à
natureza.

O mundo estava tomando uma forma única e


errática. A guerra estava moldando tudo ao
redor, desde pequenos seres até aqueles que
descendiam das entidades. Gigantes começavam a
derrubar monstros, enquanto dragões ceifavam a
vida dos gigantes e os ostentavam como troféus. O
ódio entre as duas raças começava a se manifestar.

Metra, aquele que havia derrotado Cain no


passado, ainda vivia escondido junto de seu povo
em cavernas. Lá, ele começou a desistir da ideia de
ser caçado e de ver seu povo ser destruído aos
poucos. Com uma proposta ousada, ele ofereceu seu
corpo ao deus Ômega, que o usou para criar a base
de seres puros de poder, na forma dos Yakunbis,
criando os Anjos Ordeiros. A nova espécie agora
lutava frente a frente contra dezenas dos seres de
Cain, fazendo a balança pender para o lado dos
deuses.
Kazdam, um dos seres mais inteligentes dentro
do conflito, começou a avaliar a situação de seu
lado e percebeu que seu senhor estava fadado a
cair perante os outros deuses. Sem hesitar,
questionou o deus dos monstros, que por sua vez
mostrou apenas ódio e vontade de destruir o que
pertencia às outras divindades. Kazdam, vendo o
que viu, recrutou alguns dos dragões que havia
criado e fugiu para o plano da jovem D'alva. Por
meio de um acordo com a pequena deusa, fez o
senhor dos dragões mudar de lado no conflito,
trazendo mais um deus para a coalizão divina.
Vendo que seus seguidores não possuíam a força
para lutar contra seus iguais, o Negro fez uma
alteração: dragões que o seguiram agora tinham
suas formas e poderes modificados através de
pactos e poderes divinos. Surgiram, dessa forma, os
dragões metálicos.

Nagisa, o sumo sacerdote da Morte, começou a


coletar as almas dos derrotados de forma
descontrolada, sem mais restrições devido à
guerra, consumindo para si algumas dessas almas.
Seu consumo foi tão grande que elevou seu poder
ao ápice, tornando Nagisa o ser mortal mais
poderoso a caminhar sobre Una'.

As perdas advindas da guerra tornavam a vida


no plano violenta e prematura. O desejo de Maya
agora se reduzia a pó, sua tristeza era profunda,
perdendo o controle de seu poder e suas lágrimas
caiam como chuva em Una', e os seres de Cain
tocados pela chuva se tornavam estéreis.
O sofrimento de Maya tinha seu efeito, fazendo
os monstros não gerarem mais vida. A cada morte,
não havia mais substituição, fazendo o temor
tomar conta dos monstros que começavam a
recuar.

Os seres começavam a tombar... um por um, Cain


via seus súditos morrerem e, com isso, entrou em
desespero. Ômega esperava pacientemente pela
distração para confrontar frente a frente o rei
dos monstros. No mesmo momento, o sumo
sacerdote dos monstros se encontrava com
Metatron, agora como um celeste, iniciando um
grande combate.

O confronto começava com grande poderio,


dos dois lados se via o caos e o poder se elevando.
Ômega tinha como vantagem seu poder que estava
elevado, porém Cain estava em seu ápice, fazendo o
deus ordeiro perder parte de sua base. No entanto,
com as táticas e estratégias que portava, Ômega
atraiu o grande tirano para uma armadilha,
jogando-o para outro plano, a Lua Branca. Em
ambos os mundos, havia decisivos confrontos
entre os deuses acima e seus sacerdotes abaixo. Em
meio ao conflito dos devotos, Nagisa interveio a
favor de Metatron, ceifando a vida de diversos
seres que estavam ao lado do devoto de Cain. A
luta entre eles era longa, com cada gota de suor e
de sangue sendo contada para a morte. No fim da
luta, o tirano decaía aos chãos com seu corpo
desfalecido. Nos céus, o machado de Ômega
cortava parte da face e do couro de Cain, que
caíam em direção a Una' em três pedaços. Um se
tornou uma grande ilha e dois se tornaram
cadeias de montanhas.
Os confrontos começavam a se dissipar aos
poucos, e os monstros agora resistiam aos seres.
Alguns se rendiam, pereciam ou sucumbiam,
enquanto outros fugiam para longe ou nas
profundezas, esperando pelo retorno dos dias de
glória. A tristeza de Maya aos poucos se dissipava, e
Ghaata estabilizava o mundo tomado pela morte.

Os monstros agora enfraquecidos e pouco


numerosos, perdiam seu lugar como dominantes
dando fim a maior das guerras.

O final da Era de Megalo havia chegado da


mesma forma que surgiu, com suas consequências,
um mundo mais diverso e inexplorado. O início da
Era ANG acabava de começar.
O Período
ANG
Finaliza-se uma era, e com seu fim, a paz se
instaurou no mundo. D'alva, a Deusa do tempo e
das estrelas, desejou deixar uma marca permanente
no mundo, além de preencher os céus com estrelas,
tornando as noites mais belas. Assim, ela criou sua
primeira criação, os elfos, em uma ilha afastada do
continente de Una'. Esta ilha foi batizada pelos
elfos de Dá Däo.

Agora dividido pelo tempo, o grande continente


mostrava melhorias. Os monstros que antes
assombravam a região eram escassos e
enfraquecidos. A natureza começava a se
recuperar e com ela os Yakunbis saíam de seus
abrigos e começavam a explorar o novo mundo ao
seu redor.

Ao explorar o mundo, os yakunbis se viram


perdidos em seu próprio meio. Alguns desejavam
retornar aos laços com sua criadora, Una, e
outros desejavam ficar independentes de
quaisquer laços divinos. Independente disso, os
dois lados se encontravam sem líderes, e para
evitar o atrito, eles se dividiram em dois grupos:
aqueles que seguiram em busca de Una, os Ordareos,
e os que desejavam ser livres, os Entropy's.

O início da jornada dos Entropiy's começou de


forma próspera, eles encontraram a lendária
lâmina que era tão sagrada para os Ordareos, a
Cosmodre. Ela foi tomada pelos Entropiy's,
tornando-se um símbolo de boa sorte em sua
jornada.
A paz reinava sobre Una' de forma concreta.
Muitos dos deuses vitoriosos ainda comemoravam
a queda de Cain. Essa vitória pôs fim à coalizão,
fazendo com que os deuses seguissem seus próprios
caminhos. Lunaren voltava suas atenções para seu
irmão no conflito dos céus, pois precisava de
alguma vantagem contra Fenik. Lunaren, graças à
sua atividade em meio à guerra, criou laços para
uma relação amistosa com Ômega e, nesse processo,
criou os anões.

D'alva, apesar de ter tamanha importância, era


uma deusa que carecia de aliados e laços com
outras entidades divinas. Em busca de fortalecer
seus laços com outros deuses, ela conseguiu a
amizade de Oceano e Quetz.

Oceano, tocado pela gentileza e jeito de D'alva,


atendeu a um de seus pedidos, reduzindo um dos
mares e trazendo de volta parte da terra
afundada, o que fez com que o arquipélago de Dá
Däo se tornasse um pequeno continente.

Kazdam, o negro, tinha uma reputação ainda


questionável graças ao ato de traição contra
Cain. Mesmo tendo escolhido o lado certo na
guerra, isso não lhe garantiu uma boa reputação
perante os outros deuses. Com uma oportunidade,
ele observou as tentativas de D'alva em se
aproximar das outras entidades, mas não teve o
mesmo sucesso. Em uma nova tentativa, ele se
aproximou de D'alva e teve sucesso, desenvolvendo
novos interesses com a deusa estrelada. Assim, o
panteão estava se expandindo aos poucos.
Nas terras de Una', as partes de Cain começavam
a se tornar parte de Una', e ela repeliu delas o caos,
que agora livre, saía fluindo pelo mundo,
trazendo uma nova essência: a magia. Animais,
plantas e minerais foram afetados, surgindo novas
espécies e materiais do toque do caos, trazendo ao
mundo uma nova riqueza.

Kazdan retornou a agir com seus planos com


D'alva. Em um ato inicial, ele deu de presente à
deusa o dom de manipular a magia arcana aos
elfos. A divindade não tardou em retribuir o
presente do dragão, criando uma nova raça para
ele: os Draconatos.

O tempo passou e Cain, ainda fraco, retornou ao


posto de deus, chegando ao panteão. Mas ainda
nutria o desejo de vingança em seu ser e iniciou
rogar uma poderosa maldição contra os antigos
de sua raça, os Entropiy's. Antes que a maldição
pudesse ter efeitos mais catastróficos, diversos
líderes daquele grupo absorveram grande parte
dela, perdendo parte de sua beleza e se tornando
humanoides deformados. Sua forma agora era
diversa e foram chamados de orcs. Os outros
membros dos Entropiy's se tornaram diversas
espécies de humanoides e meio monstros.

Os povos começavam a explorar o mundo, porém


Glorieen, um ser da época da guerra, usava seu
tempo para outra finalidade: coletar animais e
itens tocados pelo caos. Sua coleção cresceu
tanto que ela criou seu próprio reino, onde seus
súditos eram os animais. Mayari e Quetzacoalt,
impressionados com os feitos da titã, concederam
a ela novos súditos: os seres feéricos.
Os Entropiy's se transformaram em várias novas
raças e os Ordareos estavam sob o olhar dos
deuses do grande céu, Lunaren e Fenik, que os viam
como um novo desafio para saber qual dos dois
teria mais devoção daqueles exploradores.

Nos mares, Oceano observava os seres terrenos


mais inteligentes prosperando, enquanto no mar
só haviam monstros, algas e animais. Tentando
criar algo similar ao que se tinha em terra, deu a
sua primeira tentativa, criou novos seres
inteligente dentro do mar, surgiram as baleias e
golfinhos.

A criação dos anões foi uma jogada estratégica


para conter o avanço dos seguidores da deusa da
Lua, Fenik. Para isso, Fenik abriu um portal de seu
plano próximo aos assentamentos dos Ordareos,
enviando os Celestiais para ajudá-los em sua
jornada. Ao ver a ação de sua irmã, Lunaren se
enfureceu, mas não conseguiu forjar um portal
semelhante. Então, ela pediu ajuda à deusa da
morte, que concordou em ajudar, mas deu aos
vampiros uma fraqueza que equilibrava seu poder
com o dos Celestiais.

