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SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA:

DESAFIOS E POSSIBILIDADE PARA EFETIVAÇÕ


DA POLÍTICA PÚBLICA DE INCLUSÃOA

Carla Cristina Silva Vilaça

Jecilane Marciana Silva Vilaça

Orientdora: Olsymara Cavalcante

Resumo
1
Este estudo tem como tema o Serviço Social e sua efetiva implantação na educação básica para
a garantia de direitos da política inclusiva. Foi estudado, por revisão bibliográfica, normativa e
documental, e teve como objeto a análise sobre a efetivação do Serviço Social na educação
básica e a efetivação do trabalho multi , inter e transdisciplinar para a garantia de direitos da
política inclusiva brasileira, a partir da Lei 13.935/2019 – inclusão de profissionais de Serviço
Social e Psicologia nas escolas, LeiDecreto nº 13.146/ 2015e suas normativas anteriores, a partir
da Constituição Federal de 1988.Durante o processo de revisão bibliográfica, percebe-se a
necessidade de se aprofundar em estudos que permitam identificara importância da atuação do
Serviço Social junto ao Sistema de Garantia de Direitos de pessoas que demandam da Política
de Inclusão Brasileira, o que esta pesquisa vem contribuir sobre a atuação da(o) assistente
social frente aos desafios e possibilidades para a implementação da política de inclusão
brasileira. É importante perceber que a Lei foi sancionada, mas ainda há muito o que se avançar
para efetivá-la, pois as escolas públicas municipais e estaduais ainda não receberam
profissionais de Serviço Social e de Psicologia de acordo com as demandas necessárias para sua
efetivação na realidade educacional de ensino fundamental.

Palavras Chaves: Serviço Social, Educação


Inclusiva, Políticas Públicas de Educação

¹Graduandas emServiçoSocialpelaUniversidadedoEstadodeMinasGerais–UnidadeCláudio.

² Professora orientadora do curso de Serviço Social (UEMG/Cláudio). Especialista em Serviço Social:


DireitosSociaise CompetênciasProfissionais(UNB).Especialista em Família: Intervenção Social junto à Família
(FACISA). Graduada em Serviço SocialPUC/Minas). Mestranda em Docência Universitária pela Universidad
Europea Del Atlantico

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1 Introdução

A escola é concebida como um espaço socioeducativo que leva em conta o desenvolvimento


humano, por meio de métodos e processos pedagógicos que possibilitam o aprendizado dos alunos,
possibilitando a troca de experiências e vivências entre os indivíduos que fazem parte do ambiente
escolar. Este estudo tem como objetivo analisar o papel do assistente social no contexto da educação a
partir de uma visão inclusiva.

Nesse sentido, a problematização inclui compreender como os autores do serviço social discutem
o tema por meio de publicações de abordagens teóricas com vistas à reflexão e discussão a partir de suas
próprias perspectivas, demonstrando assim a importância da profissão no espaço escolar e auxiliando no
enfrentamento da educação. Dessa forma, o presente estudo aborda a inserção do assistente social na
política educacional, levando em consideração suas habilidades e contribuições para a possível execução
de suas atividades no ambiente escolar. Com base nisso, procurou-se compreender a seguinte questão:
Como a inserção de profissionais de Serviço Social, no Estado de Minas Gerais poderá ser feita
objetivando a aplicação da Política de Inclusão nas escolas?

A justificativa que permite a abordagem desse tema leva em consideração o fato de que, o
processo de construção deste estudo permite identificar os constrangimentos que impedem sua inserção na
atuação e as inúmeras possibilidades que podem ser abordadas com equipes multiprofissionais no cenário
educacional. A inserção na política educacional representa a possibilidade de o Serviço Social contribuir
para a efetivação do direito à educação por meio de ações que promovam a matrícula e continuidade da
população nas escolas e a qualidade dos serviços no sistema de ensino.

Com isso é preciso compreender a ausência de mecanismos efetivos de inserção dos profissionais
de Serviço Social e da Psicologia, de acordo com a Lei 13.935/2019, bem como a ausência de
responsabilidade dos mecanismos de controle social – conselhos municipais, estaduais e nacionais de
educação, da criança e do adolescente e da pessoa com deficiência sobre a Política de Inclusão Brasileira.
Relevante se faz ainda trabalhar o diálogo entre a rede pública de ensino básico e os mecanismos de
controle social, bem como o conhecimento das famílias de pessoas com deficiência e outras comorbidades
neurológicas e/ou psiquiátricas.

Assim, o objetivo geral deste trabalho é o de analisar e identificar a política de educação na


modalidade básica (ou Ensino Fundamental) e a atuação da(o) assistente social frente aos desafios e
possibilidades para a implementação da política de inclusão brasileira. Pretende-se, de forma específica:
estudar sobre o trabalho do Serviço Social na Política Nacional de Educação Básica e sua importância no
ambiente escolar, especificamente sobre as Leis nº 13.935/2019 – inclusão de profissionais de Serviço
Social e Psicologia nas escolas, Lei Decreto nº 13.146/ 2015 e suas normativas anteriores e posteriores, a
partir da Constituição Federal de 1988; estudar sobre o trabalho multidisciplinar, interdisciplinar e
transdisciplinar no ambiente escolar para o atendimento e a garantia de direitos de pessoas que requerem a
aplicação da Política de Inclusão Brasileira; analisar, após identificar, a importância da atuação do Serviço
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Social junto ao Sistema de Garantia de Direitos de pessoas que demandam da Política de Inclusão
Brasileira.

