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FACULDADE REGIONAL DE ALAGOINHAS - BA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Tamiris Souza Santos

FICHAMENTOS - 01, 02 e 03 DA DISCIPLINA PRATICAS SOCIAIS II

Docente: Simone Cordeiro


IIº unidade , 2015.2

Alagoinhas - Ba
2015
Fichamento - 01

Título: Metodologias de atendimento á família: o fazer do assistente social.


Autores: Cristiane da Silva de Jesus, Karla Terezinha Rosa e Greicy Gandra Soares
Dados de Publicação: JESUS, C. S. et al. Metodologias de atendimento á família: o
fazer do assistente social, Acta Scientiarum, health Sciences, Maringá, v. 26, no. 1,
p.61-70, 2004.

Descrição do trabalho:
O artigo deste fichamento se apresenta como o resultado de uma pesquisa
realizada pelo LEIFAMS - Laboratório de Estudos e Práticas Interdisciplinares em
Família e Saúde (UFSC), no município de Florianópolis, Santa Catarina, com o
objetivo de analisar as metodologias utilizadas pelos(as) assistentes sociais no
atendimento á família. Destarte, a pesquisa foi executada com a utilização da
entrevista, expressa como um recurso de coleta de dados, efetuada em 9
instituições (governamentais e não-governamentais), nas quais todas possuíam pelo
menos um assistente social em seu quadro de funcionários. Assim, esta pesquisa é
caracterizada como qualitativa e vem contemplando todos os critérios e
procedimentos éticos necessários para este tipo de trabalho.
O texto ressalta a importância da busca por metodologias que tratem a família
na sua totalidade, sem que ocorra a fragmentação dos sujeitos, possibilitando desta
forma atendimentos mais eficazes, com melhores resultados e realmente efetivos.
Observasse que os atendimentos prestados pelos profissionais do Serviço Social,
estão voltados para a área da assistência e também envolvendo áreas como as da
educação e da pesquisa. As ações educativas desenvolvidas compreendem
orientações, prevenções e a socialização de informações, enquanto a pesquisa,
apesar de encontrar limites e dificuldades como o excesso de trabalho dos
profissionais e respectivamente a sua desvalorização, vem assumindo o papel do
recolhimento de dados e da obtenção do conhecimento aprofundado acerca da
realidade social, traçando o perfil dos usuários com a finalidade da intervenção na
qual atenda as necessidades apresentadas.
O processo de trabalho dos(as) assistentes sociais é composto por
instrumentais técnico-operativos (técnicas) e teórico-metodológicos (conhecimentos,
valores e entre outros), considerados essenciais, pois, permitem a leitura e a
elucidação da realidade, refletindo consequentemente na mediação e
posteriormente na ação concreta.
Os referenciais teóricos citados no trabalho com as famílias seguem a teoria
do Marxismo e a teoria Sistemática. As demandas apresentadas exigem a
capacitação e a atualização do conhecimento de forma contínua e geralmente isso
ocorre com o foco nas áreas de atuação de cada profissional. Os instrumentos
tecnico-operativos mais utilizados nos atendimentos as famílias são: os
encaminhamentos, as visitas domiciliares, as entrevistas, os estudos e o parecer
social.
Os autores trazem dois tipos de atuação que são utilizadas por profissionais,
as atuações disciplinares, sendo “um conjunto específico de conhecimentos com
suas próprias características sobre o plano de ensino, da formação dos
mecanismos, dos métodos, das matérias (Fazenda, 1979 apud Petráglia, 1993) e as
atuações interdisciplinares “quando há a interação entre duas ou mais disciplinas,
havendo troca de informações e de conhecimento e transferência de métodos de
uma disciplina para a outra”, além disto, existem “etapas” pelas quais acontecem o
atendimento a família, proporcionando uma organização maior, sendo a primeira
etapa a entrada da família em um determinado programa, serviço ou beneficio, a
segunda etapa é a identificação das dificuldades familiares, a terceira etapa é onde
ocorre o acompanhamento da família com o suporte de diversos profissionais e a
quarta etapa é onde acontece o desligamento da família dos serviços através da
conclusão do acompanhamento ou resolução do problema.
Contudo, através das suas práticas profissionais e estando
comprometidos(as) com o seu projeto ético-político, os(as) assistentes sociais
assumem o compromisso da defesa intransigente dos direitos humanos,
proporcionando a sua viabilização, e vem contribuindo com seu atendimento para
que as famílias possam superar as situações de vínculos frágeis, de riscos e
vulnerabilidades sociais.
Fichamento - 02