Os anões, mesmo sendo um dos povos mais novos


de Una', encontraram seu lugar, residindo agora
dentro das montanhas do norte. Enquanto eles
abriam caminho por dentro, acima de suas cabeças
outro povo habitava: os gigantes. Ainda em êxtase
pela derrota dos dinos, agora desejavam
confrontar os dragões cromáticos, iniciando um
conflito entre as duas espécies, a
Tiranantomaquia.
O mundo estava começando a ficar populoso e,
junto com isso, o caos tomava força. Tocando nos
elementos da natureza, surgiram elementais e seres
ligados a eles. O poder do caos era tanto que
criou um plano próprio para cada elemento.

As características dos humanoides Entropiy's e


meio monstros começaram a se manifestar em
grupos, formando novas raças. Entre elas,
encontravam-se os Orcs, Trolls, Dinoicos,
Minotauros, Goblinoides e muitas outras espécies
diversas, cada uma com sua própria função e
adaptações únicas.

O caos estava cada vez mais forte, tornando-se


uma ameaça a tudo ao seu redor. Como forma de
detê-lo, a entidade suprema usou seu poder para
selá-lo em um corpo sem face nem traços. O caos
tomou posse deste corpo e, assim, adquiriu
consciência e tornou-se mais poderoso, elevando-
se à categoria de deus. DoomA, o recém-nascido
deus do caos.

Deuses novos estavam ascendendo a novos


patamares, enquanto isso, o devoto mais antigo,
Nagisa, continuava a desbravar e a cumprir com
seu clero em um mundo que se expandia cada vez
mais. Em suas missões, ele encontrou com diversos
povos, mas em vez de ceifar suas vidas, Nagisa os
orientava e ajudava a lidar com a morte de uma
maneira mais saudável. No entanto, alguns povos
começaram a realizar rituais e oferecer
sacrifícios em homenagem a Nagisa, como uma
forma de honrar sua devoção à morte.
Em um deles, estava uma camponesa hobgoblin
chamada A'dag. O ritual atrasou Nagisa por
semanas, mas, diferentemente dos outros, a
camponesa retornou viva e coberta de sangue.
Meses depois, seu ventre deu à luz um ser de pele
escura e olhos vermelhos, nomeado de
Armagedom.

Mayari agora ostentava um grande sorriso em


seu rosto, maravilhando-se com a beleza e
diversidade que habitava em Una'. Inúmeros seres
vivos chegavam ao mundo, porém, mesmo com
tanta vida, a deusa se sentia solitária. Glorieen,
percebendo o estado de sua avó, presenteou-a com
um dos seres mágicos de sua coleção, uma loba
branca com marcas vermelhas. Encantada com a
beleza do animal, Mayari deu-lhe o nome de Okita.

A tiranantomaquia chegava a seu ápice. Porém,


em uma batalha em um dos pontos mais acirrados,
no vale de Graur, os gigantes se viam em
desvantagem contra os dragões, que começavam a
tomar a vantagem no conflito e derrubaram
diversos líderes gigantes. A derrota foi amarga e
decretou o fim daquele conflito.

Em Éderia, Mayari se afeiçoou com Okita, a ponto


de leva-la a todos os cantos. Em uma destas
viagens, a deusa mostrou a loba a Entidade
Suprema em sua visita a lua branca. A bela loba era
dócil e energética, trazendo certo afeto com a
entidade.

Em Una', os irmãos celestes retornavam a entrar


em atritos, diferente dos anteriores estes tinha um
outro objetivo, os ordareos.
O conflito se iniciou de forma sorrateira e
breve, sendo chamado de a guerra dos astros. Esta
terminou em um empate, e ambos os lados decidiram
usar seu poder para equilibrar os Ordareos, que
agora não tinham mais os erros de seus
antepassados e se tornavam mais equilibrados. Isso
deu origem a uma nova raça: os Humanos.

A entidade suprema se afeiçoou à pequena loba,


desejando torná-la em algo ainda mais especial,
concedendo-lhe inteligência e força para que
pudesse se aventurar pelos planos.

Os elfos e Draconatos do pequeno continente de


Dá Däo iniciaram uma expedição em direção ao
norte, alcançando o continente próximo.
Durante sua jornada, encontraram humanoides e
começaram a ter conflitos com eles enquanto se
deslocavam para o oeste.

Okita, com os dons e habilidades adquiridos ao


longo do tempo, conquistou para si uma ilha
isolada e, por entretenimento próprio, começou a
criar seres semelhantes a si mesma, dando origem a
diversos animais místicos chamados Yokais. No
entanto, ela não possuía poder suficiente para
aprimorá-los. Então, ela definiu um objetivo:
alcançar o ser mais poderoso em terra, Nagisa.

Os anões construíram suas galerias complexas e


bem elaboradas e começaram a estabelecer suas
organizações sociais nas maiores cavernas.
Os humanos iniciavam uma vasta imigração pelo
mundo e assim como os elfos, se encontravam com
outros humanoides em atritos com as outras raças
de humanoides e meio monstros.

Nagisa, em sua jornada como devoto, encontra


um lendário item divino, o Coração de Deus. A
descoberta desse objeto fez com que o sacerdote
da morte se tornasse um dos alvos mais
procurados pelos mortais e deuses menores.

A prosperidade do mundo aumentava apesar dos


conflitos, e os deuses começavam a ser mais ativos
novamente. Dooma e Una manifestavam seus
poderes pelo mundo, causando terremotos,
desastres e erupções. Quanto maiores as
catástrofes, mais magia era liberada ao mundo,
dando origem aos primeiros feiticeiros.

Okita observava com atenção o crescimento da


força de Nagisa, mas percebia que ele se mantinha
neutro em relação a ela, embora demonstrasse
maldade em seus atos. Para tentar trazê-lo para o
seu lado, Okita procurava se aproximar dele de
diversas formas, mas ele não cedia facilmente.
Então, para evitar possíveis oposições, Nagisa
consultou a Morte, que andava desconfiada da
grande força que seu devoto havia acumulado.
Nagisa mostrou dúvida em relação à sua lealdade,
e para eliminar qualquer incerteza, ele se submeteu
à vassalagem à Deusa, renunciando ao seu posto
como sumo-sacerdote da morte e tornando-se um
ser mais livre.
Os anões consolidaram suas sociedades, mas
agora desejavam estabelecer uma liderança forte,
dando início a intrigas entre os clãs que
disputavam o futuro trono.

Os humanos, agora juntos dos celestes e


vampiros, adquiriram um novo conhecimento, o da
forja de itens de cobre e bronze, dando inicio a era
do Bronze.

As disputas pelo trono Rúnico foram acirradas, e


com a coroação do rei, surgiu a primeira cidade-
estado anã: Kolossberg, que se tornaria a capital
dos anões.

Nagisa, livre da servidão de Ghaata, optou por se


juntar a Okita e concedeu a ela um presente: seu
poder elevado. Ele se tornou adorado pelos servos
de Okita e daqueles que o seguiam desde os tempos
em que era um sacerdote, ascendendo a um deus
menor. A relação da loba com seus servos era forte
e juntos criaram as súcubos e outros Hengeyokais.

Dentre todas as disputas e atritos que haviam em


Una', a rivalidade entre os humanos e os
humanoides era a mais acirrada. Para desencadear
algo pior, bastava um pequeno estopim, que foi
forjado pela emboscada de um grupo de caçadores
humanos, que resultou na morte de seu líder. Em
resposta, os humanos mataram um orc, dando
início às Guerras Huramicas.

Do lado dos humanoides e meio-monstros, o


filho de Nagisa, Armagedon, iniciou as batalhas
contra os humanos.
Em Däo, uma elfa errante em trabalho de parto
deu à luz uma estranha elfa de olhos roxos.

Os Hengeyokais, após o contato com Nagisa,


começaram a conquistar as ilhas do arquipélago,
chegando a dominar mais de 80% das terras. Após a
conquista, as ilhas foram batizadas de Desurian.

Armagedon, em meio à guerra, demonstrou sua


face e seu espírito de liderança. Com sua
habilidade, firmou um pacto desconhecido com a
morte, tornando-se o primeiro senhor da guerra
dos humanoides. A vantagem dos humanoides era a
sua diversidade, enquanto os humanos, juntamente
com os celestes dourados e vampiros, tinham uma
melhor composição, iniciando suas campanhas
militares contra os humanoides. Ao lado deles, um
desconhecido celeste branco, chamado Paz,
juntou-se às forças humanas, curando seus aliados
quando necessário.

Armagedon, em uma das batalhas mais cruciais da


guerra, lutou contra 3.000 humanos na batalha de
Pri. A batalha foi memorável e marcante, fazendo
com que Armagedon aumentasse o número de
seguidores, que logo se tornaram devotos. Seu
pacto com a deusa estava completo, e Armagedon
agora era um deus em ascensão, o deus menor da
guerra.

No grande continente, as guerras retornavam


como eram antigamente. Em Dá Däo, os clãs
incitavam disputas entre si pelo domínio e
soberania de suas casas dentro do pequeno
continente.
Os humanos, viam na ascensão de Armagedon
como um mal presságio, as perdas humanas na
guerra começavam a aumentar. Em um ato para
encerrar o conflito, Paz transforma seu corpo em
uma essência incandescente e se disparou contra
as linha de combate. As tropas eram separadas por
uma grande parede de fogo celeste. Nenhum dos
lados conseguiu mais avançar e a guerra foi
forçada a ser parada.

A Elfa de olhos purpura, Kumiko, tentou contatar


a deusa das estrelas por meio de preces para salvar
seu povo. Ao ver a situação das criações e ouvir o
pedido da jovem, a deusa enviou mais um ser para
auxiliá-la: os Elfos Altos. A divindade concedeu a
ela o título de imperatriz dos elfos, acalmando as
disputas e unificando Dá Däo.

