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GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

ANA CATARINA BRITO DOS SANTOS


DANIELA DE MELO BARROSO
FERNANDA DA SILVA CARDOSO
MICHELLE MONTEIRO ALVES

O COTIDIANO E O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO


ASSISTENTE SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

Pedro II
2021
ANA CATARINA BRITO DOS SANTOS
DANIELA DE MELO BARROSO
FERNANDA DA SILVA CARDOSO
MICHELLE MONTEIRO ALVES

O COTIDIANO E O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO


ASSISTENTE SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social para as


disciplinas Administração e Planejamento em Serviço Social,
Comunicação na Prática do Assistente Social, Ética
Profissional e Serviço Social, Fundamentos das Políticas
Sociais e Políticas Sociais, Fundamentos Históricos Teóricos e
Metodológicos do Serviço Social III

Prof. Amanda Boza Gonçalves, Nelma Galli, Patricia Soares


Alves da Silva, Paulo Sérgio Aragão

Pedro II
2021
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INTRODUÇÃO

O Presente texto tem a finalidade de abordar sobre o Cotidiano e o Exercício


Profissional do Assistente Social em tempos de Pandemia, referente às disciplinas do semestre
do curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
O texto abordará aspectos como: O planejamento no serviço social em contexto de
crise e a contribuição do assistente social na construção de planos de contingência, as práticas
interventivas nas situações cotidianas, os princípios da ética profissional, o histórico das
políticas sociais no contexto brasileiro e o posicionamento do serviço social diante do
desmonte do Sistema Único de Saúde.
O documento discorrerá sobre a importância do planejamento e da elaboração de
planos de contingência no período de pandemia e a importância no pós-pandemia e sobre a
atuação do Assistente Social nesse contexto. Abordará também sobre as práticas interventivas
nas situações cotidianas, irá salientar a importância da comunicação profissional e frisar sobre
a linguagem como instrumento de trabalho.
Para o assistente social  executar  seu trabalho, o profissional  deve atuar com todas as
suas bases  teóricas  e metodológicos  adquiridas  e de acordo  com os princípios  da sua ética 
profissional, para assim atuar  em todas  as situações  como, por exemplo, em um cenário  de 
pandemia como sua prática  pautada  nesses  princípios  o profissional pode garantir 
atendimento  de qualidade e eficaz  para seus usuários. 
As políticas sociais a partir de 1930 tiveram grandes avanços históricos. Esta política
que proporciona garantia de direitos e melhores condições de vida digna ao cidadão. Assim, o
assistente social tem a função de executar essas políticas sociais, direcionando ao apoio das
expressões das questões sociais, principalmente, em tempos de pandemia.
O serviço social durante sua formação e inserção no sistema de saúde passa por
muitos momentos e fatos históricos, desde sua ampliação e formação profissional até os dias
atuais, o cenário atual em que o assistente social está inserido a mais de um ano o de uma
pandemia a nível global, diante dessa situação o profissional vai se adaptar é executar o
seu papel de acordo com o que é repassado é vivenciada no centro de saúde onde atua.
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O PLANEJAMENTO NO SERVIÇO SOCIAL EM CONTEXTO DE CRISE E O


ASSISTENTE SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DE PLANOS DE CONTIGÊNCIA

Pode-se dizer que o planejamento é um processo infindável, onde as ações são


constantes e com uma sequência de atos decisórios, em situações de um determinado
momento histórico e apoiado a conhecimentos teóricos, científicos e técnicos.
O planejamento social segue diretrizes e toda uma sistematização, por trás do
planejamento existe um método, que é uma abordagem e compreensão do mundo social,
assim pode se afirmar que o planejamento é um ato neutro, mas vale ressaltar que o ato de
planejar as ações não é apenas técnico, mas também político, o planejamento é fundamental
para efetivar as ações públicas que são de responsabilidade do município.
As operações do planejamento iniciam com a reflexão, no que se refere ao
conhecimento amplo da realidade, da dinâmica societária e dos projetos sociais e encerra- se
com a retomada da reflexão. Desse modo, o processo de reflexão está presente em todo o
contexto do planejamento.
Mediante o exposto, o assistente social busca conhecer de forma profunda a realidade
e a complexidade desse objeto que sobre o qual incidirá a sua ação de intervenção, ou seja, o
planejamento é que possibilita conhecer, identificar e promover a atenção necessária à
população. Após o processo de reflexão o profissional estabelece uma decisão sobre quais
alternativas escolher no percurso para transformar o objeto de intervenção.
Atualmente o mundo vivencia uma das maiores crises sanitária e humanitária,
provocada por o novo coronavírus (Covid-19). Diante desse cenário, é fundamental propor
ações de intervenção que possibilitem a proteção e a segurança para o enfrentamento da
pandemia, além de proporcionar respostas imediatas. Em situações de emergência e
calamidade é de extrema importância a elaboração de planos de contingência, que estão
previstos na lei 12.608/12, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. Os
planos de contingência são elaborados com ênfase no cenário atual e também período pós-
pandêmico, que prever ações que devem ser realizadas com emergência e que atentam as
demandas da população decorrentes da pandemia.
A situação atual exige um planejamento de caráter preventivo e alternativo, ou seja,
planos de contingências com a finalidade de atender acontecimentos inesperados e identificar
ações necessárias para os impactos tenham efeitos mínimos. Com a decretação do estado de
calamidade pública devido ao novo coronavírus, o plano de contingência tornou-se necessário
para gestores e trabalhadores do SUAS. O documento orienta, organiza e dar respostas
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essenciais para a intervenção, assim mantém os impactos controlados e combate as


