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NAVIRAÍ-MS
2024
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Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO O espaço escolar é um ambiente social em que há uma heterogeneidade de sujeitos e é dever
da escola preparar tais sujeitos para a vida em sociedade exercendo conscientemente a cidadania e para
que isso ocorra de uma forma melhor seria importante que houvesse um profissional capacitado junto a
equipe escolar para poder lidar com as questões sociais vivenciadas na escola. Sendo assim, o presente
estudo tem como objetivos principais compreender a importância do Assistente Social no âmbito escolar
e mostrar os limites e possibilidades de atuação do assistente social especialmente nas relações que
envolvem a família, a escola e a sociedade. Portanto, foi realizada pesquisa bibliográfica sobre a
temática, para assim se perceber como alguns autores discutem sobre inserção do assistente social no
contexto escolar. Esperamos dessa forma, trazer novos olhares para a atuação do assistente social
principalmente relacionada ao contexto escolar e como esse profissional pode contribuir com ações que
levem a escola a adotar práticas de formação cidadã, de inclusão social e de autonomia dos sujeitos
sociais.
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luizfelipecostadossantos520@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Além disso, o Serviço social precisa entender a legislação educacional para que
possa atuar de acordo com ela e também de maneira coerente com os princípios e
orientações do projeto ético-político profissional (MARTINS, 2012).
Atualmente, as discussões sobre Educação são muito grandes e também sobre
as políticas públicas na área educacional e especialmente as relacionadas à educação
básica e de acordo com Lessa (2013), “a educação influencia e é influenciada pela
produção e reprodução das relações sociais, sendo objetivada nas vidas humanas”;
assim, na Educação espera-se “o desenvolvimento do indivíduo como ser coletivo”. Por
causa disso, Martins (2012) afirma que articular a Política de Educação e o Serviço
Social é fundamental, principalmente no que se refere aos projetos que envolvam
famílias, visando implementar de forma efetiva ações conjuntas que tragam resultados
positivos, especialmente numa melhor qualidade de vida dos alunos e suas famílias.
Ainda segundo Martins, (2012, p. 225) a “inserção do serviço social na política de
educação está ligada à trajetória histórica da profissão [...] podendo contribuir para a
necessária articulação da educação pública, de qualidade e como direito social”.
A articulação da educação pública como direito social contribui para que se
aumente a inserção do assistente social no contexto educacional, especialmente no
que tange as prevenções da vulnerabilidade e risco social, numa perspectiva de
proteção social (DENTZ; SILVA, 2015).
Contudo, apesar das conquistas do Serviço social a presença do assistente
social na escola ainda é pequena. O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado a inserir o
Serviço Social no âmbito escolar, em 1946, quando foi criado o Serviço de Assistência
Escolar (AMARO, 2011). De acordo com Piana (2009), depois do Rio Grande do Sul
veio Pernambuco e nesse período o assistente social estava na escola visando
identificar e intervir em situações de desvio ou anormalidade social e em vários
municípios do país houve a tentativa de inserir o assistente social na Educação, mas
sem muitos avanços.
Por isso, desde 2000 há um movimento encabeçado pelo Conselho Federal de
Serviço Social (CFESS) e pelos conselhos regionais de Serviço Social (CRESS), para
que o Serviço Social Educacional seja implantado nas escolas públicas com diversos
debates e com a criação de vários documentos (AMARO, 2011).
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Nesse contexto Amaro (2011) enfatiza que o assistente social ao ser inserido na
escola para atuar junto com a equipe multidisciplinar, utiliza seu conhecimento técnico e
operativo para analisar as necessidades escolares em diferentes aspectos, sempre
dialogando com a equipe, com os alunos e quando preciso com a família, procurando
compreender as causas da evasão escolar, dos conflitos, etc., e por isso é essencial
que o assistente social conheça o contexto social de cada aluno, para poder intervir em
situações pontuais.
A atuação do assistente social é marcante. Parte-se á construção
esclarecimento ( a partir da realização de contatos com a família e suas redes
de relações para compor o estudo social da situação ) e a identificação de
forma de agir diante de cada caso, orientando os agentes da escola
(professores, gestores) e, quando necessário a família.(AMARO, 2011, p. 47).
Porém, apesar dos avanços e de haver tal lei, ainda hoje o Serviço social não foi
implantado no sistema educacional, sendo poucos municípios que contam com esse
apoio.
O Serviço Social tem uma grande importância na área da Educação por ter a
possibilidade de contribuir para que o direito à educação seja efetivado por meio de
ações que permitam o acesso e a permanência dos sujeitos na escola, especialmente
crianças e adolescentes, trabalhando as relações existentes no contexto escolar e
mesmo fora dele, contribuindo dessa forma, para que a qualidade da aprendizagem
seja garantida.
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Porém, o que se percebe é que as políticas existentes ainda não são efetivas de
forma a garantir a atuação do assistente social dentro das escolas, valorizando suas
atribuições, competências e habilidades e essa valorização não deve se focar apenas a
atuação desse profissional nas unidades escolares, mas deve ser pensada na
perspectiva do desenvolvimento da autonomia dos sujeitos, ou seja, essa atuação
deverá envolver o processo de construção de conhecimentos, que é algo fundamental
para que haja a evolução da cultura e da sociedade, possibilitando que os sujeitos
exerçam a cidadania de forma consciente, participativa e crítica, o que significa lutar
contra diferentes formas de submissões e alienações (AMARO, 2011).
Isso porque, as ações do assistente social devem partir do elo criado entre a
profissão e as classes sociais, pois sua atuação pode levar a transformações dos
sujeitos na forma de pensar e de agir.
Contudo, essa atuação do assistente social que é educativa faz parte do projeto
ético-político da profissão e visa auxiliar nas relações de trocas e construção de
conhecimentos entre o assistente social, os alunos e suas famílias, favorecendo uma
maior participação de todos os envolvidos por meio da compreensão crítica da
realidade, pois por meio do Código de Ética profissional que o assistente social assume
o compromisso ético e político para o exercício da profissão, uma vez que sua atuação
de caráter interventivo, crítico e sociopolítico, utilizando conhecimentos das Ciências
Humanas e Sociais para poder encaminhar os alunos e suas famílias para diferentes
áreas, de acordo com suas necessidades (saúde, justiça, previdência, habitação, lazer,
etc.) (AMARO, 2011).
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3 CONCLUSÃO
4 REFERÊNCIAS
DENTZ, Marta von; SILVA, Roberto Rafael Dias. Dimensões históricas das relações
entre educação e Serviço Social. Serviço Social & Sociedade, nº 121, p. 7-31, 2015.
LESSA, Simone Eliza do Carmo. Contemporary education, the fight against poverty
and the demands for the social worker's work: contributions to this debate. Serviço
Social & Sociedade, nº 113, p. 106-130, 2013.