A metodologia utilizada para a construção deste trabalho é a pesquisa qualitativa baseada em


critérios bibliográficos, orientada por Gil (2010), por meio de obras e autores sobre temas relevantes. Na
pesquisa bibliográfica, essa modalidade de pesquisa é realizada por meio de levantamentos e registros.
Diante dos conceitos apresentados, este trabalho se baseia em pesquisa bibliográfica, discussão e análise
de documentos publicados em periódicos, textos, artigos e livros. O método utilizado para conduzir a
pesquisa é o hipotético-dedutivo (SEVERINO, 2015).

1 Subsidios Para o Trabalho Do Assistente


Social Na Política de Educação

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Segundo CFESS(2012), na Política de Educação, existem níveis e modalidades de ensino.
E esses níveis e modalidades de ensino apresentam singularidades sobre como se organizam os
fluxos de atuação dos profissionais de Serviço Social nesses espaços ocupacionais, a questão dos
instrumentos legais e normativos e também as regulamentações de governo.
O CFESS(2012) também aponta a importância da capacidade teórico-metodológica,
técnico-operativa e ético-política do Serviço Social neste espaço ocupacional da educação; pois o
assistente social é um profissional preparado para trabalhar com produção de conhecimento,
combatendo qualquer forma de preconceito e garantindo direitos sociais aos seus usuários.
O Serviço Social possui o seu Projeto Ético Político. E, de acordo com Braz e Teixeira
(2009),expressando em seu primeiro tópico de análise que reflete sobre a natureza dos projetos
societários, dos projetos coletivos e suas interrelações, apresenta que
“Neste universo sóciohumano,  que  tem  o  trabalho  como  atividade  fundante,  um 
conjunto de práticas (ou atividades) são desencadeadas historicamente. Compõese, então,  um 
mundo  cada  vez  mais  complexo  e  mediado,  formado  por  diversas  modalidades  de 
práticas/atividades  que  se  originam  tanto  do  mundo  práticomaterial  quanto  do  mundo 
prático‐ideal.”( https://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/teixeira-joaquina-barata_-braz-
marcelo-201608060407431902860.pdf, acesso em 10 de setembro de 2022).

Considerando o Projeto Ético Político do Serviço Social, segundo NETTO(1999, p. 104 –


105),
(...) o compromisso do Serviço Social é claro quando
tem em seu núcleo o reconhecimento da liberdade como valor ético  central  –  a 
liberdadeconcebida  historicamente,  como  possibilidade 
de escolher entre alternativas concretas; daí um compromisso com a 
autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. 
Conseqüentemente,  o  projeto profissional vinculase a um projeto societário que
propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração
de classe, etnia e gênero. 

Para IAMAMOTO (2009, p 17), a competência crítica do Assistente Social precisa ser
capaz de desvendar os fundamentos conservantistas e tecnocráticos do discurso da
competência burocrática. Para que o profissional de Serviço Social tenha seu trabalho com
competência crítica torna-se necessário chegar à raiz das situações apresentadas, considerando
o que há por trás do conhecimento que explica as estratégias de ação. Para IAMAMOTO
(2009, p.17):
Assim, a competência crítica supõe: a) um diálogo crítico com a herança intelectual
incorporada pelo Serviço Social e nas autorrepresentações do profissional, cuja porta de

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entrada para a profissão para pela história da sociedade e pela história do pensamento
social na modernidade, construindo um diálogo fértil e rigoroso entre teoria e história;
b) um redimensionamento dos critérios da objetividade do conhecimento, para além
daqueles promulgados pela racionalidade da burocracia e da organização, que privilegia
sua conformidade com o movimento da história e da cultura. A teoria afirma-se como
expressão, no campo do pensamento, da processualidade do ser social, apreendido nas
suas mútuas relações e determinações, isto é, como “concreto pensado”(IAMAMOTO
2009, p. 17, apud MARX, 1974).

Nesta reflexão, Iamamoto vem contribuir para o perfil profissional de Serviço Social
que precisar estar atento à história, na contradição do conhecimento acumulado pelo ser social
e profissional capaz de considerar a cultura e a construção intelectual para decifrar o não dito,
de acordo com a realidade apresentada, quando as contradições da vida social e do trabalho:
(...)por um lado, a igualdade jurídica dos cidadãos livres é inseparável da desigualdade
econômica derivada do caráter cada vez mais social da produção, contraposta à
apropriação privada do trabalho alheio. Por outro lado, ao crescimento capital
corresponde a crescente pauperização relativaa do trabalhador. Essa é a lei geral da
produção capitalista, que se encontra na gênese da questão social nessa sociedade.
(IAMAMOTO, 2009, p.23)

A questão social expressa, portanto, desigualdades econômicas, políticas e culturais das classes
sociais, mediatizadas por disparidades nas relações de gênero, características éticos-raciais e
formações regionais, colocando em causa amplos segmentos da sociedade civil no acesso aos
bens da civilização (IAMAMOTO, 2010, p160). Iamamoto (2010, p.180) destaca que se pode
atestar, o que fundamenta a existência de uma nova questão social é a negação da existência
de classes sociais, a naturalização da desigualdade social, cujas manifestações são deslocadas
para a esfera da gestão social. A sociedade é isentada de responsabilidades na produção da
questão social, cujas raízes devem seridentificadas na diferenças das biografias individuais.