O fim da guerra Hurâmica se deu por uma paz


custosa. Mayari viu todo o conflito até o ato de
pureza do celeste. Vendo tal ato nobre e pelos
pedidos de seus devotos, concedeu ao celeste
desfalecido a vida e um posto de divindade menor
da Paz. A paz chegou ao grande continente e,
agora, Armagedon expandiu ainda mais seu poder
graças à vitória na guerra, tornando-se
reverenciado e temido e trazendo uma elevação
de seu poder.

A ascensão de novas divindades levou o mundo


a uma nova era, uma era de mistérios sobre o
futuro. Iniciava-se uma era em que a história seria
forjada, a Era FOG.
ERAS de
FOG
O mundo estava sob uma paz momentânea que via
seus dias contados. Em Una', as guerras cessavam,
porém Cain demonstrava frustração por sua
derrota e, como retaliação aos outros deuses,
iniciou ações para eliminar os humanos e
humanoides que se espalhavam pelo mundo.

As tribos de Hengeyokais iniciaram uma


separação devido às suas crenças e
individualidades, formando as 14 tribos de
Desurian. Enquanto os povos se unificavam ao
norte do continente, os elfos continuavam a
expandir para o sul. Com a proclamação da nova
imperatriz em Dá Däo, muitos elfos do grande
continente não concordaram em ter a pequena
elfa como sua líder. Longe do pequeno continente,
optaram por outra liderança, vinda do guerreiro
e sábio Jing. Ele instaurou a dinastia élfica de
Jinglíng, tornando-se o primeiro reino élfico no
grande continente.

Os reinos rúnicos começavam a fortalecer os


pilares que compunham seus reinos, fazendo destes
um dos povos mais avançados daquela época. Seu
avanço tomou interesse de diversos seres, inclusive
da Entidade suprema, que começou a se interessar
por aquele povo.

Com a ascensão de novos deuses, Armagedon


deixou o plano de Una', criando um vácuo do
poder. Dele vieram intriga entre os humanoides
pelo poder. A separação foi o resultado final
trazendo diversas tribos e grupos, trazendo mais
complexidade para o mundo.
No Reino Rúnico, os anões se encontravam em
uma situação delicada: a Entidade Suprema havia se
manifestado no meio do reino anão e desafiado
toda a sua raça a criar um novo ser sem utilizar
coisas vivas. Em troca, receberiam um item de poder,
a Silver Rose. Os anões estavam aflitos e assustados
com a proposta, pois não sabiam o que aconteceria
se a perdessem. Em um ato de orgulho de todos os
anões, o rei aceitou o desafio, iniciando a criação
do novo ser.

O orgulho anão começou a se manifestar na


criação do ser, e a produção foi intensa. Graças às
brigas e dificuldades na sua construção, os anões
do norte começavam a sentir certa dificuldade,
enquanto outros anões do sul iam mais a fundo
das cavernas, criando bases para o segundo reino
Rúnico, Zitadelle.

O novo ser começava a tomar formar no plano


de Una', ao mesmo tempo, Cain criava os seus novos
monstros, tendo forma mais intensas e diversas.
Surgindo os monstros mais sociáveis e racionais,
que eram os mais perigosos, dentre eles, os
Devoradores de Humanoides, os Daemis, que ao
mesmo tempo que portavam grande poder físico,
tinham uma mente tão forte quanto a dos
humanoides.

Oceano, em busca de criar um ser marinho


inteligente pela série de fracassos, optou por pedir
ajuda a outros deuses, recorrendo a D'alva, que
com seus conhecimentos o auxiliou na criação
dos Aquirdis. Oceano finalmente tinha atingindo
seu objetivo.
Na grande floresta do grande continente, os
Daemis se estabeleciam e fundavam seus clãs,
enquanto os humanos discutiam entre si para
decidir sobre a dominação e liderança de sua raça.
As hostilidades ficavam visíveis, o que levou os
vampiros e celestes a intervirem mais diretamente
para garantir seus interesses.

Nas montanhas do Norte, uma anã dava a luz a


um anão que teria uma missão gloriosa e terrível,
seu nome era Schunrba.

Alguns humanos viam as crescentes hostilidades


como um problema e começavam a abandonar o
grande grupo humano, formando tribos no
deserto das Almas. As tribos se dividiam entre
aqueles apoiados por Fenik e Lunaren. As atividades
hostis retornavam uns contra os outros,
iniciando a Segunda Guerra dos Céus entre Fenik e
Lunaren. A disputa era pesada e a rivalidade das
entidades levou à criação de armas, sendo
Ahlrams, um par de cimitarras feitas por Lunaren, e
a espada Kaala Chaand, o Sabre Solar.

O deserto das almas tornou-se um novo campo


de batalha na disputa pela soberania entre os
deuses de Solaris e da Lua Azul pelos céus.
Quetzalcoatl, observando a situação dos
humanos, teve pena daqueles que desejavam fugir
das hostilidades, e ofereceu-lhes proteção,
levando-os para terras distantes.

As adversidades enfrentadas pelos anões


começavam a ser superadas à medida que novas
ideias e táticas surgiam entre os rúnicos...
Isso fez com que começassem a imigrar para
outras partes da montanha, surgindo assim os
reinos de Moruos, Ascarl e Listinhy.

Com os novos reinos instaurados, houve um


incidente trágico: a morte do primeiro rei anão,
que veio a falecer devido à sua longa idade. Na
escolha de um sucessor, Morun der Weise assumiu o
trono. Suas ideias brilhantes e grande carisma
foram fundamentais para consolidar uma base
sólida para o seu reinado, bem como para reunir
novamente os anões. Morun criou o Conselho dos
Reinos, transformando os cinco reinos Rúnicos em
uma federação Rúnica. Dessa aliança, juntaram-se
os anões mais brilhantes e os recursos mais
preciosos, o que permitiu que os anões
desenvolvessem uma nova tecnologia: agora, eles
não mais usavam o cobre e o bronze, mas investiam
em um novo metal... o ferro.

Agora longe dos outros humanos, os grupos


levados pela natureza começavam a se dividir em
dois grandes grupos, cada um tomando uma
direção, o norte e o sul.

A saída de Nagisa como sacerdotisa fez com que


Ghaata procurasse por um substituto, porém ainda
faltava algo para encontrar o candidato ideal.
Enquanto isso, a morte começou a perseguir os
humanos e humanoides de Una'. No dia seguinte,
surgiram os ceifadores, cuja força era menor do
que a dos seres que vinham do limbo, e ficaram
conhecidos como Messos.

Os povos que migraram para o sul do novo


continente se uniram na criação do estado de
Egiria.
Após muitos anos de trabalho árduo, os anões
finalmente concluíram o desafio proposto pela
entidade. No corpo do golem que criaram, havia
cristais, gemas e metais que foram usados e
energizados para dar vida e inteligência à
criatura. Como prometido, a Entidade Suprema
concedeu a Silver Rose aos anões e o golem
desapareceu junto com a entidade.

A guerra pelo céu teve seu doloroso desfecho,


com a criação de um novo grupo, os mercantes do
deserto das Almas, os Rattans. Em Egiria, ocorria
algo parecido, os povos se unificavam formando
apenas um único, os Egírios. No oeste do grande
continente, surgiam três povos humanos: nas
colinas ao sul, os Dudus; nos campos do centro, os
Betões; e nas matas e costas do oeste, os Vakarinos.

Dooma se encontrava descontrolado desde o


seu surgimento, cometendo diversos atos caóticos
durante a sua estadia em Una'. A repetição desses
atos levou Dooma a sentir um vazio em meio a
todas as atividades, e desanimado das suas
travessuras e da propagação do caos, ele
adormeceu por um longo tempo enquanto vagava
pelos entreplanos. Suas roupas estavam manchadas
com o sangue dos atos que cometeu e junto havia
uma semente que germinava em meio ao seu transe.
A semente brotou e começou a parasitar o deus,
dando origem a um ser que tomou o nome de Abis.
Ao consumir o sangue do deus caótico, Abis
absorveu também traços do caos aprisionado.

Dooma, aos poucos, ia enfraquecendo e perdendo


uma fração do caos que mantinha em seu ser...
Abis, após consumir tanto poder, se expandiu
cada vez mais. Suas raízes geravam caos, e sua seiva
emanava força concentrada, cercando a si mesma
e o corpo de Dooma. Abis guardou o corpo do deus
e o moldou em uma forma esférica, criando um
planeta vivo chamado O Abismo. Os deuses
observavam o evento com certa estranheza,
enquanto Ômega aumentava sua desconfiança
pelas intenções do deus entrópico.

Os Daemis começaram a se tornar mais populares,


iniciando uma expansão de suas terras. O encontro
com os caçadores de humanoides levou a diversos
povos a migrarem para longe da grande floresta,
reduzindo a competição dos Daemis e
fortalecendo as tribos. Isso acabou por formar as
hordas. Devido ao medo dos humanoides e ao
desrespeito dos Daemis, a grande floresta recebeu
o nome de Terra de Ninguém.

A Entidade Suprema sentia um grande


contentamento pela criação dos anões. Com seu
toque, ela aprimorou sua consciência e concedeu
a ele grande conhecimento sobre tudo o que
existia e existiu, bem como o dom da memória. Foi
dado a ele o nome de Echo, a criação dos anões e o
deus do conhecimento e da tecnologia.

Glorien iniciou a expansão de seus domínios pela


região, conquistando novos territórios e
aumentando o número de seres feéricos sob sua
servidão. O império feérico foi formado, recebendo
o nome de Sacro Império Feérico Hindi. Apesar de
ser novo, o império feérico mostrava constante
expansão pelas terras ao seu redor.
Echo começava a atuar como divindade,
compartilhando pequenas partes do seu
conhecimento com diversas pessoas. Aqueles que
eram agraciados por ele, os povos antes definidos
por determinados aspectos, tinham uma explosão
cultural, criando artes como a música e a dança.
Seu desenvolvimento agora era planejado e suas
atividades registradas. Alguns dos agraciados
ficavam em seu lugar de origem, tornando-se
escrivães e clérigos, enquanto outros viam como
missão levar sua cultura para fora, dando origem
aos primeiros bardos.

