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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


SERVIÇO SOCIAL

MARIA LÚCIA BESSA

A PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL:

CONTAGEM

2015
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MARIA LÚCIA BESSA

A PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL:

Trabalho apresentado ao Curso( serviço social)


da UNOPAR - Disciplina(Estatística e Indicadores
Sociais,Processo De Trabalho e ssco,( a prática
profissional do serviço sociall) Prof Maria Angela
Santini,,Clarice Kernkamp,Valquiria APª Dias
Caprioli.

CONTAGEM

2015
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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO....................................................................................04

2-DESENVOLVIMENTO.........................................................................05

3-CONCLUSÃO......................................................................................08

4-REFERÊNCIAS....................................................................................09
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho propõe realizar uma reflexão no âmbito da


construção da identidade profissional, do Assistente Social, destacando alguns
dos desafios profissionais enfrentados, relacionados a natureza teórica e
prática do serviço social na atualidade. Tal reflexão sobre a construção
histórica e teórico-metodológica do Serviço Social - desconsiderando o
contexto em que se fez necessária a implementação da profissão na divisão
social do trabalho, seria como analisar a questão social sob a ótica do
pensamento liberal, que considera os “problemas” sociais como consequências
de desajustes pessoais, respondendo a estes problemas com ações
imediatistas, desprovidas de objetivos em desenvolvimento de um modelo
genérico ao ser humano. Desconsiderar portanto, a questão da produção e
manutenção das desigualdades sociais em atendimento aos interesses
burgueses, induz a ideologia da institucionalização de uma profissão que, a
serviço do “capital filantrópico”, “ajuda” aos cidadãos inaptos a sobreviverem
neste sistema onde cada um vale segundo o que produz. O trabalho do
assistente social nas organizações da classe trabalhadora proposto pelas
maiores e mais dinâmicas organizações da categoria profissional dos
assistentes sociais no Brasil – CFESS e ABEPSS –, é bastante desafiador.
Primeiro porque instiga a uma abordagem da recente polêmica em torno do
trabalho do assistente social levantada e travada, no final da década de 90 do
século XX, entre um grupo de estudiosos expressivos do Serviço Social. Tal
reflexão sobre a construção histórica e teórico-metodológica do Serviço Social.
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DESENVOLVIMENTO

O serviço social tem na questão social à base da sua fundação como


especialização do seu trabalho. A questão social explica a necessidade das
politicas sociais, no âmbito das relações entre as classes e o estado , mas as
politicas sociais , por si não explicam a questão social.

Os assistente sociais trabalham com a questão social na mais variadas


expressões quotidiana , tais como os indivíduos as experimentam no trabalho,
na família, na área habitacional, na saúde , na assistência social pública. A
questão social que sendo desigualdade social, é também rebeldia por envolver
sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem e se opõe. E nesta
tensão entre população e desigualdade e a produção e rebeldia e da
resistência, que trabalham os assistentes sociais , situados neste terreno
movidos por interesses sociais distintos , aos quais não e possível abtrair ou
deles fugir porque tecem a vida em sociedade.

Desse modo, marcaremos o rompimento do Serviço Social com o


tradicionalismo que permeava a profissão, o que dava uma nova face à
profissão: o de comprometimento com a liberdade e justiça. Assim,
destacaremos a adesão da profissão a um arcabouço teórico consolidado que
rompeu com o conservadorismo profissional permitindo ao Serviço Social
maior reflexão crítica para compreender as repercussões da questão social e
sua importância para o exercício da profissão nesta sociedade.

O tratamento do trabalho desse modo é, contudo, uma abstração se não


se considera sua interação com outras facetas da sociabilidade que viabiliza.
Isto é, por mais que se possam verificar todas essas características da
categoria trabalho num processo singular e individual, retirá-lo da atmosfera do
social leva a mistificações que limitam a compreensão da extensão de todas
suas consequências na sociabilidade humana. Assim, concomitantemente ao
processo de trabalho, mas numa esfera particular da sociabilidade, dá-se a
divisão social do trabalho. Esse processo de divisão do trabalho, um dos
grandes responsáveis pelo aumento do sobre produto social que se verifica
mesmo em sociedades simples e primevas e atinge formas extremamente
complexas e multifacetadas na contemporaneidade.
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A divisão do trabalho necessário à manutenção social se dá pelo


surgimento, ante as necessidades humanas e as vicissitudes próprias do
processo de trabalho, de uma série de funções específicas, o que gera
diversos papéis sociais, como o da mulher e do homem, do caçador, do
sacerdote, do operário, do capitalista, do professor etc.; enfim, tantos papéis e
funções quanto se tornem necessários ou pertinentes à manutenção e
reprodução de um meio social segundo seu modo próprio de organizar-se.
Também, como decorrência desse processo, tem-se a divisão entre atividades
manuais e atividades intelectuais, entre campo e cidade, etc.

Dentro do aspecto da empresa, o serviço social possui uma forma


expressiva de sua participação, pois devido a sua flexibilização no processo de
produção é notória a repercussão direta nas relações de trabalho e na gestão
da força de trabalho, já que a expansão do capital apresenta novas
necessidades sociais junto aos empregados e sua família.

Tem se constituído em terreno fértil para a atuação de profissionais das


ciências humanas e sociais, dentre os quais têm se destacado especialmente
os administradores que , com primor profissional , têm transferido para as
instituições não-governamentais, de assistência social , educação , saúde ,
lazer , cultura , dentre outras, conhecimentos e técnicas de gestão segundo a
lógica empresarial . E a lógica da gestão de políticas sociais, em que o
assistente social muito pode contribuir. Podemos observar que Perdeu-se na
ênfase dada ao papel do assistente social na gestão de políticas públicas,
temos como primeiro grande desafio sobre esse tema a compreensão sobre o
que vem a ser terceiro setor , sua configuração e principais características e
desafios .

