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ATIVIDADE DE ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIO I

UNIDADE 2 - CENÁRIO
SOCIOINSTITUCIONAL: A RELAÇÃO TEORIA
E PRÁTICA NO CAMPO DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO

Roberta Boldrini
Introdução
Caro estudante, nesta unidade 2, desenvolveremos discussõ es a respeito dos temas da relação teó rica e prática
do Serviço Social dentro do processo de estágio supervisionado. Você sabe quais são eles? Trabalharemos
com os espaços só cio-ocupacionais, ou seja, as instituiçõ es onde o profissional realiza suas intervençõ es de
trabalho permeado pelo projeto político da profissão. Nesse ponto, podemos nos perguntar: será que a
realidade condiz com a teoria?
Também estudaremos por aqui a instrumentalidade que se construiu na histó ria do Serviço Social,
contemplando os instrumentos do processo de trabalho do assistente social e sua importância para a nossa
área. Veremos os instrumentos estudados durante a Graduação e que estão na teoria, mas hoje, você, estudante
estagiário, poderá colocar em prática, a fim de construir um processo de trabalho por meio da sua
intencionalidade advinda da demanda institucional, logo do Serviço Social.
Que tal começarmos essa nova aventura? Está preparado? Então, vamos em frente!

2.1 Relação teoria e prática no estágio


Neste tó pico, abordaremos a importância da teoria com a prática no processo de estágio em Serviço Social,
reconhecer a importância de saber os processos teó ricos e propô -los para a prática profissional. Assim,
podemos destacar o que vemos na teoria para colocarmos na prática. Acompanhe!

2.1.1 Importância das três dimensões: teórico-metodológica, ético-


política e técnico-operativa
No processo de estágio, é comum perceber estudantes falando que na teoria é uma relação com o trabalho e na
prática é outra. Alguns alunos, por sua trajetó ria dentro da Academia, procuram por estágios antes mesmos
daqueles solicitados pela grade curricular e se deparam com outras realidades que nem sempre fazem parte
do trabalho do assistente social. Isso não quer dizer que esse processo seja desvantajoso para o futuro
profissional, porém algumas tarefas não estão correlacionadas com a realidade e a prática da profissão.
VOCÊ QUER LER?

Vale a pena ler o artigo “Os fundamentos da relaçã o teoria e prá tica no está gio em
serviço social” (MEDEIROS, 2016), no qual sã o trabalhados: a importâ ncia do processo
de formaçã o profissional; os processos de teoria e prá tica dentro da profissã o do
assistente social; a base teórica é importante para o assistente social poder analisar as
relações sociais e identificar sua prá tica profissional; a teoria e a prá tica trabalhadas
juntas no olhar do assistente social (assim como a estagnaçã o e a nã o estagnaçã o do
profissional).

É importante fomentar as práticas do profissional, tanto na Academia quanto no campo de estágio, em três
dimensõ es: teó rico-metodoló gica, ético-política e técnico-operativa. O campo reflete aquilo que vimos na
universidade e vice-versa; portanto, é importante o estudante refletir o que está por trás de cada intervenção,
que tipo de processo de trabalho está sendo desenvolvido nesse momento de atendimento, a importância da
reflexão, para não se tornar um profissional tarefeiro e “rotinizado” (MEDEIROS, 2016) — no sentido de estar
institucionalizado pelo cotidiano da instituição e a rotina institucional e dos atendimentos.

2.1.2 Três dimensões do trabalho do assistente social


No passado, o Serviço Social era caracterizado pela benevolência e pela caridade. Atualmente, as três
dimensõ es estão presentes na profissão e são trabalhadas em conjunto com a teoria e a prática, a fim de
garantir os princípios éticos e fundamentais que norteiam aquilo destacado por Iamamoto (2000, p. 56):

[...] O que se reivindica, hoje, é que a pesquisa se afirme como uma dimensão integrante do
exercício profissional, visto ser uma condição para se formular respostas capazes de impulsionar
a formulação de propostas profissionais que tenham efetividade e permitam atribuir
materialidade aos princípios ético-políticos do projeto profissional. Ora, para isso é necessário
um cuidadoso conhecimento das situaçõ es ou fenô menos sociais que são objeto de trabalho do
assistente social.

