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Recorte extraído do capítulo III da Tese de Doutorado de Cinthia Fonseca Lopes Intitulado: DIRETRIZES
CURRICULARES E COMPETÊNCIA EM SERVIÇO SOCIAL: EMBATES TEÓRICO-CONCEITUAIS NA
CONTEMPORANEIDADE.
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Assistente Social, Mestre em Políticas Públicas e Sociedade pela UECE, Doutora em Serviço Social e
Política Social pela UEL, realizando estágio Pós-Doutoral no PPGSSDS da UERN. Email:
servicosocial@poteresocial.com.br
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assim, tem respaldo legal para sua realização. Outro exemplo desse fato é a
Resolução 559/2009 que dispõe sobre a atuação do Assistente Social,
inclusive na qualidade de perito judicial ou assistente técnico, quando
convocado a prestar depoimento como testemunha, pela autoridade
competente, que afirma ser vedado ao assistente social depor na condição de
testemunha em casos que tomou conhecimento no seu exercício profissional
institucional, mas que foi derrubada judicialmente e segue hoje como inválida.
A urgência ocorre, ainda, quando identificamos uma série de
requisições atribuídas ao/à assistente social sem que estas sejam
competências desses profissionais, como a informação do óbito aos familiares
do paciente hospitalar ou a atuação na mediação ou arbitragem em casos no
judiciário.
O primeiro passo para romper com esse cenário é ter clareza do que
se entende por Competência Profissional no âmbito do projeto crítico de
Serviço Social e só se conseguirá realizar essa tarefa se houver um debruçar
sobre o estudo e a reflexão dessa categoria.
Para guiar esse caminho, temos três importantes instrumentos
político-normativos: O Código de Ética do Assistente Social de 1993, a Lei
8663/93 que regulamenta a profissão e as Diretrizes Curriculares para o Curso
de Serviço Social aprovada pela ABEPSS em 1996. Eles são os balizadores da
construção do conceito de competências na formação e exercício profissional
contemporâneo e materializam o Projeto Ético Político do Serviço Social, a
partir do momento que
as políticas sociais — também não podem ser atribuídas como espaço privativo
de atuação, dada a amplitude de atuação e das demandas a ser responder.
Para aprofundar essa discussão, o referido parecer alerta que, no rol
de competências (que são demandas também de outras profissões) àquelas
que demandam restrito conhecimento da matéria ou área de conhecimento do
serviço social devem ser atribuídas como atuação privativa do/a Assistente
Social e reforça que,
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http://www.cfess.org.br/visualizar/livros
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