As migrações continuavam entre os povos de


Una', e entre eles estavam os Dinoides, que partiam
em direção ao norte em busca de novas terras. No
entanto, durante a jornada, os dinoides foram
surpreendidos por uma manifestação do caos que
os absorveu e os transportou para uma região
desconhecida e jamais explorada. O povo foi se
adentrando nas terras desconhecidas e descobriu
uma gigantesca floresta primitiva, onde residiam
seres desde a era de Megalo, como se o tempo
tivesse parado naquele local. Os dinoides
prosperaram em seu novo lar e, por seu orgulho,
chamaram-no de Floresta Ácrica.

No grande Continente, o aumento da população


humana e humanoides, juntamente com o
surgimento dos bardos, levou a uma grande
explosão de conhecimento. Os bardos, juntamente
com os escribas e sábios, começaram a espalhar a
palavra do culto de Echo, pregando a união das
tribos. Com este incentivo, várias tribos
começaram a se unir para formar cidades e reinos
menores, dando origem a diversas civilizações
sólidas.
Com os povos espalhados e a suposta união entre
vampiros e celestes em auxílio aos humanos, foi
causada a criação de grandes cidades-estados e
reinos. Com tantos reinos e nações surgindo,
disputas e conflitos se tornaram frequentes,
gerando hostilidades e rivalidades entre as partes
e resultando em guerras e rebeliões em diversos
países em desenvolvimento.

O rei dos dragões azuis, em disputa contra os


reinos humanos, expulsou os povos humanos de
seus domínios, tornando-se o primeiro governante
dragão.

A hibernação de Dooma finalmente chegou ao


fim e, ao acordar, ele ficou espantado com o que
havia ao seu redor. Ele sentiu uma explosão de
alegria e dúvida devido à surpresa que o envolveu.
Com o novo plano que tinha, ele usou seus sonhos
e memórias de Una para criar novas coisas para
aquele mundo. De sua criatividade e do caos
gerado, diversos seres estranhos surgiram. Ele
tornou o novo mundo abundante em formas e
seres que ocuparam toda a sua vastidão, ligando-
se ao mundo de Abis. As novas criaturas foram
chamadas de filhos de Abis ou abissais e surgiram
desde seres mais genéricos até criaturas
fantásticas e anômalas.

Omega observava com grande desprezo e pesar a


alegria de Dooma, as criaturas criadas a partir do
caos de Abis mostravam grande número e poder,
aumentando a desconfiança do deus do fim sobre
o plano de Dooma. Em resposta, era necessário
fazer algo, e junto com o Rei Celeste e as antigas
legiões celestes, eles formaram a primeira Ordem
do Céu de Prata.
Eles enviaram sinais e visões aos povos humanos e
humanoides sobre um futuro perigoso e
ameaçador que estava por vir.

Com as tensões entre os deuses retornando à


tona, a paz estava sendo contestada novamente,
mas agora com outros mundos sendo afetados. O
fim da Era FOG surgia como resposta à
instabilidade, dando origem a uma era refinada e
mais sólida. O início da Era Ore acabava de
começar.
A ERA ORE
No plano de abis, os abissais com o pouco de
tempo que tinham, começavam a compreender
tudo ao seu redor, sua "mãe" e também seu deus.
Entendendo suas naturezas estes mesmo confusos,
aceitaram seu próprio caos, Dele proliferaram-se
de forma elevada e descontrolada por todo o
abismo, a intensa energia que o caos manifestava
agora perdia-se o padrão, hora aumentava
afetando os outros mundo, hora se dissipava de
forma repentina, a desconfiança tomou o pensar
dos outros deuses sobre os acontecimentos e as
intenções de Dooma.

Una' via a sua superfície cidadelas e cidades


disputando pelos seus próprios interesses e
necessidades, algumas sem pudor, se chocaram em
confrontos com regiões inteiras ou com males
preexistentes, enquanto outras viam no comércio
a chave para a sobrevivência. Algumas se uniram
por meio de casamentos entre seus líderes,
enquanto outras viam na conquista o único
caminho possível. Assim, o leste do grande
continente tornou-se rico em histórias de amor e
conflitos.

No arquipélago de Desurian, os hengiyokais,


com o apoio das súcubos, desenvolviam novas
técnicas e aprimoravam as antigas, com foco na
agricultura, gestão e navegação. A navegação
permitiu a expansão para outras ilhas do
arquipélago, e cada tribo avançava em direção a
essas ilhas, se expandindo e diversificando,
colonizando e conquistando outros povos de
Desu.
No grande continente, os povos humanoides,
antes divididos por suas distintas formas e
essências, começavam um processo de reunificação
em uma única nação.

No continente Leste, a migração humana


ressurgia em Egiria. Alguns buscavam mais
oportunidades, enquanto outros fugiam por
causa do ódio, medo e desejo. A peregrinação os
levou para o sul e para o norte, onde não foram
mais vistos pelos povos que haviam se estabelecido.
Com tantas pessoas partindo, Egiria enfrentou
estagnação e crise. No entanto, por sorte, surgiu
Arin. Ele era cultuado como um deus menor, mas
mal visto pelos vampiros e celestiais, que desejavam
compreender esse novo ser.

Os elfos começavam a vagar em direção ao norte,


trilhando pelas grandes florestas. No entanto,
eles não sabiam o que iriam encontrar naquelas
terras densas e desconhecidas. A região era hostil
aos seres que a habitavam, tanto a fauna quanto a
flora mostravam sua periculosidade. Se isso não
fosse suficiente, ainda haviam as hordas Daemis,
caçadores de humanoides, que atacavam os elfos
em campanhas sangrentas para expulsá-los de suas
terras.

Enquanto no continente as campanhas


terrestres mostravam ter obstáculos, os
hengiyokais terminavam de aprimorar suas
tecnologias marítimas e navegavam em direção ao
continente em busca de novas terras.
Voltando ao oeste do continente, os reinos
começaram a se solidificar em forma e semelhança
de certas culturas. Duardia foi o primeiro a surgir
e logo após, os Reinos Betônicos e Vakarinos.
Dentro dessa formação, pequenos grupos humanos
que não aceitavam a assimilação migraram em
direção ao extremo oeste e encontraram uma
espécie de humanoides distintos: os centauros.
Diferente dos demais, os centauros auxiliaram os
humanos em troca de uma aliança. Dessa aliança
surgiu o primeiro reino híbrido, o Reino de
Orquídea.

Certas tribos e membros de reinos conquistados


observavam a vida nos reinos como algo estéril e
não natural. Sua decisão levou-os a se refugiar nas
grandes montanhas, formando tribos selvagens e
dezenas de vilarejos pela região.

Una' era agraciada com seus seres em constante


expansão e elaboração de novas ideias. No Abismo,
a situação se assemelhava, porém, trazia severo
desconforto para os outros deuses. Cansado de
sentir a crescente ameaça do caos, Omega, em um
ato preventivo, declara guerra contra Abis e
Dooma na tentativa de frear a entropia, iniciando
as Guerras Ordi-Abissais.

As campanhas élficas se encerraram com um fim


trágico. Os Daemis tinham precisão em sua missão
de expulsar os exploradores élficos da grande
floresta, resultando na derrota dos elfos. Esse
evento alertou outros povos, como os Rattans,
que enxergaram a terra de ninguém como uma
oportunidade para novos negócios e iniciaram
expedições para a floresta.
Após inúmeras falhas nas negociações com os
devoradores de humanos, um acordo de comércio
de escravos entre ambos povos foi firmado. Os
rattans criaram, assim, a primeira rota comercial,
a Rota de Rajir.

Alguns grupos de humanos viam nas visões de


Omega um sinal poderoso e se uniam para cultuá-
lo, atraindo uma quantidade elevada de
seguidores e dando origem a mais uma nação,
Ordenia. Enquanto isso, em Duardia, nasceu
Nicolau, filho dos nobres de Nisne e Carlos.

Schunrba, agora adulto, usando seu grande


carisma e a profecia que lhe foi enviada, reuniu
uma grande multidão de anões para segui-lo em
sua jornada em direção à terra dos anões. Os
comerciantes Rattans, assim como viram nas
expedições élficas, agora visavam o caminho da
terra dos anões como mais uma bela oportunidade.
Em um acordo entre os anões e os rattânicos,
ficou estabelecido que em troca de ajuda para
atravessar os desertos das almas, os anões abririam
comércio com os comerciantes, criando assim a
rota de Rã, a segunda rota de comércio.

A prosperidade do comércio se espalhava por


Una', enquanto no abismo, as coisas começavam a
desandar. A primeira legião prateada usou o
cordão dos planos para invadi-lo em um ataque
inicial, naquele momento os abissais eram
divididos e desorganizados. Não entendiam de
união e tampouco sobre guerra, resultando em
graves derrotas aos filhos do abismo.
Aproveitando-se do inimigo, as legiões começavam
a criar fortificações pelo plano caótico.
Após diversas desavenças e acordos, os
humanoides finalmente se reuniram novamente,
dessa vez não como raças separadas, mas sim como
uma única nação. Assim surgiu Centurion, um país
grande em sua extensão e poder.

A Titã Glorieen, intrigada com os elfos após a


visita destes em seus domínios, iniciou contatos
amistosos entre seu império e a Dinastia de Jing,
criando uma relação amistosa entre ambas.

Os Hengiyokais, agora dominando a arte da


navegação, iniciaram expedições ao grande
continente, chegando em uma península. Sem ter
nenhum conhecimento do local e dos seus
habitantes, eles se estabeleceram na costa da
península, batizando-a em memória de seus deuses,
Jesarie.

Em uma segunda investida contra o abismo, as


legiões prateadas demonstram grande vantagem
tanto por suas formas de atacar quanto por suas
atividades. Em Irã, com a morte de seus
descendentes e filhos, Abis cria duas filhas,
Cord'ona e Bull'icca, portando o conhecimento
dos cultistas do caos. Elas começam a reunir os
abissais para contra-atacar as legiões, reduzindo
o nível das vitórias e fazendo estes sofrerem baixas
consideráveis. Dooma, antes inamistoso, agora via
o conflito com outros olhos.

