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UNIVERSIDADE ANHANGUERA CENTRO DE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

ANDREIA RODRIGUES MANÇÃO RA: 2337500308

LILIAN APARECIDA RODRIGUES SANTOS RA 2337590908

MARIA RAIMUNDA DE JESUS FILHA 2337499108

NOEME SALES RIBEIRO RA 2337499208

VANICELIA ARAÚJO DE ALMEIDA RA 2337499308

“TRABALHO E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO


ASSISTENTE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE”

Hortolândia/SP
2021
ANDREIA RODRIGUES MANÇÃO RA: 2337500308

LILIAN APARECIDA RODRIGUES SANTOS RA 2337590908

MARIA RAIMUNDA DE JESUS FILHA 2337499108

NOEME SALES RIBEIRO RA 2337499208

VANICELIA ARAÚJO DE ALMEIDA RA 2337499308

“TRABALHO E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO


ASSISTENTE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE”

Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera


UNIDERP, como requisito parcial à aprovação no 8º
semestre do curso de Serviço Social.

Orientador: Cristine Rodrigues Souza de Nascimento, e


Tutora on-line Jôsi da Costa Greffe

Hortolândia/SP
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................11
REFERÊNCIAS...........................................................................................................12
3

INTRODUÇÃO

Este trabalho, tem como finalidade apresentar os conhecimentos adquiridos


na academia, abordando especificamente sobre a temática: Trabalho e
competências profissionais do Assistente Social na contemporaneidade. Como
resultado final das disciplinas: Economia Política, Movimentos Sociais, Serviço
Social na Educação, Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade, buscando
interligar a teoria interligada à prática, através da produção textual que se segue.
Sendo o objetivo geral possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos
desenvolvidos nas disciplinas desse semestre.
Diante das atuais reconfigurações do mercado e das relações de trabalho, um
novo perfil profissional é requerido para os assistentes sociais. Nesse cenário, é
necessário ampliar as possibilidades dos campos de atuação, atentando sempre
para a Lei que regulamenta a profissão nº8662/93. Desse modo, para um
competente exercício profissional, é fundamental um continuado investimento em
qualificação e aperfeiçoamento, a fim de capacitar as práticas profissionais.
O presente trabalho, se baseia em refletir, sobre as transformações que
incidem sobre o trabalho do assistente social na contemporaneidade,
particularmente na educação, nas organizações privadas sem fins lucrativos e aos
movimentos sociais, tendo como pano de fundo as reformas trabalhistas e
administrativa, por meio de pesquisa bibliográfica e leitura crítica dos materiais
indicados pela academia e outros utilizado como fontes, livros, revistas, sites
confiáveis, que serão explanadas de forma clara e objetiva para entender melhor a
importância do tema.
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1- TRABALHO E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO ASSISTENTE


SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE

O serviço social é uma categoria que compreende na divisão sócio técnica do


trabalho e enfrenta as contradições do capitalismo X trabalho. Durante o processo
de rompimento com o conservadorismo o serviço social, começou a tratar o campo
das políticas sociais, como um meio de acesso aos direitos sociais e a democracia.
Desse modo, é de suma importância identificar e entender as contradições
ocorrentes na sociedade capitalista, referente as questões sociais e as expressões
que desafiam diariamente os profissionais de assistente social.
O profissional de serviço social perante a sociedade, atua frente as
expressões da questão social, sendo fundamental para desenvolver ações que
sejam direcionadas ao acesso da garantia do direito, na família, na saúde, na
assistência social, na educação, na sociedade, de maneira efetiva.
Segundo IAMAMOTO:

A questão social não é senão as expressões do processo de formação e


desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da
sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do
empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da
contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros
tipos de intervenção mais além da caridade e repressão. (IAMAMOTO,
2009, p. 77)

Desse modo, pode-se que questão social está vinculada as desigualdades e o


que as produzem tanto na sociedade, como na subjetividade do indivíduo, no qual,
realiza um trabalho essencialmente socioeducativo e atua nas diversas áreas
ligadas às políticas sociais públicas e privadas.
Segundo Guimarães, Gershenson, (2020):

Na contemporaneidade, as ações focalizadas, distantes da perspectiva do


direito, remontam às concepções tradicionais, já experimenta das em
momentos anteriores à constituição dos direitos na sociedade latino-
americana. Sob esse aspecto, os programas de transferência de renda
mantêm algumas características do período liberal, em paralelo às
estratégias neoliberais mais disseminadas, principalmente os níveis
mínimos de provimento, em função da ampla seletividade da cobertura aos
comprovadamente pobres. (GUIMARÃES, GERSHENSON, 2020, p, 65/66).
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Observa-se que a complexidade da realidade social na contemporaneidade


traz para o Serviço Social novos desafios para a intervenção profissional, exigindo
uma redefinição nos parâmetros teóricos, metodológicos, éticos e políticos.
Os profissionais de assistente social, vivenciam no seu espaço ocupacional,
problemáticas que se configura no mercado de trabalho, através das grandes
transformações que ocorrem no mundo trabalhista, conduzindo uma estrutura de
elementos que repercutem no dia a dia da classe trabalhadora, e
consequentemente, para a profissão de assistente social.