Assim, como primeira competência, temos a necessidade de articular a teoria e a prática:


[...] Competência teórico-metodológica – o profissional deve ser qualificado para conhecer a
realidade social, política, econô mica e cultural coma qual trabalha. Para isso, faz-se necessário
um intenso rigor teó rico e metodoló gico, que lhe permita enxergar a dinâmica da sociedade para
além dos fenô menos aparentes, buscando apreender sua essência, seu movimento e as
possibilidades de construção de novas possibilidades profissionais. (SOUZA, 2008, p. 122, grifos
nossos)

A segunda competência, a técnico-operativa, é a dimensão que o profissional trabalha com suas técnicas e
seus conhecimentos institucionais, ou seja, seja ele usará sua intenção para trabalhar e a colocará em prática
com suas técnicas e seus instrumentos:

Competência técnico-operativa – o profissional deve conhecer, se apropriar, e sobretudo, criar


um conjunto de habilidades técnicas que permitam ao mesmo desenvolver as açõ es profissionais
junto à população usuária e às instituiçõ es contratantes (Estado, empresas, Organizaçõ es Não
Governamentais, fundaçõ es, autarquias etc.), garantindo assim uma inserção qualificada no
mercado de trabalho, que responda às demandas colocadas tanto pelos empregadores, quanto
pelos objetivos estabelecidos pelos profissionais e pela dinâmica da realidade social. (SOUZA,
2008, p. 122, grifos nossos)

Para complementar as dimensõ es, temos a competência ético-política, construída na instrumentalidade da


profissão e na necessidade de estar trabalhando com vidas e respeitando-as, baseando-se nos conceitos do
Direitos Humanos e políticos da sociedade.

Competência ético-política – o assistente social não é um profissional “neutro”. Sua prática se


realiza no marco das relaçõ es de poder e de forças sociais da sociedade capitalista — relaçõ es
essas que são contraditó rias. Assim, é fundamental que o profissional tenha um posicionamento
político frente às questõ es que aparecem na realidade social, para que possa ter clareza de qual é a
direção social da sua prática. Isso implica em assumir valores ético-morais que sustentam a sua
prática — valores esses que estão expressos no Có digo de É tica Profissional dos Assistentes
Sociais (Resolução CFAS n. 273/93), e que assumem claramente uma postura profissional de
articular. (SOUZA, 2008, p. 121, grifos nossos)

Pensando no serviço social transformador e não benevolente, temos que, nessas três dimensõ es, destacam-se
autores da contemporaneidade, como José Paulo Netto e Marilda Villela Iamamoto.

2.1.3 Prática, teoria e objetividade na intervenção da realidade social


Trabalhar com a imaterialidade e transformá-la em materialidade não é uma tarefa fácil. Na histó ria do Serviço
Social que se sustentava na caridade e na benevolência, a transformação e a emancipação das demandas não
eram levadas em conta e não eram pensadas como processo de trabalho; no entanto, as realidades decorrentes
das demandas de pobreza e carência não se tornavam diferentes das que já haviam sido atendidas. Essas
demandas sempre retornavam ao ponto que partiu, sendo que a caridade perpetuava e tentava dar conta em
açõ es pontuais, tendo como objetivo amenizar a dor do outro.
Partindo desse contexto no decorrer da histó ria, o Serviço Social se tornou uma profissão baseada em
metodologias e teorias das quais hoje os profissionais podem se respaldar para sua atuação.

[...] Se são os objetivos profissionais (construídos a partir de uma reflexão teó rica, ética e política
e um método de investigação) que definem os instrumentos e técnicas de intervenção (as
metodologias de ação), conclui-se que essas metodologias não estão prontas e acabadas. (SOUZA,
2008, p. 124)

É importante ressaltar que a necessidade da coerência e da criticidade na intervenção do assistente social,


perante a realidade trabalhada de forma mais efetiva, estabelece critérios para sua ação (o que fazer para, logo
em seguida, definir o como fazer), englobando as metodologias de atuação — as quais se juntam às três
dimensõ es estudadas, rompendo com uma realidade que está posta — e sabendo decifrar o que está como
pano de fundo, ou seja, o que de fato está levando a demanda apresentada em seu atendimento.

Figura 1 - Metodologias de ação têm base em técnicas e instrumentos do profissional


Fonte: D_Gangga, Shutterstock, 2020.

Portanto, o profissional que está ciente de técnicas e metodologias terá conhecimento e deverá planejar sua
atuação com mais ciência e propriedade, tendo objetivos claros de transformar e modificar a realidade
apresentada.

2.2 Espaços socioinstitucionais e suas novas demandas


Neste tó pico, trabalharemos as percepçõ es que o assistente social precisa ter em relação às instituiçõ es, como
verificar esse local de trabalho, de que maneira suas demandas se apresentam para, assim, propor açõ es de
trabalho baseadas no projeto político da profissão.

2.2.1 Espaço sócio -ocupacional


Espaço só cio-ocupacional, instituição ou área de trabalho são nomes dos locais de atuação do assistente
social. Esse profissional atua nos três setores de ocupação profissional (meio pú blico, meio privado ou
terceiro setor) e vem se destacando com suas competências, habilidades e atitudes (CHA) para a
transformação social, decorrente das mudanças da sociedade, ou seja, do confronto do capital e trabalho que é
gerada a questão social. Iamamoto (2000, p. 62) aponta esse confronto como sendo uma questão social, isto é,
objeto de trabalho do assistente social:

[...] O objeto de trabalho [...] é a questão social. É ela em suas mú ltiplas expressõ es, que provoca a
necessidade da ação profissional junto à criança e ao adolescente, ao idoso, a situaçõ es de
violência contra a mulher, a luta pela terra etc. Essas expressõ es da questão social são a matéria-
prima ou o objeto do trabalho profissional.