Em Jing, nasce a primeira princesa elfica da


dinastia, chamada de Ca'a mila.
A expansão dos Hengiyokais para o interior da
península os levou a enfrentar um perigoso
oponente: os caçadores de humanoides. Esses
caçadores viam os novos invasores de suas terras
como uma ameaça e começaram a predar os
integrantes das colônias Desurianas,
desencadeando um sangrento conflito na
floresta.

Com a guerra entre a ordem e o caos, Dooma


começou a usar de suas artimanhas para semear o
caos entre os devotos de Omega. Fingindo-se de
deus da ordem, Dooma enganou Schunrba, fazendo
com que ele guiasse seus discípulos a um portal que
os levou para um lugar distante e desconhecido.

O Faraó de Egiria começava a se comunicar com


Arin, descobrindo suas intenções. Enquanto isso,
os Celestes e Vampiros se uniam para avisar a
imperatriz e descobrir mais informações sobre a
formação de Arin. Eles iniciaram rituais para criar
seres semelhantes a ela.

Aqueles que saíram de Egiria agora vagavam pelo


Grande Deserto de Lower, quando se depararam
com uma grande besta dourada que os perseguiu
durante a noite. Em um ato de desespero, eles
começaram a venerar tal criatura como se fosse
um deus.

As tensões entre Daemis e Hengiyokais se


alastraram por toda a península, iniciando a
Guerra de Jesarie. O conflito se espalhou por toda
a região ainda desconhecida pelo arquipélago. No
entanto, a Súcubo Shiara começou a ter visões de
que um ser importante nasceria no futuro.
A guerra retorna para Una', e agora o Abismo vê
a chegada da terceira legião Prateada em sua
grande ofensiva, causando destruição por Abis e
mostrando o quão forte era a ordem.

Os povos Rattanicos avaliavam as tecnologias


Rúnicas como promissoras e desejavam exportá-las
para vender aos Centurianos. Eles usavam a troca
de favores com senadores para instaurar um
comércio entre as partes, criando assim a terceira
rota, a Rota de Canir.

Novamente, os celestes da ordem avançavam


com a união da quarta e terceira legião. No
entanto, Dooma e Abis, temerosos com a situação
desfavorável, criaram novos abissais, incluindo os
catastróficos, portadores de poder que afetava
até outros planos. Esses seres se manifestavam em
vulcões, catástrofes e terremotos, e agora esses
incidentes não estavam mais limitados apenas a
Una', tornando-se imprevisíveis.

Os ataques das legiões demonstravam um


histórico de vitórias custosas e recentes derrotas,
muitas dessas não por erros em seus avanços, mas
sim pelo terreno exótico que mudava
constantemente, trazendo o início da estagnação
nos avanços das ordens prateadas pelo plano de
Abis.

A guerra de Jesarie gerou duas análises entre os


intelectuais de Desu. A primeira foi que, mesmo
sendo uma única raça, os hengiyokais eram
separados em subespécies. A segunda foi que a
tomada de iniciativas, mesmo com baixas chances
de melhoria, era mais favorável do que esperar a
iniciativa dos caçadores de humanoides.
Bake, um hengiyokai neko residente das
colônias de Jesarie, começou a perceber uma
situação grave em sua subespécie, com outros
hengiyokais punindo e tirando a força dos nekos
devido ao seu porte físico fraco, deixando-os à
deriva tanto nas batalhas, como bucha de canhão,
quanto na vida cívica, onde eram tratados como
cidadãos de segunda classe. Desesperado com o
que via em sua terra, tomou a iniciativa de sair
daquelas terras. Pegou sua pequena filha e partiu
em direção à grande floresta, mas foi capturado
por Daemis e enviado ao líder daquele Khan. Em
uma proposta a Bake, o líder tomou para si sua
primogênita e usou o pacto de sangue com ela. O
ato transformou a neko em um novo ser, os
bakenekos. Os Hengiyokais, em continuidade de suas
investidas, perceberam as novas criaturas e junto
com elas as derrotas com maior frequência.

A guerra na Península era intensa, enquanto do


outro lado da floresta os Rattans criavam novas
rotas comerciais em conjunto com alguns
andarilhos élficos, que os guiavam até a ilha de Dá
Däo, criando assim a rota de Daidan.

Nicolau, após anos, finalmente teve a graça de


ter seu primeiro herdeiro, Altilha, que possuía uma
beleza divina em sua aparência. Abis, apesar de estar
focado em lutar contra as legiões, viu em Altilha
uma oportunidade e começou a se comunicar com
ele sutilmente, transformando gradualmente sua
essência de corpo e alma.
O avanço da guerra no abismo trouxe algumas
oportunidades, incluindo uma para a Quinta
Legião Prateada, que lançou uma grande ofensiva
contra as áreas mais sensíveis de Abis.
Encontrando pouca resistência, a legião
conquistou a região com sucesso. No entanto, os
Abissais foram alertados e retaliaram com ataques
massivos, liderados pelos Etroparcadians, que
dominavam os elementos. O resultado foi um
massacre da legião pelos abissais. Omega percebeu
que sua situação era precária e, por isso, começou a
recrutar humanos para lutar ao lado das legiões.

O rei dos dragões azuis, em uma de suas relações,


gera um filho com uma elfa exilada, nascendo seu
único herdeiro, Rimur, portador de maturidade e
esperteza herdadas de seus pais. Mesmo jovem, ele
possuía conhecimento para arquitetar o primeiro
código de leis de sua nação, conhecido como as
"Dez Leis de Tempest"

O conflito em Jesaries se alastrava cada vez mais,


forçando a entrada de mais guerreiros dos
arquipélagos, entre eles a guerreira Tamada Okami.
Na península, Asukagawa, um dos generais Yokais,
observando a grande desvantagem de seu exército
em comparação com a horda, fez um pacto com um
celestial corrompido da guerra do Abismo,
tornando-se Kyubie Wari.

Em meio ao conflito, a deserção dos Nekos


começava a se intensificar. Maltratados pelos
próprios aliados e usados como bucha de canhão,
viam nas notícias do surgimento dos bakenekos
uma esperança de melhora e começaram a se unir
aos Daemis nesse processo.
Entre as rotas dos Rattans, ocorreu um evento
inesperado e surpreendente: uma humana deu à luz
a uma elfa pura enquanto estava na caravana. Os
Rattans ficaram cheios de dúvida ao ver o
acontecido e utilizaram diversas teorias e testes
para tentar explicar o fato, mas sem resultado. Sem
uma solução clara, eles adotaram a pequena elfa
como uma Rattanica.

Em uma ofensiva mal sucedida, a Sexta Legião


abre um portal de fuga para Ordenia em busca de
reforços. No entanto, durante a fuga, uma dúzia
de abissais invadem o plano da Ordem, causando
danos e iniciando uma pequena invasão na região.

Kyubie Wari tomou a forma de uma grande


raposa com chamas e sombras por todo o corpo.
Sua chegada aos campos de batalha anunciava
apenas uma coisa: o massacre. Com dezenas de
Daemis caídos por Wari, este se tornou um grande
alvo para as hordas. Em resposta à grande besta, o
general da horda Kharvach e o Bakeneko Itgel
iniciaram a caçada contra a raposa corrompida. O
conflito durou uma noite inteira, uma das pernas
de Kharvach havia sido arrancada e Itgel pereceu
perante o combate. No entanto, Kyubie Wari teve
sua vida desvanecida por uma flecha em sua testa.

A primeira legião Prateada, que foi a primeira a


entrar no abismo, encontrava-se em um estado
delicado após anos de combate. Infelizmente, a
legião foi pega de surpresa e derrotada em um
ataque de Cord'ona e seu enxame, o que
demonstrava o agravamento da guerra. Muitos
membros das legiões foram afetados pelo caos, mas
ainda assim mantiveram seus princípios, evitando se
tornarem corrompidos.
O conflito em Jesaries levou à intervenção das
entidades divinas no conflito. Okita, ao observar
os danos causados pelos Daemis em sua criação,
pede a Nagisa que intervenha ao seu lado. Em
resposta, Nagisa concede o desejo da deusa
aventureira e envia sua arma para os Hengiyokais.
Cain, vendo o ato do antigo servo da morte,
decide intervir ao lado de suas crias, arrancando
uma de suas unhas e criando com ela o Machado
dos Mil Monstros, entregando-o aos Daemis, que
percebiam que a guerra não poderia ser vencida da
mesma forma que foi com os elfos. Os caçadores de
humanoides, notando que os reforços dos Yokais
vinham do arquipélago, começam a domesticar
monstros marinhos com o intuito de impedir a
chegada de novos combatentes.

No Deserto de Lower, cidades-estados eram


fundadas ao redor de oasis e suas costas, trazendo
uma sólida estrutura aos povos locais.

O Faraó de Egíria recebe a previsão de Arin sobre


a chegada de um povo novo em um ano. Após a
chegada do novo ano, Schunrba e seus seguidores
aparecem naquelas terras, levando a palavra de
seu deus a todos os habitantes. Com protestos dos
sacerdotes e das falas do anão, o Faraó tenta
transformar Schunrba e seus devotos em escravos,
mas acaba sendo impedido por uma rebelião
popular que apoia a pregação do deus do povo
recém-chegado.

Após meses de tentativas para empunhar a arma


divina, a guerreira Yamada finalmente consegue
segurar a foice de Ghaata, manifestando o poder
da morte.
Enquanto isso, os filhos do Khan tomam posse do
machado dos mil monstros e o utilizam no campo
de batalha.

As rotas rattânicas se expandiam por todo o


continente e sua popularização levou ao seu uso
para outras finalidades, servindo tanto para
aventureiros e exploradores que desejavam ver
aquele mundo inexplorado quanto por povos que
migravam para outras regiões em busca de
melhorias. Alguns rattans, desiludidos de suas
tradições, imigraram em direção ao sul com a
ajuda de seres feéricos e alguns humanoides.

Altilha, sofria de mutações elevadas ao extremo,


sua forma agora não se parecia mais com a de um
humano comum, assemelhando-se mais a uma
mulher. Ela começou a usar esse dom para
encantar nobres, incluindo o Príncipe de Ordenia.