1.1. Instrumentos normativos e legais para o trabalho do Assistente Social

A Lei 8662/93 que regulamenta a profissão de Serviço Social, apresenta em seus artigos 4
e 5 as competências e atribuições privativas do Serviço Social. Segundo a referida lei:

Art. 4º Constituem competências do Assistente Social: I - elaborar, implementar, executar


e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta,
empresas, entidades e organizações populares; II - elaborar, coordenar, executar e avaliar
planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com
participação da sociedade civil; III - encaminhar providências, e prestar orientação social
a indivíduos, grupos e à população; IV - (Vetado);V - orientar indivíduos e grupos de
diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos
no atendimento e na defesa de seus direitos; VI - planejar, organizar e administrar
benefícios e Serviços Sociais; VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam
contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; VIII -
prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II
deste artigo; IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e
sociais da coletividade; X - planejamento, organização e administração de Serviços
Sociais e de Unidade de Serviço Social; XI - realizar estudos sócio-econômicos com os
usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.
Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social: I - coordenar, elaborar,
executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área
de Serviço Social; II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade
de Serviço Social; III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta
e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; IV -
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realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social; V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de
graduação como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios
e adquiridos em curso de formação regular; VI - treinamento, avaliação e supervisão
direta de estagiários de Serviço Social; VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e
Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação; VIII - dirigir e coordenar
associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social; IX - elaborar
provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou
outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos
inerentes ao Serviço Social; X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos
assemelhados sobre assuntos de Serviço Social; XI - fiscalizar o exercício profissional
através dos Conselhos Federal e Regionais; XII - dirigir serviços técnicos de Serviço
Social em entidades públicas ou privadas; XIII - ocupar cargos e funções de direção e
fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria
profissional.

Ao se refletir sobre a lei 8662/93, percebe-se que o compromisso do profissional de Serviço


Social está além do fazer profissional, e reafirma-se o Projeto Ético Político da categoria
profissional, assim como a necessidade de competência crítica, para a melhor construção de
estratégias e ações para além do conhecimento e da cultura, desenvolvendo intervenções que de
fato respondam às transformaçõe sociais.
Portanto, de acordo com a resolução CFESS 273/93 que institui o Código de Ética do
profissional de Serviço Social, é preciso considerar que existem instruções normativas que
precisam ser cumpridas em relação aos direitos e deveres do profissional, do usuário, da relação
com as outras categorias profissionais, e das relações com as instituições. Pensar o Código de
Ética do Serviço Social requer ter conhecimento e responsabilidade para com o usuário, os
colegas de outras categorias e respeito e responsabilidade para com o exercício da profissão.

1.2. O trabalho do Assistente Social junto a outras categorias profissionais


Ao se refletir sobre desafios do Serviço Social no século XXI, principalmente ao se
direcionar para o exercício da profissão nas instâncias estatais e nos mecanismos de controle
social, percebem-se várias questões que são de grande relevância. Dentre elas, Segundo
Raichelis (2009, p. 389):

O Serviço Social nos seus diversos documentos legais que fundamentam o


seu projeto ético-político ressalta a construção de uma nova ordem social,
com igualdade, justiça social, universalização do acesso às políticas sociais,
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bem como a garantia dos direitos civis, políticos e sociais para todos. Os
projetos profissionais, segundo Netto (1999), são indissociáveis dos projetos
societários que lhes oferecem matrizes e valores e expressam um processo
de luta pela hegemonia entre as forças sociais presentes na sociedade e na
profissão.

Para tanto, o trabalho com outras categorias profissionais, especialmente na educação inclusiva, está
vinculado ao processo de trabalho, de acordo com o Código de Ética do Serviço Social, em seu
CAPÍTULO III - Das Relações com Assistentes Sociais e outros/as Profissionais:
Art. 10 São deveres do/a assistente social: a- ser solidário/a com outros/as profissionais,
sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os postulados éticos contidos
neste Código; b- repassar ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do
trabalho; c- mobilizar sua autoridade funcional, ao ocupar uma chefia, para a liberação de
carga horária de subordinado/a, para fim de estudos e pesquisas que visem o
aprimoramento profissional, bem como de representação ou delegação de entidade de
organização da categoria e outras, 33 Código de Ética dando igual oportunidade a
todos/as; d- incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar; e-
respeitar as normas e princípios éticos das outras profissões; f- ao realizar crítica pública a
colega e outros/ as profissionais, fazê-lo sempre de maneira objetiva, construtiva e
comprovável, assumindo sua inteira responsabilidade.
Art. 11 É vedado ao/à assistente social: a- intervir na prestação de serviços que estejam
sendo efetuados por outro/a profissional, salvo a pedido desse/a profissional; em caso de
urgência, seguido da imediata comunicação ao/à profissional; ou quando se tratar de
trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; b-
prevalecer-se de cargo de chefia para atos discriminatórios e de abuso de autoridade; c-
ser conivente com falhas éticas de acordo com os princípios deste Código e com erros
técnicos praticados por assistente social e qualquer outro/a profissional; d- prejudicar
deliberadamente o trabalho e a reputação de outro/a profissional.