1-1 Economia Política

O texto abordará sobre o Serviço Social, o trabalho do Assistente Social, na


dinâmica do mundo do trabalho atual, levando em conta o capitalismo brasileiro e o
neoliberalismo, em concordância com os estudos sobre a disciplina de Economia
Política, conjuntamente com a leitura sugerida na proposta, é possível dizer, que as
políticas de cunho neoliberal podem intervir na reconfiguração do mundo do
trabalho, uma vez que, as políticas sociais na realidade brasileira.
Segundo Krein (2013):

Olhando para o futuro pode-se afirmar que o país vive um momento


bastante singular na sua história, havendo a possibilidade de se avançar na
perspectiva de uma estruturação do mercado de trabalho (emprego com
proteção social) - dependendo dos desdobramentos do nosso
desenvolvimento socioeconômico e da capacidade de ação das entidades
para reverter problemas históricos, como é o caso da tendência de
flexibilização que ganhou importância desde a década de 90. (KREIN, 2013,
p, 07).

Desse modo, é possível dizer que, o assistente social dentro da


estrutura das relações capitalista, e a maneira que ocorre a atuação do
profissional voltado para o aspecto funcional da profissão, se faz necessário
acompanhar o processo de transformação social, políticas e econômicas na
contemporaneidade, bem como no contexto da realidade brasileira, que
aconteceram nas últimas décadas. Conforme Krein, (2013, 11): “A
formalização dos empregos está relacionada com um quadro mais geral de
regularização da economia, da melhora do mercado de trabalho, da atuação
das instituições públicas na área do trabalho e da existência do ator sindical”.
Segundo Alencar:
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O neoliberalismo, ao ter seus princípios expressos na economia de


mercado, na regulação estatal mínima e na formação de uma cultura que
deriva liberdade política da liberdade econômica (MOTA, 1998), vai de
encontro à ordem societária, que, desde a Segunda Guerra, nos países do
capitalismo central, tornou-se hegemônica e permitiu, durante um período
excepcional na história do capitalismo, um maior equilíbrio entre as forças
do mercado e do trabalho. (ALENCAR, p, 04)

Sendo assim, é possível dizer que o neoliberalismo equilibrou as forças do


mercado e do trabalho, mesmo ainda, que a classe dominante seja legitimada, o
neoliberalismo traz esse equilíbrio, para que o mercado de trabalho seja promissor.
Nesse sentido, diz KREIN (2013):

A regulação do trabalho avançou muito pouco na década passada. Em


alguns aspectos a flexibilidade foi reafirmada e até aprofundada. As
mudanças no arcabouço jurídico institucional foram tímidas e contraditórias.
Nas negociações coletivas, parte expressiva dos sindicatos conseguiu
aumento real dos salários, mas nos setores mais dinâmicos prevaleceu o
avanço da remuneração variável. Em relação a outros aspectos da relação
capital e trabalho pouco se avançou. No mundo real, com o crescimento da
terceirização e das atividades no setor de serviços, o nível de cobertura da
ação coletiva tampouco foi expressivo. (KREIN, 2013, p, 15).

Sendo assim, pode-se se dizer que o mercado de trabalho na


regulamentação, a partir de negociação, porém há contradição, pois houve um
grande avanço, mas o trabalho ainda é precário mesmo a partir de negociações,
uma vez que, a classe dominante ainda prevalece. O Serviço Social se constitui um
espaço de profissionalização e assalariamento a partir dos argumentos das relações
sociais concretas, no processo de divisão e da técnica do trabalho.

1-2 Movimentos Sociais.