Um novo ataque ao abismo era feito pela sexta


legião, contendo agora reforços de exércitos
humanos, para um ataque frontal.

O rei de Duardia, observando a bravura dos


humanos no conflito sagrado, proclama apoio às
legiões celestes, enviando reforços para a guerra
contra os abissais.

Com o passar dos anos, Camila se tornou uma


mulher. E como forma de selar uma aliança, Jing
concedeu a mão de sua filha ao titã Glorieen.
Honrado por ter ganhado a mão da princesa,
ambos impérios fizeram uma grande aliança.
Ordenia continuava um processo de expansão,
tomando pequenas porções de terra para seu
território.

O poder de Arin em Egiria aumentava a cada dia,


sua influência agora afetava todos os cantos da
nação. Surgiram Orisi e Baskari, semelhantes em sua
origem, o que gerou desconfiança tanto do faraó
quanto de Arin, que questionavam suas origens.
Sem saber o que fazer, a desconfiança se instalou
sobre essas criaturas.

As perdas diárias das legiões demonstravam


cada vez mais que o caos era algo impossível de ser
domado, trazendo temor dentro dos celestes e
dos aliados. O Abismo, após anos de guerra,
mostrava melhoras e uma virada na maré.

A morte condena todos os seres vivos como algo


natural, porém, alguns procuram formas de evitar
o encontro destinado. Lili, uma maga agraciada
pela magia desde sua infância, cobiçava o desejo da
imortalidade através da magia. Em um ritual
arcano, Lili descobriu a essência Necromântica,
rompendo algumas das regras da magia, perdendo
sua humanidade e tornando-se a primeira Lich.

No fim do ciclo de Una', Suzano, filho do Khan


e portador do machado dos mil monstros, e
Yamada, a portadora da foice Ghaata, se
preparavam para o combate.

O fim de um ciclo deu origem a outro, e dele


emergiu uma nova nação: o Sultanato de Balcadia
Sarudita.
Os portadores das armas divinas finalmente se
digladiavam e a batalha se iniciava de forma
intensa. Os combatentes demonstravam tamanha
habilidade tanto em combater seu oponente
quanto os aliados do mesmo. O campo de batalha
não tinha mais solo firme, apenas centenas de
corpos e poças de sangue. Suzano havia sido
gravemente ferido em várias partes de seu corpo,
com grandes cortes em seu tronco e rosto.
Yamada, por outro lado, já havia enfrentado a
morte diversas vezes, mas sua arma impedia que ela
sucumbisse.

Yamada se recusava a morrer, enquanto Suzano,


já muito ferido, batia em retirada ao ver o estado
de sua rival. A guerreira observava o desvanecer
de sua vida enquanto a essência de sua arma a
mantinha de pé. A vida de Yamada chegava ao seu
último ponto, mas em seu ventre, uma nova vida
começava. A vidente Shiara sentiu sua visão se
concretizar e enviou seus servos e senhores de
Desurian em busca do corpo de Yamada. Após
encontrarem o pequeno ser, ele foi batizado pela
luz do sol e recebeu o nome de Solaris.

A queda e a corrupção de alguns membros das


legiões tiveram um aumento exponencial após o
ataque do deus do caos. Junto a isso, iniciou-se um
êxodo dos caídos para outro plano secreto. Os
abissais aproveitaram-se dessa fuga para usurpar o
poder de transporte dos celestes e criar fendas
aleatórias para outros mundos. Embora suas
investidas em outros planos tenham fracassado
amplamente, alguns abissais chegaram a Duardia
em Ordenia e iniciaram ofensivas contra os reinos.
Dooma manifestou sua profunda irritação com
as ações de Omega e iniciou uma invasão ao plano
da Ordem para confrontá-lo. Com o encontro
entre os dois, deu-se início a um duelo divino.

Altilha, ainda sendo um homem, teve êxito em


manipular o príncipe de Ordenia para enganar os
outros nobres e se casar com ele. Abusando de seu
amplo conhecimento e influência, o ser tocado
por Abis confrontou os abissais e os expulsou de
Ordenia, tornando-se popular e amado pelas
classes do país. Nicolau, ao observar o que seu
filho estava fazendo com Ordenia, colapsou
mentalmente e, com medo de ser morto por Altilha,
desesperou-se e fugiu para Betônia, onde se abrigou.

Lili, após dominar as artes sombrias, se auto


intitula Liliyat e começa a contatar seres
poderosos para se juntarem a ela em uma união
com o objetivo de aumentar seus poderes e
restaurar a ordem contra os Abissais. Como parte
desse plano, ela fortifica o plano secreto usado
pelos fugitivos da guerra e cria o plano Infern
como uma fortaleza contra as investidas do
Abismo.

Com o fim do combate entre os portadores e as


grandes perdas de ambos os lados, os Daemis
iniciam uma evacuação local, encerrando a
guerra de Jesaries. A península agora se tornava
parte de Desurian, como sua colônia, tornando-se
um símbolo do espírito de aventura de Okita e dos
Hengiyokais.
Na Federação Rúnica, foi inaugurado o Jogo
das Coroas, no qual os anões iniciaram uma
disputa interna, desenvolvendo novas políticas e
tecnologias para superar uns aos outros na
competição. Isso trouxe um grande
desenvolvimento para a federação, no entanto,
também surgiu um forte regionalismo como
complemento a essa competição.

O duelo divino provou ao panteão o poder


destrutivo que um deus poderia ter. O plano da
ordem ficou arrasado com o combate e a presença
do caos. Omega sentia as feridas de Dooma, que se
encontrava em estado de frenesi.

Na tentativa de conter a destruição desenfreada


do senhor do caos, Paz e o rei dos celestiais
dourados, Metatron, adentram o plano da ordem,
conseguindo conter a divindade insana em outro
plano e acalmando-a.

Solaris, mesmo sendo apenas uma criança, foi


coroado como imperador de Desurian. Todos os
clãs viam nele a oportunidade de ascensão,
iniciando diversos conflitos na tentativa de
aumentar o próprio poder e se aproximar do novo
e divino imperador.

Dooma, após enfraquecer o plano da ordem e


ferir o deus da ordem, se declarou vitorioso do
conflito e iniciou as punições contra os aliados
de Ômega. Em Duardia, o deus criou um problema
desconhecido e complexo: as Masmorras Infinitas.
Altilha, com tamanho poder em mãos, arquitetou
uma operação contra o reino e, com um único
ataque, eliminou o príncipe de Ordenia. A morte do
príncipe, em complemento à derrota do deus
patrono do país, instaurou uma crise que se
sucedeu em uma guerra civil. Nela, graças ao
tamanho poder que possuía, conseguiu vencê-la
facilmente, obtendo o sucesso esperado. No início
de sua regência, renomeou o reino para Ordenia
Nicolaes e colocou seu primo, Nicolao II, como
regente do país em vez de si mesmo. Usando de sua
fama, ele instaurou na região um culto à sua
própria imagem, ascendendo a deus menor.

O plano Infern se tornava um refúgio para os


renegados e aqueles corrompidos pelo caos.
Muitos usaram o plano para restabelecer suas
ordens e introduzir novas ideias. Aftósdiu
convenceu os seres mais fortes de Infern a dividir
o plano em ciclos, com todos concordando. Ele se
tornou o ministro do mandamento da piedade,
enquanto Liliyat se tornou a ministra da
paciência. Juntamente com ela, outros seres
tomaram parte do sistema, criando uma hierarquia
em Infern.

Os filhos mais fortes de Abis agora disputavam


entre si as vitórias, incorporando vícios, pecados e
catástrofes como parte de suas manifestações. O
Abismo se tornava um local ainda mais anômalo,
onde os abissais disputavam e prosperavam.

A pequena elfa Rattanica, portava tamanha


juventude e beleza em seu ser. A mesma, agora
cobiçada por vários homens das mais diversas
regiões do grande continente.
Durante uma de suas viagens, ela foi cortejada
pelo Sultão da Balcadia Sarudita. Por desejo de
seus pais e de seu povo, ela se uniu em matrimônio
com o sultão, tornando-se a Sultana Seremines.

O fim da Guerra Ordi-Abissal foi oficialmente


anunciado com a partida do último celestial de
Abis. Junto com ele, uma era de batalhas lendárias e
conflitos distantes chegava ao fim, marcando o
fim da Era Ore. Com a partida do celestial, uma
nova era de mistérios era iniciada, a Era ECO.
ERA ECO
O Faraó, já com longos anos de seu reinado,
perece de velhice e seu filho, Ozymandias, assume o
posto como seu sucessor em Egíria. Divergindo das
ideias do antigo regente, Ozymandias adotou
ideias mais megalomaníacas, dando origem a
grandes obras.

A punição de Dooma trouxe dores e grande


aflição graças à masmorra. O príncipe de Duardia,
cansado daquela estrutura, juntou seu exército
para tomar a masmorra. Usando armas de cerco, a
masmorra cedeu ao chão em pedaços e as ruínas
desapareceram.

O desejo pelo novo voltava a atiçar grupos de


humanos, que com as recentes tecnologias navais,
começaram a explorar o mar do leste. Dos diversos
grupos, um se dirigiu ao norte do mundo em busca
de novas terras. Ao encontrá-las, seus barcos, já
danificados, se quebraram, deixando os
exploradores e seus escravos presos nas novas
terras.

O rei Duardiano, agora coroado, via sua alegria


desaparecer com o retorno das Masmorras
Infinitas, que surgiam agora em dois lugares
diferentes. Sem demora, uma nova ofensiva era
planejada para conter a ameaça.

O Rei dos Dragões Azuis, já sem interesse em


comandar seus domínios, passou o comando para
seu filho, Rimur, e partiu para outras terras. Como
novo regente da província, Rimur buscou
melhorias na gestão e a dividiu em cinco regiões,
usando os povos como base.
Em seguida, mediou os atritos entre os
humanoides, tornando-se um dos líderes mais
respeitados do continente.