Não podemos de deixar de pensar que esse objeto de trabalho está correlacionado às instituiçõ es onde os
profissionais atuam; nesse sentido, a verificação e o entendimento dessas instituiçõ es se tornam de extrema
importância para o profissional e para o futuro profissional que está em processo de formação pedagó gica. É
no entendimento das demandas e das novas relaçõ es que nelas permeiam que se destacam novas atitudes e
incidem diretamente nas práticas de processo de trabalho e planos de estágio.

VOCÊ QUER VER?

O filme “28 dias”, dirigido por Betty Thomas traz a perspectiva de uma usuá ria de
drogas e analgé sicos; por conta disso, foi condenada pela justiça por um acidente de
trâ nsito a ir para uma instituiçã o pelo período de 28 dias para recuperaçã o da
dependê ncia do á lcool. Diante dessa perspectiva, cabe analisar a instituiçã o em que a
usuá ria foi encaminhada para a realizaçã o de trabalho multidisciplinar.

Podemos destacar, atualmente, algumas mudanças nas instituiçõ es e demandas com políticas de atendimento
e novas abrangências do pú blico atendido, por meio das políticas pú blicas, assim como na esfera da saú de. O
avanço vem com os planos de saú de, que atualmente contratam profissionais (como também ocorre em
outras esferas), tanto no campo da saú de mental quanto nas novas drogas, com as mudanças de produtos
psicoativos), além das instituiçõ es de terceiro setor — que contaram pessoas para trabalharem nas demandas
que o Estado não consegue atingir, proporcionando outras realidades. Nesse sentido, não podemos deixar de
destacar o
[...] trabalho do assistente social em espaços ocupacionais de natureza diferentes particularizando
as competências e atribuiçõ es profissionais nesses espaços; e o seu significado social no
processo de reprodução das relaçõ es sociais, ante as profundas transformaçõ es que se operam na
organização e consumo do trabalho e nas relaçõ es entre o Estado e a sociedade civil com a
radicalização neoliberal. (YAMAMOTO, 2000 p. 33)

Tendo essas mudanças nas demandas de forma global para o assistente social, esse profissional necessita de
um olhar aguçado nas mais variadas expressõ es da questão social.s da questão social.

VOCÊ SABIA?
Nas instituições, uma das competê ncias desse profissional está a proposta de
ações que se baseiam em projetos e programas de atendimento à s demandas.
Dessa forma, as competê ncias do assistente social estã o baseadas na lei de
regulamentaçã o da profissã o, na qual se destaca a elaboraçã o de programas e
projetos, assim como sua execuçã o, tendo ou nã o a participaçã o da comunidade.

As instituiçõ es onde os profissionais atuam e os estudantes vêm atuar necessitam estar atentas para a
realização de uma adequada análise institucional, verificando o espaço institucional por intermédio das
políticas de atuação onde ela está situada, sua trajetó ria/histó ria, dos profissionais, das demandas, das
correlaçõ es de força etc.   Somente dessa forma que o futuro profissional compreenderá a dinâmica de
funcionamento das instituiçõ es e entenderá o processo de evolução do processo de trabalho da profissão.

2.2.2 Elementos constitutivos da análise institucional


Falar em análise institucional é pensar no espaço de trabalho onde o profissional e os estudantes atuantes no
processo de estágio devem estar colocando em prática seu conhecimento de teoria e prática. Para Baremblitt
(1996, p. 177), destacar a análise institucional é evidenciar a instituição: 

[...] instituiçõ es são árvores de decisõ es ló gicas que regulam as atividades humanas, indicando O
que é proibido, o que é permitido e o que é indiferente. Segundo seu grau de objetivação, podem
estar expressas em leis, princípios ou fundamentos, em normas ou pautas.

Nessa perspectiva de verificar o espaço institucional, temos os seguintes elementos:


Histórico quando a instituição foi criada, o porquê de ela ter sido realizada, por quem ela foi
institucio fundada, que cidade foi estabelecida, se houve mudanças na histó ria, ou seja,
nal elementos importantes que darão indicadores de conhecimento institucional;

Público são os usuários que fazem uso da instituição, aqueles que utilizam da instituição
beneficiár como um todo;
io

Demandas são aquelas nas quais a instituição atende, sendo divididas em: a demandas: da
institucio instituição e demandas do Serviço Social;
nais