consequências.
O profissional de Serviço Social foi considerado indispensável para o enfrentamento à
pandemia. A assistência social é uma área que responde às necessidades imediatas,
especialmente dos mais vulneráveis, que são os que mais sofrem os impactos da pandemia,
pois é notório que a pandemia tem alastrado mais ainda o aumento da desigualdade social. É
evidente o aumento do desemprego, da violência contra mulheres, idosos, crianças e
adolescentes que se encontram em uma situação mais vulnerável no grupo familiar e também
sujeitos a violação de seus direitos, diante disso, fica claro a importância e a necessidade do
diagnostico dos problemas de forma contextualizada, estabelecer estratégias e buscar formas
para o enfretamento e possibilitar a proteção social.
O assistente social em sua atuação realiza ações que contribuem para a segurança,
renda e convívio familiar e comunitário, além de proporcionar o fortalecimento dos vínculos,
por meio da proteção social.
Nesse contexto, o ato de planejar o enfretamento a pandemia e período pós- pandemia
é indispensável, é a partir do planejamento que irá amenizar os intensos impactos dessa crise.

PRÁTICAS INTERVENTIVAS NAS SITUAÇÕES COTIDIANAS


A linguagem como a comunicação têm repercussão importante e direta sobre as
atividades de cada indivíduo. Sabendo, pois, que a atividade principal da espécie humana é o
trabalho, a linguagem e a comunicação apresentam efeitos sobre as atuações profissionais.
Entre elas, a de assistente social utiliza muito desses meios para a realização de atividades
diárias. Dessa forma, linguagem e comunicação, por serem respectivamente meio e fim do
processo de entendimento mútuo e circulação de informações entre seres humanos, são
praticadas constantemente juntas. E, cabe aqui destacar que, embora gestos, desenhos,
movimentos, símbolos, expressões corporais e faciais, palavras e silêncio sejam exemplos de
diferentes linguagens, a palavra tem sido o instrumento mais utilizado na formulação do
pensamento, na interação com o outro e, ao mesmo tempo, para fazer-se compreender.
Assim, essa interação por meio da linguagem – verbal ou não verbal –, ou seja, a
comunicação, a transferência de informações e a compreensão estão diretamente ligadas e
constantemente presentes no trabalho do assistente social. Conforme indica a Lei 8.662, de 07
de junho de 1993, que regulamenta a profissão, uma das competências do assistente social é
“prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população” (artigo 4º, inciso III). É, por
conseguinte, por meio dessa e de outras atividades que, de acordo com Iamamoto (2009, p.
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97), o profissional do Serviço Social tem como instrumento básico de trabalho, o