Título: Instrumentalidade Profissional do Serviço Social: As Mediações da Prática


Profissional.
Autores(as): Letícia da Rosa Bavaresco e Mariléia Goin.
Dados de publicação: BAVARESCO, L. R, GOIN. M, Instrumentalidade Profissional
do Serviço Social: As Mediações da Prática Profissional, II Capítulo da Monografia
apresentada ao Curso de Serviço Social das Faculdades Integradas Machado de
Assis.

Descrição do trabalho:
O artigo apresentado utilizou a metodologia da pesquisa bibliográfica como
base para a realização de uma analise acerca da instrumentalidade do Serviço
Social, dando destaque para a relevância dos instrumentos técnico-operativos
(técnicas) na prática cotidiana dos(as) assistentes sociais. Neste sentido é
evidenciado o atendimento das demandas e o alcance dos objetivos profissionais
através destes instrumentos.
Os instrumentos são essenciais para a ação profissional dos(as) assistentes
sociais, ou seja, são estes que permitem a execução de uma determinada ação
numa intervenção, onde se tem por objetivo possibilitar transformações na vida
social dos usuários. Assim, diante das demandas sociais apresentadas pelos
sujeitos dos serviços sociais, os profissionais devem utilizar instrumentos capazes
de influenciar de maneira positiva nas respostas a estas demandas, e isto ocorre,
principalmente quando se leva em consideração as peculiaridades e as
especificidades que cada uma possui. Segundo as autoras, Bavaresco e Goin, os
instrumentos são os principais mediadores do desenvolvimento da prática
profissional.
Para que ocorra uma determinada intervenção é necessário a utilização de
diversos instrumentos, sendo sua escolha de extrema importância no atendimento
das necessidades dos sujeitos, permitindo respostas mais efetivas e duradouras. A
escolha adequada destes instrumentos exigem dos(as) assistentes sociais uma
visão crítica da realidade, a analise das relações sociais, tendo o compromisso com
os valores ético-políticos e com a democracia. Já em contato com a realidade social
o(a) assistente social deve conhecer a demanda em sua totalidade, rompendo com o
imediatismo, através da utilização da racionalidade para se chegar a uma mediação,
considerando os sujeitos como seres históricos. Verifica-se a existência da
responsabilidades envolvendo tais intervenções por se tratarem da vida de seres
humanos que se encontram em uma situação de vulnerabilidade.
Os(as) assistentes sociais fazem uso do conhecimento, da informação, das
habilidades e dos instrumentos técnicos, onde ressalta-se a busca por respostas a
tais perguntas: “para que”, “para quem”, “onde e quando fazer” a sua prática
profissional, indo além, das definições operacionais impostas. Com o aumento das
expressões da questão social houve também o aumento das demandas e
consequentemente da atuação dos assistentes sociais, neste ponto deve-se
conceber o objetivo da pratica dos profissionais pela defesa dos direitos sociais.
Contextualizando a realidade social dos usuários, o(a) assistente social no
seu fazer profissional deve se relacionar, ouvindo os demandatários dos serviços,
investigando de forma qualificada e criando os mecanismos de intervenção. Os(as)
assistentes sociais possuem competências e também dependem dos fatores
institucionais para a sua prática.
É imprescindível o estudo aprofundado da realidade e o domínio dos
instrumento que poderão favorecer os resultados desejados de uma intervenção
social. Assim os instrumentos mais utilizados pelos assistentes sociais são: as
entrevistas com abordagens individuais e grupais, as observações participantes ou
ativas, os diários de campo ou os livros de registros, as visitas domiciliares, os
estudos, o parecer, a perícia, o laudo e os relatórios sociais. Desta forma, o
assistente social com a sua pratica profissional embasado nos princípios éticos
presentes no Código de Ética de 1993, e na lei que regulamenta a profissão,
consegue desenvolver um trabalho com o auxilio de instrumentais que proporcionam
uma intervenção na vida dos usuários, transformando o sua situação social de
exclusão e vulnerabilidade.
Fichamento - 03