Objetivos são aqueles que a instituição realiza, o que ela quer: promover, proporcionar, assim
institucio como os objetivos do Serviço Social, que está sempre pautado na defesa intransigente
nais dos Direitos Humanos e na promoção da qualidade de vida;

são aquelas que a instituição atua, podendo ser na esfera política (saú de, educação,
Políticas assistência social). Lembrando que esses elementos devem estar presentes na
sociais análise institucional, pois são eles que nortearão a prática do processo de trabalho
do assistente social, assim como os encaminhamentos e seu papel institucional;

Programa refere-se aos mecanismos de atuação que a instituição disponibiliza, projetos por ela
se mesma realizados ou na esfera estatal que possui programas do Governo Federal.
projetos

2.2.3 Importância dos espaços sócio-ocupacionais


Diante das questõ es trazidas na análise institucional, deve-se observar a importância dos espaços de trabalho
do assistente social, sua política, sua histó ria, seu lugar na sociedade, caracterizando as competências e
atribuiçõ es do profissional nesses espaços. Iamamoto (2000, p. 33) destaca:

[...] o seu significado social no processo de reprodução das relaçõ es sociais, ante as profundas
transformaçõ es que se operam na organização e consumo do trabalho e nas relaçõ es entre o
Estado e a sociedade civil com a radicalização neoliberal.

Também temos que ter atenção nos parâmetros de atuação dos profissionais assistentes sociais nas
instituiçõ es; nesse caso, é importante salientar o que Iamamoto (2000, p. 33, grifos nossos) coloca como o
processo de trabalho: 

[...]  não existe um processo de trabalho do Serviço Social, visto que o trabalho é atividade de um
sujeito vivo, enquanto realização de capacidades, faculdades e possibilidades do sujeito
trabalhador. Existe, sim, um trabalho do assistente social e processos de trabalho nos quais se
envolve na condição de trabalhador especializado.

Há a importância de os espaços de trabalho e as demandas sempre serem verificados para, assim, estarem
efetivando processos de trabalho eficientes e eficazes. 
2.3 Instrumentalidade e instrumentos técnicos do Serviço
Social
Instrumentalidade e instrumentos são assuntos distintos, mas, ao mesmo tempo, se complementam no
Serviço Social. É importante saber que a instrumentalidade faz parte de um processo no qual os instrumentos
estão envolvidos. A seguir, trabalharemos e entenderemos cada um desses dois tó picos. 

2.3.1 Instrumentalidade do Serviço Social


Iniciar falando de instrumentalidade é também pensar na histó ria do processo de trabalho do assistente
social, pois esse processo está marcado no histó rico dessa profissão, ou seja, do refazer da profissão no
decorrer dos anos e, principalmente, dentro das relaçõ es sociais, devido às demandas dadas pela questão
social.

Figura 2 - O assistente social possui em si e executa vários processos de trabalho


Fonte: Tijana87, iStock, 2020.

A instrumentalidade, com as mudanças na dinâmica da sua histó ria na sociedade, está implicada o que Guerra
(2007, p. 1):

[...] a instrumentalidade no exercício profissional refere-se, não ao conjunto de instrumentos e


técnicas (neste caso, a instrumentação técnica), mas a uma determinada capacidade ou
propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruída no processo só cio-histó rico.

A instrumentalidade faz parte do processo no qual ela mesma se coloca como presente no processo de
trabalho do cotidiano profissional, conseguindo cumprir com seus objetivos e com sua intencionalidade; ela é
movida e pensada pelo profissional antes do seu processo de atuação. Todas as profissõ es possuem uma
intenção e, nesse sentido, o Serviço Social possui a intencionalidade com a sua demanda específica. Para que
esse processo ocorra de forma satisfató ria, o profissional deve sempre estar respondendo às perguntas: aonde
eu quero chegar com o usuário dessa demanda? Qual é o meu objetivo com essa demanda?

VOCÊ O CONHECE?

Yolanda Guerra é assistente social e autora do livro “A instrumentalidade do serviço


social”. Ela é percursora no entendimento desse tema na profissã o e suas obras sã o
indispensáveis para a compreensã o do conceito de instrumentalidade na á rea do
Serviço Social.

No momento da atuação, o profissional que estiver a intencionalidade com sua clareza na profissão terá sua
aplicabilidade reconhecida para que o processo de trabalho ocorra com profissionalismo e perceptibilidade.

