Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aplicado
Constitucionalismo
e Pacote Anticrime
Lei nº 13.964, de 24.12.2019
O pacote é resultado da
reunião de propostas
elaboradas pelo ministro
da Justiça, Sergio Moro, e
por uma comissão de
juristas coordenada pelo Durante o seu trâmite na Câmara
ministro Alexandre de e no Senado, o projeto sofreu
Moraes, do Supremo sucessivas mudanças, por força
inclusive de emendas de iniciativa
Tribunal Federal (STF). parlamentar, que acabaram por
descaracterizá-lo.
2
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Vigência
A Lei nº 13.964/19
entrou em vigor no
dia 23.01.2020.
3
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Juiz das Garantias
4
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Medidas cautelares - resumo
5
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Juiz das Garantias
6
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Sistemas processuais penais
12
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
II - receber o auto da prisão em flagrante para o
controle da legalidade da prisão, observado o
disposto no art. 310 deste Código;
13
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que
este seja conduzido à sua presença, a qualquer tempo;
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal;
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida
cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo;
14
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Veto e razões do veto do §1º
17
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
Neste caso também o juiz deverá designar audiência pública e oral, assegurados o
contraditório e a ampla defesa (autodefesa e defesa técnica).
18
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
19
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
20
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
21
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
22
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
23
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Recebimento da denúncia ou queixa
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a
denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-
la-á e ordenará a citação do acusado para responder à
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Resposta à acusação
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para
a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério
Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.
25
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
26
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições do Juiz das Garantias
§ 1º (VETADO).
27
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Competência do Juiz das Garantias
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as
infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa
com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399
deste Código.
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes
serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam
o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento da
denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das
medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez)
dias.
28
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Competência do Juiz das Garantias
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo,
à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão
apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e
julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas
irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação
de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em
apartado.
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos
acautelados na secretaria do juízo das garantias.’
29
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Impedimento do Juiz das Garantias
30
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Atribuições dos arts. 4º e 5º do CPP
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades
policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá
por fim a apuração das infrações penais e da sua
autoria.
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja
cometida a mesma função.
Inconstitucionalidade
33
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Designação do Juiz das Garantias
34
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Regras de tratamento dos presos
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das
regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de
qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem
da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
administrativa e penal.
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão
disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as
informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso
serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa
aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a
efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade
da pessoa submetida à prisão.
35
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Assistência judiciária a servidores
36
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Direito do advogado
CITAÇÃO ou
INTIMAÇÃO ???
39
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Assistência judiciária a servidores
§ 5º (VETADO).
40
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Assistência judiciária a servidores
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos
servidores militares vinculados às instituições dispostas no art.
142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados
digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
41
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Operações GLO
Segundo o Ministério da Defesa (Portaria Normativa nº
186/MD, de 31 de janeiro de 2014), Operação de Garantia
da Lei e da Ordem (Op GLO) é uma operação militar
determinada pelo Presidente da República e conduzida
pelas Forças Armadas de forma episódica, em área
previamente estabelecida e por tempo limitado, que tem
por objetivo a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio em situações de
esgotamento dos instrumentos para isso previstos no art.
144 da Constituição ou em outras em que se presuma ser
possível a perturbação da ordem (Artigos 3º, 4º e 5º do
Decreto nº 3.897, de 24 de agosto de 2001).
43
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Arquivamento do IP - atualmente
44
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Arquivamento do Inquérito Policial
45
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Arquivamento do Inquérito Policial
1) O próprio órgão do MP ordenará o arquivamento do IP,
das peças de informação ou do procedimento de
investigação criminal.
2) Não há mais controle jurisdicional sobre o arquivamento.
3) O controle é feito pelo próprio MP, por meio da “instância
de revisão ministerial”.
4) Ordenado o arquivamento, o MP deverá comunicar:
a) a vítima.
b) o investigado.
c) a autoridade policial – no caso de IP.
47
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Liminar do Ministro FUX
50
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Acordo de Não Persecução Penal
A Lei 13.964/19 introduziu no CPP o art. 28-A, criando
novo regime jurídico para o acordo de não persecução
penal, implicando em importantes alterações à vista daquilo
que dispunha a Resolução 181/2017 do CNMP.
Art. 157.
.....................................................................................................
..........................................................................................................
............
§ 5º. O juiz que conhecer do conteúdo da prova
declarada inadmissível não poderá proferir a sentença
ou acórdão.
