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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

GEOGRAFIA DA INDÚSTRIA - PROF. RAFAEL CORDEIRO


FELIPE DE ALMEIDA TAVEIRA - 202310245411
ATIVIDADE 9 - Indústria e Desenvolvimento sustentável

No cenário contemporâneo, a busca desenfreada pelo aumento da


produtividade e do lucro tem gerado diversos problemas socioambientais, como
desmatamento, queimadas, poluição ambiental e extinções em massa. Esses impactos
não afetam apenas o meio ambiente, mas também geram diversos impactos na vida
humana, e muitos deles irreversíveis. A aula palestra tem como objetivo abordar os
desafios da implementação do desenvolvimento sustentável, s diferenças da percepção
de natureza, evolução da degradação ambiental e propostas de soluções para esses
problemas.
Um dos principais desafios enfrentados para a implementação de um
desenvolvimento mais sustentável está na visão fragmentada do meio ambiente, o qual
muitas vezes é desprezado e visto apenas como matéria-prima para o desenvolvimento
e para o aumento do lucro. Esse paradigma é exacerbado pelo consumismo inserido na
lógica capitalista de produção, que promove a degradação de recursos naturais em
nome do crescimento econômico. Dessa forma, a implementação efetiva de um
sistema sustentável encontra barreiras nas estruturas sociais e culturais hegemônicas.
Essa visão fragmentada da natureza contrasta com a percepção da natureza por
povos indígenas, os quais tratam a mesma como algo sagrado que merece um grande
respeito. Essa diferença de abordagens do meio ambiente reflete não apenas diferentes
cosmovisões, mas também implicações profundas na forma como lidamos com os
recursos naturais e enfrentamos os atuais desafios ambientais. A evolução da
degradação ambiental está intrinsecamente ligada à adoção de práticas como a
agricultura predatória e mudanças no modo de vida humana, impulsionadas
principalmente pelo modo de produção capitalista.
Para mitigar esses problemas, é necessária uma abordagem técnica e
político-cultural que reconheça a interconexão entre ações humanas e saúde
ambiental, assim como povos tradicionais que tenham uma cultura ecológica. A
trajetória histórica dos padrões de produção e consumo, especialmente nas décadas de
1960 e 1980, revela a emergência de problemas culturais, ambientais, sociais e
econômicos. A falta de atenção adequada às críticas intelectuais nesse período
contribuiu para perpetuação dessas práticas insustentáveis.
O desenvolvimento sustentável surge como uma possibilidade de mitigação
desses problemas, tendo sua origem na década de 1950 e sendo efetivamente
consolidado em 1987 pelo Relatório de Brundtland. Os objetivos esse relatório
incluíam a erradicação da pobreza, o atendimento às necessidades básicas, a melhorias
da qualidade de vida e a promoção da conservação ambiental. Contudo, a
implementação enfrenta obstáculos como a complexidade global, desequilíbrios
institucionais e conflitos de interesses políticos e econômicos.
A ênfase do desenvolvimento sustentável surge a partir da necessidade de
estabelecer padrões de produção e consumo alinhados à recuperação ambiental. Isso
implica a promoção de crescimento tecnológico poupador de recursos e uma mudança
nos padrões de consumo vigentes na sociedade contemporânea. A educação ambiental
emerge como uma ferramenta de extrema importância nesse contexto, isso porque a
partir dela é possível uma mudança na percepção e o padrão de consumo e exploração
de recursos naturais, contribuindo para a criação de uma sociedade mais consciente e
que compreenda esse cenário.
A sustentabilidade ambiental deve ser compreendida como um conceito
holístico, integrando o homem e o meio ambiente. Evitar a dicotomia
Homem/Natureza é essencial para construir uma abordagem mais equilibrada e justa
em relação aos recursos naturais. A polarização nas concepções de desenvolvimento
sustentável, entre a visão econômica instrumental e a transcendental, destaca a
necessidade de encontrar um equilíbrio que promova o desenvolvimento humano sem
comprometer a integridade do planeta.
O empreendedorismo ambiental enfrenta desafios significativos, demandando
abordagens técnicas, culturais e políticas. O papel das grandes corporações, o
consumo responsável, a educação ambiental e a revisão de estruturas legais são
elementos cruciais nesse contexto. A perspectiva de equilíbrio duradouro exige o
reconhecimento da complexidade dos desafios e a adoção de uma abordagem
multifacetada para equilibrar o desenvolvimento humano e a preservação ambiental.
Em resumo, enfrentar os problemas socioambientais requer uma mudança
profunda na forma como compreendemos e interagimos com o meio ambiente. A
transição para um modelo mais sustentável demanda a superação de obstáculos
históricos, culturais e econômicos, promovendo uma visão integrada que priorize a
preservação ambiental sem comprometer o desenvolvimento humano.

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