2.3.2 Instrumentos do Serviço Social


Os instrumentos para o Serviço Social são elementos-chave para a construção da prática dentro do processo
de trabalho. Eles estão intimamente relacionados à instrumentalidade, pois, por intermédio deles a profissão
se articulou e conseguiu alcançar patamares de transformação social. Dessa forma, são elementos
importantes no processo de trabalho do assistente social, no qual Martinelli (1989, p. 22) aponta como “[...]
instrumental [é] o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação
profissional”. Dessa forma, o instrumento se torna o meio para a realização da ação, já a técnica do
profissional é a habilidade que ele possui para o uso desse instrumento.
Neste momento, traremos alguns instrumentos que são mais utilizados no processo de trabalho do assistente
social:

Linguagem/comunicação

É um meio no qual o profissional trabalha o tempo todo; sem ela, torna-se inviável o processo de
trabalho, no entanto Iamamoto (2000, p. 101) afirma que “[...] o Serviço Social, como uma das
formas institucionalizadas de atuação nas relaçõ es entre os homens no cotidiano da vida social,
tem como recurso básico de trabalho a linguagem”. Pela linguagem é que se tratam as relaçõ es nos
espaços institucionais. Assim, o profissional pode dizer quem ele é e se refazer como profissional
para a instituição e para a população atendida, a fim de estabelecer uma forma de comunicação e
interação. Podemos destacar duas formas de comunicação: a linguagem direta (oral) e a indireta
(escrita). De acordo com Sousa (2008), podemos classificar os instrumentos de trabalho como
instrumentos diretos (face a face) e/ou instrumentos indiretos (por escrito). Já na escuta sensível,
podemos destacá-la como sendo um processo de escutar corretamente e responder adequadamente
à demanda que, muitas vezes, está implícita no sujeito, como uma relação de totalidade com o
outro. Nesse sentido, Barbier (1993) aponta que a escuta sensível é de uma afetividade em
interação permanente. A audição, o tato, o paladar, a visão e o olfato precisam ser desenvolvidos na
escuta sensível;

Observação participante

A observação está dentro de um dos instrumentos de muita importância para o Serviço Social, pois
nela podemos descrever cenários, observar açõ es, atitudes e comportamentos. O profissional deve
estar atento aos indicadores que a situação está lhe mostrando; assim como descreve Cruz Neto
(2004), observar é estar atento, é direcionar o olhar, é saber. Diante desse conceito, isso vai além do
uso dos cinco sentidos que temos: está centrada a uma intencionalidade que o  profissional possui,
o seu objetivo que está posto para a sua intervenção, aonde ele quer chegar na tarefa de garantia de
direitos e qualidade de vida do usuário;

Entrevista

Este instrumento se torna um aliado ao profissional, pois nele a linguagem e a observação entram
em cena, ou seja, ela é utilizada para proceder o fazer profissional e integrar o processo de trabalho.
Esse processo promove a aproximação entre o profissional e o usuário para, assim, possibilitar o
processo dialético, ou seja, a desconstrução e a construção das demandas trazidas pelo usuário. No
processo profissional, a entrevista deixa de ser um “bate-papo”, e sim ter um roteiro que possui
uma “intencionalidade”: o objetivo profissional e a busca de elementos que servem para o
conhecimento do caso, destacando que a intencionalidade deve ser comunicada ao usuário logo no
início do atendimento, para que ele possa ter o direito de escolher se quer ou não participar desse
processo. Desse modo, entrevistar é mais do que apenas “conversar”: requer um rigoroso
conhecimento teó rico-metodoló gico (SILVA, 1995), a fim de possibilitar um planejamento sério da
entrevista, bem como a busca por alcançar os objetivos estabelecidos para sua realização. Já na
primeira entrevista, o instrumento poderá ser usado para conhecer a situação que o usuário está
trazendo, ou seja, o conhecimento da sua demanda e, nesses casos, a escuta sensível se dará com
mais ênfase;

Grupo
As dinâmicas de grupo são instrumentos de muita importância para o serviço social, pois nelas
podermos ter momentos de muita interação entre os participantes. Os grupos são originários da
Psicologia Social, sendo um tema de pesquisa do comportamento humano. Entre as situaçõ es em
que o grupo é utilizado para uma intervenção profissional, seguimos com alternativas de trabalhar
com varias pessoas ao mesmo tempo, levantar uma temática com tema parecido para determinado
grupo de pessoas, explorar temáticas e levantar propostas; assim, o assistente social serve como
um facilitador para a reflexão do grupo, não deixando de destacar a necessidade do profissional ter
conhecimento teó rico e ter em mente a questão social e ter uma postura ética e democrática.

Reunião

A reunião é um instrumento coletivo muito utilizado pelo assistente social no seu trabalho. Seu
objetivo é a tomada de decisão, diferente do grupo dentro da reunião, se for, não necessariamente,
precisa ser diferente, pode ser complementar. Entre as pessoas que podem participar de uma
reunião espaço entre usuários, as equipes de profissionais de trabalho da instituição empregadora
ou rede. Para a reunião sempre há um coordenador, este com entendimento que a reunião é um
espaço democrático e de interesse de alguns, tem que ter um visão geral e bom senso de avaliação. 

