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RELATÓRIO ESTÁGIO II

Autor (aluno) NAIARA DOS REIS LEÃO


Orientadora Local (Tutora Externa): Wilda Ferreira Meireles
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Bacharelado em Serviço Social (TURMA FLC 5161 SES) – Estágio II
21/11/2022

1 INTRODUÇÃO
O presente relatório do estágio II de serviço social, que deu a continuidade no
Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. O estágio tem por
finalidade investigar e analisar a realidade da instituição de atuação profissional, como a
relação entre a teoria com a prática.
E durante o estágio no CREAS, foi desenvolvido o projeto de intervenção que tem
por tema: “A importância da orientação sobre a violência sexual infantil, para crianças e
adolescentes nas escolas do município de Portel – Pá”, que irá trazer uma breve reflexão
sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes, além de palestras de maneira
lúdica voltada para a prevenção e a importância da denúncia.
Portanto, o levantamento de demandas também permitiu o acadêmico conhecer e
entender as demandas atendidas pelo CREAS e a atuação do assistente social frente as
expressões da questão social.

2. RELATO E ANÁLISE DO PROCESSO DE TRABALHO

O CREAS é uma unidade pública estatal de abrangência municipal ou regional, que


deve se constituir em lócus de referência, para a prestação de serviços especializados e
continuados a família e indivíduos que estão em risco pessoal ou social, que tiveram seus
direitos violados. Além de coordenar e a articular a proteção social de média
complexidade com a rede de serviços socioassistenciais da proteção social básica e
especial, com as demais políticas públicas e instituições que compõem o Sistema de
Garantia de Direitos.
Portanto, dessa forma, o objetivo da oferta de serviços é promover o acolhimento
do usuário, através da escuta qualificada, desenvolver atenção sócio assistencialista a
família ou ao indivíduo, trabalhar e enfatizar o fortalecimento de vínculos e a emancipação
do usuário e sua participação social.
Durante o período de estágio foram realizadas várias atividades na instituição sob a
orientação e supervisão do campo de assistente social, Marliene Santana Carvalho,
como: visita domiciliar, escuta qualificada, do serviço de abordagem social, reunião sobre
a IX conferência municipal dos direitos da criança e do adolescente, palestra sobre o
resgate da infância. Com isso, a acadêmica pode compreender como funciona a oferta de
serviços, como é a atuação profissional do assistente social no enfrentamento das
demandas e como são utilizados os instrumentos de trabalho, como: visitas domiciliares,
encaminhamentos, relatórios e entre outros.

2.1 PROCESSO DE INSERÇÃO E ATIVIDADES REALIZADAS


O primeiro contato com a instituição foi através da coordenadora do polo Uniasselvi
que levou o termo de convênio até a instituição SETRAS para eles disponibilizarem vagas
para os estagiários entre o CRAS e o CREAS, e imediatamente eles disponibilizaram
vagas e nos levou até a instituição onde ficamos para nos apresentar para a
coordenadora e supervisora a qual me recebeu e orientou como funcionava a estrutura
física da unidade, sua divisão e funcionalidade dos horários na instituição.
Foram apresentados os instrumentos utilizados no processo de trabalho, momento
dinâmico, de reflexão, acolhida e aprendizado.

2.2 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE SUPERVISÃO


O estágio me mostrou que a prática, aliada a teoria, enriquece muito o aluno, visto
que o acompanhamento dos atendimentos exercita a visão cognitiva que deve ser um dos
adjetivos do Assistente Social.
A atuação no campo de profissionais e com situações reais vivenciados, se
destaca o interesse e a motivação por esta profissão que se mostra importante para a
construção social em comunidade, aprendendo sempre a respeitar a hierarquia dentro da
equipe multidisciplinar, que nada mais é do que um conjunto de profissionais que
trabalham por um bem comum.
No caso do CREAS, é por meio dos serviços que desenvolvem, promovem
articulam, exercem importante papel de inclusão e proteção social a indivíduos ou famílias
que se encontram em situações de violação de direitos e de violência expressos em
maus-tratos, negligência, abandono, discriminação, dentre outras, resgatando vínculos
familiares e sociais rompidos, apoiando a construção reconstrução de projetos pessoais e
socais.