E para que o trabalho desenvolva de forma integrada junto aos demais profissionais, é importante
considerar que existem métodos de trabalho, que segundo SOMERMANN(2006, p.28-29), são
identificados como termos que se encontram ligados à disciplinaridade, e apresentam várias
definições, e cita autores para esclarecer, primeiro a diferença entre multidisciplinar e
pluridisciplinar:

O multidisciplinar evoca basicamente um aspecto quantitativo, numérico,sem que haja


um nexo necessário entre as abordagens, assim como entreos diferentes profissionais
(COIMBRA, 2000, p. 57).
(...)
Multidisciplinaridade: Sistema de um só nível e de objetivos múltiplos;nenhuma
cooperação (SILVA, p. 74).
A pluridisciplinaridade é a existência de relações complementares entredisciplinas mais
ou menos afins. É o caso das contribuições mútuas dasdiferentes histórias (da ciência, da
arte, da literatura etc.) ou das relaçõesentre diferentes disciplinas das ciências
experimentais (ZABALA, 2002, p.33).
A pluridisciplinaridade é a justaposição de disciplinas mais ou menospróximas, dentro de
um mesmo setor de conhecimentos. Por exemplo:física e química; biologia e matemática;
sociologia e história... É uma formade cooperação que visa melhorar as relações entre
essas disciplinas. Vema ser uma relação de mera troca de informações, uma simples
acumulação
de conhecimentos. Um elemento positivo desta intercomunicação é que seproduz um (sic)
plano de igual para igual, sem que uma não (sic) imponha àoutra, baseando-se, por
exemplo, em que em um determinado momentogoza de uma situação privilegiada ou de
maior prestígio que a outra. Mas naverdade não se contribui para uma profunda
modificação da base teórica,problemática e metodológica dessas ciências em sua
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individualidade. Éuma comunicação que não as modifica internamente. Neste nível ainda
nãoexiste uma profunda interação e coordenação (Documento-base doSimpósio sobre
Educação organizado pela UNESCO em Bucareste, em1983, citado por Santomé, 1998,
p. 71-72).
Pluridisciplinaridade: Sistema de um só nível e de objetivos múltiplos;cooperação, mas
sem coordenação (SILVA, 2002, p.74).

As definições de multidisciplinaridade e pluridisciplinaridade contribuem para o esclarecimento


de que ambas possuem saberes diferenciados e demonstram que a multidisciplinaridade não
apresenta cooperação entre as disciplinas; na pluridisciplinaridade, a cooperação entre as
disciplinas existe, mas não possui coordenação.

Sommerman (2006, p. 29-30) aprofunda as definições entre as disciplinas conceituando os


termos interdisciplinaridade e transdisciplinaridade:
A interdisciplinaridade é um método de pesquisa e de ensino suscetível defazer com que
duas ou mais disciplinas interajam entre si, esta interaçãopodendo ir da simples
comunicação das idéias até a integração mútua dosconceitos, da epistemologia, da
terminologia, da metodologia, dosprocedimentos, dos dados e da organização da pesquisa
(Japiassu, 1991,p.136).
(...)
(...) o termo interdisciplinaridade vem sendo usado como sinônimo emetáfora de toda
interconexão e “colaboração” entre diversos campos doconhecimento e do saber dentro de
projetos que envolvem tanto asdiferentes disciplinas acadêmicas, como práticas não
científicas queincluem as instituições e atores sociais diversos (LEFT, 2000, p. 22).

Sobre transdisciplinaridade, Sommerman (2006, p. 31-32) afirma utilizando vários autores


estudiosos do tema:

(COIMBRA, 2000, p. 58): “(...) é o grau máximo de relações entredisciplinas”


(ZABALA, 2002, p. 33-34), sem ser “a constituição de umasuper-disciplina (...) que
transbordaria o campo das possíveis conexõesentre disciplinas” (LEFT, 2000, p.33).
Left vai além e diz que a “transdisciplinaridade é o questionamento dologocentrismo e da
configuração paradigmática do conhecimento, o qualerradicou da ciência normal todo
saber não científico como externo eestranho, como patológico, como „não-
conhecimento‟; é a transgressão dadisciplinaridade, do saber codificado para apreender,
„coisificar‟, objetivar oreal” (ibid). (...)

Sommerman (2006, p.42-43) apresentou em seu livro, o documentofinal do Congresso


Internacional de Interdisciplinaridade, organizado pela UNESCO,em 1997, que apresenta as
definições dos diferentes níveis de relações disciplinares(pluri, inter e transdisciplinaridade):

A pluridisciplinaridade diz respeito ao estudo de um objeto de uma única


disciplina por diversas disciplinas ao mesmo tempo.(...)
A interdisciplinaridade tem uma ambição diferente daquela dapluridisciplinaridade. Ela
diz respeito à transferência dos métodos de umadisciplina à outra. É possível distinguir
três graus de interdisciplinaridade:
a) um grau de aplicação. Por exemplo, os métodos da física nuclear transferidos à
medicina conduzem à aparição de novos tratamentos de câncer;
b) um grau epistemológico. Por exemplo, a transferência dos métodos dalógica formal ao
campo do direito gera análises interessantes na epistemologia do direito;
c) um grau de geração de novas disciplinas. Por exemplo, a transferência dos métodos da
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matemática ao campo da física gerou a física-matemática; da física de partículas à
astrofísica, a cosmologia-quântica; da matemática aos fenômenos meteorológicos ou aos
da bolsa, a teoria do caos; da informática à arte, a arteinformática. Como
apluridisciplinaridade, a interdisciplinaridade ultrapassa as disciplinas,mas sua finalidade
também permanece inscrita na pesquisa disciplinar.
Seu terceiro grau contribui até para o big bang disciplinar.
A transdisciplinaridade, como o prefixo “trans” o indica, diz respeito ao que
está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentesdisciplinas e além de toda
disciplina. Sua finalidade é a compreensão domundo atual, e um dos imperativos para
isso é a unidade do conhecimento(Síntese do Congresso de Locarno).