Visita domiciliar

É um instrumento de grande importância para o assistente social, pois nele a intencionalidade


prevalece, ou seja, o objetivo está pautado em conhecer as condiçõ es de vida em que os sujeitos
envolvidos no processo vivem. Assim, a visita domiciliar é um instrumento de aproximação, que o
assistente social realiza,  ficando mediador entre os direitos que são concedidos via instituição ao
usuário (GARRET, 1991). É importante destacar que a esse é um instrumento que procura
identificar a realidade que está nas “entre linhas” da situação vivenciada; nesse sentido, cabe ao 
profissional ser perspicaz com seu conhecimento, suas habilidades e atitudes, logo ter
competência teó rica, a fim de reconhecer as condiçõ es de vida de uma comunidade, ou seja, se está
não separada dos contextos social, histó rico e econô mico. 

Temos agora os instrumentos indiretos, aqueles que são escritos: eles são aqueles que ocorrem apó s a
utilização de um instrumento direto, ou seja, aquele que ficamos cara a cara com o sujeito: 

• atas de reunião: documento em que são registrados os


elementos que foram discutidos em uma determinada reunião,
Um relator é designado para formatação da ata e repassar para os
colegas assinarem. É importante destacar que, nesse documento,
todos os posicionamentos e a decisão geral dos participantes
estão devidamente registrados;
• diário de campo: é um instrumento que auxilia o profissional a
registrar suas ações que tomou durante as intervenções, sendo
elas de livre escrita. Muito utilizado no processo de estágio, esse
instrumento é um elemento importante para a avaliação e o
crescimento profissional, sendo utilizadas teorias e  para o
processo de conhecimento institucional e análise institucional
dentro da profissão de assistente social;
• Relatório social: esse instrumento é um relato das informações
decorrentes de uma visita domiciliar. Uma entrevista, por
exemplo, é o relato dos dados coletados dos processos face a face.
Destacamos o uso de dois relatórios : o descritivo condensado
(nele se escreve somente o necessário sem a inclusão de
comentários do profissional ou do sujeito atendido) e o
condensado (que possui o objetivo de focar diretamente tal como
se passou o atendimento, sendo utilizado mais para fins de
supervisão acadêmica e/ou administrativa). O relatório descritivo
processual: é o documento que contempla, além da narrativa dos
acontecimentos, a descrição das técnicas utilizadas, sua atuação,
a observação a interação, as atitudes, as perguntas etc. Nesse
caso,, podemos escrevê-lo os dois ao mesmo tempo, mas isso
dependerá do trabalho que estpa sendo exigido o documento e da
habilidade do profissional que estiver atuando. 
• Parecer social: esse instrumento é de extrema importância para o
assistente social, pois nele se faz uma avaliação teórica e técnica
da situação apresentada. Para sua construção, é necessário o
conhecimento da correlação de forças, da situação analisada,
assim como o saber, o saber fazer, saber conviver e saber ser,
tendo como objetividade o conhecimento do objeto profissional,
habilidades nos relacionamentos, bem como o sigilo profissional e
a ética. Assim, esse documento se faz com o estudo de um
diagnóstico, por meio das avaliações das etapas conhecidas pelo
usuário. Lembrando que, para a construção do parecer social, é
fundamental a imediação dos instrumentos utilizados, assim
como a observação, a entrevista, a visita domiciliar, os
documentos utilizados.
2.3.3 Importância da instrumentalidade e os instrumentos no processo
de trabalho do assistente social
Agora que você já compreendeu o que é a instrumentalidade e os instrumentos para a profissão de assistente
social, podemos destacar que esse processo é de extrema importância para o entendimento e a atuação na
profissão (GUERRA, 2011). Sua intervenção é baseada na questão social e suas expressõ es, sendo que o
profissional deve estar atento às “novidades” da sociedade.

Figura 3 - Novas formas da questão social nos fazem refletir, a fim de contemplar demandas sociais
Fonte: KatarzynaBialasiewicz, iStock, 2020.

Cada um desses instrumentos desempenha um papel importante na vida profissional do assistente social nos
espaços socioinstitucionais; no entanto, apresentamos de forma sucinta alguns dos principais instrumentos e
a compressão da instrumentalidade para o Serviço Social, assim como a importância de os instrumentos
estarem alinhados com a intencionalidade e o objetivo do profissional para a demanda na qual será
trabalhada. Isso pode gerar um trabalho com respeito e competência profissional, sempre alinhado com a
dimensão ético-política e as demais dimensõ es, ponto de partida para nossa intervenção, e, principalmente,
por estar em sintonia com o projeto ético-político profissional.

2.4 Identidade do Serviço Social


Agora refletiremos um pouco sobre a identidade do Serviço Social, como ele surgiu e se configura atualmente
na divisão só cio técnica do trabalho. A identidade é uma importante categoria, pois ela é que classifica e
identifica no qual permite ser reconhecida no âmbito social como político.