conhecimento e a linguagem. Entretanto, vários são os instrumentos utilizados pelo
profissional. Para que o uso deles seja eficaz, o assistente social deve levar em conta o
conhecimento adquirido na formação profissional e na prática, ou seja, em seu dia a dia de
trabalho, como também a sua capacidade criativa – ambos os aspectos compõem a
instrumentalidade do Serviço Social. Desse modo, é possível afirmar que o exercício
profissional do assistente social, como trabalhado especializado, encontra-se intimamente
associado “à sua formação teórico-metodológica, técnico-profissional e ético-política”
(IAMAMOTO, 2009, p. 97).
Dessa maneira, importa salientar que várias são as formas e possibilidades de
intervenção profissional. Quando se está com o usuário do Serviço Social, o atendimento às
necessidades do sujeito se dará por meio dos instrumentais – instrumentos e técnicas – que
pressupõem interações de comunicação. Então, nessa relação usuário e assistente social, a
comunicação acontece com a transferência de informações e direitos tanto solicitados e
demandados pelo indivíduo quanto percebidos na abordagem. Esse processo de forma
explícita ou implícita, por meio da linguagem, como já foi dito, é frequente nas atividades
diárias do profissional. Conforme assegura Figueiredo (2013, p. 05), há no mínimo quatro
grandes sujeitos presentes para os quais a comunicação precisa ser estruturada com qualidade
para se assegurar densidade. São elas: “a categoria em si; as instituições, com ênfase para o
Estado, as quais a categoria está vinculada; a sociedade em geral, tendo os meios de
comunicação como os possíveis canais para essa aproximação; e os usuários”
Importa salientar também que a linguagem, como instrumento de trabalho, encontra-se
igualmente presente nas atribuições privativas e nas competências dos assistentes sociais. São
elas: Estudos socioeconômicos; a orientação e o acompanhamento social a indivíduos, grupos
e famílias; assessoria, consultoria, auditoria, supervisão técnica; formulação, administração e
execução de políticas públicas; avaliação de políticas, programas e projetos sociais;
mobilização social e práticas educativas; instruções sociais de processos, sentenças e
decisões; magistério, direção e supervisão acadêmica, e formulação de projeto de trabalho
profissional. (CFESS; ABEPSS, 2009, p. 480)

PRINCÍPIOS DA ÉTICA PROFISSIONAL


O exercício profissional do assistente social é pautado, por um conjunto de condutas e
baseado na ética profissional, dentro do código de ética do assistente social (código que
contém todos os requerimentos e ferramentas para a atuação profissional) existem os
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princípios para a prática do exercício profissional do serviço social, um deles é a liberdade


que se emprega como valor ético central da profissão e as demandas políticas.
Diante de uma situação problemática, de pandemia como essa que vivemos
atualmente, por exemplo, o assistente social vai atuar em diversos âmbitos profissionais como
na área da saúde, o profissional que trabalha tem que se adaptar para a atual conjuntura ele vai
atuar para garantir atendimento e acolhimento para seus usuários de qualidade e acompanhar
o tratamento de saúde do usuário de acordo com os princípios da ética profissional e os
protocolos mencionados pelo ministério da saúde. 
O assistente social  não pode se ausentar durante a atual situação assim como os
profissionais de saúde o trabalho do assistente social nunca foi tão necessário para atender
seus usuários. Os problemas sociais já existentes apenas se agravaram mais ainda durante essa
pandemia, como por exemplo, a desigualdade social, econômica, exclusão social, fome e o
colapso no sistema de saúde são nessas horas que o assistente  social tem papel primordial.
[...]  O exercício  da sempre relativa  autonomia  profissional [...] é 
um esforço  contínuo que evidencia os limites e as possibilidades  da
intervenção. Se do ponto de vista da inserção  do profissional  nos
processos  e relações  de trabalho  temos o estabelecimento  da
relação  de controle  e subordinação, a natureza  da relativa 
autonomia  técnica  e teórico-política  do profissional  requer outras
mediações  afora a disciplina das relações de trabalho.
( MOTA,2014,P.700).

A autora  define a autonomia  profissional  técnica  e operacional, mas também 


destaca que essa autonomia  tem limites  e possibilidades  de intervenção  de acordo  com sua
ética profissional.

HISTÓRICO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO CONTEXTO BRASILEIRO