Para o desenvolvimento do trabalho do Serviço Social junto ao tema Educação Inclusiva,


percebe-se a necessidade de se decodificar aimportância das diversas frentes de atuação,
considerando que há momentos emque o saber se encontra respeitando as singularidades de cada
um e há momentos
que a junção dos saberes, com as singularidades, propiciam a construção dametodologia, sem que
cada área destitua sua própria identidade.
Para isso, torna-se necessário conhecer os instrumentos normativos que instituem a inclusão do
profissional de Serviço Social na Educação, assim como as leis que regulamentam a Política
Nacional de Diretrizes e Bases da Educação, assim como os Estatutos da Criança e do
Adolescente, o Estatuto da Pessoa com Deficiência e a Política de Inclusão na Educação Básica.
1.3. A regulamentação legal do Serviço Social nas redes públicas de educação básica

A Lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019, institui a presença de serviços de Psicologia


e Serviço Social nas redes públicas de educação básica, possibilitando realizar o trabalho multi,
inter, pluri e interdisciplinar, considerando como base as necessidades e prioridades definidas na
Política Nacional de Educação do Governo do Brasil.
A Lei 13.935/19 encontra-se em consonância e como parte do Sistema Nacional de
Educação, e vem responder a uma demanda antiga do espaço socio-ocupacional do Serviço
Social e da Psicologia, segundo mobilização em site do Conselho Federal de Serviço Social –
CFESS. No site explicita-se que a mobilização das entidades das categorias profissionais de
Psicologia e de Serviço Social contaram também com o apoio da Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), da Associação Brasileira ade Ensino de
Psicologia (ABEP), a Associação de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e a
Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI). As entidades representativas debateram sobre o
Sistema Nacional de Educação com todos os movimentos sociais, entidades de classe da
educação, áreas governamentais nas esferas municipais, estaduais e federal, mecanismos de
controle social e toda a sociedade civil. (www.cfess.org.br , acesso em 20 de setembro de 2022)

Através da Lei 13.935/2019, será possível aplicar as diretrizes propostas do Sistema


Nacional de Educação: universalização do acesso à educação básica; garantia da qualidade dos
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serviços prestados na área; erradicação do analfabetismo; equidade no acesso educacional,
considerando a política de educação inclusiva.

Segundo a Lei 13.935/2019, instituída de acordo com os termos do parágrafo 5º do art. 66 da


Constituição Federal de 1988, é apresentado como normatização:  

Art. 1º  As redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia
e de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas
de educação, por meio de equipes multiprofissionais.

§ 1º  As equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações para a melhoria da


qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade
escolar, atuando na mediação das relações sociais e institucionais.

§ 2º  O trabalho da equipe multiprofissional deverá considerar o projeto político-


pedagógico das redes públicas de educação básica e dos seus estabelecimentos de
ensino.

Art. 2º  Os sistemas de ensino disporão de 1 (um) ano, a partir da data de


publicação desta Lei, para tomar as providências necessárias ao cumprimento de suas
disposições.

De acordo com a referida Lei, requer dos profissionais de Serviço Social e Psicologia, o
trabalho interno na educação básica, assim como o desenvolvimento de trabalhos técnicos
operativos, com competências entre esses profissionais, respeitando atribuições privativas de
ambas as categorias de trabalho.  Para isso, o desenvolvimento de estratégias e táticas de
trabalho no cotidiano da educação básica estarão percebidos no trabalho coletivo entre
pedagogia, psicologia, serviço social e como também junto à comunidade e as políticas
intersetoriais para buscar os alunos que abandonaram a educação básica e também garantir
direitos básicos e essenciais para o combate a vulnerabilidade educacional, social, alimentar e
outras.

Sobre a questão família-escola, no processo de ensino-aprendizagem, o Serviço Social e


a Psicologia serão importantes atores para o desenvolvimento de ações estratégicas para o
Sistema Nacional de Educação se efetivar:

(...)O objetivo é agregar qualidade ao processo de aprendizado e formação


social de estudantes, bem como à convivência escolar e à relação família-
escola, integrando as equipes multidisciplinares na condição de profissionais da
Educação.

O CFP, em conjunto com o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e


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entidades das áreas, tem mobilizado esforços para a efetiva implementação da
Lei 13.935 por estados e municípios, bem como para assegurar seu custeio via
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em dezembro de 2021, a Lei 13.935 foi
legalmente inserida como ação a ser custeada pelo Fundeb, na parcela de 30%
dos recursos que podem ser utilizados pelos municípios, estados e o Distrito
Federal para custear ações na área. (www.cfess.org.br , acesso em 20 de
setembro de 2022)

1 INSTRUMENTOS NORMATIVOS E A POLÍTICA DE INCLUSÃO NA


EDUCAÇÃO BÁSICA

Dentz (2015) contribui para a reflexão de intervenções importantes do Serviço Social nas
políticas publicas de educação, ao considerar “a relação e a própria inserção da categoria
profissional do Serviço Social na Educação se deu frente ao processo constitutivo dessa
categoria no Brasil”.

A Declaração de Salamanca considera como diretriz primordial a inclusão educacional


para, principalmente, atender a toda e qualquer necessidade dos estudantes (Unesco, 1994).

Diante das diversas expressões da questão social que se apresentam na escola, há


necessidade de ações profissionais interdisciplinares que não fazem parte, tradicionalmente, da
escola, dentre elas a do assistente social (Lima; Gomes, 2017).