2.4.1 Categoria identidade


Identidade, para alguns autores, significa o que você pode ser, sua aparência, sua imagem para o outro. Para
Gentilli (1997, p. 128),
[...] é um termo cujo sentido remete àquilo que é idêntico, semelhante ou ainda análogo. Exprime
tanto conformidade de alguma coisa consigo mesmo, quanto o compartilhar com características
de outros indivíduos ou grupos sociais. A categoria identidade remete à relação que uma pessoa
estabelece com o “outro”, marcando dimensõ es de individualidade e de coletividade. 

Dessa forma, a identidade profissional vem sendo formada de muitos elementos, sendo eles demarcados por
acontecimentos sociais, pela prática da profissão, dos atendimentos dos sujeitos, tanto no meio individual
quanto coletivo. á para Martinelli (1989, p. 7),

[...] enquanto elemento definidor de sua participação na divisão do trabalho e na totalidade do


processo social, é uma categoria política e só cio histó rica que se constró i na trama das relaçõ es,
no espaço social mais amplo na luta de classes e das contradiçõ es que a engendram e são por ela
engendradas (MARTINELLI, 1989, p. 7).

Dessa forma, a identidade profissional vem sendo formada de muitos elementos, sendo eles demarcados por
acontecimentos sociais, pela prática da profissão, dos atendimentos dos sujeitos, tanto no meio individual
quanto coletivo.
É pela identidade que podemos diferenciar e perceber de onde ela provém, já que essa categoria impulsiona
outros dois vetores: a coletividade e a singularidade. Eles se complementam, perpassando pela dialética na
qual logo se cruzam e um promove o crescimento do outro. Esse processo se dá à luz do conhecimento e do
outro. Portanto, a identidade profissional se dá nessa mesma instância, em que novos atores se despertam,
novas demandas e novas tecnologias aparecem. O profissional deve estar atento e apto para emergir nesse
novo paradigma.
A identidade profissional é formada por elementos, tanto da profissão quanto da sociedade, modelando uma
profissão decorrente da personalidade do profissional, resultando em um modelo de construção. A
construção da identidade está atrelada à construção histó rica, portanto:

[...] A identidade, enquanto elemento definidor de sua participação na divisão do trabalho e na


totalidade do processo social, é uma categoria política e só cio histó rica que se constró i na trama
das relaçõ es, no espaço social mais amplo na luta de classes e das contradiçõ es que a engendram
e são por ela engendradas (MARTINELLI, 1989, p. 7).

  Dentro dessa perspectiva histó rica, valores estão implícitos nessa construção identitária, assim como
objetivos, finalidades, relação teoria, metodologia e histó ria das profissõ es.

2.4.2 Construção da identidade do Serviço Social


Como vimos, a construção da categoria identidade, de forma geral, veio por meio da histó ria em um processo
dialético. Para o Serviço Social, isso não foi diferente, mas, em algumas particularidades, ele possui no seu
contexto histó rico para hoje ser refletido como é representado para a categoria profissional.
No início, o Serviço Social teve sua atribuição profissional vinculada ao capitalismo, com a finalidade de
servir. Esse servir estava vinculado à burguesia e tendo a caridade como objetivo; a burguesia não dava à
profissão a possibilidade de expansão, sendo totalmente alienada a um trabalho retró grado; dessa forma, sem
a possibilidade de estar trabalhando com o coletivo, as práticas eram sem objetivos, pois não tinham, em sua
particularidade, o trabalho com as massas, os trabalhadores e a política.
Temos na histó ria algumas identificaçõ es da construção do Serviço Social em Londres no ano de 1869,
quando surgiu uma sociedade de caridade, que tinha como objetivo “ajudar” pessoas em vulnerabilidade
social; em 1899, surgiu a primeira escola em Amsterdã, já com enfoque para a construção de uma linha
teó rica; no Brasil, a construção da identidade profissional se deu pelo aumento de miseráveis, quando, em
1930, surge um Serviço Social europeu com um modelo de respostas aos fenô menos sociais, de controle
social e de dominação. 

2.4.3 Serviço Social após o movimento de reconceituação no Brasil


Com o avanço do Serviço Social, por meio das suas novas concepçõ es teó ricas, outro modelo foi se
desenhando no Brasil. Nas décadas de 1930, temos o Serviço Social conservador, exclusivo da Igreja, do
Estado e da burguesia. Em 1940, surgiu um Serviço Social com particularidade norte-americana, na qual a
percursora foi Mary Richmond, que trabalhava com o diagnó stico e tratamento social.
Nessa perspectiva, um modelo surge para o aprofundamento teó rico, resultando em uma prática voltada ao
Serviço Social de caso, Serviço Social de grupo e Serviço Social de comunidade, o chamado tripartite (VIEIRA,
1981).
A partir da década de 1980, o Serviço Social iniciou um momento de reformulação, quando iniciou com as
Bases Curriculares do curso, implicando com a teoria embasada na questão social, e iniciou a responder o
porquê das desigualdades sociais e da exclusão social. Dessa forma, Iamamoto (2000, p. 13) fala sobre a
questão social como sendo

[...] o conjunto das expressõ es das desigualdades da sociedade capitalista madura, eu tem uma
raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente
social, enquanto a apropriação dos frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da
sociedade.