Um grupo de elfos e Draconatos desejava depor


Jing como soberano dos elfos no continente. Em
resposta à rebelião, o Imperador da Dinastia
capturou e exilou os líderes e seus aliados para
terras desconhecidas. Com o fracasso, os rebeldes
elfos e os Draconatos se acusaram em várias partes
pelo fracasso e se separaram, cada um tomando
uma rota diferente. Os elfos desejavam melhorias
na sua nação, enquanto os draconatos ansiavam
por uma nação regida por eles.

Ozzim dava inicio a suas grandes obras, com a


base feita, O Faraó já iniciava os preparativos para
sua continuidade.

Orquídia, um dos poucos reinos que mantinha uma


relação harmoniosa entre as espécies, obteve desta
aliança diversos avanços técnicos e em sua
sociedade, tornando-se autossuficiente. Com tal
meta alcançada, os Orquidianos iniciaram sua
exploração marítima, conquistando ilhas
costeiras e expandindo seu reino no processo.

A migração dos draconatos os levou a distantes


terras compostas por seres semelhantes aos
exilados, com escamas e aspectos de répteis. A
região era quente e acolhedora, e lá eles se
estabeleceram. Os elfos rebeldes, por sua vez, ainda
estavam em sua jornada para o norte, em busca de
novas terras.
Dá Däo, com seu poder solidificado, iniciou uma
exploração marítima em busca de novas terras e
acabou encontrando um arquipélago desabitado.
As ilhas foram chamadas de Ilhas de Bologna.

Egíria, mesmo sendo uma das nações mais estáveis,


ainda sofria com revoltas e rebeliões. Diversos
escravos humanos e anões fugiam em grandes
grupos em direção ao norte, escapando assim dos
domínios de Ozzin.

A trilha dos elfos exilados os levava para terras


desérticas, onde tiveram um encontro inesperado
com diversos kobolds e Wyverns liderados por Sini
Alhadi, um dragão vermelho ancião que estava em
busca de novos territórios e riquezas. Os exilados,
percebendo a oportunidade à sua frente,
juntaram-se a Sini e partiram em direção ao norte.

A fuga dos anões escravos teve sucesso, mas


agora eles estavam sem rumo no deserto. Após dias
caminhando pelas areias, avistaram uma cadeia de
montanhas e decidiram seguir em sua direção.

O fim do amargo conflito de Jesaris trouxe


novas amizades. Por atender o desejo de Okita,
Nagisa se juntou a ela, criando com sua ajuda um
item desconhecido, que foi ocultado em Desu.

Introduzidos na cultura dos répteis, os


draconatos exilados usufruíram de seus antigos
ofícios em Jing, favorecendo uma grande ascensão
na nova sociedade. Eles favoreceram a criação da
Draconarquia, e como forma de solidificar o
poder, deram a coroa ao filho do rei dragão dos
mares, Wlda Albah.
A fuga de escravos não foi impedimento para a
grande obra de Ozzin, que continuava a passos
largos, chegando a mais uma parte feita.

Presos nas ilhas do norte e sem formas de sair,


humanos e orcs iniciaram uma união para sua
sobrevivência. As hostilidades foram reduzindo
com o tempo, trazendo relações mais amistosas
entre eles, como festivais e até casamentos,
resultando nos primeiros híbridos dessas relações.

Schunrba, mesmo sob repressão e tortura dos


Egiria, não cedeu às punições e incitou revoltas
pela liberdade de seu povo. Ozzin, pessimista com os
atos de Schunrba e com receio de uma rebelião
maior, retaliou Schunrba e outros líderes anões.

O rei de Duardia, em mais uma ação contra as


masmorras de Dooma, iniciou novas ofensivas
contra elas, destruindo todas com o uso de magia.
Porém, uma semana depois, quatro novas
masmorras surgiram em diversos pontos do reino.

Vindo de terras distantes, um mago vagante


conhecido como Layla Mer'li, surge nos portões
da Federação Rúnica para oferecer seus serviços
aos anões. Desconfiados do mago, porém curiosos
pela magia, aceitaram sua proposta.

As hordas de Sini vagavam em direção à


Federação, passando pelo Deserto das Almas. No
caminho, pilharam e saquearam aldeias, caravanas
e tribos locais para se preparar para sua ofensiva.
Os anões fugitivos chegaram às montanhas e,
durante sua jornada, libertaram um ser místico
chamado Eisenberge. Como forma de
agradecimento pela sua libertação, o ser
concedeu dois desejos aos anões. Eles pediram
força para viver naquela região e um tesouro para
ajudá-los a recomeçar suas vidas.

A grande besta dourada do Deserto de Lower


ficou um dia inteiro até o pôr do sol a admirando
com grande afinidade. Após ver os últimos brilhos
de sua luz, ficou imóvel e jamais se moveu
novamente. Não se sabia o que ocorreu com a besta,
e a única coisa que havia deixado foi um
descendente que foi conhecido como o Grande Rei
de Lower.

As montanhas que serviam de abrigo aos anões


sofridos agora eram palco de novas hostilidades.
A descoberta de antigos habitantes nas galerias
das cavernas trouxe um toque áspero aos novos
moradores, que eram vistos com grande rivalidade
pelos outros seres que desejavam apenas uma coisa:
expulsar os invasores de suas terras.

Sini descobre as rotas comerciais dos Rattans


com a Federação Rúnica, incluindo grandes
quantidades de itens valiosos, como cobre e ouro.
Sua ambição pelas riquezas dos anões fez com que
sua ofensiva tivesse um alvo específico: a
Federação Rúnica.
As vilas e caravanas atacadas pelas hordas de
Sini tinham um povo em comum, os rattans, que ao
perceberem os prejuízos que seriam causados,
começaram a tramar contra as ações das hordas.
Junto deles, uma artesã humana vinda dos reinos
Vakarinos foi enviada para a Federação e se uniu
aos anões.

As notícias da aproximação das hordas do


dragão vermelho chegavam aos ouvidos dos
anões. Alguns se preparavam para a guerra
auxiliando na produção de armas e armaduras,
enquanto outros, temendo por suas vidas,
iniciavam uma exploração ao extremo norte.

A ascensão de Seremines à realeza trouxe, ao


mesmo tempo, um clima de estabilidade ao reino,
mas veio acompanhada de punhos de ferro,
erradicando membros hostis ao sultanato.
Seremines unificou a nação com mão forte, e o
sultão, observando o aumento de poder de sua
esposa, começou a criar meios para proteger seu
trono de possíveis ameaças.

Em desvantagem certa, os anões lutam contra


diversos grupos de seres do subterrâneo, que, por
sua habilidade e números, conseguem vitórias
avassaladoras contra os novos moradores.
Eisenberge, comovido pela situação de seus
libertadores, os auxilia na luta contra os seres do
submundo.

As hordas de Sini começavam a confrontar os


exércitos da Federação.
Dragões jovens e outros seres gananciosos
uniam-se ao tirano contra os anões em busca de
riqueza. Os gigantes, moradores dos picos das
montanhas Rúnicas, ao verem a grande
quantidade de invasores e dragões em meio a estes,
uniram-se aos anões com o intuito de expulsar os
invasores e vingar seus antepassados pelas guerras
perdidas no passado.

Ozzimandias, mesmo com tantos desafios,


completou sua sonhada obra, dando início à era
de ouro de Egiria.

Em uma das expedições humanas ao leste, os


marinheiros encontraram um arquipélago em meio
à sua jornada. Ao chegar em terra firme,
descobriram que ela era habitada por pequenos
seres com grandes pés, chamados de Alflinges.

Lutando contra os seres do subsolo, Eisenberge


usou seu poder para soterrar as passagens de seus
inimigos, porém ficou gravemente ferido no
processo. A vitória anã foi conquistada a um
grande custo. Meses depois, Eisenberge desapareceu,
deixando apenas sua lâmpada para trás.

Os invasores da Federação enfrentavam grande


dificuldade ao confrontar os anões e gigantes
unidos. Em um dos flancos da guerra, a mercante
Vakiriana lutava ao lado dos anões, fornecendo
suporte às tropas de infantaria e protegendo seus
líderes. Em uma dessas defesas, ela foi emboscada
por um enxame de kobolds, mas conseguiu resgatar
seu superior da morte, perdendo uma de suas mãos
no processo.
Os Daemis, cansados das expansões ao seu redor,
iniciavam uma investida contra as fortificações
Élficas da Dinastia. Jing, em resposta, reuniu seu
exército para o confronto iminente.

Em uma nova tentativa, o rei de Duardia tenta


novamente destruir as masmorras infintas e desta
vez, elas não reaparecem.

Após a recusa do casamento entre as principais


casas dos reinos Betônicos e Vakarinos, crescem as
tensões e hostilidades entre os dois povos.

Com o fim do conflito, os anões vitoriosos


concedem o nome da nova casa àquele que tanto
os ajudou, chamando o lugar de Eisenberge e
finalmente encontrando a paz.

O conflito dentro da Federação Rúnica se


alastrava e Sini, ao ver os desastrosos resultados
de seu ataque, decidiu entrar diretamente no
conflito, trazendo consigo destruição e morte
aos seus oponentes. Jeorgius Silbernes, o senhor da
guerra dos anões, se juntou à sua salvadora, a
Vakariana Soral, com o objetivo de matar o
grande tirano vermelho antes que fosse tarde
demais.

A inatividade da grande besta dourada e a


juventude de seu descendente levaram à
instauração da discórdia no deserto de Lower,
resultando em múltiplas revoltas separatistas por
toda a região.
Soral, enquanto planejava a derrota de Sini
junto com Jeorgius, encontrou-se com Layla, que a
aconselhou e ajudou na criação de um escudo
feito a partir das folhas da Silver Rose. Após os
últimos preparativos, Jeorgius, Mer'li e Soral
partiram para o confronto contra Sini. O
confronto começou, e o senhor da guerra
novamente foi protegido pela escudeira contra a
baforada do tirano. O anão finalmente conseguiu
cortar a cabeça do dragão, levando-o à morte. Os
elfos rebeldes, vendo a queda de Sini como um
presságio do que aconteceria com eles, bateram em
retirada.

Ozzimandias continuava com suas obras,


recebendo ajuda inesperada de povos da costa sul.