Título: Orientação e Acompanhamento de Indivíduos, Grupos e Famílias.


Autores(as): Regina Célia Tamaso Mioto.
Dados de publicação: MIOTO, R.C.T, Orientação e Acompanhamento de
Indivíduos, Grupos e Famílias, Serviço Social: Direitos Sociais e Competencias
Profissionais.

Descrição do trabalho:
Os profissionais do Serviço Social são considerados os principais executores
das políticas sociais, e por este motivo vem realizando a orientação e o
acompanhamento de indivíduos, grupos e famílias através das suas ações
profissionais em diferentes espaços sócio-ocupacionais. Portanto, para que
possamos compreender um pouco mais sobre este assunto, a autora, Mioto, trata
sobre a orientação e o acompanhamento de indivíduos, grupos e famílias,
apontando as ações socieducativas relacionadas aos processos socioassistenciais.
As ações profissionais dos(as) assistentes sociais sempre foram influenciadas
pelas relações de classe sociais, de interesse e poder. Com a conquista do
pensamento crítico-dialético e com a construção do seu projeto ético-político, os(as)
assistentes sociais, começaram a praticar uma “pedagogia emancipatória”,
contribuindo para a formação de condutas e na subjetividade dos sujeitos. Neste
sentido, as ações de orientação e acompanhamento caracterizam-se de forma mais
abrangente através de ações educativas, nas quais viabilizam o acesso aos
serviços, programas e beneficios presentes nas políticas sociais, porém, vale
lembrar as contradições advindas da sociedade capitalista, onde também se
apresentam nessas esferas com as estrategias das políticas ideológicas,
favorecendo a reprodução do capital e ao mesmo tempo atendendo as respostas
das necessidades dos trabalhadores.
As ações que viabilizam a autonomia dos indivíduos consistem na
socialização da informação e no processo reflexivo com a finalidade de que os
usuários dos serviços sociais possam compreender e apreender a realidade de
maneira crítica e consciente, podendo de tal forma ter acesso e consolidar os seus
direitos civis, políticos e sociais. Nas ações socioeducativas também são
desenvolvidas os processos político-organizativos, o planejamento e gestão e os
processos socioassistenciais. Os processos pólítico-organizativos fazem parte da
mobilização e assessoria da população atendida pelos serviços nos quais buscam a
participação e controle social, enquanto isto, os processos de planejamento e gestão
fazem parte de um conjunto de ações de planejamento, gestão e administração de
políticas sociais, instituições e empresas privadas ou públicas, já os processos
socioassistenciais são ações desenvolvidas pelos próprios profissionais do Serviço
Social.
Contudo a autora Mioto, aborda a relevância das ações socioeducativas
desenvolvidas pelos(as) assistentes sociais, sobre o uso de tecnicas e teorias as
quais contribuem significativamento na atuação desses profissionais, que devem
assegurar as suas práticas dentro da ética e do fazer propositivo, visando a
promoção da qualidade do atendimento dos indivíduos, grupos e famílias e como
conseqüência favorecendo nas respostas as demandas apresentadas pelos sujeitos
sociais, que necessitam do acesso a informação e ao direito social.
19.10.15

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