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PedroII
2019
ANA CATARINA BRITO DOS SANTOS
DANIELA DE MELO BARROSO
NICOLE GABRIELLE CASTRO LEITE
PedroII
2019
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INTRODUÇÃO
O preço do desenvolvimento é alto, pois traz danos ao meio ambiente e quem mais
sofre com isso somos nós mesmos, não só nós como as plantas e animais também. O meio
ambiente vem cada vez mais sendo devastado causando um impacto negativo para a nossa
sociedade e causando prejuízos no ambiente e na economia. Este assunto é de suma
importância já que vem se agravando, trazendo tragédias e mudanças climáticas no mundo.
Em decorrência de diversos impactos destrutivos ao cenário ecológico, essa dualidade
no que se denomina evolução se choca com a realidade de destruição do meio ambiente.
Consequentemente, mesmo antes do século XVIII, o capitalismo começava a dar mostrasdo
poder e na Revolução Industrial na Inglaterra ocorreu o agravamentoda relação entre o
capitalismo e o meio ambiente (Gilberto Barros Lima,2010). Como podemos perceber o
capitalismo é o maior responsável por esses danos ambientais que se encontra até hoje, pois
ele é o que busca lucrar e explorar estes recursos naturais, fazendo com que cause danos e
destruições. Temos como exemplo: a poluição da água e ar, desmatamento, a extinção de
animais que provém da caça e pesca, dentre outros.
No Brasil houve vários desastres, mas o que foi considerado o maior desastre
ambiental foi o rompimento da Barragem de Fundão em 2015. De acordo com o Ibama(2016)
“Dezenove pessoas morreram na tragédia. Foram identificados ao longo do trecho atingido
diversos danos socioambientais: isolamento de áreas habitadas; desalojamento de
comunidades pela destruição de moradias e estruturas urbanas; fragmentação de habitats;
destruição de áreas de preservação permanente e vegetação nativa; mortandade de animais
domésticos, silvestres e de produção; restrições à pesca; dizimação de fauna aquática silvestre
em período de defeso; dificuldade de geração de energia elétrica pelas usinas atingidas;
alteração na qualidade e quantidade de água; e sensação de perigo e desamparo da população
em diversos níveis”.
Desenvolvimento sustentável
Existem vários impactos sobre a vida da população atingida por desastres ambientas,
as pessoas são atingidas por esses eventos de maneira direta e indireta, com efeitos que
variam de curto, médio e longo prazo, dependendo da vulnerabilidade socioambiental da
região.
Os desastres podem causar danos graves na saúde pública. Deste modo, os impactos
na saúde podem ocorrer em tempos distintos, entre horas e anos. No curto prazo de tempo, é o
período onde se registra a maior parte de feridos, traumas agudos (leves ou graves) e mortes,
envolvendo também as ações de resgates e urgências, além disso, as vitimas ficam expostas a
doenças infecciosas, como a leptospirose, dengue, doenças diarréicas, hepatite tipo A, entre
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outras. Também estarão sujeitos ao agravamento de doenças crônicas não transmissíveis. Com
o passar do tempo, o individuo podem sofrer com transtornos psicossociais e
comportamentais, ansiedade e stress pós-traumático.
Ademais, os moradores da região atingida, sofrem perdas irreparáveis e podem ficar
sem abastecimento de água, como foi em Mariana (MG) no caso do rompimento da barragem
da Samarco, cerca de 32 milhões de m³ de rejeitos de minério foram despejados no meio
ambiente, os rejeitos atingiram a Bacia Hidrográfica do Rio Doce. Com o assoreamento do
Rio Doce e afluente a população sofreu o impacto, pois a lama tornou a água imprópria para o
consumo humano.
Segundo o Professor Sérvio Pontes Ribeiro do Departamento de Biodiversidade,
Evolução e Meio Ambiente da Universidade Federal de Ouro Preto (2016), ocorreram
alterações nos ecossistemas locais, causando perdas à biodiversidade que dificilmente serão
totalmente recuperados.
Três anos após a tragédia, a população ainda continua sofrendo, muitos ainda
compram água mineral para o consumo em Colatina, cidade fornida pelo Rio Doce, outras por
perdas de casas, histórias, vidas e doenças adquiridas após o rompimento da barragem, como
transtornos mentais.
Além disso, as punições andam a passos vagarosos. Ainda há pescadores, donos de
pousadas, marisqueiros e artesãos, lutando para serem reconhecidos como atingidos, muitos
não receberam auxilio mensal pago pela a Fundação Renova, criada para administrar a crise,
há outros que não foram indenizados por danos morais.
A população sofre o impacto de maneira quase inevitável, pois além de perdas de
familiares, sofrem danos que afetam a saúde, a economia da região, pessoas desalojadas e
com sentimento de desamparo.
Durante um desastre, a população atingida deve lidar com perdas, perda de sua
autonomia, de sua dignidade, pois os desastres resultam em danos pessoais, ambientais,
materiais e humanos, e nesse momento precisa de auxilio e suportes de profissionais que
trabalham na área de políticas públicas como o Assistente Social e o Psicólogo.
Após ocorrer um desastre, pessoas sofrem por falta de subsídios, é nessa hora a
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SERPA, 2013).
O acompanhamento psicológico da equipe de trabalho que intervém no desastre
também é importante, visto que ela lida com situações extremas e imprevistas, que envolvem
risco pessoal e responsabilidade com a integridade física e psicológica das pessoas (SILVA
apud TRINDADE, SERPA, 2013).
CONCLUÇÃO
Referências
MOTIBELLER FILHO, G. As teorias clássicas do desenvolvimento econômico
examinadas sob a ótica ecológica. O mito do desenvolvimento sustentável. Meio ambiente e
custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. Santa Catarina: Editora da
UFSC, 2001.
LOPES,Raquel. Rio Doce: 3 anos depois população ainda sofre, Jan. 2019. Disponível em:
<https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2019/01/rio-doce-3-anos-depois-
populacao-ainda-sofre-1014165212.html>. Acesso em: 02 Abril. 2019
TRINDADE, Melina Carvalho e SERPA, Monise Gomes. O papel dos psicólogos em
situações de emergências e desastres. Estud. pesqui. psicol. [online]. 2013, vol.13, n.1
[citado 2019-04-10], pp. 279-297 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1808-42812013000100017&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em : 05
Abril. 2019