Abismado com o ato feito pelo povo costeiro,


Ozzimandias começou a ter contato com eles e
lhes concedeu terras em sinal de gratidão.
Enquanto isso, do outro lado, Schunrba tentava
novamente atacar o Faraó, dessa vez liderando
uma revolta. Irritado com o profeta, Ozzimandias
o empalou, pondo fim ao líder religioso.

Após a derrota de Sini, Layla foi ao encontro da


Silver Rose e tomou para si um de seus brotos,
desaparecendo em seguida. Apesar das celebrações
pela vitória, os anões não encontraram Mer'li.

Seremines, era notificada que novas revoltas


estavam se formando a sudeste, com uma tentativa
de erradicar os povos revoltosos, inicia uma
operação de extermínio.
Porém, o plano de Seremines foi frustrado pela
chegada do exército Azul de Rímuro, que, após um
acordo e algumas pequenas batalhas contra as
forças de Seremines, conseguiu conquistar a
liberdade do povo oprimido, batizando-os de
Estados Primos.

As embarcações que exploravam os mares do


leste, continuavam a rumar para o oeste, quando
se depararam com um novo continente. Ao
chegarem à costa do continente, avistaram uma
gigantesca pedra negra, bela e única. Sua beleza
era tamanha que batizaram o continente com a
cor da pedra.

As ilhas dos Al'flinges abriam-se para o grande


continente, comercializando e trocando
produtos com os Orquidianos e estabelecendo
redes de comércio com eles.

Alguns deles desejavam explorar o novo mundo,


migrando para o oeste, levando consigo um novo
produto: o haltical.

Soral, já enfraquecida e gravemente ferida pela


batalha contra o dragão vermelho, acabou por
falecer com o passar do tempo, suas feridas
pioraram até que ela não resistiu. Junto com seu
corpo, estava o escudo em seus braços. Os anões,
profundamente tristes, a enterraram no centro da
Federação Rúnica e prestaram homenagem à sua
memória, batizando-a como padroeira dos
artesãos.
O rei de Duardia, agora velho e próspero, estava
vivendo tempos de calmaria e glória em seu
reinado. Contudo, em um belo dia, oito masmorras
surgiram pelo reino após longos 23 anos. O
acontecimento abalou o velho rei, que sofreu um
infarto e faleceu no chão, deixando seus dois
filhos no trono.

Rimur, mesmo sendo um bom regente, se


encontrava em uma situação difícil. Ele precisava
se casar com uma das representantes das
províncias de seu reino, mas a pressão era grande,
já que uma escolha errada poderia causar
conflitos dentro de seu país. Para evitar isso, ele
decidiu se casar com uma única representante,
escolhida com cuidado e após uma longa
negociação, visando a união e a estabilidade do
reino.

Os Al'flinges, após acordos prósperos com


Orquidia, formaram contratos e acordos com
novas nações, incluindo os Primos e outros povos
isolados das ilhas, criando uma aliança entre as
pequenas nações do leste.

Os príncipes de Duardia, os irmãos Duor,


elaboravam formas de eliminar as estruturas de
Dooma. Diferente de seu pai, ambos discordavam
sobre as medidas a serem tomadas. Enquanto
Alexander desejava usar a exploração, fundando
guildas de aventureiros e projetos para tal, Felipe
focava no investimento em estudiosos e magos
para erradicar as construções do caos de uma vez
por todas de sua nação.
Seremines, com seu poder consolidado, nutria
um grande rancor daquele que a sabotou: Rimur.
Agora, com tempo para se planejar, Rimur
começava a tramar contra Seremines de forma
ardilosa e elevada.

Ozzimandais dava fim à sua grande obra, a


pirâmide Ozz, local onde ele iria governar até o
dia de sua morte. Como forma de agradecimento
ao povo costeiro que o ajudou, o faraó auxiliou-
os em Lower, ajudando a formar uma nova nação
na região sul chamada Grahhacia.

Por curiosidade, ambição e desejo, grupos de


humanos partiam em direção ao novo continente
por conta própria.

A Dinastia Jing entrou em novos atritos ao norte


com as terras de ninguém. Kalameet, um general da
Dinastia, iniciou uma ofensiva para combater os
Daemis e teve sucesso em expulsar esses seres. Com
grande confiança e orgulho, manteve sua
ofensiva, adentrando as terras de ninguém, e
nunca mais foi visto.

Após anos de paz e estabilidade, juntamente com a


prática de atividades comerciais internas, Dá Däo
tornou-se um dos impérios mais prósperos de toda
Una'.

O Sacro Império Feérico Hindi iniciava uma série


de acordos com os Rattans e com a Balcadia
Sarudita, aumentando sua diplomacia e
desbravando um conhecimento pouco explorado
pelos Hindi, o militar.
Rimur, ao presenciar a situação dos
exploradores do continente negro, realiza um ato
de caridade com os mesmos, enviando recursos e
custeando suas atividades e fundações de
colônias.

Os anões em Egiria procuravam uma


oportunidade para sua liberdade e começaram
pacientemente a esperar por sua chance. Esta veio
como uma grande praga que assolou as terras do
Faraó e seus súditos. A fuga foi iniciada com
combates entre eles, e diversos anões fortes
pereceram para barrar as investidas dos Egípcios.
Agora, os anões estavam livres, mas perdidos no
meio do deserto. Eles vagaram por um longo tempo
até encontrarem um oásis. Lá, eles foram
surpreendidos pela maga Morila, que fez um trato
com eles para levá-los para um local mais seguro.

os Rattans, desejando expandir mais seu comércio,


iniciam excursões ao continente Negro, criando
pequenas feitorias em sua costa oeste.

Agora livres das amarras de Ozzimandias, os


antigos seguidores de Schunrba fundaram seu
reino nas terras que lhe foram descobertas graças
a Morila, formando assim, o Império Omegardio, em
honra a seu deus e criador.

Rimur, após diversas atitudes tomadas tanto


dentro quanto fora de suas províncias, começa a
ser visto como uma figura influente dentro do
grande continente, atraindo diversos sábios e
pessoas para servi-lo. ...
Os sábios do continente o reconheciam como
"alguém a ser seguido", o que gerou parabenização
de muitos e hostilidade de outros.

Dias seguintes à fala dos grandes sábios, Rimur e


seu filho foram acertados por uma flecha mágica
com uma substância letal enquanto estavam em
seu jardim. Mesmo próximo ao seu castelo, não foi
possível salvá-los das mãos de Ghaata.

No continente negro, as migrações humanas se


encontravam com novas raças e, ao terem
contato com os exploradores, recebiam
conhecimento das civilizações, dando início a
novas nações e grupos. Dentre eles, o Reino da
Deusa Lunaren, a República Efydd, o Reino Lunar e
Masul Seongchae. Esse período levou a uma
melhora no continente, porém, junto a isso, houve
uma explosão de pequenas nações e colônias
independentes mal estabelecidas, gerando
conflitos por território em todo o centro do
continente e dando início às Guerras Negras.

As chamas pairavam sobre o novo continente,


enquanto no antigo se via o luto pela perda de um
grande rei. Mas em um pequeno continente, duas
novas nações estavam se formando, advindas da
rainha dos dragões verdes, Lires Su Kari, e de seu
irmão mais novo, Loar Su Karin, que em uma disputa,
fundaram as nações de Tulipa de Prata e Tulipa de
Ouro.

O mundo agora estava cheio de novas partes,


novos mistérios e novas aventuras.
Quanto mais os continentes eram desbravados,
menos se sabia e mais se procurava. Masmorras eram
descobertas, reinos caídos e ruínas desconhecidas
eram encontradas. Um novo mundo estava aberto
aos curiosos e destemidos. A era do desconhecido e
da resistência havia acabado e com o seu fim,
floresceu uma grande era de ouro, a era dos
aventureiros.
ERA ADV
Agradecimentos

A literatura de fantasia é algo que inspira a criatividade,


contendo sonhos, ideias e memórias da vida, que são
introduzidos na bela arte da escrita de tais.
Primeiramente, gostaria de agradecer de forma honrosa
aos autores que me inspiraram a seguir este caminho, sendo
eles C. S. Lewis, autor de "As Crônicas de Nárnia", e Jaqueline
Moniz, autora de "Reino de Belfront". Eles foram grandes
referências para o início deste novo mundo.
agradeço aqueles que foram os pilares da minha moral e
do meu caráter, aqueles que cuidaram de mim desde sempre:
meus pais e avós: Gilberto Bertoldi Gaspar, Elisângela
Aparecida da Silva Gaspar, Arleti Izabel Bertoldi Gaspar e
Gilberto Gaspar dos Reis.
Também agradeço aos meus mestres e jogadores, aqueles
que me introduziram ao mundo dos jogos e da literatura de
fantasia, bem como meus amigos e colegas de grandes
aventuras. Sem a colaboração deles, eu não teria alcançado
todo esse conhecimento e inspiração para criar esse novo
mundo: João Cavalares Aires Campos, Sebastião Nogueira da
Fonseca Neto, João Pedro Oliveira Barbosa, Gabriel Mendes
Oliveira Pedrosa da Costa, Samuel Pontes Madruga, James
Patrick.
Por fim, faço esta última menção honrosa a uma grande
amiga que já não está mais entre nós. Ela foi uma mestra de
grande coração e alta cultura, com o codinome "Zaphirah
Zaph". Que Deus a tenha em paz.
Não posso esquecer de agradecer mais uma pessoa, você,
caro leitor. Que chegou ate o fim desta obra, espero que
tenha gostado da história deste novo mundo que será cada
vez mais explorado. Ate mais aventureiro, te vejo na próxima
Masmorra.
"Pela Luz das Estrelas serei guiado para a luz da
verdade. A luz do novo mundo"
Gilberto Henrique Gaspar
Que sejam criados reinos e povos

que venham a nascer no mundo monstros


e profetas

Que jamais permitam que se apaguem as


belezas e as tradições

que os contos dos bardos e dos livros


sejam preservados pelo tempo
Una' - O Renascimento Das Eras.

HISTÓRIAS DE
E que Una' viva por toda eternidade.
MUNDO.
DE UM FIM A OUTRO.

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