O Movimento de Reconceituação do Serviço Social iniciou-se na década de


60, época em que espaço de atuação profissional do assistente social era
contraditório, pois sua proposta teórica não conseguia refletir-se na prática
profissional. Desse modo as políticas sociais, apresentam uma natureza contraria,
pois, na mesma conjuntura que retratam conquistas da classe trabalhadora, que
lutou pelo seu reconhecimento no panorama político, suas necessidades e
demandas; expõe um cunho de adesão e opressão, no qual discutem igualmente as
necessidades do capital, com a conservação e reprodução da classe trabalhadora,
porem legitimando a classe dominante.
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Nesse sentido cita IAMAMOTO (2001)

O movimento de reconceituação, tal como se expressou em sua tônica


dominante na América Latina, representou um marco decisivo no
desencadeamento do processo de revisão crítica do Serviço Social no
continente. O exame da primeira aproximação do Serviço Latino-Americano
à tradição marxista se impõe como um contraponto necessário à análise do
debate brasileiro contemporâneo. O propósito é tão-somente situar aquele
movimento na sua gênese, tendo em vista analise posteriormente o tipo de
relação com ele estabelecida pela produção brasileira do Serviço Social nos
anos de 1980. Preliminarmente, deve ser salientado que o movimento de
reconceituação do Serviço Social – emergindo na metade dos anos de 1960
e prolongando-se por uma década – foi, na sua especificidade, um
fenômeno tipicamente latino-americano. Dominado pela contestação ao
tradicionalismo profissional, implicou um questionamento global da
profissão: de seus fundamentos ídeo-teóricos, de suas raízes sócio-
políticas, da direção social da prática profissional de seu modus operandi.
(IAMAMOTO, 2001, p. 205).

Foi em meio a esse complexo quadro que o serviço social iniciou a trajetória
em direção a sua profissionalização no Brasil.
O Serviço Social surgiu a partir da luta de diversos grupos e movimentos
sociais, como sindicatos, partidos políticos, trabalhadores da área, intelectuais,
profissionais liberais, parcelas da igreja, organizações públicas e privadas entre
outros, foi-se discutindo e construindo uma proposta de Lei Orgânica e de Política de
Assistência Social em favor das pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão.
ALENCAR (1996) afirma que:

Ora, o conjunto de mudanças no padrão de resposta à questão social nas


últimas décadas tem implicado o reordenamento do espaço
socioprofissional, à medida que reconfigura de forma significativa o campo
das políticas, mediante as tendências de privatização, mercantilização e
refilantropização das formas de enfrentamento da “questão social”.
(ALENCAR, 1996, p.11).

Desse modo, o Serviço Social contemporâneo foi imposto a grandes desafios


que o guiou para o comprometimento nas lutas sociais, e na introdução de projeto
ético-político, dirigido para a formação de uma sociedade justa, inclusiva e
igualitária, bem como no resgate da crença para que os indivíduos sejam capazes
de estabelecer novos padrões para viver em sociedade. Desse modo, pressupondo
na prospecção de um mundo melhor.
Inicialmente os movimentos sociais, tratou-se da atuação do assistente social
através de um vínculo de assalariamento, uma das formas para constituir-se a
firmação de convênios entre os movimentos sociais e os órgãos estatais, de maneira
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que os profissionais auxiliem na aplicação dos projetos e os programas sociais,


juntamente com a classe trabalhadora. Em relação, ao Serviço Social, as
informações e os fatos apresentam, a compreensão dos movimentos sociais como
espaço sócio ocupacional frente ao processo de trabalho do assistente social.
Desse modo, pode-se dizer que, o movimento de reconceituação foi o ponto
culminante do processo histórico do serviço social, pois foi através desse movimento
que surgiu um modelo novo de atuação, deixando de ser apenas um assistencialista.
Sendo assim, o movimento de reconceituação surge justamente para ampliar o
conceito de que o serviço social, é para atuar viabilizando os direitos do ser humano.

1.3 Serviço Social na Educação

Nesse tópico abordar-se-á acerca da legislação que prevê a inserção do


Assistente Social nas escolas públicas, pontuando os desafios e a importância da
conquista desse espaço sócio ocupacional. Ressalta-se que, o serviço social no
âmbito educacional está voltado para a democratização da educação, gratuita e de
qualidade, viabilizando a paridade das condições para promover o ingresso, o
desenvolvimento e a permanência e consequentemente a conclusão do alunado nos
estudos.
A lei 13935/2019, homologada e promulgada, nos termos do parágrafo 5º do
art. 66 da Constituição Federal, que dispõe sobre a prestação de serviços de
psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. Prevê em seu
Art. 1º “As redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia e
de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas
políticas de educação, por meio de equipes multiprofissionais”, porém, para que tal
dispositivo seja concretizado haverá muitos desafios.
Ainda dispõe o artigo que, o assistente social trabalhará juntamente com os
educadores, no qual todos fazem parte do mesmo contexto educacional e da mesma
ação, além da reciprocidade do conhecimento. Conforme art. 1º § 1º “As equipes
multiprofissionais deverão desenvolver ações para a melhoria da qualidade do
processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar,
atuando na mediação das relações sociais e institucionais”.
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É notório, a importância da conquista desse espaço sócio-ocupacional, uma


vez que, a multidisciplinaridade é benéfica e auxilia no ensino aprendizagem bem
como no desenvolvimento da criança e ao adolescente.
O CFESS (2011/2014) diz que:

Para tanto, exige-se do/a profissional de serviço social uma competência


teórica e política que se traduza em estratégias e procedimentos de ação
em diferentes níveis (individual e coletivo), capaz de desvelar as
contradições que determinam a Política de Educação. Assim como
ultrapassar os limites conceituais e ideológicos em torno de expressões
como “educação para a cidadania”, “educação inclusiva” e “democratização
da educação”, que sugerem a ideia de “compromisso social”, mas sem as
condições objetivas de sua realização, na medida em que não situa
concretamente o componente de classe ao qual elas se vinculam.
Exigências que resultam na ampliação do leque de ações profissionais para
além das solicitações institucionais de realização de estudos
socioeconômicos. (CFESS, 2011/2014, p 41)

Desse modo, pode-se que o profissional de assistente social é preparado


para atender as complexidades dos alunos, tanto familiar como escolar,
desenvolvendo seu trabalho a partir de um estudo social, o qual segue os critérios
próprios do serviço social. Sendo assim, pode-se dizer, que o serviço social,
desempenha um trabalho significativo na educação, garantindo os direitos e
deveres, bem como o cumprimento das regras de normatização da assistência
social em prol de todos.

1.4 Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade

Nesse subtema discorrerá, sobre o cenário de reforma do Estado brasileiro a


partir da década de 90, identificando como ocorre o enfrentamento das expressões
da questão social e inserindo o assistente social em um novo espaço sócio-
ocupacional, identificado como terceiro setor. É notório que, durante o período do
surgimento e efetivação do serviço social ocorreram grandes transformações que
afetam as instituições e a pratica da profissão.
A grande responsabilidade política na década de 90, foi justamente a reforma
de Estado. Pois a partir da década de 70, com o avanço deturpado do processo de
globalização, fez com que o Estado entrasse em crise, causando elevação das taxas
de desemprego, aumentou a inflação, reduziu o crescimento econômico. Desse
modo, viram a necessidade de reconstrução do Estado, para além de realizar suas
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tarefas básicas de garantidor da propriedade e dos contratos, dos direitos sociais e


de promotor da competitividade do pais.
Conforme Cardoso:

Contraditoriamente, o ano de 1979, como marco desse momento no Brasil é


também o marco do movimento mundial de rearticulação e fortalecimento
das forças conservadoras em torno do projeto neoliberal que dá sustentação
política à reestruturação produtiva do capital e que derrota o projeto no qual
se apoiava o movimento de luta e organização dos trabalhadores no país.
Ou seja, enquanto no Brasil o movimento operário e as lutas sociais
avançavam, ocorreu a ascensão do projeto neoliberal de alcance mundial
que, como é sabido, só alcançou efetivamente o Brasil em 1990.
(CARDOSO, p, 5).

Sendo assim, pode-se dizer que, o espeço do Estado é determinado pelo


mercado e tendo como base todo processo econômico e político.
Após a ditadura militar com a volta ao Estado de Direito, surge uma nova
esperança para a profissão, especialmente após a promulgação da constituição de
1988, a qual introduz os direitos sociais e defini uma concepção, no planejamento
constitucional e valores éticos aos assistentes sociais. Desse modo, nota-se que
com a reforma da sociedade pelo Estado, ocorreram mudanças, que apresentam
modificações, na perspectiva do Serviço social em dois contextos; a pratica e a
formação profissional.
De acordo Alencar:

Nesta perspectiva, ganha acento a noção de “terceiro setor”, enquanto


espaço situado ao lado do Estado (público) e Mercado (privado), no qual
são incluídas entidades de natureza distinta como ONGs, fundações
empresariais, instituições filantrópicas e atividades do voluntariado.
Consideram-se entidades de fins públicos de origem diversa (estatal e
social) e de natureza distinta (privada e pública). O “terceiro setor” é
considerado um setor “não-governamental”, “não-lucrativo” e “esfera pública
não estatal” materializado pelo conjunto de “organizações da sociedade civil
consideradas de interesse público”. (ALENCAR, p, 3).