Os instrumentos normativas e a a política pública de inclusão na Educação Básica no


Brasil apresentam-se pautados na Constituição Federal de 1988, e que terá citada neste artigo a
seguir. Considera-se importante destacar que a efetivação de políticas públicas de educação
depende da legislação e que estas são construídas pelo governo. As política públicas têm a
função de garantir a educação para todos assim como também avaliar e melhorar a qualidade
da sua aplicação no Brasil. Por isso, é importante considerar a Declaração de Salamanca e
também todo o processo de construção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a Política de
Inclusão na Educação Brasileira desde o ano de 1996, considerando a Constituição Federal de
1988.

12
Os mecanismos de controle social como os Conselhos Municipais, Estaduais e Federal de
Educação são importantes para a construção de políticas públicas educacionais inclusivas, pois
no encontro entre a sociedade civil organizada e o Estado, haverá possibilidade de melhor
diagnosticar e planejar estratégias e ações que respondam às necessidades dos movimentos
sociais de pessoas com deficiência e outras comorbidades e da sociedade em geral. A
participação nos conselhos de políticas públicas é garantido na Constituição Federal de 1988.

2.1. A Constituição Federal do Brasil – 1988, suas emendas, e o direito à Politica de Inclusão na
Educação Básica

A Política de Inclusão na Educação Básica está presente nos movimentos sociais e


políticos desenvolvidos por familiares, profissionais e usuários. A partir da Constituição
Federal do Brasil (1988) que afirma que em seu artigo 6º - São direitos sociais a educação, a
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição (Brasil.2015. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015. Acesso
em 30 de outubro de 2022), percebe-se o avanço no sistema de garantia de direitos para a
atenção especial e inclusiva na Educação Básica.
Em seus artigos 23 e 24, também são citados sobre a inclusão de pessoas com
deficiência:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios(...)
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
das pessoas portadoras de deficiência; 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre(...)
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras
de deficiência;

Assim também em seu Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.(Brasil.Constituição Federal do Brasil, 1988)

  Como no Art. 206, da referida Constituição Federal, que afirma que

O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:


I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
13
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da
educação escolar pública, nos termos de lei federal.         (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

(...)

IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da


vida.       (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de


trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a
fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de
carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

No Art. 208, apresenta-se garantias para a educação se efetivar, a saber:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17


(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para
todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;         (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)         (Vide Emenda
Constitucional nº 59, de 2009)
II - progressiva universalização do ensino médio
gratuito;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
(...)
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5
(cinco) anos de idade;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.         (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
subjetivo.
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público,
ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade
competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
responsáveis, pela freqüência à escola.

Na Constituição Federal do Brasil de 1988, em seu Art. 214,

A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração


decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em
regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias
de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do
14
ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas
federativas que conduzam a:         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 59, de 2009)
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos
em educação como proporção do produto interno bruto.         (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

E sobre os deveres da Familia, da Sociedade e do Estado, a Constituição Federal de


1988 apresenta, em seu artigo 227:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.   
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado
para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem
como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência,
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do
acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos
arquitetônicos e de todas as formas de discriminação.
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos
edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a
fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
(BRASIL, Constituição Federal, 1988)

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD EDUCAÇÃO,


no ano de 2019, em acesso à Agência de Notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE/PNAD 2019, percebe-se que o ensino fundamental atendeu a mais de 90%
dos alunos em idade escolar do ensino fundamental. É fato que esses dados são anteriores à
pandemia COVID 19, que esteve presente do ano 2020 até o início do ano de 2022. Segundo a
referida Agência de Notícias: Entre as crianças de 4 e 5 anos, a taxa foi 92,9% em 2019,
frente aos 92,4% em 2018, totalizando pouco mais de 5 milhões de crianças. Já na faixa de
idade de 6 a 14 anos, a universalização, desde 2016, já estava praticamente alcançada,
chegando a 99,7% de pessoas na escola em 2019.
De acordo com o Decreto 3.298/1999Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência, em seu Art. 3º. Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função
psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de
atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;
II - deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um
período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que
se altere, apesar de novos tratamentos;
III - incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da capacidade de
integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos
especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir

15
informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou
atividade a ser exercida.

E em seu Art. 4º. É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas
seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos
do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se
sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia,
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou
ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita
ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para
o desempenho de funções;
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um
decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ,
2.000Hz e 3.000Hz
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor
que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos
nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou
menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
IV - deficiência mental – funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a
duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
V - deficiência múltipla – associação de duas ou mais deficiências.

Foram muitas as conquistas da população usuária da educação inclusiva, ocorrida a


partir da Constituição de 1988 dentre asquais estão a promulgação da Lei de Diretrizes e Base
da Educação, que destaca, após várias reformulações, e tendo a última em 2014, que a
educação no ensino fundamental possui proposta inclusiva.