No cenário brasileiro, se tratando de políticas sociais na década de 1930, tiveram
transformações em sua gestão e desenvolvimento econômico. E é neste período, que
começaram a progredir as primeiras políticas sociais no Brasil. Nessa mesma década,
estabeleceu no Brasil um sistema de Proteção Social que era uma das ações executadas pelo
Estado. Essa política social criou importantes benefícios e que foi essencial para o avanço de
uma política de previdência social no Brasil.
 A princípio as normas estabeleciam a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões,
as CAPs, beneficiando os trabalhadores ferroviários. O auxílio era sob a responsabilidade dos
empregadores e trabalhadores. Mantidas pelas empresas, e não pelo poder público. Na mesma
década em 1930, com a vinda de Getúlio Vargas que alcançou novas proporções, foi um
período muito importante para a história do Brasil. O Estado passou a se responsabilizar pelas
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Caixas de Aposentadoria e Pensões. Uma das finalidades do Instituto era renovar o setor
previdenciário que assegurava o auxílio ao associado. E é no novo governo de Getúlio Vargas
que passaram de CAPs para Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP), mas só foram
beneficiados trabalhadores que eram cadastrados. 
Entretanto, se tratando de políticas sociais, Getúlio Vargas proporcionou avanços
positivos. Considerando a grande colaboração que a gestão deu ao seu povo brasileiro, em
1934, surgiu a primeira constituição do seu governo. A constituição brasileira de 1934 foi um
marco importante e inovador. O Brasil realizava uma nova constituição, que adotava a as
seguintes medidas: Voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos; direito de voto às
mulheres; maior poder ao governo federal; direitos trabalhistas.
A Criação da Consolidação das Leis Trabalhista (CLT), criada pelo Decreto – Lei n°
5.452 de 1° de maio de 1943, foi outro marco importante e aprovada por Getúlio Vargas. Essa
lei dava seguridade aos trabalhadores, entre os direitos garantidos estão: o salário mínimo; a
carteira de trabalho; a Previdência social; as férias anuais remuneradas; a jornada de oito
horas diárias; a instituição do salário-maternidade; Direito à educação primária integral e
gratuita.  As políticas sociais foram desenvolvidas de acordo com o crescimento da
modernização industrial em que o Brasil passou.
As Políticas sociais são políticas desenvolvidas para abordar as questões sociais. Pode
ser definida como ações que afetam o bem estar de uma sociedade, pelas quais auxiliam nas
necessidades humanas na área de saúde; educação; trabalho; segurança. Os assistentes sociais
atuam nessas políticas, através das expressões das questões sociais. Estas questões sociais que
são presenciadas na dificuldade de acesso à saúde; na educação; na pobreza; na falta de
moradia; no desemprego; trabalho precário; dentre outras.
Os assistentes sociais, na pandemia, são indispensáveis para desenvolverem seu
trabalho de orientar, avaliar e viabilizar a sociedade. E, com isso, proporcionar com que os
seus direitos sejam garantidos. De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas
(ONU), as famílias de vulnerabilidade social são as mais atingidas nesta pandemia. Assim, a
Secretaria de Estado de Assistência Social precisam proporcionar garantias para as pessoas
com mais segurança alimentar e nutricional, o direito a assistência social, serviços de
acolhimento, como abrigos. A cada dia surgem desafios novos na sociedade brasileira. É
necessário pensar nos impactos sociais dessa pandemia, principalmente, nas famílias mais
vulneráveis. 
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SERVIÇO SOCIAL E O DESMONTE DO SISTEMA ÚNICO