Sendo assim, na década de 90 e início do século XXI, como o crescimento


significativo da população, foi necessário ampliar os serviços básicos oferecidos pelo
estado. Porem ressalta-se que os serviços oferecidos não foram prestados
adequadamente, surgindo assim, o terceiro setor para complementar tais
necessidades. Destaca-se como o terceiro setor, as Organizações não
Governamentais, o qual desempenha papeis educacionais, sociais, culturais, entre
outros.
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A Lei 8662 de 1993, dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras


providências, tal como a legitimação do Conselho Federal de Serviço Social e
Conselhos Regionais, bem como as competências e atribuições específicas do
assistente social, elencadas nos artigos 4º e 4º da Lei. Desse modo, com a
regulamentação, da Lei a assistência social passa a ser responsabilização do
Estado legalmente no campo do Direito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente desafio, propôs discorrer sobre o Trabalho e competências


profissionais do Assistente Social na contemporaneidade. Objetivando o objetivo
geral possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas
disciplinas desse semestre. E demonstrar a interversão das políticas neoliberal no
serviço social, os movimentos sociais, as transformações ocorrentes a partir da
década de 90, serviço social na educação e o terceiro setor.
A partir desse desafio profissional, foi possível compreender as
transformações do serviço social na contemporaneidade, pois em seu percurso
histórico desenvolveu a produção e o acumulo de conhecimento, bem como, seu
objeto de intervenção, a natureza da profissão e atuação do assistente social. E a
partir da reforma de estado foi possível realizar um trabalho interdisciplinar que
engloba as políticas de educação, trabalho, segurança, previdência, saúde, entre
outras.
Conforme os estudos, pode-se dizer que o Serviço Social se originou a partir
da luta de diversos grupos e movimentos sociais, como sindicatos, partidos políticos,
trabalhadores da área, intelectuais, profissionais liberais, parcelas da igreja,
organizações públicas e privadas entre outros, foi-se discutindo e construindo uma
proposta de Lei Orgânica e de Política de Assistência Social em favor das pessoas
em situação de vulnerabilidade e exclusão.
No que tange, ao terceiro setor caracterizou-se, nessas últimas décadas, uma
dimensão globalizada e de desenvolvimento tecnológico e cientifico, dentro do
contexto social, econômico e político, que era marcado pela dificuldade, incerteza,
instabilidade e mudanças aceleradas.
Portanto a partir das considerações realizadas acerca das transformações do
serviço social na contemporaneidade, foi de extrema importância e significância para
a melhoria ao acesso dos direitos garantidos de forma efetiva, pois as demandas
12

relacionadas às expressões da questão social são pertinentes ao âmbito do serviço


social.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, Mônica Maria Torres de. O trabalho do assistente social nas


organizações privadas não lucrativas. Disponível em:
http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/4UkPUxY8i39jY49rWvNM.pdf. Consulta em
31 de agosto de 2021.

BRASIL, Lei 13935 de 2019. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13935.htm. Consulta
em 30 de agosto de 2021

BRASIL, Lei 8662 de 1993. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm. Consulta em 30 de agosto de
2021.

CARDOSO, Franci Gomes. LOPES, Josefa Batista. O trabalho do assistente


social nas organizações da classe trabalhadora. Disponível em:
http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/7td9938a021b2W55LR0Y.pdf. Consulta em
30 de agosto de 2021.

CFESS. Subsídios para a atuação de Assistentes Sociais na política de


educação. Disponível em:
http://www.cfess.org.br/arquivos/BROCHURACFESS_SUBSIDIOS-ASEDUCACAO.
pdf Consulta em 01 de setembro de 2021.

FALEIROS, Vicente de Paula. Serviço Social: questões presentes para o futuro.


In: Serviço Social e Sociedade. N. 50. São Paulo, Cortez, abril,1996.

GUIMARÃES, G.T.D.; MACIEL, A.L.S.; GERSHENSON, B. (orgs). Neoliberalismo e


desigualdade social: reflexões a partir do Serviço Social.
Porto Alegre: EDIPUCRS, 2020. [Biblioteca Virtual Universitária 3.0]

IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul de. Relações sociais e serviço social
no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 29. ed. São Paulo:
Cortez, 2009

KREIN, José Dari. As transformações no mundo do trabalho e as tendências


das relações de trabalho na primeira década do século XXI no Brasil. Disponível
em:
13

hhttp://stat.necat.incubadora.ufsc.br/index.php/necat/article/view/2785/3 313
Consulta em 01 de setembro de 2021.

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