A apropriação do objeto de trabalho vindo da questão social impulsionou o Serviço Social para a teoria do
método dialético-marxista, a fim de compreender o funcionamento e as relaçõ es da sociedade materialista
(IAMAMOTO, 2000).
O Serviço Social teve um avanço considerado nas demais décadas de construção da sua identidade,
afirmando-se cada vez mais e tomando força maior na divisão só cio- técnica do trabalho. Dessa forma, na
década de 1990, outros avanços marcaram sua histó ria pela construção do có digo de ética profissional, no
qual incluiu conhecimentos teó ricos embasados em dimensõ es para a competência profissional.
Figura 4 - Có digo de ética profissional envolve três dimensõ es: teó rico-metodoló gica, ético–política e
técnico-operativa
Fonte: DGLimages, iStock, 2020.

Portanto, para entender o processo de evolução dessa profissão, temos que demarcar duas etapas importantes:
a identidade atribuída (na qual o Serviço Social era uma profissão demarcada pela burguesia, era ela que
mandava, que controlava as açõ es da profissão, sendo preestabelecida e pré-definida, ou seja sem histó ria,
sem contexto, vazia) e a identidade construída (a profissão já aponta sinais de teoria, a dialética é inclusa
nos processos de desvelamento das desigualdades e a exclusão social já possui sua historicidade).
CASO
Mulher adulta vítima de violê ncia, conforme Lei Maria da Penha, art. 5º. Para os
efeitos dessa lei, configura violê ncia domé stica e familiar contra a mulher qualquer
açã o ou omissã o baseada no gê nero que lhe cause morte, lesã o, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Ingressa no Centro de Referê ncia
Especializado de Assistê ncia Social (CREAS) para atendimento com marcas roxas no
corpo. Relata espancamento do marido em seus filhos. Quer muito sair de casa, pois
nã o aguenta mais o marido, que a ameaçou de morte. Possui quatro filhos, sendo que
está grávida do quinto, possui Bolsa Família e nã o participa de nenhum grupo de
fortalecimento de vínculos no Centro de Referê ncia de Assistê ncia Social (CRAS). O
marido é etilista e fica muito violento quando ingere bebida alcoólica. Há duas
semanas, a irmã també m foi vítima de violê ncia. Conta que a irmã está em
acompanhamento, saiu de casa e se encontra com os filhos em uma casa de proteçã o
à mulher e à criança. A usuá ria entende o processo e o quer també m. O que deve ser
feito: encaminhar a mulher para a realizaçã o de BO e medida protetiva na Delegacia
da Mulher, para logo depois ser encaminhada com os filhos ao acolhimento de
mulheres vítimas de violê ncia.

Para finalizar, é neste contexto da sua historicidade que a profissão é reconhecida: pela sua autonomia e sua
prática humanizada que hoje vem trabalhando, a fim de construir uma nova histó ria para sociedade.

Conclusão
A leitura desta segunda unidade trouxe a importância do assistente social, por meio da sua histó ria e da sua
posição nas instituiçõ es. Verificamos como esse profissional vem construindo um papel essencial em sua
trajetó ria, sua instrumentalidade e seus instrumentos para o processo de trabalho, a fim de garantir qualidade
de vida e direitos sociais.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

• conhecer as relações de trabalho do serviço social;


• saber mais sobre a construção das três dimensões;
• aprender sobre  a  classificação da documentação exigida no
Serviço Social;
• identificar os tipos de identidade;
• distinguir instrumentalidade e instrumentos.

Bibliografia
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BAREMBlITT, G. Compêndio de análise institucional e outras correntes. 3. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos
Tempos, 1996.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Atribuições privativas do/a assistente social em
questão. Brasília: CFESS, 2012.
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teoria, método e criatividade. 23. ed. Petró polis: Vozes, 2004.
GARRET, A. A entrevista, seus princípios e métodos. Rio de janeiro: Agir, 1991.
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(CFESS). Capacitação em serviço social e política social: mó dulo 4 – o trabalho do assistente social e as
políticas sociais. Brasília: CFESS, 2000. 
IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo:
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MARTINELLI, M. L. Serviço social: identidade e alienação. São Paulo: Cortez, 1989.
MEDEIROS. M. S. S. Os fundamentos da relação teoria e prática no estágio em serviço social. Revista
Katálysis, Florianó polis, UFSC, v. 19, n. 3, p. 351-360, out./dez. 2016. Disponível em:
(http://www.scielo.br/pdf/rk/v19n3/1414-4980-rk-19-03-
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VIEIRA, B. O. Serviço social: processos e técnicas. Rio de Janeiro: Livraria Agir, 1981.

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