2.2. LEI DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃONACIONAL - LDB E A PROPOSTA


DE INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Segundo a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, Lei 9.394/1996, em seu


artigo 1º, A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Sobre os Princípios e Fins da Educação Nacional, em seu título II e segundo o Art. 2o
A educação se apresenta em consonância com a Constituição Federal do Brasil ao determinar
ser esta dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de

16
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. E no Art. 3º, apresenta os
princípios para se direcionar a educação no Brasil, a saber:
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: Lei 9.394/1996 I
– igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV – respeito à
liberdade e apreço à tolerância; V – coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino; VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais; VII – valorização do profissional da educação escolar; VIII – gestão
democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino; IX – garantia de padrão de qualidade; X – valorização da
experiência extraescolar; XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho
e as práticas sociais; XII – consideração com a diversidade étnico-racial;
(BRASIL, LDB, 1996)

Em seu título III – Do Direito à Educação e do Dever de Educar, apresenta em seu


artigo 4º o dever do Estado com a educação escolar pública e com garantia segundo seu texto
original:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: a) pré-
escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio;
II – educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de
idade;
III – atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com deficiência, transtorno os globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal
a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na
rede regular de ensino;
IV – acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio
para todos os que não os concluíram na idade própria;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos,
com características e modalidades adequadas às suas
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem
trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
VIII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
básica, por meio de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem;
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino
fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a
partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade;

A Lei 13.005 de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá

17
outras providências, em sua meta 4, apresenta
a universalização da educação para a população de quatro a
dezessete anos, com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação no acesso à
educação básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia do
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados
públicos ou conveniados.(BRASIL, Lei Plano Nacional de
Educação nº 13005 de 2014)

Para a garantia de direitos no Sistema de Política Inclusiva de Pessoas com Deficiência,


considera-se o Estatuto da Criança e do Adolescente como fundamento legal. De forma
intersetorial e com políticas públicas integradas para a inclusão educacional.
Na perspectiva educação inclusiva, no ano de 2008, instituiu-se a Política Nacional de
Educação Especial – Decreto nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, que objetiva a garantia de
permanência de todos os sujeitos em idade escolar na escola e o respeito à(s) diferença(s),
assim como ao institui-la, apresenta os princípios de equidade, inclusão e com aprendizado ao
longo da vida. O Ministério da Educação é o responsável no Brasil pela implementação da
referida Política Pública, que tem por objetivo ampliar o atendimento especializado na
educação do País, garantindo às famílias e aos sujeitos pessoas usuárias da educação especial, o
direito a escolha da instituição em que estudará, considerando escolas regulares inclusivas,
escolas especiais, ou escolas bilingues de surdos. O presente plano de implementação da
política apresenta-se contraditório à PNE-2014, ao se pensar na inclusão em escolas regulares
em sua meta 4 que trata da universalização, educação básica, atendimento educacional
especializado para toda a população sendo proibida a exclusão em razão de deficiência.

2.3. Estatuto da Criança e do adolescente e a garantia de direitos para a educação inclusiva

Segundo o Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069, de


13 de julho de 1990, criança e adolescente é prioridade absoluta, e, sobre o direito à educação,
em seu artigo 54, III, determina que as pessoas com deficiência tenham atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, o que possibilita
atendimento adequado às reais necessidades educacionais da criança e do adolescene, incluindo
e não segregando.
O Eca também considera, em seu teor normativo, outros artigos importantes sobre a
inclusão da pessoa com deficiência. Em seu
Título II - Dos Direitos Fundamentais, em seu Capítulo I - Do
18
Direito à Vida e à Saúde
Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e
do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde,
garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para
promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela
Lei nº 11.185/2005)
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão
atendimento especializado.
(...) (Brasil, Lei 8069 Estatuto dos Direitos da Criança e do
Adolescente, 1990)

2.4. Estatuto da Pessoa com Deficiência e a Política Inclusiva

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei 13.146 de 2015, apresenta e
determina a inclusão da pessoa com deficiência e sua participação mais ativa na economia.
Também determina o papel do Ministério Público e de Estados e Municípios na fiscalização e
no cumprimento do Estatuto no âmbito do trabalho, da educação, da saúde e das políticas
públicas em geral.
Segundo a Lei 13.146 de 2015, deficiência é “uma restrição física, mental ou sensorial,
de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais
atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”.
(BRASIL, Lei 13.146, 2015)
Sobre Educação, Estatuto da Pessoa com Deficiência estabeleceu pena de dois a cinco
anos de prisão e multa para quem impedir ou dificultar o ingresso de uma pessoa com
deficiência em qualquer escola regular. E o poder público tem por obrigação garantir o pleno
acesso ao currículo escolar em condições de igualdade, em um sistema educacional realmente
inclusivo e com total acessibilidade, oferecendo apoio especializado sempre que necessário.
Para a garantia de inclusão, o Estatuto da Pessoa com Deficiência garante o
recebimento de auxílios, como é citado:
• um salário-mínimo à pessoa com deficiência com renda familiar per
capita inferior a 1/4 do salário-mínimo;
• auxílio-reabilitação psicossocial de um salário-mínimo para quem tenha
recebido alta de hospitais psiquiátricos. Esse auxílio faz parte do
Programa de Volta para Casa e tem como objetivo reintegrar a
convivência em família;
• Aposentadoria com redução de período de contribuição conforme o grau
de deficiência, sempre comprovado por perícia médica;
• auxílio-inclusão para pessoas com deficiência moderada ou grave que
entrarem no mercado de trabalho;
• benefício no saque do FGTS para comprar órteses e próteses.

A Lei 8742/93 que regulamenta a política de Assistência Social de acordo com a


Constituição Federal do Brasil do ano 1988, prevê o atendimento de pessoas com deficiência
19
para a orientação e garantia de direitos a esses auxílios quando, através do Centro de
Referência de Assistência Social - CRAS do município onde mora será atendido e obterá
informações e solicitações de documentação importante e necessária para os auxílios, sejam
eventuais ou de prestação continuada, como o Beneficio de Prestação Continuada. No CRAS
haverá o CADÚNICO, que é a referência de cadastramento das famílias.