O agravamento da questão social decorrente do processo de


reestruturação produtiva e da adoção do ideário neoliberal repercute no campo
profissional, tanto nos sujeitos com os quais o Serviço Social trabalha – os
usuários dos serviços sociais públicos – como também no mercado de trabalho
dos assistentes sociais que, como o conjunto dos trabalhadores, sofre o
impacto das mudanças que atingem o exercício profissional.
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O terceiro setor tem sido utilizado com frequência crescente e, por


mais que , no contexto do Serviço Social , tenha sido recebido com ressalvas,
cuidados , indiferenças e até críticas contundentes , não há como negar a
evidência social , econômica e política que esse “ setor ” tem alcançado no
cenário internacional e nacional .

As transformações sociais em curso no cenário mundial desde a década


de 1970 não se restringem à dimensão produtiva e tecnológica, mas diz
respeito também a regulação sócio estatal com claras incidências na
configuração dos sistemas públicos de proteção social nacionais. No novo
contexto social, foram restauradas as perspectivas liberal-conservadoras,
travestidas no neoliberalismo, entoando o canto do poder autorregulador das
forças de mercado para restabelecer o ajuste entre oferta e demanda de
trabalho; e, também, avesso à intervenção do Estado no plano econômico e
social. Ancorados nos princípios econômicos e políticos do neoliberalismo1,
este processo repercutiu nos processos de regulação e reprodução social,
estabelecendo outros mecanismos sociopolíticos e institucionais na relação
entre o capital, o trabalho e o Estado.

De acordo com Montaño (2002), “o desenvolvimento do chamado


‘terceiro setor’ decorre das sensíveis alterações nas modalidades de respostas
às sequelas da ‘questão social’”. Decorre, pois, da forte crítica que se faz das
políticas sociais universais, contratualista e constitutivas de direito de
cidadania. Significa uma alteração no padrão de resposta à questão social,
representando a desresponsabilização do Estado, a desoneração do capital e
autorresponsabiização do cidadão e das comunidades locais para essa função.

Por outro lado, observa-se que, com a tendência de redução do Estado,


tem-se a diminuição do espaço profissional do assistente social mediante os
processos de diminuição das despesas estatais na órbita da esfera social,
acarretando a racionalização dos gastos sociais com as políticas sociais, com
implicações nos postos de trabalho para o assistente social na esfera pública,
com a diminuição de demandas, sucateamento do aparato organizacional e
institucional, a precarização das condições de trabalho, principalmente em face
do perigo da terceirização.
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Conclusão:

Pode-se observar que o Serviço Social é fruto de um intenso debate,


contradições e inovações dentro do contexto histórico brasileiro. Isto ocorre a
partir de avanços em estudos acadêmicos, qualificação, pesquisas dando-lhes
um olhar critico da realidade social.

o Estado faz reconhecer a necessidade de intervenção, para não perder


o controle, concede algumas Políticas Sociais. Para isto, faz-se necessário um
profissional capacitado que fosse gestor das mesmas e que trabalhasse
sobretudo em função da consolidação do capitalismo e que pudesse mediar as
relações entre essas duas classes como forma de manutenção do poder. A
partir daí os profissionais assumem um novo direcionamento, não mais
mediadores de conflitos, mas sim, executando, elaborando, supervisionando e
avaliando estudos, pesquisas, planos e programas na área do serviço social, e
principalmente atuando frente às expressões da questão social, na
consolidação de seu Projeto Ético-Político, e na efetivação da garantia de
direitos sociais.

No que se referem às atribuições profissionais, os assistentes sociais


estão sendo demandados nestes novos espaços profissionais para atuar na
Gestão de programas sociais, o que implica o desenvolvimento de
competências no campo do planejamento, formulação e avaliação de políticas
sociais. Sendo assim, há uma grande tendência de crescimento das funções
sócio institucional do serviço social para o plano da gerência de programas
sociais, o que requer do profissional o domínio de conhecimentos e saberes,
tais como de: legislações sociais correntes, numa atualização permanentes;
análises das relações de poder e da conjuntura; pesquisa, diagnóstico social e
de indicadores sociais, com o devido tratamento técnico dos dados e das
informações obtidas, no sentido de estabelecer as demandas e definir as
prioridades de ação; leitura dos orçamentos públicos e domínio de captação de
recursos; domínio do processos de planejamento e a competência no
gerenciamento e avaliação de programas e projetos sociais.
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REFERÊNCIAS;

IAMAMOTO, Marilda vilella. o serviço social na contemporaneidade:


trabalho e formação profissional, 25 ed. são Paulo: cortez,2014.

BRASIL. Código de ética do/a Assistente Social. Lei 8662/93 de


regulamentação da profissão. 10ª ed. Brasília: CFESS, 2012

http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v7n2_selma.htm acessado em
15/08/2015

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
66282013000200003 acessado em 15/09/2015

http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/4UkPUxY8i39jY49rWvNM.pdf acessado
em 15/08/2015

MONTAÑO, Carlos. Das “lógicas do estado” as “lógicas da sociedade civil”:


Estado e “terceiro Setor” em questão. Serviço Social e Sociedade. São Paulo,
Cortez, n. 61, 1999.

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