Lei nº 11.690/08
63
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Cadeia de custódia da prova
64
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Rastreamento dos vestígios
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas
seguintes etapas:
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova pericial;
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de
crime;
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime
ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial
produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando
suas características e natureza;
65
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Rastreamento dos vestígios
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é
embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas,
químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de
quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as
condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a
garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua
posse;
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou
o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo,
assinatura e identificação de quem o recebeu;
66
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Rastreamento dos vestígios
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo
com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado
em laudo produzido por perito;
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do
laudo correspondente;
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial
67
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Medidas cautelares alternativas
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título
deverão ser aplicadas observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a
investigação ou a instrução criminal e, nos casos
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime,
circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou
acusado.
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.
REDAÇÃO
REDAÇÃO ATUAL:
ANTERIOR:
§ 5º O juiz poderá, de ofício
§ 5o O juiz poderá ou a pedido das partes,
revogar a medida
cautelar ou substituí-la revogar a medida cautelar ou
quando verificar a falta substituí-la quando verificar a
de motivo para que falta de motivo para que
subsista, bem como subsista, bem como voltar a
voltar a decretá-la, se decretá-la, se sobrevierem
sobrevierem razões
que a justifiquem. razões que a justifiquem.
76
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Audiência de custódia
Inicialmente, tratou-se de uma ação do Conselho
Nacional de Justiça mediante a qual o cidadão preso em
flagrante é levado à presença de um juiz no prazo de 24
horas.
Acompanhado de seu advogado ou de um defensor
público, o autuado será ouvido, previamente, por um juiz,
que decidirá sobre o relaxamento da prisão ou sobre a
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
82
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Audiência de custódia
83
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Audiência de custódia
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o
decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo,
a não realização de audiência de custódia sem
motivação idônea ensejará também a ilegalidade da
prisão, a ser relaxada pela autoridade competente,
sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação
de prisão preventiva. (vigência suspensa pela
liminar do Ministro FUX do STF)
84
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Liminar do Ministro FUX
90
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Prisão preventiva
91
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Prisão preventiva
REDAÇÃO •REDAÇÃO ATUAL:
ANTERIOR: •Art. 312. A prisão preventiva
Art. 312. A prisão poderá ser decretada como
preventiva poderá ser garantia da ordem pública, da
decretada como garantia da ordem econômica, por conveniência
ordem pública, da ordem da instrução criminal ou para
econômica, por conveniência assegurar a aplicação da lei penal,
da instrução criminal, ou
para assegurar a aplicação da quando houver prova da existência
lei penal, quando houver do crime e indício suficiente de
prova da existência do crime autoria e de perigo gerado pelo
e indício suficiente de estado de liberdade do
autoria. imputado.
92
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
§2º acrescentado ao art. 312
§ 2º A decisão que decretar a
prisão preventiva deve ser
motivada e fundamentada em
receio de perigo e existência
concreta de fatos novos ou
contemporâneos que
justifiquem a aplicação da
medida adotada.
93
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Art. 313, § 2º - acrescentado
94
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Fundamentação da preventiva
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a
prisão preventiva será sempre motivada e
fundamentada.
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva
ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar
concretamente a existência de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação
da medida adotada.
95
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Carência de fundamentação
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que:
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o
motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão;
96
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Carência de fundamentação
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador;
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que
o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento.
97
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Revogação da preventiva
•REDAÇÃO REDAÇÃO ATUAL
ANTERIOR Art. 316. O juiz poderá, de
•Art. 316. O juiz poderá ofício ou a pedido das
revogar a prisão preventiva partes, revogar a prisão
se, no correr do processo, preventiva se, no correr da
verificar a falta de motivo investigação ou do processo,
para que subsista, bem verificar a falta de motivo para
como de novo decretá-la, que ela subsista, bem como
se sobrevierem razões que novamente decretá-la, se
a justifiquem. sobrevierem razões que a
justifiquem.
98
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
§ único acrescentado ao art. 316
Parágrafo único. Decretada a prisão
preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, de
ofício, sob pena de tornar a prisão
ilegal.
99
Maracir Ataídes da Silva - 00197813500
Tribunal do Júri – prisão em 1ª instância
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá
sentença que:
I – no caso de condenação:
a) fixará a pena-base;
b) considerará as circunstâncias agravantes ou
atenuantes alegadas nos debates;
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em
atenção às causas admitidas pelo júri;