2.2.1 ALTO-AVALIAÇÃO
O papel do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS e
competência decorrentes estão consubstanciadas em um conjunto de leis e normativas
que fundamentam e definem a política de Assistência Social e que regulam o SUAS. E
que deve ser compreendido a partir da definição do escopo da política de Assistência
Social e do Sistema Único de Assistência Social – SUAS a qual seja, afiançar seguranças
socioassistenciais, na perspectiva da proteção social.
A realização de acolhimento das equipes técnicas aos usuários assistida ele objetiva
o atendimento e acompanhamento das situações de violações de direitos, a suas
atividades devem ser desenvolvidas com articulação da rede socioassistenciais e órgãos
de defesa de direitos e políticas sociais de interesse comum. Nesta unidade, da
Assistência Social, o serviço se insere no papel do assistente social que tem suas
principais ações a intervenção nas expressões sociais dos indivíduos.
Diante disso, um profissional comprometido com o direcionamento ético e político
da profissão encontram, grandes desafios, que envolve a compreensão da teoria e a sua
articulação com a prática.
O instrumental é um conjunto de instrumentos e técnica substância a
operacionalização da ação e é concebido como uma estratégia por meio da qual ela se
efetiva. Uma estância de passagem que permite que se realize a trajetória que vai da
concepção da ação a sua operacionalização (MARTINELLI E KOUMROUYAN, 1994).
Diante dessa perspectiva, a compreensão acerca das práticas profissionais do
serviço na atualidade requer sob um olhar crítico, inovador, consciente dos desafios e dos
avanços teóricos, metodológico, técnico-operativo e ético político da profissão, que impõe
o profissional um olhar crítico e mobilizadora de potencias individuais e coletivos.
Conforme Mota (2014) reflete sobre as dimensões políticas da prática dos
assistentes sociais:
O leque dos fenômenos objeto trabalhados e pesquisados no âmbito do Serviço
Social se amplia, requerendo novas problematizações e aportes de conhecimento que se
refletem nas práticas profissionais, no ensino e nos campos de estágios curriculares.
(MOTA, 2014, p.695-696).
Diante das observações, a prática social hoje posta às profissões do campo
requerendo das práticas profissionais uma capacidade de garantir avanços teórico-
político, técnico-operativo e metodológico que incidam sobre a complexa dinâmica do
cenário atual e consolidando movimentos (pontuais ou progressivos) que ressignificam a
condição dos sujeitos da prática profissional.
Portanto a prática profissional do assistente social faz sobre a relação de domínio
teórico crítico que norteia a capacidade investigativa e diagnosticada da realidade socia, e
suas formulações individuais e coletivas de resposta efetivas as demandas
compreendidas no bojo de sua complexidade e na gênese das intencionalidades que as
formulam e conduzem.

2.2.2 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS


Diante de todas as informações adquiridas, pode perceber que a infraestrutura do
Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS/PORTEL/PA está
adequada às normas exigidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social – MDS.
A estrutura do prédio está dentro dos padrões arquitetônicos, garantindo a
acessibilidade de todos.

2.2.3 AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DE SUPERVISÃO

Quando iniciei o estágio no primeiro momento fui bem acolhida pela equipe e pela
minha supervisora Marliene, e foi definido os horários, os dias da semana que eu iria
estagia, orientação de como iria fazer o levantamento de demandas para então assim
poder fazer meu projeto de intervenção.
Durante o meu estágio a equipe me deixou bem á vontade para fazer perguntas e
tirar minhas dúvidas e foi de suma importância para mim essa experiência.

3 CONCLUSÃO

O estágio II ele é um momento de se fazer levantamento de demandas e o projeto


de intervenção, através dele que temos o contato com a teoria e a prática da profissão
que escolhemos, e temos contato com a realidade profissional e com as demandas que
futuramente devemos atender. E através da realização desse estágio ficou mais que claro
a importância do papel do assistente social na sociedade, a importância do atendimento
para as necessidades dos usuários, acompanhando suas mudanças e preservando sua
dignidade.
Pude perceber o quanto a equipe todo os dias busca melhoras para os usuários,
sempre tentando buscar meios e soluções para as devidas situações que famílias e
indivíduos vivenciam.

REFERÊNCIAS
MARTINELLI, M.L e KOUMROUYAN, E. Um novo olhar para a questão dos
instrumentais técnicos operativos em Serviço Social. Serviço Social e Sociedade
n°45, ano XV. Cortez: São Paulo, 1994.
Acesso em 11 de novembro de 2022

MOTA, Ana Elizabeth. A nova fábrica de consensos: ensaios sobre a reestruturação


empresarial, o trabalho e as demandas ao Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1998.
Acesso em 05 de novembro de 2022

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