O governo do Brasil, através do Ministério da Educação-MEC, criou o Programa Escola


Acessível, que tem como objetivo aumentar a acessibilidade no ambiente escolar da rede
pública de ensino. Oferece informação e recursos de ensino para melhorar o aprendizado de
estudantes com necessidades especiais.
A partir dos movimentos sociais, a política de inclusão de pessoas com deficiência se
efetiva, e se fortalece, considerando o Conselho de Pessoas com Deficiência, que é um
mecanismo de controle social, que contribui para a construção da inclusão por políticas
públicas sociais, considerando educação, saúde, previdência, assistência social, trabalho,
moradia, e outras referenciadas pela Constituição Federal de 1988.

2.5. A Declaração de Salamanca

A Declaração de Salamanca foi desenvolvido e instituído na Conferência Mundial sobre


Educação Especial, no ano 1994, em Salamanca, no país europeu Espanha. A Declaração de
Salamanca tornou-se um documento de referência mundial para as diretrizes de inclusão das
pessoas com deficiência, tanto na reforma como na formulação de politicas publicas sociais e
educacionais, respeitando o movimento de toda a comunidade para a inclusão social.
Considerada inovadora porque reconstituiu o conceito de necessidades educacionais
especiais, fazendo-a ampliar para todas as crianças que não se adaptavam em escola referente a
qualquer motivo, a Declaração de Salamanca foi proveniente da Declaração sobre Educação para
Todos – documento de referência construído no ano de 1990, através dos movimentos dos
direitos humanos e das lutas antimanicomiais desde as décadas de 60 e 70; e tornou-se referência
mundial para a efetivação da educação inclusiva. Em seu texto A Declaração de Salamanca
“…proporcionou uma oportunidade única de colocação da educação especial
dentro da estrutura de “educação para todos” firmada em 1990 (…) promoveu
uma plataforma que afirma o princípio e a discussão da prática de garantia da
inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais nestas iniciativas
e a tomada de seus lugares de direito numa sociedade de aprendizagem”.

Segundo MENEZES(2001),

Assim a idéia de “necessidades educacionais especiais” passou a incluir, além


das crianças portadoras de deficiências, aquelas que estejam experimentando

20
dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estejam repetindo
continuamente os anos escolares, as que sejam forçadas a trabalhar, as que
vivem nas ruas, as que moram distantes de quaisquer escolas, as que vivem em
condições de extrema pobreza ou que sejam desnutridas, as que sejam vítimas de
guerra ou conflitos armados, as que sofrem de abusos contínuos físicos,
emocionais e sexuais, ou as que simplesmente estão fora da escola, por qualquer
motivo que seja.

Uma das implicações educacionais orientadas a partir da Declaração de


Salamanca refere-se à inclusão na educação. Segundo o documento, “o
princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças deveriam
aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças
que possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às
diversas necessidades de seus alunos, acomodando tanto estilos como ritmos
diferentes de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos
através de currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de
ensino, uso de recursos e parceiras com a comunidade (…) Dentro das escolas
inclusivas, as crianças com necessidades educacionais especiais deveriam
receber qualquer apoio extra que possam precisar, para que se lhes assegure
uma educação efetiva (…)”. (MENEZES, Ebenezer Takuno de. Verbete
Declaração de Salamanca. Dicionário Interativo da Educação Brasileira -
EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em
<https://www.educabrasil.com.br/declaracao-de-salamanca/>. Acesso em 07
dez 2022.)

3. METODOLOGIADEPESQUISA

Propôs-se analisar a efetivação da garantia de direitos aos cidadãos no processo


deinclusão de crianças e adolescentes no ensino fundamental através dasPolíticasPúblicas,
junto às expressõesdaquestão social, existentescomocrescimento desse público na rede pública
de educação.

Nametodologia,apesquisabibliográfica–responsávelpelolevantamentosobreestudos em
livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, vídeos, dentreoutros similares –
éimportanterecursoparaanálisesobreotemaestudado,possibilitandoafundamentaçãoteórica e
crítica da realidade do universo pesquisado (CHAVES, 2004, p. 65). A
investigaçãodocumental, realizada em documentos da instituição em estudo, “caracteriza-se
pela busca
deinformaçõesemdocumentosquenãoreceberamnenhumtratamentocientífico,comorelatórios,
reportagens de jornais, revistas, cartas, filmes, gravações, fotografias, entre
outrasmatériasdedivulgação”(OLIVEIRA,2007,p.69).Essesdocumentossãochamadosdefontes
primárias, e são dados originais, dos quais se tem uma relação direta com os fatos
aseremanalisados.
Apesquisadescritiva“expõecaracterísticasdedeterminadapopulaçãooudedeterminado

21
fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir suanatureza. Não
tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de baseparatal
explicação”(CHAVES,2004, p. 64).
Autilizaçãodostiposdepesquisasupramencionadosseráessencialreferênciaparaque a
hipótese e as problematizações sejam pesquisadas com eficácia. Os documentos doCREAS
utilizados no levantamento dos dados, assim como a pesquisa bibliográfica
serãoimportantesfontes de informaçõespara aconstrução dapesquisaproposta.
Precisa revisar e colocar de acordo com a proposta.

4. CONCLUSÃO

22
5. REFERÊNCIAS

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Documentos internos da Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis, da Secretaria de


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2. Instrumentos Normativos E A Política De
Inclusão Na Educação Básica

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