O serviço social surgiu na década de 1930, como forma de conter as massas, ou seja,
de mediar os conflitos da classe trabalhadora, que buscavam melhorias de trabalho e por
direitos, lutavam contra desigualdades sociais, mas esses direitos não eram garantidos aos
trabalhadores, assim a sociedade capitalista se estabelecia na acumulação de capital enquanto
as questões sociais eram permanentes, pois havia a necessidade de serem solucionadas e
enfrentadas assim o serviço social passa a intervir e enfrentar as questões sociais.
Os problemas sociais como a falta de saúde, educação, trabalho, habitação de
qualidade poderiam assim citar vários entre tantos outros, todos afetam drasticamente a
sociedade e principalmente a população mais vulnerável, que acaba não tendo acesso aos seus
direitos e qualidade de vida. Vendo a necessidade de garantir saúde de qualidade e acesso
para a todos na década de 1990 é criado o sistema único de saúde: O SUS, que tem como
objetivo ofertar atendimento médico, vacinação entre outros tantos serviços que são
oferecidos para a todas as classes sociais de forma gratuita.
O serviço social é inserido na saúde por volta da década de 1940, o assistente social no
sistema de saúde tem como sua prática profissional é primordial estabelecer a ordem nos
serviços prestados e promover ações que venham a beneficiar os usuários; dentro desse campo
de atuação o assistente social tem metodologia profissional a diálogo, investigação social
realizada com os usuários em centros de saúde ou hospitais.
O assistente social trabalha como instrumento de intervenção e viabilização nos
interesses de cada indivíduo/usuário do SUS e na garantia de direitos dos mesmos, mas atingir
esses objetivos o profissional acaba se deparando com situações conflituosas no sistema de
saúde. A saúde pública brasileira nos dias atuais é precária e desigual por conta de diversos
fatores como esses ocorrem o mau atendimento, exclusão social, superlotação tornando-se
cada vez mais difícil atuação dos profissionais de saúde inclusive do assistente social.
O assistente social é um profissional de atuação necessária em diversos contextos,
sobretudo nos períodos de calamidade do qual a pandemia em decorrência do novo
coronavírus no mundo e no Brasil é um desses momentos. O primeiro caso no Brasil foi
registrado em 23 de janeiro segundo o ministério da saúde e meses intervalo de quatro meses
a população e os/as profissionais estão aprendendo novas formas de se relacionar com os
outros e em sociedade.
É nesse cenário que o assistente social está inserido a mais de um ano, lidando com
suas funções profissionais e práticas, com os protocolos de segurança decretados pelo
ministério da saúde pra evitar contaminação, com o colapso na saúde pública, por conta das
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milhares de pessoas contaminadas e vitimadas pelo vírus é notório que o sistema de saúde
pública brasileiro não consegui atender a demanda de pacientes.
O assistente social nesse âmbito tem como papel primordial garantir acolhimento e
acesso às políticas de saúde pública, no contexto de pandemia o profissional sem se quer ter
conhecimento de base para atuar em um cenário novo ele se reinventa e buscar formas de
intervir e cooperar para que todos os pacientes, usuários tenham direito a um atendimento de
qualidade.
No Brasil a pandemia do novo corona vírus, já fez muitas vítimas, nessas horas de
dor das famílias o assistente social tem o papel importante de dar suporte adequado a cada
família ou pelo menos executar seu papel com excelência diante de tanto descaso com a
saúde pública por parte dos governantes, o profissional atua desde a entrada do paciente
dando todo suporte burocrático como por exemplo o preenchimento de prontuário até a sua
saída, ou o que muitas vezes acontece como a notificação de óbito para os familiares.
O profissional do serviço social está ali para atuar com as suas bases teóricas e
metodológicas mais acima de tudo, está ali para garantir os direitos humanos de cada
paciente, mas muitas vezes esses profissionais atuam com insegurança, porque acaba sendo
um ambiente de trabalho novo e por algumas vezes acaba não sabendo bem como atuar diante
de uma super lotação em UTI por exemplo, com todo dado conhecimento acadêmico,
profissional adquirido durante sua formação é posto em prática, proporcionando mais
experiência, mas ainda é preciso reformular é reestruturar o sistema de saúde no Brasil para
assim os profissionais, governantes e administradores garantirem saúde de qualidade para
todos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pudemos perceber que em situações de emergência e calamidade o planejamento é de
extrema necessidade, pois é o planejamento que irá fazer o diferencial entre a vida e a morte
da população, mesmo com a dificuldade da Política de Assistência Social com a questão do
planejamento, em conseqüência de sua história com calcamento em ações assistencialistas.
Portanto, o ato de planejar é essencial nesse contexto de pandemia, proporcionar
atenção necessária a população, principalmente aos mais vulneráveis e ações de enfretamento
e atenuar os impactos dessa crise para a população que necessita da assistência social.
Outro ponto importante é o profissional de Serviço Social ter como instrumento básico
de trabalho a linguagem, que está vinculada à sua formação teórico-metodológica (explicada
anteriormente), técnico-profissional e ético-política. A competência técnico-operativa está
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relacionada ao conhecimento, à apropriação e à criação de habilidades técnicas que permitem


o desenvolvimento de ações profissionais junto à população usuária e/ou às instituições
contratantes (Estado, empresas e organizações não-governamentais) garantindo, assim, uma
inserção qualificada no mercado de trabalho. E a ético-política está de acordo com os valores
éticos e morais que sustentam a prática profissional do assistente social, ou seja, as ações
profissionais devem estar sempre em sintonia com o Projeto Ético-Político dos Assistentes
Sociais.
A atuação profissional dos assistentes sociais em seu cotidiano e desafiante, o
profissional deve estar preparado pra atuar e lidar com diversas situações problemáticas, essa
preparação se dará através de sua formação acadêmica e com a sua metodologia aplicada
diante das situações, afinal o profissional está ali para atuar e obter os resultados e cumprir os
objetivos profissionais. 
Levando em consideração as políticas sociais, o Brasil precisa ainda evoluir na
qualidade de vida da sociedade, diminuir a desigualdade social e a pobreza. Assim, buscar
evoluir também na área de educação, saúde, assistência social, segurança. É preciso um
crescimento econômico na área da economia que crie novas oportunidades de emprego e de
suporte a população.
Diante do exposto, é notório que o sistema de saúde brasileiro precisa evoluir e buscar
melhorias para as infraestruturas dos hospitais e centro de atenção básica, equipar com todo
que por necessário e capacitar seus profissionais para atuarem em situação como essa de
pandemia para que pessoas não sofram mais ainda com o descaso na saúde pública assim lhes
garantindo saúde e atendimento de qualidade.
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REFERÊNCIAS

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https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/politicas-sociais >. Acesso em: 15 de
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CFESS e ABEPSS, 2009, p. 480

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